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FIS01056 - Modelo de Compton para espalhamento de

raios X

A Física do Século XX A (Aula 4)

Prof. Magno Machado


Material de apoio em:
Estrutura da matéria I, Michel E. Marcel Betz et al.
Florianópolis:UFSC/EAD/CED/CFM, 2010.

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Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

1 Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

2 Modelo de Compton para espalhamento de raios X

3 Exercicios

4 Espectros de radiação

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Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

Resumo sobre experimento de Compton com raios X

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

1 Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

2 Modelo de Compton para espalhamento de raios X

3 Exercicios

4 Espectros de radiação

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Teoria da colisão fóton-elétron


Teoria de Compton
Compton (1923) baseou-se nas seguintes hipóteses:
o espalhamento é interpretado como uma colisão entre um fóton de raio X e
um elétron do material-alvo.
o elétron é considerado como livre e inicialmente em repouso (Eγ  Ke , Ue ).
a energia e o momentum linear são conservados na colisão.
Como há fotons (vγ = c) e Eγ < me c 2 , cinemática conveniente é a
relativística.
Para os fótons, calculamos a sua energia e seu momento (relativísticos),
lembrando que na relatividade especial E 2 = (pc)2 + (mc 2 )2 :

Eγ = (pγ c) = hν
hν h
pγ = = (momento do fóton)
c λ
p
Para o elétron, Ee = (pe c)2 + (me c 2 )2 .
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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Cinemática do processo

Cinemática relativística
O momento inicial do elétron é pe = 0 e sua energia é apenas a de repouso,
Ee = me c 2 . Fóton tem momento inicial pγ (comprimento de onda λ).
Após a colisão, o momentum do fóton tem módulo pγ0 e faz um ângulo θ
com a direção do movimento do fóton incidente. A energia correspondente é
Eγ0 (comprimento de onda λ0 ).
O elétron atingido recua com momentum pe0 numa direção fazendo um
ângulo φ com a direção de movimento inicial do fóton. Sua energia final é Ee0 .
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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Conservação de energia e momento

Conservação de energia-momento relativístico


Conservação de momento dará:
2
~pγ = ~pγ0 + ~pe0 =⇒ pe02 = ~pγ − ~pγ0 = pγ2 + pγ02 − 2pγ pγ0 cos θ

Conservação de energia dará:


2
Eγ + me c 2 = Eγ0 + Ee0 =⇒ Ee02 = Eγ − Eγ0 + me c 2
2
∴ (pe0 c)2 + (me c 2 )2 = pγ c − pγ0 c + me c 2
pe02 = pγ2 + pγ02 − 2pγ pγ0 + 2(pγ − pγ0 )me c

Igualando as expressões para pe02 obtidas da conservação de energia-momento


teremos a relação:
1 1 1
(pγ − pγ0 )me c = pγ pγ0 (1 − cos θ) =⇒ − = (1 − cos θ)
pγ0 pγ me c

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Comprimento de onda Compton de uma partícula


Fórmula de Compton
Escrevendo os momenta dos fótons em termos de seus comprimentos de
onda, teremos:
h
λ0 − λ = (1 − cos θ)
me c
Aumento do comprimento de onda no espalhamento é uma função simples de
θ e é independente do comprimento de onda (ou da energia) inicial.
A escala do deslocamento é determinada pela quantidade denominada
comprimento de onda de Compton do elétron:

h 6, 626 × 10−34 J.s


λe ≡ = ≈ 2, 426 pm
me c (9, 109 × 10−31 kg)(2, 998 × 108 m/s)
R
Ao introduzir uma escala de ação (S = L(q, q̇, t)dt) caracterizada por h a
física quântica associa a cada partícula uma escala intrínseca de comprimento
inversamente proporcional à sua massa.
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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Propriedades do elétron espalhado

Energia e momento do elétron espalhado


Compton analisou o recuo do elétron por meio da observação de sua
trajetória numa câmara de Wilson.
Como a energia total relativística do elétron é dada por
Ee02 = (Ke0 + me c 2 )2 = (pe0 c)2 + (me c 2 )2 , obtemos que:

Ke0 = Eγ − Eγ0
Ee0 = Ke0 + me c 2

Projetando a equação de conservação de momento na direção perpendicular à


direção de incidência do fóton, obtemos o ângulo de espalhamento do elétron:

pγ0
pγ sen(0◦ ) = pγ0 senθ − pe0 senφ =⇒ senφ = 0 senθ
pe
 0


φ = arcsen senθ
pe0

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Primeiro pico explicado

Espalhamento do fótom com e − muito ligados


Para os elétrons mais ligados num material, a energia de ligação pode chegar
a dezenas de keV s.
Nesse caso, o elétron atingido pelo fóton não pode ser considerado como
livre, e é o átomo que recua para absorver o momentum transferido pelo
fóton em sua mudança de direção.
Substituindo-se me na fórmula pela massa do átomo (mp ≈ mn ∼ 2000me )
obtém-se um deslocamento de comprimento de onda inobservável.
h h
λ0 − λ = (1 − cos θ) ≈ (1 − cos θ)
mat c (Zmp + Nmn )c
λe
∆λ ≈ (1 − cos θ) , A = Z + N
2000 A
Nesse caso a interpretação quântica do espalhamento leva ao mesmo
resultado que a teoria clássica: λ = λ0 .

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Distribuições de probabilidades quânticas


Satyandranath Bose
Bose (1924) derivou qual a função de distribuição de probabilidade associada
a fótons que substituiria aquela clássica de Maxwell-Boltzmann.
Foi o primeiro a admitir que os fótons têm momento e que os mesmos seriam
indistinguíveis (veremos o porquê mais adiante).
A distribuição quântica para fótons (na verdade para qualquer partícula de
spin inteiro, atualmente denominados de bósons) tem a forma:

1 1 −E /kT
fBE (E ) = , comparado com fMB (E ) = e
N e E /kT − 1 N
Esta distribuição é denominada de distribuição de Bose-Einstein (Nγ = 1).
S. Bose, A lei de Planck e a hipótese dos quanta de luz (tradução para
português), Zeitschrift für Physik 26, 178 (1924).
S.R. Dahmen, Bose e Einstein: do nascimento da estatística quântica à
condensação sem interação I e II, Rev. Bras. Ens. Fis. 27(2), 271-298
(2005).
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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Produção de raios X
Radiação de freamento - Bremsstrahlung
Raios X podem ser produzidos num tubo de raios catódicos, aplicando-se
uma alta voltagem, dezenas de keV , entre o anodo e o catodo.
Os raios X são produzidos pelos impactos dos elétrons sobre um alvo.
O espectro produzido apresenta um contínuo, assim como linhas para
comprimentos de onda bem definidos (picos).
Ao serem freados pela matéria, os e − ´s perdem energia e produzem radiação,
denominada radiação de freamento ou de Bremsstrahlung, responsável pela
parte contínua do espectro.

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Produção de raios X

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Modelo de Compton para espalhamento de raios X

Einstein e o corte em λmin no espectro contínuo


Comprimento de onda mínimo de raio X
O espectro contínuo se estende apenas até um certo valor mínimo λmin do
comprimento de onda, que depende da voltagem V aplicada ao tubo.
Na teoria de Einstein essa radiação é constituída de fótons e λmin corresponde
ao caso no qual toda a energia adquirida pelo elétron ao atravessar a
diferença de potencial V é perdida na emissão de um único fóton.
Isso fornece a maior freqüência possível νmax para o fóton de raio X ,
c hc
Eγmax = hνmax = Keraio cat. = e × V =⇒ λmin = =
νmax e·V
(6, 63 × 10−34 J.s)(3, 0 × 108 m/s) 1, 24 × 103 Volts
λmin = ≈ nm
(1, 60 × 10−19 C ) · V V

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Exercicios

1 Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

2 Modelo de Compton para espalhamento de raios X

3 Exercicios

4 Espectros de radiação

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Exercicios

Exercicios de fixação
Exercicio 1:
Suponha que, no espalhamento de raios X por um ângulo de 90◦ , seja
observado um aumento de comprimento de onda de 20% . Quais os valores
dos comprimentos de onda do raio incidente e do raio espalhado?
Quais são os valores numéricos das energias inicial e final do fóton?

