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PORTO SEGURO - BA
DEZEMBRO – 2020
Nilson Marques Silva Júnior
PORTO SEGURO - BA
JUNHO – 2021
Dedico este trabalho à minha
esposa e minhas filhas por todo
apoio e compreensão.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me dá o dom da vida e colocar sentido nela. A minha família, em especial
minha esposa, sempre com seu apoio fundamental e serenidade nos meus momentos de angústia. As
minhas filhas, Alice e Isadora, sempre prontas a me alegrar, buscarei sempre ser exemplo para elas.
As tias Gilsa e Dadá, fundamentais nessa caminhada, presente nos momentos mais difíceis e
complicados de trabalho e mestrado, ajudando no cuidado das minhas filhas. Aos meus pais, irmã e
sobrinhas. Agradeço aos colegas, em especial Leinah e Raquel, sempre disponíveis a ajudar.
Agradeço ao meu orientador, Luciano da Silva Lima, sempre paciente e disponível e a Marcus
Luciano Souza de Ferreira Bandeira, coorientador, que também não mediu esforços para as
explicações e apoio. Obrigado a vocês pelo apoio e as orientações.
Enfim, agradeço a todos os amigos e colegas que contribuíram para esse crescimento pessoal
e profissional!
Se conseguir enxergar longe é
porque procurei olhar acima
dos ombros dos gigantes.
Isaac Newton
SUMÁRIO
RESUMO GERAL…………………………………………………………………………………... 8
ABSTRACT……..…………………………………………………………………………………... 9
LISTA DE TABELAS…………………….…………………...…………………………………...10
LISTA DE FIGURAS...…………………………………………………………………………….11
INTRODUÇÃO GERAL…………………………………………………………………………...12
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................14
ARTIGO 1…………………………………………………………………………………………..17
Atividade fotoprotetora e inibitória da Tirosinase in vitro em plantas brasileiras: Uma revisão
associativa………………………………………………………………………………………...18
1. INTRODUÇÃO……….……………...........…………………………………………………..18
2. MATERIAL E MÉTODOS………………………………………………………………….19
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO….……………………………………..………………….20
4. CONCLUSÃO……………………………………………………………………………….25
5. REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………..26
ARTIGO 2…………………………………………………………………………………………..28
Avaliação do potencial antioxidante e fotoprotetor de espécies vegetais coletadas na Mata
Atlântica do Sul da Bahia………………………………………………………………………...29
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………...31
2. MATERIAL E MÉTODOS …………………………………………………………………31
2.1 Materiais Vegetais e Reagentes……………………………………….………………....31
2.2 Preparo dos Extratos através do Planejamento das misturas………………………….....32
2.3 Fenóis Totais (FT)……………………………………………………………………….32
2.4 Atividade Antioxidantes (AA)…………………………………………………………..33
2.5 Atividade Fotoprotetora...……………………………………………………………….33
2.6 Análise estatística……….……………………………………………………………….34
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………...………………………………....34
3.1 Extratos obtidos por planejamento de mistura Simplex Centroide e determinação dos
Fenóis Totais………………………….......……………………………………………..34
3.2 Avaliação da Atividade Antioxidante……………………...…………………………....35
3.3 Avaliação da Atividade Fotoprotetora…………………………………………………...37
4. CONCLUSÃO………………………………………………………………………………....37
5. REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………….38
CONCLUSÃO GERAL……………………………....………………………………….…………43
8
RESUMO GERAL
As plantas medicinais são utilizadas para tratar enfermidades há muito tempo. Com a grande
diversidade de espécies vegetais e o aumento da procura de fitoterápicos, diversos estudos surgiram
para que esses compostos possam ser validados e utilizados como tratamento farmacológico. Dentre
esses estudos, a pesquisa por substâncias fotoprotetoras tornou-se fundamental para prevenção de
doenças relacionadas à exposição à radiação solar. Dentre as consequências dessa exposição, tem se
a produção de radicais livres, espécies reativas de oxigênio, e estímulo de produção de enzima
tirosinase, que leva a danos que podem ser irreversíveis à pele. Este trabalho apresenta dois artigos,
onde o primeiro apresenta uma revisão associativa de plantas que foram avaliadas quanto ao seu efeito
fotoprotetor in vitro, no período de 2010 a 2020, utilizando as bases de dados Pubmed, Scopus e Web
of Science. O segundo artigo busca encontrar espécies vegetais que apresentam uma análise
quantitativa de compostos fenólicos em espécies presentes no bioma Mata Atlântica com atividade
antioxidante e fotoprotetora. Sendo assim, três espécies vegetais foram avaliadas quanto ao teor de
fenólicos, atividade antioxidante e fotoprotetora, Copaifera lucens Dwyer, Schnella angulosa (Vogel)
Wunderlin e Miconia albicans (S.W) Triana. Para obtenção dos extratos foi utilizado um
planejamento simplex centróide, para verificar qual a mistura de solvente era mais eficaz. Os
resultados mostraram que a Copaifera lucens Duyer apresentou maior teor de fenólicos e a Schnella
angulosa (Vogel) Wunderlin (caule) apresentou melhor atividade antioxidante.
ABSTRACT
Medicinal plants have been used to treat illnesses for a long time. With the great diversity of plant
species and the increased demand for herbal medicines, several studies have emerged so that these
compounds can be validated and used as a pharmacological treatment. Among these studies, the
search for photoprotective substances has become essential for the prevention of diseases related to
exposure to solar radiation. Among the consequences of this exposure is the production of free
radicals, reactive oxygen species, and stimulation of the production of the tyrosinase enzyme, which
leads to irreversible damage to the skin. This work presents two articles, in which the first presents
an associative review of plants that were evaluated for their photoprotective effect in vitro, in the
period from 2010 to 2020, using the databases Pubmed, Scopus and Web of Science. The second
article seeks to find plant species that present a quantitative analysis of phenolic compounds in species
present in the Atlantic Forest biome with antioxidant and photoprotective activity. Thus, three plant
species were evaluated for phenolic content, antioxidant and photoprotective activity, Copaifera
lucens Dwyer, Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin and Miconia albicans (S.W) Triana. To obtain
the extracts, a centroid simplex planning was used, to verify which solvent mixture was more
effective. The results showed that Copaifera lucens Duyer had higher phenolic content and Schnella
angulosa (Vogel) Wunderlin (stem) had better antioxidant activity.
