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Resumo - Um Toque de Clássicos (Tania Quintaneiro)

Introdução à Sociologia e Antropologia (Universidade Federal de Lavras)

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Baixado por Carla Kethlen (carlakethlendem@gmail.com)
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UM TOQUE DE CLÁSSICOS

Karl Marx

• “A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das


coisas.”
• Dialética -> Aponta as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação e
superação de uma determinada ordem.
• Feuerbach -> O mundo religioso é concebido como uma projeção fantástica da mente humana.
A supressão desse mundo, por meio da crítica religiosa, faria desaparecer a própria alienação,
promovendo a liberação da consciência -> Marx rebate essa concepção -> É nesse ponto que a
teoria marxista articula a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica ->
Reformulação da dialética -> A alienação associa-se às condições materiais de vida e somente a
transformação do processo de vida real, por meio da ação política, poderia extingui-la.
• A análise da vida social deve, portanto, ser realizada através de uma perspectiva dialética que
esteja fundada no estudo dos fatos concretos, a fim de expor o movimento do real em seu
conjunto.
• Marx e Engels colocam como ponto de partida os indivíduos reais, a sua ação e as suas condições
materiais de existência.
• Materialismo histórico -> as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como
produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. Aquilo que os indivíduos
são depende, portanto, das condições materiais de sua produção.
• As formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são transitórias e
históricas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam seu modo de produção, e com
o modo de produção mudam as relações econômicas.
• A premissa da análise marxista da sociedade é a existência de seres humanos que, por meio da
interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à sua vida material.
• O primeiro fato histórico é a produção dos meios que permitem satisfazer as necessidades, a
produção da própria vida material.
• Marx nunca se refere a produção de um modo geral, mas a um estágio determinado do
desenvolvimento social.
• A estrutura de uma sociedade depende do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e
das relações sociais de produção que lhes são correspondentes.
• Os homens não são livres árbitros de suas forças produtivas, pois toda força produtiva é uma
força adquirida, produto de uma atividade anterior.
• O conceito de forças produtivas refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o
controle das condições naturais para a produção, e seu desenvolvimento é em geral cumulativo.
O conceito de relações sociais de produção trata das diferentes formas de organização da
produção e distribuição, de posse e tipos de propriedade dos meios de produção, bem como se
constituem no substrato para a estruturação das desigualdades expressas na forma de classes
sociais -> Tais relações se interligam de modo que as mudanças em uma provocam alterações na
outra.

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• A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se na base


econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo
produtivo.
• Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente,
determina a sua consciência.
• Revolução social -> Em certo estádio de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da
sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes.
• A renda não é um fator independente da produção: é, antes, uma expressão da parcela maior ou
menor do produto a que um grupo de indivíduos pode ter direito em decorrência de sua posição
na estrutura de classes.
• Crítica marxista à propriedade privada dos meios de produção da vida humana dirige-se às suas
consequências: exploração da classe de produtores não-possuidores por parte de uma classe de
proprietários; limitação à liberdade e às potencialidades dos primeiros e a desumanização de que
ambos são vítimas.
• Luta de classes -> História das sociedades cuja estrutura produtiva baseia-se na apropriação
privada dos meios de produção -> “Motor da história” -> As principais transformações estruturais
são impulsionadas.
• Mercadoria -> valor de uso (se efetiva no consumo) e valor de troca
• Mais-valia -> A razão entre trabalho excedente e trabalho necessário
• A burguesia existe sob a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção
e, com isso, todas as relações sociais.
• Marx e a alienação: o trabalhador é alienado em relação às coisas (objeto de seu trabalho); o
trabalhador é alienado em relação a si mesmo; seu trabalho é apenas um meio de vida para ele
sobreviver.
• O trabalhador e suas propriedades humanas só existem para o capital -> Se ele não tem trabalho,
não tem salário, não tem existência.
• Comunismo -> A sociedade que regula a produção geral

Mercadoria – Objeto externo possuidor de valor de uso,

Valor – Não tem substrato, é forma sem conteúdo, preenchida por tempo de trabalho humano
socialmente médio. É expresso no mundo a partir do valor de uso e do valor de troca.

Valor de uso – Requisito qualitativo para que algo ingresse como mercadoria na economia.

Valor de troca – É a expressão da forma-valor que se dá no momento da troca de mercadorias, numa


relação de equivalência.

Força produtiva + relações produtivas = Modo de produção.

• Infra-estrutura = Modos de produção.