Neste caso, como cos(90◦ ) = 0, temos que :

(λ0 − λ) = 0, 2λ = λe =⇒ λ = 5λe e λ0 = 6λe


λ = 5(2, 426 pm) = 12, 1 pm e λ0 = 6(2, 426 pm) = 14, 6 pm

Lembrando que λe = hc/me c 2 e que me c 2 = 511 keV , temos:

hc hc me c 2 511 keV
Eγ = = = = = 102, 2 keV
λ 5λe 5 5
hc hc me c 2 511 keV
Eγ0 = 0
= = = = 85, 2 keV
λ 6λe 6 6
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Exercicios

Exercicios de fixação
Exercicio 2:
Qual a energia cinética e a energia total relativística adquirida pelo elétron ao
ser atingido pelo fóton?
Qual a direção na qual o elétron recua, ou seja, o ângulo φ?

A cinemática do elétron espalhado é dada por :


me c 2
Ke0 = Eγ − Eγ0 = (102, 2 keV − 85, 2 keV ) =
= 17, 0 keV
30
31
Ee0 = Ke0 + me c 2 = 17, 0 keV + 511 keV = me c 2 = 528, 0 keV
30
O ângulo de espalhamento é dado por:
me c 2
pγ0 ◦
pγ0 c Eγ0 6
arg = sen(90 ) = = = rh
pe0 pe0 c
p
Ee0 2 − (me c 2 )2
i
31 2

30 − 1 (me c 2 )2
me c 2
30
= q 6
= √ ≈ 0, 64 =⇒ φ = arcsen(arg) ≈ 0, 69 rad = 39, 8◦
61 2 6 61
302 me c
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Exercicios

Exercicios de fixação
Exercicio 3:
Observa-se que os raios X espalhados por um ângulo de 60◦ em relação à direção
do feixe incidente possuem um comprimento de onda de 0,115 Å.
Qual é o comprimento de onda da radiação incidente?
Qual é a energia cinética final do elétron envolvido no espalhamento?
Qual é a direção de recuo do elétron atingido? Especifique essa direção pelo
ângulo entre o momentum final do elétron e a direção do feixe incidente.

Fóton incidente tem comprimento de onda:


λ = λ0 − λe (1 − cos θ) = (0, 115 Å) − (2, 426 × 10−2 Å)(1 − cos 60◦ ) = 0, 103 Å
Energia cinética final do elétron (com λe = hc/me c 2 ):
hc(λ0 − λ) λe (λ0 − λ)
Ke0 = Eγ − Eγ0 = = me c 2
λλ0 λλ0
(2, 426 × 10−2 Å)(0, 115 − 0, 103)Å
= (511 keV ) ≈ 12.56 keV
0, 115 × 0, 103 Å2
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Exercicios

Exercicios de fixação
Podemos agora, finalmente, calcular o ângulo de espalhamento do elétron:
!
Eγ0
φ = arcsen p senθ
Ee02 − (me c 2 )2
hc λe
Eγ0 = 0
= 0 me c 2
v" λ
λ
#
u 
u λe (λ0 − λ) 2
p
Ee02 − (me c 2 )2 = t + 1 − 1 (me c 2 )
λλ0

Onde utilizamos o fato que Ee0 = Ke0 + me c 2 . Finalmente, obtemos após fatorar
λe /λ0 no denominador:

  (λ0 − λ) 2 2λ0 (λ0 − λ) −1/2 √3 


" # 

φ = arcsen + ≈ 0, 96 rad = 55◦


 λ λe λ 2 

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Exercicios

Exercicios de fixação

Exercicio 4:
Nos tubos de raios X utilizados por dentistas, a voltagem é tipicamente da
ordem de 100 kV . Qual o comprimento de onda mínimo dos raios
produzidos?
Os elétrons acelerados no tubo catódico mais energéticos darão origem aos raios
X de maior energias (e frequencias). Estes terão os menores comprimentos de
onda, λmin :

