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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A FUNÇÃO REGULADORA DO ESTADO E O PAPEL DAS AGÊNCIAS


REGULADORAS, COM ÊNFASE NA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA
ELÉTRICA - ANEEL

CÍNTIA AZEVEDO
DEMÉTRIUS MALAFAIA COELHO
EVERTON VITOR DE LIMA
MILENA VIEIRA
VINÍCIUS FABIAN

Recife, 26 de julho de 2023


INTRODUÇÃO
Originados nos Estados Unidos no período entre o fim do século XIX e do início do século
XX, órgãos do Estado responsáveis por regular atividades econômicas surgem da necessidade
de proteger o consumidor e garantir a competição saudável entre empresas. Podem ser
destacadas como as primeiras agências reguladoras a Interstate Commerce Commission (ICC)
e a Food and Drug Administration (FDA). Sendo a ICC responsável por regular empresas
ferroviárias, protegendo os interesses dos consumidores e das empresas, e a FDA responsável
por regular empresas de alimentação e medicamentos, garantindo a segurança e qualidade dos
produtos deste setor.

No Brasil, o Estado atua de forma direta na produção de bens e prestação de serviços até a
promulgação da constituição de 1988, que reordena a posição do Estado na economia de
Estado empresário para Estado regulador, responsável por normalizar e fiscalizar as atividades
econômicas visando o interesse público. Em 1990, instituiu-se o programa de desestatização
com a Lei nº 8.031/1990, que reduz a presença do Estado na economia e permite a delegação
de bens estatais ou serviços públicos à iniciativa privada, visando maior eficiência e
modernização econômica. Naturalmente, o governo tem como objetivo primordial o
bem-estar da sociedade, e para assegurar que as empresas estarão alinhadas a essa meta e para
proteger a população de possíveis práticas abusivas, ao longo do tempo as agências
reguladoras começam a surgir no Brasil.

Estas agências atuam sob a forma de autarquia, isto é, têm autonomia financeira,
administrativa e patrimonial. São responsáveis por elaborar normas e padrões para os setores
em que atuam, fiscalizar e monitorar o cumprimento dos regulamentos estabelecidos, realizar
processos de concessões e licitações para estimular a competição entre as empresas, mediar
conflitos entre empresas e consumidores e proteger os direitos dos consumidores, bem como
criar canais de comunicação para obter informações sobre o funcionamento dos serviços
regulados.

Dada a importância que os serviços delegados para as empresas têm para a sociedade, a
existência das agências reguladoras é imprescindível para garantir a segurança e qualidade do
desempenho das funções concedidas a terceiros, como por exemplo, o fornecimento de
energia elétrica para a população, atividade de empresas reguladas pela ANEEL
CONTEXTO DO SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO
Caracterizado por sua vasta fonte de recursos naturais e extensão territorial, o Brasil tem um
setor energético notório por suas diversas fontes de energia. Hidrelétricas, termelétricas,
solares, eólicas e outras fontes de energia renováveis e não renováveis.

Há várias empresas trabalhando nesse setor que são responsáveis por


gerar/distribuir/transmitir energia, como: a Eletrobras, Companhia Energética de São Paulo
(CESP), Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), Companhia Energética de Minas
Gerais (CEMIG), ISA CTEEP (Isolux Energia), todas sujeitas a regulação da ANEEL.

Apesar da grande quantidade de recursos e empresas, o país tem problemas para garantir o
suprimento de energia para a população. A dependência de energia gerada por hidrelétricas,
deixa a situação energética suscetível a mudanças no tempo. Além disso, devido às dimensões
do território nacional, a infraestrutura apropriada para o fornecimento de energia para regiões
remotas nem sempre existirá, a construção de linhas de transmissão pode enfrentar problemas
de logística e licenciamento ambiental, e ainda, juntamente à manutenção da infraestrutura do
setor energético, esse processo requer uma disponibilidade de recursos que muitas vezes não
estará de acordo com as necessidades da operação.

Assim, é interessante para a população que a agência reguladora responsável por este setor
encontre maneiras de estimular o desenvolvimento otimizado das empresas e monitore as
atividades destas para assegurar que seu desempenho é satisfatório. Regulações eficientes,
padrões de qualidade, incentivo a pesquisas para a criação de novas tecnologias são alguns
caminhos que podem ser tomados para esse propósito.

