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**Uso da Crase: Regras e Exemplos**

A crase é um fenômeno da língua portuguesa que


consiste na fusão da preposição "a" com o artigo
definido feminino "a" ou com o pronome
demonstrativo feminino "aquela". É um aspecto
importante da escrita correta e elegante em
português. Vamos explorar as principais regras de
uso da crase com exemplos para cada caso:

**1. Antes de palavras femininas determinadas pelo


artigo feminino "a":**

Regra: Use a crase quando houver a junção da


preposição "a" com o artigo definido feminino "a".

Exemplo:

- Errado: Vou a a festa.

- Correto: Vou à festa.

**2. Antes de pronomes femininos que admitem a


preposição "a":**
Regra: Use a crase antes de pronomes femininos que
aceitam a preposição "a".

Exemplo:

- Errado: Refiro-me a aquela situação.

- Correto: Refiro-me àquela situação.

**3. Em expressões que indicam tempo ou


distância:**

Regra: Use a crase em expressões que indicam tempo


ou distância quando há a preposição "a" e a palavra
feminina admite a preposição "a".

Exemplos:

- Errado: Ela voltará daqui a a uma semana.

- Correto: Ela voltará daqui a uma semana.

**4. Em locuções prepositivas, conjuntivas e


adverbiais femininas:**

Regra: Use a crase em locuções prepositivas,


conjuntivas e adverbiais femininas.
Exemplos:

- Errado: Eles viajaram a Paris.

- Correto: Eles viajaram à Paris.

**5. Em locuções prepositivas formadas por palavras


femininas e masculinas:**

Regra: Use a crase se a palavra feminina


determinada pelo artigo "a" estiver implícita em
relação à palavra masculina.

Exemplo:

- Errado: Eles foram a pé a cidade.

- Correto: Eles foram a pé à cidade.

**6. Em expressões que indicam modo ou meio:**

Regra: Use a crase em expressões que indicam modo


ou meio.

Exemplo:

- Errado: Ela escreveu a máquina.


- Correto: Ela escreveu à máquina.

**7. Antes de palavras masculinas:**

Regra: Não utilize a crase antes de palavras


masculinas.

Exemplo:

- Errado: Eles foram à pé.

- Correto: Eles foram a pé.

**8. Em palavras repetidas:**

Regra: Evite usar a crase em palavras repetidas.

Exemplo:

- Errado: Ela estava à procura à procura de


emprego.

- Correto: Ela estava à procura de emprego.

**9. Antes de verbos, exceto em casos de expressões


consagradas:**
Regra: Não use a crase antes de verbos.

Exemplo:

- Errado: Vou a estudar.

- Correto: Vou estudar.

Lembrando que é fundamental compreender o contexto


da frase para aplicar corretamente a crase. Além
disso, existem algumas situações ambíguas em que a
crase pode ou não ser usada, então é sempre bom
revisar as regras e praticar a escrita.

**Regras de Identificação e Classificação da


Regência Verbal e Nominal**

A regência verbal e nominal são elementos


fundamentais na gramática da língua portuguesa.
Elas determinam a relação entre um verbo ou um nome
(substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos que
o complementam. Vamos explorar detalhadamente as
regras de identificação e classificação da
regência, com exemplos para cada caso.
**Regência Verbal:**

A regência verbal envolve a relação entre um verbo


e seus complementos (objetos diretos e indiretos).
Os principais casos são:

1. **Verbo Transitivo Direto:** São os verbos que


necessitam de um objeto direto para completar seu
sentido. Não exigem preposição antes do objeto
direto.

Exemplo: "Ele comeu o bolo."

O verbo "comeu" é transitivo direto, e "o bolo"


é o objeto direto.

2. **Verbo Transitivo Indireto:** São os verbos que


exigem um complemento introduzido por preposição
para completar seu sentido.

Exemplo: "Ela confia em seus amigos."

O verbo "confia" é transitivo indireto, e "em


seus amigos" é o complemento introduzido por
preposição.

3. **Verbo Transitivo Direto e Indireto:** São os


verbos que possuem dois complementos: um direto e
um indireto.
Exemplo: "O professor deu um livro ao aluno."

O verbo "deu" é transitivo direto e indireto, e


"um livro" é o objeto direto, enquanto "ao aluno" é
o objeto indireto.

4. **Verbo Intransitivo:** São os verbos que não


exigem complemento para ter sentido completo.

Exemplo: "Ela sorriu."

O verbo "sorriu" é intransitivo e não requer


complementos.

**Regência Nominal:**

A regência nominal envolve a relação entre um nome


(substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos que
o acompanham. Os principais casos são:

1. **Substantivo Abstrato Regido por Adjetivo:**


Alguns adjetivos exigem preposição quando
acompanhados de substantivos abstratos.

Exemplo: "Eles são ricos em conhecimento."

O adjetivo "ricos" exige a preposição "em" antes


do substantivo abstrato "conhecimento".
2. **Substantivo Regido por Adjetivo ou Verbo:**
Alguns adjetivos e verbos exigem preposição antes
dos substantivos que os complementam.

Exemplo 1: "Ele é especialista em matemática."

O adjetivo "especialista" exige a preposição


"em" antes do substantivo "matemática".

Exemplo 2: "Ele se interessa por literatura."

O verbo "interessa" exige a preposição "por"


antes do substantivo "literatura".

3. **Advérbio Regido por Verbo:** Alguns verbos


exigem preposição antes de advérbios que os
complementam.

Exemplo: "Ela depende muito de você."

O verbo "depende" exige a preposição "de" antes


do advérbio "muito".

**Conclusão:**

Dominar as regras de regência verbal e nominal é


essencial para uma comunicação clara e precisa em
português. Essas regras orientam como os verbos e
nomes interagem com seus complementos, garantindo a
correta estruturação das frases. Praticar com
diversos exemplos e identificar os diferentes tipos
de regência ajudará a fortalecer o entendimento e o
uso adequado desses conceitos gramaticais.

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