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Prezados,
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma determinação do Plano Nacional de Educação e aponta um currículo mínimo
para Educação Básica, definindo os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os alunos brasileiros têm o direito de
aprender. É com muita satisfação que apresentamos, agora na íntegra, o Currículo Municipal.
Este documento reflete as discussões ao longo dos anos de 2017 e 2018, em torno da BNCC em 2ª e 3ª versões com ampla
participação de nossos professores e algumas adequações realizadas em face da versão homologada. Como já é de conhecimento
de todos, a BCMSV contempla 60% de conhecimentos e habilidades obrigatórias para todo território nacional. Os 40% restantes
foram apontados ao longo deste período em nossos encontros, contemplando nossas demandas regionais, por meio de um
documento claro e objetivo, visando sempre uma educação de qualidade e que promova uma aprendizagem significativa aos
nossos alunos.
Forte abraço
Sumário
Apresentação...................................................................................................................................... 05
Linguagens - Arte:.................................................................................................................. 18
Matemática:............................................................................................................................24
Ciências da Natureza:.............................................................................................................27
Arte........................................................................................................ 55
Educação Física........................................................................................... 61
Matemática................................................................................................ 67
Ciências..................................................................................................... 75
História..................................................................................................... 78
Geografia.................................................................................................. 83
Referências Bibliográficas................................................................................................................... 87
Apresentação
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em dezembro de 2017, define os direitos de aprendizagens de todos os
alunos do Brasil. Passa a ser referência nacional obrigatória para a elaboração dos currículos e materiais didáticos, formação de
educadores, além de estabelecer critérios para avaliações externas.
Trata-se da oportunidade de formulação de estratégias e consolidação de práticas educacionais que visam assegurar a efetivação
e o acompanhamento de aprendizagens dos estudantes do país e diminuir as desigualdades.
Uma das principais mudanças que ocorre no processo de implementação da BNCC é a revisão do Currículo Municipal, que usa o
documento nacional como núcleo comum para essa reelaboração. Por orientação do próprio Ministério da Educação (MEC),
durante o processo de reelaboração curricular, estados, municípios e escolas particulares têm garantidas suas diversidades. A
participação dos educadores é essencial para complementar os currículos com suas propostas pedagógicas e particularidades
regionais.
Durante o ano de 2017 iniciamos a elaboração da Base Curricular Municipal (BCM-SV). Ao longo do ano foram realizados noventa
e dois encontros oferecendo condições para que todos os docentes da rede municipal participassem dessa construção.
Com a BNCC homologada, passamos em 2018 a realizar os ajustes necessários em nosso currículo preliminar, elaborando a
fundamentação teórica com as principais concepções de educação que nortearão nossa prática pedagógica. Em um esforço
colaborativo, novamente contamos com todos os docentes da rede para a formulação de um documento coeso e representativo
dos anseios do município.
Chegamos a um momento ímpar que é a entrega da BCM-SV já finalizada. O documento, a partir de agora, é oficialmente a
referência para a elaboração dos planejamentos anuais de todos os docentes do município desde a Educação Infantil até os Anos
Finais do Ensino Fundamental.
Nanci Tanikawa Lopes Luciana Oliveira Zima Ana Cristina Oliveira Flaviana Maria Goggin de Assis
Chefe do Departamento de Chefe do Departamento de Chefe do Departamento de Chefe dos Departamentos de
Educação Infantil Educação Especial Ensino Fundamental Anos Ensino Fundamental – Anos
Iniciais Finais e Educação de Jovens e
Adultos
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em 2017 foi de 5,8, ainda está abaixo da meta para o município, que é
de 6,2, entretanto, esse índice vem tornando a se elevar gradativamente ao longo dos anos, devido aos esforços de todos os
profissionais envolvidos, possibilitando avanços na aprendizagem dos estudantes. A repetência e a evasão escolar ainda são
fatores preocupantes e pretendemos alinhar nossos esforços para reduzir essas inquietações.
Nossos professores, membros das equipes gestoras das escolas e da secretaria, juntamente com pais e responsáveis de nossas
crianças e jovens, vêm unindo forças para a melhoria do ensino em São Vicente. Espera-se que a Base Curricular Municipal venha
atender os anseios dos estudantes, favorecendo o pleno desenvolvimento de suas competências, possibilitando um futuro tão
promissor quanto a sua história foi notável.
