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Cafeteria

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

José Zeferino Pedrozo

Diretor Presidente

Décio Lima

Diretor Técnico

Bruno Quick

Diretor de Administração e Finanças

Margarete Coelho

Unidade de Gestão de Soluções

Eduardo Curado Matta

Coordenação

Luciana Macedo de Almeida

Autor

Sebrae

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Sumário

Apresentação de Negócio ........................................................................................................................ 1

Mercado ................................................................................................................................................... 1

Localização .............................................................................................................................................. 5

Estrutura .................................................................................................................................................. 6

Pessoal .................................................................................................................................................... 8

Equipamentos .......................................................................................................................................... 9

Matéria Prima/Mercadoria ........................................................................................................................ 10


Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................... 12

Automação ............................................................................................................................................... 13

Capital de Giro ......................................................................................................................................... 15

Custos ...................................................................................................................................................... 16

Diversificação/Agregação de Valor .......................................................................................................... 18

Divulgação ............................................................................................................................................... 19

Informações Fiscais e Tributárias ............................................................................................................ 20

Eventos .................................................................................................................................................... 21

Normas Técnicas ..................................................................................................................................... 22


Glossário .................................................................................................................................................. 23

Dicas de Negócio ..................................................................................................................................... 25

Características Específicas do Empreendedor ........................................................................................ 26

Fonte de Recurso .................................................................................................................................... 27

Planejamento Financeiro ......................................................................................................................... 28

Soluções Sebrae ...................................................................................................................................... 29

Entidades Relacionadas ao Negócio ....................................................................................................... 30

Bibliografia ............................................................................................................................................... 31

Investimentos e faturamento .................................................................................................................... 32

Exigências legais específicas .................................................................................................................. 34

Canais de Distribuição e Vendas ............................................................................................................. 35


Apresentação de Negócio / Mercado
1. Apresentação de Negócio
Um cybercafé pode se configurar em um estabelecimento que tem como atividade
principal o oferecimento de serviços e equipamentos para atividades relacionadas ao
acesso a internet - como locação de computadores com acesso a internet,
disponibilização de pontos de acesso para notebooks e o mais comum, o Wifi (rede
sem fio) para acesso dos dispositivos próprios dos clientes do cybercafé – com
serviços agregados de cafeteria. Também pode se caracterizar como um
estabelecimento com foco em serviços de cafeteria e que agrega valor ao seu negócio
com o oferecimento de computadores e rede para acesso a internet, além de espaços
com auxílio audiovisual e interatividade para trabalhos em rede para realização de
reuniões, apresentações, vídeo reuniões, no conceito de “pequeno coworking”.

Este último modelo de negócios é promissor, devido a demanda por estabelecimentos


de internet que proporcionem outras atividades, como reuniões de negócios, jogos,
estudo e que ainda ofereça serviço de alimentação agregado. Esses modelos são
considerados “mini coworking”.

Além da demanda favorável para a abertura de um cyber café pela questão da


tecnologia oferecida, observa-se um crescimento no apreço do brasileiro pelo café.
Segundo a Euromonitor o consumo de café no Brasil cresceu até 3,5% em 2018.
FONTE: ABIC - http://abic.com.br/consumo-de-cafe-no-brasil-cresceu-ate-35-em-2018-
diz-euromonitor/

Relacionando-se a atividade de cyber café ao tema de sustentabilidade


socioambiental, diversas são as ações que podem ser realizadas por estas empresas
para se posicionarem como organizações responsáveis. Podem ser citadas as
seguintes: concorrência ética, seleção de fornecedores locais e que trabalhem com
políticas de sustentabilidade, realização de programas de inclusão digital a sociedades
carentes, máxima utilização da luz solar, venda de canecas reutilizáveis,
acessibilidade, computadores adaptados para uso de deficientes, dentre outras
questões que podem ser utilizadas nas políticas de engajamento econômico, social e
ambiental da empresa.

Mais informações podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de


negócios. Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.

2. Mercado
Mercado Consumidor
Uma primeira segmentação do mercado consumidor potencial de cyber cafés pode ser
realizada considerando as regiões dos estados e das cidades com maior concentração
de pessoas circulando e trabalhando, ou seja, maiores centros urbanos, em que há

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Apresentação de Negócio / Mercado
maior número de pessoas em trânsito que podem demandar serviços especializados
com uso da internet, com o oferecimento de cafés e acompanhamentos, em um
ambiente confortável e agradável em meio ao caos do cotidiano.Dessa forma, os
clientes diretos dos produtos e serviços de um cyber café são caracterizados
normalmente pela população que trabalha, estuda ou circula na região do
estabelecimento, além de turistas que visitam a cidade. No caso de um
posicionamento de estrutura sofisticada, agradável, requintada e confortável aos
clientes, além do oferecimento de cafés especiais e disponibilização de rede de
internet no local, o mercado consumidor poderia ser segmentado em um segundo nível
por pessoas que circulam e trabalham nestes centros, de classe média a classe alta,
com faixa etária entre 18 e 40 anos. As empresas brasileiras são agentes
fundamentais para fomentar o “desenvolvimento verde” do país. ?

FONTE: https://www.slideshare.net/TiagoZella/mercado-de-bebidas-energticas-no-
brasil-red-bull-e-concorrentes
Muitas vezes as organizações empresariais são vistas como as grandes responsáveis
por promover e desenvolver ações sustentáveis, já que os indivíduos acabam por não
notar que individualmente também podem realizá-las, ou ainda acreditam que sozinhos
pouco podem contribuir, transferindo então esta responsabilidade. Perante esta
conjuntura, empresas de toda natureza vêm sendo cobradas quanto a este
posicionamento sustentável, cujas iniciativas devem transparecer aos olhos do
mercado consumidor.?

Segundo o Censo Coworking Brasil (2018), existem no Brasil 1.194 espaços de


coworking espalhados em 169 dos municípios brasileiros com mais de 150 mil
habitantes. O número é 48% maior que o registrado no ano anterior, quando havia 810
espaços de coworking conhecidos no País. Mais de 214 mil pessoas circulam por
esses locais, que movimentaram R$ 127 milhões em 2018, um crescimento de 57%
em relação a 2017. Ainda sobre o estudo, se de um lado algumas empresas
consolidam suas marcas, com espaços amplos e estruturados, cada vez mais as
pequenas empresas, os cafés e os centros comerciais abrem suas portas para a
comunidade local com espaços de coworking, ainda que de forma improvisada.?

Mercado Concorrente
O mercado concorrente para o ramo de cyber café atuante no Brasil se apresenta mais
fortemente caracterizado por dois tipos de negócios: as lan houses e as cafeterias,
podendo se apresentar em distintos portes, público alvo e soluções oferecidas ao
consumidor.

Os estabelecimentos do tipo lan house são locais em que se disponibilizam


computadores para acesso a internet e a jogos on line, cobrados normalmente na
forma de um valor por hora, sendo esta a principal atividade do negócio, competindo
assim com o cyber café quanto ao oferecimento de serviços de internet paga.

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Apresentação de Negócio / Mercado
Já uma cafeteria tradicional mostra-se como concorrente potencial por servir cafés e
alimentos complementares – além da tendência crescente deste tipo de
estabelecimento passar a oferecer serviço gratuito de rede de internet wireless, o que
pode ser a principal ou a complementar atividade de um cybercafé.

Além das lan houses e cafeterias, outros locais podem ser considerados concorrentes
indiretos de um cyber café por não oferecerem exatamente o mesmo do
estabelecimento, porém soluções similares às do negócio, como praças de
alimentação de shoppings centers, restaurantes com cobertura wireless, livrarias e
outras lojas que contam com produtos de cafeteria e rede sem fio disponível aos
clientes.

O que o especialista proprietário de uma lan house consultado aponta como ainda
mais promissor é que se ofereçam bebidas, a exemplo do café, e alimentos como o
carro chefe do negócio, brindando o cliente que os consome com acesso a internet
gratuito, via wireless para seus dispositivos próprios e também nos computadores do
local. Ainda segundo ele, o oposto também se aplica.

Aos clientes que utilizam o serviço de internet por determinado tempo podem ser
oferecidos de forma gratuita os produtos de cafeteria ou vice versa. Dessa forma, a
internet passa a ser para o estabelecimento, nas palavras do especialista, “um
chamariz para sua loja e não mais aquele carro chefe que sempre foi e que está
claramente com os dias contados”.

O consumidor do século XXI leva em consideração e valoriza cada vez mais as


questões ambientais em sua decisão de compra e está disposto a recompensar as
empresas pelas suas práticas efetivas de responsabilidade social empresarial ou não
consumir das que poluem ou não agem de forma ambiental e socialmente sustentável.
Dessa maneira, as políticas adotadas pela empresa relacionadas à sustentabilidade
devem ser divulgadas de maneira transparente e com honestidade, para que assim se
possa obter diferencial competitivo frente aos concorrentes que não realizam ações
voltadas ao bem estar socioeconômico e ambiental ou que divulgam informações
falsas e sem embasamento.

O relacionamento com o mercado concorrente deve primar pela ética, com a prática de
preços justos perante o mercado, garantindo a sustentabilidade econômica de todos os
envolvidos no ramo.

