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Lei 12.

037/2009 - Identificação Criminal


Diego Fontes

Aula 01 - Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal


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A Lei 12.037/2009 versa sobre o procedimento de identificação criminal.

Art.5.LVIII,CF.O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei.

Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal.

Regra:a pessoa civilmente identificada não precisaria de identificação criminal, a não ser as
hipóteses estabelecidas em lei.

Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal

Art.1º.O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos
nesta Lei.

Identificação Criminal

É estabelecer a identidade do acusado através de:

➔ registro, guarda e recuperação dos dados do acusado.

Estabelecer a identidade do acusado é fundamental para que uma pessoa não seja condenada de
maneira equivocada e evitar a impunidade.

Identificação Civil

O civilmente identificado para fins legais é:

Art.2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade – RG;

III – carteira profissional - CTPS;

IV – passaporte;

V – carteira de identificação funcional;

VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.

Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis
os documentos de identificação militares.

O rol de documentos é exemplificativo.

Admite outros documentos :

➔ CNH e Identidade militar.


Identificação Criminal
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CF - A identificação criminal não é necessária quando uma pessoa está civilmente identificada.

A identificação criminal ocorre quando:

➔ Dúvidas quanto à identidade civil; e


Ex.: documento rasurado, ou não apresentar documento.
➔ Necessidade da investigação.
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.

Hipóteses Necessária a Identificação Criminal

Art.3º.Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

Documentos de identificação civil.

I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

Quando o documento tiver rasura ou indício de falsificação é hipótese de identificação criminal.

II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Cabalmente = não deixa margem para dúvidas.


Ex.: um documento mais antigo, sem informações suficientes.

III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

Quando a pessoa possuir dois documentos de identificação civil, com informações conflitantes é
possível fazer a identificação criminal.

➔ Nome de solteiro;
➔ Nome de casado;
➔ Nome da mãe diferente; e
➔ Data de nascimento diferente.

Ex.: um documento de solteiro (sobrenome de solteiro) e outro documento de casado (adição de


sobrenome de casado), ou documentos com o nome da mãe diferente, ou data de nascimento
diferente. São documentos distintos com informações divergentes.

Necessidade da investigação

IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade


judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do
Ministério Público ou da defesa;

Ex.: quando a identificação criminal for essencial às investigações policiais quem decide é o juiz. Se
pessoa está sendo indiciada, mas há suspeita de que ela tenha cometido algum crime, o juiz pode
mandar fazer uma identificação criminal confrontando se as informações genéticas da pessoa batem
com informações genéticas armazenadas em uma base de dados.
Identificação Criminal Essencial às Investigações Policiais
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➔ Juiz decide de ofício; ou

Mediante Representação

➔ Delegado;
➔ Ministério Público; e
➔ Defesa.

Ex.: suspeita-se de que a pessoa esteve na cena de um crime, é feito o processo datiloscópico para
efeitos de subsidiar uma investigação criminal. Como é um procedimento que interfere nos direitos
fundamentais, demanda-se a presença do juiz. O despacho do juiz pode ser de ofício (de próprio
impulso), porque no Processo Penal vigora o Princípio da Verdade Real, e o juiz tem poderes
instrutórios de ofício para perseguir a verdade real.
O Processo Civil persegue o patrimônio e bens,é admissível a verdade formal.
Pode ser por requerimento do delegado (autoridade policial), do Ministério Público ou da defesa. A
defesa muitas vezes quer que o procedimento seja feito para provar que não é aquela pessoa que
estava na cena do crime.

A identificação criminal essencial às investigações policiais.

Representação:

➔ Juiz de ofício ( autoridade judiciária);


➔ Delegado (autoridade policial);
➔ Ministério Público; ou
➔ Defesa

V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

Constar nos registros da polícia, que a pessoa utilizou outros nomes ou outras qualificações.

VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento


apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

Documento antigo,mau estado de conservação, ou de uma localidade em que na época não era
exigido a presença de elementos que hoje são considerados essenciais para a identificação.

Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o
indiciado.

Documentos apresentados = Documentos de identificação civil.

STF - O MP tem poderes investigatórios conforme a Teoria dos Poderes Implícitos.

Aula 02 - Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal II

Identificação Criminal e Prisão Preventiva (CPP)


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Art.313.CPP.§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra
hipótese recomendar a manutenção da medida.

Identificação Criminal

Art.4º. Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as


providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.

