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Primeira sessão:

- (Diretor) Ei crianças, vocês sabem por que estão aqui? Não? Então deixa que eu
conto pra vocês. Há muito tempo atrás, a tensão entre Xamãs e Maldições crescia de
maneira exorbitante no Japão. A disputa pelo poder e domínio da feitiçaria entre as
grandes família era constante, e grandes guerras foram travadas entre elas a fim de
se obter o monopólio do poder Jujutsu, a família que ganhasse esse disputa teria,
em suas mãos, o poder majoritário de escolha em todas as decisões das escolas e
instituições do tipo. Porém, como sempre, a guerra só trouxe desgraça àqueles que
nela estavam, causando diversas mortes de feiticeiros fortes e fracos, esgotando
cada vez mais o número de pessoas capazes de lidar com o objetivo principal:
Proteger o mundo das maldições. Com isso, as maldições ficaram cada vez mais livres
para atuar como queriam, pois não haviam tantos feiticeiros como antes para lidar
com elas, ocasionando num desequilíbrio na balança do mundo e instaurando o
completo caos no Japão. Diante desse horror, surge uma maldição ímpar, o seu nome?
Amon. Essa foi a maldição selecionada pela própria natureza para reinar sobre todas
as outras por ali, ela predominou sobre toda a disputa e, com o seu poder,
aniquilou todos os Xamãs mais fortes do Japão, um por um. Sem escolha, as famílias
decidiram migrar do Japão a outro país, a fim de se proteger daquele ser que, a
cada dia, ficava mais e mais forte. Antes de sair, o restante dos feiticeiros
conhecidos deixaram o orgulho de suas linhagens de lado e, juntos, selaram o Japão
em uma forte barreira que inibe quaisquer maldições de ultrapassá-la, e então
deixaram o país se auto-destruir por dentro. Elas se espalharam por todo o mundo,
mas o principal país escolhido foi aqui, o Brasil. Pois havia uma forte influência
da cultura Japonesa em algumas regiões e, por ser um país com uma geografia
"pacífica", não precisamos nos preocupar com a fúria da natureza. Trinta e cinco
anos depois, aqui estamos, na escola de Jujutsu de São Paulo, e vocês 4/5 são os
nossos mais novos feiticeiros, que serão os reponsáveis por, depois de muitos anos,
reerguer o Japão, e tomar de volta o nosso antigo país, e acabaremos com o Amon de
uma vez por todas!

* E então, o idoso senhor para de falar, logo pegando um copo de água e dando
alguns goles, para hidratar a sua garganta, que já falhava pela sua idade. Ele era
o diretor da escola e um dos membros do alto escalão de feiticeiros do Brasil. Seu
nome era Ricardo Ohara, ele nasceu no Japão, e se mudou ao Brasil durante o período
citado. Vocês 4/5 estão no auditório da escola, uma sala marrom com diversas
cadeiras que apontavam para um palco, que estava na frente da sala. No palco estava
o Diretor e seus dois assistentes, um jovem de cabelos loiros claros e olhos azuis
e um homem negro extremamente alto e bombada, ambos trajados como seguranças. Nas
cadeiras estavam vocês 4/5 em diferentes cantos e um cara mais velho usando roupas
normais sentado nas cadeiras da frente, sua postura relaxada mostrava que ele não
era novo por lá. O Diretor, então, volta a falar com vocês.

- (Diretor) Agora é a vez de vocês, venham um por um aqui na frente e se apresentem


aos seus colegas.

* Após os players se apresentarem, o Diretor faz uma cara feia, como se não
gostasse do que iria dizer, mas prossegue.

- (Diretor) E agora é a vez daquele que ficará encarregado de mentorear vocês nesse
trajeto. Venha, Jair.

* O homem, então, se levanta do seu assento e vai até o auditório com um sorriso
debochado no rosto. O Diretor o olha com os olhos cerrados, e então o observa
falar.

- (Bolsonaro) Bom dia a todos aqui presentes. Me chamo Jair Messias Bolsonaro e
serei o instrutor de vocês enquanto alunos na escola de Jujutsu de São Paulo.
Juntos iremos desenvolver as suas habilidades, treinar o domínio de suas energias e
aprimorar o combate de vocês. Vocês não são a minha primeira turma, então eu posso
dizer com propriedade que todos parecem ser promissores. Quando o Senhor Ricardo
encerrar, irei levá-los a uma missão de avaliação primeiro, onde irei avaliar o
desempenho e capacidades de cada um, e poder fazer um treinamento mais particular
com cada um posteriormente. É um prazer tê-los como meus alunos, espero que
consigamos nos lidar bem juntos.

