Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
CAPÍTULO 1: O QUE É O GIS? ......................................................................................................... 5
EXERCÍCIO 01: ............................................................................................................................ 6
Afinal, o que seria um GIS? ........................................................................................................................... 6
Qual a estrutura de um SIG? ........................................................................................................................ 7
Qual a diferença entre GIS e CAD? ............................................................................................................... 8
CAPÍTULO 2: POR DENTRO DO PROJETO OSGEO E DO QGIS ............................................... 12
EXERCÍCIO 2A: CONFIGURAÇÃO DO QGIS .......................................................................... 13
EXERCÍCIO 2B: FUNCIONALIDADES BÁSICAS DO QGIS .................................................... 18
CAPÍTULO 3: MODELO DE DADOS ESPACIAIS .......................................................................... 34
Tipos de dados espaciais e como eles são coletados .................................................................................. 34
Vetorial ....................................................................................................................................................... 34
Matricial ..................................................................................................................................................... 36
Fontes de dados espaciais .......................................................................................................................... 37
Digitalização ............................................................................................................................................... 37
Fotogrametria ............................................................................................................................................ 38
GPS ............................................................................................................................................................. 39
EXERCÍCIO 3: EXPLORANDO DADOS VETORIAIS E RASTER ............................................ 40
CAPÍTULO 4: SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS ................................................ 49
A Forma da Terra ........................................................................................................................................ 49
Sistema de Coordenadas Geográficas ........................................................................................................ 52
Modelos de elipsoide e Datum ................................................................................................................... 54
Projeções Cartográficas e Sistema UTM ..................................................................................................... 57
EXERCÍCIO 4: SISTEMAS DE REFERÊNCIA E COORDENADAS......................................... 65
CAPÍTULO 5: SELEÇÃO ESPACIAL .............................................................................................. 72
Tipos de Seleção .......................................................................................................................... 73
EXERCÍCIO 5: FERRAMENTAS DE SELEÇÃO ...................................................................... 73
CAPÍTULO 6: CRIANDO INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS .......................................................... 93
Processo de Edição e Criação ..................................................................................................................... 93
EXERCÍCIO 6A: Processo de Edição e Criação ....................................................................... 98
EXERCÍCIO 6B: Processo de Geocodificação ........................................................................ 121
CAPÍTULO 7: FERRAMENTAS DE GEOPROCESSAMENTO .................................................... 127
7.1 O que é análise espacial? .................................................................................................................... 127
7.2 Ferramentas mais comuns de Geoprocessamento............................................................................. 138
2
EXERCÍCIO 7A: CONHECENDO AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE
GEOPROCESSAMENTO......................................................................................................... 138
EXERCÍCIO 7B: INTEGRANDO FERRAMENTAS PARA OBTER RESPOSTAS ................. 158
CAPÍTULO 8: ACESSO A DADOS REMOTOS ............................................................................. 170
Padrões de Dados Geoespaciais ............................................................................................................... 170
Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) ................................................................................................... 172
EXERCÍCIO 8A: ACESSAR DADOS REMOTOS ATRAVÉS DO QGIS ............................................................... 173
CAPÍTULO 9: SIMBOLOGIA E ANÁLISE DE MAPAS ................................................................. 182
Métodos de representação cartográfica .................................................................................................. 182
Nominal .................................................................................................................................................... 183
Ordinal...................................................................................................................................................... 184
Intervalar .................................................................................................................................................. 185
Proporcional ............................................................................................................................................. 187
Métodos de classificação quantitativa ..................................................................................................... 188
EXERCÍCIO 9: TRABALHAR COM SIMBOLOGIA NO QGIS ................................................. 191
CAPÍTULO 10: CARTOGRAFIA TEMÁTICA ................................................................................. 220
Elementos de um mapa temático............................................................................................................. 220
Elementos Textuais .................................................................................................................................. 220
Título ........................................................................................................................................................ 220
Subtítulo ................................................................................................................................................... 221
Informações do mapa ............................................................................................................................... 221
Legenda .................................................................................................................................................... 222
Orientação (Indicação do Norte e Malha de Coordenadas) ..................................................................... 223
Malha de Coordenadas ............................................................................................................................ 223
Tipos de Escalas ........................................................................................................................................ 224
Elementos de Localização ......................................................................................................................... 225
Órgão ou Autor do Mapa.......................................................................................................................... 225
Fonte dos Dados e Anotações .................................................................................................................. 226
Data .......................................................................................................................................................... 227
Interpretação de um mapa temático........................................................................................................ 228
Leitura de um mapa ................................................................................................................................. 228
Compartilhando mapa na Web ................................................................................................................ 230
EXERCÍCIO 10: ELABORANDO UM MAPA TEMÁTICO NO QGIS ....................................... 230
3
4
CAPÍTULO 1: O QUE É O GIS?
Se você está pela primeira vez tendo contato com a expressão GIS (Geographic Information
System) ou sua tradução para o português SIG (Sistema de Informação Geográfica)
entenda que o seu significado vai muito além do que é Software.
Neste início do século XXI existem vários exemplos no nosso cotidiano que nos ajudam a
entender o que é o GIS. Começando propositalmente com exemplos, para depois dar os
conceitos, pense na seguinte situação.
Era uma vez...
Cauã é um jovem de 21 anos, que mora em um bairro próximo ao centro da cidade. Ele faz
estágio na prefeitura da sua cidade, mas estuda em uma universidade que fica em outro
município. Todos os dias ele consulta o mapa do trânsito online para ver como está o
caminho e tomar a decisão se ele vai de ônibus ou bicicleta (pois na sua cidade existe a
opção de bikes compartilhadas via apps). Quando ele chega no seu estágio, sua função é
ajudar a secretaria de Meio Ambiente a monitorar as áreas verdes, rios e um aterro
sanitário. Para executar seu trabalho, ele precisa consultar informações disponíveis por
órgãos nacionais (como o INPE, ANA e IBGE). Além de analisar informações dos órgãos
estaduais e outras informações geradas pela própria secretaria que trabalha. Após um dia
de trabalho, ele normalmente vai de aplicativo de carro compartilhado para universidade.
Como ele chega muito próximo do horário das aulas iniciarem, ele sempre pede algo para
comer, sempre usando algumas das opções de apps de solicitar comida para ser entregue
na universidade. A rotina de estudo, estágio e deslocamento do Cauã é muito intensa, mas
ele ainda consegue um tempo para ir todos os sábados em Forró perto da sua casa. Lá é
o local onde ele normalmente marca de encontrar as garotas que deram match no aplicativo
preferido de relacionados que ele usa.
Essas situações hipotéticas, que provavelmente você reconhece só são possíveis de serem
executadas com exatidão e qualidade porque existe o GIS. Para que nosso personagem
tomasse decisões mais precisas a variável ONDE (espaço/localização) sempre esteve
presente.
5
EXERCÍCIO 01: Você consegue listar, quais serviços ou produtos você consome, que
tiveram a LOCALIZAÇÃO como uma condição para sua decisão?
Liste pelo menos 5:
_____________________
_____________________
_____________________
_____________________
_____________________
Espero que você já tenha entendido que GIS não é “Só” um tipo de tecnologia, ou muito
menos que se aplica “Só” a temas explicitamente geográficos. Claro que também queremos
que você expanda sua visão sobre os profissionais que podem usar o GIS na sua atuação,
pois não são “só” os profissionais formados nas respectivas áreas técnicas que o utilizam.
6
de decisão em áreas de grande complexidade, como planejamento municipal, estadual e
federal, redes de utilidade pública, proteção ambiental, etc.
De acordo com ROCHA (s.d.), a conectividade permite que arcos estejam ligados a outro
por nós. A adjacência permite que arcos possuam direção e lados como esquerda e direita.
A direção é importante para modelagem de fluxos, em que atributos de orientação como de
nó e para nó são armazenados. Para definir a topologia de um mapa, os Sistemas de
Informações Geográficas utilizam uma estrutura de base de dados especial.
Em um GIS, todas as entidades de um mapa estão relacionadas a um mesmo sistema de
coordenadas. Além dos dados geométricos e espaciais, os Sistemas de Informação
Geográfica possuem atributos alfanuméricos. Os atributos alfanuméricos são associados
com os elementos gráficos, fornecendo informações descritivas sobre eles. Os dados
alfanuméricos e os dados gráficos são armazenados, geralmente, em bases separadas.
ROCHA (s.d.).
Abaixo imagem que ilustra a associação dos mais diversos tipos de elementos citada acima.
7
Qual a diferença entre GIS e CAD?
Talvez você já deve ter se deparado com as siglas GIS e CAD, mas o que significa cada
uma delas?
A seguir veremos a origem e diferenciação desses termos:
O primeiro uso conhecido do termo "sistema de informação geográfica" foi por Roger
Tomlinson no ano de 1968 em seu artigo "Um Sistema de Informação Geográfica para o
Planejamento Regional". Tomlinson é também reconhecido como o "pai do GIS".
8
Foi na década de 1960, com uma empresa de pesquisas aéreas, com sede no Canadá,
que Tomlinson conceituou a combinação do mapeamento do uso da terra com a tecnologia
de computação, essa recém-criada. Este trabalho pioneiro levou-o a iniciar, planejar e dirigir
o desenvolvimento do Sistema de Informação Geográfica do Canadá, o primeiro GIS
computadorizado do mundo.
Da década de 1970 até sua morte (1914), o Dr. Tomlinson trabalhou em consultorias
geográficas e pesquisas para uma variedade de organizações do setor privado,
governamentais e sem fins lucrativos, em grande parte através de sua empresa com sede
em Ottawa, Tomlinson Associates Ltd., que tem filiais de geógrafos consultores no Canadá,
nos Estados Unidos e na Austrália.
Ele foi presidente da Comissão Geográfica da União Geográfica Internacional por 12 anos.
Ele foi pioneiro nos conceitos de disponibilidade de dados geográficos mundiais como
presidente do Projeto de Planejamento de Banco de Dados Global da IGU em 1988.
GIS, conforme já colocamos nos tópicos anteriores, trata-se de um conjunto de programas,
equipamentos, metodologias, dados e pessoas (usuário), perfeitamente integrados, de
forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, o processamento e a análise de dados
georreferenciados, bem como a produção de informação derivada de sua aplicação.
De acordo com Câmara (s.d.) uma característica básica e geral nem um GIS é sua
capacidade de tratar as relações espaciais entre os objetos geográficos. Denota-se por
topologia a estrutura de relacionamentos espaciais (vizinhança, proximidade, pertinência)
que podem se estabelecer entre objetos geográficos. Armazenar a topologia de um mapa
é uma das características básicas que fazem um GIS se distinguir de um sistema CAD.
9
Fonte: Laboratório de Geotecnologias Mackenzie, 2015
10
Sketchpad – Fonte: Business Week
No início dos anos 80, com o lançamento dos primeiros computadores pessoais pela
empresa IBM, em 1982, a Autodesk lançou o primeiro software de CAD para PC. Nos anos
90 foi lançado pela Solidworks o sistema SolidWorks 95 3D CAD, na época o único software
que operava usando o sistema operacional Windows NT, visto que os outros softwares CAD
ainda usavam o sistema UNIX.
