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SENAI/PRONATEC

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

PROGRAMAÇÃO DE
MÁQUINAS CNC
(Automação Industrial)

Local Itajubá
Data 2011

1
SENAI/PRONATEC

Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

2
SENAI/PRONATEC

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Cfp Aureliano Chaves

PROGRAMAÇÃO DE MÁQUINAS CNC

Equipe Técnica do SENAI

Itajubá
Outubro 2011

3
SENAI/PRONATEC

© Outubro 2012. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI/MG
Cfp Aureliano Chaves

Ficha Catalográfica

SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais

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SENAI/PRONATEC

Sumário
Prefácio ....................................................................................................................................... 9
1 Histórico ........................................................................................................................... 11
1.1 Resumo Histórico do CN.......................................................................................... 12
2 O que é comando numérico? ............................................................................................ 12
2.1 - Princípio Básico de Funcionamento ....................................................................... 13
2.2 - Principais Componentes ......................................................................................... 13
2.2.1 - COMANDO ....................................................................................................... 13
2.2.2 - CONVERSOR.................................................................................................... 13
2.2.3 – TACÔMETRO .................................................................................................. 13
2.2.4 - SERVO MOTOR ............................................................................................... 13
2.2.5 - SERVO DRIVE ................................................................................................. 13
2.2.6 – ENCORDER...................................................................................................... 13
3 Eixos ................................................................................................................................. 14
3.1 - Definição ................................................................................................................ 14
3.2 - Eixos Principais ...................................................................................................... 14
3.3 - Determinação da Direção e Sentido dos Eixos Principais ..................................... 14
3.4 - Sistemas de Eixos em Tornos................................................................................. 14
3.4.1 – Eixos Principais ................................................................................................. 14
3.4.2 - Eixos Secundários: U ; W .................................................................................. 15
3.4.3 - Eixos de Rotação: A ; C ..................................................................................... 15
3.5 - Sistemas de Eixos em Fresadoras .......................................................................... 16
3.5.1 – Eixos Principais ................................................................................................. 16
3.5.2 - Eixos Secundários: U, v, W ............................................................................... 16
3.5.3 - Eixos de Rotação: A, b, c ................................................................................... 16
4 Sistemas de Coordenadas ................................................................................................. 17
4.1 - Torno ...................................................................................................................... 17
4.1.1 – Introdução .......................................................................................................... 17
4.1.2 – Sistema de Coordenadas Absolutas ................................................................... 18
4.1.3 – Sistema de Coordenadas Incrementais .............................................................. 19
4.1.4 – Exemplo ............................................................................................................. 19
4.2 - Fresadora ................................................................................................................ 20
4.2.1 – Introdução .......................................................................................................... 20
4.2.2 - Sistema de Coordenadas Absolutas ................................................................... 21
4.2.3 – Sistema de Coordenadas Incrementais .............................................................. 22
4.2.4 – Exemplo ............................................................................................................. 22
5 Pontos Zero ....................................................................................................................... 22
5.1 - Torno ...................................................................................................................... 23
5.2 - Fresadora ................................................................................................................ 24
6 Unidade de Comando: SINUMERIK 810 E 820 M/T ..................................................... 24
6.1 - Vídeo com Teclas de Funções Reconfiguráveis .................................................... 26
6.2 - Teclas de Correção / Introdução e Teclas Auxiliares ............................................. 26
6.3 - Painel de Comando ................................................................................................ 27
6.3.1 - Explicação das teclas .......................................................................................... 28
6.4 - Resumo das Funções de Comando ......................................................................... 28
7 Modos de Operação do Comando 810 E 820 M/T ........................................................... 29
7.1 - Ligar/Desligar......................................................................................................... 30

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7.1.1 - Ligar ................................................................................................................... 30


7.1.2 - Desligar .............................................................................................................. 30
7.2 - Executar Movimento Manual dos Eixos (Jog) ....................................................... 30
7.3 - Executar o Referenciamento da Máquina .............................................................. 30
7.4 - Editar / Selecionar um Programa ........................................................................... 31
7.5 - Correção de Programa ............................................................................................ 31
7.5.1 - Modificar uma palavra (Função) ........................................................................ 31
7.5.2 - Deletar uma palavra ........................................................................................... 31
7.5.3 - Inserir uma palavra (função) .............................................................................. 31
7.5.4 - Procurar uma palavra (função) ........................................................................... 31
7.5.5 - Deletar um bloco ................................................................................................ 32
7.6 - Simulação Gráfica .................................................................................................. 32
7.7 - Inserir dados de deslocamento de origem .............................................................. 32
7.8 - Zeramento de ferramentas ...................................................................................... 32
7.8.1 - TORNO .............................................................................................................. 32
7.8.2 – FRESADORA ................................................................................................... 33
7.9 - Inserir Dados de Corretores de Ferramenta............................................................ 34
7.9.1 – TORNO ............................................................................................................. 34
7.9.2 – FRESADORA ................................................................................................... 35
7.10 - Testar o Programa em Rápido sem Giro da Árvore ............................................... 35
7.11 - Execução de um Programa ..................................................................................... 35
7.12 - Iniciar o Programa em qualquer Bloco .................................................................. 35
7.13 - Operar o Comando via MDI................................................................................... 36
7.14 - Operar o Comando via Over Store ......................................................................... 36
7.15 - Salvar um Programa para Disquete ........................................................................ 36
7.16 - Carregar um Programa do Disquete ....................................................................... 36
8 Funções de Programação .................................................................................................. 37
8.1 - Elementos que Compõem a Linguagem de Programação ...................................... 37
8.1.1 - Caractere............................................................................................................. 37
8.1.2 – Endereço ............................................................................................................ 37
8.1.3 – Palavra ............................................................................................................... 37
8.1.4 - Bloco ou Sentença .............................................................................................. 37
8.2 – Estrutura de um Programa ..................................................................................... 38
8.3 - Função .................................................................................................................... 38
8.3.1 - Função Modal ..................................................................................................... 38
8.3.2 - Função Não Modal ............................................................................................. 38
8.4 - Tipos de Funções .................................................................................................... 39
8.4.1 - Função seqüencial – N (não modal) ................................................................... 39
8.4.2 - Funções Preparatórias - G (modais e não modais) ............................................. 39
8.4.3 - Funções de Posicionamento - (não modais) ....................................................... 39
8.4.4 - Funções Complementares (modais e não modais) ............................................. 39
9 Descrição e Aplicação de cada uma das Funções............................................................. 40
9.1 - Função Sequencial: N............................................................................................. 40
9.2 - Funções de Posicionamento ................................................................................... 40
9.2.1 – TORNO: X e Z .................................................................................................. 40
9.2.2 – FRESADORA: X, Y e Z ................................................................................... 40
9.3 - Funções Preparatórias G......................................................................................... 40
10 Torno ................................................................................................................................ 42

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10.1 - G90/91 .................................................................................................................... 42


10.2 - G00: Posicionamento Rápido ................................................................................. 42
10.3 - G01: Interpolação Linear ....................................................................................... 42
10.4 - G02: Interpolação circular (sentido horário) e G03: Interpolação circular (sentido
anti-horário) .......................................................................................................................... 42
10.5 - G4: Tempo De Permanência .................................................................................. 43
10.6 - G09: Redução de Velocidade ................................................................................. 44
10.7 - G33: Corte de Roscas com Passo Constante .......................................................... 44
10.7.1 - Rosca Cilíndrica de Filete Simples ................................................................ 45
10.7.2 - Rosca de Filetes Múltiplos com Passo Constante .......................................... 46
10.7.3 - G40 / G41 / G42 – Correção do raio de corte (CRC)..................................... 47
10.7.4 - G54 / G55 / G56 / G57: Deslocamento de origem (DO) ajustável ................ 48
10.7.5 - G58 e G59: Deslocamento de Origem Aditivo Programável ......................... 48
10.7.6 - G70: Sistemas de entrada polegada e G71: Sistemas de entrada métricos .... 49
10.7.7 - G92 / G94 / G95 / G96 / G97: Avanço F ....................................................... 49
10.7.8 - G92: Limite máximo de rotação..................................................................... 49
10.7.9 - G94: Avanço F em (mm/min) ........................................................................ 49
10.7.10 G95: Avanço F em (mm/rot) ............................................................................ 49
10.7.11 G96: Seleciona velocidade de corte constante S em (m/min) .......................... 49
10.7.12 G97: Seleciona rotação constante ..................................................................... 49
10.7.13 - Inserção Automática de Chanfros e Raios ..................................................... 49
11 Fresadora .......................................................................................................................... 50
11.1 - G90/91 .................................................................................................................... 50
11.2 – G00: Posicionamento rápido ................................................................................. 50
11.3 – G01: Interpolação linear ........................................................................................ 50
11.4 - G02: Interpolação circular (sentido horário) e G03: Interpolação circular (sentido
anti-horário) .......................................................................................................................... 51
11.5 – G10 / G11: Programação em Coordenada Polar ................................................... 52
11.6 – G17, G18, G19: Seleção de plano ......................................................................... 53
11.7 – G40 / G41 / G42: Correção do raio da fresa .......................................................... 54
11.8 - G54 / 55 / 56 / 57: Deslocamento de origem (DO) ajustável ................................. 55
11.9 - G58 e G59: Deslocamento de Origem Aditivo Programável ................................. 55
11.10 – G60: redução de velocidade .............................................................................. 55
11.11 – G63: Execução de Roscas com Mandril de Compensação................................ 56
11.12 – G64: Operação com Comando de Trajetória ..................................................... 56
11.13 - G70: Sistemas de entrada polegada e G71: Sistemas de entrada métricos ........ 56
11.14 – G94 / G95: Avanço F ........................................................................................ 57
11.15 – Inserção Automática de Chanfros e Raios ......................................................... 57
12 Funções de Comutação e Adicionais M, S, T, H.............................................................. 57
12.1 - Palavra – S .............................................................................................................. 57
12.2 - Palavra – T: Instrução de ferramenta ..................................................................... 58
12.3 - Funções miscelâneas ou auxiliares......................................................................... 58
13 Sub-Rotinas ...................................................................................................................... 59
13.1 - Chamada de sub-rotina e encadeamento de sub-rotinas......................................... 60
14 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ....................................................................... 60
15 Ciclos de Usinagem .......................................................................................................... 61
15.1 - Seqüência para Executar um Ciclo Via Imagem do Menu .................................... 62
15.2 - Ciclos de Usinagem para Torno ............................................................................. 62