* Bolsonaro se retira do palco e estende a mão ao Diretor, a fim de se despedir,


mas é ignorado pelo mesmo, que sai junto de seus seguranças pela saída do local.
Após isso, ele sai também, e chama vocês para acompanhá-lo.

- (Bolsonaro) Vocês têm alguma experiência com maldições ou algo do tipo?

* Player respondem

- (Bolsonaro) Ótimo, hoje terão outra. Irei levá-los comigo a um lugar especial,
onde moradores locais relatam haver um "Ser malígno" aterrorizando as pessoas, e
elas estão com medo de chegar perto do local por isso. Rezam as lendas que algumas
pessoas morreram por lá, e as almas delas estão presas por lá. Enfim, vamos lá ver
o que houve. Me sigam.

* Bolsonaro leva vocês ao estacionamento da escola, onde vocês avistam uma Kombi
velha lá dentro. A Kombi era da cor azul, com algumas gravuras verdes a cobrindo e
desenhos de flores estampados. Na lateral da Kombi havia escrito em laranja "The
Mystery Machine". Ao se aproximarem, notam haver muita fumaça lá dentro, além do
forte odor. Bolsonaro fica vermelho de raiva, e vai frustrado até a porta do
motorista. Ao chegar, bate forte na porta do carro, enquanto grita para o mesmo
abrir. Nada acontece.

- (Bolsonaro) MACONHEIRO DES-GRA-ÇA-DO. ABRE ESSA PORTA LOGO.

* Em um pico de raiva, bolsonaro chuta a lataria do carro com tanta força que
amassa a porta. Após alguns segundos, a janela do carro se abre, e a fumaça sai
inteiramente para fora, causando um forte cheiro de Cannabis por todo o lugar.
Dentro do carro havia um jovem de cabelos marrom-claro e uma barbixa falhada. Ele
usava uma camisa verde acompanhada de uma calça vinho, enquanto segurava um Beck.
Ao seu lado, havia o seu melhor amigo, um cachorro Extremamente grande e marrom,
com uma coleira azul em seu pescoço. Os dois estavam com os olhos caídos e
extremamente vermelhos

- (Bolsonaro) SALSICHA SEU DROGADO, EU VOU REPORTAR ISSO AOS SUPERIORES AINDA HOJE,
VOCÊ VAI VER SÓ O QUE VAI ACONTECER COM O SEU EMPREGO.

- (Salsicha) C-Calma seu Jair, era só um pa apaziguar a mente.

- (Bolsonaro) Só um o quê? Você fumou mais hoje do que a minha avó em toda a vida,
seu maconheiro.

- (Salsicha) Me desculpe, seu Jair. Eu juro que isso nunca mais vai se repetir...
E-Esses são os meninos?

- (Bolsonaro) Isso mesmo, eles são jovens promissores assim como um dia você foi
antes de cair nas drogas, agora trate de levá-los ao lugar da missão antes que eu
quebre a sua cara.

- (Salsicha) T-Tudo bem sinhô. Vamos, entrem logo no carro que a gente precisa
terminar essa missão hoje.

* Salsicha vai até a mala do carro e a abre, dando acesso aos jovens à van. Dentro
dela, haviam diversos registros de maldições vistas por toda São Paulo. Além das
maldições, o cachorro estava sentado encarando os jovens.

- (Salsicha) Esse aqui é o Scooby, o meu melhor amigo. Ele está comigo desde que eu
me conheço como gente, e sempre fizemos todas as nossas missões juntos. Podem
entrar, ele é bem amigável com as pessoas.

* Os Players entram na van. Salsicha volta pra cadeira de motorista e dá partida no


carro, que começa a tremer muito forte e soltar muita fumaça escura dos canos. A
música do rádio começa a tocar extremamente alta, é um Raggae dos bom.

- (Bolsonaro) Vão lá, garotos. Salsicha, só os guie até lá. Mesmo que precisem, não
interfira, deixe a seleção natural fazer o seu trabalho.