O direito das pessoas com deficiência à educação efetiva-se mediante a adoção de medidas necessárias para sua plena
participação, em igualdade de condições com as demais pessoas, na comunidade em que vivem, promovendo oportunidades de
desenvolvimento pessoal, social e profissional, sem restringir sua participação em determinados ambientes e atividades com base
na condição de deficiência.
Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, assegura-se um sistema
educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida.
Na perspectiva inclusiva, a concepção curricular contempla o reconhecimento e valorização da diversidade humana. Neste
sentido, são identificadas e eliminadas as barreiras, deslocando o foco da condição de deficiência para a organização do ambiente.
Ao promover a acessibilidade, os estabelecimentos de ensino superam o modelo de deficiência como sinônimo de invalidez,
passando a investir em medidas de apoio necessárias à conquista da autonomia e da independência pelas pessoas com
deficiência, por meio do seu desenvolvimento integral.
Assim, os sistemas de ensino devem assegurar em todos os níveis, etapas e modalidades, a organização e oferta de
medidas de apoio específicas para a promoção das condições de acessibilidade necessárias à plena participação e autonomia dos
estudantes com deficiência, em ambientes que maximizem seu desenvolvimento integral, com vistas a atender à meta de
inclusão plena.
A acessibilidade arquitetônica em todos os ambientes deve ser assegurada a fim de que os estudantes e demais membros
da comunidade escolar e sociedade em geral tenham garantido o direito de ir e vir com segurança e autonomia.
A etapa dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, compreendida entre o primeiro e o quinto ano de escolaridade da
Educação Básica, tem por objetivo a formação integral e básica da criança, conforme estabelece o Artigo 32º da LDB – Lei de
Diretrizes e Bases nº 9394/96 (BRASIL, 1996):
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita
e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em
que se fundamenta a sociedade;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que
se assenta a vida social.
Ainda segundo a LDB, Art. III, “(...) o currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos
direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da
Criança e do Adolescente(...)” (BRASIL, 1996). Nessa etapa da Educação Básica deve prevalecer as situações lúdicas de
aprendizagem de forma sistemática e através das investigações.
A Base Curricular Municipal de São Vicente está embasada nas diretrizes estabelecidas pela Base Nacional Comum
Curricular, homologada pelo Ministério da Educação em dezembro de 2017, assim como a participação de todas as escolas desta
rede de ensino representada por seus Professores e Equipes Gestoras. A partir dessa construção, acreditamos que os alunos dos
anos iniciais serão capazes de desenvolverem potenciais de modo a progredir seus conhecimentos através dos Anos Finais.
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que
repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN (BRASIL,
2013), a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com
o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a
participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de
sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com
esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo
reconhecimento de suas potencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças.
As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se organize em torno dos interesses
manifestos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com base nessas vivências, elas possam,
progressivamente, ampliar essa compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cognitivas cada vez mais complexas e
pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar. Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental,
a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem
do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu
envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010 (BRASIL, 2010), “os
conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de
novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo”.
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens
anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto
seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão
de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações
Nesse cenário a Base Curricular Municipal de São Vicente atende, de forma obrigatória segundo a legislação vigente, às
seguintes áreas de conhecimento nas formas de: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
Áreas de Conhecimento
Matemática: Matemática
Sobre a área da Linguagem para os Anos Iniciais: “(...) as linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de
objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem,
sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são
dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação (...)” (BRASIL, 2017, p. 61). Nesse sentido, a
aprendizagem tematizada remetendo-se às culturas infantis, tradicionais e contemporâneas. O processo de aquisição de leitura
deve ser o foco nos dois primeiros anos desse segmento e dessa forma, após a inserção no mundo letrado a criança tem a
possibilidade construir conhecimentos de maneira autônoma.