Desde então, inúmeras transformações ocorreram nos softwares CAD. Hoje, no mercado,
existem diversas soluções sólidas para desenhos assistidos por computador, que fornecem
recursos avançados, como modelagem tridimensional, programação, cálculos avançados
etc.
Desta maneira, GIS e CAD não competem entre si. Eles possuem origens e funções
diferentes. Na atualidade, inicia um forte processo de interoperabilidade entre os mais
diferentes provedores de tecnologia.
11
CAPÍTULO 2: Por dentro do projeto OSGeo e do QGIS
Nesse curso, é utilizado o QGIS 3.6.x, a versão mais recente até a produção desse material.
Um outro ambiente muito utilizado, inserido na plataforma QGIS no momento de sua
instalação, é o GRASS (Geographic Resources Analysis Support System). O GRASS
também é um projeto da OSGeo e conta com poderosas ferramentas/rotinas de
12
geoprocessamento para dados matriciais e vetoriais. Para baixar versão mais recente do
QGIS entre no link:
https://qgis.org/en/site/forusers/download.html
Você sabia? O QGIS já passou por diversas atualizações desde seu lançamento, em 2002.
Caso precise baixar alguma versão anterior, basta fazer o download da versão de interesse
no link https://qgis.org/downloads/.
Outra extensão integrada ao QGIS é o SAGA. Esse plug-in também apresenta diversas
ferramentas de tratamento de dados vetoriais e matriciais. Porém, o SAGA diferencia do
GRASS na maior quantidade de ferramentas, como a possibilidade de realizar análises
mais específicas, como análises hidrológicas e morfológicas.
Dica: Caso haja intenções comerciais no uso do QGIS, é oferecido um suporte para
aplicações corporativas, no site:
http://qgis.org/pt_BR/site/forusers/commercial_support.html.
Nessa versão do QGIS, o usuário não precisa fazer uma conexão manual com o repositório
de plug-ins. No momento do acesso aos complementos do usuário, o software se conecta
ao acervo.
Importante: caso a empresa que você trabalhe utilize proxy para conexão à internet,
é necessário entrar em contato com o seu gerente de TI para fazer as configurações
necessárias. Caso contrário, não será possível se conectar com o repositório de
complementos do software.
13
A seguir, mostraremos a interface de gestão de plug-ins e fazer algumas configurações
iniciais.
3) Na janela que se abre, na aba Opções, marque a caixa Verificar por atualizações
ao iniciar. Dessa forma, o usuário garante a frequente atualização dos plug-ins;
14
Ao clicar sobre um complemento, na janela ao lado, é mostrado todas as
características, como: descrição, classificação de qualidade, autor, versão disponível e
outros;
15
Importante: Dependendo da versão que você está utilizando, alguns desses plugins
já podem estar integrados na plataforma. Dessa forma, eles não aparecerão para instalação
nesse menu.
Dica: Fica a seu critério anexar as ferramentas que lhe for mais conveniente. Para
mais informações a respeito de todos os complementos, acesse
http://docs.qgis.org/2.2/pt_BR/docs/user_manual/plugins/plugins_index.html.
16
3) Clicando uma vez, vá em Geral e, na opção Filtragem de feições inválidas, faça a
configuração selecionando a opção Ignorar feições com a geometria inválida;
17
O ambiente QGIS 3.6.x está apoiado em um conjunto de regras de sintaxe para a
conexão com os plugins. Neste passo, serão apresentadas as formas de adaptação de
arquivos as pastas para o ambiente QGIS para evitar erros de processamento.
18
O primeiro passo será a introdução ao novo painel de execução de dados
geográficos do QGIS 3.6.x que facilita a gestão e organização das múltiplas fontes de
execução de dados. Com os dados ativos, será explorado recursos de organização de
visibilidade das camadas do projeto.
Além disso, a partir do QGIS 3.4 foi criada a concepção de perfil do usuário. O perfil
consiste em separar, por autoria, os diferentes projetos realizados no ambiente. O endereço
de gravação do projeto continua sendo na estrutura de pastas do Windows, no entanto
somente o usuário, autor do projeto, poderá praticar o projeto em questão.
3) Há dois tipos de dados na prática 01, dados vetoriais e dados matriciais (raster).
No entanto, há duas formas de abrir os dois tipos de dados;
19
5) Adicione o dado vetorial Brasil_estadual.shp, como mostra a figura abaixo;
20
Dica: Somente clicando em Adicionar, o sistema já executa a importação da
informação, sem precisar sair do painel. Dessa forma, não há o retrabalho de acessar o
recurso de execução de dados novamente para abrir uma nova informação. Veja abaixo a
figura que ilustra a lista de recursos dentro do painel.
21
Você sabia? A aba camadas ao lado esquerdo funciona como uma tabela de
conteúdo. Contém todos os mapas adicionados ao projeto e permite acessar propriedades,
tabelas de atributos, editar dentre outras ações.
22
5. Área de Visualização do Mapa: Local onde são visualizadas as camadas
geográficas;
Dica: O instrutor irá lhe apresentar e mostrar outras formas de acessar, gerenciar e
visualizar dados espaciais.
ferramentas de negação.
Zoom de ampliação
Zoom de Redução
23
Zoom anterior
Zoom posterior
Dica: Para enquadrar seu dado nos limites de visualização, clique com o botão
direito no mesmo > Aproximar para a camada;
Dica: Clicando com o botão direito sobre a camada, o recurso de duplicar cria uma
réplica de seu dado geográfico, no entanto sem estar registrado em pasta.
24
3) A primeira aba é referente a todas as informações de aquisição, identificação,
extensão, acesso e atributos do dado geográfico em questão. É uma novidade da
nova versão, facilitando um conhecimento mais profundo a respeito do dado
geográfico de qualquer natureza;
25
6) A respeito do Metadado, a partir da versão 3.4, o QGIS facilitou os processos de
cadastro de informações a respeito do levantamento do dado geográfico e sua
posterior gravação;
26
Passo 3 – Criação de perfil
2) O sistema abre uma janela para nomear o Perfil. Digite seu nome para guardar as
definições feitas até o momento.
3) Uma vez nomeado, clique em Ok e o QGIS abre uma réplica do próprio sistema,
agora em nome do seu perfil;
27
5) E na aba Configurações > Opções, o usuário é capaz de customizar o sistema de
referência do projeto, assim como as regras de simbologias para a execução de
dados geográficos.
Dica: Caso você goste de atalhos, poderá pressionar as teclas Ctrl + Alt + T para
abrir a caixa.
28
3) Note que os plugins SAGA e GRASS também se encontram no mesmo painel de
ferramentas, reduzindo a distância entre as aplicações (App) e os plugins;
Dica: A caixa de ferramentas também pode ser, brevemente, acessada pelo ícone
29
1) Com os dados abertos da prática anterior, vamos explorar algumas dessas
funcionalidades. Primeiramente, vamos analisar as informações que temos
armazenadas nesse shapefile. Para isso, clique com o botão direito sobre a camada
Brasil_estadual > Abrir tabela de atributos;
Dica: A tabela de atributos é muito similar a uma tabela do Excel ou LibreOffice. Ela
composta por linhas (representando cada feição geométrica do mapa) e colunas (com
informações qualitativas e quantitativas).
30
Analisando a tabela de atributos, é possível concluir que há 27 linhas, ou seja, 27 feições
geométricas desenhadas. Essas feições representam as Unidades Federativas (UF) do
Brasil. Note que para cada UF há também as informações qualitativas (Nome e região) e
quantitativas (população de 2010).
31
4) Feche a janela de estatísticas e clique na ferramenta de identificar feições .
32
7) Uma outra ferramenta importante é a de medição. Representado por uma régua, na
33
CAPÍTULO 3: Modelo de Dados Espaciais
O dado geográfico tem suas próprias características para armazenamento das informações
georreferenciadas. Nesse capítulo você aprenderá quais são os tipos de dados comumente
utilizados em SIG e como visualizá-los na interface do software QGIS. Além disso, verá as
principais fontes de dados geoespaciais.
Os meios de coleta dos dados espaciais é uma das atividades mais importantes de
todo o processo de um Sistema de Informação Geográfica.
Determinados tipos de dados, devido aos seus elevados custos de obtenção, seriam
impensáveis de serem obtidos por indivíduos isolados, sem o apoio de instituições que
financiassem tais custos.
Em outros casos, tais dados não estão disponíveis, o que obriga sua geração por
processos alternativos, como a digitalização. Em alguns casos, na ausência de determinado
tipo de dado, opta-se por substituí-lo de modo a se atingir resultados satisfatórios,
logicamente com menor precisão.
Vetorial
Os mapas são abstrações gráficas, onde linhas, pontos e polígonos, são usados
para representar localizações de objetos no mundo real. De acordo com o INPE, os vetores
34
representados a partir de um ponto são aqueles que podem ser localizados por um par de
coordenadas xy. Exemplos: Nascente, cidades, pontos de interesse, etc.)
Já as linhas são definidas por no mínimo dois pares de coordenadas xy (dois pontos)
que se interligam e são utilizadas para representar feições como hidrografia, estradas,
ferrovias, trajeto, etc.).
Por último temos as áreas, que são formadas através de uma série de vértices
(pontos com x,y) que formam segmentos de linhas que se conectam fechando uma área.
São utilizadas para representar APP, limites administrativos (cidades, bairros, setores
censitários), Uso e ocupação do solo, etc.
35
Fonte: INPE, http://www.dpi.inpe.br/spring/teoria/estdados/estdados.htm
Matricial
36
Fonte: ROCHA (s.d.)
Digitalização
37
Imagem: Geodata
Fotogrametria
38
Imagem: Arcgiexpo
GPS
39
Imagem: Pixabay
Essa prática será dividida em dois passos. No primeiro, você aprenderá as principais
diferenças entre os dados vetoriais e matriciais. No segundo passo, vamos abordar como
utilizar dados não-espaciais tabulares ou alfanuméricos em ambiente SIG.
1) Com o QGIS aberto, com base nos conhecimentos adquiridos no capítulo anterior,
abra os dados vetoriais presentes na pasta da prática 02. Abra os seguintes dados
vetoriais: Hidrografia_Aerofoto.shp, Nascentes.shp e
Sub_Bacia_Corrego_Horizonte.shp;
40
2) Perceba que cada shapefile é composto por: um ponto (dado de nascentes), linha
(dado de hidrografia) e polígono (área da sub-bacia);
A exibição dos dados vetoriais abertos deve estar similar a figura abaixo:
Dica: Perceba que, devido ao uso das primitivas geométricas (ponto, linha e
polígono) este dado apresenta um perfil posicional mais preciso. Pontos são utilizados para
representar, por exemplo, a localização de crimes ou ocorrências de doenças. Linhas tem
aplicação na representação de redes de esgoto, traçado de rios e semelhantes. Polígonos
podem representar desde lotes de uma quadra até continentes.
