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Tecnologia de Pó 373 (2020) 671–680

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Investigação de transferência de calor e deposição de incrustação na superfície do trocador de

calor revestido de titânio

CS Oona,⁎, SN Kazib,⁎, MA Hakiminb, AH Abdelrazekb, AR Mallahb, FW Baixoc,⁎, SK Tiongc, Irfan

Anjum Badruddind,e, Sarfaraz Kamangerd,e
aEscola de Engenharia, Monash University, 47500 Bandar Sunway, Malásia
bDepartamento de Engenharia Mecânica, Faculdade de Engenharia, Universidade da Malásia, 50603 Kuala Lumpur, Malásia
cInstituto de Energia Sustentável (ISE), Faculdade de Engenharia, Universidade Nacional de Energia, Jalan Ikram-Uniten, 43000 Kajang, Selangor, Malásia

dCentro de Pesquisa para Ciência de Materiais Avançados (RCAMS), King Khalid University, PO Box 9004, Abha-61413, Asir, Reino da Arábia Saudita
e Departamento de Engenharia Mecânica, Faculdade de Engenharia, King Khalid University, Abha 61421, Arábia Saudita

artigoinfo abstrato

Historia do artigo: A incrustação é a deposição indesejada nas superfícies do trocador de calor que aumenta a resistência à
Recebido em 9 de novembro de 2019 Recebido em transferência de calor e retarda o desempenho do trocador de calor. Este artigo investiga a mitigação da incrustação
forma revisada em 1 de julho de 2020 Aceito em 3 de
de carbonato de cálcio pela aplicação de revestimentos no trocador de calor SS316L. O titânio (Ti) foi selecionado
julho de 2020
como material de revestimento devido à sua alta resistência à corrosão e boa adesão superficial. Método de
Disponível online 09 de julho de 2020
deposição de vapor físico foi adotado para revestir Ti na superfície SS316L. A investigação da transferência de calor
em diferentes taxas de fluxo foi realizada para observar o efeito do revestimento e, em seguida, experimentos de
Palavras-chave:

Transferência de calor
incrustação foram realizados para investigar a deposição de carbonato de cálcio nas superfícies revestidas e não
Titânio revestido revestidas. A seção de teste foi feita sob investigação microscópica para estudar a textura da superfície antes e
Retardo de incrustação depois do efeito de incrustação.
Sujeira © 2020 Elsevier BV Todos os direitos reservados.
PVD