CONCEITO E FUNÇÕES DAS AGÊNCIAS REGULADORAS


A Constituição Federal de 1988 é o marco democrático que norteia a vida em sociedade e
estabelece parâmetros que devem ser atentados nos pontos que estão relacionados à vida civil
e a organização societária brasileira. Nos diversos artigos que a compõem são estipulados
direitos, deveres, e, principalmente para o estudo deste trabalho, a organização burocrática do
Estado brasileiro.

Esses parâmetros estão definidos no Artigo 37 da Constituição Federal, que compõe a


primeira seção do Capítulo VII que define os preceitos relacionados à administração pública.
Nele estão definidos os cinco princípios da administração pública, sendo legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. No Inciso XIX, do mesmo artigo, é
definido que através de lei específica poderão ser criadas organizações autárquicas cujas
funções estejam definidas em lei, para auxílio do exercício das funções do Estado.

Conceitualmente, as agências reguladoras são estruturas do Estado que possuem a


competência de regular e fiscalizar determinado setor da economia. Edson Nunes et al. (2007)
considera-as como uma espécie de quarto poder em virtude de sua característica
normatizadora, executiva, jurisdicional e sancionatória. As agências possuem a prerrogativa
de estabelecer regras e normas para o funcionamento de determinado segmento, controlar sua
execução e aplicar sanções em caso de descumprimento.

É possível evidenciar, portanto, a vasta gama de atuações que as agências possuem para
exercer o controle da economia. A forma de intervenção do Estado Brasileiro foi descrita pelo
professor da UERJ e atual Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em
artigo, sucinta que o Estado interfere na atividade econômica a fim de traçar disciplina, em
caráter inicial. Nesse diapasão, as agências reguladoras têm o papel de preservar o interesse
público, resguardar a coletividade e garantir que não haja abusos e transgressões que
prejudiquem a prestação de serviços de caráter essencial para a população.

Dentre as agências reguladoras pode-se elencar a Agência Nacional de Águas (ANA),


Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de
Telecomunicações (ANATEL), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ),
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

HISTÓRICO DA REGULAÇÃO ENERGÉTICA DO BRASIL


No atual arranjo pós redemocratização, a ANEEL foi criada através da Lei nº 9.427/96,
autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energias. Entretanto, a questão da energia
elétrica deriva desde o início do século passado, e, a fim de compreender a atual formatação
da agência reguladora, é necessária a compreensão dos marcos históricos que culminaram
nesse ponto.

Em 1939 foi expedido o Decreto-Lei nº 1.285, de 18/05/1939 para criação do Conselho


Nacional de Águas e Energias, que, dentre suas competências, estava a orientação e controle
dos recursos hidráulicos e energéticos. Importante frisar que, neste Conselho, já previa a
necessidade de um profissional contábil para auxílio dos trabalhos realizados. No ano
seguinte, em 1940, foi expedido o Decreto nº 6402, que transformou o Serviço Geológico do
Brasil em Divisão de Geologia e Mineralogia.

Em 1960, com o advento da Lei nº 3782, foi criado o Ministério de Minas e Energia no
governo do então Presidente, Juscelino Kubitschek. Agora, com status de ministério, o
Governo Federal pôde, conforme Artigo 5º, despachar todos os assuntos relacionados à
produção energética. Esse arranjo, pioneiro à época, foi mantido nos dias atuais pelo atual
governo.

Nos anos de 1968 e 1969 foram expedidos, respectivamente, o Decreto nº 63.951 e o Decreto
Lei nº 689, que extinguiram o Conselho supracitado e compilou suas competências, dentre
outros órgãos, no Departamento Nacional de Águas e Energias, ou DNAEE. Quase dez anos
após sua aprovação foi criado o Regimento Interno, através da Portaria nº 234/1977, que
definiu o DNAEE como o Órgão Central de Direção Superior da questão energética do Brasil.

Apenas após passados esses marcos foi que, conforme mencionado alhures, a Lei nº 9.247/96
criou a ANEEL, autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, cuja finalidade
consiste na regulação, produção, transmissão e comercialização de energia elétrica no
território nacional.