Dica: O dado raster consiste em um Modelo Digital de Terreno (MDT) da área desta
mesma sub-bacia. O MDT é definido como uma superfície computacional e matricial
representativa das variações altimétricas em um determinado terreno.
41
4) Com o MDT aberto, clique com o Botão direito > Propriedades. Na aba
Simbologia, altere o tipo de contraste para Estender para MinMax, a fim de
melhorar a de visualização das informações;
5) Clique em Ok para aplicar as alterações. Seu raster deve estar similar a imagem
abaixo.
42
2) Vamos iniciar com o dado de Nascentes.shp. Para isso, clique com o botão direto
na camada > Propriedades. Vá até a aba Simbologia e marque a opção Símbolo
simples na parte superior da janela. Utilize como marcador um ponto, tamanho 1,5
na cor azul;
43
6) Por fim, para o dado matricial, vá em propriedades, na aba Simbologia, na opção
tipo de renderização escolha Banda simples falsa-cor e configure:
44
8) Salve o projeto na sua pasta do curso, clicando em Projeto > Salvar como...
2) Abra sua tabela de atributos (botão direito > Abrir tabela de atributos) e veja que
a coluna Nome apresenta informações qualitativas, informando o nome do bairro
correspondente a cada polígono;
45
3) Agora, vamos rotular a coluna referente ao nome do bairro. Para isso, clique com o
botão direito na camada e vá em Propriedades;
• Estilo: Normal
• Tamanho: 10
46
5) Clique em Ok e veja o resultado.
47
Dica: Este foi apenas um exemplo de como rotular um arquivo vetorial com
informações qualitativas. Na aba de rotulagem, você pode alterar o tipo de fonte, tamanho,
cor, transparência, entre outros. Exploraremos com mais detalhes estes recursos no
decorrer dos próximos capítulos desse curso.
48
CAPÍTULO 4: SISTEMAS DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
A Forma da Terra
Nos habituamos a ouvir que a Terra é redonda, quando vemos a Lua também temos
a impressão de que ela é redonda. Porém, existem melhores formas para o estudo dos
planetas. Como é impossível a obtenção de um modelo real do planeta, lançamos mão de
modelos matemáticos para a criação de mapas que representem o mais fielmente possível
a região de interesse.
Modelo que permite a representação da Terra tal qual ela se apresenta na realidade,
sem as deformações que outros modelos apresentam.
b) Modelo Geoidal
49
Permite que a superfície terrestre seja representada por uma superfície fictícia
definida pelo prolongamento do nível médio dos mares (NMM) por sobre os continentes.
Este modelo, evidentemente, apresentará a superfície do terreno deformada em relação à
sua forma e posição reais.
c) Modelo Elipsoidal
d) Modelo Esférico
50
Modelo bastante simples, que representa a Terra como uma esfera, sendo o produto
oriundo dessa representação o mais distante da realidade, sendo seu uso indicado apenas
de modo demonstrativo.
Uma imagem bastante popular, divulgada recentemente, pode ser vista abaixo, na
qual as "ondulações" no terreno são exageradas para explicitar que a Terra real não se
parece em nada com uma esfera:
51
A forma da Terra aproxima-se muito de uma esfera achatada nos polos, o que faz
com que o diâmetro no Equador seja 43 quilômetros maior do que o diâmetro de polo a
polo. Os maiores desvios locais na superfície rochosa da Terra são o Monte Everest (8.848
metros acima do nível do mar) e a fossa das Marianas (10.911 metros abaixo do nível do
mar).
52
Meridianos Paralelos
Latitude e Longitude
53
Modelos de elipsoide e Datum
54
Para definir uma coordenada necessitamos primeiramente referenciá-la a um Datum.
O Datum é uma superfície de referência que consiste de 5 valores: a Latitude e a Longitude
de um ponto inicial, o azimute da linha que parte deste ponto e duas constantes
indispensáveis para a definição do elipsoide terrestre. Forma-se, assim, a base para o
cálculo dos levantamentos de controle horizontal onde é levada em conta a curvatura da
Terra. O Datum possui também uma constante altimétrica, à qual as altitudes são referidas.
Ou seja, como Datum entende-se o ponto de origem, isto é, Datum horizontal pode
ser considerado como a origem das coordenadas geodésicas. O Datum vertical, por sua
vez, determina a origem das altitudes, ou seja, o nível de referência ao qual as altitudes são
referidas em geral.
55
Na prática cada país utiliza o seu Datum, com origem local e o elipsóide mais
adequado as suas características. A diferença entre os datum são baseadas em modelos
matemáticos distintos da forma e dimensões da Terra e do fator adicional da projeção, seja
por razões históricas, seja para garantir uma representação gráfica mais proporcionada;
tomando como exemplo o Japão, onde usam um ponto da projeção que não está no centro
da terra, mas em algum lugar sob o Japão, isto permite uma menor distorção numa projeção
de uma esfera sobre plano quando o Japão é representado, mas no entanto o uso dessa
projeção para os Estados Unidos resultaria em um mapa muito estranho.
Com o advento do GPS existe uma tendência para a adoção de um Datum de âmbito
mundial, o WGS 84.
56
Projeções Cartográficas e Sistema UTM
57
ponto. Esta projeção é usada principalmente para a representação de países ou regiões de
latitudes intermediárias, embora possa ser utilizado para outras latitudes.
Projeção Cônica
Fonte: http://www.professores.uff.br/cristiane/cartografia/
58
Projeção Plana
Fonte: http://www.professores.uff.br/cristiane/cartografia/
59
Projeção Cilíndrica
Fonte: http://www.professores.uff.br/cristiane/cartografia/
Não se sabe ao certo o número de projeções existentes, mas uma delas é muito
importante no que diz respeito a cartografia produzida hoje no Brasil, a projeção UTM.
60
Cilindro Transverso Secante ao Globo Terrestre
Sistema UTM
61
meridiano central o fator cresce para leste e para oeste até atingir o valor 1 nas linhas de
secância (aproximadamente 1º37’ (180 km) do meridiano central) e daí continua a crescer
até o valor 1,0010 nas bordas do fuso (3º do meridiano central).
62
As medidas quilométricas, em cada fuso, têm início na interseção do Meridiano
Central com o Equador. As coordenadas de origem são 500.000 m, no meridiano central e
10.000.000 m, no Equador (só no hemisfério sul para evitar coordenadas negativas).
Coordenadas UTM
63
Como o quadriculado se apoia no meridiano central do fuso, os meridianos
(curvilíneos) se tornam cada vez mais oblíquos, à medida que se aproximam dos
meridianos laterais, temos então a convergência meridiana, que é o ângulo formado do
centro para os lados de cada fuso.
64
EXERCÍCIO 4: SISTEMAS DE REFERÊNCIA E COORDENADAS
65
Você Sabia? Estas camadas são referentes aos limites político-administrativos do
estado do Espírito Santo e contém importantes informações socioeconômicas, dispostas
em diferentes camadas. Todas estas informações censitárias são de uso público e podem
ser baixadas no site do IBGE. Todos os links para os dados públicos, usados nesta apostila,
estão descritos na área de download de dados.
66
Você Sabia? Em muitas situações são utilizados dados de outras áreas, que
utilizam um sistema de coordenadas diferentes do utilizado na sua empresa. É preciso
projetar os novos dados para corresponder espacialmente aos dados existentes, antes de
incorporá-los ao Banco de Dados principal. Muitas técnicas de análise espacial no QGIS,
principalmente ações de álgebra de mapas ou relacionamentos topológicos, exigem que os
dados em diferentes camadas tenham o mesmo sistema de coordenadas.
67
7) Em seguida, escolha a opção Exportar > Salvar Feições Como...
10) Logo após, clique no botão para selecionar o SRC. Na janela que será aberta,
digite 31984 na opção Filtro. Este número (Código EPSG) é referente ao Sistema de
Coordenadas UTM com Datum SIRGAS 2000 na Zona 24 Sul. (Figura abaixo).
68
Você Sabia? EPSG é um código desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Petrolífera
Européia – European Petroleum Survey Group (EPSG). O Grupo sistematizou todos os
Sistemas de Referência de Coordenadas (SRC) do planeta por códigos. Isso significa que
uma projeção de qualquer lugar do mundo pode ser identificada através do padrão EPSG.
12) Ao retornar a janela para salvar e projetar a camada, desabilite também a opção
Adicionar arquivo salvo ao mapa.
13) Verifique se suas configurações estão como na figura abaixo e clique em OK.
69
14) Clique em Ok quando avisado que a exportação da camada está completa.
15) Clique no botão Novo Projeto para limpar as camadas na área de controle do
QGIS.
70
Dica: Perceba que sua camada está, agora, no sistema de coordenadas planas
UTM, mas com Datum SIRGAS2000 na respectiva zona. Sendo assim, você poderá
integrar, visualizar e analisar sua camada com outras do mesmo sistema, assim como
executar cálculos lineares e em área na unidade métrica.
71
CAPÍTULO 5: Seleção Espacial
Quais são os municípios brasileiros que apresentam uma população menor que 10 mil
habitantes? Quais supermercados estão dentro do seu bairro? Quais linhas de metrô
atendem melhor a minha residência? Todas essas perguntas podem ser respondidas
através de seleção espacial.
Quando estamos trabalhando com informações geográficas, são raras as vezes em que
temos um volume pequeno de dados para analisar. Sendo assim, para conseguirmos ter
respostas mais rápidas em nossas análises e uma interpretação melhor de nossos dados,
podemos contar com o auxílio da seleção espacial.
mapa. Você também pode selecionar feições baseadas em sua posição em relação a outras
feições ou baseado em seus atributos.
Para localizar feições que atendem aos critérios de atributos específicos, você cria uma
expressão de consulta. Uma expressão de consulta é uma declaração lógica consistindo
de três partes: um nome de campo (atributo), um operador e um valor de atributo.
Após as feições serem selecionadas, você pode trabalhar com elas. Por exemplo, você
pode ampliá-las ou executar outra operação GIS nelas. Um conjunto selecionado é
temporário, mas ele pode ser salvo como uma camada separada ou exportada para uma
classe de feição.
Tipos de seleção:
• Seleção Simples: através de simples cliques do mouse na feição indicada, podemos
selecionar a feição geográfica de interesse.
72
Aplicações
Abaixo seguem alguns exemplos do que você pode fazer com um conjunto selecionado de
feições.
• Analisar visualmente a distribuição geográfica das feições selecionadas no mapa.
• Resumir ou calcular valores de atributos somente para as feições selecionadas.
• Identificar uma área dentro de uma distância em particular ao redor das feições
selecionadas.
• Editar as feições selecionadas.
• Gerar um relatório contendo atributos das feições selecionadas.
• Salvar as feições selecionadas como uma nova camada de mapa que você pode
exibir e simbolizar independentemente.
• Exportar as feições selecionadas para uma nova classe de feição para utilizar em
outros documentos de mapa, compartilhar com outros ou utilizar como entrada para
outras operações GIS.