1. Introdução
Os trocadores de calor têm sido amplamente utilizados em todo o mundo e
são um dos equipamentos mais importantes nas plantas de processos [1–4]. O
processo de aquecimento e resfriamento é contínuo com a dissipação de calor das
superfícies dos trocadores de calor. No momento da troca de calor com a água de
resfriamento, os trocadores de calor recebem deposição dos sais solúveis inversos
dissolvidos na água. A deposição reduz a taxa de transferência de calor, aumenta
a resistência à transferência de calor, a perda de pressão e a potência de
bombeamento [5]. Além disso, o depósito reduz a área de fluxo no conduto dos
trocadores de calor [6,7]. A incrustação pode ocorrer rapidamente em alguns
trocadores de calor em comparação com outros tipos de trocadores de calor, onde
a deposição de incrustação ocorre lentamente. O período de incrustação depende
do fluido do trocador de calor. Os depósitos são variados entre si e são altamente
dependentes do tipo de fluido. Por exemplo, alguns depósitos são muito duros e
difíceis de remover, enquanto outros são macios e fáceis de remover [8].
O fluido mais comumente usado para o trocador de calor é a água. Também é
usado como fluido de processamento ou solvente. Desde o advento dos
trocadores de calor, muitas indústrias encontraram seu local perfeito para
⁎Autores correspondentes.
Endereço de e-mail:oonsean2280@yahoo.com,oon.cheensean@monash.edu (CS Oon),
salimnewaz@um.edu.my (SN Kazi),lowfw@uniten.edu.my (FW baixo).
obter o acesso à água limpa. Lagos e rios são preferíveis como fonte de
água para muitas indústrias. No entanto, a água é um solvente universal e
quando entra em contato com outros minerais na terra, como Ca2+e mg2+,
dissolve a maioria dos componentes [9,10]. Quando os minerais contidos na
água são expostos a várias influências físicas, como fricção e calor, eles
voltam ao seu estado sólido original por recristalização e devido à força
eletromagnética sendo atraída para a superfície e forma uma camada de
incrustação nas superfícies dos trocadores de calor [11,12].
Depósitos que são geralmente feitos de carbonato de cálcio, sulfato de
cálcio e silicato de cálcio formam a camada isolante que resiste à taxa de
transferência de calor. Como resultado, a eficiência do trocador de calor cai
e mais energia é necessária para executar o transporte de energia.
Engenheiros e pesquisadores de todo o mundo estão em busca de soluções
para esse problema [13]. Normalmente, as camadas incrustantes de
depósitos nas superfícies dos trocadores de calor são feitas de carbonato de
cálcio (CaCO3), sulfato de cálcio (CaSO4) e silicato de cálcio (CaSiO2). Essas
camadas de incrustação têm condutividade térmica muito baixa [14–16], é
estimado em 2,9 Wm−1k−1. Devido à baixa condutividade térmica, a eficiência
do trocador de calor cai e, portanto, aumenta o consumo de energia das
plantas de processo industrial.
Além disso, a incrustação de cristalização geralmente ocorreu a partir da
solução salina de água [17]. Geralmente, existem partículas sólidas orgânicas e
inorgânicas presentes na água não tratada. Essas partículas criam incrustações na
superfície do trocador de calor. Dependendo da velocidade da água