FONTE:https://www.cafepoint.com.br/noticias/giro-de-noticias/consumo-de-cafe-difere-
entre-homens-e-mulheres-mostra-infografico-95015n.aspx

Mercado Fornecedor
Os principais fornecedores de insumos para um cyber café são:

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Apresentação de Negócio / Mercado
• Fornecedores de matéria prima para a cafeteria como grãos de cafés e chocolates
a granel, especiarias, frutas, leite, água mineral, açúcar, adoçantes para as bebidas
que serão produzidas;

• Fornecedores de verduras, vegetais, carnes, farináceos, laticínios, condimentos,


óleos, gorduras para os alimentos que serão oferecidos;
• Atacadistas de produtos alimentícios como balas, chicletes, chocolates,
salgadinhos, refrigerantes, sucos, água, chás para comercialização;
• Fabricantes de máquinas e equipamentos para cafeteria como moedor de café,
máquina de café expresso, cafeteira simples, fogão, forno, balcão refrigerado, freezer e
geladeira, microondas, liquidificador, espremedor de fruta;
• Fornecedores de acessórios e utensílios complementares a produção e
beneficiamento dos alimentos e bebidas servidos como, panelas, vasilhames, formas
para assar, louças, talheres;

• Fornecedores de material para serviço como pratos, copos, xícaras, taças,


toalhas;
• Fornecedores de equipamentos, acessórios e suporte de informática como
computadores, servidores, modems ADSL, linhas de acesso banda larga, softwares de
gerenciamento das máquinas, aplicativos para os computadores, antivírus, webcams,
impressoras, fones de ouvido;

• Fornecedores de mobiliário como bancos, sofás, mesas, cadeiras, prateleiras,


balcões;
• Prestadores de serviço de assistência técnica especializada para os equipamentos
e máquinas;
• Fornecedores de equipamentos de tecnologia da informação para atividades
administrativas e financeiras como caixa, computador e impressora e de refrigeração e
acústica do local;
• Fabricantes de produtos de limpeza;
• Fornecedores de material de expediente;
• Lojas de confecção de uniformes e aventais;
• Fornecedores de serviços de telecomunicações, elétricos, sanitários e de gás;
A relação com o mercado fornecedor também deve se basear na sustentabilidade.
Podem-se priorizar fornecedores locais como organizações regionais e cooperativas
locais para que a economia da região seja beneficiada com as atividades da empresa,
uma prática socialmente justa. Da mesma forma, a preocupação com o meio ambiente
também deve ser levada em consideração a partir da escolha por empresas, cujas
políticas e diretrizes sociais e ambientais estejam alinhadas com as suas, não sendo
somente informações para autovalorização da marca. A questão da sustentabilidade
econômica também deve ser observada nas negociações com os fornecedores, que
devem ser justas e apresentar viabilidade para ambas as partes do negócio.

Fatores que devem ser analisados para a escolha de um fornecedor:

· Distância física;

· Referências;

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Localização
· Custo do frete;

· Qualidade;

· Capacidade de fornecimento;

· Preço;

· Prazo;

· Forma de pagamento e de entrega.

Assim resumidamente podemos destacar as seguintes oportunidades e ameaças:

Oportunidades

· Aumento pela procura do mercado de marcas sustentáveis;

· Aumento pela procura do mercado de entretenimento;

· Mercado de jogos eletrônicos cresce exponencialmente no mundo;

· Proximidade com polos turísticos;

Ameaças

· Situação econômica do país;

· Instabilidade política do país;

· O grandes centros urbanos dificultam a penetração de lojas pequenas;

· Baixas barreiras de entrada no mercado para os concorrentes indiretos.

3. Localização
A localização é grande parte do sucesso do negócio, recomendando-se que a
estratégia seja instalar-se o cyber café em um local de grande circulação de pessoas,
próximo de escolas, universidades, escritórios, bancos, justamente por serem locais de
passagem e trabalho do público consumidor de seus produtos e serviços. Outra
possibilidade são locais que possuem circuitos turísticos permanentemente.

Pontos de atenção na escolha do imóvel onde a empresa será instalada:

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Estrutura
A relação entre receitas e despesas estimadas precisa ser compatível com os objetivos
definidos pelo empreendedor. É preciso estar atento ao custo do aluguel, prazo do
contrato, reajustes e reformas a fazer.

Certifique-se de que o imóvel atende às necessidades operacionais quanto à


localização, capacidade de instalação, características da vizinhança, serviços de água,
luz, esgoto, telefone, transporte etc.

Verifique se existem facilidades de acesso, estacionamento e outras comodidades que


possam tornar mais conveniente e menos onerosa a adaptação do imóvel.

Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundação ou próximos às zonas


de risco. Consulte a vizinhança a respeito.

Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma
obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área, que deverá estar
devidamente regularizada.

As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano


Diretor Urbano (PDU), que determina o tipo de atividade que pode funcionar em
determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura deve atentar para:

· Se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;

· Se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento


do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em qualquer bairro;

· Se os pagamentos do IPTU referente ao imóvel estão em dia;

· No caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento,


letreiros e outdoors, será necessário verificar o que determina a legislação local sobre
o licenciamento das mesmas;

· Exigências da legislação local e do Corpo de Bombeiros Militar.

Para instalação de um Cybercafé em shoppings, galerias e centros comerciais, devem-


se considerar os custos totais de ocupação como: aluguel, condomínio, taxas de
publicidade e também o tempo de dedicação do empreendedor ao negócio, uma vez
que esses empreendimentos possuem horários de funcionamento diferenciado.

4. Estrutura
A estrutura necessária para as atividades de um cyber café depende da produção no
local ou não dos alimentos servidos pela cafeteria. Produzi-los demanda uma cozinha
industrial e uma série de equipamentos para preparo e beneficiamento de doces e

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Estrutura
salgados. O perfil do público alvo do empreendimento também deve ser levado em
consideração, sendo que suas necessidades podem exigir desde uma estrutura de
atendimento enxuta e simples a algo espaçoso e sofisticado para realizar refeições,
enquanto estudam, trabalham, fazem reuniões ou se divertem.

Considerando-se uma estrutura básica de cyber café que comercializa produtos


industrializados, vende salgados e doces de fabricantes parceiros e produz bebidas a
base de chocolate e café, demanda-se, segundo estudos acadêmicos a respeito do
tema, uma área inicial de cerca de 90m². Esta área pode ser dividida em salão,
sanitário para o público, pequena cozinha atendimento, estoque, área administrativa e
sanitário para os funcionários.

A área de cozinha e atendimento diz respeito ao balcão de atendimento ao cliente, um


balcão refrigerado e/ou aquecido para exposição de doces e salgados para consumo.
Na parte interna desta ilha de atendimento podem ser preparadas as bebidas,
aquecidos e resfriados os alimentos provenientes dos fornecedores, elaborados os
pratos para servir, higienizados os pratos e copos em que são servidos os produtos e
mantido um pequeno estoque dos produtos em trânsito na cafeteria.

O ambiente da cafeteria e salão deve ser mantidos o mais limpo, iluminado e arejado
possível, devendo-se atentar à legislação específica que diz respeito às características
mínimas indispensáveis de sanitização, organização e manutenção das instalações de
estabelecimentos que servem alimentos e bebidas. O layout de equipamentos e mesas
para manipulação dos alimentos e bebidas, assim como das pias e balcões para
higienização, deve ser organizado de forma a agilizar e otimizar o processo produtivo,
permitindo livre circulação de pessoas e materiais.

A estocagem deve acontecer em lugar próprio para tal, sendo que se deve
acondicionar de maneira adequada os alimentos a serem comercializados pela
cafeteria provenientes das fabricas de salgados e doces, as matérias primas das
bebidas servidas e os industrializados a serem vendidos como complementos,
conforme as recomendações dos fornecedores.

O salão para acesso a internet e consumo dos produtos de cafeteria deve contar com
mesas, cadeiras, sofás, computadores, bancadas, dentre outros, cujas características
variam de acordo com o público que se pretende atingir. Nesta área devem ser
disponibilizados também dois banheiros – feminino e masculino – para utilização do
público. Além de poder estar localizado junto ao balcão de atendimento, o caixa
também pode ser disposto no salão de acesso e consumo.

Pode-se considerar também a existência de um escritório para a realização dos


trabalhos administrativos e financeiros e também para realização de atendimento a
fornecedores, contendo aparatos básicos para o apoio as atividades de escritório.
Junto a esta parte, deve ser disposto também um banheiro para uso dos funcionários
do estabelecimento.

A parte estrutural do cyber café também pode respeitar a questão da sustentabilidade


através de mudança e adequações que podem ocasionar em redução de desperdício e

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Pessoal
consequentemente aumento do lucro. Deve-se priorizar a utilização da luz solar para
iluminação do estabelecimento, o que demanda a construção de janelas e portas em
locais que recebam o máximo de luminosidade durante o dia. Também pode ser
utilizada a radiação solar para geração de eletricidade, energia limpa cuja utilização
cresce conforme a conscientização da sociedade e a redução do preço dos
equipamentos para a geração desta energia fotovoltaica.