73
Dica: Este dado é referente a informações levantadas no censo de 2010, apontando
informações populacionais, por setor censitário, de quantidade de homens e mulheres,
amostra por faixa etária, dentre outras informações.
74
5) Uma novidade nessa nova versão do QGIS é o recurso de seleção por valores.
Clique no ícone , Selecionar feição por valor e analise a janela que se abre.
Dica: Para selecionar uma feição, indique o campo que queira usar como Filtro de atributos
e escreva o registro que queira encontrar.
75
Para desfazer a seleção efetuada, clique na opção Desfazer seleção na parte
superior da tabela de atributos.
76
a. Mostrar Feições Visíveis ao Mapa: Exibe as feições visíveis na escala em
que seu dado está enquadrado;
77
5) Outra ferramenta muito útil é a inversão de seleção . Dependendo da
complexidade da consulta, essa funcionalidade é muito utilizada. Para isso, clique
78
Passo 3 – Seleção por atributos
79
Desafio: Em uma situação hipotética, uma empresa no ramo de educação primária está
realizando um estudo de mercado para a definição do melhor local de instalação de uma
creche.
80
Dica: Perceba que a sua fórmula começa a criar forma. Agora, digite os operadores
matemáticos “>=” e o valor ‘200’.
81
6) Analise a quantidade de feições. Ao total, foram identificados 26 setores censitários
de um total de 13565.
Desafio: Com base nos conhecimentos adquiridos no passo anterior, aplique uma consulta
para a identificação dos setores censitários que tem mais de 10 crianças de 1 ano e
menos que 20 crianças de 3 anos.
82
Dica: Na aba Operadores, estão disponíveis os principais conectores booleanos, como o
OR e IS que são utilizados para unir conjunto de colunas e apontar uma feição com atributo
específico, respectivamente.
83
Importante: Qualquer outra informação pode ser filtrada a partir da ferramenta de seleção
por expressão (atributos). O usuário deve se atentar com as minúcias lógicas que
acompanham o processo de execução da expressão. Há regras de espaço, de sintaxe que,
se não forem verificadas, comprometerá a análise.
84
1) Limpe toda a seleção do passo anterior e na pasta da prática 3, adicione o
shapefile Trajetos ao projeto. Deixe ativa na área de camadas somente os shapefiles
Trajetos e Limites_Bairros;
Desafio: Altere a simbologia das camadas para visualizar melhor os bairros e o trajeto do
BRT. Fique à vontade para escolher a simbologia que mais lhe agrada.
2) Agora, vamos determinar quais bairros são cortados pelo traçado das linhas de BRT,
no município do Rio de janeiro. Para isso, na área superior central do QGIS vá em
Vetor > Investigar > Selecionar por Localização:
85
a. Selecionar feições de: Escolha a camada a ter as feições de
Limites_bairros;
86
3) Clique em Executar, feche a janela de seleção por localização e analise os
resultados. Perceba que agora, todos os bairros cortados pelo BRT estão
selecionados.
Desafio: Agora, vamos realizar uma seleção por localização, determinando quais favelas
estão no interior dos bairros que são cortados pelo traçado do BRT;
87
5) Da mesma forma que realizamos no passo anterior, vá em Vetor > Investigar >
Selecionar por Localização:
88
6) Clique em Executar, feche a janela de seleção por localização, desabilite a camada
de Limites_Bairros e analise os resultados. Perceba que agora todas as favelas que
estão dentro dos bairros cortados pelo BRT estão selecionadas.
89
Passo 5 – Exportar seleção de interesse
Nem sempre a seleção responde a perguntas do usuário. Por esse motivo, muitas vezes é
necessário exportar os dados e transformá-los em físicos. Este passo irá explicitar a forma
de extrair dados vetoriais a partir de seleções realizadas anteriormente.
1) Partindo do passo anterior, clique com o botão direito na camada Favelas.shp, ainda
com as feições selecionadas, e vá em Exportar > Salvar Feições Como...;
90
2) Na janela de exportação, configure da seguinte forma:
a. Formato: Shapefile.
91
Dica: É possível além de exportar o shapefile, exportar somente uma quantidade de
campos contidos no dado vetorial objeto de exportação. Isso permite filtrar o dado,
exportando somente as informações que interessam;
Pronto, agora você possui um novo shapefile na sua pasta, referente a seleção efetuada.
Em que outras situações este conhecimento pode ser útil?
92
CAPÍTULO 6: CRIANDO INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
93
O processo de criação, ajuste e adequação de dados espaciais passa por uma série de
etapas. Inicialmente, o objetivo é o de interpretar e extrair informações geográficas de uma
fonte confiável, como, por exemplo, uma imagem de satélite de alta resolução espacial.
Após concluída a etapa de interpretação e extração de elementos vetoriais, como ruas, rios,
limite de bairros, quadras etc., são usadas funcionalidades e ferramentas disponíveis no
software para corrigir e minimizar incoerências ocorridas na extração das feições
geográficas.
Na edição de dados vetoriais, pode ser realizado 3 tipos de movimentos com o objeto
(feição) em análise:
➢ TRANSLAÇÂO = movimento realizado em um sentido único que pode ser no
sentido vertical ou horizontal;
94
Figura representando algumas etapas de ajuste e correção de dados
geográficos.
O trabalho de edição é denso, repetitivo e até mesmo cansativo, pois depende da extensão
geográfica que será editada. Dessa forma, deve-se tomar muito cuidado em manter a
consistência geográfica da informação, a fim de garantir qualidade do resultado.
➢ Atributos em detalhe
Atributos para feições vetoriais são armazenados em uma tabela. A tabela é como uma
planilha. Cada coluna na tabela é chamada campo. Cada linha na tabela é
chamado registro. A tabela a seguir mostra um exemplo simples de como um atributo
aparece numa tabela em um SIG. Um registro em uma tabela de atributos em um SIG
corresponde a uma feição. Normalmente as informações das tabelas de atributos são
armazenadas em algum tipo de banco de dados. A aplicação SIG vincula este registro de
atributo com a feição geométrica, então você pode encontrar registros na tabela pela
seleção de feições no mapa, e encontrar feições no mapa pela seleção de registros na
tabela.
95
Tabela Atributos Casa 1: Uma tabela de atributos tem campos (colunas) e registros
(em linhas).
❖ Reflexão
Um modelo atual de como a geocodificação está em nosso dia a dia é quando tiramos
uma foto e postamos no instagram, facebook ou em qualquer outra rede social, antes de
publicar a nossa postagem nós ajustamos o filtro, marcamos as pessoas que estão
presente na fotografia e por último inserimos a localização, neste exato momento você está
geocodificando o seu momento (sua foto), a partir daí todos irão saber o local exato onde a
96
imagem foi registrada. Na geocodificação você transforma dados tabulares em latitude e
longitude, tendo assim o local exato de determinando dado.
❖ O que é isso?
A geocodificação é o que permite transformar dados de localização como coordenadas,
endereços e nomes de estabelecimentos em uma geolocalização com latitude e longitude.
❖ Para que serve/se usa?
Por meio dessa tecnologia, é possível encontrar endereços, localizações de clientes e rotas.
Com os dados de localização geocodificados, as empresas podem reconhecer padrões de
informação, o que pode ser feito por meio de uma ferramenta de GIS. Uma das maiores
vantagens da geocodificação, no entanto, é que a tecnologia permite às empresas coletar
informações de clientes (especialmente endereço) e criar um mapa de suas localizações.
A geocodificação também pode ser usada como ferramenta para definição de rotas de
entrega, permitindo que as empresas economizem com rotas mais eficientes e evitem o
desperdício de recursos.
❖ Como funciona?
Para o processo de geocodificação de endereços, é indispensável existir um conjunto de
dados espaciais que consiste basicamente de um plano de informação com segmentos
de ruas, cada um com a faixa de endereços (numeração) de cada lado do segmento. Este
plano será usado como referência ou base para o processo de geocodificação.
❖ Como se aplica?
Uma das maiores vantagens da geocodificação, no entanto, é que a tecnologia permite às
empresas coletar informações de clientes (especialmente endereço) e criar um mapa de
suas localizações. A geocodificação também pode ser usada como ferramenta para
definição de rotas de entrega, permitindo que as empresas economizem com rotas mais
eficientes e evitem o desperdício de recursos.
De modo geral, para que seja possível realizar a operação, precisamos considerar duas
características principais para os dados:
• Ter um banco de dados com as informações de endereços (tipo e nome do
logradouro, número, bairro, cidade, estado, país), para que assim os endereços sejam
localizados espacialmente de acordo com os critérios do software utilizado;
• Conhecer a localização espacial da posição de um ponto e atribuir um endereço ao
mesmo;
Para garantir uma localização precisa na codificação de endereços, a planilha, com os
endereços, deve apresentar o máximo de detalhes. Informações de cidade, estado,
logradouro ou CEP devem constar na planilha, com organização em formato de campos.
97
EXERCÍCIO 6A: Processo de Edição e Criação
Este exercício prático tem como objetivo mostrar para o aluno como criar camadas vetoriais
no QGIS para extrair as feições geográficas de uma determinada imagem de satélite:
1) Na janela do QGIS, clique em Camada > Criar nova camada > Nova camada
shapefile...
Dica: Na janela que será aberta, você criará a primeira camada, representando
as quadras, com geometria de polígonos, e seus respectivos campos de
atributos. Para isto, siga as instruções como nas figuras abaixo:
• Nome do arquivo: salve na pasta da Prática 05 com o nome Quadras
• Tipo: Polígono (Figura A)
• Sistema Cartográfico de Referência (SRC): Clique no botão (Figura A).
• Em seguida, na área de Filtro (Figura B), digite o número 32722. Este número de
EPSG refere-se ao sistema WGS 84 UTM Zona 22 Sul. Clique em Ok para voltar à
tela A.
• Novo Campo (Figura A): digite Tipo, logo abaixo escolha como "tipo" o tipo de campo
Dados de Texto, para tamanho do campo (comprimento) digite 50. Em seguida,
clique no botão Add to Fields List para adicionar a lista de
atributos (Figura A).
• Clique em Ok para finalizar a primeira parte do processo de criação do novo
shapefile.
98
Figura A Figura B
Dica: Após criadas as camadas, perceba que elas já devem estar dispostas na área de
controle do QGIS, com seus respectivos nomes e geometrias. Ainda não há nenhuma
feição geográfica nas camadas, pois você usará uma imagem de satélite para interpretar e
extrair as feições.
99
Passo 2 – Vetorização das feições geográficas
Agora você fará algumas modificações nas camadas, antes de iniciar o processo de
interpretação e extração das feições.
1) Inicialmente, adicione a imagem raster MandaguaçuPR, armazenada em sua pasta
da Prática 05. Para isso, clique em Camada > Adicionar camada > Adicionar
100
4) Em seguida, você adicionará campos ao banco de dados das suas camadas. Para
isto, você deverá criar os campos, como definidos na tabela abaixo. Faremos juntos
a criação dos primeiros campos e, em seguida, você fará a criação dos outros
campos.