https://doi.org/10.1016/j.powtec.2020.07.010 0032-5910/©
2020 Elsevier BV Todos os direitos reservados.
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fluxo, a incrustação na superfície do trocador de calor pode ser raspada
pelas partículas sólidas. Segundo Bermúdez et al. [18], além da velocidade
da água, a presença de partículas na suspensão também leva a incrustações
e corrosão. Outro estudo inferiu que a mudança na estrutura cristalina ou
química poderia gerar mudanças nas características mecânicas dos
depósitos. Mudanças na composição química também irão alterar as
características mecânicas dos depósitos [19]. Normalmente, os processos de
deposição e remoção ocorrerão simultaneamente e esse processo é afetado
pela condição de operação. Fisicamente com o aumento da taxa de
remoção, a quantidade de depósitos aumenta em um ritmo lento.Figura 1
mostra o diagrama esquemático de incrustação de um processo [19].
Muitos investigadores conduziram pesquisas sobre a descamação e
formação de depósitos nas últimas décadas. De acordo com os estudos
conduzidos por Sudmalis e Sheikloleslami [20], é muito difícil determinar os
fatores ou causas que influenciam a formação de incrustações devido à
mistura de múltiplos parâmetros. Eles disseram que a resistência dos
depósitos é afetada pelas propriedades do sal [21]. Com base em seu
experimento, a força da incrustação aumentará quando a quantidade de
impurezas for maior.
Os pesquisadores se concentraram ainda mais no processo de remoção dos
depósitos formados nas superfícies do trocador de calor. Os métodos de remoção
mecânica foram divididos em duas categorias [22]. Em primeiro lugar, usando
métodos de força bruta (lanças e brocas) e em segundo lugar pelos métodos
suaves (bolas de esponja e escovas). No entanto, a limitação do método de
remoção mecânica envolve a paralisação da operação e o risco de danificar o
equipamento de processamento, esta afirmação foi concordada por Steinhagen et
al. [23]. Além disso, pesquisas sobre revestimentos também têm sido realizadas a
fim de mitigar a incrustação. Muitos pesquisadores relataram que a energia
superficial do metal foi modificada para que a interação entre a superfície de
transferência de calor e o precursor de incrustação possa ser reduzida [24,25].
Outros pesquisadores usaram revestimentos hidrofóbicos (perfluoropoliéteres)
em suas pesquisas. Em superfícies de menor energia, a taxa de nucleação na
superfície de transferência de calor é diminuída [26]. Nas superfícies de energia
muito baixa, a incrustação biológica pode ser reduzida ou retardada no
revestimento superhidrofóbico [27]. Os pesquisadores descobriram que a
superfície superhidrofóbica pode ser a barreira para evitar a incrustação [28].
Além da aplicação de revestimento anti-incrustante, alguns outros materiais
têm sido usados para mitigar a incrustação. Martinelli e cols. em suas pesquisas,
usaram revestimentos de polímeros anfifílicos. A partir de seus experimentos, os
Figura 1.Mecanismo do processo de incrustação.
revestimentos de polímeros anfifílicos podem reduzir significativamente a formação de
incrustações biológicas [29,30]. Com base em Audronis et al. [31], existem várias
maneiras de desenvolver depósitos em filmes finos nas superfícies de aço inoxidável e
uma delas são os revestimentos de deposição física de vapor (PVD) [32,33]. O
revestimento PVD é uma técnica que deposita metal sólido vaporizado em superfícies
sob ambiente de alto vácuo [34–36]. Os revestimentos PVD são revestimentos de alto
desempenho, ao contrário de outros revestimentos, aqui o processo utiliza um único
átomo dos materiais de revestimento para transferir e formar a camada. As técnicas de
PVD mais comuns envolvem a pulverização catódica do magnetron. Uma pesquisa
realizada por Bushroa et al. mostrou uma improvisação que foi realizada para a
pulverização catódica convencional e modificada para permitir a pulverização catódica [
37]. Como resultado, a pulverização catódica do magnetron de pó é mais fácil e eficiente
para fazer a deposição de filmes finos.
Muitos pesquisadores descobriram que a taxa de incrustação pode ser
aumentada, diminuída ou permanecer constante com o aumento da superfície [38
,39]. Por outro lado, a deposição na superfície é facilmente removida quando a
temperatura mais baixa retarda a formação de incrustações [40]. Uma
temperatura ótima da superfície pode ser introduzida para superar o problema. A
taxa de incrustação pode ser influenciada por vários fatores [41]. Esta pesquisa
enfocou a incrustação do carbonato de cálcio e o efeito dos revestimentos na taxa
de incrustação. O Ti foi selecionado como material de revestimento por sua alta
resistência à corrosão e boa adesão superficial.
2. Materiais e métodos
Uma configuração experimental foi construída para a investigação da transferência
de calor, retardo de incrustação e resistência à incrustação. Ele foi projetado para calcular
as temperaturas da superfície, Tem, Tforae taxa de fluxo como mostrado em Figura 2. O
equipamento é composto por aquecedor, medidor de vazão, registrador de dados,
agitador, segmento de teste, tubulação do tanque e resfriador. A seção de teste foi feita
de SS316L, com comprimento de 95 mm, diâmetro externo de 12,7 mm, espessura da
parede de 2,11 mm, conforme mostrado naFig. 3. No meio da seção de teste, existe um
corpo de prova com comprimento de 10 mm que foi utilizado para caracterização da
deposição e acúmulo de massa (por pesagem antes e depois da corrida experimental).
O processo PVD foi adotado para desenvolver uma película fina de revestimento de
Ti na seção de teste SS316. PVD Magnetron Sputtering (TF450 Sputtering System, SG
Control Engineering, Singapore) foi usado para depositar o revestimento de Ti. Neste
processo, as quantidades de pressão, tempo e temperatura foram mantidas como, 3,7 ×
10−3(Torr), 4 h e 250 °C, respectivamente. Além disso, a taxa de fluxo de gás argônio
(metros cúbicos padrão por minuto, sccm),
 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680 673

Figura 2.Fotografia da montagem experimental.

