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Art.5.LVIII,CF.O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei.
Regra:a pessoa civilmente identificada não precisaria de identificação criminal, a não ser as
hipóteses estabelecidas em lei.
Art.1º.O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos
nesta Lei.
Identificação Criminal
Estabelecer a identidade do acusado é fundamental para que uma pessoa não seja condenada de
maneira equivocada e evitar a impunidade.
Identificação Civil
IV – passaporte;
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis
os documentos de identificação militares.
CF - A identificação criminal não é necessária quando uma pessoa está civilmente identificada.
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
Quando a pessoa possuir dois documentos de identificação civil, com informações conflitantes é
possível fazer a identificação criminal.
➔ Nome de solteiro;
➔ Nome de casado;
➔ Nome da mãe diferente; e
➔ Data de nascimento diferente.
Necessidade da investigação
Ex.: quando a identificação criminal for essencial às investigações policiais quem decide é o juiz. Se
pessoa está sendo indiciada, mas há suspeita de que ela tenha cometido algum crime, o juiz pode
mandar fazer uma identificação criminal confrontando se as informações genéticas da pessoa batem
com informações genéticas armazenadas em uma base de dados.
Identificação Criminal Essencial às Investigações Policiais
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Mediante Representação
➔ Delegado;
➔ Ministério Público; e
➔ Defesa.
Ex.: suspeita-se de que a pessoa esteve na cena de um crime, é feito o processo datiloscópico para
efeitos de subsidiar uma investigação criminal. Como é um procedimento que interfere nos direitos
fundamentais, demanda-se a presença do juiz. O despacho do juiz pode ser de ofício (de próprio
impulso), porque no Processo Penal vigora o Princípio da Verdade Real, e o juiz tem poderes
instrutórios de ofício para perseguir a verdade real.
O Processo Civil persegue o patrimônio e bens,é admissível a verdade formal.
Pode ser por requerimento do delegado (autoridade policial), do Ministério Público ou da defesa. A
defesa muitas vezes quer que o procedimento seja feito para provar que não é aquela pessoa que
estava na cena do crime.
Representação:
Constar nos registros da polícia, que a pessoa utilizou outros nomes ou outras qualificações.
Documento antigo,mau estado de conservação, ou de uma localidade em que na época não era
exigido a presença de elementos que hoje são considerados essenciais para a identificação.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o
indiciado.
Art.313.CPP.§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra
hipótese recomendar a manutenção da medida.
Identificação Criminal
Para evitar o constrangimento na identificação criminal, a lei estabelece que determinadas medidas
devem ser adotadas, como não fazer a identificação criminal quando a imprensa estiver observando,
devido à exposição pública.
Art.5º. A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados
aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de
investigação.
Identificação Criminal
Competência Técnica
Art.5º-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de
dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.
Se for necessário laudos em que se ateste perfis genéticos, o responsável será o perito.
§1º. As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão
revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero,
consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e
dados genéticos.
§2º. Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso,
respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para
fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial.
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Art.7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§3º. As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em
laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
O Princípio Nemo Tenetur Se Detegere: não se autoacusar, o Poder do Estado resguarda a pessoa
até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
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Se houve uma identificação criminal é porque foi necessário, mas só se consegue a exclusão das
fotografias se apresentar a identificação civil. É uma condição para excluir as fotos e não ter riscos de
uma pessoa pedir a exclusão das fotografias de outra pessoa.
Somente após 20 anos do cumprimento da pena é que pode requerer a exclusão do perfil genético.
Art.7º C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais.
§2º.O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais tem como objetivo armazenar dados
de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para subsidiar
investigações criminais federais, estaduais ou distritais.
§3º.O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais será integrado pelos registros
biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em investigações criminais ou por
ocasião da identificação criminal.
§4º.Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz dos
presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da identificação
criminal.