Tabela 1 Relação dos artigos selecionados, segundo ano, periódico, título, tipo de
estudo e resultados dos artigos selecionados entre o período de 2010 a
21
2020………………………………………………………………………....
Tabela 1 Planejamento de misturas de solventes a serem empregados na obtenção de
extratos orgânicos por maceração exaustiva de folhas (F), raízes(R), Caule
40
(C)…………………………………………………………………..............
Tabela 2 Teor de Fenólicos Totais (FT) em µg g-1 obtido em cada planejamento com
amostras secas………………………………………………………...........
41
Tabela 3 Relação entre CE50, IAA e Fenólicos Totais…………………………….... 41
Tabela 4 FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Copaifera lucens Dwyer em
diferentes concentrações. (CLF)....................................................................
41
Tabela 5 FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Miconia albicans (S.W)
Triana em diferentes concentrações (MAC)................................................
42
Tabela 6 FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Schnella angulosa (Vogel)
Wunderlin em diferentes concentrações. (SAC)............................................
42
Tabela 7 FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Schnella angulosa (Vogel)
Wunderlin em diferentes concentrações (SAR).............................................
42
11
LISTA DE FIGURAS
A radiação Ultravioleta (UV) pode ser subdividida em 3 tipos: UVA, UVB e UVC, conforme
seu comprimento de onda (de 320-400, 280-320 e 190-280 nm), respectivamente. A UVA é
aproximadamente 20 vezes mais penetrante na pele humana do que a UVB e por ser um comprimento
de onda maior é responsável pelas mudanças observadas na pele e alteração celulares (FRUET, 2015).
A exposição a essa radiação solar, por efeitos cumulativos, pode ocasionar desequilíbrio entre
as substâncias antioxidantes com a quantidade de radicais livres presentes no organismo, gerando um
estresse oxidativo, que pode desencadear diversas doenças como câncer, doenças cardiovasculares e
desordens inflamatórias. (GUARATINI et al., 2009; SILVA et al., 2010)
Para diminuir as consequências da radiação solar e da produção excessiva de radicais livres,
têm-se utilizado com frequência os polifenóis de origem vegetal por sua conhecida ação antioxidante
e inibidor da tirosinase. Essa ação se deve a presença de grupos químicos, como hidroxila, grupos
carboxílicos e doadores de prótons. (FRUET, 2015).
A Mata Atlântica é um dos grandes ambientes de biodiversidade. Apesar de iniciativas de
conservação, criação de áreas de proteção, reservas, aproximadamente 7% ainda resta dessa floresta.
Atualmente, mais de 530 plantas estão ameaçadas (TABARELLI et al., 2005). Possui uma flora rica
devido a grande diversidade de espécies vegetais, com uma vasta quantidade de produtos bioativos
em estudo. Entretanto, ainda existe um vasto número de espécies vegetais cuja a composição química
não foi investigada e suas propriedades farmacológicas se encontram desconhecidas, (VIOLANTE et
al., 2009). Com o aumento do número de doenças associadas à radiação solar, torna-se necessário o
estudo de novas substâncias com potencial farmacológico. As plantas são fontes sustentáveis desse
arsenal terapêutico.
Nesse contexto, e buscando valorizar e preservar esse bioma Mata Atlântica, o primeiro artigo,
utiliza três espécies encontradas no bioma Mata Atlântica para avaliar o potencial fotoprotetor:
Miconia albicans, Copaifera lucens Dwyer, Schenella angulosa (Vogel) Wundelin.
A Miconia albicans ocorre desde o sul do México até o Paraguai. Cresce até 2,5 metros de
altura. Distribui-se por quase todos os estados brasileiros. Conhecida como canela de velho, essa
espécie é característica de cerrado e savana, mas também se encontra como vegetação litorânea.
Pertence à família das Melastomataceae, apresentando em média 1.000 espécies pertencentes ao
gênero Miconia, sendo que 250 são encontradas no Brasil (CRISTINA; BEATRIZ; ZAIDAN, 2003).
Diversos estudos têm demonstrado o potencial terapêutico da Micônia, dentre eles atividades
analgésicas, antiparasitárias, antifúngicas. A atividade fotoprotetora vem sendo estudada e
apresentando resultados satisfatórios, estando relacionada diretamente a presença de compostos
fenólicos, principal grupo de substâncias antioxidantes de origem vegetal, que mesmo em pequenas
13
quantidades apresentam potencial terapêutico no tratamento de doenças associadas à presença de
radicais livres. (PIERONI et al., 2011)
As plantas do gênero Copaifera e Schenella, pertencem à família das Fabaceae. Crescem entre
10-40 metros de altura. Existem em média 38 espécies no gênero Copaifera, sendo 22 dos quais são
restritos ao Brasil. Apresentam-se de maneira natural em diferentes ecossistemas. A espécie
Copaifera lucens Dwyer, ocorre exclusivamente no leste do Brasil, na Mata Atlântica da Bahia, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. (VIDAL et al., 2014)
Apesar de apresentar várias espécies copaifera, apenas nove apresentam estudos sem
discriminar a espécie. Esses estudos avaliam oleoresinas naturais e comerciais. Foi verificado
atividade antiedematogênica em teste em ratos e inibição in vitro da 5-lipooxigenase, enzima que
participa da cascata inflamatória (LEANDRO et al., 2012). Em relação a espécie C. lucens Dwyer,
não existem estudos claros a respeito da sua atividade farmacológica, sendo avaliado apenas os efeitos
mutagênicos, através do teste de ames, onde a mesma apresentou segurança. (DAMASCENO et al.,
2019)
A Schenella angulosa (Vogel) Wundelin, conhecida popurlamente como escada de macaco,
é endêmica no Brasil, aparecendo nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Também pertencente à família
Fabaceae. Encontrado em vários biomas, algumas espécies apresentam alta capacidade de fixação de
nitrogênio. (TRETHOWAN; CLARK; MACKINDER, 2015)
As espécies do gênero Bauhinia contêm flavonoides, terpenoides, esteroides, ácidos fenólicos.
Dentre as propriedades terapêuticas, algumas espécies se destacam pela atividade antioxidante e
hipoglicemiante, tendo correlação com a presença de compostos fenólicos, em especial de
flavonoides glicosilados (SANTOS et al., 2014).