- (Salsicha) É pra já senhor Jair. SEBO NAS CANELAS, SCOOBY!

* A vã acelera em alta velocidade, indo até o lugar da missão. Os Players se batem


em todos os cantos da Van, por não haver cinto de segurança.

- (Salsicha) E então, o que vocês vieram fazer na escola de Jujutsu?

* Desenvolve-se a conversa entre Salsicha e os Players.

- (Salsicha) Entendi, mas mesmo assim preciso dizer algo. Se quiserem sair, saiam
agora. A Escola não irá atrás de vocês nem nada, eles não tão nem aí pra vocês, na
verdade. Eu fui aluno do senhor Jair há muitos anos. Fui da primeira turma dele, na
verdade. Ele sempre teve muita animação com isso, ele de fato se preocupa com cada
aluno dele, mas há vezes que ele não pode fazer nada. Dos quatro primeiros alunos,
apenas eu estou aqui. Dos outros quatro, apenas um sobreviveu de novo, o Henrique.
Da última turma que ele teve antes de vocês, todos os alunos morreram, sem exceção.
Ele as vezes se sente culpado por isso, mesmo que não tenha culpa nenhuma. Por
favor, se quiserem continuar, tenham em mente que podem morrer a todo instante.
Vocês estão cientes disso?

* A conversa continua entre eles, até que, ao anoitecer, a Van chega no local. Ao
descerem, os jovens veem uma espécie de rua totalmente estreita e mal-acabada.
Pelas paredes é notável as pichações representando facções criminosas e nomes de
drogas espalhadas. Ali era uma boca de fumo abandonada, que dava direção à uma
pequena comunidade abandonada. Era o antigo ponto de drogas da região.

- (Salsicha) Tudo bem então, podem descer. O que ele me passou antes disso foi que
vocês precisam entrar lá e exorcisar as maldições. Vocês têm alguma informação que
possa ajudar?

* Os players devem rodar um dado em inteligência. Caso tenham sucesso, receberão


informações do ocorrido.

[Dado Bem-Sucedido]

* O player que conseguiu lembra de um noticiário na TV que dizia que, há muitos


anos atrás, o local era uma boca de fumo extremamente frequentada na área. Ela era
o principal ponto de drogas da região, e frequentemente disputada por traficantes
de diferentes facções. Apesar disso, muitas pessoas moravam por lá, pois era uma
comunidade subsidiada pelo tráfico, mas tinham várias pessoas inocentes sem relação
com nenhum crime. Certa vez, duas facções rivais disputaram pela boca de fumo, mas
o conflito foi diferente dos outros. Não houve registro de tiros naquela madrugada,
apenas foram encontrados os corpos de pessoas por todos os lados. Todos os corpos
estavam corroídos e mastigados em algumas partes. Era notória as marcas de roedura,
como se todos tivessem sido mortos por ratos. Por falta de evidências que levassem
a uma conclusão do caso, o mesmo foi fechado e arquivado pela polícia de São Paulo.

- (Salsicha) Cruzes, eu não gosto nem de lembrar disso. Já vim muito aqui
comprar... VISITAR, visitar um amigo meu. Foi uma verdadeira tragédia... Enfim,
tenho que ir agora. Quando acabarem, liguem para mim, anotem aí o meu número.

* Salsicha passa o número aos players, que anotam em seus celulares.

- (Salsicha) Certo pessoal, boa sorte aí. E por favor, não morram.

* Salsicha arrasta o carro.

* Os players estão na entrada da comunidade, missão iniciada.

Ambiente: Ao redor, é possível notar uma favela comum. O cheiro de terra molhada é
forte e se mistura com o odor do enorme esgoto aberto próximo da região. O som dos
grilos e o soprar do vento são as únicas coisas audíveis. Há diversas casas
conectadas em volta da região, todas elas fazendo parte da cena do crime, entre
algumas delas há dois becos que dão entrada a becos ainda mais profundos, como um
labirinto. Há também uma praça à vista, ela é consideravelmente grande, com árvores
em seu interior e uma grande quantidade de mato alto, que inibe a visão do centro,
há também bancos e caminhos que interligam o centro aos arredores.