Para evitar o constrangimento na identificação criminal, a lei estabelece que determinadas medidas
devem ser adotadas, como não fazer a identificação criminal quando a imprensa estiver observando,
devido à exposição pública.

Art.5º. A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados
aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de
investigação.

Identificação Criminal

➔ Datiloscópico = colher as impressões digitais.


➔ Fotográfico.

Banco de Dados de Perfis Genéticos

A coleta de dados genéticos será possível na hipótese de necessidade de investigação.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3º (necessidade da investigação), a identificação


criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético.

A necessidade de investigação necessita de despacho de autorização do juiz.

Competência Técnica

Art.5º-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de
dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.

Se for necessário laudos em que se ateste perfis genéticos, o responsável será o perito.

§1º. As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão
revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero,
consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos.
§2º. Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso,
respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para
fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial.
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Art.7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.

§3º. As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em
laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.

MATC# = coincidência de perfis genéticos.


Laudo pericial = perito oficial.

Aula 03 - Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal III

Identificação Criminal e Presunção Criminal

O Princípio Nemo Tenetur Se Detegere: não se autoacusar, o Poder do Estado resguarda a pessoa
até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
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Significa que o acusado não é obrigado a produzir prova contra si.

Art.6º.É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em


informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória.

Exclusão da Identificação Fotográfica ≠ Exclusão da Identificação Datiloscópica

Art.7º.No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao


indiciado ou ao réu, requerer após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da
sentença a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente
provas de sua identificação civil.

Não se trata da exclusão da identificação datiloscópica, mas sim da exclusão da identificação


fotográfica.

Requisitos para exclusão da identificação fotográfica

➔ Não oferecimento da denúncia;


➔ Rejeição de denúncia;
Quando não houve instrução processual penal por falta de denúncia.
➔ Absolvição do réu;
➔ Arquivamento definitivo do inquérito; e
➔ Trânsito em julgado da sentença.

Se houve uma identificação criminal é porque foi necessário, mas só se consegue a exclusão das
fotografias se apresentar a identificação civil. É uma condição para excluir as fotos e não ter riscos de
uma pessoa pedir a exclusão das fotografias de outra pessoa.

Exclusão dos Perfis Genéticos - Pacote Anticrime

Art.7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá:

I – no caso de absolvição do acusado; ou

II – no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do


cumprimento da pena.

Somente após 20 anos do cumprimento da pena é que pode requerer a exclusão do perfil genético.

Banco Nacional Multibiométrio e de Impressões Digitais - Pacote Anticrime

O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais é um banco de dados que guarda as


impressões digitais, dados de íris, face e voz. O foco principal são as impressões digitais.
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Art.7º C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais.

§1º.A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais


serão regulamentados em ato do Poder Executivo federal.

Quem coordena o Banco Nacional Multibiométrico é o Ministério da Justiça e Segurança Pública.


O Poder Executivo pode delegar algumas atribuições específicas às unidades internas do Ministério
da Justiça e Segurança Pública.
A Lei n. 12.037 é uma lei federal, o poder regulamentar é do Poder Executivo.

§2º.O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais tem como objetivo armazenar dados
de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para subsidiar
investigações criminais federais, estaduais ou distritais.

As cidades, os estados investem em câmeras de reconhecimento facial. Se há uma base de dados


armazenando dados de face, é possível fazer com as câmeras presentes nas cidades/estados um
procedimento de busca de foragido.

§3º.O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais será integrado pelos registros
biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em investigações criminais ou por
ocasião da identificação criminal.

A identificação criminal permite coletar elementos biométricos.


Identificação criminal é registrar, armazenar e depois recuperar.
A recuperação é o procedimento de confrontação.

§4º.Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz dos
presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da identificação
criminal.

Trata-se da pessoa que foi identificada criminalmente e não fez o procedimento completo, só fez o
procedimento datiloscópico e a fotografia. Ou então a pessoa não foi identificada criminalmente,
porque civilmente já estava identificada, mas foi presa provisoriamente ou definitivamente e iniciou o
cumprimento da pena. No momento em que é presa, passa pelo procedimento de colheita de dados.
O banco de dados serve para subsidiar a investigação criminal (identificação criminal) e futuras
identificações criminais.