O segundo artigo apresenta uma revisão integrativa dos últimos dez anos de plantas que foram
avaliadas quanto à atividade fotoprotetora. A exposição às radiações ultravioletas (UV), são também
responsáveis por alterações cutâneas, que geralmente são provocadas por espécies reativas de
oxigênio (ERO) (DE SOUZA; CAMPOS; PACKER, 2013). Diversos estudos relatam que os radicais
livres são os principais responsáveis por dano celular, acarretando várias doenças, dentre elas o câncer
de pele. Substâncias presentes em plantas, podem apresentar atividade redutora, sequestrador de
radicais livres e inibidores de enzimas (VIEIRA et al., 2015).
14
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
*nilsonmsj@hotmail.com
(Recebido em dia de mês de ano; aceito em dia de mês de ano)
________________________________________________________________________________________________
Resumo
O uso de plantas medicinais tem sido empregado para diversos fins, principalmente terapêuticos. A busca por compostos
com atividades farmacológicas fotoprotetoras em espécies brasileiras, vem aumentando gradativamente, levando a
procurar espécies vegetais que apresentem substâncias bioativas em todo o mundo. Dentre esses estudos, a inibição da
tirosinase está sendo promissora para a utilização como fotoprotetores naturais. Sendo assim, objetivo desta revisão de
literatura, foi analisar a produção científica sobre a atividade fotoprotetora e inibitória da tirosinase. A revisão foi baseada
em etapas sistemáticas, nas bases de dados Scopus, Pubmed e Google Acadêmico, seguindo critérios de inclusão: artigos
científicos disponíveis na íntegra nas bases de dados, publicados em periódicos nacionais e/ou estrangeiros, referentes a
plantas medicinais com atividade fotoprotetora e inibitória da tirosinase, publicados entre 2010 a 2020. Foram incluídos
treze artigos, sendo que doze avaliaram a inibição da enzima in vitro em diferentes partes das espécies vegetais analisadas:
óleo, folha, caule e fruto. Todos os artigos evidenciaram a inibição enzimática da tirosinase pelas espécies vegetais
analisadas. Assim, a utilização dessas espécies em filtros solares, pode impedir danos causados pela incidência da radiação
solar na pele.
Abstract
The use of medicinal plants has been used for several purposes, mainly therapeutic. The search for compounds with
photoprotective pharmacological activities in Brazilian species has been gradually increasing, leading to the search for
plant species that present bioactive substances worldwide. Among these studies, tyrosinase inhibition is promising for use
as natural photoprotectors. Thus, the objective of this literature review was to analyze the scientific production on the
photoprotective and inhibitory activity of tyrosinase. The review was based on systematic steps, in the Scopus, Pubmed
and Google Scholar databases, following inclusion criteria: scientific articles available in full in the databases, published
in national and / or foreign journals, referring to medicinal plants with photoprotective activity and tyrosinase inhibitor,
published between 2010 and 2020. Thirteen articles were included, twelve of which evaluated the inhibition of the enzyme
in vitro in different parts of the plant species analyzed: oil, leaf, stem and fruit. All articles showed enzymatic inhibition
of tyrosinase by the plant species analyzed. Thus, the use of these species in sunscreens, can prevent damage caused by
the incidence of solar radiation on the skin.
1. INTRODUÇÃO
O uso de plantas medicinais é opção terapêutica para melhoria da saúde em todo mundo,
principalmente nos países onde a população não tem acesso a um sistema de saúde pública de qualidade e
necessitam de fontes alternativas para cura de enfermidades [1,2].
19
Nesse contexto, o Brasil ocupa uma posição privilegiada com uma diversidade de espécies vegetais,
estimada pelo Ministério Ambiente do Brasil (MMA), em 43.020 espécies conhecidas [3]. Além disso, abriga
comunidades com vasto conhecimento passados de geração a geração sobre o uso de plantas medicinais para
cura de diversos males, dentre elas doenças de pele, ocasionadas pela exposição excessiva à radiação solar
[4,5].
Entre os inúmeros usos das propriedades atribuídas às plantas no Brasil, pode-se citar o uso de extratos
naturais para a proteção da pele frente à exposição dos raios solares [6]. Esta tem sido uma estratégia
farmacológica eficaz e segura, associado a facilidade de uso e custos, principalmente em relação aos filtros
solares comerciais. Esses filtros solares orgânicos possuem a capacidade de proteger a pele por reflexão da
radiação incidente e absorção da radiação ultravioleta e pela ação dos metabólitos secundários das plantas,
diferentemente dos filtros comerciais que agem pela ação de óxido metálico refletindo ou dispersando a
radiação incidente [7,8].
Dentre os mecanismos utilizados para avaliação de extratos bioativos para a proteção dos danos da
radiação solar causados na pele, são destacados a capacidade fotoprotetora e inibição da enzima tirosinase. A
capacidade fotoprotetora consiste na minimização dos efeitos danosos dos raios UV pela absorção, reflexão
ou da difusão dos raios incidentes por extratos naturais [7]. A ação é medida por fator de proteção solar (FPS)
que estabelece o período de exposição solar com o produto fotoprotetor aplicado sem a ocorrência de eritema.
Associado também a proteção da pele humana, a inibição da tirosinase tem sido alvo de estudos visando a
inibição da enzima com o objetivo de controlar o excesso da produção de melanina [6,9].
A capacidade dos extratos de plantas em inibir a tirosinase é um mecanismo essencial na redução de
desordens na melanogênese ocasionado pela exposição solar, sendo apontado por alguns autores como
promissores para o tratamento do distúrbio [5,10,11]. Desta forma, a tirosinase é uma enzima chave para a
biossíntese de melanina, porém quando em excesso desencadeia a hiperpigmentação e o uso de inibidores
atuam na fase inicial da melanogênese reduzindo os danos celulares [12,13].
Paralelamente ao contexto, também a exposição celular à radiação solar estimula a produção de
Espécies Reativas e geração de estresse oxidativo [14], o que pode resultar no crescimento desordenado das
células causando fotoenvelhecimento e até mesmo, o surgimento de tumores e neoplasias malignas [15]. Foi
constatado, que pessoas que residem em países tropicais estão mais expostas à doença, como o Brasil e a
Austrália, que apresentam os maiores registros de câncer de pele do mundo [16,17].