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15.3 - L93: Ciclo para abertura de canais ......................................................................... 62


15.4 - Ciclos De Usinagem para Fresadora ...................................................................... 68
15.4.1 - Os seguintes parâmetros são utilizados nos ciclos L81 a L89: ...................... 68
15.4.2 - Sub-rotina L80 – supressão de G81 a G89 ..................................................... 69
15.4.3 - Sub-rotina L81: furação simples e centragem ................................................ 69
15.4.4 - Sub-rotina L82: furação com faceamento ...................................................... 70
15.4.5 - Sub-rotina L83: furação profunda .................................................................. 70
15.4.6 - Sub-rotina L84: rosqueamento com macho para máquinas ........................... 71
15.4.7 - Sub-rotina L85: furação 1 .............................................................................. 72
15.4.8 - Sub-rotina L86: furação 2 .............................................................................. 72
15.4.9 - Sub-rotina L87: furação 3 .............................................................................. 73
15.4.10 - Sub-rotina L88: furação 4 .............................................................................. 74
15.4.11 - Sub-rotina L89: furação 5 .............................................................................. 74
15.4.12 - Ciclos de Furação e Fresagem Padrão............................................................ 75
15.4.13 - L900: Ciclo padrão de Furação Circular ........................................................ 76
15.4.14 - L901: Ciclo de Ranhuras ................................................................................ 76
15.4.15 - L902: Ciclo de Rasgos ................................................................................... 78
15.4.16 - L903: Bolsa Retangular .................................................................................. 79
15.4.17 - L904: Ciclo de Ranhuras Circulares .............................................................. 80
15.4.18 - L906: Ciclo padrão de Furação Linear ........................................................... 81
15.4.19 - L930: Bolsa Circular ...................................................................................... 81
16 MASTERCAM ................................................................................................................. 82
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 83

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Prefácio

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação Profissional

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Apresentação

No desenvolvimento histórico das Máquinas Operatrizes de Usinagem,


sempre procurou-se soluções que permitissem aumentar a produtividade com
qualidade superior e a minimização dos desgastes físicos na operação das
máquinas. Muitas soluções surgiram, mas, até recentemente, nenhuma oferecia a
flexibilidade necessária para o uso de uma mesma máquina na usinagem de peças
com configurações e em lotes reduzidos. Um exemplo desta situação é o caso da
fresadora e do torno, a evolução da fresadora universal, levou à criação da
ferramenteira, da copiadora automática, com programação elétrica ou hidráulica, etc.
A evolução do torno universal, levou à criação do torno revólver, do torno copiador e
torno automático, com programação elétrica ou mecânica, com emprego de "cames",
etc. Em paralelo ao desenvolvimento da máquina, visando o aumento dos recursos
produtivos, outros fatores colaboraram com sua evolução, que foi o desenvolvimento
das ferramentas, desde às de aço carbono, aço rápido, metal duro às modernas
ferramentas com insertos de cerâmica. As condições de corte impostas pelas novas
ferramentas exigiram das máquinas novos conceitos de projetos, que permitissem a
usinagem com rigidez e dentro destes, novos parâmetros. Então, com a descoberta
e, conseqüente aplicação do Comando Numérico à Máquina Operatriz de Usinagem,
esta preencheu as lacunas existentes nos sistemas de trabalho com peças
complexas, reunindo as características de várias destas máquinas.

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1 Histórico
Em 1950, já dizia-se em voz corrente, que a cibernética revolucionaria
completamente, as Máquinas Operatrizes de Usinagem, mas não se sabia
exatamente como. Houve tendências iniciais de aplicar o computador para comando
de máquinas, o que, de certa forma, retardou o aparecimento do CN. Somente
quando este caminho foi abandonado por ordem econômica, principalmente, abriu-
se para a pesquisa e o desenvolvimento do que seria o "Comando Numérico". No
conceito Comando Numérico, deveremos entender "Numérico", como significando
por meio ou através de números. Este conceito surgiu e tomou corpo, inicialmente
nos idos de 1949/50, nos Estados Unidos, desenvolveu-se um projeto específico que
tratava do "desenvolvimento de um sistema aplicável às máquinas-ferramenta para
controlar a posição de seus fusos, de acordo com os dados fornecidos por um
computador", idéia, contudo basicamente simples.
Entre 1955 e 1957, a Força Aérea Norte-Americana utilizou em suas oficinas
máquinas CN, cujas idéias foram apresentadas pela "Parson Corporation". Nesta
mesma época, várias empresas pesquisavam isoladamente, o CN e sua aplicação.
O M.I.T., Massachussets Institute of Tecnology, também participou das pesquisas e
apresentou um comando com entrada de dados através de fita magnética. A
aplicação ainda não era significativa, pois faltava confiança, os custos eram altos e a
experiência muito pequena. Da década de 60, foram desenvolvidos novos sistemas,
máquinas foram especialmente projetadas para receberem o CN, e aumentou muito
a aplicação no campo da metalurgia. Este desenvolvimento chega a nossos dias
satisfazendo os quesitos de confiança, experiência e viabilidade econômica.
A história não termina, mas abre-se novas perspectivas de desenvolvimento,
que deixam de envolver somente Máquinas Operatrizes de Usinagem, entrando em
novas áreas. O desenvolvimento da eletrônica aliado ao grande progresso da
tecnologia mecânica garantem estas perspectivas de crescimento.
Atualmente, as palavras "Comando Numérico" começam a ser mais
freqüentemente entendidas como soluções de problemas de usinagem,
principalmente, onde não se justifica o emprego de máquinas especiais. Em nosso
país, já iniciou-se o emprego de máquinas com CN, em substituição aos controles

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convencionais.
Atualmente no Brasil, existem 8 fornecedores de CNC, dentro dos quais, 5
com tecnologia própria: 6 fornecedores de tornos, 2 com tecnologia própria. fabricam
50 modelos; 14 fornecedores de fresas, 9 com tecnologia própria, com 25 modelos
de fresadoras, 18 C.U. vertical e 18 C.U horizontal.

1.1 Resumo Histórico do CN


1940 – Mark I: primeiro computador construído pelo HARVARD e pela IBM
1949 – Contrato da PARSON com a USAF para se fabricarem máquinas com CN
1952 – Demonstração da viabilidade técnica com protótipo funcionando pelo MIT.
1953 – Desenvolvimento do sistema de programação pelo MIT.
1956 – Desenvolvimento das bases para a linguagem APT, de programação para
CN através do computador pelo MIT.
1957 – Início da comercialização do CN
1959 – Primeira máquina com trocador automático de ferramentas IBM-ENDICOTT.
1961 – A EIA publica as normas RS 244
1962 – A BENDIX desenvolve o Comando Adaptativo.
1967 – Primeiras aplicações do CN pela ROMI, com comando SLO-SYN.
1977 – Comandos Numéricos com CNC usando a tecnologia dos
Microprocessadores.
1980 – Sistemas flexíveis de fabricação são aplicados em larga escala.

2 O que é comando numérico?


Como definição, pode-se dizer que o Comando Numérico é um equipamento
eletrônico capaz de receber informações através de entrada própria de dados,
compilar estas informações e transmiti-Ias em forma de comando à máquina
operatriz, de modo que esta, sem a intervenção do operador, realize as operações
na seqüência programada.

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2.1 - Princípio Básico de Funcionamento

2.2 - Principais Componentes


2.2.1 - COMANDO
Recebe as informações através de fita de papel, fita magnética, MDI, disquete, etc.

2.2.2 - CONVERSOR
Traduz (converte) os impulsos eletrônicos emitidos pelo comando em impulsos
elétricos, proporcionando energia ao motor principal.

2.2.3 – TACÔMETRO
Instrumento de medição responsável pela fiscalização dos valores de avanço e rpm
e informa ao conversor ou ao servo drive da necessidade ou não de realimentação.

2.2.4 - SERVO MOTOR


Motor de construção especial. Característica principal: trabalha com alto torque e
baixa rpm, responsável pelo movimento de rotação dos fusos.

2.2.5 - SERVO DRIVE


Converte os sinais eletrônicos recebidos do comando em energia aos servos
motores.

2.2.6 – ENCORDER
Transdutores, responsáveis pelas medições micrométricas do posicionamento nos
eixos, ou do posicionamento angular no eixo árvore, ou ainda da RPM. Ele é que
informa ao comando os dados mencionados.

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3 Eixos
3.1 - Definição
Eixo é o nome que se dá a qualquer direção no qual é verificado um
movimento da mesa ou do carro, este movimento pode ser tanto de translação como
de rotação.
3.2 - Eixos Principais
Sistema de eixos ortogonais, dispostos na máquina de forma normalizada,
que servem para direcionar os movimentos da mesa e/ou ferramentas, são
denominados X,Y,Z. A disposição mais comum nas máquinas atuais está mostrada
na figura abaixo:

3.3 - Determinação da Direção e Sentido dos Eixos Principais


O eixo Z está na direção longitudinal do observador, estando este de frente
para a máquina. O eixo X está na direção transversal do observador, estando este
de frente para a máquina. O sentido positivo dos eixos tende a afastar a ferramenta
da peça.

3.4 - Sistemas de Eixos em Tornos


3.4.1 – Eixos Principais
Em tornos temos apenas dois eixos principais, sendo eles o X e o Z.

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3.4.2 - Eixos Secundários: U ; W


Sistemas de eixos ortogonais, que correspondem a um segundo movimento
paralelo aos eixos principais:
U - segundo movimento paralelo ao eixo X
W - segundo movimento paralelo ao eixo Z

3.4.3 - Eixos de Rotação: A ; C


São eixos que servem para girar uma peça ou cabeçote de ferramenta, de um
determinado ângulo definido. Estes eixos são denominados de A e C e
correspondem a rotação em torno dos eixos X e Z respectivamente.