Ainda sobre o tema sustentabilidade social, além das adequações físicas necessárias
para garantir a acessibilidade do local exigida pela legislação brasileira, deve-se
possibilitar acesso aos portadores de necessidades especiais, observando – se as
principais normas de interesse para pessoas portadoras de necessidades especiais,
em http://www.soleis.com.br/deficiencia.htm , 02.09.2019.

5. Pessoal
O pessoal alocado para a operacionalização do negócio de cyber café irá depender do
porte da empresa, volume de atendimento tanto na parte de cafeteria, como para
acesso a internet e nível de serviço que se pretende trabalhar, tanto em número de
colaboradores quanto em qualificação exigida para trabalhar na empresa. Um cyber
café de pequeno porte com estrutura sugerida anteriormente pode contar com o
seguinte corpo de colaboradores:

• Gerente: responsável pela gestão do cyber café de modo geral. Engloba funções
administrativas, financeiras, comerciais (compras), marketing, logísticas (controle de
estoque) e eventualmente questões técnicas sobre manutenção e reparo dos
computadores e rede. Pode ser o proprietário ou um profissional contratado para
exercer tal função. Este também pode exercer o cargo de caixa.

• Caixa: este funcionário é responsável pela gestão do consumo dos clientes, tanto na
cafeteria como no acesso a internet, auxiliado por um software de gerenciamento de
cyber cafés. Exerce atividades relacionadas à recepção de valores pelo consumo dos
clientes, manipulando dinheiro e operando transações com cartão de crédito e débito.

• Barista: As principais atividades deste profissional tangem a elaboração e criação de


bebidas, principalmente a base de café e chocolate utilizando-se dos mais variados
ingredientes. Além disso, também realiza atendimento aos clientes, recepcionando-os
no balcão, anotando os pedidos e auxiliando o garçom na montagem dos pedidos
solicitados. Também organiza, confere e controla materiais de trabalho, bebidas e
alimentos, listas de espera, a limpeza e higiene e a segurança do local de trabalho.

• Garçom: Responsável pela disposição de doces e salgados no balcão de produtos,


preparo (aquecimento e resfriamento) e montagem dos pratos solicitados. Além disso,
realiza a limpeza das mesas e reposição de itens dispostos nestas.

No ramo de serviços de alimentação, além de se prezar pela qualidade total dos

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Equipamentos
alimentos oferecidos, deve-se atentar ao nível de serviço que os colaboradores da
empresa fornecem aos clientes. Deve-se buscar contratar pessoas com experiência
prévia na área e fornecer treinamento adequado para que as atividades possam ser
realizadas com eficiência e os objetivos da empresa sejam alcançados. Recomenda-se
que o barista possua curso na área de preparo de cafés e similares e experiência na
área, já que o trabalho que o mesmo realiza é o responsável por grande parte do
sucesso do empreendimento.

Recomenda-se também, por parte dos funcionários, o uso de uniformes, redes e


toucas para os cabelos sempre presos, não utilização de acessórios como brincos,
pulseiras, anéis, aliança, colares, relógio, assim como a manutenção de um ambiente
de trabalho e atendimento mais limpo e sanitizado possível.

Questões de sustentabilidade cultural e social devem ser levadas em consideração na


relação empresa - colaborador. Devem-se fornecer salários justos, tratamento digno
baseado em relação de respeito, responsabilidade e transparência. Podem ser
desenvolvidos, ainda, programas de treinamento e desenvolvimento profissional e
pessoal, o que acaba por resultar em melhoria da qualidade de vida dos funcionários.
A utilização de uniformes, além de instruções sobre manuseio de máquinas e
equipamentos, por exemplo, são formas de garantir segurança e saúde ocupacional e
reduzir acidentes de trabalho.

Estratégias de sustentabilidade nas operações e atividades da empresa somente se


tornam possíveis se bem orientadas e atreladas a ações motivacionais como
premiações, contratações, práticas e políticas de desenvolvimento de talentos e
lideranças. Ao desenvolver um programa de ações sustentáveis, deve-se procurar
envolver todos os colaboradores da empresa, assim todos se sentem parte do
processo e responsáveis por alguma parte, motivando-os a seguir adiante para o
sucesso do projeto e encontrando aliados para fiscalização do projeto.

6. Equipamentos
Os principais equipamentos e aparatos tecnológicos utilizados para as atividades de
um cyber café, considerando uma estrutura inicial de pequeno porte e capacidade de
atendimento, são:

Máquinas e equipamentos para cafeteria como:

• Moedores de café;
• Máquinas de café expresso;
• Cafeteiras simples;
• Fogões;
• Fornos;
• Balcões refrigerados;

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Matéria Prima/Mercadoria
• Freezers;
• Geladeiras;
• Microondas;
• Liquidificadores;
• Espremedores de frutas;
• Computadores para acesso de clientes;
• Servidores;
• Modems ADSL;
• Linhas de acesso banda larga;
• Webcams;
• Fones de ouvido;
• Impressoras,
• Caixa;
• Computadores e impressoras para o departamento administrativo;

• Aparelhos de refrigeração;
• Aparelhos de som para acústica do local.
O layout da parte da cozinha e atendimento deve ser observado para que se possa
realizar o processo produção e manipulação dos alimentos da maneira mais eficiente
possível. Itens como disposição dos equipamentos, circulação de ar e de pessoas,
instalação elétrica e iluminação também devem ser levados em consideração no
momento do planejamento da disposição do mobiliário, materiais e equipamentos da
área de atendimento e produção. Quanto à sustentabilidade relacionada aos
equipamentos do cyber café, deve-se observar a eficiência energética das máquinas
no momento de sua aquisição, através da coleta de informações com fabricantes e
indicações de marcas e modelos por outras empresas, a fim de que haja redução do
consumo de energia elétrica, o que gera economia e sustentabilidade econômica e
ambiental. No momento do descarte de todo esse material tecnológico deve-se buscar
vender ou doar para organizações que realizam o descarte ou utilização adequada
destes, considerando que o lixo tecnológico é um dos mais poluentes se descartado de
forma incorreta, demorando décadas ou mesmo centenas de anos para se decompor
no meio ambiente.

7. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques apresenta particularidades de acordo com o tipo do negócio -
comércio ou prestação de serviço. De qualquer forma, deve-se buscar a eficiência
nesta gestão, sendo que o estoque de mercadorias deve ser suficiente para o
adequado funcionamento da empresa, mas mínimo, para reduzir o impacto no capital
de giro.

Fique atento, pois a falta de mercadorias pode representar a perda de uma venda. Por
outro lado, possuir mercadorias estocadas por muito tempo é deixar dinheiro parado. É
essencial o bom desempenho na gestão de estoques, com foco no equilíbrio entre
oferta e demanda.

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Matéria Prima/Mercadoria
FONTE:https://tutano.trampos.co/6367-infografico-curiosidades-sobre-o-cafe/
Esse equilíbrio deve ser sistematicamente conferido, com base, entre outros, nestes
três indicadores de desempenho:

1 - Giro dos estoques: número de vezes que o capital investido em estoques é


recuperado por meio das vendas. É medido em base anual e tem a característica de
representar o que aconteceu no passado. Quanto maior for a frequência de entregas
dos fornecedores, em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques,
também chamado de índice de rotação de estoques.

2 - Cobertura dos estoques: indicação do período de tempo que o estoque, em


determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.

3 - Nível de serviço ao cliente: demonstra o número de oportunidades de venda que


podem ter sido perdidas, no varejo de pronta entrega (segmento em que o cliente quer
receber a mercadoria ou o serviço imediatamente após a escolha), pelo fato de não
existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.

As principais matérias primas utilizadas por um cyber café são: grãos de cafés,
chocolates a granel, especiarias, frutas, leite, água mineral, açúcar e adoçantes para
as bebidas, além de verduras, frutas, vegetais, carnes, farináceos, laticínios,
condimentos, óleos, gorduras no caso da produção de doces e salgados. Os alimentos
oferecidos pela cafeteria podem ser adquiridos semi acabados de fornecedores
parceiros, o que demanda somente o aquecimento ou resfriamento dos produtos. Além
disto, algumas mercadorias industrializadas podem ser comercializadas como balas,
chicletes, chocolates, salgadinhos, refrigerantes, sucos, água, chás.

Considerando-se que a percepção do cliente sobre os serviços de um cyber café giram


principalmente em torno da velocidade de acesso a internet, qualidade dos alimentos e
bebidas servidas, preço justo, higiene e conforto do local, os cuidados do empresário
vão desde decisões internas, como escolha do local para funcionamento, de
fornecedores idôneos e dos ingredientes, passando pelo processo produtivo como o
cuidado na manipulação dos alimentos, a questões de liderança e gestão de pessoas,
a fim de garantir atendimento de qualidade aos clientes. Todo este ciclo agrega valor
ao negócio e coloca o estabelecimento em posição de destaque frente aos seus
concorrentes.

Na escolha das matérias primas para a produção dos alimentos e bebidas, a fim de
atuar como um agente participante de uma cadeia ambientalmente sustentável, pode-
se optar por fornecedores de matéria prima orgânica, inclusive cafés orgânicos, o que
pode agregar valor ao negócio quando de conhecimento do consumidor.

