Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discurso de Metafisica e Outros Textos
Discurso de Metafisica e Outros Textos
e outros textos
G. W. Leibniz
Apresentação e notas
de Tessa Moura Lacerda
Martins Fontes
Podemos dizer que os três textos aqui reu-
nidos são fundamentais para a compreen-
são da filosofia de Leibniz; sao textos de
síntese e estão inseridos em uma unidade
de pensamento como textos que procuram
responder à questão essencial da metafísi-
ca leibniziana.
O Discurso de metafísica, a Monadologia
e os Princípios da natureza e da graça
sintetizam as grandes teses de metafísica
de Leibniz e, nesse sentido, são textos pri-
vilegiados para quem quer se introduzir
no pensamento desse autor.
CAPA
Imagem Retrato de Leibniz por Bernhard Francke,
detalhe.
Apresentação
TESSA MOURA LACERDA
Martins Fontes
São Paulo 2004
Títulos dos originais: DISCOURS DE MÉTAPHYSIQUE,
LA MONADOLOGIE, PRINCIPES DE LA NATURE ET DE LA GRÂCE
FONDÉS SUR LA RAISON.
Copyright © 2004, Livraria Martins Fontes Editora Ltda.,
São Paulo, para a presente edição.
Esta obra foi incluída na coleção Clássicos por sugestão de Homero Santiago.
Ia edição
abril de 2004
Acompanhamento editorial
Luzia Aparecida dos Santos
Revisões grâficas
Mauro de Barros
Alessandra Miranda de Sá
Dinarte Zorzanelli da Silva
Produção gráfica
Geraldo Alves
Paginação/Fotolitos
Studio 3 Desenvolvimento Editorial
clássicos)
Discurso de metafísica............................................................. 1
Os princípios da filosofia ou A monadologia........................ 129
Princípios da natureza e da graça fundados na razão.... 151
«
Apresentação
VII
G. W. Leibniz
VIII
Discurso de metafísica e outros textos.
IX
G. W. Leibniz
X
Discurso de metafísica e outros textos.
XI
G. W. Leibniz
XII
Discurso de metafísica e outros textos.
XIII
G. W. Leibniz
XIV
Discurso de metafísica e outros textos.
* * *
XV
G. W. Leibniz
XVI
Discurso de metafísica e outros textos.
XVII
G. W. Leibniz
dicée, II, § 184). Pois, como dizia Platão, uma coisa é a cau-
sa verdadeira... e outra, o que não passa de condições para
a causa poder ser causa... (Discurso de metafísica, § 20). É
desarrazoado admitir uma inteligência ordenadora das coi-
sas e, em seguida, recorrer unicamente às propriedades da
matéria para explicar os fenômenos. Anaxágoras e todos que
seguiram uma forma diferente de entender as coisas, deixa-
ram de perceber que, no estudo concreto dos fenômenos, é
preciso distinguir a causa final e as condições sem as quais
essa causa não pode ser eficaz. A explicação metafísica fun-
da e justifica a explicação física do mundo, mas se diferen-
cia profundamente dela. A tarefa do filósofo, que não queira
falar como simples físico, consiste em definir, em todos os
domínios, a ação de uma causa final a que se subordinam
as causas eficientes secundárias, mostrando a insuficiência
da consideração da causalidade física. Eis por que a primeira
pergunta que tem o direito de formular é por que há algo e
não antes o nada? (Princípios da natureza e da graça, § 7).
A reflexão filosófica exige, em última instância, que alcan-
cemos, em toda sua originalidade, o ato original que faz sur-
gir a ordem do mundo a partir do nada. O desejo do meta-
físico é remontar aos primeiros possíveis atributos de Deus,
e, embora Leibniz, numa atitude de reserva diante de sua pró-
pria definição de bem filosofar, admita a impossibilidade des-
sa tarefa infinita para uma criatura submetida às condições
de tempo e espaço, não concorda que o homem não possa
obter um conhecimento de Deus e explicar racionalmente
certos mistérios.
Não podemos compreender Deus, não entendemos tudo
o que sua noção encerra, mas somos capazes de explicá-lo.
Não podemos sondar a profundidade de Deus a respeito dos
fatos particulares, mas estamos em condição de precisar o
princípio universal de sua atividade. Não podemos enxer-
gar a conexão universal dos eventos; nos basta, entretanto,
uma demonstração a priori de que este é o melhor dos mun-
XVIII
Discurso de metafísica e outros textos.