1, 24 × 103 Volts 1, 24 × 103 V


λmin = nm = = 1, 24 × 10−2 nm = 0, 124 Å
V 100 × 103 V

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Espectros de radiação

1 Resumo sobre os experimentos de Compton (1923)

2 Modelo de Compton para espalhamento de raios X

3 Exercicios

4 Espectros de radiação

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Espectros de radiação

Espectros de radiação
Emissão e absorção – espectros de linhas

Um material aquecido ou excitado (por uma descarga elétrica), emite


radiação eletromagnética. Um material sobre o qual incide radiação em geral
absorve parte dessa radiação.
Para um dado material em determinadas condições (estado gasoso ou
condensado, temperatura etc.), a intensidade de radiação emitida ou
absorvida apresenta uma variação característica com o comprimento de onda,
λ: constituindo o espectro de emissão ou absorção do material.
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Espectros de radiação

Espectro de emissão e absorção


Linhas de emissão e absorção
Um espectro pode ser estudado separando-se a radiação em componentes
conforme seus comprimentos de onda.
Pode ser realizada com a ajuda de um prisma ou, com mais precisão, de uma
rede de difração. Um dispositivo experimental de leitura do espectro é
chamado espectrômetro.
Focaremos agora na parte discreta do espectro, constituída de linhas de
emissão ou absorção que correspondem a valores bem definidos de λ.
Linhas de emissão aparecem num espectro como particularmente claras –
picos na intensidade da radiação.
Linhas de absorção são escuras – cortes estreitos na distribuição de
intensidade.
Estas linhas são características dos átomos do material, e seu estudo fornece
informações valiosas sobre a estrutura desses átomos.
Uma propriedade importante é que o espectro de linhas de absorção de um
dado material é idêntico a seu espectro de linhas de emissão.
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Espectros de radiação

Linhas espectrais - hidrogênio gasoso

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Espectros de radiação

O espectro do átomo de hidrogênio


Espectro do hidrogênio

Os espectros de linhas dos elementos foram estudados sistematicamente a


partir das últimas décadas do século XIX.
Foi verificado que as linhas tendem a se agrupar em séries.
As linhas numa dada série tendem a se aproximar cada vez mais quando o
comprimento de onda diminui, tendendo para um determinado valor λlim ,
chamado limite da série.
Para o hidrogênio uma primeira série foi identificada na parte visível do
espectro em 1885 por Balmer.
Subseqüentemente, outras séries foram identificadas, uma no ultravioleta por
Lyman e outra no infravermelho por Paschen.
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Espectros de radiação

Séries de Lyman e Balmer

Figure: Série de Lyman

Figure: Série de Balman


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Espectros de radiação

Fórmula de Rydberg para o hidrogênio


Lei empírica para as séries do espectro
Uma fórmula empírica que descreve com precisão as séries foi estabelecida
por Rydberg e Ritz (1888).
Uma linha é especificada por dois números inteiros.
O primeiro m, que pode tomar os valores m = 1, m = 2, m = 3 ..., especifica
a série à qual a linha pertence.
O segundo, n , que pode tomar os valores n = m + 1, n = m + 2 , n = m + 3
..., especifica uma linha dentro da série.
O comprimento de onda da linha (m, n) é dado por:
 
1 1 1
=R − 2
λmn m2 n

A constante de Rydberg tem a valor empírico: R = 1, 097 × 107 m−1 .


Qualquer comprimento de onda será dado por uma fração racional
multiplicando o inverso da constante de Rydberg, R −1 = 91, 2 nm.
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Espectros de radiação

Próxima aula: Teoria atômica de Bohr

Leituras sugeridas:
F.A.G. Parente, A.C.F. dos Santos, A.C. Tort, Os 100 anos do átomo de
Bohr, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 4, 4301 (2013).
F.A.G. Parente, A.C.F. dos Santos, A.C. Tort, O átomo de Bohr no Ensino
Médio, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 36, n. 1, 1601 (2014).
Luiz O.Q. Peduzzi e Andreza C. Basso Para o ensino do átomo de Bohr no
nível médio, Revista Brasileira de Ensino de F´ısica, v. 27, n. 4, p. 545 -
557, (2005).
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