• Super-estrutura = política + moralidade + religiosidade + arte.
• Lutas de classe = competições e conflitos dentro de uma sociedade -> força a
mudar as forças
produtivas -> Por isso, “são o motor da história”.

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• Valor de uso -> necessidade de uma coisa, que se efetiva apenas no


consumo; conteúdo material da riqueza.
• Valor de troca -> valor de uso de um tipo é trocado por valor de uso de outro
tipo; para trocar, é preciso que os valores sejam da mesma grandeza.
• As mercadorias ganham valor a partir do momento que para suas produções,
foi despendida força de trabalho humano, ou seja, se mede valor pela
quantidade de trabalho nele contida -> A medida do valor é determinada pela
quantidade de trabalho. Obs: uma força de trabalho individual é a mesma
força de qualquer outra força de trabalho individual.
• O valor de uma mercadoria muda conforme o tempo de trabalho requerido
para sua produção muda, dependendo da mudança na força produtiva do
trabalho (ex: grau de desenvolvimento da ciência, organização social do
processo de produção, volume e eficácia dos meios de produção, condições
naturais, etc) -> Quanto menor a força produtiva do trabalho, maior o tempo
de trabalho necessário e maior seu valor.
• Uma coisa pode ser valor de uso sem ser valor. Ex: o ar, a terra, os campos, a
madeira.
• Uma coisa pode ser útil e produto do trabalho humano sem ser mercadoria.
Ex: quem, por meio de seu produto, satisfaz suas próprias necessidades ->
Para se tornar mercadoria, é preciso que o produto, por meio da troca, seja
transferido a outrem.
• Mercadorias = forma natural + forma de valor.
• Não é a troca que regula a grandeza de valor da mercadoria, mas,
inversamente, é a grandeza de valor da mercadoria que regula suas relações
de troca.

Emile Durkheim

• O fato social é algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade. Eles são
coercitivos e externos aos indivíduos, e de que exercem sobre todos uma autoridade específica.
• Os fenômenos que constituem a sociedade têm sua origem na coletividade e não em cada um dos
seus participantes.
• Ao estudar os fatos sociais, Durkheim sugere que vejam os fatos sociais como coisas.
• Regras -> elas comandam e nós as queremos
• A coação deixa de ser sentida graças ao respeito que os membros de uma sociedade
experimentam pelos ideais coletivos.
• Possuímos duas consciências: “Uma é comum com todo o nosso grupo e, por conseguinte, não
representa a nós mesmos, mas a sociedade agindo e vivendo em nós. A outra, ao contrário, só nos
representa no que temos de pessoal e distinto, nisso é que faz de nós um indivíduo.
• Solidariedade mecânica -> liga diretamente o indivíduo à sociedade, sem nenhum intermediário;
constituindo-se de um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns; os
indivíduos se assemelham.

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• À medida que se acentua a divisão do trabalho social, a solidariedade mecânica se reduz e é


gradualmente substituída por uma nova: a solidariedade orgânica -> Processo de individualização
dos membros dessa sociedade.
• Segundo Durkheim, somente existem indivíduos no sentido moderno da expressão quando se
vive numa sociedade altamente diferenciada, ou seja, onde a divisão do trabalho está presente.
• Pena -> sustenta a vitalidade dos laços que ligam entre si os membros dessa sociedade, evitando
que se relaxem e debilitem, assim, a solidariedade que mantém unidos tais membros.
• Moral = tudo o que é fonte de solidariedade; o que força o indivíduo a contar com seu próximo;
sistema de normas de conduta que prescrevem como o sujeito deve conduzir-se em determinadas
circunstâncias; os membros da sociedade são estimulados a superar sua natureza individual.
• A ciência, a moral e a religião originam-se de uma mesma fonte: a sociedade.

