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VIVIANE CEVERO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................8
1 ANÁLISE DE CONJUNTURA...........................................................................................9
1.1 Educação profissional no mundo...................................................................................9
1.2 A trajetória da educação profissional no Brasil e seus aspectos históricos.............11
1.3 Panorama da educação profissional e ensino médio, a partir da década de 1980 até
meados de 2006....................................................................................................................20
1.4 Novos rumos na educação profissional no Brasil.......................................................23
1.4.1 A nova legislação brasileira.....................................................................................25
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................50
REFERÊNCIAS......................................................................................................................51
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INTRODUÇÃO
1 ANÁLISE DE CONJUNTURA
enquanto política econômica que atinge diretamente a força de trabalho. Os sistemas flexíveis
de produção, característicos do início dos anos 1980, demandavam um perfil completamente
novo de estrutura produtiva. A primeira característica era a exigência de quantidade muito
menor de trabalhadores no local de trabalho. Depois, a especialização de função pouco a
pouco começou a ser abandonada e, com a redução do número de trabalhadores, iniciou-se o
processo de procura pelo trabalho multi-habilitado. O vínculo educação/empregabilidade
passa a ser uma opção de política pública, através de aquisição de competências. Foi nesse
contexto que o conceito de empregabilidade avançou, sendo definido como o conjunto de
habilidades profissionais que diferencia o trabalhador e que o torna “empregável” pelo
interesse que desperta no empregador, devido a seu conhecimento acumulado e diversificado.
Desde o início dos anos 1990, a construção de habilidades transferíveis no trabalhador tornou-
se o foco tanto para o desenvolvimento de políticas públicas quanto para o treinamento nas
empresas para a formação de mão-de-obra.
Trevisan (2001) ainda revela, a partir do caso inglês, vivenciando um momento de
constante troca de padrão tecnológico, que a empresa, sem saber exatamente que tipo de
habilidade esperar do empregado, devolve esse “problema” para o sistema educacional. O
empregador, pensando nos custos da formação, e o empregado, procurando a certeza de
retorno do investimento educacional que pretende fazer, pressionam a instituição escolar para
que acompanhe as mudanças tecnológicas, exigindo que a educação forneça os parâmetros, os
padrões e as certezas que o mercado não consegue oferecer.
Com base em Zarifian (2003), pode-se concluir que o modelo de competência está
relacionado à superação do modelo de posto de trabalho, e as reformas analisadas não revelam
ainda essa superação, por não terem completado o processo de transição. O autor explica a
significativa mudança na compreensão do que seja competência, a partir do modelo de
acumulação flexível, gerado pela revolução tecnológica. Esse modelo combina modos de
organização e gestão do trabalho tayloristas/fordistas aos toyotistas, de forma a assegurar a
melhor combinação entre trabalho qualificado e trabalho precário.
Para Zarifian (2003), essa mudança de concepção impacta fortemente a educação
profissional, que passa a ter outra especificidade. Se competência, no taylorismo-fordismo,
era fundamentalmente conhecimento tácito advindo da experiência e de natureza psicofísica,
em face das novas tecnologias, passa a significar capacidade de trabalhar intelectualmente, de
modo a enfrentar os problemas da prática laboral e social. Para isto, se demanda
conhecimento teórico. Essa dimensão da competência é nova, e, por contradição, não atende
necessariamente apenas ao capital, uma vez que impacta positivamente a formação dos
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conhecimento teórico relativo aos cursos oferecidos. Registrou-se, então, alta porcentagem de
evasão em relação ao número de matrículas por escola no ano de implantação da rede (1910).
2.118 matrículas para 1.248 frequências, o que representa uma evasão de mais de 50% como
quadro geral no país (SANTOS, 2000 apud LOPES et al., 2007).
A evasão continuou a ser o mais grave problema nas escolas de Aprendizes e
Artífices nos anos posteriores à sua implantação. A maioria dos alunos abandonava o curso no
fim da terceira série, quando já dominavam os conhecimentos mínimos para trabalhar nas
fábricas ou nas oficinas, em determinados postos de trabalho. A despeito de todas essas
limitações, o modelo de Ensino Profissional pensado para a implantação da rede de ensino
técnico-profissional foi se consolidando como precursor da Rede de Escolas Técnicas do
Brasil.