Interoperabilidade

A interoperabilidade é um conceito dos sistemas informacionais (tecnologia da informação), que é a


possibilidade de sistemas diferentes se comunicarem, ou seja,a base de dados diferentes
comunicam-se entre si.
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§5º.Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com ele


interoperar, os dados de registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos por órgãos dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil.

O banco de dados multibiométrico e de impressões digitais, utilizado para fins criminais, se comunica
com as Secretarias responsáveis para fazer a identificação civil das pessoas, por exemplo, quando a
pessoa vai fazer o RG e são colhidas as impressões digitais. Isso aumenta o alcance da base e
possibilita uma maior facilidade de identificação criminal de pessoas.
O TSE guarda um dos maiores repositórios de impressões digitais, porque foi necessário fazer todo o
procedimento de cadastramento biométrico das pessoas para as eleições.

§6º.No caso de bancos de dados de identificação de natureza civil, administrativa ou eleitoral, a


integração ou o compartilhamento dos registros do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais será limitado às impressões digitais e às informações necessárias para identificação do seu
titular.

§7º.A integração ou a interoperação dos dados de registros multibiométricos constantes de outros


bancos de dados com o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá por meio
de acordo ou convênio com a unidade gestora.

Trata da possibilidade do banco nacional multibiométrico, que está na responsabilidade do Ministério


de Justiça, interoperar com sistemas de outros poderes e outros entes da federação.
Os poderes são independentes, o Poder Legislativo não é obrigado a fornecer os dados para outro
poder.
O DF, Estados e Municípios são entes da federação que têm autonomia administrativa.
A integração ou a interoperação ocorrerá por meio de acordo ou convênio por intermédio de termo
de parceria com unidade gestora.

§8º.Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais terão caráter
sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei
ou em decisão judicial responderá civil, penal e administrativamente.

§9º.As informações obtidas a partir da coincidência de registros biométricos relacionados a crimes


deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial habilitado.

Laudo oficial é fornecido por perito oficial.


§10.É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais.

Comercializar é utilizar o banco de dados para finalidade diversa daquela finalidade prevista na
legislação.
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§11.A autoridade policial e o Ministério Público poderão requerer ao juiz competente, no caso de
inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais.

O Acesso ao Banco Nacional Multibiométrico precisa de autorização do juiz competente.

Quem pode requerer:

➔ Delegado;
➔ Ministério Público; e
➔ Defesa do réu.

Aula 04 - Lei 12.037/2009 - Identificação Criminal IV

Exercícios

1. (Instituto Acesso/2019/PC-ES/Delegado de Polícia) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu,


no art. 5º, inciso LVIII, que o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei. Fazem-se a seguir cinco afirmações relativas à Lei 12.037/09, que
dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado.
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I – As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, sendo vedada a determinação genética de
gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma
humano e dados genéticos;
II – Os documentos de identificação militares são equiparados aos documentos de identificação civis,
no que concerne às finalidades da Lei 12.037/09;
III – Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando
esta for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente,
que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da
defesa;
IV – Na hipótese de a identificação criminal ser essencial às investigações policiais, a identificação
criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético;
V – O rol de documentos que atestam a identificação civil, apresentado no art. 2º do referido diploma
normativo, é exemplificativo, sendo possível, portanto, atestá-la por meio de outro documento público
que permita a identificação, ainda que não esteja expressamente elencado na lei.

Quantas dessas afirmações estão corretas?

a. Todas estão corretas.


b. Todas estão erradas.
c. Todas, exceto a última.
d. Todas, exceto a primeira.
e. Todas, exceto a segunda.

2. (MPE-SC/2019/MPE-SC/Promotor de Justiça – Matutina) Nos termos da Lei n. 12.037/2009, a


identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos
da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação,
podendo incluir a coleta de material biológico para obtenção do perfil genético se for essencial às
investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício
ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.

3. (VUNESP/2018/PC-SP/Auxiliar de Papiloscopista Policial) De acordo com a Lei Federal n.


12.037/2009, artigo 2º, a identificação civil é atestada, entre outros, pelo seguinte documento:

a. escritura pública de posse de imóvel urbano.


b. certidão negativa expedida por entidades de proteção ao crédito.
c. histórico escolar acompanhado do respectivo certificado de conclusão de escolaridade.
d. certificado de propriedade de veículos automotores.
e. carteira de identificação funcional.
4. (VUNESP/2018/PC-SP/Auxiliar de Papiloscopista Policial) Segundo a Lei Federal n. 12.037/2009,
em seu artigo 3º, embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando:

a. o documento for emitido em Unidade da Federação diferente da que está sendo apresentada.
b. a identificação civil for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do
Ministério Público ou da defesa.
c. constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
d. o indiciado portar documentos de identidade fornecendo sua qualificação.
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e. o documento apresentar data de emissão anterior à publicação da Lei Federal.