Para que a empresa se posicione como sustentável alguns cuidados podem ser
seguidos, tais como a escolha criteriosa dos ingredientes utilizados nos alimentos e
bebidas, dos fornecedores de produtos alimentícios e dos insumos em geral, a
sustentabilidade do processo produtivo, a adoção de estratégias de divulgação

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Organização do Processo Produtivo
“verdes” e a criação de programas sociais de inclusão digital para pessoas carentes ou
com pouco acesso a tecnologia da informação. São pequenas – porém criteriosas –
atitudes que podem passar a fazer parte do cotidiano da empresa que garantirão o
posicionamento sócio ambientalmente responsável da empresa.

8. Organização do Processo Produtivo


Por se tratar de uma empresa segmentada em dois ramos, de fornecimento de
alimentação e de prestação de serviços de internet, o processo produtivo a ser
apresentado diz respeito ao fluxo de atividades que ocorre em ambos, desde a
recepção do cliente no momento de sua entrada no estabelecimento ao ato de
pagamento pelo produto adquirido. Dessa maneira, o processo pode ser dividido nas
seguintes etapas:

• Atendimento inicial ao cliente;


• Especificação do serviço pelo cliente;

FONTE: https://www.hypeness.com.br/2012/09/todos-tipos-de-cafe-do-mundo/
• Liberação da máquina através do sistema gerenciador de Cyber café ou
disponibilização de senha de acesso a rede no caso de utilização do próprio notebook
ou outro dispositivo móvel;

• No caso de utilização de máquina do estabelecimento, o funcionário informa ao


cliente a máquina e caso necessite, fornece instruções para iniciar a
operacionalização; Paralelamente a este processo ocorre o atendimento da cafeteria:

• Atendimento ao cliente no balcão e nas mesas;


• Produção de lanches e bebidas frescas conforme pedido dos clientes;

• Entrega dos lanches prontos produzidos conforme pedido ou dos expostos nas
vitrines, com acondicionamento para consumo local ou embalados para viagem;

• Atendimento final ao cliente no caixa.


Ao final do consumo das bebidas e alimentos da cafeteria e do serviço de internet, o
cliente dirige-se até o balcão de caixa onde é fechado no sistema de computador o seu
horário de utilização de internet, assim como integrada sua conta de consumo na
cafeteria. A fim de minimizar o impacto ambiental causado durante os processos
envolvidos nas atividades de um cyber café, é pertinente que se implemente junto aos
colaboradores e clientes do local o consumo e destinação adequados dos resíduos do
processo produtivo do estabelecimento.

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Automação
9. Automação
Uma empresa informatizada tem grandes chances de obter destaque perante seus
concorrentes à medida que seus processos são facilitados, uma vez que a tomada da
decisão é assegurada pelas informações contidas no software, a produtividade
aumenta e os gastos são diminuídos.

Para as atividades de cyber café, é extremamente recomendável a utilização de


softwares especializados no gerenciamento de lan houses/ cyber cafés, devido à
necessidade de gestão do tempo de acesso a internet dos clientes. Além disso, por
configurar-se como um estabelecimento de venda de bebidas e alimentos, tem-se a
necessidade de registrar e controlar as vendas da cafeteria, o estoque, além das
soluções básicas a empresas de pequeno porte, como contas a pagar e receber, fluxo
de caixa e cadastramento de clientes e fornecedores.

Para a escolha do software mais adequado para suas necessidades empresariais, o


empresário deve levar em consideração, além do conteúdo mínimo de necessidade da
empresa, outras questões como os custos e período da licença de funcionamento,
disponibilidade de serviço de manutenção e treinamento para utilização do software
além da credibilidade do fornecedor.

Investir em softwares para automatizar as lojas não é mais tendência, é uma


necessidade. Nem sempre, porém, a ajuda digital é bem-vinda pelos lojistas.

Alguns varejistas ainda acreditam que tecnologia só dá trabalho e não adianta nada.
Mas isso muda quando eles percebem os ganhos em produtividade.

Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço
cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal
municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo
fornecedor, verificando ainda se possui funcionalidades, tais como:

• Controle de mercadorias;

• Controle de taxa de serviço;

• Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta


corrente) e estoque;

• Emissão de pedidos, notas fiscais, boletos bancários;

• Organização de compras e contas a pagar;

• Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento da loja. A loja


física como conhecemos hoje está mudando.

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Automação
A tendência é a interação cada vez maior entre o ponto de venda e os ambientes
virtuais.

Já existe no mercado uma ampla seleção de softwares e plataformas digitais que


ajudam o varejista a administrar a pré-venda, monitorar o movimento de funcionários e
clientes, integrar lojas físicas e virtuais e resolver questões de logística. Conheça a
seguir algumas soluções em software para o varejo.

PRÉ-VENDA

No momento decisivo para ganhar ou perder um cliente, todo o cuidado é pouco. “O


marketing ficou muito mais complexo do que no passado. Hoje, o varejista precisa
realizar uma comunicação segmentada por grupos, direcionada para um determinado
perfil ou até mesmo customizada para um cliente específico”, diz Caio Camargo, sócio-
diretor da consultoria GS&MD. Confira soluções:

Ouvi - A solução em campanhas em mídias. O varejista amplia o cadastro e envia


relatórios de acompanhamento das campanhas.

Preço Certo O software analisa variáveis como investimento, custos, despesas e


margem de lucro e compõe preços competitivos para diferentes produtos.

Munddi - Plataforma que conecta fornecedores e varejistas. Com a solução,


fornecedores que trabalham com determinado varejista indicam sua loja para o
consumidor que já está na região, gerando uma visita altamente qualificada.

PONTO DE VENDA

Mesmo com a revolução digital, a loja física ainda continua sendo o principal canal de
contato entre varejista e consumidor. “A maioria das decisões de marca e produto
acontecem nesse ambiente”, diz Christian Manduca, da Fundação Dom Cabral.
Exemplos:

Meu atendimento – APP para coleta os dados; traça oportunidades e ajuda a


identificar gargalos da empresa.

Splits – Novo serviço de comanda digital por meio de aplicativo.

GESTÃO

Nos últimos anos, multiplicaram-se as formas de interação como cliente, com novos
canais de venda e estratégias de marketing, dificultando o controle e gestão das
ações. Segue algumas aplicações que auxiliam na gestão:

Mobile Retail Suite - A solução otimiza e controla o tempo das tarefas nas lojas.

DNA Shopper – Integra os diversos canais de comunicação entre loja e cliente.

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Capital de Giro
PÓS-VENDA

Após a compra, o consumidor tem a oportunidade de avaliar sua experiência e


compartilhar a opinião online. Sugestões:

Trustvox - Verifica a veracidade das postagens nas mídias sociais e canais digitais.

Tracksale - comportamento do cliente é analisado por meio de perguntas

FONTE: https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2018/09/12-
aplicativos-que-ajudam-o-empreendedor-administrar-seu-negocio.html

10. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.

ITEM
QUANTIDADE
VALOR UNITÁRIO
Reserva de Caixa
1
R$ 26.500,00
* * Esta é meramente uma estimativa de valor, o seu capital de giro deve variar entre
20 e 30% do valor do investimento para operação. No exemplo temos um investimento
estimado (tópico anterior) de R$ 125.000,00. Assim uma reserva (capital de giro e
estoque inicial) de R$ 26.500,00

Quanto maior o prazo concedido aos clientes para pagamento e quanto maior o prazo
de estocagem, maior será a necessidade de capital de giro do negócio. Portanto,
manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente
pode amenizar a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Prazos médios recebidos de fornecedores também devem ser considerados nesse


cálculo: quanto maiores os prazos, menor será a necessidade de capital de giro.

O empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido, de forma a não consumir


recursos sem previsão, inclusive valores além do pró-labore. No início, todo o recurso
que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a
expansão do negócio. O ideal é preservar recursos próprios para capital de giro e
deixar financiamentos (se houver) para máquinas e equipamentos.

Sempre será muito útil que se tenha certo montante de recursos financeiros reservado

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Custos
para que o negócio possa fluir sem sobressaltos, especialmente no início do projeto.
No entanto, ter esse recurso disponível não é suficiente porquanto ser premissa sua
boa gestão, ou seja, somente deverá ser utilizado para honrar compromissos imediatos
ou lidar com problemas de última hora.

Geralmente, a necessidade de capital de giro pode variar entre 20 a 30% do volume


total de investimento para a operação de um Cybercafé, conforme definição do modelo
de negócio, capacidade de atendimento, cardápio e horário de funcionamento. O
empreendedor não necessita ter muito dinheiro em caixa, apenas o necessário para
pequenas compras e reposição dos estoques.

11. Custos
Os custos dentro de um negócio são empregados tanto na elaboração dos serviços ou
produtos quanto na manutenção do pleno funcionamento da empresa. Entre essas
despesas, estão o que chamamos de custos fixos e custos variáveis.

Custos variáveis

São aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na


mesma proporção.

Custos de materiais

ITEM
QUANTIDADE
VALOR UNITÁRIO
Matéria-Prima, Insumos
50
15.000,00
Custos dos impostos

ITEM
%
VALOR UNITÁRIO
Simples
9 % do faturamento bruto (R$ 60.000,00)
5.400,00
Custos com vendas

ITEM
%
VALOR UNITÁRIO
Propaganda
1 % do faturamento bruto (R$ 60.000,00)

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Custos
600,00
Custos fixos

São os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou


diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da
estrutura do negócio.

