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dom ingo, 12 de m arço de 2017 Legítima Defesa em Curso

Mortes indeterminadas e mais uso de armas de fogo


Legítima Defesa em C…
Fabricio Rebelo

Sem alarde, o DATASUS – banco de dados do Ministério da Saúde que compila os


registros de mortalidade no Brasil – divulgou os indicadores de óbitos por agressão
para o ano de 2015. São dados ainda preliminares, que devem sofrer pequenos ajustes
até o fechamento de seu cômputo, mas que já permitem a inferência da evolução da
Guia de desconstrução do
criminalidade letal no país. Os números nunca foram tão suspeitos, e mesmo assim desarmamento:
mostram que, mais uma vez, o percentual de mortes por armas de fogo aumentou,
quebrando mais um recorde.

De acordo com os registos oficiais preliminares, foram assassinadas no Brasil, em


2015, 56.212 pessoas. O número é 5,81% menor do que o de 2014, quando chegamos
ao recorde de homicídios, com 59.681 ocorrências. Essa possível redução, no entanto,
precisa ser vista com muita ressalva.

O primeiro fator que chama a atenção é o espantoso crescimento nos registros dos
chamados “Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada”, um dos rótulos utilizados
Articulando em Segurança:
no sistema. Em 2014, o total dessas mortes tinha somado 9.468 casos; já em 2015,
contrapontos ao
saltou para 14.225, um incremento de 50,2%, a maior variação já registrada nesse desarmamento civil
indicador, contrariando uma tendência de queda estabelecida desde 2012. Apenas (3ª Edição)

para se dimensionar o imenso desvio desse número, antes dele o máximo aumento
em tais registros tinha acontecido entre 2006 e 2007, quando o percentual foi de
Curso em Parceria (Burke)
24,27% - menos da metade.

Portanto, é absolutamente impossível não desconfiar de que, dentre essas mortes sem
intenção identificada, estejam camuflados homicídios. E basta que o número real de
2015 tenha mantido a média de 9.800 registros dos cinco anos anteriores (2010 a Porte de arma branca:…
2014), para que se tenham escondidos nesse rótulo mais de 4 mil assassinatos, o que
significaria um aumento, e não redução, no total de mortes intencionais, rompendo a
casa dos 60 mil registros. Nada a comemorar.

O outro indicador digno de destaque é o da participação das armas de fogo no total de


homicídios, que aumentou mais uma vez, chegando ao seu mais alto índice. Dos
56.212 homicídios já registrados no DATASUS para 2015, 40.456 foram praticados
com o emprego de armas de fogo, isto é, 72% do total. No ano anterior, esse
percentual havia sido ligeiramente menor: 71,6%. Para fins comparativos, em 2003,
ano em que o Estatuto do Desarmamento foi promulgado (ao final de dezembro), o
percentual era de 70,7%.

De todos os indicadores relativos aos efeitos das políticas de restrição às armas no Tweets by @CEPEDES_Brasil
panorama homicida, nenhum é mais relevante do que a participação delas na prática
CEPEDES
de assassinatos. Como proibir o acesso a esses artefatos não produz qualquer efeito em
@CEPEDES_Brasil
quem mata com outros meios (facas, pedras, vidro, espancamento, etc.), a variação
Em artigo para o @sensoinc, nosso
dessas mortes não é influenciada por legislações sobre armas de fogo, servindo, sim, coordenador escancara a farsa de
manipulação produzida pelo
como elemento comparativo do emprego delas. Se o percentual de mortes com armas
@Comprova. Seguimos em busca do
de fogo se reduz em relação ao total, é viável inferir que, de fato, usá-las como meio restabelecimento da verdade, ainda que
os danos à nossa imagem pública
de agressão letal tenha se tornado mais difícil, favorecendo à redução dos casos.
tenham sido inegáveis.
Porém, se esse percentual aumenta, o uso de armas nos homicídios está contribuindo https://twitter.com/Fabricio_Rebelo/statu
diretamente para que seu total também aumente. s/1311640247793586177

Oct 1, 2020
Na realidade brasileira pós-desarmamento, mesmo com números que tendem ao
disfarce, a conclusão é direta, incontestável e reiterada: o impacto das restrições legais
CEPEDES
às armas no quadro homicida é negativo. Negar essa constatação é lutar contra a @CEPEDES_Brasil

precisão matemática, além da própria lógica. É como dizer que produzir mais alguma Nota de Repúdio em razão do leviano
ataque travestido de checagem que nos
coisa a torna mais escassa. Não dá para cair nessa.
foi direcionado pelo @Comprova. A
verdade dos fatos tem de ser
restabelecida.cepedes.org/p/nota-de-
[Clique nas imagens para ampliar]
repu…

Fonte original: http://f5noticias.com.br/2017/02/mortes-indeterminadas-e-mais-uso-de-armas-de-fogo/ Sep 29, 2020

DADOS OFICIAIS DIVULGADOS EM 26/05/2015: Embed View on Twitter

- Total de homicídios de 2015: 58.138


- Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada: 9.810

"O estatuto do
desarmamento é uma lei
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socialmente desajustada."
Data Atual: Conheça o artigo que inspirou o PL
Domingo, 11 de outubro de 2020 3722/12, propondo a revogação o
estatuto do desarmamento.

VÍDEOS | AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

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