* * *
XIX
G. W. Leibniz
XX
Discurso de metafísica e outros textos.
XXI
Cronologia
XXIII
G. W. Leibniz
XXIV
Discurso de metafísica e outros textos.
XXV
G. W. Leibniz
XXVI
Discurso de metafisica e outros textos.
XXVII
G. W. Leibniz
XXVIII
Discurso de metafísica e outros textos.
XXIX
_________________________________ G. W. Leibniz______________________________________
XXX
DISCURSO DE METAFÍSICA
Tradução
MARILENA CHAUI
Revisão e notas
TESSA MOURA LACERDA
L Da perfeição divina e de que
Deus faz tudo da maneira mais
desejável ("souhaitable)1.
3
II. Contra os que sustentam que não
há bondade nas obras de Deus, ou
então que as regras da bondade e
da beleza são arbitrárias.
4
Discurso de metafísica e outros textos.
5
III. Contra os que crêem que
Deus poderia fazer melhor.
6
Discurso de metafísica e outros textos.
existir tão perfeito que não possa haver algo mais perfeito,
o que é um erro11. Acreditam, também, salvaguardar assim
a liberdade de Deus, como se não constituísse a suprema
liberdade agir com perfeição segundo a razão soberana.
Pois acreditar que Deus age em algo sem haver nenhuma
razão da sua vontade, além de parecer de todo impossível,
é opinião pouco conforme a sua glória. Suponhamos, por
exemplo, que Deus escolha entre A e B e tome A sem razão
alguma de o preferir a B; digo ser esta ação de Deus pelo
menos indigna de louvor, porque todo louvor deve basear-
se em alguma razão não existente aqui ex hipothesi. Susten-
to, pelo contrário, não fazer Deus coisa alguma pela qual
não mereça ser glorificado.
7
IV. O amor de Deus exige completa
satisfação e aquiescência no tocante
ao que ele faz, sem que por isso seja
preciso ser quietista.
8
Discurso de metafísica e outros textos.
9
V Em que consistem as regras de
perfeição da conduta divina e como
a simplicidade das vias equilibra-se
com a riqueza de efeitos.
10
Discurso de metafísica e outros textos.
11
VI. Deus nada faz fora da ordem e nem
mesmo é possívelforjar acontecimentos
que não sejam regulares.
12
Discurso de metafísica e outros textos.
13
VII. Que os milagres são conformes
à ordem geral, embora contrários às
máximas subalternas, e do que Deus
quer ou permite por vontade geral
ou particular.
14
Discurso de metafísica e outros textos.
15
VIII. Explica-se em que consiste
a noção de uma substância individual
a fim de se distinguirem as ações
de Deus e as das criaturas.
16
Discurso de metafísica e outros textos.
17
IX. Cada substância singular exprime
todo o universo à sua maneira; e em
sua noção estão compreendidos todos
os seus acontecimentos com todas
as circunstâncias e toda a série
das coisas exteriores.
18
Discurso de metafísica e outros textos.
19
X. Que há algo sólido na opinião das
formas substanciais, mas que estas
formas não alteram em nada os
fenômenos e não devem de modo
algum ser empregadas para a
explicação dos efeitos particulares.
20
Discurso de metafísica e outros textos.
21
XI. Que não são completamente de
desprezar as meditações dos teólogos
e filósofos chamados escolásticos.
22
XII. Que as noções que consistem na
extensão contêm algo de imaginário
e não poderiam constituir a
substância dos corpos.
23
G. W. Leibniz
25
G. W. Leibniz
26
Discurso de metafísica e outros textos.
27
G. W. Leibniz
28
XIV. Deus produz diversas substâncias
conforme as diferentes perspectivas
que tem do universo e, por sua
intervenção, a natureza própria de
cada substância implica que o que
acontece a uma corresponda ao que
acontece a todas as outras, sem
que ajam imediatamente umas
sobre as outras.
29
G. W. Leibniz
30
Discurso de metafísica e outros textos.
31
XV A ação de uma substância finita
sobre outra consiste apenas no
acréscimo do grau de sua expressão,
junto à diminuição do da outra, na
medida em que Deus as obriga a se
acomodarem entre si.
32
Discurso de metafísica e outros textos.
