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O ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Será feita neste capítulo um estudo da Lei nº 10.826/03, juntamente com o Decreto nº
9.847/19 que foi sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e também do Decreto
nº11.366 /23, que a regulou a partir de então. Todavia, antes de iniciar tal pesquisa
legislativa, se faz necessário explicar alguns contra e pros sobre a opinião popular que
servirão para um melhor entendimento sobre o tema estudado.

ARGUMENTOS CONTRA A POSSE E PORTE DE ARMA DE FOGO

O Estatuto do Desarmamento, que foi uma lei sancionada no ano de 2003. Tinha o
objetivo de complexificar a aquisição de arma de fogo para os cidadãos civis. Alguns
especialistas como Melina Risso, uma das diretoras do Instituto Igarapé (ONG dedicada
à segurança pública e aos direitos humanos) acredita que o governo tem a
responsabilidade de proteger a sociedade, e que colocar armas nas mãos de civis e
uma forma de se eximir dessa obrigação.

O Brasil, por ser um país com grandes desigualdades sociais, pode ter um aumento da
violência caso mais armas sejam adquiridas pela população. Crimes como o
feminicídio, que acontecem nos lares brasileiros, contra as mulheres tendem a
aumentar.

Ainda há o problema da fiscalização que seria falha, pois o número de agentes


profissionais que fariam a fiscalização é reduzido no Brasil, sendo uma medida que não
possui muita popularidade. Uma pesquisa realizada pelo Data folha, em dezembro de
2018, a maioria dos entrevistados se declarava contra a liberação do porte de armas.

Em territórios onde há uma maior restrição as armas, os índices se mostram menores,


em relação aos crimes violentos cometidos por elas, de acordo com uma Pesquisa
Global de Mortalidade por Armas de Fogo, 1990-2016, os países com mais restrição
como Alemanha, Japão e Austrália mostram que a cada 100 mil habitantes no ano de
2016 não passava de 1.0.
ARGUMENTOS A FAVOR DA POSSE E PORTE DE ARMA

O decreto 9.785, de 7 de maio de 2019, que tinha como objetivo facilitar a posse de
armas para a sociedade geral e o porte para alguns profissionais que em seus trabalhos
pudessem ser necessário o uso de armamento por questão de segurança, como
advogados, agentes de trânsito e conselheiros tutelares.

Com um país com uma alta taxa de mortes violentas intencionais, segundo o anuário
brasileiro de segurança pública, houve um aumento na taxa de mortes violentas onde
o crescimento foi de quase 3% no ano de 2017 em relação ao ano anterior, onde se
contabilizava aproximadamente 175 pessoas mortas por dia no ano de 2017.

Para aqueles que cometem crimes o estatuto do desarmamento se mostrou


ineficiente, pois com a facilidade de adquirir armamento ilegal os marginais continuam
armados com armas de fogo, enquanto a população se torna mais instável se sentindo
insegura o Atlas de violência 2019 , mostra que em 2016 não houve alteração no índice
de mortes causadas por armas de fogo em relação ao ano de 2003, o ano em que a lei
foi criada.

Em países como os Estados Unidos, onde a população que adquiriu armamento teve
um crescimento a quantidade de crimes violentos foi diminuída. Segundo o estudo do
Centro de Pesquisa e Prevenção de Crimes, de 2015, o número de americanos que
possuíam a permissão para portar armas cresceu de 2007 a 2014, enquanto a taxa de
crimes violentos diminuiu nesse mesmo período de tempo em aproximadamente 25%.

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