Salários e encargos

FUNÇÃO
QUANTIDADE
SALÁRIO UNITÁRIO
Salários, comissões e encargos
2
R$ 3.000,00
Depreciação

Ativos fixos
Valor total
Vida útil (anos)
Depreciação
Móveis e utensílios
R$ 25.500,00
5
R$ 425,00
Máquinas e equipamentos
R$ 21.000,00
10
R$ 175,00
Equipamentos informática
R$ 30.000,00
5
R$ 500,00
Despesas fixas e administrativas

Item
Valor unitário
Aluguel, condomínio e segurança
R$ 3.500,00
Agua, luz, telefone e internet
R$ 800,00
Material de limpeza, higiene e escritório
R$ 500,00
Assessoria contábil
R$ 700,00

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Diversificação/Agregação de Valor
12. Diversificação/Agregação de Valor
Depois de identificado o perfil do mercado consumidor do empreendimento, deve-se
estudar mais a fundo suas necessidades, desejos e expectativas quanto ao serviço e
produto esperado de um cyber café. A agregação de valor ao negócio diz respeito à
inserção de benefícios, serviços ou produtos adicionais ao praticado usualmente, cujo
valor deve ser percebido pelo cliente, o que consequentemente gera maior satisfação
do mesmo.

Diversas são as formas de se diferenciar dos concorrentes e de satisfazer os clientes


para uma empresa do ramo, tanto na área de cafeteria como na prestação de serviços
de acesso a internet. Algumas idéias de diversificação do negócio em relação aos
demais podem tanger o aspecto da diferenciação do ambiente, oferecimento de
opções inovadoras de cafés e alimentos, estratégias de promoção, atendimento
diferenciado, oferta de serviços e produtos adicionais, além de práticas relacionadas à
sustentabilidade.

A diferenciação do ambiente pode ser explorada a partir da decoração temática do


cyber café com temas tecnológicos, étnicos, esportivos, cinematográficos, por
exemplo, deixando que a imaginação do empresário e as sugestões de um profissional
especialista na área de design de ambientes encontrem uma solução que agrade ao
público alvo.

Além disso, pode-se utilizar o local para exposição de quadros, esculturas, e outras
obras de arte.

O oferecimento de bebidas e alimentos inovadores, além dos tradicionalmente servidos


em outras cafeterias pode passar a ser a referência pela qual o estabelecimento é
conhecido, a partir do desenvolvimento de cafés com misturas inusitadas, importados,
especiais ou ainda receitas diferenciadas de alimentos para harmonizar com as
bebidas e cuidadosa apresentação nos pratos.

Para o ramo de prestação de serviços de alimentação e de internet, um fator decisivo


para a escolha por um ou outro estabelecimento tange a qualidade e pessoalidade no
atendimento ao cliente. Dessa forma, os colaboradores que se relacionam com o
público devem ser treinados para saber lidar com os clientes, sabendo ouvir,
interpretar o desejo de cada indivíduo, dar sugestões, enfim, fazer de tudo para que o
cliente se sinta valorizado e satisfeito com o atendimento. Nas situações em que o
cliente pouco entende sobre tecnologia, conexão e navegação na web, a atenção
provida por um colaborador é de fundamental importância, devendo assim os
funcionários estar capacitados tanto para entender de questões técnicas de
computadores e internet como atuarem com cordialidade, paciência e didática no
auxílio ao cliente.

A oferta de serviços e produtos adicionais ao oferecimento de bebidas, alimentos e


conexão a internet também pode fazer com que o empreendimento se diferencie dos

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Divulgação
demais. Um composto de serviços e produtos pode ser agregado ao cyber café para
que este deixe de ser visto como um provedor de conexão a internet, lanches e
bebidas e passe a ser percebido como uma solução completa de tecnologia e conforto.
Neste contexto podem-se citar o oferecimento de cursos de informática, manutenção
de computadores, aluguel do espaço para realização de “cyber festas”, digitalização de
textos e imagens, serviços de TI e oferecimento de vinhos, cervejas, refeições, cursos
sobre preparação e degustação para a cafeteria.

A questão da agregação de valor através do posicionamento sustentável da empresa


pode ser o tema foco das ações de marketing do cyber café, porém a sustentabilidade
econômica da organização somente ocorrerá se os clientes realmente perceberem as
ações sócio ambientais sendo implementadas como também o valor que estas
agregam, dispondo-se a pagar um preço possivelmente diferenciado.

13. Divulgação
A propaganda é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços
conhecidos pelos clientes potenciais. A divulgação de um Bistrô pode ser realizada
através de vários canais de comunicação, porém esse investimento deve ser planejado
e adequado á realidade de cada região e local do ponto comercial.

Abaixo, sugerem-se algumas ações mercadológicas eficientes:

- Divulgar em redes sociais, tais como; Facebook, Linkedin, Instagram, Google+,


Twitter.

- Divulgar através de e-mail marketing e mensagens de WhatsApp;

- Divulgar em sites especializados em cafés;

- Confeccionar folders e flyers para a distribuição em residências nos bairros próximos


ao Cybercafé;

- Oferecer brindes para clientes que indicam outros clientes;

- Anunciar em jornais de bairro e revistas;

- Oferecer descontos para produtos combinados (café e utilização dos equipamentos e


internet);

- Montar uma web site com a oferta de produtos para alavancar as vendas;

- Realização de degustações periódicas dos cafés elaborados;

- Divulgar em empresas.

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Informações Fiscais e Tributárias
O investimento na propaganda deve se enquadrar no orçamento do empresário que
deve selecionar as mídias que têm boa penetração e credibilidade junto ao público alvo
de um Cyber café.

Outro ponto importante na divulgação de um Cyber café é em relação à renovação do


cardápio de cafés. O cliente gosta de encontrar novidades. Por isso, alterar o cardápio
periodicamente e divulgar novos produtos são estratégias que irão atender, satisfazer
e atrair os antigos e novos clientes.

14. Informações Fiscais e Tributárias


Optantes do SIMPLES Nacional

Este segmento de empresa poderá optar pelo Simples Nacional - Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições, instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006. Os pequenos negócios podem optar pelo Simples, desde
que sua categoria esteja contemplada no regime, a receita bruta anual de sua
atividade não ultrapasse R$ 360 mil para microempresa e R$ 4,8 milhões para
empresa de pequeno porte e sejam respeitados os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor de ME e EPP poderá recolher os seguintes tributos e


contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional
(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional):

• IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica);

• CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido);

• PIS (Programa de Integração Social);

• COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);

• CPP (Contribuição Previdenciária Patronal);

• ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): para empresas do


comércio

• ISS (Imposto Sobre Serviços): para empresas que empresas que prestam serviços;

• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): para indústrias.

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional variam


de acordo com as tabelas I a VI, dependendo das atividades exercidas e da receita

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Eventos
bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário
da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro
mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao
número de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor
estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que
a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o
caso. a esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar R$ 81 mil, o empreendedor poderá optar pelo
registro como Microempreendedor Individual (MEI), desde que ele não seja dono ou
sócio de outra empresa e tenha até um funcionário. Para se enquadrar no MEI, sua
atividade deve constar na tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao/resolucoes/arquivos/ANEXO_XIII.
pdf)

Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores


fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado

• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária

• R$ 1 de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias (para empresas de


comércio e indústria)

• R$ 5 de ISS – Imposto sobre Serviços (para empresas de prestadoras de serviços)

II) Com um empregado (o MEI poderá ter um empregado, desde que ele receba o
salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes


percentuais:

• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;

• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

15. Eventos
FISPAL Café - Feira Internacional do Café

Informações: (11) 3017-6807


E-mail: visitante.fc@btsmedia.biz
Site: http://www.fispalcafe.com.br/
FIMAI - Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e
Sustentabilidade

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Normas Técnicas
Cidade: São Paulo, São Paulo
Informações: 55 (11) 3917-2878
E-mail: rmai@rmai.com.br
Site: http://www.fimai.com.br/
Feira Internacional de Alimentação Saudável, produtos Naturais e Saúde

Informações: (11) 2226-3100


E-mail: atendimento@francal.com.br
Site: http://www.naturaltech.com.br
ITECH – International Information Technology Fair

Informações: (11) 5585-4355


E-mail: -
Site: http://itechfair.com.br/index.php

16. Normas Técnicas


ABIC. Indicadores da indústria do café: 2011. Disponível em
http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=61#1389 . Acesso em
12/07/2012.

ACBB. Cafeteria: um negócio lucrativo. Disponível em http://www


.acbb.com.br/cafeteria-um-negocio-lucrativo-id8.html. Acesso em 11/07/2012.

ANVISA. Resolução 216 de 2004. Disponível em http://www.an


visa.gov.br/legis/resol/2004/rdc/216_04rdc.htm. Acesso em 15/06/2012.

COSTA, Rosilane; DOURADO, Lídia. Estudo da Viabilidade Econômica de um cyber


café no bairro Pedreira sob a ótica do plano de negócios. 2005. Trabalho Acadêmico.
(Graduação em Ciências Contábeis) – Centro Sócio Econômico Departamento de
Ciências Contábeis, Universidade Federal do Pará. 2005.