A potência de RF (W) e a tensão de polarização DC (V) foram mantidas em 20, 400 e
75, respectivamente. Na câmara de vácuo da máquina, o corpo de prova cilíndrico
foi montado em um mandril giratório axial com rotação constante. Após o
revestimento, a amostra foi retirada e mantida em dessecador até ser utilizada no
banco de ensaio de incrustação para deposição e análise de incrustação.
Para investigar a transferência de calor do SS316L revestido e não revestido, o
coeficiente de transferência de calor (Hx) tem sido considerado. O coeficiente local de
transferência de calor (Hx) é calculado usando a eq.(1).
Hx¼qc=ðTsx−Tbxº ð1º

Onde, qcfluxo de calor convectivo, Tsxtemperatura da superfície e Tbx

2.1. Procedimento experimental de transferência de calor
Para este experimento, apenas água destilada foi usada em vez de água
dura da torneira. A seção de teste revestida de titânio foi conectada ao tubo
aquecido. O resfriador e o aquecedor foram então ligados. 7 l de água
destilada foram despejados no tanque e, em seguida, a seção de teste foi
imersa no tanque. O registrador de dados foi então ligado para registrar os
dados. Para este experimento de transferência de calor, as vazões de água
quente foram selecionadas em 1lpm, 2lpm, 3lpm e 4lpm. As temperaturas
variaram de 40 °C até 65 °C com incremento de 5 °C.
temperatura local da água a granel. O número de Reynolds pode ser calculado
usando a eq.(2):
Réd¼ ρf∙você∙Dh=μf ð2º
2.2. Procedimento experimental de retardo de incrustação
Para esta experiência, cloreto de cálcio (CaCl2) e bicarbonato de hidroxila
de sódio (NaHCO3) é misturado em 7 l de água destilada no tanque para
fazer uma concentração de 0,3 g/l de solução a granel de carbonato de
cálcio. Em seguida, o aquecedor e o resfriador foram ligados e aguardados

Figura 3.Seções de teste SS316L revestidas com Ti e SS316L não revestidas.