33
XVI. O concurso extraordinário de
Deus está compreendido no que a nossa
essência exprime, pois esta expressão
se estende a tudo, mas ultrapassa as
forças da nossa natureza ou da nossa
expressão distinta, que éfinita e segue
certas máximas subalternas.
34
Discurso de metafísica e outros textos.
35
XVII. Exemplo de uma máxima
subalterna ou lei da natureza. Contra
os cartesianos e vários outros,
demonstra-se que Deus conserva
sempre a mesma força, mas não a
mesma quantidade de movimento.
37
G. W. Leibniz
38
XVIII. A distinção da força e da
quantidade de movimento é importante,
entre outras razões, para julgar a
necessidade do recurso a considerações
metafísicas independentes da extensão,
afim de explicar os fenômenos
dos corpos.
39
G. W. Leibniz
40
XIX. Utilidade das causas
finais na física.
41
G. W. Leibniz
42
Discurso de metafísica e outros textos.
43
XX.Notável passagem de Sócrates,
no Fédon de Platão, contra os filósofos
demasiado materiais.
44
Discurso de metafísica e outros textos.
45
G. W. Leibniz
46
XXL Se as regras mecânicas
dependessem unicamente da
geometria sem a metafísica, os
RíRI.ÍOTRfA PPVTDA
fenômenos seriam outros.
47
XXII. Conciliação das duas vias,
pelas causas finais e pelas causas
eficientes, afim de satisfazer tanto
os que explicam a natureza
mecanicamente como os que
recorrem às naturezas incorpóreas.
48
Discurso de metafísica e outros textos.
49
G. W. Leibniz
50
XXIII. Afim de voltar às substâncias
imateriais, explica-se como Deus age
sobre o entendimento dos espíritos e se
se tem sempre a idéia do que se pensa.
51
G. W. Leibniz
52
XXIV. O que é conhecimento claro ou
obscuro; distinto ou confuso; adequado
e intuitivo ou supositivo; definição
nominal, real, causal, essencial
53
G. W. Leibniz
54
XXV. Em que caso nosso conhecimento
se une à contemplação da idéia.
55
XXVI. Temos todas as idéias em nós.
Acerca da reminiscência de Platão.
56
Discurso de metafísica e outros textos.
57
XXVII. De que modo pode comparar-se
a nossa alma a tabuinhas vazias,
e como as nossas noções provêm
dos sentidos.
58
Discurso de metafísica e outros textos.
59
XXVIII. Deus é o único objeto imediato
das nossas percepções existente fora
de nós, e só ele é a nossa luz.
60
Discurso de metafísica e outros textos.
6l
XXIX. No entanto, pensamos
imediatamente pelas nossas próprias
idéias e não pelas de Deus.
62
XXX. Como Deus inclina nossa
alma sem a necessitar. Ninguém tem o
direito de queixar-se, e não se deve
perguntar por que Judas peca, mas sim
por que Judas, o pecador, é admitido à
existência, de preferência a algumas
pessoas possíveis. Da imperfeição
original antes do pecado e dos
graus da graça.
63
G. W. Leibniz
64
Discurso de metafísica e outros textos.
65
XXXI. Dos motivos da eleição, da fé
prevista, da ciência média, do decreto
absoluto e de que tudo se reduz à
razão que fez Deus chamar à
existência tal pessoa possível, cuja
noção contém uma certa série de
graças e de ações livres, o que de uma
vez por todas acaba com as
dificuldades.
66
Discurso de metafísica e outros textos
67
XXXII. Utilidade destes princípios
em matéria de piedade e religião.
68
Discurso de metafísica e outros textos.
69
XXXIII. Explicação da união da alma
e do corpo, tida por inexplicável ou
miraculosa, e da origem das
percepções confusas.
70
Discurso de metafísica e outros textos.
71
XXXIV. Da diferença entre espíritos e
demais substâncias, almas ou formas
substanciais, e de que a imortalidade
requerida implica recordação.
72
Discurso de metafísica e outros textos.
73
XXXV. Excelência dos espíritos e que
Deus os considera de preferência
às outras criaturas. Os espíritos
exprimem Deus melhor do que o
mundo, mas as outras substâncias
exprimem melhor o mundo do que
Deus.
74
Discurso de metafísica e outros textos.