DE SOUSA, Catia; SIQUEIRA, Edelaine; CAVALCANTI, Lucia; SANTANA, Raquel; DA


SILVA, Robério; DOS SANTOS, Wisma. Plano de Negócios Cuca’s Café. 2008.
Dissertação. (Graduação em Administração) – Instituto de Ciências Sociais e
Comunicação, Universidade Paulista. 2008.

Portal Associados da Inclusão. Lei Municipal Nº 17.747 /2011 (Recife-PE): Adaptação


de computadores em Lan Houses e Cyber cafés na cidade do Recife. Disponível em
http://direit oparatodos.associadosdainclusao.com.br/node/73. Acesso em 13/07/2012.

Portal Atelier do café. Glossário do café. Disponível em http://www.ate


liedocafe.com.br/sobre-o-cafe.aspx?pagina=10. Acesso em 13/07/2012.

Portal da Sustentabilidade. Diante de um consumidor cada vez mais exigente,

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Glossário
públicos. Disponível em http://w
ww.sustentabilidade.org.br/conteudos_sust.asp?scateg=297. Acesso em 25/06/2012.

Portal Donos de Lan House. Novas tendências...o futuro das lans. Disponível em
http://www.donosdelanhouse.com.br/lanhouse/novas-tendencias-o-futuro-das-l ans/.
Acesso em 11/07/2012.

Portal Leis Municipais. Lei nº 4873 de 09 de janeiro de 2012. Disponível em


http://www.leismunicipais.com.br/twitter/684/legislacao/lei-487 3-2012-passo-fundo-
rs.html. Acesso em 13/07/2012.

Portal Mundo das Relações Públicas. Glossário de internet. Disponível em


http://www.mun dorp.com.br/webmercados.glossario.htm#inicio. Acesso em
13/07/2012.

Portal O Gerente. Sustentabilidade na pequena empresa. Disponível em


http://ogerente.com/empreendaja/2007/11/24/sustentabilidade-na-pequena-em presa/.
Acesso em 16/05/2012.

17. Glossário
Abaixo alguns termos relacionados ao café retirado do Portal Ateliê do Café da
empresa da terra, produtora de cafés especiais e sustentáveis.

• Acidez: Sensação obtida na parte lateral da língua, onde se for intensa pode
causar uma certa salivação. Este atributo é perceptível em certos cafés e pode variar
de acordo com a região produtora, clima e secagem dos grãos.

• Barista: É o profissional que conhece o preparo correto dos cafés, principalmente


o expresso, desde a avaliação da bebida que está sendo preparada até as exclusivas,
que utilizam o café como ingrediente principal. Os baristas podem trabalhar em
cafeterias, restaurantes, hotéis, supermercados e, atualmente, participam de eventos e
festas.

• Blend: A combinação de grãos de cafés com características complementares, para


obter uma bebida mais completa em sabor, corpo, acidez e aroma. O blend pode ser
elaborado com cafés verdes (crus) ou torrados.

• Café Especial: Cafés que possuem 100% de grãos Arábica de origem controlada.
Devem apresentar ausência de defeitos e originar-se apenas de grãos cereja (ápice da
maturação do fruto), assim como ser elaborado com responsabilidade social e ser eco-
sustentável.

• Cupping: Degustação ou prova de café feita por um grupo de especialistas que


valida as características de um grão de café. Durante a prova são avaliadas as

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Glossário
seguintes características: aroma, corpo, acidez e sabor.

• Cupper ou provador: É o provador, especialista dos cafés.

• Descafeinado: Café que passa por um processamento no qual é extraída grande


parte da cafeína contida nos grãos.

• Expresso: Expresso é o método de preparação de café no qual pressão e


temperatura, combinados, extraem os óleos contidos nas partículas do café moído.

• Fragrância: São os elementos voláteis liberados pelo café torrado e moído. É


percebida no momento da abertura da embalagem. Cafés recém torrados possuem
uma fragrância mais intensa e agradável.

• Sabor: Os sabores dependem do aroma, do corpo e da acidez dos grãos e podem


variar de leve, perfumado e suave a forte, com aroma acentuado.

• Sabor Residual ou After taste: Sabor que permanece no paladar após a ingestão
da bebida. Para cafés de alta qualidade, este sabor pode ser leve ou mais intenso,
porém agradável, causando o desejo de repetir e tomar mais uma xícara.

• Single Origin: Cafés de origem única, de uma mesma fazenda, semelhante aos
vinhos de “chateaus”.

• Browser - ou programa de navegação, é o software usado para acessar a internet


e visualizar o conteúdo das páginas WWW (word wide web).

• CPM - (custo por mil) custo por mil impressões de um banner ou outro elemento
publicitário cobrado por um site.

• Click-Through - percentual de clicks que um banner ou outro elemento publicitário


produziu. É calculado dividindo-se o número de clicks pelo número de exibição do
banner ou outro elemento publicitário.

• Copyright- direito exclusivo de reproduzir por qualquer meio material, publicar ou


vender obra literária, artística, técnica ou científica. O copyright é um direito desfrutado
pelo autor ou seus descendentes, mas pode ser negociado ou cedido a um editor ou a
qualquer outro beneficiário. Abrevia-se com o símbolo ©, ao qual se seguem o nome
do beneficiário e a indicação do ano da primeira edição.

• Datamining - literalmente, "garimpo de informações". É a análise especializada


dos dados e das informações que uma empresa acumula.

• Database - banco de dados, segmentando públicos-alvo de acordo com perfis de


consumo, culturais, sociológicos, comportamentais e fazendo cruzamentos em
ferramentas informatizadas para detectar coincidências e tendências de mercado.

• Data-Warehouse - é um arquivo de dados já filtrados e organizados de acordo

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Dicas de Negócio
com os parâmetros de seus usuários.

• Home-Page - Página de abertura do site.


• HTML - (hyper text transfer protocol) protocolo de transferência de
hipertexto,forma como os documentos são identificados e transferidos na internet.

• Links - imagens,palavras ou expressões que servem de ligação direta para outra


página,ou parte da própria página.

• On-line - em linha ou conectado, ou ainda idéia de atendimento imediato, ágil,


automático, sem tempo de espera.

• Pop-up - é uma publicidade que abre em forma de janela sobre a página


solicitada. Um pop-up pode ter recursos de multimídia e carrega rapidamente. É como
se fosse uma página independente, com informações exclusivas do anunciante.

• URL - abreviação para Uniform Resource Locator.


• Upper-Selling - Venda de um produto de maior valor do que aquele que o
consumidor pretendia comprar. Por exemplo, vender um DVD player após apresentar
suas vantagens sobre o videocassete.

• Viral Marketing - qualquer propaganda que se espalha sozinha, como um vírus.


Quando o usuário do Hotmail envia um e-mail, está enviando junto uma propaganda do
serviço.

• WWW - Word Wide Web (teia de alcance mundial). é a parte gráfica da internet,
as "páginas" compostas de textos, imagens e às vezes de arquivos sonoros e
multimídia.

• Wap - (Wireless Application Protocol) tecnologia que permite o acesso à rede


mundial dos computadores por meio de aparelhos móveis.

18. Dicas de Negócio


Algumas dicas devem ser levadas em consideração para o sucesso da abertura e
manutenção do negócio em questão:

• Realizar pesquisas periódicas para avaliar o nível do serviço e percepção de


qualidade dos produtos oferecidos;

• Primar pela qualidade e procedência dos fornecedores, em especial dos produtos


a serem utilizados pela cafeteria como matéria prima ou para ser beneficiado;

• Disponibilizar diversos meios de pagamento aos clientes, como variedade de


bandeiras de cartão de débito e crédito, dinheiro, vale refeição, dentre outros;

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Características Específicas do Empreendedor
• Promover o bem estar e conforto dos clientes efetivos e potenciais, não
esquecendo que o retorno destes ao estabelecimento ocorre pela qualidade dos
produtos e de grande importância, o primor do atendimento;

• Promover a participação dos garçons e baristas em cursos de especialização e


treinamentos na área;

• Gerenciar de forma rígida o sistema de controle de estoques, impedindo que


faltem, sobre ou vençam produtos. Para tanto, deve-se realizar as compras com base
no histórico de vendas de produtos/dia, sazonalidade de consumo e prazo de validade
das mercadorias;

• Buscar o acompanhamento constante do controle de qualidade, através da


observação das boas práticas na produção de alimentos;

• Atualizar-se quanto às normas regulatórias, leis e tributação relacionadas ao


negócio; Algumas dicas podem ser sugeridas para que a questão da sustentabilidade
seja observada:

• Busca de práticas e programas de sustentabilidade realizados por


estabelecimentos do ramo, a fim de buscar idéias que podem basear ações sócio e
ambientalmente corretas para a empresa;

• Busca de soluções para adaptações e modificações possíveis de serem realizadas


no processo produtivo da empresa sem que haja grandes investimentos com o
posicionamento sustentável;

• Busca de fornecedores necessários à formação de uma cadeia de suprimentos


sustentável junto a certificadoras que atuam no país.

