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A EMPRESA RURAL SOB O ENFOQUE SISTÊMICO

I - APRESENTAÇÃO
A empresa urbana tem, sido alvo de estudos e pesquisas há certo tempo.
Historicamente a empresa ganhou sua importância com o surgimento do capitalismo, cujo
principal objetivo é o de aumentar a riqueza econômica pela própria utilização do capital.
Neste sentido a evolução de conceitos e definições que sejam suficientes para explicar o
relacionamento de todos os elementos que interagem dentre de uma empresa, tem sido uma
constante na atividade administrativa.
No tocante a empresa rural, principalmente no Brasil, existe uma carência muito
grande de estudos que procure explicar o relacionamento de todos os elementos que
interagem dentro de uma empresa. Apenas nas últimas décadas é que se tem aumentado as
pesquisas e estudos com relação as empresas ligadas ao setor agropecuário. Apesar deste
aumento, o volume de estudos e pesquisas ainda é pequeno face a importância do setor
agropecuário na economia nacional e das dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais.
O setor agropecuário brasileiro sempre teve uma participação significativa no
desenvolvimento econômico e social do país. Voltando um pouco na história, encontramos o
ciclo das especiarias, da borracha, do ouro, do pau Brasil, do café, da cana-de-açúcar, do café
com leite, e mais recentemente, o da soja; ciclos onde a base da economia do país dependia
quase que exclusivamente desses produtos. A partir de 1973, com a crise do petróleo, o setor
foi chamado a contribuir na produção de energia, especialmente aqueles produtos que viessem
a substituir a demanda de petróleo, surgindo assim o programa do álcool (PROALCOOL), e a
expansão na exploração do carvão vegetal. Nas décadas atuais, além da produção de energia e
produtos para consumo interno, o setor é instado a contribuir no controle da inflação, no
pagamento da dívida externa, na diminuição dos problemas sociais, através da produção de
alimentos a baixo custo, e na geração de divisas com a exportação.
Na busca de atender a esta convocação, cerca de 5 milhões de propriedades rurais,
que abrigam mais de 37 milhões de pessoas, exploram alguma atividade agropecuária. Essas
propriedades participam com uma produção de 700 milhões de toneladas/ano, numa área
correspondente a 43% do País, gerando uma receita de 40 bilhões de dólares, 11% do produto
interno bruto (PIB) (IBGE, 1985).
Embora o setor, até o momento, tenha conseguido atender em parte a esse desafio,
verifica-se que a situação de grande parte das 5 milhões de propriedades rurais é crítica.
Descapitalizadas, sem fontes de recursos para investimentos, sem apoio dos órgãos
governamentais e sem condições de competir no mercado se vêem obrigadas a deixar de
produzir, comprometendo, assim, o próprio desenvolvimento econômico e social do país. Para
muitas, a saída do setor representa mais prejuízo obrigando assim a conviver com a pobreza.
Diante das limitações de recursos financeiros, humanos e naturais, a permanência e
mesmo a sobrevivência dessas propriedades passam pelo uso racional e eficiente dos recursos
disponíveis para atingir seus objetivos.
Como no sistema capitalista, o objetivo final de qualquer empreendimento, seja do
meio urbano ou rural, é o lucro, o alcance desse objetivo, na agricultura, passa pela adoção de
tecnologia gerencial e técnicas agropecuárias. A gerencial orienta o que produzir e a técnica
trata de como produzir.
Dentro de uma ordem de importância, pode-se dizer que a tecnologia gerencial é
mais importante, pois vem antes e é pré-condição o para que se tenha uma tecnologia
agropecuária. Ou seja, antes que se decida o que produzir, não há razão de se pretender saber
como produzir.
Como gerir é viver constantemente o processo de tomada de decisões, o que
interessa para a empresa rural é que as decisões tomadas levem aos melhores resultados
econômicos possíveis, dentro de suas limitações de recursos.
Como o trabalho de conduzir uma empresa rural obriga o produtor a viver
constantemente o problema de tomada de decisões, ao decidir ele assume inteira
responsabilidade pelo sucesso ou insucesso do seu empreendimento, razão pela qual precisa
fundamentar suas decisões em bases seguras (Santos, 1990).
Na empresa rural, a tomada de decisões envolve, além do conhecimento das leis que
regem o crescimento das plantas e animais, a aplicação de alguns princípios econômicos
básicos que ajudam o administrador a decidir sobe os melhores processos alternativos de
produção, as combinações mais eficientes de fatores ou os produtos mais adequados às
condições de mercado e comercialização ( Santos, 1990).
A complexidade do processo administrativo das empresas rurais acentua-se à
medida que estas são analisadas, seja do ponto de vista interno ( que se relaciona com a
tecnologia, a estrutura, os objetivos, etc.,), seja do ponto de vista externo ou contexto
ambiental( que se relaciona com as variáveis políticas, econômicas, sociais, etc.,). Essa
complexidade, aliada à crescente limitação e escassez de recursos gerada pela competição,
exige o estabelecimento de estratégias e respostas adequadas, capazes de assegurar a
sobrevivência a longo prazo das empresas. Para tanto, estas precisam continuamente realocar,
reajustar e reconciliar seus recursos disponíveis com os objetivos oferecidos pelo ambiente
(Souza et ali, 1988).
Face à necessidade de gerência e da complexidade do processo administrativo da
empresa rural, o primeiro passo a ser dado neste sentido, pelo produtor rural, é o de
conhecimento de sua empresa e de suas relações com o meio. Neste sentido a análise da
empresa sob o enfoque sistêmico permite ao produtor rural, identificar seus objetivos, seus
recursos, seus ambientes, suas missões, limitações, oportunidades e a partir dai adotar um
sistema de informação que o auxilia no processo de administração.
O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise de uma empresa rural sob o
enfoque sistêmico. Mais especificamente pretende identificarr os objetivos da empresa, seus
recursos, suas missões, seus ambientes e verificar como ela é administrada.