Trata-se da pessoa que foi identificada criminalmente e não fez o procedimento completo, só fez o
procedimento datiloscópico e a fotografia. Ou então a pessoa não foi identificada criminalmente,
porque civilmente já estava identificada, mas foi presa provisoriamente ou definitivamente e iniciou o
cumprimento da pena. No momento em que é presa, passa pelo procedimento de colheita de dados.
O banco de dados serve para subsidiar a investigação criminal (identificação criminal) e futuras
identificações criminais.
Interoperabilidade
O banco de dados multibiométrico e de impressões digitais, utilizado para fins criminais, se comunica
com as Secretarias responsáveis para fazer a identificação civil das pessoas, por exemplo, quando a
pessoa vai fazer o RG e são colhidas as impressões digitais. Isso aumenta o alcance da base e
possibilita uma maior facilidade de identificação criminal de pessoas.
O TSE guarda um dos maiores repositórios de impressões digitais, porque foi necessário fazer todo o
procedimento de cadastramento biométrico das pessoas para as eleições.
§8º.Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais terão caráter
sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei
ou em decisão judicial responderá civil, penal e administrativamente.
Comercializar é utilizar o banco de dados para finalidade diversa daquela finalidade prevista na
legislação.
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§11.A autoridade policial e o Ministério Público poderão requerer ao juiz competente, no caso de
inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões
Digitais.
➔ Delegado;
➔ Ministério Público; e
➔ Defesa do réu.
Exercícios
I – As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, sendo vedada a determinação genética de
gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma
humano e dados genéticos;
II – Os documentos de identificação militares são equiparados aos documentos de identificação civis,
no que concerne às finalidades da Lei 12.037/09;
III – Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando
esta for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente,
que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da
defesa;
IV – Na hipótese de a identificação criminal ser essencial às investigações policiais, a identificação
criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético;
V – O rol de documentos que atestam a identificação civil, apresentado no art. 2º do referido diploma
normativo, é exemplificativo, sendo possível, portanto, atestá-la por meio de outro documento público
que permita a identificação, ainda que não esteja expressamente elencado na lei.
a. o documento for emitido em Unidade da Federação diferente da que está sendo apresentada.
b. a identificação civil for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do
Ministério Público ou da defesa.
c. constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
d. o indiciado portar documentos de identidade fornecendo sua qualificação.
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a. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos devem incluir traços
somáticos ou comportamentais das pessoas, principalmente a determinação genética de gênero.
b. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos devem incluir traços
físicos ou comportamentais das pessoas, principalmente a determinação genética de
hereditariedade.
c. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar
traços físicos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação de doenças psicossomáticas.
d. os perfis genéticos devem ser disponibilizados para pesquisa civil e criminal.
e. as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar
traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero.
a. Deve conferir credibilidade à qualificação pessoal fornecida pelo autor do crime durante o
interrogatório, em complemento aos dados existentes no documento rasurado, considerando que
eventual informação inverídica acarretará a imputação pelo crime de falsa identidade.
b. Determinará a coleta de amostra de sangue do autuado para remessa à perícia e averiguação da
identidade, independente de consentimento, resguardada a privacidade na realização do ato.
c. Dispensará a identificação criminal do suspeito em razão de que a carteira de identidade, ainda
que contenha rasuras, é documento idôneo à identificação civil, conforme expressa disposição legal.
d. Determinará identificação criminal do suspeito, que incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico
a ser juntado aos autos da comunicação da prisão em flagrante.
e. Deverá aguardar o prazo de até 24h para que o defensor ou familiar do autuado apresente outro
documento idôneo de identificação civil, tendo em vista que é assegurada ao preso a assistência da
família e de advogado pela Constituição Federal.
I – O indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si.
II – Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
III – A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
policial competente.
IV – O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
V – O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento
apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
A sequência correta é:
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a. O indiciado será identificado criminalmente se, no momento do flagrante, portar passaporte emitido
pela Polícia Federal e não portar a carteira de identidade emitida por órgão estadual de Segurança
Pública.
b. A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
c. O indiciado deverá ser identificado criminalmente se constar registro criminal anteriormente com o
mesmo nome registrado no documento civil apresentado.
d. A identificação criminal em nenhuma hipótese incluirá a coleta de material biológico para a
obtenção do perfil genético e inclusão no Banco de dados de DNA.
