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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

1- INTRODUÇÃO

Escolhendo a engenheira civil Daniela Hernandez Butião, que atua na região de


Bebedouro, situada ao endereço de Rua Francisco Villo, 46, Residencial Furquim,
Bebedouro-SP. Sendo um profissional liberal que possui grande bagagem e
entendimento das normas e processos municipais, para desenvolvimento e
regularização de projetos já executados, porém sem estar com suas plantas
atualizadas no departamento municipal de plantas e projetos, que pode gerar uma
série de incubências ao proprietário do imóvel em casos extremos existindo a
possibilidade de que a construção existente de modo irregular ou parte desta que
possa ser demolida mediante a solicitação do respectivo órgão municipal, e partindo
desse pressuposto, existe uma demanda para que estes trabalhos sejam feitos,
tanto pelo interesse público bem como por parte dos proprietários que por sua vez,
se vem com alguns impeditivos, simplesmente pelo fato de que o projeto se encontra
irregular.

2- OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:

Desenvolver as habilidades aplicadas na área de desenvolvimento de projetos e


regularizações, que atendam às normas municipais de Bebedouro-SP.

2.2 Objetivos Específicos:

Buscar o claro entendimento da legislação vigente na forma da lei complementar n°


46/2006 assim como da lei complementar n° 89/2011;

Desenvolver as habilidades na confecção de projetos em formato CAD, que


atendam as legislações municipais;
Desenvolvimento de projeto e memorial descritivo no formato executivo praticado
que é de alvenaria de vedação e concreto armado.

Entender a sequência e os requisitos da protocolização de projetos para aprovação


de novo projeto ou regularização de projetos em situação irregular que estejam em
acordo com as normas, legislações e que atenda aos requisitos mínimos de
segurança para uma edificação.

Executar todo o processo em um projeto de regularização residencial, que se


encontra desatualizado no banco de dados da prefeitura, desde a coleta de dados,
em campo, elaboração da documentação necessária, até sua aprovação e entrega
ao cliente regularizado.

3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Iniciando a base teórica para o desenvolvimento do projetos partindo do


primeiro ponto que é a Lei 10.257, que irá estabelecer as diretrizes mínimas gerais
da política urbana e de outras providências, sendo esta lei denominada o estatuto da
cidade. Lei esta que regulamenta o uso da propriedade urbana em prol do coletivo,
da segurança, do bem estar social e do meio ambiente.
Determinando as diretrizes que irão ordenar e regulamentar o pleno
desenvolvimento das propriedade urbana o conhecimento da Lei 10.257 é
fundamental para o desenvolvimento de projetos que atendam tais requisitos e
necessidades básicas, nas dimensões mínimas dos projetos para que este atenda
as necessidades básicas das pessoas, sem que se prejudiquem o solo e a
comunidade como um todo.
O Decreto 12.342 do estado de São Paulo, por sua vez, irá fornecer as
diretrizes gerais do estado, no que tange ao saneamento ambiental, organização
territorial. Trazendo as diretrizes sobre o funcionamento e regras para todos e
qualquer serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto, obrigando-os a
serem diretamente subordinados à autoridade sanitária competente. Decreto este
que estará direcionando os cuidados que devem ser tomados no desenvolvimento e
execução dos sistemas hidro sanitários residenciais.
Na parte das habitações unifamiliares que trata o decreto 12.342, existem
uma série de definições previstas para a execução e aceitação de tais projetos, que
acaba por delimitar uma área mínima para os ambientes dispostos em tais projetos,
para salas, dormitórios e cozinhas, estas habitações não podem ter área inferior a
oito metros quadrados, e as várias para o número diferente de dormitórios partindo
de um mínimo de doze metros quadrados para um único dormitório bem como para
a sua varia de área com o aumento respectivo de tais habitações.
No último nível da delimitação de leis e normativas temos na forma da Lei
complementar n° 43 de 5 de setembro de 2006, que normatiza execução e
montagem de projetos, atendendo diretamente os interesses do município de
Bebedouro para o atendimento do planejamento básico municipal.
Segundo Araújo, Freitas e Rodrigues (2006), o concreto armado é
constituído pela junção do aço com o concreto que visa, fazer uso das qualidades,
de cada um dos materiais, em seu mais adequado uso, como o concreto que por
si só possui um ótimo desempenho na compreensão, porém tem pouca
resistência nos esforços de tração e cortante, e o aço por sua, vez tem um alto
grau de resistência em ambas as situações, porém com alto valor agregado.
Visando obter o melhor desempenho do concreto e reduzir a sua fragilidade aos
esforços cortantes e de tração, faz-se o complemento com aço.
De acordo com Vasques (2014, p.3);
O sistema convencional é composto por pilares, vigas e lajes de
concreto armado,sendo que os vãos são preenchidos com tijolos cerâmicos
para vedação. O peso da construção, neste caso, é distribuído nos pilares,
vigas, lajes e fundações e, por isso, as paredes são conhecidas como não
portantes. Na construção de elementos como pilares e vigas são usados
aço estrutural e formas de madeira. Após a construção das paredes, é
preciso rasgá-las para embutir as instalações hidráulicas e elétricas. A
etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação do chapisco, massa
grossa (emboço), massa fina (reboco) e pintura, deve ser iniciada em
seguida.