! Em caso de perícia, o Player pode sentir cheiros e sons vindos de lugares


específicos (Os citados). Os cheiros são de carne podre e os sons de grunhidos,
todos parecem vir de um dos becos. Da praça é possível ouvir sons de alguma coisa
que lembra o choro de uma mulher. Ao terminar a perícia, os players percebem que
alguns ratos passam por perto deles, enquanto outros passam de longe, mas longo
entram nos esgotos.

[Caminho da Praça]

* Ao adentrar a praça, os players seguem os sons de choro. Ao longo do caminho, se


deparam com tripas e outros órgãos espalhados, fazendo uma espécie de caminho de
sangue que seguia ao interior da praça. Ao chegarem lá, os sons de choro ficam cada
vez mais altos, até que, quando chegam no final da trilha, param. Ao Usarem a
perícia de novo, eles notam uma mulher em posição fetal no chão. Ao falarem com
ela, ela começa a rir, e olha pra eles. A mulher é uma maldição humanóide alta e de
pele branca. Está vestindo apenas um sutiã e calcinha, enquanto as suas unhas são
enormes e capazes de cortar o concreto ao redor. O confronto com ela começa.

- (A Bruxa) OLHA SÓ, VISITANTES! VOU MATÁ-LOS ANTES QUE INCOMODEM O NOSSO SENHOR.

[Caminho dos Becos 1]

* Ao entrarem nos becos, os jovens se separam em dois times, que seguem caminhos
diferentes dos becos. O caminho mais perto segue até a parte onde era a boca de
fumo, e então o cheiro das drogas começa a ficar cada vez mais forte. Enquanto
andam, veem um rapaz parado olhando na direção deles. O homem aparentava ter uns 40
anos de idade, mas estava com o corpo totalmente acabado. Era claramente um usuário
de drogas.

- (Drogado) O-O que vocês estão fazendo aqui?

*Players*

- (Drogado) V-VÃO EMBORA, O SENHOR NÃO GOSTA DE VISITANTES. VÃO! SAIAM DAQUI!

* O homem começa a rosnar pros players, enquanto joga lixo nos mesmos. Após isso,
ele começa a gritar e libera a sua energia amaldiçoada. Ele é um drogado que, no
convívio com as maldições, se tornou um Xamã corrompido.

- (Drogado) MORRAM PELO MESTRE, INSOLENTES.

*Luta com o Drogado começa*

[Após as lutas]

* Os players enfrentam problemas em enfrentar os dois oponentes.

* O ambiente inteiro da comunidade se escurece ainda mais. Vocês não fazem o que
está acontecendo, pois além da escuridão, ratos aparecem em volta de toda a região,
até que todo o chão do local desaba e leva vocês a um grande esgoto, sujo e
molhado. O forte odor daquele lugar toma conta do nariz de voz, e por todos os
cantos que vocês tocam ou olham, a situação é repugnantes. Há todo o tipo de coisa
por lá, restos, dejetos e até mesmo o cadáver de pessoas e animais. De repente,
vocês percebem que os dois oponentes na frente de vocês desaparecem em um instante,
dando lugar à escuridão de uma enorme rede de esgotos. Cada um de vocês percebe,
também, que estão sozinhos, sem os seus companheiros por perto. Achem logo uma
maneira de sair desse local, pois o pressentimento de que algo ruim irá acontecer
toma conta da mente de vocês.*

*Players começam a andar e investigar o local.*

[Caso rodem perícia, podem notar ratos os observando e seguindo por caminhos
específicos, como se os guiassem.]

*Ao terminarem de seguir os ratos, os players percebem que chegaram todos ao mesmo
local: O centro do esgoto, um lugar escuro, com várias entradas, por onde cada
player chegou. O único som que predomina no local são os de pisadas e grunhidos de
ratos que por lá circulam. Ao entrarem, percebem que o chão do local possui uma
água verde escura de 30 cm de altura, cobrindo dos pés até parte da perna de vocês.
Lá habita uma figura negra deformada e lúgubre. É um homem usando uma roupa preta,
assim como um médico da peste. Seu corpo é alto, o suficiente para atingir 2 metros
e meio de altura, magro, com uma postura elegante e uma aura enigmática. A sua
principal característica encontra-se em sua cabeça: Uma máscara negra com bico de
corvo, feita de couro preto. Seus olhos são cobertos por lentes escuras e sem
brilho. Algo assustador também é notória em si: Da sua barriga sai um estranho
líquido negro, que parece vazar cada vez mais e mais. O líquido se esvai de seu
corpo e logo dá forma a diversos ratos, que perambulam pelo local.*

- (Doctor) Então... Vocês chegaram. Eu sabia que era só questão de tempo para que
os feiticeiros viessem investigar isso. Vamos, sejam educados, como se chamam?