674 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680
para que a temperatura fique estável. Todos os termopares foram conectados ao
Graphtec Data Logger. Os termopares conectados aos registradores de dados
foram localizados na tubulação de água quente, tubulação de água fria, dentro do
tanque e fora da configuração para temperatura ambiente. O resfriador foi
ajustado para manter a temperatura da solução a 25°C. Em seguida, a seção de
teste do trocador de calor foi conectada ao circuito quente para teste de
vazamento. Em seguida, o agitador no tanque de solução foi ligado e ajustado
para 500 rpm para garantir a homogeneidade da solução de incrustação artificial.
Quando a temperatura do aquecedor atingiu 60 °C, o corpo de prova foi imerso no
tanque contendo solução a granel e os dados foram registrados. A taxa de fluxo
de água quente foi ajustada para 2,5 lpm. Os dados foram registrados a cada 30
minutos durante 72 horas. Por último, a dureza da solução foi mantida em um
valor constante de 300 ± 30mg/l ao longo dos experimentos e a dureza das
soluções foi medida pelo método de titulação complexométrica de EDTA a cada 6
h. O hidroxil carbonato de sódio e o cloreto de cálcio foram adicionados com base
no resultado da titulação para manter a concentração da solução de carbonato de
cálcio.
Nesta experiência, o carbonato de cálcio (CaCO3) foi o único sal
presente na solução de água dura. O cloreto de cálcio (CaCl2) foi
misturado com o carbonato de hidroxila de sódio (NaHCO3) em solução
aquosa para preparar a solução de água dura [42]. A reação entre
esses produtos químicos na solução é mostrada pela eq.(3).
CaCl2º2NaHCO3! CaCO3º2NaClºH2OºCO2 ð3º
Neste experimento, devido à alta taxa de solubilidade, a formação de sal
de cloreto de sódio (NaCl) pode ser ignorada. A taxa de solubilidade do
cloreto de sódio (NaCl) é inversa à taxa de solubilidade do carbonato de
cálcio (CaCO3). A solubilidade diminuirá com o aumento da temperatura e
por isso tem grande tendência a formar sais ou depósitos nas superfícies do
trocador de calor.
Eq.(4)foi usado para calcular a resistência à incrustação, Rf, ao longo das
investigações experimentais e para monitorar o comportamento de incrustação
na superfície do metal.
1 1
Rf¼ − ð4º
vocêsujou vocêinicial
Onde vocêsujoue vocêinicialsão o geraltransferência de calorcoeficiente para o
estado sujo e o coeficiente global de transferência de calor para a condição inicial
limpa, respectivamente. Esses coeficientes gerais de transferência de calor foram
calculados usando a eq.(5).
Q¼UAΔT ð5º
Onde, Q é a energia térmica fornecida à seção do aquecedor, U é o
coeficiente geral de transferência de calor, A = 2 πRL, é a área de superfície
total da seção de transferência de calor e ΔT é a diferença de temperatura
das temperaturas de entrada e saída.
3 Resultados e discussão
Este experimento foi realizado para investigar o efeito da incrustação de
carbonato de cálcio em superfícies revestidas e não revestidas de tubos de troca
de calor. Todos os dados da investigação experimental foram então analisados
para transferência de calor e avaliações de resistência à incrustação. A
microscopia eletrônica de varredura de emissão de campo (FESEM) foi utilizada
para determinar o estudo morfológico da deposição na superfície da seção de
teste do trocador de calor. Neste estudo, o revestimento de titânio foi aplicado na
superfície de transferência de calor como técnica de mitigação.
3.1. Experimento de transferência de calor
Esta seção discutiu sobre os dados do coeficiente de transferência de calor
para a superfície da seção de teste SS316L e superfície da seção de teste SS316L
revestida de titânio. Esses dados foram obtidos para temperatura de 40 °C até 65
°C. A figura abaixo representa o coeficiente de transferência de calor em função
do número de Reynolds para as superfícies não revestidas e revestidas de titânio.
Com base nos testes realizados, para a maioria das temperaturas, o coeficiente de
transferência de calor para a superfície da seção de teste do trocador de calor
revestida com titânio aumentou com o aumento do número de Reynolds.
Fig. 4mostra o coeficiente de transferência de calor contra a temperatura em
um número de Reynolds constante de 3803. Ele representa a diferença do
coeficiente de transferência de calor entre a superfície não revestida e a superfície
revestida de titânio no número de Reynolds de 3803. É mostrado que em um
número de Reynolds constante, o coeficiente de transferência de calor na
superfície revestida de titânio é maior do que na superfície não revestida. Para
superfícies revestidas de titânio, o coeficiente de transferência de calor diminui
quando a temperatura aumenta. Apresenta o mesmo padrão emFig. 5onde o
número de Reynolds foi mantido em 15212. Embora os coeficientes de
transferência de calor em ambas as superfícies tenham flutuado quando a
temperatura foi elevada, ainda pode ser visto que a superfície revestida de titânio
tem um coeficiente de transferência de calor mais alto. Isso se deve à presença de
revestimento de titânio na superfície da seção de teste do trocador de calor; o
coeficiente de transferência de calor é muito maior do que a seção de teste do
trocador de calor que não é revestida. Além disso, devido a esta razão, a eficiência
do trocador de calor será maior.
Fig. 6mostra o coeficiente médio de transferência de calor em relação ao número de
Reynold. Tanto o coeficiente médio de transferência de calor aumenta com o aumento do
número de Reynold. A seção de teste revestida com Ti mostra maior coeficiente de