Prudêncio (2013) cita que este é um sistema construtivo completamente


artesanal caracterizado pela baixa produtividade e grande desperdício de material,
isso porque, todas as etapas construtivas são executadas in loco tornando a
execução do projeto bastante demorada. Além disso, grande parte da mão de obra
não é qualificada por um método e treinamento técnico com embasamento científico
e sim o profissional se forma de maneira artesanal com o passar do tempo, o que
ocasiona excesso de desperdício de materiais e retrabalho.
E partindo para a parte de planejamento de acordo com Dinsmore (1992),
o nível de atividade do projeto pode ser constituída por 3 fases distintas:

a) Fase conceitual: inclui identificação de necessidades, preparação de propostas


de projeto, definindo um real intervalo de custo da obra. Nesta fase,
identificam-se as necessidades básicas do cliente, com a definição do projeto,
bem como a expectativa do tempo de execução e o custo total da obra;

b) fase de planejamento: envolve a programação de recursos humanos, materiais e


financeiros, realização de estudos e análises, análise de resultados para iniciar
a fase de execução;

c) fase de execução: inclui o cumprimento das atividades programadas e a


alteração dos planos, conforme necessário. Esta fase inclui a monitorização e o
controle das atividades;

d) fase final: inclui análise do planejamento na obra, seus resultados, sua


viabilidade, o encerramento das atividades e a realocação dos membros da
equipe. A somatória destas quatro fases é conhecida como “ciclo de vida do
projeto”.

É necessário ter o grau de detalhamento correto para o planejamento, devendo ser


suficientemente detalhado, de forma a auxiliar a orientação de todas as atividades;
por outro lado, o detalhamento excessivo pode ter conseqüências indesejadas
conforme (LAUFER e TUCKER, 1988), como por exemplo:

a) elevações de custo;
b) falta de uma visão clara do empreendimento;
c) necessidade de uma atualização dos dados mais freqüentes, consumindo tempo
no monitoramento e replanejamento;
d) partes das informações não são baseadas em dados, mas na experiência do
indivíduo, que nem sempre conduz a estimativas precisas.

É necessário ter o grau de detalhamento correto para o planejamento, devendo ser


suficientemente detalhado, de forma a auxiliar a orientação de todas as atividades;
por outro lado, o detalhamento excessivo pode ter conseqüências indesejadas
conforme (LAUFER e TUCKER, 1988), como por exemplo:
a) elevações de custo;
b) falta de uma visão clara do empreendimento;
c) necessidade de uma atualização dos dados mais freqüentes, consumindo tempo
no monitoramento e replanejamento;
d) partes das informações não são baseadas em dados, mas na experiência do
indivíduo, que nem sempre conduz a estimativas precisas.
A formalização do planejamento a curto prazo se dá através da realização de ações
que protejam a produção contra os efeitos de incerteza, facilita a designação de
metas às equipes de trabalho e ao controle de produção. Isto acontece porque as
tarefas ficam registradas em tabelas de forma organizada e clara (BERNARDES,
2002).