Historicamente, a organização da Rede de Ensino Técnico-Profissional se origina na
última década da Primeira República quando emergiu a preocupação em pensar e modificar os
padrões de ensino e cultura das instituições escolares nas diferentes modalidades e nos
diferentes níveis. Foi o período do entusiasmo pela educação e o otimismo pedagógico
desenvolvido pelos movimentos político-sociais e correntes de ideias, que consistiu em
atribuir importância cada vez maior ao tema da instrução nos seus diversos níveis e tipos
(NAGLE, 1974). Acreditava-se que pela multiplicação de instituições escolares, a nação
chegaria a se igualar às grandes potências do mundo e tiraria o povo da sua situação de
marginalidade. É verdade que foi dada ênfase à escolarização, como forma de vencer o
analfabetismo, tido como um dos grandes problemas nacionais. À Educação Profissional,
reforçou-se a ideia de regeneração e formação das classes menos favorecidas social e
economicamente. De qualquer forma, muito pouco foi feito quanto à educação em geral.
Nesse período os colégios foram poucos, em sua maioria, confessionais e particulares.
Desde o final da Primeira República e antes da Revolução de 1930, se configurava
no cenário nacional um projeto de hegemonia de orientação taylorista/fordista por parte da
burguesia industrial. O pensamento era a articulação econômica entre a agricultura e a
indústria para fortalecer o projeto de industrialização no Brasil com o apoio das oligarquias
rurais. Tal projeto de caráter político-econômico tem continuidade com Getúlio Vargas, uma
política protecionista do café que já sofria queda dos preços no mercado internacional em
decorrência dos problemas financeiros que cercavam os principais mercados mundiais após a
quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Em 1934, quando a situação internacional começa
a se normalizar é que o governo mostraria efetivamente um desempenho mais favorável no
setor industrial em substituição ao modo de produção agro-exportador.
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fortalecer a instauração de uma escola unitária e “envolver todas as gerações, sem divisões de
grupos ou castas” (GRAMSCI, 1985, p.121).
A partir de 1942, já no período do Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do Ensino
Industrial, essa modalidade de ensino passou a assumir um papel importante na formação de
mão-de-obra no contexto do processo de desenvolvimento no Brasil. Passa o mesmo a ser
efetivado a partir de duas frentes de ensino e controle: um ensino que ficava sob o controle
patronal, de âmbito empresarial e, paralelo a esse ensino, outro ramo sob a responsabilidade
do Ministério da Educação e da Saúde – o sistema oficial de ensino industrial – constituído
pelo ensino industrial básico.
Para compreender a implantação desse dualismo no ensino profissional industrial, é
necessário retomar o contexto político-econômico do país à época. Vivia-se uma nova fase de
expansão industrial depois de um período de intensa atividade de criação de muitas indústrias
durante a 1ª Grande Guerra entre 1915 e 1919. Essa nova fase passou a exigir uma melhor
preparação da mão-de-obra. Ocorre que o sistema de ensino não possuía a infra-estrutura
necessária à implantação, em larga escala, do ensino profissional exigível para atender o
desenvolvimento que se instalava. Por outro lado, a indústria exigia uma formação mínima do
operariado que precisava ser feita de modo mais rápido e mais prático. Dessa feita, a fim de
atender a demanda de mão-de-obra para as indústrias, o Governo criou paralelo ao sistema
oficial, outro sistema de ensino, organizado em convênio com as indústrias mediadas pela
Confederação Nacional das Indústrias, órgão máximo de representação das mesmas.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), criado pelo Decreto-lei
4.048 de 22 de janeiro de 1942, foi a instituição destinada a organizar e administrar escolas de
aprendizagem industrial em todo o país. Essas escolas ministravam um ensino aligeirado, de
formação mínima, de caráter pragmático com o objetivo de preparar os aprendizes menores
dos estabelecimentos industriais. Outros cursos de formação continuada para os trabalhadores
também eram oferecidos pelo sistema de escolas do SENAI. Posteriormente, esse órgão teve
suas atribuições ampliadas atingindo, também o setor dos transportes, das comunicações e da
pesca. Passa ainda a administrar o ensino de continuação, aperfeiçoamento e especialização,
gerando dessa feita uma diversificação de seus cursos.