X
A

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3.5 - Sistemas de Eixos em Fresadoras


3.5.1 – Eixos Principais
Em fresadoras temos três eixos principais, sendo eles o X, Y e Z.

OBS.: Regra da Mão Direita Y+

X+

Z+

3.5.2 - Eixos Secundários: U, v, W


Sistemas de eixos ortogonais, que correspondem a um segundo movimento
paralelo aos eixos principais:
U - segundo movimento paralelo ao eixo X
V - segundo movimento paralelo ao eixo Y
W - segundo movimento paralelo ao eixo Z

3.5.3 - Eixos de Rotação: A, b, c


São eixos que servem para girar uma peça ou cabeçote de ferramenta, de um
determinado ângulo definido. Estes eixos são denominados de A, B e C e
correspondem a rotação em torno dos eixos X, Y e Z respectivamente.

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4 Sistemas de Coordenadas
4.1 - Torno
4.1.1 – Introdução
As ferramentas de uma máquina CNC podem executar deslocamentos
definidos de acordo com cada tipo de máquina. Num torno estes deslocamentos são
realizados no sentido longitudinal e de aproximação.

Para que a ferramenta possa ser comandada exatamente através destes


percursos, todos os pontos na área de trabalho da máquina devem estar definidos.
Para esse fim, utilizam-se os sistemas de coordenadas, que orientam o programador
na elaboração dos programas. Nas páginas seguintes serão apresentadas as
diversas formas de sistemas de coordenadas que podem ser utilizadas na
programação de máquinas CNC. Toda geometria da peça é transmitida ao comando
com o auxílio de um sistema de coordenadas cartesianas.

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Sistema de coordenadas
simples com 2 eixos

O sistema de coordenadas é definido pelos cruzamentos de duas linhas,


sendo uma linha paralela ao movimento longitudinal (Z) e uma paralela ao
movimento transversal (X). Todo movimento da ponta da ferramenta é executado,
em relação a uma origem pré-estabelecida. A origem pode ser estabelecida de duas
maneiras diferentes, a saber: sistema de coordenada absoluta e sistema de
coordenada incremental.

4.1.2 – Sistema de Coordenadas Absolutas


Neste sistema, as coordenadas de todas as metas são dadas com relação a
uma origem estabelecida em função da peça a ser executada, ou seja, podemos
estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação. Este
processo é denominado de "Zero Fixo".
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X=0, Z=0.
O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programada é dado pela
posição da ferramenta em relação ao sistema de coordenada de acordo com o
esquema que se segue:

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4.1.3 – Sistema de Coordenadas Incrementais


A origem deste sistema é estabelecida para cada movimento da ferramenta.
Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem, ou seja, para qualquer ponto
atingido pela ferramenta, a origem das coordenadas passará a ser o ponto
alcançado. Todas as medidas são feitas através da distância a deslocar-se. Este
processo é denominado de "Zero Flutuante".
Se a ferramenta desloca-se de um ponto A até B (dois pontos quaisquer), as
coordenadas a serem programadas serão as distâncias entre os dois pontos.
Note-se que o ponto A será a origem do deslocamento para o ponto B; e B
será a origem para um deslocamento até um ponto C, e assim sucessivamente.

4.1.4 – Exemplo

Coordenada Absoluta Coordenada Incremental


PONTOS
X Z X Z

A 10 10 10 10

B 40 30 30 20

C 10 30 -30 0

D 10 10 0 -20

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4.2 - Fresadora
4.2.1 – Introdução
As ferramentas de uma máquina CNC podem executar deslocamentos
definidos de acordo com cada tipo de máquina. Numa fresadora, além de dois
deslocamentos básicos (longitudinal e de aproximação), existe ainda o
deslocamento transversal.

Para que a ferramenta possa ser comandada exatamente através destes


percursos, todos os pontos na área de trabalho da máquina devem estar definidos.
Para esse fim, utilizam-se os sistemas de coordenadas, que orientam o programador
na elaboração dos programas. Nas páginas seguintes serão apresentadas as
diversas formas de sistemas de coordenadas que podem ser utilizadas na
programação de máquinas CNC. Toda geometria da peça é transmitida ao comando
com o auxílio de um sistema de coordenadas cartesianas.

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SENAI/PRONATEC

Coordenadas de
ponto zero

O sistema de coordenadas é definido pelos cruzamentos de três linhas, sendo


uma linha paralela ao movimento longitudinal (X), uma paralela ao movimento
transversal (Y) e uma paralela ao movimento vertical (Z). Todo movimento da ponta
da ferramenta é executado, em relação a uma origem pré-estabelecida. A origem
pode ser estabelecida de duas maneiras diferentes, a saber: sistema de coordenada
absoluta e sistema de coordenada incremental.

4.2.2 - Sistema de Coordenadas Absolutas


Neste sistema, as coordenadas de todas as metas são dadas com relação a
uma origem estabelecida em função da peça a ser executada, ou seja, podemos
estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação. Este
processo é denominado de "Zero Fixo".
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X=0, Y=0
e Z=0. O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programada é
dado pela posição da ferramenta em relação ao sistema de coordenada de acordo
com o esquema que se segue:

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SENAI/PRONATEC

4.2.3 – Sistema de Coordenadas Incrementais


A origem deste sistema é estabelecida para cada movimento da ferramenta.
Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem, ou seja, para qualquer ponto
atingido pela ferramenta, a origem das coordenadas passará a ser o ponto
alcançado. Todas as medidas são feitas através da distância a deslocar-se. Este
processo é denominado de "Zero Flutuante".
Se a ferramenta desloca-se de um ponto A até B (dois pontos quaisquer), as
coordenadas a serem programadas serão as distâncias entre os dois pontos.
Note-se que o ponto A será a origem do deslocamento para o ponto B; e B
será a origem para um deslocamento até um ponto C, e assim sucessivamente.

4.2.4 – Exemplo

Coordenada Absoluta Coordenada Incremental


PONTOS
X Y X Y

A 10 10 10 10

B 30 40 20 30

C 30 10 0 -30

D 10 10 -20 0

5 Pontos Zero
O comando dos movimentos da ferramenta na usinagem de uma peça é
realizado em máquinas CNC com o auxílio de sistemas de coordenadas. A posição

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SENAI/PRONATEC

exata destes dentro da máquina-ferramenta é determinada através dos pontos-zero.


Numa máquina ferramenta CNC, ao lado dos pontos-zero, existe ainda uma série de
pontos de referência, que auxiliam na operação e programação.

5.1 - Torno

Na figura acima estão representados diversos pontos-zero e de referência,


que serão esclarecidos nas páginas seguintes. Os pontos-zero são:
 M= Zero Máquina
 R= Zero Referência
 E = N = Zero Ferramenta
 W= Zero Peça

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SENAI/PRONATEC

5.2 - Fresadora

Na figura acima estão representados diversos pontos-zero e de referência,


que serão esclarecidos nas páginas seguintes. Os pontos-zero são:
 M= Zero Máquina
 R= Zero Referência
 E = N = Zero Ferramenta
 W= Zero Peça

6 Unidade de Comando: SINUMERIK 810 E 820 M/T


É uma unidade de comando do tipo contínuo, com uma memória de trabalho
volátil (intermediária) e outra permanente, que pode armazenar programas por
período de até mil horas com o comando desligado. Pode comandar movimentos
lineares e circulares, e realizar todo tipo de operação possível em um torno. Através
de simulação gráfica, os programas introduzidos podem ser testados.

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SENAI/PRONATEC

A unidade de comando é composta das seguintes partes:


 Vídeo com teclas de função reconfiguráveis
 Teclado alfanumérico
 Teclas de correção e introdução
 Teclas auxiliares
 Painel de comando

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SENAI/PRONATEC

6.1 - Vídeo com Teclas de Funções Reconfiguráveis

1 – Modos de funcionamento
2 – Estados de funcionamento
3 – Número de alarme, texto (notas)
4 – Mensagem para o operador
5 – Introdução do teclado
6 – Número do canal
7 – Menu associado às 5 teclas de funções reconfiguráveis
8 – Tecla de pilotagem para retornar ao menu superior (tecla F2 do PC)
9 – Tecla de funções reconfiguráveis (teclas F3 a F7 do PC)
10 – Tecla de pilotagem para extensão do menu (tecla F11 do PC)

6.2 - Teclas de Correção / Introdução e Teclas Auxiliares


Estas teclas complementam o teclado alfanumérico, visto que, elas são
responsáveis pela correção e introdução, na memória do comando, dos dados
digitados no teclado alfanumérico. A figura abaixo mostra as teclas de
correção/introdução e auxiliares.

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SENAI/PRONATEC

6.3 - Painel de Comando


A figura a seguir, mostra as teclas que fazem parte do painel de comando.

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SENAI/PRONATEC

6.3.1 - Explicação das teclas

6.4 - Resumo das Funções de Comando


Será apresentada a seguir, em ordem alfabética, uma descrição sucinta das
funções apresentadas neste fascículo, ativadas pelo acionamento das teclas de
função reconfiguráveis.

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SENAI/PRONATEC

 ACTUAL BLOCO (bloco atual)


 BLOC SEARCH (procura bloco)
 COPY (cópia programas)
 CURREN VALUES (valor atual)
 CYCLE (ciclos)
 DEC – SBL YES – NO (bloco a bloco)
 DELETE (apagar)
 DIRECTORY (diretório)
 EDIT (editar)
 OPT. STP YES – NO (parada de programa sim-não)
 OVER STORE (modificação da memória intermediária)
 PART PROGRAM (programa peça)
 PROG. HANDL (manipulação de programa)
 PROGRAM CONTROL (controle sobre o programa)
 RENAME (renomear programas)
 REORG. (reorganizar)
 RESET (reposição a zero)
 SETTING DATA (dados de regulagem)
 SIMULATION (simulação)
 SKIP YES – NO (salta bloco opcional sim-não)
 SUB ROUTINE (sub-programa ou sub-rotina)
 START (partida)
 STOP (parada)
 TOOL OFFSET (correção de ferramenta)
 ZERO OFFSET (deslocamento da origem)

7 Modos de Operação do Comando 810 E 820 M/T


A seguir passaremos ao estudo dos modos de operação do comando
SINUMERIK 810 e 820 M/T.