5. (VUNESP/2018/PC-SP/Papiloscopista Policial) A Lei Federal n. 12.037/2009, que dispõe sobre a


identificação criminal do civilmente identificado e regulamenta em seu art. 5ºA, par. 1º, a coleta do
perfil genético e armazenamento em banco de dados, afirma que:

a. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos devem incluir traços
somáticos ou comportamentais das pessoas, principalmente a determinação genética de gênero.
b. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos devem incluir traços
físicos ou comportamentais das pessoas, principalmente a determinação genética de
hereditariedade.
c. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar
traços físicos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação de doenças psicossomáticas.
d. os perfis genéticos devem ser disponibilizados para pesquisa civil e criminal.
e. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero.

6. (FUNDATEC/2018/PC-RS/Delegado de Polícia – Bloco II) Na madrugada de 25 de outubro de


2017, determinado suspeito, conduzido até a delegacia de polícia para a lavratura do auto de prisão
em flagrante pelo cometimento de feminicídio, apresentou carteira de identidade contendo rasura.
Diante disso, o delegado de polícia:

a. Deve conferir credibilidade à qualificação pessoal fornecida pelo autor do crime durante o
interrogatório, em complemento aos dados existentes no documento rasurado, considerando que
eventual informação inverídica acarretará a imputação pelo crime de falsa identidade.
b. Determinará a coleta de amostra de sangue do autuado para remessa à perícia e averiguação da
identidade, independente de consentimento, resguardada a privacidade na realização do ato.
c. Dispensará a identificação criminal do suspeito em razão de que a carteira de identidade, ainda
que contenha rasuras, é documento idôneo à identificação civil, conforme expressa disposição legal.
d. Determinará identificação criminal do suspeito, que incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico
a ser juntado aos autos da comunicação da prisão em flagrante.
e. Deverá aguardar o prazo de até 24h para que o defensor ou familiar do autuado apresente outro
documento idôneo de identificação civil, tendo em vista que é assegurada ao preso a assistência da
família e de advogado pela Constituição Federal.

7.(IESES/2017/IGP-SC/Papiloscopista) De acordo com a lei 12,037/2009, que dispõe sobre a


identificação criminal do civilmente identificado, embora apresentado documento de identificação,
poderá ocorrer identificação criminal quando:

I – O indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si.
II – Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
III – A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
policial competente.
IV – O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
V – O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento
apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

A sequência correta é:
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a. Apenas as assertivas II, III, IV e V estão corretas.


b. Apenas a assertiva III está incorreta.
c. As assertivas I, II, III, IV e V estão corretas.
d. Apenas as assertivas II e IV estão corretas.

8.(VUNESP/2017/DPE-RO/Defensor Público Substituto) A respeito da identificação criminal do


civilmente identificado, assinale a alternativa correta.

a. É obrigatório mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em


informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória.
b. Em sendo processado criminalmente, o civilmente identificado será sempre submetido à
identificação criminal.
c. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados, sem reserva de sigilo.
d. No caso de absolvição, é facultado ao réu, após o trânsito em julgado da sentença, requerer a
retirada da identificação fotográfica do processo, desde que apresente provas de sua identificação
civil.
e. É facultada na identificação criminal a realização do processo datiloscópico.

9.(CEBRASPE/2021/PRF)Durante uma abordagem em via pública, tendo suspeitado do


comportamento de determinado condutor e constatado rasura na carteira nacional de habilitação
(CNH) por ele apresentada, o policial rodoviário, após efetuar busca no veículo e apreender
mercadoria proibida, deu-lhe voz de prisão, em razão da prática de crime de ação penal pública. A
identificação criminal do condutor não poderá ser feita, uma vez que ele foi identificado civilmente
pela CNH.