*Os Players se apresentam.*

- (Doctor) Oh, entendi. É uma honra me deparar convosco. Eu me chamo Doctor e sou
alguém de natureza singular. As pessoas tendem a temer minha presença, porém, na
verdade, sou tão inescapável quanto o próprio nascimento, estais cientes disso?

*A conversa continua. O Doctor forma, a partir de seus ratos, cadeiras o suficiente


para si mesmo e os players se sentarem, em volta de uma mesa redonda. Ele, então,
se senta e, à frente do assento de cada um, surge uma xícara de chá, cheias de um
líquido amarelo e fedido que não é possível identificar, mas lembra urina.*

- (Doctor) Certo, deixe que eu explique melhor. Sou também conhecido como Peste,
Rato, como quiserem me chamar. Eu sou a personificação do terror que assombra a
humanidade perante a doença, e aprecio a maneira como os ratos desempenham esse
papel. O ser humano vive em constante apreensão de minha presença, temendo a
enfermidade e, consequentemente, a morte. E eu compreendo tal temor, pois a morte é
tão natural quanto qualquer outro evento da vida, e a doença se apresenta como o
Caronte dos enfermos.

*Doctor faz um jesto aos players, como se solicitasse que se sentassem.*

[Caso alguém se recuse]

*Os players que se recusaram logo são puxados para dentro daquela água suja, e nada
mais se ouve deles.*

- (Doctor) Desculpe pelo incoveniente. Não se preocupem, eles estão bem. Tomem um
pouco do chá e vamos conversar um pouco. Quem mandou vocês aqui? Pelo jeito que
entraram e investigaram, são novatos, e estão sob avaliação dos instrutores, certo?

*Os players respondem, mas independentemente do que digam.*

- (Doctor) Certo, entendi. Não queria fazer isso, mas infelizmente tenho que fazê-
lo... Preciso de outros ratos para os meus testes medicinais, e vocês são as
cobaias perfeitas. O corpo de vocês, Xamãs, funciona de um jeito um tanto especial,
não? Deixe-me dar uma olhada.

[Inicia-se o duelo]

*Os players lutam com Doctor até que o HP de todo mundo se esgote. Ao chegar em
zero, todos eles acabam desmaiando. Além do dano de sua técnica, os players
contraem uma certa doença que os danifica a cada momento.*

- (Doctor) Não se preocupem, senhores. Vocês poderão descansar em paz agora...

*Os players continuam, e logo começa o embate, terminando do mesmo jeito que
antes.*

[Fim dos duelos]

*Um grande silêncio paira sobre o local, o player (Qualquer um), com muita
dificuldade, abre os olhos. Você sente o seu corpo extremamente frágil e fadigado,
sentindo como se algo cobrisse o seu corpo e deixasse cada vez mais difícil de
respirar, enquanto está amarrado às paredes do local. Ao abrir os olhos por
completo e retomar a consciência, nota que a água do local, que alcançava apenas os
seus pés, agora cobria a sua cintura, e aumentava conforme o tempo. Cada um de
vocês desperta. Vocês também percebem que, em suas barrigas, uma cicatriz negra
seguida de marcas cobre a região, como se estivessem drenando algo de lá. Podem
rodar os dados pra tentar sair. *

[Os players rodam 2dFORÇA pra tentar soltar as correntes, o player que tirar 12 pra
cima consegue se soltar, enquanto os demais, não. Ainda assim, a água continua
subindo.]

*Os players podem fazer o que quiser até conseguirem sair. Devem rodar um dado em
percepção para conseguir achar uma saída.*

[Rodam 2dPERCEPÇÃO, caso o resultado seja >8, veem uma saída do local. A água,
nesse momento, atinge o pescoço de alguns, os mais baixos.]