19. Características Específicas do Empreendedor


O empreendedor dos ramos de alimentação e tecnologia da informação necessita
estar alinhado com as mudanças de hábitos da população consumidora e com as
tendências de ambos os nichos, a fim de se posicionar sempre ao lado ou a frente dos
concorrentes e a esta linha de evolução alimentar e tecnológica. Dessa forma, para
que o empresário possa tomar maior proveito das oportunidades que o mercado
apresenta, algumas características pessoais podem ajudar no sucesso do
empreendimento:

• Busca por qualidade extrema;


• Capacidade de atualizar idéias e conceitos;
• Busca constante de informações e oportunidades;
• Capacidade de gerenciar equipes;

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Fonte de Recurso
• Boa resposta e intermediação de conflitos e discussões;
• Comprometimento;
• Qualidade e eficiência;
• Capacidade de enxergar em longo prazo;
• Independência e autoconfiança;
• Capacidade de negociação junto a fornecedores;
• Espírito inovador e inquieto pela busca de soluções alternativas que respeitem a
questão da sustentabilidade."

20. Fonte de Recurso


Provido de recursos federais, os recursos geridos pelo BNDES (Banco Nacional do
Desenvolvimento) destinam-se ao financiamento de investimentos de longo prazo e, de
forma complementar, capital de giro ou custeio. A contratação e a liberação dos
recursos são feitas mediante diversos bancos comerciais, bancos de investimento e
bancos múltiplos. Como exemplos de instituições repassadoras, citam-se: Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancos estaduais, Bancos de desenvolvimento
regionais, Banco Santander, Bradesco, Itaú, entre outros.

Dentre os principais programas de financiamento disponíveis à maioria dos


empreendimentos, destacam-se:

- BNDES Finame: financiamento para produção e aquisição de máquinas e


equipamentos novos, de fabricação nacional;

- BNDES Automático: financiamento a projetos gerais de investimento (equipamentos,


obras civis, capital de giro etc.);

- BNDES: Investimentos: Aporte maior que o automático, faz financiamento a projetos


gerais de investimento (equipamentos, obras civis, capital de giro etc.),

- BNDES: Inovação financiamento a projetos inovadores (equipamentos, obras civis,


capital de giro etc.),

Para mais informações, consultar o site do BNDES.

O empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que


possam ser utilizadas para ajudá-lo no início do negócio. Algumas instituições
financeiras também possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que
são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o
Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios,
desde que atendidas alguns requisitos preliminares.

Maiores informações podem ser obtidas na página do Sebrae na web:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/fundo-de-aval-do-sebrae-

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Planejamento Financeiro
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21. Planejamento Financeiro


Ao empreendedor não basta vocação e força de vontade para que o negócio seja um
sucesso.

Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, necessário que haja um


controle financeiro adequado que permita a mitigação de riscos de insolvência em
razão do descasamento contínuo de entradas e saídas de recursos. Abaixo, estão
listadas algumas sugestões que auxiliarão na gestão financeira do negócio:

FLUXO DE CAIXA

O controle ideal sobre as despesas da empresa é realizado por meio do


acompanhamento contínuo da entrada e da saída de dinheiro através do fluxo de
caixa. Esse controle permite ao empreendedor visão ampla da situação financeira do
negócio, facilitando a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira.

A medida que a empresa for crescendo, dificultando o controle manual do fluxo de


caixa, tornando difícil o acompanhamento de todas as movimentações financeiras, o
empreendedor poderá investir na aquisição de softwares de gerenciamento.

PRINCÍPIO DA ENTIDADE

O patrimônio da empresa não se mistura com o de seu proprietário. Portanto, jamais


se deve confundir a conta pessoal com a conta empresarial, isso seria uma falha de
gestão gravíssima que pode levar o negócio à bancarrota. Ao não separar as duas
contas, a lucratividade do negócio tende a não ser atingida, sendo ainda mais difícil
reinvestir os recursos, gerados pela própria operação. É o caminho certo para o
fracasso empresarial.

DESPESAS

O empreendedor deve estar sempre atento para as despesas de rotina como água,
luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de
equipamentos. Embora pequenas, o seu controle é essencial para que não reduzam a
lucratividade do negócio.

RESERVAS/PROVISÕES

Esse recurso funcionará como um fundo de reserva, o qual será composto por um
percentual do lucro mensal - sempre que for auferido. Para o fundo de reserva em
questão, poderá ser estabelecido um teto máximo. Quando atingido, não haverá

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Soluções Sebrae
necessidade de novas alocações de recursos, voltando a fazê-las apenas no caso de
recomposição da reserva utilizada. Esse recurso provisionado poderá ser usado para
cobrir eventuais desembolsos que ocorram ao longo do ano.

EMPRÉSTIMOS

Poderão ocorrer situações em que o empresário necessitará de recursos para


alavancar os negócios. No entanto, não deverá optar pela primeira proposta, mas estar
atento ao que o mercado oferece, pesquisando todas as opções disponíveis. Deve te
cuidado especialmente com as condições de pagamento, juros e taxas de
administração. A palavra-chave é renegociação, de forma a evitar maior incidência de
juros.

OBJETIVOS

Definidos os objetivos, deve-se elaborar e implementar os planos de ação, visando


amenizar erros ou definir ajustes que facilitem a consecução dos objetivos financeiros
estabelecidos.

UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES

As novas tecnologias são de grande valia para a realização das atividades de


gerenciamento, pois possibilitam um controle rápido e eficaz. O empreendedor poderá
consultar no mercado as mais variadas ferramentas e escolher a que mais adequada
for a suas necessidades.

22. Soluções Sebrae


Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar
o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em
contato pelo telefone 0800 570 0800.

Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo


Sebrae:

Cursos online e gratuitos - http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Para desenvolver o comportamento empreendedor

Empretec - Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o


amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e
as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9

Para quem quer começar o próprio negócio

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Entidades Relacionadas ao Negócio
As soluções abaixo são uteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não
possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que
tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.

Plano de Negócios - O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre


o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes,
fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da
empresa: http://goo.gl/odLojT

Para quem quer inovar

Ferramenta Canvas online e gratuita - A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a


identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado:
https://www.sebraecanvas.com/#/

Sebraetec - O Programa Sebraetec oferece serviços especializados e customizados


para implantar soluções em sete áreas de inovação: http://goo.gl/kO3Wiy

ALI - O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação


técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de
inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh

Para quem busca informações

Informações mercadológicas e sobre negócios são imprescindíveis na tomada de


decisão, Nos sites abaixo encontrarão muitas respostas.

https://sebraeinteligenciasetorial.com.br/

https://datasebrae.com.br/

http://sebraemercados.com.br/sim/

23. Entidades Relacionadas ao Negócio


ABCID - Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital - http://www.abcid.org.br/

ACBB - Associação Brasileira de Café e Barista - http://www.acbb.com.br

Abia - Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação - http://www.abia.org.br

ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café - www.abic.com.br

Abrasel - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - http://www.abrasel.com.br

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Bibliografia
ASSESPRO – Associação das Empresas Brasileiras de TI, Software e Internet -
http://assespro.org.br/

Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - http://www.anvisa.gov.br

Ministério da Saúde - http://www.saude.gov.br

SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição - http://www.sban.com.br

24. Bibliografia
ABIC. Indicadores da indústria do café: 2011. Disponível em
http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=61#1389 . Acesso em
12/07/2012.

ACBB. Cafeteria: um negócio lucrativo. Disponível em http://www


.acbb.com.br/cafeteria-um-negocio-lucrativo-id8.html. Acesso em 11/07/2012.

ANVISA. Resolução 216 de 2004. Disponível em http://www.an


visa.gov.br/legis/resol/2004/rdc/216_04rdc.htm. Acesso em 15/06/2012.

COSTA, Rosilane; DOURADO, Lídia. Estudo da Viabilidade Econômica de um cyber


café no bairro Pedreira sob a ótica do plano de negócios. 2005. Trabalho Acadêmico.
(Graduação em Ciências Contábeis) – Centro Sócio Econômico Departamento de
Ciências Contábeis, Universidade Federal do Pará. 2005.

DE SOUSA, Catia; SIQUEIRA, Edelaine; CAVALCANTI, Lucia; SANTANA, Raquel; DA


SILVA, Robério; DOS SANTOS, Wisma. Plano de Negócios Cuca’s Café. 2008.
Dissertação. (Graduação em Administração) – Instituto de Ciências Sociais e
Comunicação, Universidade Paulista. 2008.

Portal Associados da Inclusão. Lei Municipal Nº 17.747 /2011 (Recife-PE): Adaptação


de computadores em Lan Houses e Cyber cafés na cidade do Recife. Disponível em
http://direit oparatodos.associadosdainclusao.com.br/node/73. Acesso em 13/07/2012.

Portal Atelier do café. Glossário do café. Disponível em http://www.ate


liedocafe.com.br/sobre-o-cafe.aspx?pagina=10. Acesso em 13/07/2012.

Portal da Sustentabilidade. Diante de um consumidor cada vez mais exigente,


empresas precisarão ter mais transparência e capacidade de dialogar com seus
públicos. Disponível em http://w
ww.sustentabilidade.org.br/conteudos_sust.asp?scateg=297. Acesso em 25/06/2012.