transferência de calor devido à maior condutividade térmica do titânio. Além disso, um
incremento máximo de transferência de calor é observado emRé
15.212. Pode-se concluir que o revestimento de Ti ajuda a aumentar a taxa de
transferência de calor no trocador de calor.
3.2. Experimento de retardo de incrustação
Com base nos resultados obtidos nos experimentos, pode-se concluir
que a presença da camada de revestimento de titânio afetou a deposição de
carbonato de cálcio na superfície da seção de teste do trocador de calor. A
quantidade de carbonato de cálcio formado na superfície revestida de
titânio é menor do que a formada na superfície não revestida. Fig. 7mostra a
concentração de depósitos de carbonato de cálcio na superfície da seção de
teste do trocador de calor. A incrustação ocorreu em ambas as partes da
seção de teste do trocador de calor. A parte do meio ou corpo de prova foi
pesada e levada pelo processo FESEM enquanto os conectores do corpo de
prova foram levados para processo de limpeza. Os depósitos no conector de
teste foram escovados em um béquer e então levados para titulação para
obter a quantidade total de depósito. A partir do resultado da titulação, ficou
claro que houve uma redução na formação de depósitos conforme o
revestimento de titânio foi introduzido na seção de teste.
Com base nos resultados da titulação, pode-se inferir que, à medida que
a camada de revestimento de titânio foi introduzida na superfície, o cálcio
Figura 4.Coeficientes de transferência de calor em função da temperatura da superfície para as seções de teste SS316L
revestidas com Ti e SS316L não revestidas no número de Reynolds de 3803.
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Figura 5.Coeficientes de transferência de calor em função da temperatura da superfície para as seções de teste SS316L
revestidas com Ti e SS316L não revestidas no número de Reynolds de 15.212.
Figura 6.Coeficientes médios de transferência de calor em função do número de Reynolds para as seções
de teste SS316L revestidas com Ti e SS316L não revestidas.
depósitos de carbonato na superfície foi reduzida. Para a superfície sem
revestimento, houve 269 mg/l de depósitos na superfície. Por outro lado,
201 mg/l de depósitos foram formados na seção de teste que foi revestida
por titânio. Isso mostra que houve uma redução de depósitos quando a
superfície de teste revestida com titânio foi usada.Fig. 4.5 mostra o peso do
carbonato de cálcio depositado na superfície do teste do trocador de calor
Figura 7.Efeito do revestimento representando a deposição de incrustação de CaCO3em superfícies SS316L revestidas e não revestidas com Ti.
675
cupom. Após o término do teste, o cupom de teste foi desmontado da seção de
teste e o peso foi medido para comparar com o peso obtido antes do início do
teste.Fig. 8mostra, havia 0,0437 g e 0,0269 g de depósitos formados nos cupons
de seção de teste não revestidos e revestidos, respectivamente. Esses dados e
resultados provaram que a presença do revestimento de titânio reduziu a
formação de depósitos nas superfícies do trocador de calor e pode ser usado
como uma técnica de mitigação de incrustação na indústria.
A presença da camada de revestimento de titânio proporciona um impacto no
retardamento da incrustação. A incrustação ocorreu mais rapidamente quando não havia
camada de revestimento na superfície da seção de teste do trocador de calor.Fig. 9
mostra que sem revestimento, o período de indução para a formação de depósitos de
carbonato de cálcio foi menor do que com a presença de revestimento de titânio.
Demorou cerca de duas horas para os depósitos se formarem. Devido a isso, mostra
claramente que a formação de depósitos de carbonato de cálcio foi mais rápida quando
não havia camada de revestimento na superfície da seção de teste do trocador de calor.
3.3. Caracterização do cupom
Esta seção contém os resultados da análise morfológica e elementar, que
foram obtidos através do instrumento Field Emission Scanning Electron
Microscope (FESEM). Os cupons foram observados antes e após o experimento de
incrustação para ambos os cupons com revestimento e sem revestimento. Os
resultados também demonstraram os compostos estruturais e elementares nos
depósitos.
3.3.1. Seção de teste SS316 sem revestimento
Inicialmente, a imagem da morfologia do cupom de teste de matéria-prima,
amostra de aço inoxidável (SS316L) foi analisada com estudo elementar, EDX via
instrumento FESEM. EmFig. 10(a), o cupom não revestido representa uma imagem
similar fina e suave capturada com resolução de 30×. Além do mais, Fig. 10(b)
mostrou que o cupom continha elementos em abundância, como Carbono (C),
Oxigênio (O), Ferro (Fe), Enxofre (S), Cloro (Cl), Cromo (Cr) e Níquel (Ni). A
porcentagem atômica, em % para os elementos compostos correspondentes
foram denotados emFig. 10(c) como 81,80 at.%, 6,04 at.%, 7,24 at.%, 0,33 at.%,
0,28 at.%, 2,70 at.% e 1,62 at.%, respectivamente. Acima mencionado, o SS316L é
detectado na superfície do cupom de teste.
O corpo de prova foi posteriormente examinado via FESEM para determinar a
estrutura morfológica da deposição formada na superfície do corpo de prova.Fig.
11(a) ilustrou os resultados do FESEM para o cupom de teste não revestido após o
experimento de incrustação. Em relação ao resultado EDX, alguns elementos
cruciais foram detectados como mostrado naFig. 11(bandaFig. 11(c). A
porcentagem atômica, (at.%) dos elementos detectados foram arranjadas em
sequências decrementais O (56,93%) > Ca (23,00%) > C (16,97%) > Fe
676 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680