Em seguida, o Decreto-lei 4.984 de 21 de novembro de 1942, regulamentou a criação
de escola ou sistema de escolas de aprendizes de responsabilidade das empresas que
possuíssem mais de 100 trabalhadores. As Escolas eram mantidas com recursos das empresas,
com a finalidade de dar formação profissional aos seus aprendizes e o ensino de continuação e
de aperfeiçoamento e especialização de seus demais trabalhadores.
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1.3 Panorama da educação profissional e ensino médio, a partir da década de 1980 até
meados de 2006
A educação profissional no Brasil tem, portanto, a sua origem dentro de uma
perspectiva assistencialista com o objetivo de “amparar os órfãos e os demais desvalidos da
sorte”, ou seja, de atender àqueles que não tinham condições sociais satisfatórias, para que
não continuassem a praticar ações que estavam na contra-ordem dos bons costumes.
O início do século XX trouxe uma novidade para a educação profissional do país,
quando houve um esforço público de sua organização, modificando a preocupação mais
nitidamente assistencialista de atendimento a menores abandonados e órfãos, para a da
preparação de operários para o exercício profissional. Assim, em 1909 o Presidente Nilo
Peçanha criou as Escolas de Aprendizes Artífices, destinadas “aos pobres e humildes”, e
instalou dezenove delas em 1910, nas várias unidades da Federação.
A criação das Escolas de Aprendizes Artífices e do Ensino Agrícola evidenciou um
grande passo ao redirecionamento da educação profissional no país, pois ampliou o seu
horizonte de atuação para atender necessidades emergentes dos empreendimentos nos campos
da agricultura e da indústria.
Nesse contexto, chega-se às décadas de 30 e 40, marcadas por grandes
transformações políticas, econômicas e educacionais na sociedade brasileira. Esse processo de
industrialização e modernização das relações de produção exigiu um posicionamento mais
efetivo das camadas dirigentes com relação à educação nacional. Como parte das respostas a
essas demandas, foi promulgado diversos Decretos-Lei para normatizar a educação nacional.
Este conjunto de decretos ficou conhecido como as Leis Orgânicas da Educação Nacional – a
Reforma Capanema, em função do nome do então ministro da educação, Gustavo Capanema.
Os principais decretos foram os seguintes: Decreto nº. 4.244/42 – Lei Orgânica do Ensino
Secundário; Decreto nº. 4.073/42 – Lei Orgânica do Ensino Industrial; Decreto nº. 6.141/43 –
Lei Orgânica do Ensino Comercial; Decreto nº. 8.529/46 – Lei Orgânica do Ensino Primário;
Decreto nº. 8.530/46 – Lei Orgânica do Ensino Normal e; Decreto nº. 9.613/46 – Lei
Orgânica do Ensino Agrícola. Além disso, o Decreto-Lei nº. 4.048/1942 – cria o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que deu origem ao que hoje se conhece como
Sistema “S”2.
Outra fase de grande efervescência política em torno das questões educacionais foi o
período que antecedeu a vigência da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– LDB. O projeto de Lei começou a tramitar no Congresso Nacional em 1948, portanto na
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fase de redemocratização do país pós Estado Novo, entretanto a Lei n o 4.024 (a primeira
LDB) só entrou em vigor em 1961.
Assim chega-se aos anos 1970, de modo que em 1971, sob o governo militar, há uma
profunda reforma da educação básica promovida pela Lei n o 5.692/71 – Lei da Reforma de
Ensino de 1º e 2o graus –, a qual se constituiu em uma tentativa de estruturar a educação de
nível médio brasileiro como sendo profissionalizante para todos.
As mudanças concentraram-se na educação de grau primário e de grau médio, mais
especificamente nos cursos que até então se denominavam primário, ginasial e colegial, os
quais foram transformados em 1o grau e 2º grau, sendo que o 1o grau agrupou o primário e o
ginasial e o 2o grau absorveu o colegial. Nesse processo, a profissionalização obrigatória vai
desvanecendo-se, de modo que ao final dos anos 1980 e primeira metade dos anos 1990,
quando, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, ocorre no Congresso Nacional
o processo que culmina com a entrada em vigor de uma nova LDB, a Lei n º 9.394/1996, já
quase não há mais 2o grau profissionalizante no país, exceto nas Escolas Técnicas Federais –
ETF, Escolas Agrotécnicas Federais – EAF e em poucos sistemas estaduais de ensino.