Sobre a área das Ciências da Natureza para os Anos Iniciais: Quando a criança ingressa no primeiro ano do Ensino
Fundamental, Anos Iniciais, ela já percorreu muitas experiências através desses campos, que foram oportunizados através da
Educação Infantil, seja através das explorações do ambiente ou do próprio corpo. “(...) Assim, ao iniciar o Ensino Fundamental,
os alunos possuem vivências, saberes, interesses e curiosidades sobre o mundo natural e tecnológico que devem ser valorizados
e mobilizados. Esse deve ser o ponto de partida de atividades que assegurem a eles construir conhecimentos sistematizados de
Ciências, oferecendo-lhes elementos para que compreendam desde fenômenos de seu ambiente imediato até temáticas mais
amplas (...).” (BRASIL, 2017 - p. 329)
Sobre a área das Ciências Humanas para os Anos Iniciais: Proveniente da etapa da Educação Infantil, a criança que
ingressa no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, necessita de uma prática pedagógica que valorize suas experiências sejam elas
individuais ou trazidas através da convivência familiar. Seja ela qual for sua formação. Essa prática necessita de uma abordagem
lúdica com significado de modo a favorecer a construção dos conhecimentos e desenvolvimento das competências e habilidades
nessa etapa. Por isso, nesse período o “(...) desenvolvimento da capacidade de observação e de compreensão dos componentes
Base Curricular Municipal de São Vicente..(Clique aqui para retornar ao Sumário)............................................................................................................................. 13
da paisagem contribui para a articulação do espaço vivido com o tempo vivido. O vivido é aqui considerado como espaço
biográfico, que se relaciona com as experiências dos alunos em seus lugares de vivência (...).” (BRASIL, 2017, p. 353).
Avaliação
O processo de avaliação das áreas de conhecimento, através dos componentes curriculares, que se pratica no Município de
São Vicente atende às normativas das Legislações vigentes através do Regimento Escolar, Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Básica e Lei de Diretrizes e Base nº 9394/96. A função avaliativa deve ser zelada pela Equipe Docente bem como pela
Equipe Gestora, de modo a promover aprendizagens significativas e desenvolvimento integral, como define o Art. 13º item III.
Ainda segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica (BRASIL, 2013), um dos documentos referência desta
Secretaria de Educação, o processo de avaliação deve atender aos seguintes critérios estabelecidos:
I – avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
III – possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
Através do que se assegura a etapa dos Anos Inicias, levando em consideração os aspectos de transição da Educação
Infantil para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais - e biológicos que envolvem os alunos dessa fase através de suas relações com
a família e a escola, reiteramos que a Base Curricular Municipal de São Vicente corrobora para o desenvolvimento integral do
aluno de modo a torna-lo uma criança formada em suas competências e habilidades próprias para o egresso na etapa dos Anos
Finais, do Ensino Fundamental.
Sendo referencial para a implementação do Currículo da Educação Básica do Município e norteando Projetos Pedagógicos, a
Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o
desenvolvimento das competências. A BNCC e os currículos têm papéis complementares para assegurar as aprendizagens
essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica por meio de seus eixos, uma vez que tais aprendizagens só se
materializam, mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação.
Diante dessas áreas de conhecimento, os estudantes poderão valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo, para
entender, explicar e intervir na realidade que os cerca. Desenvolver o pensamento científico como forma de exercitar a
curiosidade intelectual utilizando-se desses conhecimentos com criatividade e criticidade, possibilitando os avanços que a nossa
sociedade necessita.
Nossos estudantes devem aprender a valorizar e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, participando
delas ativamente, expandindo suas habilidades de interlocução e convívio social. Os estudantes devem aprender a se expressar e
partilhar ideias, experiências, informações, sentimentos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo, possibilitando o
avanço de toda a sociedade.
A cidadania deve ser o objetivo principal de toda nossa vida, portanto, nossos estudantes devem compreender a
importância em se tomar decisões com base nos princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, sendo
assim, este currículo ao qual se apresenta deve orientar a construção de saberes que serão importantes não somente para a
escola, mas para a sociedade vicentina como um todo.
Dentro do Ensino Fundamental, no eixo Oralidade, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua, as características de
interações discursivas e estratégias de fala e escuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica,
sistematiza-se a alfabetização; no eixo Leitura, amplia-se o letramento por meio de progressiva incorporação de estratégias de
leitura em textos de nível de complexidade crescente, assim como no eixo; Produção de textos, pela progressiva incorporação
de estratégias de produção de textos de diferentes gêneros textuais.