Figura 8.Peso do revestimento representando a deposição de incrustação de CaCO3em superfícies SS316L revestidas e não revestidas com Ti.

Figura 9.Resistência à incrustação em função do tempo que representa o estado estacionário de deposição de incrustação.

(3,10%). De fato, a composição do elemento Ca e C é atribuída à deposição
de incrustação. A presença de Fe mostrou corrosão durante o experimento
que carregou o efeito negativo para a vida útil do trocador de calor. Além
disso, a quantidade de ferro define apenas uma região menor descoberta
por carbonato de cálcio (consulte o círculo vermelho emFig. 11(a)).
A morfologia do cupom de teste não revestido após o experimento de
incrustação foi visualizada em imagens FESEM.Fig. 12exibiu o cupom não
revestido incrustado que é visualizado sob ampliação de 100 × via imagem FESEM.
É claramente visto que as peças de incrustação revestidas são distribuídas com
grânulos de tamanho irregular de carbonato de cálcio de aproximadamente 33
μm (média). Este carbonato de cálcio (incrustação) aumentou significativamente a
resistência geral à transferência de calor e afetou a condutividade térmica da
superfície.
3.3.2. SS316L com seção de teste revestida com Ti
Em seguida, o corpo de prova SS316L foi revestido com Ti pelo método PVD, o
Ti foi utilizado para melhorar a taxa de transferência de calor. EmFig. 13
(a), a imagem FESEM mostra a fonte de Ti baseada em cupom de teste
examinada na vista de superfície sob ampliação de 30 × emFig. 13(a).
Na análise EDX, o resultado mostrado emFig. 13(bandaFig. 13(c),
determinou que o elemento Ti desenhou a composição
majoritariamente revestida na superfície do cupom de teste. O gráfico
emFig. 13(b) também desde que a composição de titânio foi observada
como a mais alta (91,03 at.%) referente ao revestimento de titânio na
seção de teste do trocador de calor. Além disso, o elemento restante
como Carbono (C) reage como composto irrelevante de 8,97% que é
atribuído à fita de carbono durante a sessão de visualização.
 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680 677

Figura 10.Resultados das imagens FESEM e EDX do cupom não revestido: a) Imagem da superfície não revestida capturada com ampliação de 30× via imagem FESEM; b) Gráfico dos elementos detectados; c) Percentual
ponderal e percentual atômico dos elementos detectados.

Após a realização do experimento, o corpo de prova revestido foi reexaminado
sob inspeção da FESEM, a fim de visualizar a estrutura morfológica da incrustação
e também determinar a composição dos depósitos do corpo de prova.Fig. 14(a)
representa o corpo de prova revestido à base de Ti após todos os ciclos do
experimento e visualizado em resolução de 500×. Quando a imagem foi
visualizada com ampliação de x500, foi
descobriram que as enormes partículas da amostra de carbonato de cálcio foram
formadas aleatoriamente na superfície do cupom com tamanho médio de ~ 20
μm. Além disso, a composição dessas partículas específicas foi demonstrada em
Fig. 14(b) e tabulou os detalhes do composto emFig. 14(c). A partir do gráfico,
pode-se observar que as composições de Ca, C, Ti e oxigênio (O) foram detectadas
na superfície do cupom revestido. De acordo com

Figura 11.Resultados FESEM e EDX para o cupom não revestido após o experimento de incrustação: a) Imagem da superfície incrustada não revestida capturada usando ampliação de 500×; b) Gráfico dos elementos
detectados; c) Percentual ponderal e percentual atômico dos elementos detectados.
678 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680

Figura 12.Imagem FESEM (100×) para cupom não revestido após execução experimental.