Na esfera educacional, a principal polêmica continuou sendo o conflito entre os que
advogam por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos,
independentemente da origem socioeconômica, étnica, racial etc., e os defensores da
submissão dos direitos sociais em geral e, particularmente, da educação à lógica da prestação
de serviços sob a argumentação da necessidade de diminuir o estado que gasta muito e não faz
nada bem feito.
O Decreto nº 2.208/97, o Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP)
e as ações deles decorrentes ficaram conhecidos como a Reforma da Educação Profissional.
Nesse contexto, o ensino médio retoma legalmente um sentido puramente propedêutico,
enquanto os cursos técnicos, agora obrigatoriamente separados do ensino médio, passam a ser
oferecidos de duas formas. Uma delas é a Concomitante ao ensino médio, em que o estudante
pode fazer ao mesmo tempo o ensino médio e um curso técnico, mas com matrículas e
currículos distintos, podendo os dois cursos ser realizados na mesma instituição
(concomitância interna) ou em diferentes instituições (concomitância externa). A outra forma
é a Sequencial, destinada a quem já concluiu o ensino médio e, portanto, após a educação
básica. Juntamente com o Decreto no. 2.208/97, que estabeleceu as bases da reforma da
educação profissional, o governo federal negociou empréstimo junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), com o objetivo de financiar a mencionada reforma como parte
integrante do projeto de privatização do estado brasileiro em atendimento à política
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Ao analisar a Tabela 1, percebe-se que a oferta do ensino médio está concentrada nos
sistemas e redes públicas (88,6% da oferta). Nota-se também que os cursos técnicos de nível
médio correspondem a apenas 6,98% da oferta total do Ensino Médio. Além disso, a oferta,
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no âmbito federal, alcança escassos 10,73% do total de matrículas nesses cursos. E ainda
mais, a oferta de cursos técnicos de nível médio é maior no âmbito privado (54,79%) do que
no público (45,21%), mesmo incluindo-se as esferas municipal, estadual e federal.
Finalmente, no que diz respeito ao público da modalidade EJA, na Rede Federal, essa oferta é
praticamente nula em termos estatísticos.
Nessa perspectiva, a ampliação da oferta do ensino médio integrado nas instituições
públicas de educação pode contribuir para uma efetiva (re)construção de uma identidade
própria e, ao mesmo tempo, significativa, para a vida de seus grupos destinatários.
trabalho no contexto da globalização e, do outro, com o sujeito ativo, a pessoa humana que se
apropriará desses conhecimentos para aprimorar-se no mundo do trabalho e na prática social.
Há, portanto, necessidade de se romper com os paradigmas tradicionais para que se
alcancem objetivos propostos para a educação básica e para a educação profissional. Tornou-
se corrente afirmar que o conhecimento é hoje o principal fator da produção. Aprender a
aprender coloca-se, assim, como competência fundamental para inserção numa dinâmica
social que se reestrutura continuamente. A perspectiva da educação deve ser, pois,
desenvolver os meios para uma aprendizagem permanente, que permita uma formação
continuada, tendo em vista a construção da cidadania.
Ao preconizar o aprender a aprender, consideram-se as rápidas transformações
geradas pelo progresso científico e tecnológico, as novas formas de atividade econômica e
social e a decorrente necessidade de uma educação geral suficientemente ampla, mas que
possibilite aprofundamento numa determinada área de conhecimento. A educação geral
fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da vida. Ela é de extrema importância
para o desenvolvimento de aptidões que possibilitem enfrentar novas situações, privilegiando
a aplicação da teoria na prática e enriquecendo a vivência da ciência na tecnologia e destas no
social, por seu significado no desenvolvimento da sociedade contemporânea.
A base nacional comum da educação básica deve conter a dimensão de preparação
para o trabalho, de tal modo que uma sentença matemática, expressão do conhecimento
científico, possa ser instrumento para a solução de um problema concreto, dando conta da
etapa de planejamento, gestão ou produção de um bem, do conhecimento ou de um serviço.