II - SUPORTE TEÓRICO
A abordagem sistêmica é um enfoque conceitual aplicado à compreensão e descrição
de diferentes tipos de fenômenos físicos, biológicos ou sociais. Assim, é comum encontrar-se
as expressões sistema solar, sistema de transportes, sistema digestivo, sistema econômico,
sistema de informações, etc.
Pela abordagem sistêmica os diferentes tipos de fenômenos complexos passaram a
ser analisados enquanto sistemas, ou seja, em sua globalidade, levando-se em consideração as
inter-relações de seus elementos para o alcance de determinados objetivos.
Para discutir a visão sistêmica da empresa, nada mais correto do que antes, discutir o
que é Sistema.
Segundo Kast & Rosenzweig, (1976, p. 122) sistema é:
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" um todo organizado ou complexo: um agregado ou uma combinação de coisas ou
partes, formando um todo complexo ou integral."
Para Chiavenato (1985, p. 44) um sistema é:
"a) um conjunto de elementos (que são as partes ou órgãos componentes do
sistema), isto é, os subsistemas,
b) dinamicamente inter-relacionados (isto é, em interação e interdependência)
formando uma rede de comunicações e relações em função da dependência recíproca
entre eles,
c) desenvolvendo uma atividade ou função (que é a operação ou atividade ou
processo do sistema),
d) para atingir um ou mais objetivos ou propósitos (que constitui a própria
finalidade para a qual o sistema foi criado)."
Sistema segundo Churchman (1972) “é um conjunto de partes coordenadas para
realizar um conjunto de finalidades”. De acordo com autor, quando se pensa sobre o
significado de um sistema cinco considerações básicas devem ser consideradas: os objetivos
totais do sistema e, mais especificamente, as medidas de rendimento do sistema inteiro; o
ambiente do sistema (as coações fixas); os recursos do sistema; os componentes do sistema,
suas atividades, finalidades e medidas de rendimentos; e finalmente a administração do
sistema.
Sistema segundo Salazar (1991); é:
“o conjunto de partes, funcionalmente interrelacionadas, cada uma denominada
subsistema, organizadas de modo a alcançar um ou mais objetivos com a máxima
eficiência”.
Em outras palavras, sistema é um conjunto de partes integrantes e interdependentes
que, conjuntamente, forma um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada
função.
Segundo Scaico (1985) sistema é:
“Um conjunto de componentes que se relacionam (interagem) para atingir
objetivos, transformando, sob restrições e oportunidades, entradas em saídas”.
O autor resume o conceito de “sistema” na sigla “CORES” onde C significa
componentes; O significa objetivos; R é igual a restrições; E significa entradas; e finalmente
S significa saídas. De acordo com o autor, caracterizar um sistema significa pintar suas
“CORES”.
Sistema, segundo Dias (1985) é:
“Combinação de partes, de modo que concorram para um certo resultado.
Conjunto de leis ou princípios que regulam certa ordem de fenômenos.”
Das definições acima pode-se entender dois tipos básicos de sistemas. O primeiro que
pressupõe a existência de partes, poderia ser aplicado mais adequadamente a sistemas
materiais, já o segundo, que cita conjunto de leis ou princípios, é mais adequado para
sistemas abstratos. No entanto, para os dois tipos de sistemas pode-se verificar a existência
de elementos componentes dos sistemas (partes ou leis e princípios) bem como de um
objetivo, que na citação entende-se como o resultado a ser alcançado ou a regulamentação dos
fenômenos.
Uma Classificação mais clássica dos sistemas, divide-os em sistemas fechados e
sistemas abertos. Os sistemas fechados são os que em si somente, conseguem obter todos os
elementos necessários para sua sobrevivência, não dependendo em nada do cenário no qual