Para que seja realizado um trabalho linear, a BNCC (BRASIL, 2017) determina as seguintes competências específicas de
Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental, articulando-os com os eixos de formação:
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos
contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidade de seus usuários e da
comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de
atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de
construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida
social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de
atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias, sentimentos e continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades
linguística.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa,
ao(s) interlocutor (es) e ao gênero do discurso/ gênero textual.
Desenvolvendo-se desde a Educação Infantil, a Arte possibilita a aprendizagem de todas as áreas de conhecimento durante
o Ensino Fundamental, pois as interações com os objetos e com os colegas são fundamentais, portanto, o ensino de Arte deve
assegurar aos alunos a possibilidade de se expressar criativamente em seu fazer investigativo, por meio da ludicidade. Dessa
maneira, é importante que, nas quatro linguagens da Arte – integradas pelas seis dimensões do conhecimento artístico, as
experiências e vivências artísticas estejam centradas nos interesses das crianças e nas culturas infantis.
Tendo em vista o compromisso de assegurar aos alunos o desenvolvimento das competências relacionadas à alfabetização e
ao letramento, a componente Arte, ao possibilitar o acesso à leitura, à criação e à produção nas diversas linguagens artísticas,
contribui para o desenvolvimento de habilidades relacionadas tanto à linguagem verbal quanto às linguagens não verbais.
Também é preciso assegurar aos alunos a ampliação de suas interações com manifestações artísticas e culturais nacionais e
internacionais, de diferentes épocas e contextos. Essas práticas podem ocupar os mais diversos espaços da escola, espraiando-se
para o seu entorno e favorecendo as relações com a comunidade.
Promovendo a equidade de direitos, a BNCC (BRASIL, 2017) determina as seguintes competências específicas de Arte para
o Ensino Fundamental, articulando-os com os eixos de formação:
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno
social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos
tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a
diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e
significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos
sociais no decorrer da história. Nessa concepção, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita
a um deslocamento espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo.
Nas aulas, as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional,
singular e contraditório. Desse modo, é possível assegurar aos alunos a (re)construção de um conjunto de conhecimentos que
permitam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver
autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento em diversas finalidades humanas, favorecendo sua
participação de forma confiante e autoral na sociedade.
É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças,
jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. Esse universo compreende saberes
corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas, que se inscrevem, mas não se restringem, à racionalidade típica
dos saberes científicos que, comumente, orienta as práticas pedagógicas na escola. Experimentar e analisar as diferentes formas
de expressão que não se alicerçam apenas nessa racionalidade é uma das potencialidades desse componente na Educação Básica.
Para além da vivência, a experiência efetiva das práticas corporais oportuniza aos alunos participar, de forma autônoma, em
contextos de lazer e saúde.
Há três elementos fundamentais comuns às práticas corporais: movimento corporal como elemento essencial;
organização interna (de maior ou menor grau), pautada por uma lógica específica; e produto cultural vinculado com o
lazer/entretenimento e/ou o cuidado com o corpo e a saúde.
Portanto, entende-se que essas práticas corporais são aquelas realizadas fora das obrigações laborais, domésticas, higiênicas e
religiosas, nas quais os sujeitos se envolvem em função de propósitos específicos, sem caráter instrumental.
Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de
outro modo. A vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particular e insubstituível e, para que ela
seja significativa, é preciso problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos e significados que os grupos
sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corporal de movimento. Logo, as práticas corporais são textos culturais
passíveis de leitura e produção.
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Esse modo de entender a Educação Física permite articulá-la à área de Linguagens, resguardadas as singularidades de cada
um dos seus componentes, conforme reafirmado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos
(Resolução CNE/CEB nº 7/2010).