Do mesmo modo, se a linguagem verbal deve ser valorizada quando aplicada à expressão
estética, à apreciação de um texto jornalístico, informativo ou opinativo, ela serve também à
compreensão de um comando ou instrução clara, precisa, objetiva; assim também, a Biologia
oferece os fundamentos para análise do impacto ambiental de uma solução tecnológica, ou
para a prevenção de uma doença profissional. Enfim, não há solução tecnológica sem uma
base científica e, por outro lado, soluções tecnológicas podem propiciar a produção de um
novo conhecimento científico.
Essa educação geral, que permite tanto buscar e criar informações como usá-las para
solucionar problemas concretos, é preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania.
Na verdade, qualquer competência requerida no exercício profissional, seja ela psicomotora,
sócio-afetiva ou cognitiva é um refinamento das competências básicas. Essa educação geral
permite a construção de competências que se traduzem em habilidades básicas, técnicas ou de
gestão.
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comércio ou como gestor de seu próprio negócio, com capacidade de avaliar e auxiliar na
tomada de decisões nas áreas pessoais e financeiras.
Tem como perfil do egresso: aplicar métodos de comercialização de bens e serviços,
visando à competitividade no mercado e atendendo às diretrizes organizacionais; comunicar
previsões e demandas aos fornecedores; efetuar controle quantitativo e qualitativo de produtos
e proceder a sua armazenagem no estabelecimento comercial; operacionalizar planos de
marketing e comunicação, logística, recursos humanos e comercialização. Possui
possibilidades de atuação nas Instituições públicas, privadas e do terceiro setor e comércio.
Curso de nível superior:
Tecnologia em Agronegócio: Noturno – 40 vagas anuais. O tecnólogo em
Agronegócio é o profissional que viabiliza soluções tecnológicas competitivas para o
desenvolvimento de negócios na agropecuária a partir do domínio dos processos de gestão e
das cadeias produtivas do setor. Prospecção de novos mercados, análise de viabilidade
econômica, identificação de alternativas de captação de recursos, beneficiamento, logística e
comercialização são atividades gerenciadas por este profissional. O profissional do
agronegócio está atento às novas tecnologias do setor rural, à qualidade e produtividade
Tecnologia em Gestão Ambiental: Noturno – 40 vagas anuais. O tecnólogo em
Gestão Ambiental planeja, gerencia e executa as atividades de diagnóstico, avaliação de
impacto, proposição de medidas mitigadoras – corretivas e preventivas – recuperação de áreas
degradadas, acompanhamento e monitoramento da qualidade ambiental. Regulação do uso,
controle, proteção e conservação do meio ambiente, avaliação de conformidade legal, análise
de impacto ambiental, elaboração de laudos e pareceres são algumas das atribuições deste
profissional, podendo elaborar e implantar ainda políticas e programas de educação ambiental,
contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida e a preservação da natureza
Tecnologia em Alimentos: Noturno – 40 vagas anuais. O tecnólogo em Alimentos
planeja, elabora, gerencia e mantém os processos relacionados ao beneficiamento,
industrialização e conservação de alimentos. Este profissional ainda supervisiona as várias
fases dos processos de industrialização de alimentos, desenvolve novos produtos, monitora a
manutenção de equipamentos, coordena programas e trabalhos nas áreas de conservação,
controle de qualidade e otimização dos processos industriais do setor na perspectiva de
viabilidade econômica e preservação ambiental. (Anexo 2).
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas: Diurno – 40 vagas anuais;
O tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas analisa, projeta, documenta,
especifica, testa, implementa e mantém sistemas computacionais de informação. Este
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prática, na medida em que cabe ela não apenas proporcionar novas situações educativas, mas
tão importante quanto, pensar sobre elas, aprender com elas, aprofundando, desta forma, o
conhecimento da realidade, necessário à sua transformação.
Após é elaborado e publicado o Edital para a realização do concurso de provas (teórica e após
prática).
A contratação de professores substitutos é através de seleção, com análise de
currículo e entrevista, realizada no Câmpus, por uma comissão destinada através de portaria.
Essas contratações ocorrem pela necessidade de substituir alguns docentes efetivos, que se
afastou de sala de aula para exercer algum cargo no Câmpus (Diretor geral), na Reitoria (pró-
reitoria); afastamento para capacitação, como doutorado ou mestrado; licença médica e
licença maternidade. O contrato se dá durante o período do afastamento do titular, podendo
ser renovado, o máximo de 2 anos, não existe período mínimo (podendo ser de 2, 3 e 6
meses).