10.(UFMT/2017/POLITEC-MT/Papiloscopista)Quanto à possibilidade de identificação criminal,


regulamentada pela Lei n. 12.037/2009, assinale a afirmativa correta.

a. O indiciado será identificado criminalmente se, no momento do flagrante, portar passaporte emitido
pela Polícia Federal e não portar a carteira de identidade emitida por órgão estadual de Segurança
Pública.
b. A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
c. O indiciado deverá ser identificado criminalmente se constar registro criminal anteriormente com o
mesmo nome registrado no documento civil apresentado.
d. A identificação criminal em nenhuma hipótese incluirá a coleta de material biológico para a
obtenção do perfil genético e inclusão no Banco de dados de DNA.
11. (FUNCAB/2016/PC-PA/Papiloscopista) Quanto à identificação do civilmente identificado, nos
termos da Lei n. 12.037, de 2009, é correto afirmar que:

a. a identificação criminal do indiciado constará em atestados de antecedentes ou em informações


não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
b. os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo
civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos
dos previstos nesta lei ou em decisão judicial.
c. as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em
laudo médico firmado por geneticista, regularmente inscrito no conselho regional de medicina.
d. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero,
consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos.
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e. a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no momento do trânsito em julgado
da sentença condenatória irrecorrível.

12. (FUNCAB/2016/PC-PA/Papiloscopista) Quanto à Lei n. 12.037, de 2009, que dispõe sobre a


identificação criminal do civilmente identificado, é correto afirmar que um dos processos a ser juntado
aos autos da comunicação da prisão em flagrante ou do inquérito policial ou outra forma de
investigação é o processo:

a. de identificação do padrão de voz.


b. fotográfico.
c. de mensuração de partes do rosto,
d. de medição e anotação de dados relacionados com os olhos.
e. do sistema de identificação através da rusgocopia palatina.

13. (CESPE/2016/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Auxiliar de Legista) De acordo com a Lei n.


12.037/2009 e suas alterações, a identificação criminal com coleta de material biológico para a
obtenção do perfil genético do indiciado pode ocorrer quando:

a. for essencial a investigações policiais, de acordo com despacho da autoridade judiciária


competente.
b. o documento apresentado for insuficiente para identificá-lo.
c. o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si.
d. constar de registros policiais o uso, pelo indiciado, de outros nomes ou diferentes qualificações.
e. o documento apresentado pelo indiciado tiver rasura.

14. (CESPE/2016/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista) Considerando que um indivíduo


indiciado pela prática de homicídio doloso tenha apresentado documento de identificação militar com
indícios de falsificação, assinale a opção correta à luz da Lei n. 12.037/2009.

a. Caso o referido indiciado seja submetido a identificação criminal, esta deverá ser mencionada nos
atestados de antecedentes antes mesmo do trânsito em julgado da sentença condenatória.
b. A cópia do documento em questão não deverá ser juntada aos autos do inquérito, pois os
mencionados indícios de falsificação, independentemente de sua natureza e de sua extensão,
tornam o documento insuficiente para identificar o indiciado.
c. Na situação em apreço, caso haja necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
desse procedimento terá de tomar as providências necessárias para evitar o constrangimento do
identificado.
d. O indivíduo deverá ser informado de que os documentos de identificação militares, para as
finalidades da Lei n. 12.037/2009, diferem dos documentos de identificação civis.
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e. Na situação considerada, caso o indivíduo seja submetido a identificação criminal, esta incluirá o
processo datiloscópico, mas excluirá o processo fotográfico e a coleta de material biológico por tratar-
se da prática de crime por militar.

15. (CESPE/2016/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista) De acordo com a Lei n.


12.037/2009, e considerando que um indivíduo, no momento em que estiver sendo indiciado pela
prática de crimes contra o patrimônio, apresente sua carteira profissional como documento de
identificação, assinale a opção correta.

a. Na situação em apreço, ainda que seja constatada rasura na carteira profissional, a apresentação
desse documento garante ao indivíduo o direito de não ser identificado criminalmente.
b. Na situação considerada, o indivíduo deverá ser identificado criminalmente, já que a identificação
civil somente pode ser atestada pela apresentação de carteira de identidade ou passaporte.
c. A lei em apreço determina que os acusados ou indiciados por crimes contra o patrimônio terão de
ser submetidos a identificação criminal.
d. O indivíduo em questão não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que a referida lei não
contempla exceções à determinação de que o civilmente identificado por documento original não será
submetido à identificação criminal.
e. Na situação considerada, o indivíduo poderá ser identificado criminalmente se, contra ele, houver
registro policial dando conta do uso de outros nomes ou diferentes qualificações.

