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20/06/2023 00:11 Câmara Municipal de Mirassol - Lei Ordinária Nº 541

Câmara Municipal de Mirassol


Consulta

LEI ORDINÁRIA Nº 541, DE 29 DE ABRIL DE 1963

(Vide Lei Ordinária Nº 861, de 1973)


(Vide Lei Complementar Nº 3322, de 2010)

A Câmara Municipal de Mirassol decreta:

Art. 1º A Prefeitura Municipal de Mirassol, adota a presente Lei para regulamentar todas as disposições sobre
construções, reconstruções, reformas, aumentos e demolições de prédios, bem como abertura de ruas e
logradouros.

CAPÍTULO I

Art. 2º Para todos os efeitos deste Código, as seguintes palavras ficam definidas:

Altura = Altura de um edifício é o comprimento vertical a meio da fachada, entre o nível da guia e: o ponto
mediano das coberturas inclinadas, quando este ponto não estiver encoberto pelo frontão, platibanda ou
qualquer coronamento; o ponto mais alto do frontão,platibanda ou qualquer coronamento, quando estes
coronamentos excederem o ponto mediano das coberturas inclinadas.

Áreas = Área é o espaço livre edesembaraçado em toda sua altura e estendendo-se em toda a sua largura do
lote,de divisa lateral. Área de frente é a que se acha entre o alinhamento da viapública e a fachada da frente
do edifício. Área de fundo é a que se acha entrea divisa do fundo do lote e a divisa posterior extrema do
edifício.

Saguões, Corredores e Reentrâncias –Saguão é o espaço livre e desembaraçado em toda a sua altura, sem
caracteres deárea, dentro mesmo do lote em que se acha o edifício. Saguão interior é o fechado em todo o
seu perímetro; para este fim a linha divisória entre os lotes é considerada como fecho; Saguão de divisa é o
saguão interior situado nas divisas laterais do lote; Saguão exterior é aquele cujo perímetro é aberto em parte;
Corredor é o saguão que segue sem interrupção da rua ou áreas de frente,até a área de fundo; Reentrâncias
é o saguão exterior cuja boca é igual ou maior que a profundidade; Poço de iluminação é o espaço livre,
desembaraçado em toda a sua altura, sem características das áreas e dos saguões, destinados
exclusivamente à ventilação de determinadas peças de habitação.

Habitação– Habitação é o edifício, ou fração de edifício, ocupado como domicílio de umaou mais pessoas;
habitação particular é ocupada por só um indivíduo ou uma sófamília; habitação múltipla é a ocupada por
mais de uma família. Na habitaçãoparticular, devemos distinguir duas classes: Popular e Residencial,
conforme onúmero e dimensões das peças da habitação. Na habitação múltipla devemosdistinguir duas
classes: Apartamentos e Hotéis, conforme número e dimensões daspeças. Habitação popular é toda aquela
que dispõe, no mínimo de um aposentopara latrina e banheiro e, no máximo, de duas salas, três aposentos,
cosinha,cona, despensas, e de compartimento para latrina e banheiro, sem contar agaragem e quarto de
empregada. Habitação residencial é toda aquela que dispondode qualquer número de peças, as dimensões
destas excedem aos limites máximosimpostos para as habitações populares.

Lotes– Lote é a porção de terreno situado ao lado de uma via pública. Lote deesquina é o que se acha situado
na junção de duas ou mais vias públicas que seinterceptam. Lote interno é todo aquele que não for de
esquina, podendo ser defrente ou de fundo. Lote interno de frente é aquele que tem toda a sua testadano
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alinhamento da via pública. Lote interno de fundo é aquele que, situado no interior da quadra, se comunica
com a via pública por corredor de acesso de um metro e meio (1, 50 m), no mínimo, de largura.

Frente, fundo e profundidade de lote – Frente do lote é aquela das divisas que fica contígua à via pública; no
caso de esquina, fica o proprietário com o direito de escolher quais das vias públicas que considera como
frente. Fundo do lote é olado que fica oposto à frente. No caso de lote triangular de esquina, o fundo éo
constituído pelo lado não contíguo à rua. Profundidade do lote é a distânciamedida entre a frente e a divisa
extrema do lote; é tomada sobre a normal àfrente. Em caso de lotes irregulares, é a profundidade média que
deve serconsiderada.

Insolação– A insolação de um compartimento é medida pelo tempo de exposição direta aos raios solares, da
parte externa, real ou imaginária, do plano do piso do mesmo compartimento, dentro das vias públicas, áreas
ou saguões por onde receba a luzo mesmo compartimento. Esse tempo de insolação é correspondente ao dia
do solstíciode inverno.

Alinhamento –Alinhamento é a linha legal, traçada pelas autoridades municipais, que limita olote em relação à
via pública. O nivelamento desta linha pe subordinada ao davia pública.