11. (FUNCAB/2016/PC-PA/Papiloscopista) Quanto à identificação do civilmente identificado, nos
termos da Lei n. 12.037, de 2009, é correto afirmar que:
e. a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no momento do trânsito em julgado
da sentença condenatória irrecorrível.
a. Caso o referido indiciado seja submetido a identificação criminal, esta deverá ser mencionada nos
atestados de antecedentes antes mesmo do trânsito em julgado da sentença condenatória.
b. A cópia do documento em questão não deverá ser juntada aos autos do inquérito, pois os
mencionados indícios de falsificação, independentemente de sua natureza e de sua extensão,
tornam o documento insuficiente para identificar o indiciado.
c. Na situação em apreço, caso haja necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
desse procedimento terá de tomar as providências necessárias para evitar o constrangimento do
identificado.
d. O indivíduo deverá ser informado de que os documentos de identificação militares, para as
finalidades da Lei n. 12.037/2009, diferem dos documentos de identificação civis.
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e. Na situação considerada, caso o indivíduo seja submetido a identificação criminal, esta incluirá o
processo datiloscópico, mas excluirá o processo fotográfico e a coleta de material biológico por tratar-
se da prática de crime por militar.
a. Na situação em apreço, ainda que seja constatada rasura na carteira profissional, a apresentação
desse documento garante ao indivíduo o direito de não ser identificado criminalmente.
b. Na situação considerada, o indivíduo deverá ser identificado criminalmente, já que a identificação
civil somente pode ser atestada pela apresentação de carteira de identidade ou passaporte.
c. A lei em apreço determina que os acusados ou indiciados por crimes contra o patrimônio terão de
ser submetidos a identificação criminal.
d. O indivíduo em questão não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que a referida lei não
contempla exceções à determinação de que o civilmente identificado por documento original não será
submetido à identificação criminal.
e. Na situação considerada, o indivíduo poderá ser identificado criminalmente se, contra ele, houver
registro policial dando conta do uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
18. (Aroeira/2014/PC-TO – Papiloscopista) A. M. B. foi indiciada em inquérito policial (IP) por crime
de estelionato (Art. 171 do CP). Após a instauração do IP, quando de sua oitiva na delegacia, o
delegado determinou sua identificação criminal, pois a indiciada não portava a identidade civil.
Encaminhado o inquérito, o Ministério Público entendeu não haver crime e, ao apresentar a
denúncia, pediu seu arquivamento que foi aceito pelo Juízo Criminal. Preocupada com sua imagem
perante terceiros, A. M. B. requereu a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial.
Nos termos da Lei n. 12.037/09, a indiciada:
a. tem esse direito garantido e deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua
identificação civil.
b. tem direito à retirada de sua identificação do inquérito, dispensando-se qualquer outro tipo de
identificação.
c. terá o direito negado, uma vez que constitui prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida
do inquérito policial.
d. terá negado o seu pedido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado por ordem judicial.
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a. deixará de ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa quanto à danificação do seu
documento de identidade.
b. deverá ser identificado criminalmente, mas a identificação ficará limitada à juntada do processo
datiloscópico ao auto de prisão em flagrante ou inquérito policial.
c. deixará de ser identificado criminalmente, pois esse é um direito que lhe é assegurado pela
Constituição Federal.
d. poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua identificação civil.
a. o delito investigado for de menor potencial ofensivo e o nome do autor já constar dos registros
policiais.
b. o estado de conservação ou a distância temporal ou de localidade da expedição do documento
apresentado impossibilitar a identificação segura dos caracteres essenciais à individualização do
investigado.
c. o investigado tiver sido preso outras vezes na mesma delegacia de polícia, deixando de ser
necessária a coleta de impressões digitais por já constarem em banco de dados na instituição.
d. o delito não for caso de flagrante e a identificação criminal essencial às investigações policiais.