*Ao analisar bem o lugar, você avista que, em um dos cantos da sala, há um alçapão
pequeno, mas que aparenta estar trancado. A água cobre o rosto dos players menores.
É possível rodar um dado para força pra tentar abrir o alçapão.*
[Rodam 4dFORÇA para abrir o alçapão trancado, cada dado é um chute dado. Para abrí-
lo, é necessário tirar 18 ou mais. A água cobre todo o corpo do Player mais alto e
os players menores começam a perdar a consciência.]

*Ao abrir o alçapão, vocês se deparam com um enorme túnel a qual ele levava. No
fundo dele, há uma luz, que possivelmente indicava o caminho para fora, mas já era
tarde demais para isso. Todos vocês, cobertos pela água, começam a perder a
consciência, e então refletem sobre isso tudo. "De fato vale a pena passar por tudo
isso? É isso que vocês querem para a vida de vocês?", cada um se pergunta, enquanto
todo o fôlego de seus corpos se esvai, a visão começa a cair, está ficando tudo
escuro e mórbido, mas ao mesmo tempo calmo. De fato ele tinha razão, a morte chega
para todo mundo. Seria aquele o fim de vocês? Enquanto vocês só esperam pela morte,
sem mais forças para lutar, do nada um grande tremor surge e a água do local começa
a se movimentar. Vocês rodopiam por toda a sala, se chocando com todos os players e
objetos dentro deles, até que um buraco se forma em uma das paredes, que se abre e
solta toda a água, empurrando vocês para fora daquele lugar e deixando-os jogados
no chão de um terreno baldio. Duas figuras se formam em suas frentes. No começo, é
tudo embaçado, mas conforme recuperam suas forças, percebem um rosto familiar em
uma delas.

- (Salsicha) Cruzes, vocês estão horríveis, o que foi que aconteceu por aqui?

* Salsicha salvara vocês da situação. Ao lado dele, um jovem de cabelos pretos e


num corte de "tijela" olhava para baixo, como se estivesse tímido. Salsicha, então,
dá um tapinha nas costas do menino.*

(Salsicha) Então, quero apresentar vocês ao Mob. O Mob é um aluno do terceiro ano
da Escola de JuJutsu que veio lá de Sergipe estudar, e é um verdadeiro prodígio.
Ele entrou oficialmente para o mundo dos feiticeiros com apenas 11 anos, mas já
manifestava os seus poderes desde os 4, e hoje já está no ano de sua graduação.
Apesar de não parecer, ele é BEM forte, então podem contar com ele pro que
precisar.

*Os players interagem com o Mob. A interação é interrompida quando todos eles
começam a sentir um forte aperno na cicatriz de seus corpos, como se alguma coisa
estivesse os espetando de dentro para fora. Calafrios surgem de seus corpos, e logo
sentem algo vindo atrás deles. Ao olharem para trás, todos duas maldições vindo
lentamente em suas direções, eram as duas maldições que haviam enfrentado antes.
Junto delas, uma terceira figura os segue, eram dois ratos pequenos, mas
extremamente musculosos que os acompanhavam. *

- (Salsicha) Acho que agora as coisas começam a fazer um pouco mais de sentido.
Vamos, garotos, mãos à obra!

*De repente, surge atrás de Salsicha o seu cachorro, Scooby. Scooby rosna para as
maldições, enquanto seus ferozes dentes escorrem um amontoado de baba. O cachorro
fica na frente do salsicha, pronto para o combate.*

*Duelo se inicia. Dois players cuidam do primeiro rato, e os outros dois cuidam do
segundo. Mob cuida do drogado, enquanto Salsicha e Scooby cuidam da bruxa.*

*No final do duelo, todas as maldições são derrotadas.*

- (Salsicha) De fato, essas maldições eram fortes demais para vocês, trabalho
finalizado, matamos todas as maldições.

*Os players contam do Doctor para o Salsicha.*


- (Salsicha) Uma maldição capaz de controlar ratos e doenças? Isso não me parece
muito bom. Onde ela está?

*Os players não sabem o informar direito. Salsicha pede para que Scooby fareje a
maldição, mas o mesmo não consegue.*

- (Salsicha) Se usarmos a lógica, ele poderia ser qualquer um dos ratos da região,
e pelas condições daqui, ele pode estar em qualquer lugar agora. Não adianta perder
tempo procurando ele, vamos voltar para a escola e reportar o ocorrido ao seu Jair.
Eu vou levar uma bronca por ter deixado uma maldição como essas fugir, mas é melhor
do que deixar passar. Vamos, entrem no carro.