A contratação de professores temporários é realizada, também, por seleção, com
análise de currículo e entrevista pelo próprio Câmpus, por uma comissão designada através de
portaria. Essas vagas são liberadas pelo MEC, para atender a política de expansão dos
Institutos Federais, e o período mínimo de contratação é de 1 ano, e o máximo 2 anos.
Tanto o professor substituto e temporário, após o encerramento do contrato deverá
ficar 2 anos sem vínculo com o órgão. Mas pode ser nomeado a qualquer momento, caso seja
aprovado por concurso público para efetivo.
O plano de carreira basicamente é estruturado pela Lei nº 11.091 de 2005 e Lei
12.772 de 2012. Nestas legislações encontram-se as seguintes progressões funcionais:
Progressão por Mérito Profissional: o servidor é avaliado a cada 18 meses quanto a
sua qualidade e quantidade de trabalho, iniciativa e criatividade, cooperação, assiduidade,
pontualidade, urbanidade, disciplina, responsabilidade e habilidade, atendendo esses
elementos ele será progredido por mérito profissional.
Progressão por Incentivo a Qualificação: o servidor progredirá, todas as vezes que
concluir um curso de educação formal superior ao previsto para o exercício do cargo.
Progressão por Capacitação: o servidor poderá progredir até quatro vezes, se realizar
cursos de capacitação em educação informal na área em que estiver desempenhando suas
funções.
Progressão por Retribuição por Titulação: o servidor progredirá, todas as vezes que
concluir um curso de educação formal superior ao previsto para o exercício do cargo.
Progressão por Desempenho Acadêmico o servidor progredirá a cada 24 meses se
atender certa pontuação mínima nos itens: atividade de ensino, produção científica,
aperfeiçoamento profissional e encargos administrativos.
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O conteúdo apresentado pela docente foi desenvolvido no quadro negro. Nesta aula,
foi trabalhado em primeiro momento, Equações Exponenciais. Para o conteúdo foi aplicado
uma série de exercícios para revisão de exames, sendo alguns:
a) 7 = 7x 71/2 = 7x x = 1/2
As aulas eram bem explicativas e os alunos estavam empenhados, concentrados e
prestando atenção, e ainda participando e esclarecendo suas dúvidas com questionamentos a
professora.
Em certo momento, um aluno, Francisco, relatou que não havia compreendido a
explicação, e então a professora voltou a explicar novamente. A professora fez uso de gráficos
para melhor explicar as funções exponenciais.
Após término da revisão sobre funções exponenciais, a professora passou a trabalhar
e revisar o conteúdo: Funções Logaritma. Apresentou, ainda, vários exercícios com inúmeros
graus de dificuldades sobre este conteúdo, que pacientemente repetiu várias vezes as
explicações.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o término deste relatório, pode-se colocar que o Campus Sertão, além de um
corpo técnico docente com ótima formação e dedicação, têm uma infraestrutura excelente
para o bom funcionamento das aulas. Contudo, também é necessária uma maior preocupação
com a questão da acessibilidade física, tanto nos diferentes setores e, até nas salas de aula.
O ensino de qualidade do Campus faz com que a procura pelos cursos seja em grande
número. A exigência para com essa qualidade faz com que o ensino se destaque em sua
região, onde boa parte dos filhos de agricultores busca uma formação diferenciada, para que
possam continuar no campo e aplicar os conhecimentos adquiridos, tanto durante o contexto
em sala de aula, como, e principalmente, nas aulas práticas, as quais despertam maior
interesse nos alunos, isso tudo, além de oferecer uma ótima aprendizagem para ser aplicada
em suas propriedades, proporciona uma formação profissional, que está cada vez mais em
alta, pois as inovações no setor rural estão cada vez mais exigentes.
Em relação às aulas observadas, durante o processo de estágio, percebeu-se que nas
disciplinas básicas do ensino médio, a falta de interdisciplinaridade faz com que o aluno não
tenha motivação para a mesma. Não há uma interação entre as disciplinas básicas e técnicas,
isso passa a fazer com que o ensino integrado (médio e técnico) perca seu verdadeiro sentido.