29
SENAI/PRONATEC

7.1 - Ligar/Desligar
7.1.1 - Ligar
 Ligar o computador
 Clicar em iniciar
 Clicar em emco
 Clicar em WinNC machine-license
 Ligar o teclado e a máquina
 Com a seta  para acessar o comando desejado
 Acionar “ENTER” no computador ou “START” no teclado do comando

7.1.2 - Desligar
 Acionar as teclas “ALT e F4” simultaneamente três vezes
 Acionar “ENTER”
 Desligar o computador

7.2 - Executar Movimento Manual dos Eixos (Jog)


 Selecionar o modo de funcionamento “JOG”
 Abrir o seletor de avanço
 Fazer o movimento acionando a tecla correspondente ao eixo que se quer
movimentar
OBS: Proceder da mesma forma para movimentar os eixos em JOG incremental,
escolhendo o incremento desejado.

7.3 - Executar o Referenciamento da Máquina


 Selecionar o modo de funcionamento REFPOINT
 Abrir o seletor
 Acionar as teclas referentes aos eixos uma a uma ou acionar a tecla nº 5 do
teclado do computador que o referenciamento em todos os eixos se dará
automaticamente.

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SENAI/PRONATEC

7.4 - Editar / Selecionar um Programa

 Procurar através da tecla “PART PROGRAM”


 Acessar “PART PROGRAM”
 Acessar “EDIT”
 Digitar através do teclado o nº do programa
 Acessar “SELECT PROGRAM”

7.5 - Correção de Programa


7.5.1 - Modificar uma palavra (Função)
 Posicionar o cursor na frente da função desejada
 Digitar a função correta

 Acessar a tecla

7.5.2 - Deletar uma palavra


 Posicionar o cursor na frente da função desejada
 Digitar o endereço (letra) da função

 Acessar a tecla

7.5.3 - Inserir uma palavra (função)


 Posicionar o cursor onde se quer inserir a palavra (função)

 Acessar a tecla de introdução

7.5.4 - Procurar uma palavra (função)


 Digitar a função desejada

 Acessar a tecla

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SENAI/PRONATEC

7.5.5 - Deletar um bloco


 Posicionar o cursor na frente do bloco que se quer deletar
 Digitar o nº do bloco

 Acessar a tecla

7.6 - Simulação Gráfica


 Selecionar o programa
 Acessar a tecla SIMULATION
 Acessar a tecla START
OBS.: Caso se queira fazer a simulação Bloco a Bloco, basta acessar no painel de

comando, a tecla

7.7 - Inserir dados de deslocamento de origem


 Procurar através da tecla de pilotagem, “SETTING DATA”
 Acessar “SETTIN DATA”
 Acessar “ZERO OFFSET”
 A página desejada (G54, G55, G56 ou G57)
 Introduzir os valores

7.8 - Zeramento de ferramentas


7.8.1 - TORNO
 Fixar o ótico no barramento
 Fixar o padrão na torre
 Posicionar o ótico de acordo com o padrão
 Deslocar a posição “Z” – 30 utilizando o JOG incremental
 Anotar os valores de X e Z
 Acessar a tecla até visualizar o Menu Principal
 Acessar a tecla
 Acessar “TO-AUTOM”

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SENAI/PRONATEC

 Introduzir o Zero-Offset = 53
 Introduzir os valores de X e Z encontrados

 *Acessar no painel de comando a tecla para selecionar a ferramenta


desejada
 Posicionar a ferramenta no ótico
 Acessar “TO–AUTOM”
 Introduzir o nº do corretor (D)
 Acessar “STORE X-AXIS”
 Acessar “STORE Z-AXIS”
 Procurar através da tecla de pilotagem, “TOOL OFFSET”
 Acessar “TOOL OFFSET”
 Inserir os dados relativos a número, tipo e raio da ferramenta
OBS.: Para zeramento das demais ferramentas, repetir a partir do item assinalado
com (*).

7.8.2 – FRESADORA
 Colocar o relógio comparador o mais próximo possível da mesa
 Fazer o zeramento do relógio com o “nariz” da máquina, usando uma pequena
pressão, utilizando o modo “JOG INCREMENTAL”
 Anotar o valor da posição em “Z”
 *Colocar a ferramenta na árvore principal
 Fazer o zeramento com relógio usando a mesma pressão anterior e anotar o
valor, conforme a figura B
 Subtrair o valor encontrado em “Z” do valor do nariz da árvore anotado
anteriormente
 Com a tecla de pilotagem, localizar “TOOL OFFSET”
 Acessar “TOOL OFFSET”
 Inserir o valor encontrado para L1 (comprimento da ferramenta em Z), o número
do corretor, tipo e raio da ferramenta
OBS.: Para zeramento das demais ferramentas, repetir a partir do item assinalado
com (*).

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SENAI/PRONATEC

Figura A Figura B

7.9 - Inserir Dados de Corretores de Ferramenta


 Procurar através da tecla de pilotagem TOOL OFFSET
 Acessar TOOL OFFSET
 Inserir os valores correspondentes a cada ferramenta

7.9.1 – TORNO
 L1 – comprimento em X
 L2 – comprimento em Z
 Tipo de ferramenta

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 Raio da ponta da ferramenta


7.9.2 – FRESADORA
 L1 – comprimento da ferramenta em Z
 L2 – comprimento em X ou Y
 Tipo de ferramenta
 Raio da ferramenta

7.10 - Testar o Programa em Rápido sem Giro da Árvore


 Selecionar o modo de funcionamento AUTOMATIC
 Inserir o número do programa desejado

 Acessar, no painel de comando, a tecla

 Acessar, no painel de comando, a tecla

 Acessar, no painel de comando, a tecla

7.11 - Execução de um Programa


Após ter inserido os dados de deslocamento de origem e das ferramentas
 Selecionar o modo de funcionamento AUTOMATIC
 Inserir o número do programa desejado
 Acessar ACTUAL BLOCK (opcional)

 Acessar no painel de comando a tecla


OBS.: Caso queira executar o programa bloco a bloco, acionar, no painel de

comando, a tecla

7.12 - Iniciar o Programa em qualquer Bloco


 No modo automático, a partir do menu principal, acessar a tecla de pilotagem
 Acessar a tecla BLOCK SEARCH

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SENAI/PRONATEC

 Digitar o número do bloco desejado


 Acessar a tecla START

 Acessar, no painel de comando, a tecla

7.13 - Operar o Comando via MDI


 Selecionar o modo de funcionamento MDI
 Digitar as funções desejadas

 Acessar, no painel de comando, a tecla

7.14 - Operar o Comando via Over Store


 A partir do menu principal, acessar a tecla de pilotagem
 Acessar o OVER STORE
 Introduzir os valores para as funções desejadas

 Acessar, no painel de comando, a tecla

7.15 - Salvar um Programa para Disquete


 Procurar através da tecla de pilotagem “DATA IN – OUT”
 Acessar DATA IN – OUT
 Selecionar o drive desejado (A ou B)
 Acessar DATA OUT
 Acessar PART-PROGRAM
 Digitar os números do programa ou sub-rotinas desejadas
 Acessar MAINPRG START ou SUBROUT START

7.16 - Carregar um Programa do Disquete


 Procurar através da tecla de pilotagem “DATA IN – OUT”
 Acessar DATA IN – OUT
 Selecionar o drive desejado (A ou B)

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SENAI/PRONATEC

 Acessar a tecla DATA IMPORT


 Acessar MAIN PROGRAM ou SUB-ROUTINE

8 Funções de Programação
8.1 - Elementos que Compõem a Linguagem de Programação
Todo comando acoplado em uma máquina a Comando Numérico, necessita
de um meio de comunicação entre o programador e a máquina. Essa comunicação é
feita por meio de códigos ou símbolos padronizados, e recebe o nome de linguagem
de programação.

8.1.1 - Caractere
É um número, letra ou símbolo utilizado para exprimir uma informação.
Ex: I, G, %, LF...

8.1.2 – Endereço
O endereço é representado por uma letra que identifica um tipo de instrução.
Ex: G, X, Z, F...

8.1.3 – Palavra
Uma palavra é constituída de um endereço, seguido de um valor numérico.
Ex: G01, X50, F.2 (para torno), F200 (para fresadora), T 101...
A letra (endereço) tem a função de identificar uma família de palavras, e a
parte numérica identifica os elementos dessa família.

8.1.4 - Bloco ou Sentença


Bloco ou Sentença é um conjunto de palavras que identificam uma operação.
Ex: N10 G01 X120 F.3 (para torno) ou N10 G01 X120 F300 (para fresadora)
Uma operação é expressa por meio de quantos blocos forem necessários
para definir completamente uma fase. Assim podemos dizer que um programa é
formado por blocos numerados sequencialmente.

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SENAI/PRONATEC

Um programa de comando numérico pode ser definido como uma seqüência


lógica de informação para a usinagem de uma peça. Essa seqüência deve ser
escrita em códigos apropriados, de modo que o comando numérico as interprete e
emita os sinais necessários à máquina, para que esta execute a operação
programada.

8.2 – Estrutura de um Programa

 O PROGRAMA consiste de SENTENÇAS ou BLOCOS.


 A SENTENÇA consiste de PALAVRAS ou FUNÇÓES.
 A PALAVRA consiste de um ENDEREÇO e um NÚMERO.

8.3 - Função
É o código (palavra apropriada) compreensível pelo comando, que predispõe
a máquina ou o próprio comando a funcionar de determinado modo. As funções
podem ser modais e não modais.

8.3.1 - Função Modal


É aquela que, depois de memorizada, só será cancelada com a memorização
de outra função que a cancela.

8.3.2 - Função Não Modal


É aquela que tem validade somente no bloco programado.