*Vocês entram no carro, que logo dá partida e segue de volta à escola. Ao chegar
lá, todos estão fedendo por conta das condições de duelo às quais estavam. Vocês 5
acompanham Salsicha até a sala de Bolsonaro, que está por lá. Ao se aproximarem,
ouvem a voz do mesmo brigando com alguém, que parece discutir com uma mulher.*

- (Bolsonaro) Dá que eu te dou outra, dá que eu te dou outra. Você me chamou de


conspiracionista, comunista safada.

* A mulher, zangada, abre a porta da sala e de lá sai. Seu corpo era igual ao de
uma mulher madura, mas o seu rosto se assemelhava com uma adolescente. Possuía
cabelos ruivos que iam até os seus ombros.*

- (Raluca) Maxista, homofóbico...

*Quando a mulher sai da sala, salsicha entra logo em seguida. O mesmo vê bolsonaro
sentado em sua cadeira, lendo alguns papéis e assinando outros. O mesmo olha para
vocês e fala.*

- (Bolsonaro) E aí meus jovens, o futuro dessa nação. Como foi a missão de vocês?
Capturaram alguns monstrinhos, hahahahaha.

- (Salsicha) Então, senhor. Em partes, eles conseguiram lidar muito bem com a
situação no começo. Eles enfrentaram uma maldição que aparentava ser de grau 2 e um
feiticeiro corrompido que parecia ser de grau 2 também. Todavia, aconteceu algo com
eles, me disseram que uma certa maldição, que se denominava como algo gerado a
partir de doenças, os atacou. Eu não consegui constar nada dela, uma vez que não
presenciei nada, mas não parece que era mais fraca que as outras duas, senhor. No
mínimo, daria a ela o grau 1.

- (Bolsonaro) Tá tudo bem se essa maldição escapo por agora, a gente captura ela
mais tarde. Você salvou a vida deles, eles poderão lidar com ela mais pra frente,
se sobreviverem até lá, hahahahahaha. Enfim, vão tomar um banho, logo iremos tratar
essas feridas aí.

- (Salsicha) Aliás, tem algo a mais. Veja, em suas barrigas há uma enorme marca de
algo que aconteceu com eles por lá. Parece que a maldição deixou isso neles.

*Bolsonaro arregala os seus olhos, como se estivesse espantado com o que visse. O
mesmo se levanta de sua cadeira e fala com urgência aos jovens*

- (Bolsonaro) Vão rápido ao banho tirar o máximo de impureza de seus corpos. Se


limpem ao máximo, e depois descartem o que usaram, entregaremos as suas fardas
ainda hoje. Quando terminarem, vão todos juntos à enfermaria, preciso que ela veja
o que houve com vocês. Salsicha, eu tive uns certos probleminhas aqui e ali com
ela, mas você pode ir lá ver com ela como tratar isso?

- (Salsicha) O que houve, seu Jair? É algo grave?


- (Bolsonaro) A maldição marcou eles. Essa aura... essa maldição não é nada fraca,
me surpreendo que tenham sobrevivido. Devemos tratar isso o quanto antes, eles
correm um sério risco de vida.

*Ao terminar de falar, todos os players vão ao banheiro de seus dormitórios, e


tomam banho. A ferida parece doer cada vez mais nos jovens. Ao saírem do banheiro,
todos estão vestidos aos seus modos no uniforme, e vão à enfermaria. Lá, avistam a
mesma mulher de mais cedo, enquanto Salsicha conversa com ela.*

- (Salsicha) Senhora Raluca, por favor, faça algo por eles. Eles precisam muito de
você.

- (Raluca) Meu expediente aqui acabou, salsicha. Não tenho tempo para ficar
cobrindo hora extra, muito menos numa madrugada como essa. Tenho que voltar para
casa e descansar, tenho muito trabalho amanhã.

- (Salsicha) Por favor, é tudo que eu lhe peço...

- (Raluca) Não é não, já me decidi.

*Raluca pega suas coisas em seu armário, e logo se apronta para sair. Ao dar as
costas ao Salsicha, a mesma olha para vocês, e um rosto de espanto surge em sua
cara. Boquiaberta com o que via, a mesma põe as suas coisas de volta em sua mesa, e
começa a arrumar tudo.*

- (Raluca) Isso... algo vem de vocês... algo muito ruim. Sentem-se já na maca, um
por um. Eu irei começar agora uma avaliação.