Por fim, pode-se dizer que conforme citado no site da IFRS, no Curso de Formação
Pedagógica de Docentes para a Educação Básica e Profissional para a Educação Básica e
Profissional, o profissional precisa complementar a graduação, em áreas em que não há o
oferecimento regular da formação pedagógica, tendo como objetivo a extensão dos
conhecimentos, a qualificação e aperfeiçoamento dos profissionais graduados para o exercício
do magistério.
A formação pedagógica do professor é essencial para uma boa aprendizagem, onde é
de suma relevância, além de domínio da sua área, aplicar métodos e técnicas que envolvam os
alunos, conforme seus interesses.
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REFERÊNCIAS
INEP. Senso escolar. 2006. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Disponível em: ttp://portal.inep.gov.br/c/journal/view_article_content?
groupId=10157&articleId=16459&version=1.0. Acesso em: dez. 2016.
KUENZER, Acácia (org.). Ensino médio: Construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SANTOS, Jailson Alves dos. A trajetória da educação profissional. In: LOPES, et al. (org.).
500 anos de educação no Brasil. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
SANTOS, Jair Ferreira dos. Curso de curta duração: solução ou complicação. Monografia
do Curso de Pós-graduação de Docência do Ensino Superior. Universidade Candido Mendes.
Rio de Janeiro, 2004.
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores
Associados, 2007.
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CARTA DE APRESENTAÇÃO E
PROPOSTA DE PARCERIA
1. Introdução
O GETACS – Grêmio Estudantil dos Técnicos em Agropecuária do Campus Sertão é
uma associação sem fins lucrativos dos alunos do Ensino Básico e Técnico do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão.
O GETACS foi formado no ano de 2009 e atualmente é representado por 10 (dez)
acadêmicos participantes da atual diretoria, sendo estes integrantes do curso Técnico em
Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. O GETACS conta com um Professor Orientador e
um Técnico Administrativo Estudantil, e subdivide-se em Diretoria Executiva e Comissões:
Organização, Patrocínios e Parcerias e de Infraestrutura.
2. Objetivo
O GETACS tem como objetivo principal o enriquecimento pessoal e profissional dos
estudantes e a difusão de conhecimentos para a comunidade interessada com a realização de
atividades de cunho cultural e científico, uma vez que o processo de globalização e a
tendência de união dos diferentes blocos políticos e econômicos está por exigir de
profissionais técnicos recém-formados uma visão mais abrangente e um melhor conhecimento
dos diversos mercados e atuação nos ramos da agropecuária.
Com objetivo de contribuir na formação de jovens, o GETACS desenvolve
anualmente um seminário no IFRS – Campus Sertão, com intuito de agregar novos
conhecimentos através do intercâmbio técnico cultural, fazendo com que seus membros
cresçam socialmente e busquem novos desafios para se tornarem cada vez mais fortes em
busca de suas conquistas.
3. Composição do Grupo
3.1 Professor Orientador: Prof. Valdir Bernardo Tamanho
3.2 Técnicos Administrativos Estudantil: Naiara Migon
3.3 Diretoria Executiva:
Presidente: Luciano Alves da Silva Junior
Vice-presidente: Anderson Dalzotto De Nardi
Secretário-Geral: Juliano dos Santos Pinheiro
1º Secretário: Natacha Muller
Tesoureiro-Geral: Iuri Baierle Bertollo
1º Tesoureiro: Ricardo Bianchi Gatto
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5. Considerações Finais
O GETACS espera cumprir com seriedade e louvor todas as atividades propostas ao
longo do ano letivo, além de outras que surgirem como demanda para o ano de trabalho, e
assim atingir a meta mais importante do Grêmio: crescimento profissional e pessoal de seus
membros. E para o sucesso de nossas realizações, contamos com o apoio de Empresas e
Instituições do setor agropecuário, para divulgação interna de suas atividades e participação
nos eventos de atualização técnica e profissional, por isso apresentamos abaixo uma proposta
de parceria.
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6.Proposta de Parceira
O GETACS – Grêmio Estudantil dos Técnicos em Agropecuária do Câmpus Sertão,
em sua atividade de liderança e formação de jovens, propõe uma parceria com a sua
instituição pela oportunidade de divulgação em espaços destinados à promoção de logomarcas
durante a realização do VI Seminário GETACS 2015 – "Agropecuária em Foco".