Face ao exposto, o objetivo dessa revisão foi reunir informações experimentais de artigos que
avaliaram in vitro a capacidade fotoprotetora e inibitória da tirosinase em plantas brasileiras, a fim de conhecer
alternativas naturais para a minimização dos efeitos danosos da exposição à radiação solar na pele humana.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O levantamento foi realizado pela busca de artigos científicos publicados no período de 2010 a 2020,
nas bases Pubmed, Scopus e Google acadêmico, utilizando as palavras chaves “Brazil AND Tyrosinase AND
Photoprotection” na base PubMed e “Brazil AND Tyrosinase” na base Scopus. Já na base do Google
20
Acadêmico foi necessário utilizar os termos “Brazil AND Tyrosinase AND Photoprotection AND Forest” para
obter maior refinamento, conforme descrito no fluxograma da Figura 1.
A busca resultou em um total de 184 artigos. Entretanto, ao analisar a íntegra dos estudos, foram
excluídas as monografias, dissertações, textos incompletos e os que eram realizados com plantas coletadas fora
do Brasil. Esta seleção resultou em 13 artigos que descreviam a atividade fotoprotetora e inibitória da tirosinase
de espécies vegetais brasileiras.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram obtidos 13 artigos que apresentaram dados
sobre plantas brasileiras com potencial de inibição da tirosinase e atividade de fotoproteção. Todos os artigos
foram lidos na íntegra, totalizando doze estudos experimentais e um de revisão.
A Figura 2 mostra a quantidade de artigos publicados nos últimos 10 anos para avaliação in vitro da
atividade fotoprotetora e inibitória da tirosinase em extratos de plantas brasileiras.
21
Figura 2: Número de publicações de artigos relacionados à avaliação in vitro da atividade fotoprotetora e/ou
inibitória da tirosinase em extratos de plantas brasileiras no período de 2010 a 2020, em periódicos disponíveis nas
bases de dados Scopus, Web of Science, Pubmed, Scielo e Google Acadêmico
Verifica-se que houve maior número de publicações entre os anos de 2012 à 2014, com oito artigos e
o período de 2016 a 2018, com cinco artigos publicados. Nos demais anos nesse período não houve publicação.
Observa-se que a partir de 2014 houve uma diminuição no número de publicações, demonstrando assim a
necessidade de mais pesquisas nessa área.
Utilizando os artigos selecionados, foi descrito na tabela 1 de maneira resumida informações como:
Referência, Espécie e Família, Parte Utilizada do Vegetal e Resultados da atividade fotoprotetora e inibição
da tirosinase das plantas brasileiras avaliadas nos estudos
Tabela 1: Relação dos artigos selecionados, segundo ano, periódico, título, tipo de estudo e resultados dos artigos
selecionados entre o período de 2010 a 2020
RESULTADO
PARTE
UTILIZAD INIBIÇÃO DA REFERÊNCIA
ESPÉCIE FAMÍLIA ATIVIDADE
A DO TIROSINASE ATIVIDADE TIROSINASE
VEGETAL FOTOPROTETORA *
IC50 IC50
Óleo
Euterpe oleracea Areaceae Vegetal Não foi avaliada 66,08 µg.mL-1 Forte Atividade 5,86 µg.mL-1
Oenocarpus bataua Óleo
Mart Arecaceae Vegetal Não foi avaliada 668,03 µg.mL-1 Forte Atividade 5,86 µg.mL-1
Eugenia dysenterica Folha, Caule Moderada
DC Myrtaceae e Fruto Não foi avaliada 11,88 µg.mL-1 Atividade 13,14 µg.mL-1
Folha, Caule
Pouteria torta RadIk Sapotaceae e Fruto Não foi avaliada 30,01 µg.mL-1 Forte Atividade 13,14 µg.mL-1
Schinus
terebinthifolius Raddi Anacardiaceae Folha Não foi avaliada 0,44 mg.mL-1 Forte Atividade 0,19 mg.mL-1
Moderada
Dipteryx alata Vogel Fabaceae Folha Não foi avaliada 42% após 1h Atividade 100% em 1h
Baixa
Salvia officinalis Lamiaceae Folha Não foi avaliada 20% após 1h atividade 100% em 1h
Moderada
-1
Rheum rhaponticum L Polygonaceae Rizoma Não foi avaliada 0,06 μg.mL Atividade 0,02 μg.mL-1
Myracrodruon Folhas e Moderada
urundeuva Anacardiaceae Caules Não foi avaliada 42% após 1h Atividade 100% em 1h
Hancornia speciosa Apocynaceae Folha Não foi avaliada 159,4 μg.mL-1 Forte Atividade 6.5 μg.mL-1
* É aceito pela legislação brasileira FPS maior que 6,0.
Os dados obtidos pelos artigos selecionados reportaram a avaliação das atividades fotoprotetoras e/ou
inibitória da tirosinase para 13 espécies distribuídas nos biomas brasileiros (Figura 3). Nestes dados, é possível
observar que a maioria das espécies foram coletadas no bioma do cerrado, seguido pelo bioma Amazônia, com
38,5 e 30,8%, respectivamente, dos artigos selecionados.
Apesar desses biomas apresentarem características particulares como diversidades climáticas, solo,
hidrografia, entre outros [18] foi possível observar a presença de estudos em cinco biomas brasileiros. A
família das Fabaceae, apresentou três estudos diferentes, sendo dois no bioma cerrado e um no bioma Mata
Atlântica cada,sendo constituída com cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies, distribuídas em três subfamílias:
Faboideae, Mimosoideae e Caesalpinioideae, apresentando ampla distribuição em todo o planeta, sendo
encontrado em florestas tropicais, desertos, planícies e regiões alpinas [19].
As espécies estudadas dessa família foram Dipteryx alata (baru), Hymenaea stigonocarpa (jatobá) e
Dalbergia ecastaphyllum (marmelo do mangue). Foram preparados extratos etanólicos utilizando folhas e
frutos para extração nessas três espécies, visto que a atividade inibitória da tirosinase está relacionada à
presença de compostos fenólicos que apresentam características polares [20]. A H. stigonocarpa, não realizou
estudo sobre o fator de proteção solar (FPS), apresentando atividade inibitória da tirosinase (AIT) de 76,3%
em 1h, considerada moderada atividade [13], enquanto que a D. ecasstaphyllum apresentou atividade
23
fotoprotetora com fator de proteção solar (FPS) de 13,08, considerado acima do valor da lesgilação brasileira
e moderada atividade inibitória enzimática [12,21].