5) Abra a tabela de atributos da camada de Rodovias, clicando com o botão direito
no nome da camada > Abrir Tabela de Atributos. Em seguida, clique no botão
Alterar edição (parte superior da tabela) para iniciar o modo de edição. Logo
após, clique no botão Nova coluna para inserir um novo campo.
6) Na janela que será aberta, defina como Nome: Nome_Rodov, com tipo Texto
(string) e largura 50.
7) Clique em Ok.
8) Perceba que seu novo campo criado será adicionado à tabela.
9) Em seguida, usando os mesmos procedimentos, crie um novo campo com nome de
Extensao e tipo Número decimal (Real), com comprimento 12 e precisão 2.
Para isto, clique no botão
10) Para finalizar o processo de criação dos campos, clique novamente no botão e
Salve suas edições na tabela.
101
Camada Nome Campo Tipo
nome Text
Ruas
extensao Decimal Number (Real)
tipo Text
Zonas
area Decimal Number (Real)
11) Após terminada a criação dos campos, iremos iniciar o processo de Edição e
interpretação dos elementos na imagem, assim como a representação das feições
geográficas nas camadas.
12) Na área de controle do QGIS, clique na camada de Rodovias para selecioná-la. Em
102
Dica: Você pode, a qualquer momento, ampliar ou diminuir a área da imagem, usando as
Dica: Caso cometa algum erro na criação de determinado vértice, basta utilizar o
103
20) Abra a tabela da camada de Rodovias (Botão direito no nome da camada > Abrir
Tabela de Atributos) para confirmar se o atributo de nome da Rodovia foi inserido
na tabela.
Desafio: Caso sua linha de rodovia tenha ficado fora do trajeto e você quiser ajustá-la, faça
os seguintes procedimentos. Na linha (a ser corrigida), clique no botão Ferramenta de
editado (símbolo de círculo vermelho). Perceba que cada vértice inserido será
destacado como um círculo vermelho. Clique cursor sobre o vértice que deseja ajustar e
clique novamente o para o local certo.
104
22) Iremos, agora, extrair as feições geográficas da camada de Zonas. Para isto, na
Área de controle do QGIS, desative a camada de Rodovias e ative a de Zonas.
105
Dica: Você fará três polígonos, representando as zonas Comerciais, Residenciais e
Ambientais, como na figura abaixo:
24) Faça o primeiro polígono na área Comercial, no canto superior da Imagem. Para
106
26) Clique em Ok
Dica: Para criar o próximo polígono Residencial, você aproveitará parte dos limites
(fronteira) do polígono da Zona Comercial (criado anteriormente), evitando assim erros
topológicos na representação das feições.
27) Para isto selecione o polígono recém-criado da zona comercial, com a ferramenta
28) Em seguida, você precisará definir sua tolerância de snapping para não inserir
erros topológicos (sobreposição). Para isto, em qualquer área superior cinza, clique
com o botão direito e habilite as ferramentas de aderência.
107
29) Clique no ícone para habilitar as funções de aderência.
30) Clique na segunda opção e vá em Configuração Avançada
108
33) Como na figura abaixo, inicie o novo polígono, clicando no canto marcado como 1,
faça o contorno do polígono residencial e feche o polígono clicando com o botão
direito no canto 2.
Dica: Perceba que, por estar ativada a opção de ajuste, ao aproximar o cursor do
polígono este é automaticamente puxado para conexão, evitando assim a criação de
erros.
Perceba que o novo polígono de zona residencial foi criado sem erros, pois não foi
necessário redigitalizar as fronteiras entre as zonas.
109
Desafio: Em seguida, faça o mesmo processo para digitalizar o polígono de zona
ambiental, como mostrado na figura abaixo.
110
35) Usando a ferramenta de aderência, digitalize a nova área ambiental como na
figura acima, clicando nos quatro cantos indicados. Para finalizar, clique com o
botão direito no ponto 4. Para evitar erros, certifique-se de ter configurado a função
de ajuste. Ao final da digitalização, clique com o botão direito do mouse e depois
em Ok, sem digitar neste momento nenhum texto para os campos.
Dica: Você irá agora dividir este novo polígono da área ambiental em duas áreas (Área
Ambiental 1 e Área Ambiental 2). Para isto, você recortará o polígono existente.
36) Selecione o polígono recém-criado de área ambiental, com a ferramenta de seleção
111
37) Clique no botão Quebrar feições . Como na figura abaixo, você irá recortar o
polígono na região indicada.
38) Cruze o polígono com a ferramenta de corte como mostrado na figura acima.
Dica: Crie e finalize a linha de corte, um pouco antes e depois da borda do polígono,
como uma linha que cruza o polígono de forma contínua.
112
39) Após recortado o polígono, clique no botão para abrir a janela de atributos.
Selecione o polígono de cima e digite no campo Ambiental 1.
40) Em seguida, selecione o polígono abaixo e digite Ambiental 2.
de Edição.
113
42) Iremos, agora, extrair as informações de arruamentos, representados por seus
eixos de logradouros (centerlines). Para isto, deixe ativa apenas a camada de
Ruas na área de controle do QGIS.
Dica: Não é necessário clicar em cada cruzamento de quadra, pois ao final usaremos um
comando para fazer a interseção automática das linhas.
114
1) Selecione a camada de Ruas e clique no botão Abrir Tabela de Atributos na
barra de ferramentas de atributos.
2) Selecione cada linha (uma por uma) e, no campo Nome, insira o atributo
do nome da rua, como por exemplo Rua Canadá. Use como referência os nomes
indicados na figura abaixo. As ruas que não possuem nome, pode ser deixado
em branco.
Dica: Após inseridos os atributos em cada via, iremos iniciar o processo de quebra
automática dos segmentos. Para esta ação, você precisará usar a ferramenta V.CLEAN
disponível na caixa de ferramentas do QGIS, como na figura abaixo. Para ativá-la
basta clicar em Processar > Caixa de ferramentas.
115
3) Perceba que será aberta uma janela contendo uma grande quantidade de
ferramentas. Em buscar digite V.Clean
116
6) Clique em Executar e, em seguida, feche a janela do V.clean.
Dica: Perceba que serão criadas duas novas camadas virtuais de pontos e linhas (nomes
codificados) na área de controle do QGIS.
7) Clique com o botão direito na camada de linhas e escolha Exportar > Salvar
Feições Como...
117
8) Na opção salvar como, salve no formato shapefile.
9) Clique no botão Buscar, navegue até sua pasta de trabalho Resultados (Diretório
Proposto) e salve a nova camada, com nome de Ruas_cln.shp
10) Remova as camadas Cleaned e Erros da área de controle do QGIS (Botão direto
sobre a camada > Remover camada...)
15) Em seguida, como na imagem abaixo, crie polígonos ao redor das quadras, usando
118
16) Após finalizada a digitalização das quadras, Salve e Finalize as Edições .
17) Em seguida, você calculará as extensões (comprimento) para a camada de ruas
(linhas) e a área para as camadas de polígonos representando as quadras. Para
isto, abra a tabela de atributos da camada Ruas, clicando com o botão direito no
nome da camada > Abrir Tabela de Atributos.
18) Em seguida, na parte superior direita da tabela, clique no botão Abrir calculadora
de campo .
19) Na janela de cálculo que será aberta, marque a opção atualiza um campo
existente.
20) Logo abaixo selecione o campo Extensão.
119
22) Após configurada a calculadora (figura abaixo) clique em Ok.
Dica: Perceba que, agora, o campo extensão possui o comprimento calculado em metros,
para cada segmento de linha representando os trechos de ruas.
Desafio: Calcule, para as outras camadas, o valor de comprimento e área das feições
geográficas. Para o campo Extensão, o cálculo será em metros lineares ($length), e para
o campo Área, o cálculo será em metros quadrados
($area). Lembre-se de abrir a tabela de cada camada e usar a ferramenta.
120
EXERCÍCIO 6B: Processo de Geocodificação
Prática 06. Para isso, clique no ícone Adicionar uma camada vetorial ao
projeto.
2) Com a tabela aberta, clique com o botão direito na tabela e vá em Exportar >
Salvar feições como...
Dica: Dessa forma a camada será exportada para outro sistema de referência e com o
sistema de codificação UTF-8 aceito na ferramenta MMQGIS;
3) Na janela de exportação, faça as seguintes configurações:
• Formato: Selecione a opção Valor Separado por Vírgular [CSV];
• Salvar como: Salve na pasta da Prática 06 como Dados_Endereco_Geocode;
• SRC: Aponte para a referência WGS 84;
• Codificação: Selecione a opção UTF-8;
4) Clique em Ok e adicione a planilha ao projeto;
121
2) Na janela aberta, faça a seguinte configuração:
• Input CSV File (UTF-8): Aponte para a planilha exportada anteriormente
Dados_Endereco_Geocode;
• Address Field: Aponte para a coluna END;
• City Field: Selecione a coluna MUN
• State Field: Selecione a coluna UF
• Country Field: Selecione a coluna PAIS
• Web Service: O usuário pode optar por uma das duas bases. Neste exercício
escolha a base Open Street Maps;/Nominatim;
• Output Shapefile: Salve na pasta da prática como Enderecos_SP;
• Not Found Output List: Se refere aos endereços não identificados pela
ferramenta, aponte para a pasta da Prática 06;
122
3) A camada gerada se mostra como um evento, ou seja, não se constitui um dado
consolidado. Importe a camada Enderecos_SP, armazenada na pasta da Prática 06.
4) Em seguida, abra o dado referente a região metropolitana do Município de São Paulo
(SP_Regiao_Metrop) para visualizar os pontos sobre o recorte geográfico mínimo.
123
Passo 3 – Calcular as coordenadas dos pontos
Muitas das vezes, a informação em forma de endereço apresenta inconsistência de
posição, devido a forma textual de registro. Além de ser pouco prático o uso de endereços
para a orientação de esforços, como por exemplo, em levantamento cadastral, área de
saúde ou simplesmente uma ocorrência policial.
Dessa forma, a informação de coordenadas espaciais se mostra importante e simples do
ponto de vista do levantamento de campo. Para calcular as coordenadas de cada ponto
geocodificado, siga os passos:
1) Partindo do passo anterior, abra a tabela de atributos da camada Enderecos_SP,
clicando com o botão direito > abrir tabela de atributos;
124
• No conjunto de ferramentas Geometria, clique duas vezes na opção $X
4) clique em Ok;
125
Onde podemos utilizar o que foi aprendido?
Parabéns! Chegamos ao final deste capítulo, no qual você aprendeu sobre edição de
dados no QGIS.
126
CAPÍTULO 7: FERRAMENTAS DE GEOPROCESSAMENTO
127
Um interessante exemplo de aplicação da Análise Espacial foram os
estudos do Dr. John Snow em 1854, que relacionou os casos de cólera em Londres com
a distribuição espacial de poços de água. Naquela época ainda não se conhecia a forma
de contaminação da cólera se propagava. Dr Snow colocou no mapa da cidade a
localização dos doentes de cólera e dos poços de água, principal fonte de água dos
habitantes da cidade naquela época.