O objetivo principal do Evento é ser veículo de referência e difusão de tecnologia e
conhecimento entre os diversos setores que compõe a agropecuária brasileira, seguindo as
tendências de globalização e dinamização da economia. O Grêmio Estudantil objetiva
também complementar a formação de futuros profissionais com visão mais abrangente,
empreendedora e um melhor conhecimento sobre as novidades e práticas regionais da área da
agropecuária.
8. Público Alvo
O IFRS – Campus Sertão possui aproximadamente 2000 alunos distribuídos no
curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, que serão os principais
participantes do evento, e, cursos superiores que engloba Agronomia, Zootecnia, Licenciatura
em Ciências Agrícolas, Tecnologia em Agronegócio, Tecnologia em Alimentos, Tecnologia
em Gestão Ambiental, Formação Pedagógica, e Pós-Graduação Lato Sensu de Teorias e
Metodologias da Educação.
9. Planos de Parceria
Para atender à realidade e o interesse de empresas que apresentam influências
significativas na região e nos municípios atendidos pelo IFRS – Campus Sertão são
disponibilizados três pacotes de parceria, descritos abaixo:
I - Pacote Ouro - Destinado a empresas que estejam interessadas em um destaque maior no
evento, com a inclusão de uma palestra durante as apresentações do Seminário. Inclui:
- Espaço em destaque nos materiais de divulgação do evento (local para os patrocinadores),
sendo destinado para tal os maiores tamanhos – tamanho modelo: Grande - para disposição da
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III – Pacote Bronze - Destinado a empresas que estejam interessadas em divulgar a logomarca
da empresa durante a realização do evento. O Pacote Bronze Inclui:
Espaço nos materiais de divulgação do evento (local para os patrocinadores), sendo destinado
para tal – tamanho modelo: Pequeno - para disposição da logomarca da empresa parceira;
Valor do Pacote Bronze: R$150,00 (cento e cinquenta reais).
Atenciosamente,
Grêmio Estudantil dos Técnicos em Agropecuária do Câmpus Sertão - 2015
Contato: (54) 3345- 8009, com os alunos, prof. Valdir e a Tec. Naiara.
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CAMPUS SERTÃO
SETOR DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Refeição 2ª Feira (28.11.15) 3ª Feira (29.11.16) 4ª Feira (30.11.16) 5ª Feira (01.12.16) 6ª Feira (02.12.16)
Café / Leite / Iogurte Café / Leite / Iogurte Café / Leite / Iogurte Café / Leite / Iogurte Café / Leite / Iogurte
Pão / Margarina / Doce de Pão / Margarina / Doce leite / Pão / Margarina / Doce de Pão / Margarina / Doce de leite Pão / Margarina / Doce de
fruta Queijos (Minas e prato) Pre- fruta Queijos (Minas e prato) Presunto fruta
CAFÉ DA MANHÃ Queijos (Minas e prato) sunto Queijos (Minas e prato) Alface / Tomate Queijos (Minas e prato)
(7:00 às 8:00) Salame Alface / Tomate Salame Mamão / Banana Presunto
Alface / Tomate Mamão / Banana / Amora Alface / Tomate Alface / Tomate
Melão / Banana Melão / Banana Melão / Banana
Arroz parbo / Feijão Arroz parbo / Feijão Arroz Parbo / Feijão Arroz Parbo / Feijão Arroz Parbo / Feijão
Carne picada Frango ao molho Carne suína Frango à milanesa Linguiça assada
ALMOÇO Mandioca cozida Polenta recheada com queijo Espaguetti ao molho de Pure de batatas Mandioca recheada com
(11:45 às 12:45) Buffet de Salada: Buffet de Salada: carne Buffet de salada: queijo
Alface, beterraba ralada, Alface, beterraba ralada, ce- Buffet de salada: Alface, beterraba cozida, couve e ce- Buffet de salada:
abobrinha cozida e rabanete noura ralada e repolho ralado Alface, abobrinha cozida, noura ralada Alface, beterraba ralada, ce-
Sobremesa: Sobremesa: repolho ralado Sobremesa: noura cozida.
Melão / Banana picada com Banana / Creme com calda de Sobremesa: Melão / Mousse Sobremesa:
canela morango / Amora Mamão / Salada de Frutas / Gelatina
frutas / Amora