Já a família das Verbenaceae que possui 35 gêneros e cerca de 800 espécies, presentes em regiões
subtropicais e subáridas da América do Sul, estando presente no Brasil [22], foi estudada a espécie Lippia
origanoides, utilizando folhas e galhos coletadas na Amazônia, para avaliar a atividade antioxidante e
inibitória da enzima Essas plantas são muito utilizadas na medicina tradicional para diversos fins terapêuticos
como: antimicrobiano, anti-hipertensivo, anti-inflamatório, analgésico e antioxidante para o combate aos
radicais livres [20,23]. Nesse estudo, houve atividade antioxidante e intensa atividade inibitória da tirosinase,
cerca de 84,7%, atribuída ao composto timol, que apresenta intensa proteção contra danos induzidos por
estresse oxidativo [23].
Os óleos das espécies Euterpe oleraceae (açaí) e Oenocarpus bataua (patauá) família Areaceae e
Arecaceae, respectivamente, apresentaram forte atividade inibitória da tirosinase, sendo que a Euterpe
oleraceae apresentou a melhor atividade inibitória da tirosinase, próximo ao padrão ácido kójico[24].
Utilizando as folhas e caules da espécie Acmella oleracea (jambu), família das Asteraceae, Barbosa e
colaboradores (2016) [25] verificaram que a espécie possui atividades anti-inflamatórias e analgésicas
comprovadas e se tornou promissora na inibição enzimática, principalmente pela presença do espilantol em
extratos metanólicos. Com esses extratos foi possível verificar que a inibição da enzimática foi de 206,8
mg.mL-1, apresentando forte ação inibitória e atividade fotoprotetora FPS 12, considerado acima do valor
aceitável.
Duas espécies pertencentes a família da Anacardiaceae apresentaram efetividade na inibição da
enzima. O extrato de folhas da Schinus terebinthifolius Raddi exibiu (AIT) in vitro [26]. Já as folhas e cascas
de Myracrodruon urundeuva apresentaram percentuais significativos para a mesma atividade de 66% para o
extrato metanólico das folhas e 42% para o extrato metanólico das cascas do caule, concluindo que a casca do
caule foi mais eficaz na inibição enzimática [9].
A Pouteira torta (Sapotaceae) e Eugenia dysenterica (Myrtaceae) apresentaram desempenho
satisfatório para inibição da tirosinase, apresentando também potencial para serem usadas em formulações
tópicas na pele sem causar efeito citotóxico quando usados em concentrações adequadas [27], entretanto foi
verificado um aumento de atividade inibitória da E. dysenterica ao aumentar a concentração do extrato,
demonstrando a correlação da concentração e atividade enzimática [28].
Em estudo desenvolvido sobre espécies da família das Lamiaceae, em que diversas espécies são
utilizadas na medicina tradicional para tratamento de doenças inflamatórias, foi verificado grande
concentração de fenólicos totais nas folhas da Salvia officinalis, sendo que a atividade antitirosinase está
relacionada diretamente a presença de flavonóides, subgrupo dos compostos fenólicos [29,30]. Silveira e
colaboradores (2013) [31] reportaram que o extrato de rizoma de Rheum rhaponticum, família Polygonaceae
também apresentou propriedades antioxidantes e inibitória da tirosinase com moderada atividade.
De fato, a atividade antioxidante está muito relacionada aos estudos de plantas com potencial uso
de proteção da pele. Essa avaliação ocorre pela presença de compostos antioxidantes como os compostos
fenólicos que atua inibindo a ação de radicais livres e ação da enzima tirosinase, diminuindo os danos celulares
24
Comparando o potencial fotoprotetor e inibidor da tirosinase dos extratos das plantas brasileiras, foi
observado que a maioria dos artigos científicos não trazem as avaliações das atividades de forma concomitante.
De todo quantitativo de artigos selecionados, apenas três publicações descrevem as atividades fotoprotetoras
e inibitórias da tirosinase no mesmo extrato da planta, sugerindo que quando associadas e ambas com alta
atividade apresentam maior benefício na proteção da pele, porque além de inibir a absorção da radiação solar,
controlam a síntese de melanina ao inibir a tirosinase [32].
Contudo, para avaliação do potencial de extratos para proteção da pele frente a exposição solar mais
criteriosa, sugere-se que os estudos ocorram em conjunto, ou seja, avaliação da atividade fotoprotetora,
inibição da tirosinase e antioxidante, pois os artigos que analisaram a atividade antioxidante, apresentaram
correlação positiva com a atividade fotoprotetora, demonstrando a ação desses antioxidantes naturais
encontrados nas plantas e sua atuação como redutores, sequestradores de radicais livres e inibidores de
enzimas. Verificou-se que a concentração de fenóis totais influencia a atividade antioxidante e
consequentemente a Fotoproteção, visto que os extratos que apresentaram maior atividade antioxidante foram
os que apresentaram maior concentração de fenóis totais [9].
Para verificação da atividade fotoprotetora o método empregado foi o de Mansur, comumente
utilizado para a avaliação da atividade fotoprotetora de extratos de plantas. Neste procedimento é realizado
uma varredura espectrofotométrica de 290 a 320 nm, em intervalo de 5 nm e multiplicado por valores
normatizados em decorrência da absorção de UVB [33]. Três trabalhos apresentaram estudo da atividade
fotoprotetora, sendo que dois trabalhos apresentaram FPS acima do valor estabelecido pela legislação
brasileira.
Já a outra avaliação descrita, aborda a quimioproteção da pele pela inibição do processo de síntese de
melanina através da inibição da tirosinase. O processo de avaliação in vitro ocorre pela adição de tirosinase de
cogumelo a cada extrato, sendo realizado a leitura em 475 nm em dois momentos, com intervalos de tempo
para avaliar a variação na densidade ótica [20]. Onze trabalhos avaliaram essa atividade, sendo que dois
trabalhos apresentaram baixa atividade inibitória da enzima.
Desde a última década, substâncias inibidoras da tirosinase encontrados em plantas vêm sendo
testados em produtos farmacêuticos objetivando prevenção da superprodução de melanina, o que pode
acarretar danos à pele. Dentre os compostos (Figura 4), pode-se destacar o ácido kójico (1), timol (2), espilantol
(3), quercetina (4), rutina (5) dentre outros, pertencentes às mais variadas classes de metabólitos secundários
como compostos fenólicos, hidroquinonas [23].