está circunscrito. O exemplo mais completo de sistema fechado que podemos citar é o
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próprio universo, considerado como um sistema único, onde todos as galáxias, constelações
etc. são meros componentes, podendo ser considerados como subsistemas do sistema
universo.
Os sistemas abertos são aqueles que mantém inter-relacionamentos com outros
sistemas, através do recebimento de inputs (entradas) e outputs (saídas). De acordo com a
natureza do sistema, os inputs e outputs, se materializarão em dados e informações,
combustíveis e energia etc..
Bertalanffy, citado em Bio (1989, p. 18), faz uma diferenciação entre sistemas
abertos e fechados. "Um sistema é fechado se nenhum material entra ou deixa-o, é aberto se
há importação e exportação e, Consequentemente, mudança dos componentes".
Assim, os sistemas abertos diferenciam-se dos sistemas fechados por possuírem
alguns elementos tais como:
- Os inputs, ou seja, os elementos que entram no sistema analisado sob a forma de energia,
materiais, informações para serem processados internamente.
- O processamento, ou seja, a conversão dos inputs em outputs (saídas do sistema), conversão
esta efetuada através de subsistemas específicos.
- Os outputs ou saídas do sistema, que são o resultado do processamento dos inputs e que são
exportados ao ambiente externo do sistema na forma de materiais, energia ou informação.
- Retroação, ou realimentação, ou feedback que é uma entrada de caráter informativo para
proporcionar indicações a respeito do funcionamento do sistema perante o seu ambiente
externo de forma a permitir que o sistema mantenha um equilíbrio dinâmico, ou seja, que o
sistema possa desempenhar continuadamente suas atividades ajustando-se às modificações
que ocorrem neste ambiente.
Para Bio (1989, p.18), "o sistema aberto pode ser compreendido como um conjunto de
partes em constante interação (o que ressalta um dos aspectos fundamentais da idéia de
sistema: a interdependência das partes), constituindo um todo orientado para determinados
fins e em permanente relação de interdependência com o ambiente externo (ou seja,
influenciando e sendo influenciado pelo ambiente externo
De acordo com Salazar (1991), “as organizações (empresas) são sistemas abertos e
sendo um sistema aberto ela tem capacidade de crescimento, mudanças, adaptação ao
ambiente externo, tudo isso para o objetivo principal da organização.
A aplicação da abordagem sistêmica ao estudo das empresas permitiu que estas fossem
analisadas enquanto um sistema aberto recebendo do ambiente na qual está inserida recursos
materiais, humanos, tecnológicos, financeiros e informacionais que, após processados
internamente pelos diferentes elementos ou subsistemas, são exportados ao ambiente na
forma de produtos, bens, serviços ou informações.
O ambiente de uma empresa pode ser representado pelo conjunto de elementos ou
variáveis que não compõem o sistema empresa mas que direta ou indiretamente influenciam o
seu funcionamento. Estes elementos ou variáveis são de natureza política, econômica, social,
tecnológica, legal ou ecológica. Por não serem constantes no tempo, podem, pelas suas
mudanças, gerar pressões, restrições, oportunidades e ameaças à empresa.
Enquanto um sistema aberto, a empresa deve adaptar-se continuamente às mudanças
que ocorrem no ambiente para permitir a sua sobrevivência e, para isto, a empresa deve
valer-se do processo de retroalimentação de informações referentes ao fluxo de entradas e
saídas do sistema ou de seus subsistemas com o intuito de gerar um equilíbrio dinâmico, ou
seja, garantir sua continuidade através de mudanças em seus componentes face às
modificações ambientais.