Com a espacialização dos dados ele percebeu que a maioria dos casos estava
concentrada em torno do poço da Broad Street. Como consequência foi decretada a
lacração do poço, contribuindo para debelar a epidemia. Esta constatação forneceu
evidências empíricas para a hipótese, posteriormente comprovada, de que a cólera é
transmitida por ingestão de água contaminada.
O trabalho desenvolvido pelo Dr. Snow é considerado como uma das primeiras aplicações
de sucesso da análise espacial.
128
Além da distribuição espacial e dos relacionamentos os SIG’s também examinam e levam
em consideração os atributos relacionados a estes fenômenos.
Estas análises podem ser simples, por exemplo, quando conseguimos identificar padrões
visuais em mapas. Mas também podem ter uma complexidade maior, por exemplo,
quando precisamos criar modelos sofisticados para extrair informações que não são
reveladas visualmente.
Poços d’água
Casos de cólera
Neste curso também utilizaremos o termo “feição” para designar um elemento do mapa
espacializado. Por exemplo, ao coletar a localização de uma loja, o ponto que representa
esta loja no mapa será designado como uma feição geográfica. O polígono que
representa uma região, como um bairro, por exemplo, também chamaremos de feição
geográfica. Uma feição geográfica também pode ser representada por uma linha. Pode
ser um caminho a ser percorrido ou ainda um trecho de uma rua.
129
Feições de Ponto, Linha e Polígono.
Partindo do pressuposto que iremos mapear nossos dados com estas três formas
geométricas (ponto, linha e polígono), e que estas feições geográficas estão em um
plano cartesiano (o que em última instância significa que conhecemos suas coordenadas
e seus relacionamentos espaciais), temos os seguintes grupos de análises:
Análise de Proximidade: Quando queremos saber o que está próximo do que e o quanto
próximo uma feição geográfica está perto de outra. Os SIG’s possuem diversas
ferramentas de proximidade e algumas categorias são: Análise de área de expansão e
Valores numéricos retornados (distância entre as feições são computadas como atributos)
Análise de Sobreposição: Quando queremos saber o que está por cima do que, como
estas feições geográficas se sobrepõem. Este tipo de sobreposição não se refere apenas
à intersecção geométrica entre as feições, mas também a como os atributos são
combinados.
Análise Temporal: Quando queremos saber como o dado se comporta com o passar do
tempo. Através de um atributo de data podemos entender o comportamento e determinar
como elas irão se alterar no futuro.
Uma Análise Espacial bem elaborada contempla várias ferramenta de diferentes grupos.
A Análise Espacial utilizada pelo Dr. Snow contemplou técnicas de todos estes grupos
para chegar ao resultado final.
FERRAMENTAS DE ANÁLISE
As ferramentas de análise variam de acordo com a plataforma adotada. Normalmente
são executadas individualmente e um novo dado espacial é gerado. São várias
ferramentas, pertencentes a vários tipos de análise espacial. A seguir alguns exemplos:
130
Buffer: Esta ferramenta de análise de proximidade cria polígonos ao redor das feições
de entrada de pontos, linhas ou polígonos a uma distância especificada. São importantes
para determinar alcance ou influência de uma feição. Os polígonos podem ser individuais
ou sem sobreposição.
Polígonos de Thiessen (ou Voronoi): Esta ferramenta é utilizada para dividir a área
coberta por pontos em zonas próximas ou também chamados polígonos de Thiessen.
Estas zonas representam as áreas totais aonde qualquer lugar dentro da zona é próximo
ao ponto de entrada do que qualquer outro ponto.
Área de Serviço:
Esta ferramenta cria áreas de serviço ao redor de pontos em uma rede. Esta área de
serviço de rede consiste em uma região que engloba todas as ruas acessíveis (isto é,
ruas que estão dentro de uma impedância especificada). Por exemplo, a área de serviço
de 5 minutos para um ponto inclui todas as ruas que podem ser alcançadas dentro de
cinco minutos a partir desse ponto.
131
Para a criação de áreas de serviço você irá precisar, além dos pontos, uma base com o
sistema de rede desejada (no exemplo, rede de transporte de logradouros). Apenas com
o traçado da rede já é possível criar áreas de serviço com a impedância de distância.
(Exemplo: A partir do ponto, onde consigo chegar, considerando a rede, se caminhar ou
dirigir 200 metros). Caso sua rede conter atributos de velocidade é possível incluir a
impedância de tempo. (Exemplo: Se dirigir 5 minutos, onde consigo chegar, considerando
a rede)
Áreas de serviço baseadas em tempos são chamadas de Isócronas.
132
loja e do concorrente em
1km.
Intersecção
133
Densidade: A ferramenta de densidade cria superfícies e estas mostram onde
as feições de ponto ou de linha estão concentradas.
Por exemplo, na figura a seguir temos os pontos representando clientes em
uma região. Observando o recorte você pode perceber concentrações de
clientes neste mapa.
134
podem fazer compras em outras lojas. A gerência quer estudar a distribuição
de onde os clientes vivem. A partir dos números de vendas e da distribuição
espacial das lojas, a gerência quer criar uma superfície contínua de clientes
espalhadas pelo distrito.
Existem ferramentas para densidade de kernel, linha e ponto.
Densidade do kernel: Calcula uma área de magnitude por unidade a partir de
feições de ponto ou linha usando uma função de kernel para ajustar uma
superfície suavemente cônica a cada ponto ou linha.
Densidade de Linha: Calcula uma área de magnitude por unidade de feições
de linha que estão dentro de um raio em torno de cada célula.
Densidade de Ponto: Calcula uma área de magnitude por unidade de feições
de pontos que estão dentro de uma vizinhança ao redor de cada célula.
O modelo de dados raster possui ferramentas de análise espacial distintas do
modelo vetorial. A grande diferença é que elas são capazes de trabalhar com
diferentes operadores.
135
No exemplo a seguir temos o resultado de uma interpolação com este dado:
136
Álgebra de Mapas: É uma linguagem semântica que define uma sintaxe para
a aplicação de operações matemáticas e algorítmicas em (geralmente) dados
raster para realizar análise espacial e criar novos conjuntos de dados raster.
Em geral, Álgebra de Mapas tem quatro tipos principais de operações: local,
focal, zonal e global. Os conceitos gerais por trás da Álgebra de Mapas se
originaram com Charles Dana Tomlin em Sistemas de Informação Geográfica e
Modelagem Cartográfica, Prentice Hall, 1990.
137
7.2 Ferramentas mais comuns de Geoprocessamento
Passo 1 – Recortar
Como vimos na aula teórica, agora vamos utilizar a ferramenta Recortar
para extrair uma feição nos moldes de uma outra.
138
1) Abra os dados vetoriais de Hidrografia_Estado.shp e Limite_Bairro.shp
presentes na pasta da Prática 07;
139
1) Camada de Entrada: Hidrografia_Estado.shp;
140
Dica: O recorte é uma clássica ferramenta de geoprocessamento. Uma
boa prática para aplicação dessa rotina é trabalhar sempre com os dados no
mesmo sistema de referência e coordenadas.
Passo 2 – União
141
3) Na janela que será aberta, configure da seguinte forma:
142
4) Clique em Executar e aguarde o resultado.
143
5) Abra a tabela de atributos do dado gerado e perceba que a ferramenta
juntou, além das geometrias, as tabelas com as informações;
144
7) Com o complemento MMQGIS já instalado, na área superior do QGIS vá
em MMQGIS > Combine > Merge Layers
145
9) Clique em Ok e analise os resultados no mapa. Perceba que agora você
tem um único shapefile com os estados do Brasil. Analise também a tabela
de atributos da nova camada gerada.
146
Passo 3 – Dissolver
A ferramenta Dissolver une feições, de um dado geográfico, que contêm
valores iguais registrados em determinado campo da tabela de atributos. Essa
rotina é muito comum para processar dados geográficos para classificação
generalizada. Além disso, é utilizada para resumir os registros da tabela a partir
de único campo.
147
1) Em um projeto novo, abra o dado MUNICIPIOS na pasta da Prática 07,
dentro do arquivo Brasil.gpkg;
148
• Local de saída para o arquivo shape: Salve na pasta da Prática 07 com o
nome Brasil_UF;
149
6) Clique em Executar para processar a ferramenta;
150
Dica: Caso precise realizar estatísticas simples durante o dissolve como
soma, média, mediana, desvio padrão, entre outras operações, você pode
151
Passo 4 – Buffer
A ferramenta Buffer consiste na geração de áreas de influência ou de
proximidade. A partir de uma distância radial, é possível gerar um campo
referente a essa área.
Nesse passo vamos aplicar uma área de influência para as delegacias da polícia
militar no município do Rio de janeiro. Aplicando uma área de influência (buffer)
de 5 km, vamos identificar quais os bairros que não estão sob influência de uma
delegacia.
152
3) Na janela que será aberta, preencha os campos conforme abaixo:
153
4) Execute a ferramenta e aguarde o resultado;
5) Veja que o sistema gerou somente 3 feições, uma vez que elas foram
dissolvidas durante o processamento.
154
Desafio: Execute a função novamente. Porém, dessa vez, desmarcando
a opção de dissolver o buffer;
Passo 5 – Interseção
A ferramenta Interseção consiste em fazer interseções entre informações
e feições geográficas. A ferramenta é amplamente utilizada na geração de
mapas de confronto, onde é preciso identificar o percentual de área de um
atributo em relação a área total do recorte geográfico.
155
Dica: Esses dados são referentes às unidades de conservação estaduais
e o mapeamento do uso da terra em todo o estado do Rio de Janeiro. Os
shapefiles foram restituídos na escala de 1:50.000 (SEDRAP);
156
4) Clique em Executar e aguarde o resultado;
157
"USO" = 'Ocupação Urbana de Alta Densidade' OR "USO" = 'Ocupação
Urbana de Baixa Densidade' OR "USO" = 'Ocupação Urbana de Média
Densidade' OR "USO" = 'Pastagem' OR "USO" = 'Pastagem em Várzea'
158
Os dois primeiros itens foram disponibilizados pelo Instituto das Águas do
Paraná. Já os imóveis rurais, um amigo seu baixou no acervo fundiário do
INCRA, através do i3Geo. Todos encontram-se na sua pasta da Prática 07,
dentro do arquivo Bacia_Alto_Iguacu na extensão Geopackage.
2) Perceba que existem imóveis rurais que estão fora do perímetro da bacia
do Rio Verde. No menu Vetor, clique em Geoprocessamento >
Recortar...
159
3) Na janela que será aberta, realize um recorte da seguinte forma:
160
4) Clique em Executar.