Portal Donos de Lan House. Novas tendências...o futuro das lans. Disponível em
http://www.donosdelanhouse.com.br/lanhouse/novas-tendencias-o-futuro-das-l ans/.

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Investimentos e faturamento
Portal Leis Municipais. Lei nº 4873 de 09 de janeiro de 2012. Disponível em
http://www.leismunicipais.com.br/twitter/684/legislacao/lei-487 3-2012-passo-fundo-
rs.html. Acesso em 13/07/2012.

Portal Mundo das Relações Públicas. Glossário de internet. Disponível em


http://www.mun dorp.com.br/webmercados.glossario.htm#inicio. Acesso em
13/07/2012.

Portal O Gerente. Sustentabilidade na pequena empresa. Disponível em


http://ogerente.com/empreendaja/2007/11/24/sustentabilidade-na-pequena-em presa/.
Acesso em 16/05/2012.

25. Investimentos e faturamento


O valor a ser investido num novo negócio envolve um conjunto de fatores, identificados
ao longo do processo de instalação do empreendimento. O investimento para o início
das atividades varia de acordo com o porte do empreendimento e os produtos e
serviços que serão oferecidos.

Um Cyber café, estabelecido em uma área de 90 m², exige um investimento inicial


estimado de R$125 mil reais, a ser alocado nos seguintes itens:

1 - INVESTIMENTOS FIXOS

1.1 - Máquinas e equipamentos

Item
Valor unitário
Balcão, freezer, geldeira e vitrine
R$ 6.000,00
Itens de cafeteria
R$ 15.000,00
1.2 - Equipamentos de informática

Item
Valor unitário
Telefone, Computadores, Modens, Impressoras, Servidor
R$ 30.000,00
1.3 - Móveis e utensílios

Item
Valor unitário
Mobiliário Cafeteria
R$ 15.000,00
Mobiliário do Escritório

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Investimentos e faturamento
R$ 2.500,00
Utensílios
R$ 8.000,00
2 - INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS

Item
Valor unitário
Reformas
R$ 20.000,00
Registro da empresa
R$ 2.000,00
3 - INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Item
Valor unitário
Capital de giro
R$ 14.500,00
Formação Estoque Inicial
R$ 12.000,00

INVESTIMENTO TOTAL (1+2+3)


R$ 125.000,00
PREVISÃO DE FATURAMENTO

Faturamento mensal
R$ 60.000,00
* os itens descritos nas tabelas são exemplos que devem ser considerados, porém
existem outros que devem ser também detalhados, para o seu negócio.

**Acesse http://simulador.ms.sebrae.com.br e veja exemplos de pesquisas estimando


valores e faça a sua simulação.

***Os custos dos ítens descritos na tabela são meras estimativas, pois estes
dependem de tamanho do negócio, fornecedores, regiões do país, etc.

Antes de montar sua empresa, é fundamental que o empreendedor elabore um Plano


de Negócios, onde os valores necessários à estruturação da empresa podem ser mais
detalhados, em função: regionalidade, dificuldades financeiras, objetivos estabelecidos
de retorno e alcance de mercado. O capital de giro necessário para os primeiros
meses de funcionamento do negócio também deve ser considerado neste
planejamento.

Nessa etapa, é indicado que o empreendedor procure o Sebrae para consultoria


adequada ao seu negócio, levando em conta suas particularidades. O empreendedor
também poderá basear-se nas orientações propostas por metodologias de modelagem
de negócios, em que é possível analisar o mercado no qual estará inserido, mapeando

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Exigências legais específicas
o segmento de clientes, os atores com quem se relacionará, as atividades chave, as
parcerias necessárias, sua estrutura de custos e fontes de receita.

26. Exigências legais específicas


Para abrir uma empresa, o empreendedor poderá ter seu registro de forma individual
ou em um dos enquadramentos jurídicos de sociedade. Ele deverá avaliar as opções
que melhor atendem suas expectativas e o perfil do negócio pretendido. Leia mais
sobre este assunto no capítulo ‘Informações Fiscais e Tributárias’.

O contador, profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da


empresa e conhecedor da legislação tributária, poderá auxiliar o empreendedor neste
processo.

Para abertura e registro da empresa é necessário realizar os seguintes procedimentos:

- Registro na Junta Comercial;

- Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

- Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento;

- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –


INSS/FGTS”;

- Registro no Corpo de Bombeiros Militar: órgão que verifica se a empresa atende as


exigências mínimas de segurança e de proteção contra incêndio, para que seja
concedido o “Habite-se” pela prefeitura.

Importante:

- Para a instalação do negócio é necessário realizar consulta prévia de endereço na


Prefeitura Municipal/Administração Regional, sobre a Lei de Zoneamento.

- As leis, decretos, portarias, resoluções frequentemente sofrem revisões


(atualizações), em virtude de novos acontecimentos ou pela necessidade de melhorar
interpretações em relação ao seu conteúdo, função, abrangência ou penalidade.
Portanto as leis citadas neste material estão atualizadas, mas a qualquer momento
podem mudar. Para saber se estão utilizando a mais atual fiquem atentos as
indicações de revisões, digitando as características da lei, exemplo: ‘Decreto-Lei nº.
986”, sem a data, em um site de busca e aparecerá nas 10 primeiras opções (links
para acesso web), com as sugestões mais recentes.

- É necessário observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo


Código de Defesa do Consumidor (CDC).

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Canais de Distribuição e Vendas
- A Lei 123/2006 (Estatuto da Micro e Pequena Empresa) e suas alterações
estabelecem o tratamento diferenciado e simplificado para micro e pequenas
empresas. Isso confere vantagens aos empreendedores, inclusive quanto à redução
ou isenção das taxas de registros, licenças etc.

Algumas portarias específicas para o setor:

- Resolução RDC nº 216/MS/ANVISA, de 16/09/2004. Estabelece diretriz para


segurança alimentar.

- Resolução RDC nº 275/MS/ANVISA, de 21/10/2002. Estabelecem diretrizes para


Procedimentos Operacionais Padronizados - POP e Roteiro de Inspeção;

- Portaria nº 1.428 / MAPA de 26 de novembro de 1993. Regulamentos Técnicos sobre


Inspeção Sanitária, Boas Práticas de produção/Prestação de Serviços e Padrão de
Identidade e Qualidade na Área de Alimentos;

- Portaria CVS 6/99 do Centro de Vigilância Sanitária da ANVISA.

- Portaria CVS -1 CVS–DITEP de 13 de janeiro de 1998 do Centro de Vigilância


Sanitária da Diretoria do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde. Trata
da reedição do disposto na Portaria CVS-8, de 06.03.96.

- Decreto Nº 8.262/2014 altera o Decreto nº 2.018/1996 que regulamenta a Lei nº


9.294/1996 que proíbe, em âmbito nacional, o fumo em locais fechados.

Além da legislação que deve ser observada e seguida para abertura de empresas,
devem-se observar também as regulações para a atividade do estado e município de
instalação do cyber café. A exemplo disso, podem-se citar as leis municipais de Recife
(Pernambuco) e Passo Fundo (Rio Grande do Sul) que versam sobre a
obrigatoriedade de disponibilização de equipamento de computação adaptado a
pessoas portadoras de deficiência visual em estabelecimentos cuja atividade comercial
constitua-se na exploração do acesso a internet através da informática, e que possuam
mais de um determinado número de computadores.

27. Canais de Distribuição e Vendas


O canal de distribuição e vendas consiste na forma por meio da qual o empreendedor
disponibiliza seus produtos ou serviços ao consumidor ou usuário, podendo esta
comercialização ser realizada por outras empresas ou pessoas, as quais irão
representar seus produtos e serviços.

O meio de distribuição deve ser definido de acordo com o produto, o público-alvo e o


fornecedor do negócio. As empresas têm várias opções para fazer seus produtos

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Canais de Distribuição e Vendas
chegarem até os compradores: venda direta no estabelecimento, distribuidores,
representantes comerciais, vendas on line, por exemplo.

Canais de distribuição são os meios pelos quais você entrega o seu produto até o
cliente final. Em outras palavras, é como você faz com que seus produtos fiquem
disponíveis para o consumidor final.

Os canais de distribuição estão diretamente envolvidos com a prestação de


informações sobre o produto, customização, garantia de qualidade, oferta de produtos
complementares, assistência técnica, pós-venda e logística. Em resumo, é tudo que
possa garantir a disponibilidade do produto para o consumidor.

A empresa pode optar por distribuição via canal direto ou indireto. O canal de
distribuição direto é quando a própria empresa é responsável pela entrega de seus
produtos, sem que haja nenhum intermediário envolvido nesse processo.

Já no canal indireto a empresa repassa seus produtos a um intermediário responsável


por entregar os produtos da indústria para o consumidor. O intermediário pode ser um
varejista, atacadista, distribuidor, broker ou qualquer outro envolvido no processo de
distribuição de produtos.

No caso do cyber café, o canal de distribuição configura-se pelo próprio


estabelecimento, já que o cliente realiza a compra e consumo do tempo de conexão a
internet e adquire os produtos da cafeteria diretamente no local, podendo também
optar por levar os alimentos e bebidas comprados para consumir fora dali.

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