Max Weber

• Luta entre valores antagônicos -> Vontade de poder -> Torna a realidade social compreensível
• Distinção entre política e ciência -> Uma é vontade e ação, e a outra reflexão.
• Ciência -> Procura explicar as conseqüências de determinados atos.
• Política -> Convicção e Deveres
• Como é possível alcançar a objetividade nas ciências sociais? Os valores devem ser incorporados
à pesquisa. O ponto essencial a ser salientado é que o próprio cientista é quem atribui aos
aspectos do real e da história que examina uma ordem através da qual procura estabelecer uma
relação causal entre certos fenômenos. Assim produz o que se chama tipo ideal. O método de
estudo de que se utiliza baseia-se no estado de desenvolvimento dos conhecimentos, nas estruturas
conceituais de que dispõe e nas normas de pensamento vigentes, o que lhe permite obter
resultados válidos não apenas para si próprio.
• Cientista social -> Compreender uma individualidade sociocultural formada de componentes
historicamente agrupados. A elaboração de um instrumento que oriente o cientista social em sua
busca de conexões causais é muito valiosa do ponto de vista heurístico.
• Quando uma orientação tem em vista a ação de outro agente, que podem ser individualizados e
conhecidos, a ação passa a ser definida como social.
• Para Weber, é a Sociologia que vai explicar seus efeitos. A explicação sociológica busca
compreender e interpretar o sentido, o desenvolvimento e os efeitos da conduta de um ou mais
indivíduos. Ação compreensível é ação com sentido.
• Somente a ação com sentido pode ser compreendida pela Sociologia, a qual constrói tipos ou
modelos explicativos abstratos para cuja construção levam-se em conta tanto as conexões de
sentido racionais, quanto as não-racionais.
• A ação de um indivíduo será classificada como racional com relação a fins se, para atingir um
objetivo previamente definido, ele lança mão dos meios necessários ou adequados, ambos
avaliados e combinados tão claramente quanto possível de seu próprio ponto de vista. A conduta
será racional em relação a valores quando o agente orientar-se por fins últimos, por princípios,
agindo de acordo com ou a serviço de suas próprias convicções e levando em conta somente sua
fidelidade a tais valores.
• Assim como a ação estritamente afetiva, a estritamente tradicional situa-se no limite ou além do
que Weber considera ação orientada de maneira significativamente consciente.

Baixado por Carla Kethlen (carlakethlendem@gmail.com)


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• Relação social = conduta plural, reciprocamente orientada, dotada de conteúdos significativos.


• O que caracteriza a relação social é que o sentido das ações sociais a ela associadas pode ser
(mais ou menos claramente) compreendido pelos diversos agentes de uma sociedade.
• Condutas podem ser regulares, seja porque as mesmas pessoas as repetem ou porque muitos o
fazem dando a elas o mesmo sentido, e isto interessa à Sociologia. Se tal regularidade acontece
devido ao mero hábito, trata-se de um uso; quando duradoura, torna-se um costume.
• Diferenças sociais -> Dominância, em dada unidade histórica, de uma forma de organização, ou
pelo peso particular que cada uma das diversas esferas da vida coletiva possa ter.
• A concepção de sociedade construída por Weber implica numa separação de esferas - como a
econômica, a religiosa, a política, a jurídica, a social, a cultural - cada uma delas com lógicas
particulares de funcionamento.
• E é a partir do contexto significante da ordem na qual uma ação individual está inserida que
poderemos compreender sociologicamente seu significado.
• Pessoas que têm a mesma posição no que se refere à propriedade de bens ou de habilitações
encontram-se numa determinada situação de classe. Pertencer a uma determinada classe não
implica em possuir qualquer sentimento de comunidade ou consciência de interesses ou direitos.
• Distinção entre estamento e classe -> Necessária existência, nos primeiros, de um sentimento de
pertença, já que as classes são apenas bases possíveis de uma ação comunitária.
• O estamento é uma qualificação em função de honras sociais ou da falta destas, sendo
condicionado principalmente, bem como expresso, através de um estilo de vida específico.
• As classes se organizam segundo as relações de produção e aquisição de bens, os estamentos,
segundo princípios de seu consumo de bens nas diversas formas específicas de sua maneira de
viver.
• Weber entende que o social constrói-se a partir das ações individuais -> Como é possível a
continuidade da vida social? A resposta para tais questões encontra-se no fundamento da
organização social, chave do verdadeiro problema sociológico: a dominação, a submissão de um
grupo a um mandato. É fundamental então distinguir os conceitos de poder e dominação.
• Poder (probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social) X Dominação (a
vontade do dominador influi sobre os atos dos outros, como se os dominados tivessem adotado
por si mesmos).
• 3 tipos de dominação legítima: a legal, a tradicional e a carismática.
• A possibilidade de dominar é a de dar aos valores, ao conteúdo das relações sociais, o sentido que
interessa ao agente ou agentes em luta. A luta pelo estabelecimento de uma forma de dominação
legítima marca a evolução de cada uma das esferas da vida coletiva em particular.
• É a dominação o que mantém a coesão social, garante a permanência das relações sociais e a
existência da própria sociedade.

Baixado por Carla Kethlen (carlakethlendem@gmail.com)

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