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Instruções para a Prova de REDAÇÃO:

• Confira se seu nome e RG estão corretos.


• Não se esqueça de assinar a capa deste caderno, no local indicado, com caneta azul ou preta.
• Você terá 4 horas para realizar as provas.
• A redação deverá seguir as normas da língua escrita culta.
• O texto da redação deverá ter, no mínimo, 30 e, no máximo, 40 linhas escritas. Redações fora desses limites não serão corrigidas e receberão nota zero.
• A redação terá nota zero, caso haja fuga total ao tema ou à estrutura definidos na proposta apresentada.
• Transcreva o rascunho da redação para a folha definitiva. O que estiver escrito na folha de rascunho não será considerado para a correção.
• A redação deverá ser redigida com letra legível e, obrigatoriamente, com caneta de tinta azul ou preta. Redações que não seguirem essas instruções
não serão corrigidas, recebendo, portanto, nota zero.
• É recomendável dar um título a sua redação.
• Não se identifique em nenhuma das folhas do corpo deste caderno, pois isso implicará risco de anulação.
• O candidato só poderá deixar definitivamente o local das provas a partir de 1 hora e meia após seu início.
• Não haverá substituição deste caderno.
• O candidato é responsável pela devolução deste caderno ao fiscal de sala. Adverte-se que o candidato que se recusar a entregar este caderno, dentro
do período estabelecido para realização das provas, terá automaticamente sua prova anulada.
• Estará automaticamente eliminado do processo seletivo o candidato que obtiver nota bruta inferior a 3,0 na prova de Redação.

NOME:
IDENTIDADE: INSCRIÇÃO:
LOCAL:
DATA: 15/11/2019 SALA: ORDEM:

Assinatura do Candidato:

SALA 341 ORDEM 25 ID 004583


GRADUAÇÃO EM DIREITO SP | 15/11/2019

REDAÇÃO

Questão de segurança e violência


Daniel Cerqueira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), pondera que “existe um consenso nas literaturas científicas
nacional e internacional: mais armas geram mais crimes, e políticas restritivas
de armas de fogo contribuem para diminuir a letalidade violenta”. O próprio
Cerqueira já elaborou estudos que, segundo ele, mostram que cada 1% a
mais de armas incrementa em 2% a taxa de homicídios, e que se não fosse o
Estatuto do Desarmamento, a taxa de homicídios no Brasil seria 12% maior que
aquela realmente observada. “A flexibilização do acesso à arma de fogo é uma
tragédia”, opina.
Conselheira do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a advogada Isabel
Figueiredo também defende a manutenção do estatuto. “Sem ele, aumentará
a migração, já bastante significativa, das armas legais para o crime. Também
haverá aumento de tentativas de decisão, por meio de armas, de brigas pessoais
e de trânsito, além de acidentes com crianças”, diz. Essa opinião é endossada
pelo coordenador de assuntos institucionais do Instituto Sou da Paz, Felippe
Angeli. “E 72% das mortes por violência intencional decorreram do uso de
armas de fogo. Ou seja, aqui, a violência letal é indissociável do uso desse tipo
de arma”, enfatiza.
René Magritte. “O sobrevivente”. Problemas Brasileiros, Fev/Março de 2019. Adaptado.

O direito de possuir e de portar armas


Eu sinto muito, mas eu sou a favor da ideia de que seja possível ter armas e acho, também, que ter armas sem ter uma real competência para usá-las é a coisa
mais perigosa que se possa fazer, porque a melhor maneira de ser morto é não saber ou, sobretudo, não estar disposto a usar as armas que você tem, e você vai acabar
morrendo em qualquer confrontação armada que tiver.
Escuta, eu sou de uma família de resistentes [ao nazifascismo, na Itália] e, até os anos 1950 avançados, o porão do apartamento dos meus pais era cheio de armas,
mas armas pesadas, metralhadoras com tripé e tudo, prontas para usar, uma vez que nós não sabíamos como ia ser a evolução das coisas depois daquele fim de guerra...
Por outro lado, eu acredito na disposição da Constituição americana que diz que o povo tem o direito de carregar armas. Sei que essa é, em geral, uma posição de
direita, mas eu não sou um bloco monolítico e tenho uma série de ideias que não são as da esquerda, à qual pertenço. E acho que uma população armada tem um poder
insurrecional - coisa que para mim é uma garantia democrática, uma garantia de liberdade. Se o Estado está armado, não vejo por que eu não estaria.
Contardo Calligaris. Psicanalista e escritor. Entrevista ao Morning Show, Rádio Jovem Pan, 29.08.2017. Adaptado.

A discussão a respeito da comercialização e da posse de armas de fogo é recorrente no Brasil, onde já foi até objeto de um referendo nacional
(2005). Na atualidade, esse debate recrudesceu, tingiu-se de cores políticas contrastantes e polarizou as opiniões.
Com o estímulo da imagem e dos textos aqui reproduzidos, redija uma dissertação em prosa sobre o tema: A ampliação do acesso às
armas de fogo no Brasil.
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