Figura 13.Resultados FESEM e EDX para cupom revestido de Ti: a) Imagem da superfície revestida com Ti capturada com ampliação de 30×; b) Gráfico dos elementos detectados; c) Percentual ponderal e percentual atômico
dos elementos detectados.

composição dos resultados da análise elementar, o elemento O
monopolizou a maior porção entre os elementos, que é de 61,25% e indicou
que as moléculas oxigenadas foram ligadas sabiamente com cada elemento
detectado [C (15,18%), Ca (17,72%), Ti (5,85% )] como CO2, CaCO3, TiO2e etc.
Nenhum traço de Fe foi encontrado na superfície revestida de Ti, o resultado
indica que nenhuma corrosão ocorreu durante o experimento. O
revestimento pode prolongar a vida útil do trocador de calor.
Fig. 15mostra a imagem da FESEM após o experimento de incrustação com resolução
de 500× e o tamanho dos pellets de Carbonato de Cálcio é de aproximadamente 20um.
Surpreendentemente, verifica-se que a presença de revestimento de Ti
afetou a formação do Carbonato de Cálcio. O carbonato de cálcio depositado era
principalmente em forma de cubo ou floco e parecia simultaneamente conjugado
um com o outro. Esses fenômenos teriam sido afetados pelo tempo necessário
para depositar o Carbonato de Cálcio e melhorar a transferência de calor.
4. Conclusões
Nesta pesquisa, o revestimento de titânio na superfície do trocador de calor foi
aplicado para melhorar a transferência de calor e mitigar a incrustação. Ti revestido
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Figura 14.Resultados FESEM e EDX para cupons revestidos com Ti após experimento de incrustação: a) Imagem da superfície incrustada revestida com Ti capturada usando ampliação de 500×; b) Gráfico dos elementos
detectados; c) Percentual ponderal e percentual atômico dos elementos detectados.

seção de teste mostrou maior coeficiente de transferência de calor. A presença da
camada de revestimento na superfície da seção de teste do trocador de calor também
influenciou as características do depósito de incrustação. A taxa de formação de
incrustação diminuiu com a presença de revestimento de titânio na superfície. Para a
seção de teste sem revestimento, a formação de depósitos foi maior, mais forte e difícil
de remover. O período de incrustação por indução para a seção de teste não revestida
também foi bastante curto em comparação com a seção de teste revestida de titânio, o
que indica que as seções de teste não revestidas são mais propensas a incrustações.
Além disso, a formação de depósitos na seção de teste não revestida ocorre mais
rapidamente e leva menos tempo para iniciar a incrustação. Assim, a presença da
camada de revestimento de Ti na superfície do trocador de calor reduziu
incrustações, aumentam a transferência de calor e podem atuar como camada
anticorrosiva. Como resultado, o revestimento também prolongará a eficiência e a vida
útil dos trocadores de calor.
Declaração de Interesse Concorrente
Os autores declaram que não têm interesses financeiros concorrentes
conhecidos ou relacionamentos pessoais que possam parecer influenciar o
trabalho relatado neste artigo.

Figura 15.Imagem FESEM (500×) de cupom revestido de titânio após execução experimental.
680 CS Oon et al. / Tecnologia do Pó 373 (2020) 671–680
Reconhecimentos
Os autores agradecem a contribuição da Bolsa de Pesquisa da
Universidade da Malásia RU019D-2017 e FRGS FP143-2019A.
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