75
XXXVI. Deus é o monarca da mais
perfeita república composta de todos
os espíritos, e a felicidade desta cidade
de Deus é o seu principal desígnio133.
76
Discurso de metafísica e outros textos
77
XXXVII. Jesus Cristo descobriu para
os homens os mistérios e as leis
admiráveis do reino dos céus e a
grandeza da suprema felicidade que
Deus reserva a quem o ama.
78
_________________________________ Discurso de metafísica e outros textos ____________________________________________________
79
Notas
80
Discurso de metafísica e outros textos.
81
G. W. Leibniz
82
Discurso de metafísica e outros textos.
83
G. W. Leibniz
84
Discurso de metafísica e outros textos.
85
G. W. Leibniz
86
Discurso de metafísica e outros textos.
87
G. W. Leibniz
88
Discurso de metafísica e outros textos.
89
G. W. Leibniz
90
Discurso de metafísica e outros textos.
91
G. W. Leibniz
92
_________________________________ Discurso de metafísica e outros textos ____________________________________________________
93
G. W. Leibniz
94
Discurso de metafísica e outros textos.
95
G. W. Leibniz
97
G. W. Leibniz
99
G. W. Leibniz
100
Discurso de metafísica e outros textos.
101
G. W. Leibniz
102
Discurso de metafísica e outros textos.
103
G. W. Leibniz
104
Discurso de metafísica e outros textos.
105
G. W. Leibniz
106
Discurso de metafísica e outros textos.
107
G. W. Leibniz
108
Discurso de metafísica e outros textos.
109
G. W. Leibniz
110
Discurso de metafísica e outros textos.
111
G. W. Leibniz
112
Discurso de metafísica e outros textos.
113
G. W. Leibniz
114
Discurso de metafísica e outros textos
115
G. W. Leibniz
116
Discurso de metafísica e outros textos.
117
G. W. Leibniz
118
Discurso de metafísica e outros textos.
119
G. W. Leibniz
120
Discurso de metafísica e outros textos.
121
G. W. Leibniz
122
Discurso de metafísica e outros textos.
123
G. W. Leibniz
124
Discurso de metafísica e outros textos.
125
G. W. Leibniz
126
Discurso de metafísica e outros textos.
127
G. W. Leibniz
128
OS PRINCÍPIOS DA FILOSOFIA
OU A MONADOLOGIA
Tradução
ALEXANDRE DA CRUZ BONILHA
Revisão
MÁRCIA VALÉRIA MARTINEZ DE AGUIAR
1. A Mônada de que aqui falaremos não é outra coisa
senão uma substância simples, que entra nos compostos;
simples quer dizer sem partes. Teodicéia, § 10.
2. E tem de haver substâncias simples, uma vez que
existem compostos, pois o composto nada mais é do que
uma reunião ou aggregatum dos simples.
3. Ora, onde não há partes não há extensão, nem figu-
ra, nem divisibilidade possível. E estas Mônadas são os ver-
dadeiros Átomos da Natureza e, em suma, os Elementos das
coisas.
4. Tampouco há dissolução a temer, e não há maneira
concebível pela qual uma substância simples possa perecer
naturalmente. Teodicéia, § 89.
5. Pela mesma razão, não há maneira concebível pela
qual uma substância simples possa começar naturalmente,
posto que não poderia ser formada por composição.
6. Assim, pode-se dizer que as Mônadas só poderiam
começar ou terminar de uma só vez, ou seja, só poderiam co-
meçar por criação e terminar por aniquilação, ao passo que
o que é composto começa e termina por partes.
7. Tampouco há meio de explicar como uma Mônada
poderia ser alterada ou transformada em seu interior por al-
guma outra criatura, pois nela nada se poderia introduzir,
nem se poderia conceber nela nenhum movimento interno
131
G. W. Leibniz
132
Discurso de metafísica e outros textos.
133
G. W. Leibniz
134
Discurso de metafísica e outros textos.
135
_________________________ ____________________________ G. W. Leibniz______________ _______________________________________________
136
Discurso de metafísica e outros textos.
137
G. W. Leibniz
138
Discurso de metafísica e outros textos.
139
G. W. Leibniz
140
Discurso de metafísica e outros textos.
141
G. W. Leibniz
142
Discurso de metafísica e outros textos.
tes. Mas uma Alma pode ler em si mesma só o que nela está
distintamente representado, ela não poderia desenvolver
de uma só vez todos seus recantos íntimos, pois eles se es-
tendem até o infinito.