25
Figura 4: Estrutura química do ácido kójico (1), timol (2), espilantol (3), quercetina (4) e rutina (5)
Desta maneira, aqui são reunidas informações apresentando a importância dos estudos que visam
elucidar o papel da inibição da enzima tirosinase e o seu papel na proteção da pele e no controle da produção
de melanina. Essa ação associada a um fator de proteção solar eficaz, pode controlar e diminuir o grande
número de doenças que surgem pela ação de radicais livres produzidos pela exposição à radiação solar [34].
4. CONCLUSÃO
O Brasil tem tradição na área de pesquisas com produtos naturais, inclusive na busca de substâncias
inovadores na proteção da pele baseados em princípios ativos orgânicos. Dessa maneira, vários estudos têm
utilizado espécies da flora brasileira para avaliar atividade fotoprotetora e a capacidade de inibição da enzima
tirosinase. Esses estudos utilizando plantas brasileiras contribuem de maneira significativa para a valorização
dessas espécies.
26
Por ser um país de clima tropical e de grande incidência de radiação solar, são diversos os tipos de
doenças de pele que podem ser ainda mais prejudicadas sem a proteção adequada. Os filtros orgânicos, além
de serem eficazes, apresentam menor custo e de fácil obtenção de matéria prima.
Foi possível verificar que os extratos de plantas que apresentam atividade antioxidante, são
promissores na Fotoproteção, devido ao combate aos radicais livres que favorecem os danos celulares. A
associação entre atividade antioxidante, fotoprotetora e inibitória da tirosinase se torna mais promissora e
eficaz na proteção contra a radiação solar.
Assim, essas pesquisas são fundamentais para utilização de recursos naturais com um menor custo na
produção desses fotoprotetores, principalmente com espécies vegetais brasileiras, demonstrando as
potencialidades da flora local, estimulando pesquisas regionais, valorizando o saber popular, já que algumas
plantas já são utilizadas na medicina tradicional, fomentando a economia e facilitando o acesso a novos
produtos a população de baixa renda.
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28
Este artigo/capítulo está formatado segundo as normas da Revista Acta Ambiental Catarinense
Disponível no site: site da revista
ARTIGO 2
29
Resumo
As plantas apresentam diversas atividades terapêuticas, dentre elas a fotoprotetora. Para avaliar essa
atividade, foram extraídos compostos fenólicos de três espécies de plantas da Mata Atlântica do sul da
Bahia: Copaifera lucens Dwyer, Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin, Miconia albicans (SW) Triana,
conhecidas respectivamente como copaífera vermelha, escada de macaco, canela de velho. Utilizou o
planejamento centroide simplex, objetivando identificar a melhor mistura entre os solventes utilizados:
metanol, acetato de etila e clorofórmio e assim avaliar a melhor resposta na extração de compostos fenólicos
e na atividade fotoprotetora in vitro por espectrofotometria molecular no ultravioleta. Verificou-se que na
S. angulosa (raiz), S. angulosa (caule), C. lucens, M. albican o teor de fenólicos foi de 145,29, 260,9, 120,96,
100,19 µg.g-1 respectivamente, em diferentes misturas. Em relação ao índice de atividade antioxidante
(IAA), a S. angulosa (caule) apresentou forte atividade (1,40) a C. lucens atividade moderada (0,80) e a S.
angulosa (raiz) e M. albicans apresentaram baixa atividade antioxidante. As atividades fotoprotetoras da C.
lucens, M. albicans, S. angulosa não foram significativas uma vez que os extratos apresentaram valores de
1,7875, 1,6966, 3,0541, 3,0252, respectivamente, abaixo do valor mínimo permitido.
Abstract
The plants have several therapeutic activities, among them the photoprotective. To evaluate this activity,
phenolic compounds were extracted from three species of plants from the Atlantic Forest of southern Bahia:
Copaifera lucens Dwyer, Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin, Miconia albicans (SW) Triana, known
respectively as red copaifer, monkey ladder, old cinnamon. It used the simplex centroid planning, aiming to
identify the best mixture between the solvents used: methanol, ethyl acetate and chloroform and thus
evaluate the best response in the extraction of phenolic compounds and in the photoprotective activity in
vitro by molecular spectrophotometry in the ultraviolet. It was found that in S. angulosa (root), S. angulosa
(stem), C. lucens, M. albican the phenolic content was 145.29, 260.9, 120.96, 100.19 µg.g -1 respectively,
1
Filiação do autor
2
Filiação do autor
3
Filiação do autor
30
in different mixtures. Regarding the antioxidant activity index (IAA), S. angulosa (stem) showed strong
activity (1.40), C. lucens moderate activity (0.80) and S. angulosa (root) and M. albicans presented low
antioxidant activity. The photoprotective activities of C. lucens, M. albicans, S. angulosa were not
significant since the extracts presented values of 1.7875, 1.6966, 3.0541, 3.0252, respectively, below the
minimum allowed value.
teor fenólico. Assim utilizou-se os extratos vegetal possa ser biologicamente efetivo
dos seguintes planejamentos: (7) da C. lucens, como fotoprotetor (ORLANDA; VALE,
(3) da S. angulosa (raiz), (5) S. angulosa 2015).
(caule) e M. albicans. foi utilizado um
Espectrofotômetro Thermo Science®, modelo 2.6 Análise estatística
Multiskan Go, com cubetas de quartzo de 1
cm de caminho óptico. A determinação do Como análise estatística utilizou-se o
Fator de Proteção Solar (FPS) dos extratos foi ANOVA com número amostral igual a 3 e
obtida pelo método in vitro desenvolvido por comparando os resultados do índice de
(MANSUR et al., 1986), com algumas confiança com o valor tabelado do t-students
modificações. Inicialmente, uma solução de 2,92, com nível de confiança à (95%), sendo
1000 µg mL-1 dos extratos de maior todos os resultados apresentados como média
concentração de fenólicos de cada espécie ± desvio-padrão (DP). O coeficiente de
vegetal foram diluídas para as concentrações correlação foi estabelecido entre os teores de
de 1000, 500; 250; 125; 62,5 µg.mL-1. Estas fenólicos totais e atividade antioxidante
soluções foram preparadas em triplicatas, (valores de CE50) utilizando o software Excel.
utilizando como solvente o metanol. Em Todos os dados experimentais foram obtidos
seguida, medição foram realizadas em através do programa Excel e software Statistic
espectrofotômetro em 290 nm e 320 nm 6.0.