Bem como a construção, a operação e a manutenção das instalações de produção,


estabelecer os preços da energia elétrica, fiscalizar o cumprimento das normas e
regulamentos do setor elétrico, mediar conflitos entre agentes do setor elétrico, e
propor políticas públicas para o setor elétrico.

A ANEEL tem desempenhado um papel fundamental na modernização do setor


elétrico brasileiro. A agência tem promovido a abertura do setor para a concorrência, a
melhoria da eficiência e a redução dos preços da energia elétrica. A ANEEL também
tem trabalhado para garantir a segurança e a confiabilidade do suprimento de energia
elétrica no Brasil.

MISSÃO
A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia
elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade

VISÃO
Ser essencial para assegurar a qualidade e a sustentabilidade do serviço de energia elétrica.

VALORES

A ANEEL é pautada pelos seguintes valores:

● Autonomia: A ANEEL é uma agência independente, e suas decisões são tomadas


de forma técnica e imparcial.
● Compromisso com o interesse público: A ANEEL tem como objetivo garantir a
confiabilidade, segurança, continuidade e expansão do suprimento de energia elétrica
no país, em padrões de qualidade e preços justos e competitivos.
● Diálogo: A ANEEL busca o diálogo com todos os agentes do setor elétrico, para
encontrar soluções que sejam benéficas para a sociedade.
● Efetividade: A ANEEL busca resultados concretos, que impactem positivamente
a vida dos cidadãos.
● Ética: A ANEEL pauta suas ações pela ética e pela transparência.
● Imparcial

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A ANEEL é composta por um Conselho Diretor, que é responsável por tomar as decisões
sobre os assuntos regulatórios do setor elétrico, e por uma Diretoria Colegiada, que é
responsável pela execução das decisões do Conselho Diretor.

O Conselho Diretor é composto por cinco membros, sendo um presidente e quatro diretores.
Os membros do Conselho Diretor são nomeados pelo Presidente da República e aprovados
pelo Senado Federal.
A Diretoria Colegiada é composta por cinco diretores, sendo um diretor-geral e quatro
diretores. Os diretores da Diretoria Colegiada são nomeados pelo Presidente da República e
aprovados pelo Senado Federal. Que se dividem em dois grupos: Assessoramento, composto
pela assessoria técnica da diretoria, assessoria institucional da diretoria, gabinete do diretor
geral, procuradoria federal junto à ANEEL e secretaria geral. Já o segundo grupo é o de
controle gestão, composto pelo setor de auditoria interna, corregedoria e ouvidoria.

Além do Conselho Diretor e da Diretoria Colegiada, a ANEEL também conta com uma
estrutura de assessoramento, composta pela Assessoria Institucional da Diretoria, a
Procuradoria Federal junto à ANEEL, Secretaria-Geral, Auditoria Interna, Corregedoria e a
Ouvidoria fazem parte da estrutura de Controle.

Para além da diretoria, existe os seguintes departamentos:

DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO ECONÔMICA DO MERCADO E ESTÍMULO


À COMPETIÇÃO

Composta pela Superintendência de Gestão Tarifária e Regulação Econômica (STR),


responsável por regular as cláusulas econômicas dos contratos dos serviços públicos de
distribuição, transmissão e geração de energia elétrica. Ela também é responsável por
estabelecer as receitas e os reajustes e revisões tarifárias dos serviços públicos regulados,
definir as tarifas de energia, as tarifas de uso dos sistemas de distribuição e as tarifas de uso
do sistema de transmissão, estabelecer e acompanhar encargos setoriais e políticas tarifárias
definidas em Lei, avaliar o equilíbrio econômico-financeiro dos serviços públicos regulados,
monitorar e avaliar os resultados da regulação por incentivos, as tarifas e o mercado de
energia elétrica.