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Assim como todos os tipos de sistemas, a empresa possui objetivos que constituem a
razão de sua existência.
Entretanto, de acordo com Kast & Rosenzweig (1976, p.135), não se pode fazer uma
analogia completa entre os organismos biológicos e a organização empresarial, ambos
sistemas abertos pois, enquanto os organismos biológicos são sistemas naturais, a empresa é
um sistema social planejado, ou seja, é um sistema criado pelo ser humano para atender a
objetivos predeterminados por este.
A razão de existência de uma empresa ou seu objetivo básico é ainda uma questão,
cujas respostas variam de acordo com as bases filosóficas adotadas.
Para Ansoff (1990, p. 48),:
"...os objetivos representam um dos temas mais controvertidos atualmente na ética
empresarial. Autores importantes têm procurado remover o lucro de sua posição como
motivação principal da empresa, substituindo-o por doutrinas tais como a da igual
responsabilidade em relação aos acionistas, a sobrevivência a longo prazo, ou um
consenso negociado entre vários participantes na empresa".
Pode-se considerar que as empresas possuem diferentes objetivos que variam em
importância (objetivos básicos e objetivos meios), prazos (curto, médio ou longo prazo) e
funções específicas da empresa (marketing, produção, finanças, etc.).
A empresa é um subsistema do sistema econômico de uma sociedade, cujo finalidade
é o desempenho da atividade econômica, ou seja, a transformação de recursos materiais,
humanos, tecnológicos e de informação em bens e serviços que atendam às necessidades
humanas. A definição deste papel social em uma empresa específica é efetuada através de sua
missão, onde nesta está contemplado os produtos e serviços oferecidos e o mercado de
atuação.
Toda empresa possui explícita ou implicitamente uma missão. Em alguns casos, a
explicitação da missão da empresa vem acompanhada por uma declaração de propósitos ou
finalidades básicas, como pode ser exemplificado através da missão de uma empresa estatal
da área de telecomunicações.
"Prestar serviços de telecomunicações no âmbito do Estado de Minas Gerais
adequados às necessidades de desenvolvimento político, econômico, social, tecnológico
da comunidade assegurando lucratividade que permita o melhoramento, a expansão
dos serviços e a justa remuneração do capital acionário".
Sendo o objetivo fundamental da empresa, a missão influencia o funcionamento de
toda a empresa, em suas diferentes áreas de atuação, pois cada uma destas tem seu próprio
objetivo que, por sua vez, contribui para o alcance da missão da empresa como um todo. Por
isto, é importante a explicitação da missão da empresa de forma que as pessoas das diferentes
funções ou áreas possam agir de forma coordenada para o seu alcance.
Para desempenhar continuadamente suas atividades e atingir a sua missão e seus
propósitos a empresa precisa cumprir uma série de objetivos, dentre estes a obtenção de lucro
e a manutenção de sua liquidez.
O lucro pode ser considerado como um fluxo de riqueza obtido pela diferença entre o
valor econômico dos serviços e produtos da empresa e o valor econômico dos recursos
necessários a produzi-los e vendê-los.
A obtenção de lucro é essencial para a empresa pois, é através dele que a empresa
otimizará a utilização dos seus recursos e remunerará os acionistas da empresa pelo risco
econômico que estes assumem ao investir seus capitais na empresa.
O objetivo liquidez pode ser considerado como a capacidade da empresa em pagar nas
datas previamente acordadas os compromissos financeiros por ela assumidos.
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A empresa também possui outros objetivos, tais como crescimento de vendas,
aumento da participação no mercado, aumento do preço das ações, desenvolvimento de novos
produtos, motivação dos empregados, etc. Esses objetivos são importantes, uma vez que
contribuem para a geração de lucro na empresa e consequentemente para sua continuidade.
Para que se possa entender a unidade de produção rural como sistema é necessário
conhece-la em termos de seus objetivos, seus recurso, suas missões ou tarefas, seu ambiente
bem como ela deve ser administrada.
Unidade de produção rural, segundo Souza et al., (1988) é a área de terra onde se
realiza a produção agropecuária. Comumente, as unidades de produção podem ser chamadas
de fazenda, granja, propriedade rural, cabanha, roça e outros nomes regionais.
Estudos realizados por Alencar & Moura Filho (1985), classifica as unidades de
produção em quatro tipos básicos: latifúndio, empresa capitalista, empresa familiar e unidade
camponesa.
Latifúndio, segundo Alencar & Moura Filho(1985) é a unidade de produção que
apresenta baixo nível de capital de exploração; a força de trabalho é formada basicamente de
trabalhadores que não são remunerado exclusivamente em dinheiro, a exemplo de parceiros e
arrendatários; grande parte do que é produzido destina-se à venda, mantendo-se no entanto,
uma parte da produção para consumo dos parceiros; de modo geral, é uma unidade de
produção especializada, ou possui poucas linhas de exploração, e tem área multimodular,
composta de grande quantidade de módulos regionais.
Empresa capitalista é a unidade de produção com elevado nível de capital de
exploração; a força de trabalho é formada de trabalhadores assalariados, permanentes ou
temporários; a produção se destina principalmente ao mercado; constitui de unidades de
produção especializadas ou com poucas linhas de exploração, muitas vezes complementares
ou suplementares, e tem áreas multimodulares.
A unidade de produção classificada por Alencar & Moura Filho como unidade
familiar é aquela com elevado nível de capital de exploração; , predominância do trabalho não
remunerado, realizado por membros da família; possui alto grau de comercialização;
produção geralmente especializada, com poucas linhas de exploração, e uma área modular, do
tamanho aproximado do módulo regional.
Unidade camponesa é o tipo de unidade de produção com baixo nível de exploração;
predominância do trabalho, ou seja, mão-de-obra predominantemente familiar; produção para
subsistência comercializando as sobras; a unidade de produção é diversificada e possui área
modular caracterizada como minifúndio.
A empresa, palco do presente trabalho, de acordo com a classificação proposta por
Alencar & Moura Filho (1985), caracteriza-se como empresa capitalista,também chamada de
empresa rural.
Para o setor agropecuário, existem várias conceituações possíveis de empresa rural,
não havendo, porém, um que seja universalmente aceita. De uma forma genérica pode-se
dizer que empresa rural é o organismo econômico e social que, reunindo capital, trabalho e
direção, se propões a produzir bens ou serviços na expectativas de lucros (Souza et al., 1988).
De acordo com o SEBRAE (1993), os objetivos da empresa rural são os resultados
esperados, previamente estabelecidos pelo empresário rural e que servem de orientação para
ações administrativas. Segundo Souza et al. (1988) existem objetivos gerais e específicos. Os
primeiros são definidos pelo empresário ou empresários e se referem à empresa como um
todo, e não a atividades específicas. Segundo o autor, a definição dos objetivos gerais está
ligada à obtenção do lucro, da sobrevivência, do crescimento e do prestígio.