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SENAI/PRONATEC

8.4 - Tipos de Funções


Quanto ao tipo, as funções são divididas em 4 grupos:
 Função seqüencial;
 Funções Preparatórias;
 Funções de Posicionamento;
 Funções Complementares / Auxiliares.

8.4.1 - Função seqüencial – N (não modal)


Tem a finalidade de numerar em ordem crescente os blocos de um programa,
para facilitar o acompanhamento do mesmo. O valor numérico de N não tem
influência para o comando.

8.4.2 - Funções Preparatórias - G (modais e não modais)


São funções que definem ao comando e à máquina O QUE FAZER,
preparando-a para uma determinada operação (deslocamento linear, circular, etc.).
As Funções Preparatórias descrevem o tipo de movimento do carro, tipo de
interpolação, tipo de medição, a influência temporal e ativam determinados estados
de operação do comando. As Funções Preparatórias são divididas nos grupos G1 a
G14. As funções básicas atuam após a ligação do comando, reset, ou fim de
programa. Elas não precisam ser programadas.

8.4.3 - Funções de Posicionamento - (não modais)


Definem ao comando ONDE FAZER, ou seja, as coordenadas do ponto que
se deseja alcançar e são programadas com a indicação do sinal algébrico de acordo
com a sua posição em relação ao sistema de referência.

8.4.4 - Funções Complementares (modais e não modais)


São funções (M, T, S e F) que definem ao comando COM QUE FAZER
determinada operação, complementando as informações dos blocos na
programação.

39
SENAI/PRONATEC

9 Descrição e Aplicação de cada uma das Funções

9.1 - Função Sequencial: N


Aplicação: Número seqüencial de blocos.
Cada bloco de informação é identificado pela função N, seguida de até 4 (quatro
dígitos).

9.2 - Funções de Posicionamento


9.2.1 – TORNO: X e Z
Aplicação: Eixo transversal e Eixo longitudinal

9.2.2 – FRESADORA: X, Y e Z
Aplicação: Eixo longitudinal, Eixo transversal e Eixo vertical (penetração)

9.3 - Funções Preparatórias G

FUNÇÃO DESCRIÇÃO

G00 Interpolação linear com velocidade rápida

G01 Interpolação linear com velocidade programada

G02 Interpolação circular no sentido horário

G03 Interpolação circular no sentido anti-horário

G04 Tempo de espera em segundos dados em “X”

G09 Diminuição da velocidade no final da linha

G10 Deslocamento linear em avanço rápido (coordenada polar)

G11 Deslocamento linear em avanço de usinagem (coordenada polar)

G17 Plano de trabalho X, Y

G18 Plano de trabalho X, Z

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SENAI/PRONATEC

G19 Plano de trabalho Y, Z

G33 Corte de rosca passo constante

G34 Corte de passo crescente

G35 Corte de rosca passo decrescente

G40 Cancela correção do raio de corte da ferramenta

G41 Seleciona correção do raio de corte à esquerda da peça

G42 Seleciona correção do raio de corte à direita da peça

G53 Deslocamento com relação ao zero máquina

G54 Seleciona deslocamento de zero número 1

G55 Seleciona deslocamento de zero número 2

G56 Seleciona deslocamento de zero número 3

G57 Seleciona deslocamento de zero número 4

G58 Ativa deslocamento de zero aditivo programável

G59 Ativa deslocamento de zero aditivo programável

G60 Diminuição da velocidade no final da linha

G63 Corte de rosca com mandril de compensação

G64 Parada sem precisão

G70 Seleciona medidas em polegadas

G71 Seleciona medidas em milímetros

G90 Seleciona medidas em coordenadas absolutas

G91 Seleciona medidas em coordenadas incrementais

G92 Limite de rotação da placa

G94 Seleciona velocidade de avanço em mm/min

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SENAI/PRONATEC

G95 Seleciona velocidade de avanço em mm/rotação

G96 Seleciona velocidade de corte constante

G97 Cancela G96, permanece a última rotação calculada por G96

10 Torno
10.1 - G90/91
Programação em coordenadas absolutas e coordenadas incrementais.

10.2 - G00: Posicionamento Rápido


Os eixos movem-se para a meta programada com o maior avanço possível. A
função G0 é Modal e cancela as funções G01, G02 e G03

10.3 - G01: Interpolação Linear


Com esta função obtêm-se movimentos retilíneos com qualquer ângulo e com
avanço (F) pré-determinado pelo programador. A função G01 é modal e cancela as
funções G00, G02 e G03.

10.4 - G02: Interpolação circular (sentido horário) e G03:


Interpolação circular (sentido anti-horário)
Tanto G2 como G3 executam operações de usinagem de arcos pré-definidos.
O sentido de execução da usinagem do arco define se este é horário ou anti-horário
de acordo com o plano formado pelos eixos coordenados X e Z, vistos de cima da
máquina.

 Determinação de X e Z para G02 e G03: Qualquer raio pode ser torneado com
uma sentença com G2 ou G3 e com os endereços X, Z, I e K.

 Formato da sentença: N...G...X...Z...I...K... ou N...G...X...Z...B...

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SENAI/PRONATEC

 Onde:
 X e Z - são coordenadas do ponto de chegada
 I e K - são coordenadas do centro do arco - incremental
 I pertence ao eixo X e K pertence ao eixo Z
 B - indica o giro em torno do eixo Y
Para I e para K, são interessantes apenas o ponto de partida "A" e o centro
do círculo "M".

As dimensões I e K resultam da projeção perpendicular do ponto A nos eixos


X e Z tomando por base o centro do círculo (M). Da projeção em X resulta I e da
projeção em Z resulta K.

 OBS.:
 O valor da programação da função I deve ser dado em raio.
 Caso o centro do arco ultrapasse a linha de centro deveremos dar o sinal
correspondente.
 As funções G02 e G03 não são modais, cancelam a função G00 e autorizam
o código G01 para movimentos subseqüentes.

10.5 - G4: Tempo De Permanência


Entre um deslocamento e outro da ferramenta pode-se programar um
determinado tempo para permanência da mesma. Este tempo é dado pelo código
G4 programado juntamente com a Função X, para indicar o tempo em segundos.
Exemplo: N50 G4 X3

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SENAI/PRONATEC

10.6 - G09: Redução de Velocidade


Com a função G09 é possível aproximar-se com exatidão de uma posição
objetivo (dentro do limite da parada com precisão). A velocidade de avanço neste
caso é reduzida até zero. O erro de acompanhamento é eliminado. A função G09
pode ser utilizada, por exemplo, quando se desejar usinar cantos vivos, ou no caso
de abertura de ranhura ou de uma inversão de sentido. Exemplos de mudança de
sentido com e sem redução de velocidade.

10.7 - G33: Corte de Roscas com Passo Constante


Com G33 podem ser usinadas roscas longitudinais, roscas planas e roscas
cênicas, de filete simples ou múltiplo, com passo constante. Durante o corte de
roscas deixam de vigorar a chave de correção de avanço, a tecla "avanço
desligado", a chave de correção de rotação do fuso e o tipo de operação "bloco
único".

ROSCAS COM FILETES MÚLTIPLOS: O corte de roscas começa sempre no ponto


de sincronização da marca de zero do gerador de impulsos. Somente quando este
sinal chega do medidor de rotação, é liberado o avanço. Através da programação,
pode-se indicar a posição do ponto de início do corte de rosca com deslocamento.
Desta maneira, é possível cortar roscas com o flanco direito ou esquerdo da
ferramenta, como também, através de um deslocamento ainda maior, cortar roscas
de um, dois ou mais filetes. Um filete de uma rosca com filetes múltiplos é

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SENAI/PRONATEC

programado da mesma maneira que uma rosca de filete simples. Após a usinagem
completa do primeiro filete, o ponto de início é deslocado de h e é usinado o filete
seguinte.

OBS.: Existe a possibilidade de aprofundar a ferramenta em ângulo reto em relação


ao sentido do movimento do carro ou inclinado ao longo do flanco.

10.7.1 - Rosca Cilíndrica de Filete Simples


Passo h = 2mm;
Profundidade da rosca t = 1,3mm;
Sentido de aprofundamento radial.

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10.7.2 - Rosca de Filetes Múltiplos com Passo Constante


Sentido de aprofundamento radial, passo h = 6mm, profundidade da rosca t =
3,9mm, com dois filetes. No exemplo, cada filete é usinado em dois cortes. Depois
que o primeiro filete foi completamente usinado o segundo filete, para o qual o ponto
de partida é deslocado de h.
h = passo da rosca / quantidade de filetes = 6/2 = 3mm

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10.7.3 - G40 / G41 / G42 – Correção do raio de corte (CRC)


G40: CANCELA A COMPENSAÇÃO DO RAIO DA PONTA DA FERRAMENTA.

G41: COMPENSAÇÃO DO RAIO DA PONTA DA FERRAMENTA (ESQUERDA)

A função G41 seleciona o valor da compensação do raio da ponta da


ferramenta, estando à esquerda da peça a ser usinada, vista na direção do curso de
corte. A geometria da ponta da ferramenta e a maneira na qual ela foi informada são
definidas pelo código 1 e 4, na página de "Registro de Correção da Ferramenta",
como veremos a seguir. A função G41 é modal, portanto cancela a G40.

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G42: COMPENSAÇÃO DO RAIO DA PONTA DA FERRAMENTA (DIREITA)

Esta função implica a compensação similar à função G41, exceto que a


direção da compensação é à direita, vista em relação à direção do curso de corte.
Tanto a função G41, como a função G42 deverá ser programada em um bloco, com
ou sem instruções de trajetória, sendo este um bloco de aproximação, o qual
utilizará função de trabalho (G1 ou G0) para compensar o raio do inserto. A função
G42 é Modal, portanto cancela a G40. É bom lembrarmos que o que importa para
escolha do código G (41, 42) adequado para cada caso é o sentido de corte
longitudinal, como veremos a seguir.