*Vocês a obedecem, e ela começa a avaliação. Após cerca de uma hora, ela conclui o
que precisava fazer.*

- (Raluca) Vocês... com quem andaram mexendo? Isso não é normal por aqui.

*Os players pedem mais informações.*

- (Raluca) Resumindo: Vocês enfrentaram uma maldição extremamente forte. Ela não
quis matar vocês, mas sim injetar algo em vocês. Graças à minha técnica de energia
amaldiçoada reversa, junto da minha técnica, pude disseminar a maior parte dos
ferimentos, doenças e infecções que contraíram, mas essa daí... é demais para mim.
É como se a própria energia amaldiçoada de vocês estivesse corrompida por ele...

- (Salsicha) Mas doutora, eles vão ficar bem?

- (Raluca) Olha... por enquanto sim. Consegui fazer com que os nervos de dor no
local se desligassem, então eles não vão sentir dor alguma nessa região. Mas parece
que, aos poucos, ela aumenta... Isso está fora do meu alcance como médica, mas se
eu pudesse fazer um chute... diria que não têm muito tempo de vida.

- (Salsicha) Como assim eles não têm muito tempo?

- (Raluca) Essa marca está tomando conta deles, e uma hora vai se apossar de todo o
corpo. Eu não dou mais do que seis meses de vida até que a marca se espalhe por
todo o corpo, e então eles morrem...

*Salsicha está com a cara pálida. Ele mal pode acreditar no que ouvira.*

- (Salsicha) Se eu... tivesse os ajudado antes... Eles poderiam estar bem. Merda,
merda, merda... É como o que aconteceu com o Fred, com a Daphine, Velma... todos
eles se foram. Eu poderia ter me arriscado para salvar esses novatos, mas fui
resolver outras coisas... tudo de novo...

*Raluca vai até o Salsicha, põe a mão em seu ombro e o tranquiliza da situação.*

- (Raluca) Não foi culpa sua... você estava cumprindo ordens...

*De repente, mob entra na sala. Mesmo tímido, ele se dirige até a médica e fala com
a mesma.*

- (Mob) D-Doutora... Desculpe incomodar, mas... Tem algum jeito de salvar eles?

*Um silêncio toma conta da sala por alguns segundos, mas logo é quebrado pela
mesma.*

- (Raluca) Bem, se eu pudesse dizer algo... Eu diria que, se tem alguém que poderia
remover essa marca, esse alguém é a própria maldição. Se vocês convencerem ela a
dar-lhes a cura, caso tenham, poderão sair vivos dessa.

*Todos escutam com atenção. Mesmo sem dizer uma palavra, eles entenderam o que ela
quis dizer com isso.*

*Fora da sala, Bolsonaro escutava toda a conversa desde o início. Após ouvir
aquilo, saiu silenciosamente do corredor, se dirigindo em direção ao último andar
do prédio, passando pelas escadas, em uma escola totalmente vazia e silenciosa. Ao
terminar de andar, adentrou em uma sala, a última do corretor mais longo do
terceiro andar. Nela, havia um jovem, um pouco mais novo que o Salsicha, mas
visivelmente mais velho que os players sentado em uma cadeira. Ele estava
resolvendo e bagunçando seu cubo mágico em pouquíssimos segundos. Sem nem trocarem
olhares, Bolsonaro vai fecha a porta e vai até a janela, que estava aberta e
soprara fortes ventos que ecoavam por todo o local.*

- (Bolsonaro) Agora eu entendi o que aconteceu com eles... Era tudo o que eu
precisava para agir.

*Os ventos soavam cada vez mais fortes no local.*

- (Bolsonaro) Isso não te lembra de mais nada, de como era tudo no passado? Ha,
eles são bem promissores, também.

*Ainda mais fortes, os ventos começavam a balançar os objetos pela sala, levantando
levemente as cortinas e cobertas de lá, o temporal lá fora estava forte.*

- (Bolsonaro) Eu não posso deixar nenhum aluno meu morrer mais... Não enquanto eu
estiver vivo. Não é mesmo, Henrique?

*Os ventos, então, cessam. Fim da sessão.*

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