62. Assim, ainda que cada Mônada criada represente
todo o universo, ela representa com maior distinção o cor-
po que lhe é particularmente afetado e cuja enteléquia cons-
titui; e como esse corpo expressa todo o universo pela cone-
xão de toda a matéria no pleno, a Alma representa também
todo o universo ao representar este corpo que lhe pertence
de maneira particular. Teodicéia, § 400.
63. O corpo pertencente a uma Mônada, que é sua En-
teléquia ou Alma, constitui com a Enteléquia o que se pode
chamar um vivente, e com a Alma o que se pode chamar
um animal. Ora, esse corpo de um vivente ou de um ani-
mal é sempre orgânico, pois cada Mônada sendo a seu
modo um espelho do universo, e estando o universo regu-
lado conforme uma ordem perfeita, é preciso que haja tam-
bém uma ordem no representante, ou seja, nas percepções
da alma e por conseguinte no corpo, segundo a qual o uni-
verso está representado nela. Teodicéia, § 403·
64. Assim, cada corpo orgânico de um vivente é uma
Espécie de Máquina Divina ou de Autômato Natural, que
supera infinitamente todos os Autômatos artificiais. Porque
uma Máquina, construída segundo a arte humana, não é
Máquina em cada uma de suas partes. Por exemplo, o den-
te de uma roda de latão tem partes ou fragmentos que não
são mais para nós algo artificial e não têm mais nada que
identifique a Máquina para o uso da qual está destinada a
roda. Mas as Máquinas da Natureza, isto é, os corpos vivos,
são Máquinas inclusive em suas menores partes até o infi-
nito. É isto que constitui a diferença entre a Natureza e a
Arte, isto é, entre a arte Divina e a Nossa. Teodicéia, §§ 134,
146, 194, 403.
65. E o Autor da Natureza pôde praticar este artifício
divino e infinitamente maravilhoso, porque cada porção da
143
G. W. Leibniz
144
Discurso de metafísica e outros textos.
145
G. W. Leibniz
146
Discurso de metafísica e outros textos.
147
G. W. Leibniz
148
Discurso de metafísica e outros textos.
149
PRINCÍPIOS DA NATUREZA E DA
GRAÇA FUNDADOS NA RAZÃO
Tradução
ALEXANDRE DA CRUZ BONILHA
Revisão
MÁRCIA VALÉRIA MARTINEZ DE AGUIAR
1. A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples
ou composta. A substância simples é aquela que não tem
partes. A composta é a reunião das substâncias simples ou
Mônadas. Monas é uma palavra grega que significa unida-
de ou o que é uno. Os compostos ou os corpos são Multipli-
cidades, e as Substâncias simples, as Vidas, as Almas, os Espí-
ritos são unidades. É preciso que em toda parte haja substân-
cias simples porque sem as simples não haveria compostas.
Por conseguinte, toda a natureza está plena de vida.
2. As Mônadas, não tendo partes, não podem ser forma-
das nem destruídas. Não podem começar nem terminar natu-
ralmente e duram, por conseguinte, tanto quanto o universo,
que será mudado mas não será destruído. Não podem ter fi-
guras, caso contrário teriam partes; e, por conseguinte, uma
Mônada em si mesma, e em um momento dado, não pode-
ria distinguir-se de outra a não ser pelas qualidades e ações
internas, que não podem ser outra coisa senão suas percep-
ções (isto é, as representações do composto ou do que é ex-
terno, no simples) e suas apetições (isto é, suas passagens
ou tendências de uma percepção a outra), que são os prin-
cípios da mudança. Pois a simplicidade da substância não
impede a multiplicidade das modificações, que devem ocor-
rer simultaneamente nesta mesma substância simples, e de-
vem consistir na variedade das relações com as coisas que
153
G. W. Leibniz
154
Discurso de metafísica e outros textos.
155
G. W. Leibniz
156
Discurso de metafísica e outros textos.
157
G. W. Leibniz
158
Discurso de metafísica e outros textos.
159
G. W. Leibniz
160
Discurso de metafísica e outros textos.
161
G. W. Leibniz
162
Discurso de metafísica e outros textos.
163
COLEÇÃO CLÁSSICOS
últimos lançamentos
ISBN 85-336-1978-2
9 788533 619784