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM A SOCIEDADE

Composto pela Superintendência de Mediação Administrativa e das Relações de Consumo


(SMA), responsável por dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre agentes do
setor elétrico e entre eles e seus consumidores, estabelecida na Lei nº 9.427/1996. Para tanto,
a SMA coordena a Ouvidoria Setorial da ANEEL, promove anualmente pesquisa para
apuração do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) e coordena os processos de
audiências e consultas públicas e tomadas de subsídios, que permitem à ANEEL colher
subsídios e informações da sociedade para assuntos regulatórios em análise. A SMA também
conduz o processo de mediação administrativa para auxiliar a solução de conflitos comerciais
ou contratuais entre agentes do setor elétrico ou entre eles e seus consumidores em conflitos
cujos objetos não estejam inteiramente regulamentados.

DEPARTAMENTO DE OUTORGAS E GESTÃO DOS POTENCIAIS


HIDRELÉTRICOS:

Composta pela Superintendência de Concessões, Permissões e Autorizações dos Serviços de


Energia Elétrica (SCE), responsável por aprovar estudos, autorizações e gestão relacionados à
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ela aprova projetos hidrelétricos,
autoriza serviços e instalações de transmissão e distribuição, gerencia concessões e
autorizações, além de lidar com a compensação financeira e royalties. Detendo também a
Secretaria de Leilões (SEL), por sua vez, coordena processos licitatórios para a compra de
energia elétrica e contratação de concessões e emissão de autorizações. A SEL realiza os
leilões em conformidade com as diretrizes do Poder Concedente, contando com o apoio
técnico e administrativo da Comissão Especial de Licitação (CEL).

DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO TÉCNICA E PADRÕES DE SERVIÇOS

Composto pela Superintendência de Transmissão e Distribuição (STD) que regula os serviços


de transmissão e distribuição de energia elétrica, garantindo a segurança, a qualidade e o
acesso universal à energia. Superintendência de Geração e Mercado (SGM) que regula os
serviços de geração de energia elétrica e o funcionamento dos mercados de energia,
promovendo a eficiência e a segurança nas operações. E, a Superintendência de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação e Eficiência Energética (STE) que é responsável pela regulação
de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como em eficiência
energética, e pela promoção da transição energética no setor elétrico.
INSTRUMENTOS REGULATÓRIOS

Para atingir seus objetivos, a ANEEL possui diversos instrumentos regulatórios, que são
utilizados para estabelecer regras, normas e procedimentos para o setor elétrico. Esses
instrumentos incluem:

● Resoluções
● Instruções normativas
● Consultas públicas
● Leilões

A ANEEL também possui uma agenda regulatória, que é um documento que define os
principais temas que serão regulados pela agência no ano seguinte. A agenda regulatória para
2023-2024 é composta pelos seguintes temas:

● · Abertura do mercado
● · Acesso ao sistema de transmissão
● · Aumento da satisfação do usuário
● · Eficiência da operação do SIN
● · Governança do ONS
● · Inovação e eficiência energética para transformação do SEB
● · Inserção de fontes renováveis no sistema
● · Metodologia para revisão das tarifas de distribuição, transmissão e
geração
● Modernização das tarifas de distribuição e transmissão
● Modernização do segmento de distribuição
● Novos modelos de negócios
● Qualidade na prestação do serviço
● Segurança do mercado
● Segurança setorial
● Tratamento regulatório para a fiscalização responsiva
● Novos Modelos de Negócio
● Avaliação do Resultado Regulatório – ARR

ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO

Instrumento para avaliar a necessidade e as consequências de uma possível nova regulação.


Para tanto, verifica se os benefícios potenciais da medida excedem os custos estimados e se,
entre todas as alternativas consideradas para alcançar o objetivo da regulação proposta, a ação
é a mais benéfica para a sociedade. A AIR é, portanto, uma forma de auxiliá o regulador a
melhorar a qualidade de suas decisões
PROCESSO DECISÓRIO

Como regra geral, antes da elaboração da minuta de ato normativo, o Relatório de Análise de
Impacto Regulatório (AIR) deve ser submetido à primeira fase de Audiência Pública (AP).
DESAFIOS E IMPACTOS