Passeiose Calçadas – Passeios são as faixas marginais das vias públicas destinadas aospedestres. Calçada
de um prédio é a parte do terreno de propriedade particular,ao redor do edifício e junto às paredes do
perímetro revestidas com materialimpermeável.

Partes essenciais da construção – São consideradas partes essenciais da construção, aquelas a que são
aplicáveis certos limites que durante a construção e reforma só podem ser ultrapassadas, mediante
autorização da Prefeitura.

Edificare Construir – Construir é de um modo geral fazer qualquer obra nova: edifício,galpões, muros, etc.
Edificar, é de modo particular, fazer edifício destinado ahabitação, fábrica, culto ou qualquer outro fim.

Reconstruir,Reformar, Consertar – Reconstruir é fazer de novo no mesmo lugar, como antesestava, na


primitiva forma, qualquer construção no seu todo ou em parte.Reformar é alterar a edificação na sua parte
essencial por supressão, acréscimoou modificação. Consertar é executar qualquer obra que não implique
emconstrução, reconstrução ou reforma.

Vias Públicas – Abrange esta locução, todas as vias de uso público, qualquer que seja a sua classificação:
ruas, travessas, alamedas, avenidas, praças, estradas, desde que sejam oficialmente aceitas e reconhecidas
pela Prefeitura.

Passagem– Denomina-se passagem a via pública de largura mínima de quatro tempos, subdividindo quadras
ou porções de terrenos, encravados ou não, para construção de “casas populares” nos termos definidos neste
dódigo.

Andar– Pavimento que tem piso acima do terreno circundante e pé direito superior a doismetros.

Armáriofixo ou embutido – Compartimento de largura máxima de 4 (quatro) metros eprofundidade máxima de


um metro dispondo ou não de iluminação direta.

Ático– Pavimento imediatamente abaixo da cobertura, com dispositivo que permita autilização do desvão.

Bairro– Conjunto de vias sujeito a condições especiais estipuladas em lei ou ato.

Biombo– Parede interrompida da altura mínima de dois metros, de alvenaria ou outro material, permitindo
completa e total ventilação superior.

Cortiço– Conjunto de duas ou mais casas populares situadas no mesmo lote, dispondo deinstalação sanitária
ou cosinha e quintal comum.
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Edículas– Partes dispensáveis da construção, destinadas a compartimentos de empregados,depósitos e


garagens.

Embasamento– Pavimento que tem menos de sua quarta parte abaixo do terreno circundante.

Galeria– Piso intermediário de largura limitada, junto às paredes internas.

Galpão– Superfície coberta e fechada em algumas de suas faces.

Jirau– Piso intermediário dividindo compartimento existente.

Loja– Pavimento no nível do passeio ou no máximo 50 cm. (cinquenta centímetros)acima do destinado ao


comércio.

Marquise– Cobertura em balanço.

Pé Direito – Altura entre o Piso e o fôrro.

Porão– Pavimento tendo no mínimo a quarta parte de seu pé direito abaixo do terreno circundante, ou pé
direito inferior a 1,50 (um metro e cinquenta) quando seu piso estiver com o terreno circundante.

Pórtico– Portal de edifício, com cobertura. Passagem coberta.

Profundidade– Profundidade de um compartimento é a distância da face que dispõe de abertura ou insolação


à face oposta.

Telheiro– Superfície coberta sem vedação em suas faces.

CAPÍTULO II
DA DIVISÃO DA CIDADE EM ZONAS

Art. 3º Tão logo a cidade apresente condições demográficas, deverá ser estudado pelos órgãos competentes,
a divisão da cidade em zonas, de acordo com os núcleos existentes, de comércio, indústria, residências, etc.

CAPÍTULO III
DOS ALINHAMENTOS E NIVELAMENTOS

1 - CONSTRUÇÕES NO ALINHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 4º  Nenhuma construção pode ser feita no limite das vias públicas, qualquer que seja a zona, sem que
primeiro o interessado possua o alvará de alinhamento e nivelamento, expedido pela Prefeitura, nos termos
dos arts. 25 e 27.

§ 1º A Prefeitura somente expedirá o alvará de alinhamento e nivelamento para as construções que se fizerem
nas vias públicas do município.

§ 2º Não dependerá de alvará de alinhamento e nivelamento, a reconstrução de muros ou gradís desabados,


cujas fundações estejam em alinhamento não sujeito a modificações.

Art. 5º Nenhuma construção pode ser feita no limite da via pública, sem que primeiro o interessado possua o
alvará de construção, expedido pela Prefeitura nos termos dos arts. 25 e 27.

Art. 6º  Os alvarás de alinhamento e nivelamento, que deverão esta sempre no local das obras, vigoram
somente por seis meses. Se passado esse prazo, não forem utilizados, devem ser revalidados mediante
requerimento, sujeitando-se aos novos alinhamentos e nivelamentos que vigorarem por ocasião da
revalidação, sem ônus para a municipalidade.