Na BNCC, cada uma das práticas corporais tematizadas compõe uma das seis unidades temáticas abordadas ao longo do
Ensino Fundamental. Cabe destacar que a categorização apresentada não tem pretensões de universalidade, pois se trata de um
entendimento possível, entre outros, sobre as denominações das (e as fronteiras entre as) manifestações culturais tematizadas
na Educação Física escolar. A unidade temática Brincadeiras e jogos explora aquelas atividades voluntárias exercidas dentro de
determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação e alteração de regras, pela obediência de cada participante
ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si. Essas práticas não possuem um
conjunto estável de regras e, portanto, ainda que possam ser reconhecidos jogos similares em diferentes épocas e partes do
mundo, esses são recriados, constantemente, pelos diversos grupos culturais. Mesmo assim, é possível reconhecer que um
conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de sociabilidade informais, o que permite denominá-
los populares.
É importante fazer uma distinção entre jogo como conteúdo específico e jogo como ferramenta auxiliar de ensino. Não é
raro que, no campo educacional, jogos e brincadeiras sejam inventados com o objetivo de provocar interações sociais específicas
entre seus participantes ou para fixar determinados conhecimentos. Neste documento, as brincadeiras e os jogos têm valor em si
e precisam ser organizados para ser estudados. São igualmente relevantes os jogos e as brincadeiras presentes na memória dos
povos indígenas e das comunidades tradicionais, que trazem consigo formas de conviver, oportunizando o reconhecimento de
seus valores e formas de viver em diferentes contextos ambientais e socioculturais brasileiros.
Por sua vez, a unidade temática Esportes reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. O
esporte como uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação,
caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários),
regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações
esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de
competição. No entanto, essas características não possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o
praticam, especialmente quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da saúde. Como toda prática social, o
esporte é passível de recriação por quem se envolve com ele.
A unidade temática Danças explora o conjunto das práticas corporais caracterizadas por movimentos rítmicos, organizados
em passos e evoluções específicas, muitas vezes também integradas a coreografias. As danças podem ser realizadas de forma
individual, em duplas ou em grupos, sendo essas duas últimas as formas mais comuns. Diferentes de outras práticas corporais
A Matemática que em currículos anteriores se pautava em sustentar o mundo do trabalho, agora, por meio da BNCC
enfatiza em atender as competências que devem ser aprendidas, contudo nossos alunos devem desenvolver suas habilidades
formuladas por cinco unidades temáticas ao longo do Ensino Fundamental. São elas: números, álgebra, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade e estatística, garantindo que os estudantes relacionem observações empíricas do mundo real a
representações (tabelas, figuras e esquemas) e associem essas representações a uma atividade matemática (conceitos e
propriedades), fazendo induções e conjecturas. Assim, espera-se que eles desenvolvam a capacidade de identificar oportunidades
e utilização da matemática para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resultados para obter soluções e
interpretá-las segundo os contextos das situações.
O papel do educador matemático vai além de ser um mero transmissor de conteúdos, ele é o agente de transformação
social diante de um cenário que identifica, a partir da situação sociocultural de seus alunos, entrelaçando os valores da
Matemática formal com os valores da Matemática voltada para as necessidades deles ou produzida em outros contextos. Além de
projetos pedagógicos e conteúdos matemáticos, é preciso sensibilizar-se e acolher reações, indagações, perplexidades,
constrangimentos, reservas e ousadias durante as aulas, enfim, compartilhar emoções impregnadas no processo educativo.
Vale ressaltar a importância de privilegiar atividades que envolvam assuntos do cotidiano dos estudantes a fim de que
colaborem com a compreensão, a elaboração e a validação da Matemática utilizada. Desta forma, o desenvolvimento do processo
cognitivo se dá, inicialmente, por meio da língua materna, dando significado à solução do problema, e, em seguida, a linguagem
matemática, buscando assim uma relação entre significados, conceitos e procedimentos. Portanto, é importante também que as
atividades propostas tenham significados construídos a partir dos anseios e das dificuldades, nas quais levem-se em consideração
alunos como cidadãos marcados pela sua cultura e a sua história de vida.
Assim sendo, para que se construa um ensino de qualidade no nosso município e que se garantam os direitos de aprendizagem, a
Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) dispõe dos seguintes objetivos de aprendizagem:
Usar conhecimentos matemáticos para compreender o mundo à sua volta.
Desenvolver o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e a capacidade para criar/elaborar e resolver problemas.