16. (CEBRASPE/2021/PRF) Mesmo em caso de apresentação do documento de identificação civil, é


possível a identificação criminal em caso de constar de registros policiais o uso de outros nomes ou
diferentes qualificações.

17. (ADAPTADA/MPE-GO/2016/MPE-GO/Promotor de Justiça Substituto) A retirada dos autos da


identificação datiloscópica pode ocorrer, a requerimento do interessado, em caso de arquivamento do
inquérito; rejeição da denúncia; absolvição.

18. (Aroeira/2014/PC-TO – Papiloscopista) A. M. B. foi indiciada em inquérito policial (IP) por crime
de estelionato (Art. 171 do CP). Após a instauração do IP, quando de sua oitiva na delegacia, o
delegado determinou sua identificação criminal, pois a indiciada não portava a identidade civil.
Encaminhado o inquérito, o Ministério Público entendeu não haver crime e, ao apresentar a
denúncia, pediu seu arquivamento que foi aceito pelo Juízo Criminal. Preocupada com sua imagem
perante terceiros, A. M. B. requereu a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial.
Nos termos da Lei n. 12.037/09, a indiciada:

a. tem esse direito garantido e deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua
identificação civil.
b. tem direito à retirada de sua identificação do inquérito, dispensando-se qualquer outro tipo de
identificação.
c. terá o direito negado, uma vez que constitui prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida
do inquérito policial.
d. terá negado o seu pedido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado por ordem judicial.
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19. (Aroeira/2014/PC-TO – Papiloscopista) Em uma abordagem realizada pela PM, um cidadão


suspeito de praticar um delito criminal foi conduzido até a delegacia de polícia onde o delegado, em
obediência ao inciso VIII do Art. 6º do CPC, determinou a sua identificação. O suspeito, por sua vez,
apresentou uma carteira de identidade com rasura e defeito, pois, quando detido estava sob um forte
temporal que molhou todos os seus pertences, inclusive a identidade, o que dificultava a sua
identificação civil. Neste caso, com base no que dispõe a Lei n. 12.037/2009, o investigado:

a. deixará de ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa quanto à danificação do seu
documento de identidade.
b. deverá ser identificado criminalmente, mas a identificação ficará limitada à juntada do processo
datiloscópico ao auto de prisão em flagrante ou inquérito policial.
c. deixará de ser identificado criminalmente, pois esse é um direito que lhe é assegurado pela
Constituição Federal.
d. poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua identificação civil.

20. (Aroeira/2014/PC-TO – Papiloscopista) O inciso LVIII do Art. 5º da Constituição Federal


estabelece que o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, mas poderá ser
identificado criminalmente quando:

a. o delito investigado for de menor potencial ofensivo e o nome do autor já constar dos registros
policiais.
b. o estado de conservação ou a distância temporal ou de localidade da expedição do documento
apresentado impossibilitar a identificação segura dos caracteres essenciais à individualização do
investigado.
c. o investigado tiver sido preso outras vezes na mesma delegacia de polícia, deixando de ser
necessária a coleta de impressões digitais por já constarem em banco de dados na instituição.
d. o delito não for caso de flagrante e a identificação criminal essencial às investigações policiais.

21. (CESPE/2013/PC-BA/Delegado de Polícia) João, preso em flagrante pela prática do crime de


roubo, foi encaminhado à delegacia de polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação
para identificar-se, visto que não portava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado
determinou que João fosse submetido à perícia dactiloscópica. Nos termos da Lei n. 12.037/2009, a
identificação criminal de João se justifica pelo fato de ele estar sendo indiciado pela prática de crime
de roubo.

22. (CESPE/2011/PC-ES/Perito Papiloscópico – Específicos) O rol de documentos que atestam a


identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.

23. (CESPE/2011/PC-ES/Perito Papiloscópico – Específicos) É vedado mencionar a identificação


criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

24. (CESPE/2011/PC-ES/Perito Papiloscópico – Específicos) No caso de não oferecimento da


denúncia, é facultado ao indiciado, após o arquivamento definitivo do inquérito, requerer a retirada de
sua identificação fotográfica, independentemente de ele apresentar provas de sua identificação civil.

25. (CESPE/2011/PC-ES/Perito Papiloscópico – Específicos) O mau estado de conservação do


documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não possibilite a completa identificação dos
caracteres essenciais, impedirá a autoridade policial de realizar a identificação criminal da referida
pessoa.

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