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Os objetivos específicos se relacionam às diversas áreas funcionais da empresa -
recursos humanos, produção, comercialização e financeira - e devem ser integrados entre si.
Como exemplo tem-se a implantação, a partir de um determinado período uma determinada
tecnologia; passar a produzir determinado produto a partir de uma data específica; etc.
Para definir os objetivos de uma empresa rural o empresário precisa ter uma ampla
visão de sua empresa e conhecer as suas relações com o ambiente onde a empresa esta
enserida.
Como a empresa rural é uma unidade de organização que conduz atividades no setor
agropecuário com a finalidade de atingir seus objetivos( lucro, sobrevivência, crescimentos,
etc.), para alcançar esses objetivos, a empresa se utiliza de recursos ou fatores de produção,
que no setor agropecuário são basicamente terra, capital e trabalho.
Souza et ali (1988) e Guimarães & Sette (1991) classifica, de uma forma simplificada,
os recursos ou fatores de produção utilizados pela empresa rural em recursos físicos (terra,
maquinas e equipamentos, etc.), recursos humanos ( pessoas que ingressam, permanecem ou
participam da empresa e que promovem seu funcionamento), recursos financeiros ( dinheiro
necessário à aquisição ou obtenção de insumos, serviços, equipamentos, etc.) e recursos
mercadológicos ( fornecedores, clientes, canais, etc.).
De acordo com Guimarães & Sette (1991), os recursos físicos ou materiais
necessários à operação de uma empresa rural podem ser classificados em recursos de
transformação e recursos de utilização. Recursos de utilização são aqueles aplicados ao
processo produtivo que não são incorporados ao produto final ( terra, lavouras permanentes,
rebanho produtivos, instalações físicas, máquinas e equipamentos e outros). Por serem
utilizados por vários períodos consecutivos de produção são conhecidos também como
recursos fixos.
Recursos de utilização são aqueles aplicados ao processo produtivo e incorporados ao
produto final, tais como sementes, fertilizantes, corretivos, defensivos, alimentos,
medicamentos, etc. São chamados recursos variáveis.
Qualquer empresa, seja ela do setor urbano ou rural, está inserida em um ambiente.
Ambiente é todo o universo que envolve externamente a empresa. É a sociedade, constituída
de outras empresas, grupos sociais, população e aspectos legais. É no ambiente que as
empresas obtêm os fatores de recursos de produção e nele colocam seus produtos resultantes
de suas operações. De acordo com SEBRAE (1993) e Souza et al. (1988), o ambiente da
empresa rural é composto pelas variáveis tecnológicas, econômicas, políticas, sociais, legais,
demográficas e ecológica.
Souza et al. (1988) divide o ambiente da empresa rural em dois aspectos: ambiente
geral e ambiente operacional. O ambiente geral, também chamado de macroambiente é aquele
formado por um amplo conjunto de condições e fatores externos que envolvem e influenciam
todas as empresas. Já o ambiente operacional ou de tarefa é aquele específico da empresa e
corresponde ao segmento do ambiente geral mais próximo da empresa. É formado por outras
empresas rurais, instituições, grupos e indivíduos constituintes de parte do ambiente e que
são relevantes para empresa poder estabelecer e alcançar seus objetivos. As variáveis que
integram o ambiente operacional ou de tarefa de uma empresa rural são os clientes,
fornecedores, concorrentes e os grupos regulamentadores.
O ambiente operacional das empresas vai definir o mercado, a oferta e a demanda e o
preço dos insumos e produtos. É nesse ambiente que as empresas definem seu domínio, ou
seja, sua área de influência e poder, e daí desenvolvem suas atividades.
Para entender a administração da empresa rural, precisa saber não só o que os
administradores fazem como também alguma coisa sobre o que está sendo administrado.
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Sendo a empresa rural um sistema aberto, para entende-la é preciso conhecer não só cada um
dos subsistemas componentes mas como estes funcionam e como eles se juntam e se afetam
uns aos outros. De acordo com Salazar (1991), as organizações são compostas pelos