10.7.4 - G54 / G55 / G56 / G57: Deslocamento de origem (DO) ajustável


O deslocamento de origem é a distância entre o ponto zero da peça (a partir
do qual são feitas as medições) e o ponto zero da máquina. Os valores para o
deslocamento de origem de cada eixo são introduzidos no comando manualmente
através do painel de operação.

10.7.5 - G58 e G59: Deslocamento de Origem Aditivo Programável


Com G58 e G59 pode ser programado sob os endereços X e Z um deslocamento de
origem adicional. Os valores programados são adicionados aos valores do
deslocamento de origem ajustável. Com o fim do programa M30 ou com interrupção
do programa, os valores do deslocamento de origem programável para X e Z são
cancelados automaticamente, visto que eles se carregam novamente quando de
uma nova partida através do programa.

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10.7.6 - G70: Sistemas de entrada polegada e G71: Sistemas de entrada métricos


A função básica é fixada na colocação em funcionamento através de um dado
da máquina. O comando trabalha internamente sempre nesse sistema pré-fixado,
seja no sistema em polegadas ou no sistema métrico, independentemente do fato de
a entrada ser feita em polegadas ou em milímetros.

10.7.7 - G92 / G94 / G95 / G96 / G97: Avanço F


O avanço F pode ser programado em mm/min ou em mm/rot. G95 (F em
mm/rot) é sempre a função básica.

10.7.8 - G92: Limite máximo de rotação


 G92 S..... Limitação da rotação do fuso em G96
Pode-se tomar necessário (com velocidade de corte constante G96) não
deixar que a rotação do fuso ainda aumenta mais, isto é, a partir de um determinado
limite continuar a usinagem com uma rotação constante. Esta limitação somente
com G96. Caso seja selecionada a velocidade de corte constante G96 S... funciona
sempre o último valor programado sob G92.. como limitação da rotação do fuso.

10.7.9 - G94: Avanço F em (mm/min)

10.7.10 G95: Avanço F em (mm/rot)

10.7.11 G96: Seleciona velocidade de corte constante S em (m/min)


 G96 S...... Velocidade de corte constante
Em função da velocidade de corte programada, o comando calcula a rotação
do fuso que corresponde ao diâmetro da usinagem atual em cada instante.

10.7.12 G97: Seleciona rotação constante


 G97 S..... Rotação constante

10.7.13 - Inserção Automática de Chanfros e Raios


Pode ser inserido automaticamente um chanfro ou raio em cantos se no
mesmo bloco em que deve iniciar o chanfro ou raio for programado.

49
SENAI/PRONATEC

B- ..... chanfro
B+..... raio
Exemplos:

OBS.: O valor de B- ou B deve ser maior ou igual a trajetória programada do mesmo


bloco.

11 Fresadora

11.1 - G90/91
Programação em coordenadas absolutas e coordenadas incrementais.

11.2 – G00: Posicionamento rápido


Os eixos movem-se para a meta programada com o maior avanço possível. A
função G0 é Modal e cancela as funções G01, G02 e G03.

11.3 – G01: Interpolação linear


Com esta função obtêm-se movimentos retilíneos com qualquer ângulo e com
avanço (F) pré-determinado pelo programador. A função G01 é modal e cancela as
funções G00, G02 e G03.

50
SENAI/PRONATEC

11.4 - G02: Interpolação circular (sentido horário) e G03:


Interpolação circular (sentido anti-horário)
Tanto G2 como G3 executam operações de usinagem de arcos pré-definidos.
O sentido de execução da usinagem do arco define se este é horário ou anti-horário
de acordo com o plano formado pelos eixos coordenados X e Y, vistos de cima da
máquina.

 Determinação de X e Y para G02 e G03: Qualquer raio pode ser fresado com
uma sentença com G2 ou G3 e com os endereços X, Y, I e J.
 Formato da sentença: N...G...X...Y...I...J... ou N...G...X...Z...U...
 Onde:
 X e Y - são coordenadas do ponto de chegada
 I e J - são coordenadas do centro do arco - incremental
 I pertence ao eixo X e J pertence ao eixo Y
 U - indica o giro paralelo ao eixo Z
Para I e para J, são interessantes apenas o ponto de partida "A" e o centro
do círculo "M".

As dimensões I e J resultam da projeção perpendicular do ponto A nos


eixos X e Y tomando por base o centro do círculo (M). Da projeção em X resulta I
e da projeção em Y resulta J.

 OBS.:
 A interpolação circular só é possível com dois de três eixos.
 Só se pode programar utilizando o raio, através da letra “U”, quando o arco for
menor que 360º.
 U+ para ângulo menor ou igual a 180º

51
SENAI/PRONATEC

 U- para ângulo maior que 180º


 Quando o arco for 360º, deve-se programar utilizando os parâmetros I, J, e K.
 As funções G02 e G03 não são modais, cancelam a função G00 e autorizam
o código G01 para movimentos subseqüentes.
 A interpolação helicoidal é possível entre três eixos lineares que sejam
perpendiculares entre si. O círculo e a reta são programados no mesmo
bloco, sendo que a reta deve ser perpendicular ao plano da interpolação
circular. O avanço programado é mantido constante ao longo do círculo.

11.5 – G10 / G11: Programação em Coordenada Polar


G10 – deslocamento linear em avanço rápido
G11 – deslocamento linear em avanço de usinagem

P1 – pólo do sistema de coordenadas


A – ângulo
U – raio (distância entre P1 e P2)
Sintaxe do Bloco: N..... G..... X20 Y30 U..... A30
G..... – em avanço rápido G10 ou em avanço de usinagem G11
X20 Y30 – coordenada do pólo
U..... – distância entre P1 e P2
A30 – ângulo em graus

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SENAI/PRONATEC

OBS.:
 A referência é sempre em relação ao primeiro eixo positivo apresentado no
bloco. No exemplo a orientação é de +X para +Y.
 O valor do ângulo deverá ser sempre positivo.
 O pólo é modal e no fim do programa ele será desmemorizado.
 Ao se utilizar coordenadas polares pela primeira vez no programa, as
coordenadas do pólo deverão ser programadas em modo absoluto (G90), e
recomenda-se sempre programar as duas coordenadas do pólo.
 As coordenadas do pólo introduzidas em modo incremental (G91) referem-se ao
último pólo programado.

U..... A..... – posição no sistema de coordenadas polar


X..... Y..... – pólo do sistema de coordenadas

11.6 – G17, G18, G19: Seleção de plano


Através da programação da função G17 a G19 é fixado o plano em que deve
vigorar a correção de raio da fresa (CRF). Caso não seja programado um plano no
início do programa, será selecionado G17.

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11.7 – G40 / G41 / G42: Correção do raio da fresa

G40 – supressão da CRF


G41 – correção do raio da fresa à esquerda da peça
G42 – correção do raio da fresa à direita da peça
 A correção do raio da fresa vigora no plano selecionado (G17, G18 ou G19).
 A correção de comprimento da fresa vigora sempre perpendicular ao plano
selecionado, portanto, no terceiro eixo.

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11.8 - G54 / 55 / 56 / 57: Deslocamento de origem (DO) ajustável


O deslocamento de origem é a distância entre o ponto zero da peça (a partir
do qual são feitas as medições) e o ponto zero da máquina. Os valores para o
deslocamento de origem de cada eixo são introduzidos no comando manualmente
através do painel de operação.

11.9 - G58 e G59: Deslocamento de Origem Aditivo Programável


Com G58 e G59 pode ser programado sob os endereços X e Z um deslocamento de
origem adicional. Os valores programados são adicionados aos valores do
deslocamento de origem ajustável. Com o fim do programa M30 ou com interrupção
do programa, os valores do deslocamento de origem programável para X e Z são
cancelados automaticamente, visto que eles se carregam novamente quando de
uma nova partida através do programa.

11.10 – G60: redução de velocidade


Com a função G60 é possível aproximar-se com exatidão de uma posição
objetivo (dentro do limite da parada com precisão). A velocidade de avanço, neste
caso, é reduzida até zero. O erro de acompanhamento é eliminado.
A função pode ser utilizada, por exemplo, quando se desejar usinar cantos
viços, ou no caso de abertura de ranhura ou de uma inversão de sentido.

Exemplo: mudança de sentido com e sem redução de velocidade

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11.11 – G63: Execução de Roscas com Mandril de Compensação


A condição de trajetória G63 é programada para a execução de roscas com
macho em mandril de compensação. Não há uma relação funcional entre rotação do
fuso e avanço.
Sob o endereço S é programada a rotação do fuso, e sob o endereço F, um
avanço adequado para a mesma. O mandril de compensação de comprimento deve
acomodar as tolerâncias entre avanço e rotação, bem como o afastamento do fuso,
após ter sido alcançada a posição.
Com G63, não funciona a chave de correção de avanço. Dependendo da
execução da interface, é também interrompido o funcionamento do fuso com “parada
de avanço”.

11.12 – G64: Operação com Comando de Trajetória


A condição de trajetória G64 é utilizada caso não devam ocorrer marcas na
peça, na passagem de um bloco para outro. Além disso, são arredondadas dessa
maneira as passagens ao ser alterada a direção da tangente.

11.13 - G70: Sistemas de entrada polegada e G71: Sistemas de


entrada métricos
A função básica é fixada na colocação em funcionamento através de um dado
da máquina. O comando trabalha internamente sempre nesse sistema pré-fixado,
seja no sistema em polegadas ou no sistema métrico, independentemente do fato de
a entrada ser feita em polegadas ou em milímetros.

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11.14 – G94 / G95: Avanço F


O avanço pode ser programado em mm/min ou em mm/rot. G95 (F em
mm/rot) é sempre a função básica.

11.15 – Inserção Automática de Chanfros e Raios


Pode ser inserido automaticamente um chanfro ou raio em cantos, se for
programado no mesmo bloco em que deve iniciar o chanfro ou raio.
U-..... chanfro
U+..... raio

OBS.: O valor de U- ou U deve ser menor ou igual a trajetória programada do


mesmo bloco.

12 Funções de Comutação e Adicionais M, S, T, H


As funções de comutação e adicionais são sempre executadas no bloco em
que elas são programadas. Em cada bloco pode-se programar no máximo uma
função S e uma T.