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Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, sabendo
selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente.
Estabelecer relações entre conceitos matemáticos da Geometria, Grandezas e Medidas, Estatística e Probabilidade, Números
e Operações, Álgebra e Funções, bem como entre a Matemática e outras áreas do conhecimento.
Comunicar-se matematicamente (interpretar, descrever, representar e argumentar), fazendo uso de diversas linguagens e
estabelecendo relações entre elas e diferentes representações matemáticas.
Desenvolver a autoestima e a perseverança na busca de soluções, trabalhando coletivamente, respeitando o modo de
pensar dos/as colegas e aprendendo com eles/as.
Usar tecnologias digitais no trabalho com conceitos matemáticos nas práticas sociocientíficas.
Para que seja realizado um trabalho linear, a BNCC determina as seguintes Competências Específicas de Matemática para o
Ensino Fundamental.
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações diferentes
culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas
científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do
trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos
convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da matemática
(Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo
segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a
autoestima e a perseverança na busca de soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e
culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-
las e avalia-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e
resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e
resultados.
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6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente
relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando
diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e
outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos
e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e
desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções de problemas, de
modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o
modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
9. Baseados nestas e nas habilidades pré-estabelecidas pela BNCC, seguimos com a construção e adequação do
Currículo da Educação Básica Municipal.
O ensino das ciências da natureza, como um conjunto de todos os saberes científicos entorno do ambiente físico e suas
propriedades, amplia a capacidade de abstração e autonomia de ação e de pensamento, relacionando seu cotidiano ao
conhecimento científico desenvolvido através de aprendizagens significativas, onde o aluno passa a ser protagonista e não mais
um receptor de conhecimentos. A proposta da BNCC (BRASIL, 2017) vem de encontro com os objetivos da ciência em tornar o
estudante crítico, reflexivo, autônomo, sujeito participativo de ações individuais e coletivas, contribuindo para a construção de
uma sociedade democrática com responsabilidade social e comprometimento ambiental.
As tecnologias na educação têm promovido diversas possibilidades para o surgimento de indivíduos participativos, que
aprendem a compreender o funcionamento de produtos industrializados e conseguem desenvolver conhecimentos necessários
para construir coisas. A educação tecnológica independe de conhecimentos prontos e visuais, onde os alunos são meros
expectadores, sendo assim, as Ciências possibilitam que os estudantes sejam inseridos numa cultura mais inovadora, tecnológica,
permitindo que eles mesmos construam seus objetos e máquinas. A BNCC favorece a construção desses novos alunos e nossos
professores estão na busca de novos conhecimentos pois, esta área, vive em constantes mudanças. A atualização profissional é
intrínseca característica do professor de ciências e depende do esforço e engajamento de cada um.
Para a formação de cidadão com tais características as Ciências da Natureza elencam as seguintes Competências Específicas
para o Ensino Fundamental:
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como
provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como
dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no
debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social
e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a
Base Curricular Municipal de São Vicente..(Clique aqui para retornar ao Sumário)............................................................................................................................. 27
curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para
propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do
trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias
e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro,
acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer
natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar
e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana,
fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às
suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a
questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
A História, enquanto componente curricular possui características próprias. Em sua trajetória como disciplina escolar
encontramos métodos de memorização para alguns pressupostos pautados na psicologia da educação, encaminhamentos atuais
da didática da história com conceitos específicos e o processo de ensino e aprendizagem com vistas à formação da consciência
histórica nos sujeitos em processo de escolarização.
Sendo referência para a reformulação e implementação do Currículo da Educação Básica do Município e norteando Projetos
Pedagógicos, a Base Nacional Comum Curricular define o “conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais” aos quais
todas as crianças, adolescentes e jovens brasileiros devem ter acesso ao longo de seu processo de escolarização na Educação
Básica.
Desta maneira, para trabalhar a área de Ciências Humanas – História e Geografia -, partimos das experiências relacionadas,
em especial, ao campo “O eu, o outro e o nós”. O ensino das Ciências Humanas – História, deve partir do pressuposto que “as
questões que nos levam a pensar a História como um saber necessário para a formação das crianças e jovens na escola e como
são as originárias do tempo presente. O passado que deve impulsionar a dinâmica do ensino-aprendizagem no Ensino
Fundamental é aquele que dialoga com o tempo atual” (BRASIL, 2017 - p. 395).