4- ANÁLISE

Dando início ao cumprimento de estágio supervisionado, as primeiras


atividades se resumiram, a realização de acesso aos documentos oficiais
disponibilizados pelo departamento de planejamento urbano e obras da prefeitura
municipal de Bebedouro.
O Trabalho se desenvolveu em três etapas distintas e em uma ordem pré
estabelecida. Partindo da necessidade de regularização de um projeto residencial,
que se encontra em desconformidade com o projeto válido e aprovado na prefeitura,
o cliente solicitou para que este fosse regularizado.
Com o início efetivo dos trabalhos desta regularização se iniciou com a visita
técnica ao imóvel, com a finalidade de se obter dados e situação atual do imóvel, por
meio do uso de ferramentas de medição do tipo trena de fita e laser.
Seguindo com a transcrição dos dados coletados em campo, que
demonstravam as diferenças com o projeto vigente na prefeitura, foi desenvolvido
em formato CAD, um novo projeto apontando as alterações que já foram feitas no
imóvel após a aprovação de um projeto de ampliação em data anterior, com o
acréscimo de uma nova área de ampliação a pedido do proprietário.
Em continuidade a adequação de projeto, foi desenvolvido um projeto de
regularização e ampliação residencial, reunido com a documentação necessária
solicitada pelo respectivo departamento municipal que iria recolher tais documentos,
junto com uma taxa de protocolo que fornece ao usuário do serviço um meio prático
de acompanhar o processo do projeto, e para que se possa estar atuando em
eventuais, comunicados oficiais que solicitem alguma alteração no conteúdo do
projeto para sua aprovação.
Finalizando toda a etapa de regularização de projeto com o recolhimento do
projeto aprovado pela prefeitura, junto ao seu alvará de construção liberado, e as
devidas regularizações no projeto, e efetuando a entrega de todos documentos ao
clientes junto a coleta de um termo de recebimento que lista todos os documentos
originais que a ele são entregue.

5- CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento deste projeto, fico-se evidente no decorrer de todo o


processo a importância, que o cumprimento de prazos na elaboração das etapas,
assim como a qualidade dos trabalhos que estão sendo executados, desde a coleta
dos dados em campo, passando posteriormente para a elaboração documental do
projeto e sua entrega junto ao órgão competente, bem como o planejamento
executivo, que contribui de forma a dar maior previsibilidade, e um melhor uso dos
recursos. Fatores estes que vistos somente no dia a dia do trabalho com prazos e
datas, que torna altamente importante um conhecimento pré estabelecido pelo
ensino superior, que facilita o acesso, compreensão e entendimento das
solicitações técnicas possam ser rapidamente assimiladas e neste caso em
específico rapidamente atendidas no projeto, tanto em sua etapa de
desenvolvimento como na sua concepção em campo.

6 – ANEXOS

Figura 1
Fonte: Autoria própria

Figura 2

Fonte: Autoria própria

Figura 3
Fonte: Autoria própria

7 – BIBLIOGRAFIA

BEBEDOURO (Município). Lei Complementar no 43, de 05 de novembro de


2006. Dos objetivos e princípios fundamentais: DA POLÍTICA DE
DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL. Bebedouro, SP,

BERNARDES, Maurício M. S. Método de análise do processo de planejamento


da produção de empresas construtoras através do estudo de seu fluxo de
informação: Proposta Baseada em estudo de caso. (Dissertação de Mestrado
em engenharia - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós
Graduação em engenharia Civil).1996, 126p.

BEBEDOURO (Município). Lei Complementar no 89, de 23 de dezembro de


2011. Altera, acrescenta e revoga dispositivos da Lei Complementar n. 43, de
05 de outubro de 2006, QUE INSTITUIU O PLANO DIRETOR, QUE ESPECIFICA
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Bebedouro, SP,

BRASIL. Congresso. Senado. Lei no 10257, de 10 de julho de 2001. Diretrizes


Gerais: DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA. Distrito Federal, DF,

DINSMORE, Paul Campbell. Gerência de programas e projetos. São Paulo: Ed.


Pini,1992.

LAUFER, Alexander; TUCKER, R.L. Is Construction Planning Really Doing Its


Job? A Critical Examination of Focus, Role and Process. Construction
Management and economics, v.5, n.3, 1987, p.243-266.

LAUFER, Alexander; TUCKER, R.L. Competence and timing dilemma in


Construction Planning. Construction Management and Economics, n.6, 1988,
p.339-355.

SÃO PAULO (Estado). Decreto no 12342, de 27 de setembro de 1978. Aprova o


Regulamento a que se refere o artigo 22 do Decreto-lei 211, de 30 de março de
1970, que dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da
saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde.

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