(intervalo correspondente ao UVB) (FRUET,
2015; PEREIRA et al., 2020; RIBEIRO,
2004). Para o branco foi utilizado o metanol
P.A. Os valores das absorbâncias obtidos nos 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
comprimentos de ondas foram aplicados a
equação 4 para a determinação do Fator de 3.1 Extratos obtidos por planejamento de
Proteção Solar. mistura Simplex Centroide e determinação
dos Fenóis Totais
FPS espectofotométrico = FC. 290∑320 EE(λ).I(λ).Abs(λ) (4)
O planejamento de mistura de
Onde FC = fator de correção (igual a solventes obtido pela mistura de Metanol,
10); ∑ = intervalo do comprimento de onda de Acetato de Etila e Triclorometano através de
290 a 320 nm. EE (λ) = efeito eritematogênico um planejamento Simplex Centróide buscou
da radiação de comprimento de onda λ; I (λ) = o solvente ou mistura mais eficiente na
intensidade da luz solar no comprimento de extração de fenólicos em extrato de C. lucens,
onda λ; Abs (λ) = leitura espectrofotométrica S. angulosa, M. albicans através do
da absorbância do extrato metanólico no delineamento experimental simplex centroide
comprimento de onda (λ). Os valores de misturas adotando os valores dos teores de
EE x I foram usados: 0,0150 (290 nm), 0,0817 fenólicos totais (FT) obtido pelo método
(295 nm), 0,2874 (300 nm), 0,3278 (305 nm), Folin-Ciocalteu descritos na tabela 2 para cada
0,1864 (310 nm), 0,0839 (315 nm) e 0,0180 tratamento de misturas para as plantas como
(320 nm) foram utilizados por Mansur et resposta. Ainda neste delineamento, foram
al. (1986). utilizados o modelo matemático linear e o
A presença de compostos fenólicos, fator resposta foi gerado sob a área e
apresenta grande absorção espectral pela superfície de triângulo equilátero pelo
radiação solar na faixa do UV-B, software Statistica v. 6.0 para representar os
apresentando ação antienvelhecimento e de efeitos dos solventes na mistura.
Fotoproteção. A eficácia da atividade Os resultados obtidos para os fenóis
fotoprotetora é avaliada pelo Fator de totais, apresentam grande tendência em se
Proteção Solar (FPS). O FPS sendo maior ou modificar em uma mesma espécie, conforme
igual a 6, é um indicativo de que a espécie
35
angulosa (raiz), tratamento (3) e M. albicans, absorção e comprimento de onda onde ocorre
tratamento (5). absorção máxima (VIOLANTE et al., 2009).
Ao avaliar a relação da concentração Assim, ao avaliar os resultados desta
da solução de DPPH com a CE50, foi possível pesquisa, pode-se sugerir que o FPS baixo seja
comparar o índice de atividade antioxidante em consequência das moléculas possuírem
(IAA) entre os planejamentos. Porém não baixa atividade absorvedora de UV. Os
pode correlacionar a atividade antioxidante resultados deste trabalho encontram-se de
com o teor de compostos fenólicos, visto que acordo com a literatura, pois outros trabalhos
espécies não apresentaram essa correlação. demonstraram que diferentes produtos
As avaliações da capacidade vegetais apresentaram absorção de UV, mas
antioxidante demonstraram estatisticamente não apresentam potencial para serem
que possui confiabilidade em nível de considerados filtros solares vegetais
confiança de 95%, n= 3, CV ≤ 0,1 e com os (MEDINA et al., 2015).
valores do índice de confiança abaixo ou igual Os resultados apresentados nas tabelas
ao valor de t-student (3,18) (ANOVA). 4 a 7 não são indicativos para a utilização dos
extratos metanólicos das espécies vegetais em
3.3 Avaliação da Atividade Fotoprotetora produtos fotoprotetores, visto que a faixa de
A avaliação do teor de fenólicos totais radiação ultravioleta situa-se nos
e o potencial antioxidante podem ser úteis comprimentos de ondas entre 290 a 320 nm e
para correlacionar com a atividade a absorbância encontrada nessas faixas foram,
fotoprotetora. Nos extratos, a atividade relativamente baixas, observando-se que todas
fotoprotetora foi avaliada utilizando análises as concentrações testadas não apresentaram
espectofotométrica em diferentes potencial de fotoproteção contra a radiação
concentrações na faixa do ultravioleta (290 a ultravioleta.
320 nm) como mostrado nas tabelas (4,5,6,7).
Conforme a metodologia usada para a 4. CONCLUSÃO
determinação da atividade fotoprotetora
descrita por Mansur et al. (1986), os extratos O planejamento Simplex Centróide foi
de folhas de C. lucens, caule de M. albicans, capaz de avaliar qual o composto ou mistura
caule e raiz de S. angulosa, apresentaram-se de solventes é mais eficiente na extração de
insatisfatório com valores de 1,7875, 1,6966, fenólicos em extrato de C. lucens, S. angulosa,
3,0541, 3,0252, respectivamente. O caule da M. albicans. O planejamento utilizando o
S. angulosa apresentou maior fator de metanol e triclorometano foi mais eficiente,
proteção solar (FPS) em relação as outras sendo capaz de extrair maior teor de fenólicos
espécies, que pode ser atribuído a parte da no extrato do caule da S. angulosa. Enquanto
planta utilizada na extração (PACHECO et al., que os planejamentos utilizando
2014). Porém, esses resultados não foram metanol/acetato de etila/triclorometano e
significativos, demonstrando baixa atividade metanol/acetato de etila, também apresentam
fotoprotetora, considerando que o valor eficácia na C. lucens e M. albicans,
mínimo para uso como filtro solar seja 6 respectivamente. Além disso, em uma
(seis), conforme RDC 30/2012 (BRASIL, perspectiva ambiental, o planejamento de
2012). misturas se torna essencial para diminuir o uso
Alguns fatores como a composição de solventes e assim diminuir o uso excessivo
química, solubilidade e capacidade em de solventes orgânicos.