Como discutimos acima, a ANEEL tem uma importante e funcional tarefa no país, entretanto,
há desafios que não podemos ignorar.
Em todo o mundo a demanda por energia está aumentando, inclusive no Brasil. Com isso,
muitos desafios difíceis de serem solucionados surgem. Quando a demanda por energia é alta,
o risco de apagões é enorme, por isso há a necessidade de armazenamento em larga escala de
energia no país. Para que esse armazenamento ocorra, se entra muito em pauta as energias
renováveis, para que se diminua o impacto sobre as pessoas e o ecossistema que a energia
gerada por petróleo, gás e carvão causam no mundo. Para Koen Peters, diretor executivo da
Global Off-Grid Lighting Association (Gogla), existe um grande mercado para energia
renovável fora da infraestrutura convencional, especialmente em lugares em que pode não ser
economicamente viável conectar-se a uma rede de abastecimento. Um outro grande desafio é
o estabelecimento das energias renováveis, visto que o investimento é muito alto, o que acaba
respingando no consumidor final, que acaba pagando um preço muito alto no serviço.
Encontrar um equilíbrio entre todos esses aspectos é essencial para termos um sistema de
energia confiável, acessível e amigo do meio ambiente no Brasil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a desestatização e consequente transferência de atividades originalmente realizadas pelo


Estado à iniciativa privada, as agências reguladoras surgem visando proteger o interesse
público, evitar que violações de normas e direitos venham a existir, garantir o bom
funcionamento das empresas responsáveis e, como resultado, dos setores em que estas atuam.

A ANEEL, responsável pelo setor energético, regula este através de diferentes instrumentos
regulatórios executados pelos seus departamentos que lidam com particularidades do ofício,
mas, no fim, têm o mesmo objetivo em comum às demais agências reguladoras, isto é, regular
as atividades e assegurar a eficiência do setor correspondente.

Apesar disso, o processo de regulação do setor energético não é livre de obstáculos, devido às
dimensões do país, à demanda da população, às questões ambientais, financeiras e logísticas.
Todavia, é papel da agência reguladora usar de seus artifícios e estratégias para tornar o
caminho viável e eficiente enquanto equilibra o interesse público e privado.
REFERÊNCIAS
LUÍS ROBERTO BARROSO. Agências reguladoras. Constituição, Transformações do
Estado e Legitimidade Democrática. Disponível em <
https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/46445/45191> Acesso em
02/07/2023.

BRASIL. Agências Reguladoras. Disponível em


<https://www.gov.br/ouvidorias/pt-br/cidadao/lista-de-ouvidorias/agencias_reguladoras>.
Acesso em 02/07/2023.

BRASIL. Decreto-Lei nº 1.285, de 18 de maio de 1939. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/del1699.htm#:~:text=Art.,de%20
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BRASIL. Decreto nº 6.402 de 28 de outubro de 1940. Disponível em:


<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1940-1949/decreto-6402-28-outubro-1940-327
504-publicacaooriginal-1-pe.html.>. Acesso em 02/07/2023.

BRASIL. Lei nº 3.782 de 22 de julho de 1960. Disponível em:


<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-3782-22-julho-1960-354459-publica
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BRASIL. Decreto nº 63.951 de 31 de dezembro de 1968. Disponível em:


<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-63951-31-dezembro-1968-4
05475-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em 02/07/2023.

BRASIL. Decreto-Lei nº 689 de 18 de julho de 1969. Disponível em:


<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0689.htm>. Acesso em
02/07/2023.

BRASIL. Lei nº 9.427 de 26 de dezembro de 1996. Disponível em:


<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9427cons.htm>. Acesso em 02/07/2023.
BRASIL. Power BI. Dashboard de vendas. Disponível em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiM2RjYjdjZmQtYTkwYy00ZDY2LThlYzMtNjkzN
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zBlMSIsImMiOjR9. Acesso em: 18 jul. 2023.

BRASIL: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Página inicial. Disponível em:
https://www.gov.br/aneel/pt-br. Acesso em: 18 jul. 2023.

ANEEL debate os desafios regulatórios do armazenamento de energia:


https://canalsolar.com.br/aneel-debate-os-desafios-regulatorios-do-armazenamento-de-energia
/

As soluções inovadoras para gerar mais e melhores fontes de energias renováveis no mundo:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-43744876

ANPUH-RJ. Criação das Agências Reguladoras no Brasil. [S. l.], 2010. Disponível
em:
http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1273241978_ARQUIVO_Cri
acaodasAgenciasReguladorasnoBrasil.pdf. Acesso em: 21 jul. 2023

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