12.1 - Palavra – S
A palavra - S pode ser utilizada opcionalmente como:
 Rotação do fuso codificada

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 Rotação do fuso em rpm


 Velocidade de corte em m/min
 Limite máximo de rotação
 Não são possíveis formas de entrada diferentes para rotação e velocidade

12.2 - Palavra – T: Instrução de ferramenta


A instrução de ferramenta determina a ferramenta necessária (número da
ferramenta) para o segmento de usinagem e quais dados da ferramenta são válidos
(número de correção da ferramenta).

 Endereço da instrução de ferramenta T 01 D01


 N° da ferramenta 00...08: 1 a 2 dígitos
 N° do corretor da ferramenta (CF=>O)
(seleção do CF: 01...99) (supressão da CF:00)
 N° da Correção da Ferramenta (CF): D
Sob um número de correção de ferramenta são introduzidos dados de correção de
ferramenta. Ao todo podem ser memorizados valores de correções para 99
ferramentas.

12.3 - Funções miscelâneas ou auxiliares


As funções auxiliares abrangem os recursos da máquina não cobertos pelas
funções anteriores. Estas funções têm formato M2 e apenas o código M pode ser
programado em cada bloco.
 M00: Parada de programa
 M01: Parada opcional do programa
 M02: Fim de programa
 M03: Sentido horário de rotação do eixo-árvore
 M04: Sentido anti-horário de rotação do eixo-árvore
 M05: Desliga o eixo-árvore
 M08: Liga óleo refrigerante
 M09: Desliga óleo refrigerante
 M17: Fim de sub-programa

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 M30: Fim de programa principal

13 Sub-Rotinas
Seqüências de movimentos e evoluções de funções que se repetem diversas
vezes podem ser carregadas na forma de sub-rotinas e serem chamadas livremente
no programa de usinagem ou também através de entrada manual. A definição de
sub-rotina é feita através do número da sub-rotina de dois dígitos e de dois zeros
complementares.

L412 P5 LF - Executar a sub-rotina 412 cinco vezes


Sub-rotina 412
L412
N0 G91 G01 Z-10 F100 LF
N5 X10 Z...... LF
N10 X..... LF
N15 M17 LF - Fim de sub-rotina com M17 no último bloco

A chamada da sub-rotina é feita em um programa de usinagem ou sub-rotina


através do endereço L. É possível um encadeamento triplo de sub-rotinas no
programa de usinagem.

L412 P01 Chamada de sub-rotina. A quantidade das passagens


deve ser introduzida através da letra P. O número da sub-
rotina também deve ter 2 ou 3 dígitos (001...099).

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13.1 - Chamada de sub-rotina e encadeamento de sub-rotinas

14 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
As letras de A a Z possuem os seguintes significados, de acordo com a norma
DIN 66025:
A – Movimento de rotação em torno do eixo X
B – Movimento de rotação em torno do eixo Y
C – Movimento de rotação em torno do eixo Z
D – Memória de correção de ferramentas

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E – segundo avanço
F – Avanço
G – Condição de trajetória
H – (disponível)
I – Parâmetro de interpolação ou passo de rosca paralelo ao eixo X
J – Parâmetro de interpolação ou passo de rosca paralelo ao eixo Y
K – Parâmetro de interpolação ou passo de rosca paralelo ao eixo Z
L – (disponível)
M – Função auxiliar
N – Número de sentença
O – (disponível)
P – Terceiro movimento paralelo ao eixo X
Q – Terceiro movimento paralelo ao eixo Y
R – Movimento em marcha rápida no sentido do eixo Z, ou terceiro movimento
paralelo ao eixo Z
S – Rotação da árvore principal
T – Ferramenta
U – Segundo movimento paralelo ao eixo X
V – Segundo movimento paralelo ao eixo Y
W – Segundo movimento paralelo ao eixo Z
X – Movimento em sentido do eixo X
Y – Movimento em sentido do eixo Y
Z – Movimento em sentido do eixo Z

15 Ciclos de Usinagem
Os ciclos de usinagem são executados na forma de sub-programas, fixados
na memória e são disponíveis para as usinagens comuns que se repetem. Os ciclos
podem ser inseridos através de um guia de operações (Programação Assistida) via
uma imagem de menus ou por uma programação direta de parâmetros dentro do
programa. A parametrização pode ser inserida simultaneamente à chamada do
ciclo de usinagem ou dentro do bloco seguinte dentro da programação assistida, os
parâmetros são inseridos sempre simultaneamente com o ciclo de usinagem.

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SENAI/PRONATEC

Um ciclo de usinagem pode ser chamado dentro de um programa principal ou


dentro de um sub-programa. Os ciclos terminam uniformemente com as funções
preparatórias G00, G40, G64, G90. No decorrer do programa qualquer função
preparatória diferente, deverá ser programada.
Para a parametrização dos ciclos, via guia de operações, são selecionados
com as teclas de funções reconfiguráveis.

15.1 - Seqüência para Executar um Ciclo Via Imagem do Menu


- Acionar a tecla GUIDING
- Acionar a tecla de extensão do menu uma vez
- Acionar a tecla WORK-CYCLE .
- Após acionar a tecla de acordo com o ciclo desejado

15.2 - Ciclos de Usinagem para Torno


L93 - Ciclo para abertura de canais
L95 - L96 - Ciclo de torneamento
L97 - Ciclo para abertura de roscas
L98 - Ciclo para furação profunda

15.3 - L93: Ciclo para abertura de canais


O ciclo para canais L93 permite realizar canais externos e internos
simétricos.

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Os parâmetros R seguintes são inseridos no programa via imagem do menu


ou são inseridos no programa manualmente.
R10 - = O para longitudinal (Z), = 1 para face (X)
R21 - Diâmetro maior do canal
R22 - Ponto de partida em Z (absoluto)
R23 - Parâmetro do comando (R23 = -1 ponto de referência à esquerda)
(R23 = 1 ponto de referência à direita)
R24 - Sobremetal em X
R25 - Sobremetal em Z
R26 - Profundidade de penetração em X
R27 - Largura do canal
R28 - Tempo de parada no fundo do canal em segundos
R29 - Ângulo lateral esquerdo
R30 - Raio ou chanfro no fundo do canal (esquerdo)
R31 - Diâmetro interno do canal
R32 - Raio ou chanfro no diâmetro externo do canal (esquerdo)
R33 - Raio ou chanfro no fundo do canal (direito)
R34 - Raio ou chanfro no diâmetro externo do canal (direito)
R35 - Ângulo lateral direito

Após a parametrização via imagem do menu e do acionamento da tecla de


função reconfigurável "MEMORY-MENU", os parâmetros são memorizados no
programa e após a chamada de L93.
Antes que o ciclo de canal seja chamado em um programa de usinagem, a
correção da ferramenta deverá estar selecionada por dois corretores e o valor de
correção desejado deve estar programado. Um dos corretores, no caso o 2º será
fictício, serve somente para que o comando reconheça a largura do Bedame, pois o
ponto de referência deste será do lado oposto ao do primeiro.
Se selecionarmos o corretor da ferramenta como D = n, o segundo corretor
deverá ter um número imediatamente maior que o primeiro: D = n+1.

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L95 E L96: CICLOS DE TORNEAMENTO

Os ciclos de torneamento L95 e L96 permitem, sobre uma peça bruta,


usinar paralelamente a um eixo, um contorno programado em um sub-programa.

Os parâmetros R seguintes são inseridos no programa via imagem do menu


ou são inseridos no programa manualmente:

R20 - Número do sub-programa do contorno final da peça


R21 - Ponto de partida do contorno em X (absoluto)
R22 - Ponto de partida do contorno em Z (absoluto)
R24 - Sobremetal para acabamento em X (relativo)
R25 - Sobremetal para acabamento em Z (relativo)
R26 - Penetração por passe em X ou Z (relativo)
R27 - Correção do raio da ferramenta (com correção - 41 ou 42, sem - 40)
R28 - Avanço
R29 - Definição do tipo de usinagem que será executada
R30 - Definido pelo comando sempre = 0
R29 - Tipo de Usinagem

O tipo de usinagem selecionada (R29) indica o modo de torneamento:


desbaste ou acabamento, usinagem externa ou interna, definição de passes,
usinagem longitudinal (Z) ou transversal (X).

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R29 = 11 desbaste externo paralelo ao eixo Z (longitudinal)


R29 = 12 desbaste externo paralelo ao eixo X (transversal)
R29 = 13 desbaste interno paralelo ao eixo Z (longitudinal)
R29 = 14 desbaste interno paralelo ao eixo X (transversal)
R29 = 21 desbaste ou acabamento externo paralelo ao contorno
R29 = 23 desbaste ou acabamento interno paralelo ao contorno
R29 = 31 desbaste externo ou passo de desbaste paralelo a Z
R29 = 32 desbaste externo ou passo de desbaste paralelo a X
R29 = 33 desbaste interno ou passo de desbaste paralelo a Z
R29 = 34 desbaste interno ou passo de desbaste paralelo a X
R29 = 41 usinagem completa externo (desbaste, pré-desb e acabamento) Z
R29 = 42 usinagem completa externo (desbaste, pré-desb e acabamento) X
R29 = 43 usinagem completa interno (desbaste, pré-desb e acabamento) Z
R29 = 44 usinagem completa interno (desbaste, pré-desb e acabamento) X
Quando o ciclo é feito via imagem do menu, o parâmetro R29 é definido em
função do tipo de usinagem escolhida através das teclas reconfiguráveis. Para a
usinagem automática, é necessário que o contorno final da peça acabada seja
descrita. Ele é descrito na forma de sub-programa e é chamado no interior do ciclo
de usinagem através do parâmetro R20.

L97: CICLO PARA ABERTURA DE ROSCA

Com auxílio deste ciclo podem ser cortadas roscas externas, internas,
paralelas e cênicas. A penetração da ferramenta é automática e o acréscimo da
penetração por corte decresce linearmente.