absorver o espectro do ultravioleta, Em relação à atividade antioxidante, a
determinam a eficácia de um produto natural espécie que apresentou melhor capacidade de
como fotoprotetor. Essa eficácia, depende da estabilizar o radical DPPH foi a S. angulosa
capacidade de absorção de energia radiante (caule), que exibiu forte atividade
atribuída aos grupos cromóforos, que é antioxidante, seguida da C. lucens com
proporcional à sua concentração, intervalo de moderada atividade antioxidante. Esses
38
3 0 0 60
5 30 0 30
4 30 30 0
6 0 30 30
2 0 60 0
7 20 20 20
7 20 20 20
7 20 20 20
1 60 0 0
41
Tabela 2. Teor de Fenólicos Totais (FT) em µg g-1 obtido em cada planejamento com amostras
secas
3 5,00 20,87 2,99 2,68 145,29 1,06 0,02 11,20 1,5 0,14 16,52 0,80
5 4,87 58,43 3,82 19,32 25,61 0,14 2,38 260,9 5,51 9,17 93,08 0,68
4 35,56 82,42 6,13 4,63 56,54 1,46 7,49 106,64 3,11 1,06 100,20 1,49
6 5,10 7,97 0,59 1,85 24,93 0,83 0,43 45,87 1,85 4,82 11,89 0,53
2 3,19 23,57 0,53 1,00 26,63 0,43 0,44 104,72 1,08 0,14 17,45 0,59
7 20,02 120,96 1,37 6,25 57,45 1,30 6,41 231,17 1,95 5,53 35,95 0,85
1 7,99 118,25 1,53 8,43 23,30 1,27 6,74 91,62 1,88 9,53 26,34 2,86
RE= Rendimento; FT = Fenólicos Totais; DP = Desvio Padrão; CLF= Copaifera lucens (folhas);
SAR = Schnella angulosa (Raiz); SAC = Schnella angulosa (Caule); MAC = Miconia albicans
(Caule).
CE50
μg IAA
AMOSTRA Parte Planejamento FT
mL-1
Tabela 4. FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Copaifera lucens Dwyer em diferentes
concentrações. (CLF)
Concentração µg.mL-1
λ/nm EEX I 1000 500 250 125 62,5
290 0,0150 0,0238 0,0097 0,0253 0,0259 0,0120
295 0,0817 0,0126 0,0011 0,0021 0,0010 0,0026
300 0,2874 0,0002 0,0156 0,0015 0,0058 0,0150
305 0,3278 0,0343 0,0064 0,0022 0,0075 0,0054
310 0,1864 0,0341 0,0155 0,0118 0,0224 0,0073
315 0,0839 0,0325 0,0124 0,0038 0,0201 0,0088
320 0,0180 0,0413 0,0246 0,0095 0,0293 0,0085
42
Tabela 5. FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Miconia albicans (S.W) Triana em
diferentes concentrações (MAC)
Concentração µg/ml
λ/nm EEX I 1000 500 250 125 62,5
290 0,0150 0,0606 0,0090 0,0286 0,0419 0,0401
295 0,0817 0,0455 0,0108 0,0164 0,0234 0,0180
300 0,2874 0,0031 0,0381 0,0182 0,0363 0,0400
305 0,3278 0,0386 0,0349 0,0360 0,0259 0,0023
310 0,1864 0,0089 0,0177 0,0011 0,0097 0,0019
315 0,0839 0,0024 0,0014 0,0001 0,0032 0,0022
320 0,0180 0,0106 0,0081 0,0041 0,0050 0,0097
TOTAL 1,0002 0,1696 0,120 0,104 0,145 0,114
FPS 1,6966 1,2000 1,0442 1,4535 1,1423
Tabela 6. FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin em
diferentes concentrações. (SAC)
Concentração µg.mL-1
λ/nm EEX I 1000 500 250 125 62,5
290 0,015 0,0710 0,0827 0,0696 0,0723 0,0779
295 0,0817 0,0584 0,0651 0,0413 0,0410 0,0428
300 0,2874 0,0157 0,0280 0,0202 0,0259 0,0444
305 0,3278 0,0422 0,0377 0,0239 0,0111 0,0222
310 0,1864 0,0190 0,0382 0,0287 0,0218 0,0175
315 0,0839 0,0221 0,0225 0,0132 0,0108 0,0221
320 0,018 0,0341 0,0312 0,0232 0,0258 0,0195
TOTAL 1,0002 0,2625 0,3054 0,2201 0,2088 0,2465
FPS 2,6245 3,0541 2,2009 2,0875 2,4647
Tabela 7. FPS dos extratos metanólico da espécie vegetal Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin em
diferentes concentrações (SAR)
Concentração µg.mL-1
λ/nm EEX I 1000 500 250 125 62,5
290 0,015 0,1192 0,1088 0,0647 0,0990 0,1013
295 0,0817 0,0903 0,0493 0,0319 0,0730 0,0654
300 0,2874 0,0047 0,0132 0,0050 0,0303 0,0518
305 0,3278 0,0272 0,0137 0,0086 0,0139 0,0333
310 0,1864 0,0178 0,0152 0,0121 0,0226 0,0267
315 0,0839 0,0188 0,0024 0,0061 0,0138 0,0220
320 0,018 0,0246 0,0120 0,0197 0,0214 0,0193
TOTAL 1,0002 0,3025 0,2146 0,1482 0,2741 0,3198
FPS 3,0252 2,1464 1,4819 2,7405 3,1983
43
CONCLUSÃO GERAL
Sabe-se que a pesquisa por substâncias fotoprotetoras tornou-se fundamental para prevenção
de doenças relacionadas à exposição à radiação solar. Assim, a partir do artigo de revisão “Atividade
fotoprotetora e inibitória da Tirosinase in vitro em plantas brasileiras: Uma revisão associativa” foi
possível verificar que os extratos de plantas que apresentam atividade antioxidante, são promissores
na Fotoproteção, devido ao combate aos radicais livres que favorecem os danos celulares.
Esses resultados corroboram com os encontrados no estudo desenvolvido no segundo artigo
“Avaliação do potencial antioxidante e fotoprotetor de espécies vegetais coletadas na Mata Atlântica
do Sul da Bahia”. Pois em relação à atividade antioxidante, a espécie que apresentou melhor
capacidade de estabilizar o radical DPPH foi a S. angulosa (caule), que exibiu forte atividade
antioxidante, seguida da C. lucens com moderada atividade antioxidante. Esses valores demonstram
que a capacidade fotoprotetora pode ser promissora para essas duas espécies.
Com base no teor de fenólicos, atividade antioxidante e atividade fotoprotetora in vitro e
sabendo dos efeitos de proteção contra problemas de pele relacionados à exposição à radiação solar,
os resultados descritos neste trabalho estimulam a continuidade dos estudos para avaliar a ação
fotoprotetora de espécies vegetais e estudar sua correlação com atividade antioxidante.