161
2) Realize um buffer com as seguintes configurações:
• Distância: 30 metros
162
3) Clique em Executar. Importe a nova camada
APP_Hidrografia_Rio_Verde gerada e desabilite a camada de
Hidrografia_Rio_Verde
163
Passo 3 – Sobrepor APPs com relação as propriedades rurais
Nesse passo você irá sobrepor as áreas de preservação permanente (APP)
com as propriedades rurais. Isso permitirá você identificar as geometrias que
estão em conflito e realizar cálculo de áreas. A ferramenta que nos permite fazer
isso é a Interseção.
164
2) Clique no menu superior Vetor > Geoprocessamento > Interseção...
165
Dica: Deixe habilitada somente as camadas Areas_Conflito e
Bacia_Rio_Verde
166
3) Realize o dissolve com as seguintes configurações:
167
5) Abra a tabela de atributos da camada Areas_Conflito_Final, clicando
com o botão direto > Abrir tabela de atributos.
6) Perceba que, agora, a camada é composta por apenas uma única linha
em sua tabela. Porém, ainda há campos que foram atribuídos no decorrer
das análises de geoprocessamento. Na área superior da tabela, clique em
7) Vamos agora excluir as colunas que não nos interessam. Para isso, clique
10) O passo final será realizar o cálculo da área em hectares (ha). Para isso,
168
12) Clique em Ok para realizar o cálculo. A área aproximada de sobreposição
de APP é de 290,21 ha.
169
CAPÍTULO 8: ACESSO A DADOS REMOTOS
170
• Geography Markup Language (GML) - Com o objetivo de padronizar dados,
o OpenGIS usa o padrão Extensible Markup Language (XML) para codificar
dados geográficos. Para isso, especificou-se a linguagem GML para o
armazenamento de informações geográficas. A especificação GML define
regras para a descrição dos dados, baseada em esquemas XML. Esses
esquemas definem rótulos (ou tags) para detalhar informações como
geometrias, sistemas de referência, características temporais e metadados.
Uma vantagem dos esquemas XML é a flexibilidade para criar tags sobre os
dados descritos, obtendo-se assim documentos semânticos.
171
serviço WFS. Este serviço não retorna imagens, mas sim dados semânticos
(valores ou propriedades) dos fenômenos representados. Diferentemente do
WMS, esta especificação fornece os dados junto com suas descrições, o que
permite fazer consultas complexas a essas informações e retornar dados com
os detalhes semânticos, que podem ser interpretados, extrapolados, etc..
172
as informações. O VINDE, como o visualizador é conhecido, se torna uma
excelente fonte de obtenção de dados espaciais de confiança.
VINDE: https://visualizador.inde.gov.br/
173
Dica: Há fonte de listas de URLs de servidores remotos de dados que
pode ser conferido neste website: http://qgisbrasil.org/blog/2016/11/06/lista-
de-geoservicos-wms-e-wfs-para-o-qgis/
174
4) Primeiramente, vamos acessar o servidor do IBGE. Faça as seguintes
configurações:
• Em URL digite:
http://www.geoservicos.ibge.gov.br/geoserver/wfs
5) Clique em Ok e em Conectar
175
7) Selecione a camada que representa a taxa de analfabetismo para o ano
de 2010 e clique em Adicionar.
176
8) Abra as propriedades da camada para explorar as informações
compartilhadas pelo servidor.
177
DNPM –
Departamento
Nacional de http://sigmine.dnpm.gov.br/arcgis/services/extra/dados
Produção Mineral – _dnpm/MapServer/WMSServer
Processos
minerários
IBAMA – Instituto
Brasileiro do Meio
http://siscom.ibama.gov.br:80/geoserver/ows?SERVIC
Ambiente e dos
E=WMS&
Recursos Naturais
Renováveis
IBGE – Instituto
Brasileiro de
http://www.geoservicos.ibge.gov.br/geoserver/wfs
Geografia e
Estatística
ICMBio – Instituto
Chico Mendes de http://mapas.icmbio.gov.br/geoserver/ows?service=wf
Conservação da s&version=1.1.0&request=GetCapabilities
Biodiversidade
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema
INCRA – Instituto =imoveiscertificados_privado
Nacional de
Colonização e
Reforma Agrária http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema
=imoveiscertificados_publico
http://i3geo.saude.gov.br/i3geo/ogc.htm
Ministério da Saúde
http://mapas.mma.gov.br/i3geo/ogc.htm
http://mapas.mma.gov.br/cgi-
bin/mapserv?map=/opt/www/html/webservices/biorregi
oes.map&
MMA – Ministério
do Meio Ambiente
http://mapas.mma.gov.br/cgi-
bin/mapserv?map=/opt/www/html/webservices/ucs.ma
p&
ESATADUAIS http://www.amazonia.cnptia.embrapa.br/i3geo/ogc.htm
AM – EMBRAPA
178
SC – Produtos do
Levantamento
Aerofotogramétrico
da Secretaria de
Estado do http://sigsc.sc.gov.br/sigserver/SIGSC/wms
Desenvolvimento
Econômico
Sustentável (SDS)
de Santa Catarina
SP – Secretaria do http://datageo.ambiente.sp.gov.br/geoserver/datageo/
Meio Ambiente de ows?SERVICE=WMS&
SP
FAO – Dados http://geonetwork3.fao.org/ows/14132?amp;request=G
climáticos globais e etCapabilities
fronteiras de países
http://www.gebco.net/data_and_products/gebco_web_
Mapa Global services/web_map_service
INTERNACIONA GEBCO
IS NASA – Imagens
Landsat, Spot e http://webapps.datafed.net/OnEarth_JPL.ogc?
outras
Australian
Hydrological http://geofabric.bom.gov.au/simplefeatures/ows?servic
Geospatial Fabric e=WMS&request=GetCapabilities
(Geofabric)
179
capacidade de realizar consultas e criar filtros. Assim o WFS permite ao usuário
um maior controle sobre os dados em relação ao WMS.
180
Você sabia? Os dados do serviço WFS são passíveis de exportação, ou
seja, o usuário pode anexar os dados do servidor a própria pasta de
armazenamento de dados.
• EMBRAPA: http://cnpm.ide.cnpm.embrapa.br/geoserver/wfs?
• IBAMA: http://siscom.ibama.gov.br:80/geoserver/schemas/wfs/1.0.0/WFS-
capabilities.xsd
• IBGE: http://www.geoservicos.ibge.gov.br:80/geoserver/wfs
181
CAPÍTULO 9: SIMBOLOGIA E ANÁLISE DE MAPAS
182
cognitivos, construir mentalmente o mapa pretendido, mas para isso é
necessário ter claros alguns princípios:
• Qual a exatidão necessária? Qual (ou quais) o método que irá ser utilizado
para fazer o mapeamento?
Desses, o nível de medida é um dos mais importantes, pois são eles que
vão permitir a comparação das propriedades dos objetos geográficos. Assim, ao
fazer uma representação cartográfica, seja ela qual for, é preciso escolher a
metodologia correta a ser utilizada.
Para ajudar nessa tarefa, de modo geral, existem quatro tipos de medidas:
• Nominal
• Ordinal
• Intervalar
• Proporcional
Nominal
183
mas não há como dizer que um é melhor do que o outro, nem é possível fazer
comparações, pois se tratam de coisas distintas.
Ordinal
184
Com esse tipo de medida, é possível fazer classificações, tanto
quantitativas como qualitativas. Apenas vale tomar cuidado na hora de
representar estas informações, para que não ajam confusões nas classes
escolhidas.
Intervalar
185
do ordinal, pois além de haver a hierarquização, a descrição adiciona
informação numérica. Portanto, considera uma unidade padrão de medida para
expressar diferenças quantitativas.
186
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera (2011)
Proporcional
Pode-se usar o valor zero como valor inicial ou não (zero indica ausência).
O número de classes, assim como o intervalo de classes, é subjetivo e
187
dependerá do objeto em questão e da decisão do cartógrafo. A maioria doa
valores a serem mapeados são relativos a: área, volume, extensão e peso.
188
• Quebras naturais (Natural Breaks – Jenks): As classes são baseadas
em agrupamentos naturais dos dados. O método identifica pontos de
quebra entre os valores com maior similaridade nos grupos de variáveis
para, em seguida, maximizar a diferença entre as classes. O método
apresenta bons resultados no mapeamento de valores que não possuem
uma distribuição uniforme.
• Quantis (Quantile): Cada classe contém o mesmo número de feições. O
método é indicado para dados com distribuição linear.
• Desvio Padrão (Standard Deviation): Exibe como os dados estão
distribuídos com relação à média. Este método é indicado para dados que
apresentam uma distribuição normal.
• Intervalos Iguais (Equal Interval): Este método divide a faixa de valores
em subfaixas de valores com mesmo tamanho. É indicado para valores
contínuos.
189
Exemplo de classificação dos setores censitários do Município de Osasco
usando os métodos: 1) Quebras naturais (Jenks), 2) Quantis, 3) Desvio Padrão
e 4) Intervalos Iguais.
190
Material Complementar: Padrões de Exatidão Cartográfica
Outro link interessante, e que pode servir para aprofundar sua análise, é
o do prof. José Augusto Sapienza Ramos, onde o mesmo comenta sobre os 30
anos do Padrão de Exatidão Cartográfica no Brasil. Para acessar, entre no link
abaixo do portal MundoGEO: http://mundogeo.com/blog/2014/08/10/30-anos-
do-padrao-de-exatidao-cartografica-no-brasil/
191
3) Na janela de Propriedades da Camada, que será aberta, certifique-se de
estar na guia Simbologia. Em seguida, clique em Marcador simples.
6) Altere a cor para preto e defina o valor 3 como tamanho (altura e largura)
7) Em seguida, clique em Ok e analise o resultado no mapa.
192
Dica: Perceba, no mapa, que houve uma mudança dos pontos para o
símbolo de aviões.
193
11) Logo abaixo, em Tipo da camada símbolo, altere para Marcador SGV.
194
14) Clique em Ok na janela de Propriedades da camada para ver os
resultados no mapa (figura anterior).
15) Na área de controle do QGIS, importe e ative a camada de Estações
Ferroviárias
195
Passo 2 – Organizar a estrutura das camadas em grupos
196
2) Clique com o botão direito no nome do grupo (group 1) e escolha
Rename Group. Em seguida, renomeie-o para Modais de Transporte
197
Dica: Após criado o novo grupo Elementos de Transporte, você
classificará as camadas de acordo com os atributos do banco de dados.
198
8) Clique em Ok para retornar à janela de classificação principal.
11) Perceba que uma das classes não apresenta classificação. Para corrigir
isto na legenda, dê um duplo clique abaixo de valor, na referida classe.
12) A área ficará em edição e você deve digitar: Via Não Classificada.
199
13) Em seguida, clique em OK.
200
1) De início, desative, na área de controle do QGIS, os dois grupos criados
anteriormente representando o agrupamento das camadas de modais de
transportes e importe/deixe ative apenas a camada de BACIAS_HIDROG.
2) Em seguida, classifique a camada de bacias hidrográficas clicando com
o botão direito na camada > Propriedades > Simbologia.