Ainda em conformidade com a BNCC (BRASIL, 2017), os Direitos de Aprendizagem propostos para o Componente Curricular
de História corroboram com os direitos assegurados pela Área de Ciências Humanas, uma vez que, estimula a formação ética dos
indivíduos, auxiliando na construção do sentido de responsabilidade para coletividades; na valorização dos direitos humanos; no
respeito ao ambiente e à própria coletividade; no fortalecimento de valores sociais, como a solidariedade, a participação e o
protagonismo voltados ao bem comum; e na preocupação com as desigualdades sociais. Trata-se de perceber as experiências
humanas a partir de diferentes pontos de vista, povos, culturas, tempos, territórios e paisagens (compreendendo melhor o Brasil,
sua diversidade regional e territorial) refletindo sobre sua inserção responsável na história da sua família, comunidade, nação e
mundo. Nesse sentido, tanto a Área de Ciências Humanas, quanto o Componente Curricular de História, contribuem para
Para que seja realizado um trabalho linear, a BNCC (BRASIL, 2017) determina algumas competências específicas da área de
Ciências Humanas - História para o Ensino fundamental:
A educação geográfica cumpre uma função social de entendimento do mundo complexo e dinâmico em que vivemos, além
dos lugares e das relações entre a sociedade e a natureza. O ensino de Geografia é importante para a leitura de mundo,
atribuindo sentido e compreensão da realidade. O espaço é o objeto central da ciência geográfica e pode ser considerado o
conceito mais amplo e complexo presente na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) apresentado no componente de
Geografia. As competências específicas elencadas para o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) no componente de Geografia são:
Partindo das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, o estudo de Geografia propõe como referência o estudo das
relações entre o processo histórico na formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura da
paisagem, lugar, espaço, região, território, sociedade e natureza. O estudo da Geografia é fundamentado no desenvolvimento da
percepção e do domínio do espaço.
A Geografia, enquanto ciência da sociedade e da natureza, deve também priorizar o estudo dos processos e suas interações
com a evolução da vida e com a produção do espaço geográfico. Desta forma, os conceitos estruturantes: paisagem, lugar,
tempo, território, região, sociedade e natureza são fundamentais no processo de construção do conhecimento e raciocínio
geográfico e no entendimento de que o espaço geográfico é resultado da trama composta por objetos técnicos e informacionais,
fluxos de matéria e informação, que se manifestam e atuam sobre a superfície terrestre. Outro conceito estruturador refere-se à
educação cartográfica, em que a linguagem cartográfica é considerada um instrumento indispensável no entendimento das
interações, relações e dos fenômenos geográficos e deve perpassar todos os anos do Ensino Fundamental.
É essencial estimular o raciocínio geográfico, a partir dos eixos temáticos e habilidades propostas, no sentido de contribuir
com a formação cidadã e ética, respeito às diferenças, sejam elas culturais, políticas e/ou religiosas e no enfrentamento das
desigualdades socioeconômicas.
04.Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de Textos de gêneros diversos: jornais/ reportagens,
recursos expressivos gráfico-visuais em textos canção, poemas visuais, dentre outros que utilizem X
multissemióticos. recursos diversificados.
Apreciação estética;
03.Reconhecer e analisar a influência de distintas
Pintores locais;
matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas
Elementos estéticos presentes nas festas tradicionais X X X
manifestações artísticas das culturas locais, regionais e
brasileiras;
nacionais.
Cultura tradicional africana brasileira.
02.Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas Aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos da
com o todo corporal na construção do movimento dança; X X X
dançado. Danças circulares.
03.Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes Recursos sonoros na criação da música;
no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na Diferenças e semelhanças entre os estilos musicais;
natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo os Músicas circenses; X X X
elementos constitutivos da música e as características de Percussão.
instrumentos musicais variados.
01.Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, Brincadeiras, danças, canções e histórias das festas
jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes pagãs e juninas. X X X
estéticas e culturais.