subsistemas de transformação (contendo as variáveis tecnológicas), subsistema social (
pessoas, contendo as variáveis tarefas) e o subsistema administrativo ( contendo as variáveis,
estrutura e ambiente).
O subsistema de transformação é a seqüência de acontecimento ou de elementos
diretamente relacionados com a produção do que foi desejado. O subsistema social compõe-se
de elementos como motivação, valores, normas e comunicações e liderança. O subsistema
administrativo compreende os afazeres do planejamento, coordenação e controle das
atividades da organização.
A nível de coordenação, esses subsistemas da organização são hierarquizados em
níveis operacional, tático e estratégico (Scaico , 1985). Segundo Kast e Rosemzwelg (1976), o
nível operacional diz respeito a desempenho das tarefas, na organização, nas empresas, as
funções técnicas abrangentes a produção e distribuição de produtos. De acordo com
Chiavenato (1989), está relacionado com os problemas ligados à execução cotidiana e
eficiente das tarefas e operações da organização e orientado quase que exclusivamente para as
exigências impostas pela natureza da tarefa técnica a ser executada, com os materiais a serem
processados e com a cooperação de numerosos especialistas necessários ao andamentos dos
trabalhos.
O nível tático, é aquele que coordena e unifica o desempenho das tarefas pelo sistema
operacional. Neste nível, é função primordial da administração unificar ao nível operacional,
as entras de materiais, energia e informações.
Já o nível estratégico cuida do relacionamento entre atividades da organização e seu
ambiente. De acordo com Chiavenato (1989) corresponde ao nível mais elevado da empresa,
composto dos proprietários, dos diretos e dos altos executivos. É o nível que mantém contato
com as forças ambientais.
Com base no conceito de subsistema administrativo pode-se dizer que administrar a
empresa rural consiste planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de
indivíduos para um objetivo comum.
Planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito, levando em consideração as
condições da organização e do contexto da mesma. Organizar, consiste em agrupar e
estruturar os recursos da empresa no sentido de que sejam alcançados os objetivos gerais e
específicos. A organização da empresa pode ser considerada sob os aspectos humanos e
físicos. Dirigir é agir sobre pessoas compreendendo suas reações e comportamentos. De
acordo com Souza et al. (1988), para obter êxito na direção de sua empresa, o empresário
rural precisa se fundamentar em três aspectos básicos: motivação, liderança e comunicação.
Controlar é verificar se as ações estão sendo desempenhadas corretamente e se os objetivos
estão sendo alcançados. De acordo com Andrade (1991), para execução das ações de controle,
deve-se estabelecer padrões, medir desempenho, comparar os desempenhos com os padrão
estabelecido, identificar causas da situação e agir corretivamente.
Algumas características próprias do setor agrícola, universais, afetam o desempenho
da empresa rural, algumas vezes em condições internas, outras em suas relações com o
ambiente. De acordo com Souza et al. (1988), o conhecimento dessas características é
importante, pois elas condicionam e exigem uma adequação dos princípios da ciência
administrativa para o setor agropecuário. Entre as características apresentadas pelos autores
estão a terra como fator de produção; o tempo de produção maior que o tempo de trabalho; a
irreversibilidade do ciclo de produção; a dependência do clima; a perecibilidade dos produtos;
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o ciclo de produção dependente de condições biológicas; não uniformidade da produção; e
outras.
Somando-se às características do setor agrícola, existem alguns fatores que afetam o
resultado econômico da empresa rural. Segundo Andrade (1991) estes fatores dividem-se em
externos e internos. Externos são aqueles sobre os quais o produtor ou empresário rural não
exerce controle ( clima, fatores políticos, preço, etc.). Fatores internos são aqueles sobre os
quais o produtor ou empresário rural exerce controle ( objetivos, estrutura, tecnologia,
recursos físicos, etc.).