3) Em seguida, na lista de tipo de classificação escolha categorizado.
201
8) Para complementar a visualização das informações no mapa, você
acrescentará os rótulos para cada região. Para isto, selecione, na área de
controle do QGIS, a camada de Bacias Hidrográficas e em seguida abra
as propriedades da camada.
9) Na janela que será aberta, clique em rótulos.
202
10) Como na figura abaixo, marque a opção Rótulos simples e selecione o
campo BAC_HIDROG. Defina como tamanho do texto o valor 8.
Dica: Perceba que seu mapa deve estar classificado e rotulado como na
figura abaixo.
203
Passo 4 – Análise Socioeconômica dos Municípios
204
4) Para Coluna, selecione o campo PIB
205
10) Deixe o número de classes como 10 e, na opção Modo, selecione o
método de quebras naturais (Natural Breaks - Jenks)
206
12) Em seguida, clique em Ok para ver no mapa sua classificação. Para que
você tenha um maior entendimento com relação à quantidade de
municípios em cada intervalo de valores, clique com o botão direito (área
de controle) no nome da camada municípios e marque a opção mostrar
contagem de feição.
13) Perceba que, para cada intervalo de classe, você terá a quantidade de
elementos (municípios) que estão associados.
207
Desafio: Na área de controle, ative a camada de Estados e altere sua
208
209
Passo 5 – Análises Comparativas
210
4) Navegue até sua pasta de trabalho e salve sua nova camada com nome
de Munic_Cent.shp.
5) Clique em Ok
6) Se questionado sobre inserir a nova camada na área de controle (TOC),
clique em Sim.
211
Dica: Aguarde alguns instantes para que sejam calculadas as estatísticas
do campo e analise o descritivo do resultado. Perceba que os valores de mínimo
e máximo têm uma variação de 0 a próximo de 10 milhões de habitantes e, como
pode ser visto, a média de população dos municípios brasileiros é de 32.599
habitantes.
212
9) Clique com o botão direito na camada Centroides > Propriedades >
Simbologia
10) Escolha como tipo de classificação a opção Graduado
213
14) Em seguida, clique no botão Classificar e veja que, agora, seus valores
estão definidos em 10 classes com uma escala de cores.
15) Para dar maior ênfase aos municípios com maiores valores de população,
selecione as três primeiras classes, clique com o botão direito e escolha
Mudar Tamanho....
16) Na nova janela que será aberta, altere o valor do tamanho do símbolo para
1 e clique em Ok
214
17) Selecione as próximas 3 classes e altere o tamanho para 2.
18) Da mesma forma, selecione as próximas 3 classes e altere o tamanho
para 3.
19) Por fim, altere a última classe para o tamanho de 5.
215
Dica: Perceba que, agora, você possui duas informações representadas
por simbologias diferenciadas, dispostas no mapa referentes ao valor de PIB e
População por municípios.
216
21) Na Área de Controle, ative a camada de Rodovias
22) Dê um zoom no seu mapa para que possa ver o trecho entre os
municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Fique próximo de uma escala
1: 1.500.000, para visualizar melhor o resultado da análise.
217
24) Na janela de consultas ao banco de dados, construa a seguinte expressão
na área de consulta do SQL: "RODOVIA" = 'BR-116'
218
25) Clique em Testar para verificar se a expressão está correta.
27) Para finalizar, salve o projeto (Projeto > Salvar como) na pasta da Prática
09, com o nome SIMBOLOGIA. Vamos utilizar esse mesmo projeto
futuramente para elaboração de layout.
219
CAPÍTULO 10: CARTOGRAFIA TEMÁTICA
Elaborar um mapa não é uma tarefa simples e o autor deve sempre tomar
muito cuidado. Afinal, um mapa deve ser claro e objetivo para que o leitor possa
extrair as informações que estão sendo mapeadas/representadas. Nesse tópico,
veremos os elementos essenciais para a construção de um mapa e os padrões
adotados por órgãos governamentais.
Elementos Textuais
Título
Todo mapa temático aborda um tema, que deve ser identificado
claramente no título. Além de dizer o que se trata, o título deve contemplar onde
se dão os acontecimentos. Para a escolha do título de um mapa, algumas dicas
que damos são as seguintes:
220
• Quando escolher a fonte e tamanho das letras, procure utilizá-las em
caixa alta (aqui não se trata de uma regra, mas sim por uma questão
estética) ou negrito, ou até mesmo a combinação das duas.
Subtítulo
Se for necessário, deve ser apresentado preferencialmente em letras
minúsculas, abaixo do título. A seguir, vemos um exemplo de como aplicar os
títulos e subtítulos. O mapa foi elaborado pelo Instituto Geográfico e Cartográfico
do Estado de São Paulo.
Informações do mapa
Neste item veremos sobre os principais elementos de um mapa temático.
Inevitavelmente, um mapa deve contar com a presença deles.
221
Legenda
Podemos dizer que a legenda se trata do elemento mais importante no
mapa, pois explica do que se tratam as variáveis apresentadas no desenho.
Tudo que está em um mapa e que não seja auto-explicativo deverá constar na
legenda. Os símbolos do mapa devem aparecer exatamente iguais na legenda,
com mesmo tamanho, forma e cor.
222
Orientação (Indicação do Norte e Malha de Coordenadas)
Posicionado geralmente nos cantos superiores do mapa, a seta do Norte
Malha de Coordenadas
Para qualquer elemento do mapa, mas em especial para a malha de
coordenadas (Geográficas ou Métricas), cuidado com os excessos! Sempre
fique atento para o espaçamento utilizado entre as linhas da malha, pois quando
for muito estreito, os mapas ficam praticamente ilegíveis.
223
Tipos de Escalas
Neste subtópico, iremos relembrar sobre alguns conceitos relacionados a
Escalas. Caso julgue desnecessário - e já domine completamente o assunto -
fique à vontade para ler o próximo subtópico do texto.
A escala gráfica é utilizada para facilitar a leitura dos mapas, onde uma
linha graduada dividida em partes iguais, onde cada uma dessas partes
representa a unidade de comprimento escolhida para o terreno.
224
Elementos de Localização
Algumas vezes, será conveniente incluir retângulos sobre o seu mapa,
tanto para mostrar áreas ampliadas como áreas maiores, para detalhar uma área
geográfica específica ou dar uma visão mais abrangente, auxiliando o usuário
no entendimento do mapa. Outras vezes também será importante incluir gráficos
e tabelas, sempre levando-se em conta o balanço visual.
225
Exemplo de identificação do autor do mapa (Fonte: IBGE)
226
No mapa, a melhor forma de posicionar essas informações (Fontes e
Anotações), é na parte inferior da folha, contendo a origem dos dados mapeados,
da forma mais completa possível, para que facilite pesquisas futuras e ajude na
compreensão do mapa. A seguir vemos uma produção do IBGE onde a fonte foi
apresentada no canto inferior esquerdo da folha.
Data
Mais um recurso interessante, quando necessário, é inserir a data de
confecção do mapa na parte inferior e, quando for muito relevante, também deve
constar no título a data da informação que serviu de base para a construção do
mapa.
227
Exemplo de inclusão de data em um mapa. (Fonte: IBGE)
Leitura de um mapa
Talvez no início seja um pouco difícil fazer a leitura correta de um mapa,
mas não se preocupe, pois com o tempo você adquire destreza e a interpretação
passa a ser automática. Vale lembrar que os mapas são uma representação da
realidade e para vincular alguns detalhes apresentados é necessário exercitar a
imaginação.
228
De acordo com SEED-PR (2010), todo bom mapa deve possuir algumas
características para assegurarem a leitura e a interpretação corretas das
informações nele contidas. As principais características são: área geográfica,
coordenadas, escala, legenda, título, indicação do norte e a fonte de onde foi
extraído o mapa.
Dica
Mas se o seu mapa for para uma equipe de campo realizar o seu trabalho,
você provavelmente precisará incluir os elementos técnicos como escala, norte,
mapa de referência, legende e etc. e Essas informações serão cruciais para que
229
essa equipe possa realizar seu trabalho e consultar o mapa e seus elementos.
230
2) Na janela que será aberta, procure o arquivo SIMBOLOGIA.qgz
231
5) No menu principal defina a escala para deixar o
mapa do Brasil ampliado. Caso o mapa não fique centralizado use a
232
2) Na janela de criação do layout de impressão, insira o nome “Mapa do
Brasil” e clique em Ok.
Dica: Perceba que sua área de visualização mudou para uma página
virtual de layout de impressão, onde você poderá inserir os elementos do mapa.
Você irá configurar a página para adequar da melhor forma possível as camadas
na área de layout.
233
Salvar projeto
Novo layout
Duplicar layout
Gerenciador de layout
Imprimir layout
Configurar atlas
234
Zoom mais no compositor
Atualizar
Agrupar itens
Desagrupar itens
Mover mapa
Aproximar
Ferramenta de seleção
235
Adicionar um texto ao layout
Adicionar legenda
236
3) Para começar a inserir os elementos no seu layout, você definirá a área
237
6) Logo após, retorne a tela de Composição. Clique no botão
(Adicionar novo mapa) e abra um retângulo próximo ao mapa do Brasil.
7) Perceba que será adicionada uma área de zoom (SP), na tela principal do
QGIS, representando os municípios próximos de São Paulo.
Dica: Caso a caixa de mapa não esteja no local correto, use a ferramenta
238
9) Como não vamos mais mover e alterar esses itens inseridos, podemos
bloqueá-los. Para bloquear um elemento, basta ativar o cadeado no canto
superior direito.
239
• Clique duas vezes sobre e altere para o
nome “Produto Interno Bruto (PIB)”. Repita o procedimento e
altere o nome “MUNICIPIO” para “POPULAÇÃO”
240
12) Clique em para salvar as alterações feitas até o momento.
13) Você irá, agora, inserir um título para o mapa. Para isto, clique no botão
15) Clique no botão Fonte e defina como Arial, estilo negrito e tamanho 14.
241
17) Na próxima etapa, vamos colocar uma seta de Norte ao desenho. Para
18) Em seguida, vamos inserir uma barra de escala gráfica ao mapa. Para
242
Importante: Na área de Mapa, deixe selecionada a opção Mapa 1,
correspondente ao primeiro mapa inserido e à respectiva configuração da
escala.
19) O próximo elemento a ser inserido será uma grade de coordenadas. Para
isto, clique na caixa onde está o mapa para selecioná-la
243
20) Em seguida, na área de Propriedades do Item (abaixo), clique na guia
Grades .
244
24) Posicione e organize os objetos na folha. Como sugestão, veja a figura
abaixo:
245
Desafio: Para complementar as informações do seu mapa, você deve
Dica: Deixe a fonte como padrão Arial, Normal, com tamanho 12.
246
29) Para finalizar, clique no botão e insira um retângulo na borda da
página de layout, simulando uma moldura de mapa.
247
Parabéns! Chegamos ao final do Nível I do curso introdutório de SIG com
QGIS.
248