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Os parâmetros R seguintes são inseridos no programa via imagem do menu


ou são inseridos no programa manualmente:
R20 = Passo do filete
R21 = Ponto de partida do filete em X (absoluto)
R22 = Ponto de partida do filete em Z (absoluto)
R23 = Número de passos para acabamento
R24 = Profundidade do filete (absoluto) Sinal negativo para rosca externa e sinal
positivo para rosca interna.
R25 = Sobremetal para acabamento
R26 = Trajeto de ataque (mínimo três vezes o passo da rosca)
R27 = Trajeto de saída da rosca
R28 = Número de passos para desbaste

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R29 = Ângulo de penetração da rosca


R31 = Ponto de chegada da rosca em X (absoluto)
R32 = Ponto de chegada da rosca em Z (absoluto)
OBS.: Se R31 = R21 - a rosca será paralela
Se R31 # R21 - a rosca será cônica

L98: CICLO DE FURAÇÃO PROFUNDA

Os parâmetros seguintes são visualizados na imagem do menu ou são


inseridos dentro do programa:

R22 - Ponto de partida em Z (absoluto)


R24 - Decréscimo da profundidade (relativo)
R25 - Primeira profundidade da furação (relativa)
R26 - Profundidade final do furo
R27 - Tempo de parada ao ponto de partida
R28 - Tempo de parada a cada profundidade do furo

A profundidade de usinagem é a cada vez reduzida de maneira decrescente


de um valor igual ao decréscimo constante até que seja alcançado o ponto final
(R26). Caso o cálculo resulta em uma profundidade menor que o valor de
decréscimo, ela será mantida constante e igual a este valor. Ao fim deste ciclo a
ponta da broca se encontra novamente no ponto de partida A. Caso a profundidade

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de furação restante seja maior que o decréscimo da profundidade (R24) e menor


que 2 x R24, ela será dividida em 2 cursos de furação.

15.4 - Ciclos De Usinagem para Fresadora


L80 – cancela a L81 até a L89
L81 a L89 – ciclos de furação
L900 – ciclo padrão de furação
L901 – ciclo para abertura de ranhuras
L902 – ciclo para abertura de rasgos
L903 – ciclo para abertura de bolsa retangular
L904 – ciclo para abertura de ranhuras circulares
L905 – ciclo padrão de furação retilínea
L906 – ciclo padrão de furação circular
L930 – ciclo para abertura de bolsa circular

15.4.1 - Os seguintes parâmetros são utilizados nos ciclos L81 a L89:


R00 – tempo de espera (ponto inicial)
R01 – primeira profundidade de furação (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera (fundo do furo)
R05 – decréscimo de profundidade
R06 – inversão do sentido de rotação do fuso
R07 – retorno ao sentido de rotação do fuso (após R06 ou após M05)
R08 – acréscimo de profundidade
R09 – passo da rosca
R10 – plano de recuo
R11 – eixo de usinagem (número dos eixos X:1, Y:2, Z:3)

Os parâmetros são alterados ao fim do ciclo.


São condições prévias para todos os ciclos que o plano de furação seja
selecionado e que a posição do furo a ser perfurado tenha sido aproximada no plano

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perpendicular de Z pelo programa principal. O avanço corresponde, a rotação do


fuso e o sentido de rotação do fuso devem ser programados no programa principal.
Os ciclos de furação trabalham com coordenadas absolutas. Após a chamada deve
ser selecionada, se for o caso, novamente a entrada de coordenadas incrementais
no programa principal.

15.4.2 - Sub-rotina L80 – supressão de G81 a G89


É chamada internamente ao comando quando for programado G80. Não
precisam ser definidos parâmetros.

15.4.3 - Sub-rotina L81: furação simples e centragem

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R10 – plano de retração
R11 – eixo de usinagem

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15.4.4 - Sub-rotina L82: furação com faceamento

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera (fundo do furo)
R10 – plano de recuo
R11 – eixo de usinagem

15.4.5 - Sub-rotina L83: furação profunda

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R00 – tempo de espera (ponto inicial)
R01 – primeira profundidade de furação (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)

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R04 – tempo de espera (fundo do furo)


R05 – decréscimo de profundidade
R10 – plano de recuo
R11 – eixo de usinagem

15.4.6 - Sub-rotina L84: rosqueamento com macho para máquinas

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de parada
R06 – inversão do sentido de rotação
R07 – retorno ao sentido de rotação do fuso
R08 – com ou sem encoder (=1 ou =0)
R09 – passo da rosca
R11 – eixo de usinagem

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15.4.7 - Sub-rotina L85: furação 1

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera (fundo do furo)
R10 – plano de recuo
R16 – avanço
R17 – avanço de retração

15.4.8 - Sub-rotina L86: furação 2

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Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera (fundo do furo)
R07 – ligação do fuso após M05 (sentido de rotação)
R10 – plano de recuo
R12 – retração na horizontal
R13 – retração na vertical

15.4.9 - Sub-rotina L87: furação 3

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R10 – plano de recuo
R16 – avanço

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15.4.10 - Sub-rotina L88: furação 4

Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera
R10 – plano de recuo
R16 - avanço

15.4.11 - Sub-rotina L89: furação 5

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Devem ser definidos os seguintes parâmetros:


R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R04 – tempo de espera (fundo do furo)
R10 – plano de recuo

15.4.12 - Ciclos de Furação e Fresagem Padrão


Os seguintes parâmetros são utilizados nos ciclos L900 – L930:
R01 – primeira profundidade de furação (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R06 – direção de corte (G02 ou G03)
R10 – plano de recuo (absoluto)
R11 – comprimento da cavidade (incremental)
R12 – comprimento da ranhura (incremental)
R13 – largura da cavidade (incremental)
R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio
R25 – ângulo de partida
R26 – incremento angular
R27 – número de furos ou ranhuras
R28 – número do ciclo de furação (81 a 89)

75
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15.4.13 - L900: Ciclo padrão de Furação Circular

O padrão de furação opera considerando o eixo “Z” como eixo de furação e


utiliza os parâmetros abaixo:
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio
R25 – ângulo de partida referente ao eixo “X”
R26 – deslocamento angular (para R26 = 0, o número de furos é igualmente
dividido)
R27 – número de furos
R28 – número de ciclo de furação (81 – 89)

15.4.14 - L901: Ciclo de Ranhuras

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SENAI/PRONATEC

O ciclo de ranhuras opera no plano X / Y e utiliza os parâmetros abaixo:


R01 – profundidade de usinagem (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R12 – largura da ranhura
R13 – comprimento da ranhura
R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio do círculo
R25 – ângulo de partida (referido ao eixo “X”)
R26 – deslocamento angular (para R26 = 0, o número de furos é igualmente
dividido)
R27 – número de ranhuras

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SENAI/PRONATEC

15.4.15 - L902: Ciclo de Rasgos

O ciclo de ranhuras opera no plano X / Y e utiliza os parâmetros abaixo:


R01 – profundidade de usinagem (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R13 – largura total do rasgo
R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio
R25 – ângulo de partida (referido ao eixo “X”)
R26 – deslocamento angular (para R26 = 0, o número de furos é igualmente
dividido)
R27 – número de ranhuras

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SENAI/PRONATEC

15.4.16 - L903: Bolsa Retangular

A bolsa retangular opera no plano X / Y e utiliza os parâmetros abaixo:


R01 – profundidade de usinagem (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)
R06 – direção de fresamento (02 – horário ou 03 – anti-horário)
R12 – comprimento da bolsa
R13 – largura da bolsa
R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio do corner

O ciclo se repete até atingir a profundidade final de usinagem. Se R01=0, é


selecionada a máxima profundidade de usinagem.
O ciclo ativa automaticamente a correção do raio de corte.

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SENAI/PRONATEC

15.4.17 - L904: Ciclo de Ranhuras Circulares

O ciclo de ranhuras circulares opera no plano X / Y e utiliza os parâmetros


abaixo:
R01 – profundidade de usinagem (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R12 – largura da ranhura
R13 – arco entre centros da ranhura
R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio da circunferência central da ranhura
R25 – ângulo de partida do centro da primeira ao início da segunda
R27 – número de ranhuras
O ciclo se repete até atingir a profundidade final de usinagem. Se R01=0, é
selecionada a máxima profundidade de usinagem.
O ciclo ativa automaticamente a correção do raio de corte.

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SENAI/PRONATEC

15.4.18 - L906: Ciclo padrão de Furação Linear

R18 – distância do centro ao início do primeiro furo


R19 – distância entre furos
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R25 – ângulo de partida
R27 – número de furos
R28 – número do ciclo de furação (81 – 89)

15.4.19 - L930: Bolsa Circular

A bolsa circular opera no plano X / Y e utiliza os parâmetros abaixo:


R01 – profundidade de usinagem (incremental, introduzir sem sinal)
R02 – plano de referência (absoluto)
R03 – profundidade final de usinagem (absoluto)

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SENAI/PRONATEC

R06 – direção de fresamento (02 – horário ou 03 – anti-horário)


R15 – avanço de usinagem
R16 – avanço de penetração
R22 – centro em “X”
R23 – centro em “Y”
R24 – raio

16 MASTERCAM
Mastercam é um software CAD/CAM baseado em Windows para fresamento e
torneamento 2 a 5 eixos, erosão a fio 2 a 4 eixos, modelamento 2D, 3D, superfícies,
sólidos, modelamento e usinagem de relevos artísticos e usinagens especializadas
para madeira (router). O software conta com mais de 125.000 licenças em 75
países, nas áreas de moldes, prototipagem, automotiva, aeronáutica, médica e
produtos de consumo. É comercializado em diversos módulos e níveis para facilitar a
adequação do produto às necessidades de cada empresa. Segundo análise
realizada pela CIMdata sobre os softwares CAM mais utilizados no mundo, pelo 13º
ano consecutivo o Mastercam venceu em sua categoria.

Resumo da Interface

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SENAI/PRONATEC

Referências Bibliográficas

 SENAI BH, Automação Industrial CNC-Comando Numérico Computadorizado


– Belo Horizonte SENAI/BH
 São Paulo/RJ, Comando Numérico CNC – São Paulo, 1985 E.P.U.

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