Descritores Saberes 1º 2º 3º
01.Experimentar e fruir de forma coletiva, combinações Ginástica de forma coletiva e lúdica, combinando
de diferentes elementos da ginástica geral (equilíbrios, diferentes elementos da ginástica geral com as X X X
saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais), habilidades motoras, utilizando ou não materiais e
propondo coreografias com diferentes temas do propondo coreografias com temas do cotidiano,
cotidiano. respeitando as diferenças e individualidades.
02.Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios Descrição das características dos elementos básicos da
na execução de elementos básicos de apresentações ginástica geral, utilizando a linguagem corporal, oral,
coletivas de ginástica geral, reconhecendo as escrita e audiovisual, reconhecendo as culturas X X
potencialidades e os limites do corpo e adotando regionais brasileiras (urbanas, rurais, folclóricas,
procedimentos de segurança. contemporânea, entre outras).
01.Experimentar, recriar e fruir danças populares do Conhecimento dos aspectos culturais (história,
Brasil e do mundo, e danças de matriz indígena e festejos, características), valorizando a preservação X X
africana, valorizando e respeitando os diferentes sentidos das danças populares do Brasil e do mundo, e de
e significados dessas danças em suas culturas de origem. matriz indígena e africana.
03.Identificar as características das lutas do Conhecimento das diferenças entre brigas e lutas, por meio
contexto comunitário e regional e lutas de matriz de brincadeiras e jogos de luta (concentração, agilidade, X X
indígena e africana, reconhecendo as diferenças conquista de objetos e territórios, reter, imobilizar, livrar-
entre lutas e brigas e entre lutas e as demais se).
práticas corporais.
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
01.Identificar características da Terra (como seu
formato esférico, a presença de água, solo etc.), com
base na observação, manipulação e comparação de Características da Terra. X
diferentes formas de representação do planeta
(mapas, globos, fotografias etc.).
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
TRIMESTRE
EIXO: AS PESSOAS E OS GRUPOS QUE COMPÕEM A CIDADE E O MUNICÍPIO (PGCCM)
1º 2º 3º
Descritores Saberes
02.Selecionar, por meio de consulta de fontes de O “Eu”, o “outro” e os diferentes grupos sociais e
diferentes naturezas e registrar acontecimentos étnicos que compõem a cidade e os municípios: os X
ocorridos ao longo do tempo na cidade ou na região desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde
em que vive. vive.
TRIMESTRE
EIXO: O LUGAR EM QUE VIVO (LQV)
1º 2º 3º
Descritores Saberes
04.Identificar modos de vida na cidade e no campo no Modo de vida no campo e na cidade no passado e no
presente, comparando-o com o passado. X
presente.
01.Mapear os espaços públicos no lugar em que vive e A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas X
identificar suas funções (ruas, praças, escolas, de conservação ambiental, bem como suas funções
hospitais, prédios da Prefeitura e Câmara de dentre o Município.
Vereadores etc.).
02.Identificar as diferenças entre espaço doméstico, A cidade de São Vicente, seus espaços públicos e
os espaços públicos e áreas de conservação privados e suas áreas de conservação ambiental.
ambiental, compreendendo a importância nessa Patrimônios históricos e patrimônios culturais do X
distinção e as Normas de convívio nos mesmos. Município de São Vicente.
Descritores Saberes 1º 2º 3º
TRIMESTRE
EIXO: O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO (SLM)
1º 2º 3º
Descritores Saberes
03.Reconhecer os diferentes modos de vida (hábitos Contribuições culturais das diferentes etnias de
alimentares, moradias, aspectos culturais, tradições e colonização. X
costumes) de povos e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
Descritores Saberes 1º 2º 3º
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Presidência da República. 5 de outubro de 1988. Brasília, DF
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmara dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de
16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de
Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Parecer nº 11, de 7 de outubro de 2010.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 9
de dezembro de 2010, seção 1, p. 28. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&
view=download&alias=6324-pceb011-10&category_slug=agosto-2010-pdf&Itemid=30192>
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação. Secretária de Educação
Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Anexo do Parecer
Homologado em 15/12/2017 - BNCC. Brasília, DF.