III - ASPECTOS METODOLÓGICOS


O presente trabalho constituiu-se num estudo de caso que procura analisar a empresa
rural sob o enfoque dos conceitos de sistema apresentados pela literatura.
A unidade de produção estudada foi classificada como empresa rural segundo a
classificação proposta por Alencar & Moura Filho (1985). A empresa tem como atividade
principal a bovinocultura de leite. Ela está situada na Micro-Região Registro do Rio Grande,
município de Lavras, Minas Gerais.
A empresa iniciou suas atividades na produção de leite, de forma seme-intensiva, a
partir de janeiro de 1994. A meta da empresa é produzir 500 litros diário, de forma intensiva,
a partir do ano de 1998.
Os dados foram coletados junto a empresa através de visitas, análise de seu banco de
dados e de entrevista com seu proprietário.
A análise da empresa foi feita segundo o conceito de Churchuman (1972) onde se
procurou identifica os recursos disponíveis na empresa, os objetivos da empresa, o ambiente
onde a empresa opera, quais são suas missões e como a empresa é administrada.

VI - RESULTADO E DISCUSSÃO
Analisando a empresa segundo o conceito de sistema proposto por Curchmann (1972)
constatou-se que:
a) a empresa apresenta os seguintes objetivos:
- Lucro - retorno sobre os investimentos realizados
- Subsistência - produção de parte dos produtos consumidos pela família (frutas,
cereais, verduras, aves, etc.)
- Conhecimentos - gerar, testar e ampliar conhecimentos e práticas de produção e
gerência face ser o gerente da empresa ser pesquisador na área de administração rural.
- Lazer - face o gosto pela atividade, a empresa proporciona uma forma de lazer ou
mesmo satisfação pessoal.

b) Para alcançar seus objetivos a empresa utiliza os seguinte recursos:


1) Recursos Físicos - dividido em:
- Recurso de transformação
. Terra - 15 ha de terra de fertilidade média, topografia acidentada e pedregosa. Dos 5
ha, 2ha é utilizado com capineira (1ha de capim cameron e o restante em cana forrageira), 2ha
com cultivo de milho para silagem, 4ha formado em brachiaria, 3ha de várzea, 2ha de pasto
comum, 1 ha com matas ciliares e 1ha com pomares e benfeitorias.

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. Benfeitorias - em termo de benfeitorias existem um estábulo coberto de 72 m2, com
cocheira; uma casa de picadeira de 16m2; um paiol de 16m2; uma tulha de 20m2; cocho para
sal e para volumoso; três silos de trincheira com capacidade total de 50 t; uma casa de
empregado de 60m2; e uma casa sede de 120m2.
. Maquinas e equipamentos - quanto a máquinas e equipamentos existe uma
ensiladeira pinheiro P1 com um motor elétrico de 7,5 c.v.; um triturador nogueira número 1
com um motor elétrico de 5 c.v.; duas bombas de água; um friser horizontal de 300 litros para
conserva do leite; e outros pequenos instrumentos necessário à atividade. Dispõem também de
uma charrete para fazer os transportes internos. Como a propriedade não dispõem de
máquinas e equipamentos de preparo do solo esta contrata serviços de terceiros.
. Animais - o rebanho produtivo é formado pela estrutura apresentada na tabela - 1.
São animais cruzados 5/8 holandês com uma produção diária média é 10 litros.
. Rede de Energia elétrica - A propriedade é abastecida de energia elétrica por uma
rede de 10 KVA.
. Plantações - a propriedade dispõem de pastos, capineiras, matas ciliares, fruteiras,
etc.)
- Recursos de utilização
. Ração - a empresa além dos volumosos produzidos na propriedade (silagem, cana e
capim elefante) compra parte da ração concentrada. O consumo mensal é de 40 sacas de 40Kg
por mês.

Tabela 1 - Composição do rebanho da Empresa Santo Antônio

Categorias Números de animais


Vacas 16
Novilhas (> = 18 meses) 14
Bezerras de cria ( < 18 meses) 04
Bezerras lactantes 04
Novilhos (>= 18 meses) 01
Bezerros de cria (< 18 meses) 01
Bezerros lactantes 04
Touros 02
Eqüinos 02
Total 48

. Fertilizantes - além do fertilizante orgânico produzido, a empresa compra


fertilizantes químicos que são utilizados na produção de milho para silagem, feijão, capineira,
horticultura e fruteiras.
. Sementes - a empresa utiliza sementes melhoras na cultura de feijão e milho,
comprando-as no mercado local.
. Defensivos agropecuários - são utilizados defensivos no controle de saúvas, parasitas
externos dos animais e pragas das culturas anuais e fruteiras.
. Medicamentos - no controle da doenças dos animais e nas prevenções a empresa
utiliza antibióticos, fortificantes, vacinas e outros.

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2) Recursos humanos
A propriedade conta com o trabalho de dois empregados contratados por tempo
indeterminado. Em período que necessita de mais mão-de-obra (plantio, colheita, produção de
silagem) contrata, por caráter eventual. O serviço de administração é realizado pelo
proprietário.

3) Recursos financeiros
Em termos de recursos financeiros, a empresa tem investido em terra, animais,
benfeitorias, máquinas e equipamentos e culturas perene aproximadamente U$ 50.000,00. O
capital de giro da empresa anualmente é de U$ 13.500,00.

4) Recursos mercadológico - os recursos mercadológicos da empresa constitui-se de


um canal principal que é a cooperativa onde entrega toda produção e compra grande parte dos
insumos; de um sistema de transporte do produto feito por empresa especializada; e outros
canais de comercialização.

c) a empresa em estudo apresenta as seguintes missões:


1) Produzir
. Produzir leite tipo c para ser comercializado visando o objetivo lucro
. Produzir alimentos (frutas, ovos, aves, verduras, feijão e milho). em função do
feijão ser cultivado em consórcio parcial ( planta o feijão no espaçamento de 1m entre
linhas e após período de floração deste, o milho é plantado nas entrelinhas) com o milho
para silagem, as sobras do consumo é destinado ao mercado.
2) Manutenção
. da estrutura produtiva
. manutenção dos valores familiares

d) O ambiente da empresa e formado por:


1) Ambiente geral - constituído por:
- variáveis tecnológicas - para alcançar seus objetivos a empresa utiliza e depende
das tecnologias (vacinas, medicamento, sementes, etc.) geradas e difundidas pelas
organizações de pesquisa governamentais ou privadas.
- Variáveis econômicas - o resultado da empresa depende dos preços praticados no
mercado, tanto de insumos como dos produtos por ela produzido, da oferta e demanda de
produtos e insumos, dos índices de inflação, taxas de juros, níveis salariais, níveis de
renda, etc.
- variáveis políticas - as estratégias da empresa são tomadas e influenciadas em
função dos rumos das políticas econômicas, fiscal, fundiárias, etc. do país.
- Variáveis sociais - a empresa sofre influências das tradições culturais e do nível
cultural dos recursos humanos da região dificultando a contratação de mão-de-obra e
exigindo investimento em treinamento.
- variáveis legais - a empresa deve seguir aos aspectos normativos que regulam e
controlam o comportamento da empresa (pagamentos dos impostos e taxas, combate as
pragas e doenças, etc.).
- variáveis ecológicas - a utilização da terra e a escolha do processo de produção na
empresa deve ser feito observando as normas de proteção do meio ambiente. Caso
contrário ela esta sujeito a multas e punições rigorosas.

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2)Ambiente operacional - o ambiente operacional da empresa está situado nos
municípios de Lavras, Ribeirão Vermelho, Ijací e Perdões e é constituído principalmente
por:
- concorrentes -. Nestes municípios existem diversas unidades de produção
produzindo leite, café milho, arroz, etc., consumindo diversos insumos (ração,
medicamentos, fertilizantes, sementes, serviços etc.) e vendendo sua produção no mesmo
mercado consumidor.
- Fornecedores - no ambiente operacional da empresa o número de fornecedores é
pequeno e pouco competitivo. A empresa fica, muitas vezes, na dependência de um ou
dois fornecedores o que dificulta o processo de barganha. A empresa estudada adquire
grande parte de seus insumos na Cooperativa Alto Rio Grande da qual é sócio.
- Consumidores ou clientes - o mercado consumidor é muito pequeno (
aproximadamente 160.000 habitantes). Em termos de atacado, são poucas firmas que
compram os principais produtos produzidos na região ( Cooperativa Alto Rio Grande,
Laticínio Almeida e Parmalat), o que faz a empresa ficar nas mãos de um dos três. No caso
da empresa em estudo esta comercializa sua produção de leite através da Cooperativa.
- Regulamentadores - a empresa está sujeita às leis e regulamentos municipais,
regionais e estaduais. Existe fiscalização quanto as sanidade animal (IMA), trabalhista
(TRT), ambiental (IEF) e mesmo creditícia (bancos).

e) Administração da empresa estudada:


A empresa é administrada segundo os conceitos apresentado pelas teorias e
práticas da administração. São adotadas funções de planejamento, organização, direção e
controle.
A empresa adota planejamento de longo, médio e curto prazo. A longo prazo,
período de 5 anos (1994 - 1998), a empresa tem como meta ter uma produção diária de
500 litros, num sistema de produção seme-confinado. Para alcançar esta meta a empresa
pretende investir na formação de capineiras, pastos (piquetes de napier), silos, estábulo,
melhoramento do rebanho e treinamento de mão-de-obra.
A médio prazo a empresa adota o planejamento anual. Em 1994 a empresa investiu
em construção de silo, alimentação (capineira e silagem) e manejo dos animais. Em 1995 a
empresa investirá em alimentação (silagem e capineira), estábulo, melhoramento do
rebanho, pastagem e treinamento de mão-de-obra.
No curto prazo a empresa adota planejamento mensal e semanal com definição de
tarefas a serem realizadas no período.
Quanto a organização, a empresa organiza seus recursos em humanos e físicos. Os
físicos, compostos de benfeitorias, máquinas e equipamento, etc., são agrupados de
forma a dar uma maior racionalidade no processo de produção, já os recursos humanos
estão organizados em uma estrutura composta pelos proprietários, um assessoria
administrativas e os funcionários. A empresa apresenta regimento interno e plano de
cargos e salários para os funcionários.
A direção é feita pelos proprietários com apoio da assessoria administrativa. As
decisões são tomadas levando em consideração os planejamento e as ocorrências diárias.
O controle é feito através de anotações das ocorrências diárias, em pranchetas, as
quais são transferidas para um computador, utilizando um programa de monitoramento
(MONTY), que gera um conjunto de gráficos e tabelas mostrando índices técnicos. O
controle de pessoal e feita por um escritório de contabilidade. No tocante a receitas,
despesas e investimentos estes são controlado através de notas fiscais que são lançado no
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computador utilizando o mesmo programa de controle técnico, o qual emite relatórios
sobre a situação econômica e financeira.

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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