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Parágrafo único. Tais documentos terão efeitos legais, somente para os casos de alteração dos grades e dos
alinhamentos das ruas, quando visados pelos agentes municipais nos termos do artigo seguinte.

Art. 7º Quando qualquer edificação, no alinhamento da via pública, estiver à altura do respaldo do alicerce ou
fundação, o construtor é obrigado a avisar, por escrito à D.V.O.P. municipal, que verificará o alinhamento no
prazo de cinco (5) dias.

Parágrafo único.  Junto com o aviso, será entregue à mesma Diretoria, o alvará de licença no qual será
lançado pelo Engenheiro o respectivo "visto" com a assinatura e data.

Art. 8º Os terrenos situados na zona central serão obrigatoriamente fechados a muro de pelo menos um metro
e sessenta de altura (1,60 m).

Parágrafo único.  O acabamento desses muros, deverá ser tal que não prejudique o aspecto estético da via
pública, a critério da D.V.O.P.

Art. 9º Os terrenos serão obrigatoriamente fechados a muro, quando não edificados, no caso da via pública
possuir meios fios e calçamento.

Art. 10.   Em qualquer das zonas do Município, quando o terreno for edificado e o prédio for de caráter
residencial, recuado do alinhamento, na parte correspondente à fachada, em toda a sua extenção, será
obrigatória a construção de fecho com gradil, seja de ferro ou de madeira, em pilares ou balustradas, ou ainda
sebes vivas.

§ 1º Nos prédios de caráter especial como sejam, hospitais, conventos, colégios e asilos, ou outras que lhe
possam ser equiparados, não se aplica as exigências deste artigo.

§ 2º  Será permitida a construção de muro fechado, em toda a extenção da fachada principal de prédio
afastado do alinhamento, quando o estilo do mesmo comportar esse tipo de fecho; nesse caso a altura
máxima do muro será de um metro e sessenta.

Art. 11.  Nos terrenos não edificados situados em zonas da periferia, vielas, passagens, deverão ser fechados,
permitindo-se entretanto, o fecho com arame no mínimo de quatro fios.

Art. 12.  A execução de que se referem os artigos anteriores obrigará o proprietário amodificar o tipo atual,
quando não se enquadrem nas exigências atuais, quando por qualquer razão, for efetuada reforma,
reconstrução ou conserto do fecho ou da construção.

Art. 13.   É dispensada a construção de fecho, nos lotes edificados, que em toda a extensão da quadra o
substituírem por jardins abertos e em comum, com profundidade mínima de cinco (5) metros a contar do
alinhamento da via pública.

Art. 14.   É condição essencial para a aplicação do artigo anterior, que o proprietário ou proprietários,
apresentem, em dias vias, na escala mínima de 1:500, a planta de toda a quadra, indicando a locação dos
edifícios e do jardim em conjunto, para verificação e aprovação.

Art. 15.  A conservação e manutenção dos jardins dessa forma efetuados, correrá por conta dos proprietários,
que o deverão manter sempre em perfeita forma, sob pena de ser cassada a autorização e fechado os
terrenos de acordo com o tipo de fecho característico do local.

2 - CONSTRUÇÕES NOS CRUZAMENTOS DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 16.  Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos serão concordados por um terceiro, normal
à bissetriz dos outros dois e de comprimento variável entre dois (2) metros e sessenta e três (63) metros.
Esse remate, porém, poderá ter outra forma a critério da D.V.O.P. desde que seja inscrito nos três (3)
alinhamentos citados.
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Art. 17.  Em edificações de mais de um pavimento, o canto cortado só é exigido no porão, embasamento e
andar térreo, respeitadas as saliências máximas permitidas nos artigos 130 a 132.

§ 1º Nos cruzamentos esconsos, as disposições do artigo anterior, poderão sofrer modificações, a critério da
D.V.O.P.

§ 2º A concordância dos alinhamentos, sempre que conste de projeto de arruamento aprovado, será feita de
acordo com o dito projeto.

§ 3º  Qualquer que seja a forma do canto, o mesmo deverá ser preenchido, nas edificações, por janelas,
portas ou qualquer outro motivo arquitetônico e decorativo.

§ 4º  As exigências do presente artigo e parágrafos serão executados à medida que forem retificados e
construídos os alinhamentos dos cantos, quando houver reformas requeridas pelos proprietários.

3 - CONSTRUÇÕES FORA DO ALINHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 18.  As construções fora do alinhamento das vias públicas só poderão ser feitas nas quadras em que a
totalidade dos prédios já construídos não estejam no referido alinhamento.

Parágrafo único. Quando todos os prédios da quadra estiverem situados no alinhamento da via pública, esta
de caráter reconhecidamente comercial, não poderá qualquer prédio, no último terreno baldio existente, ou
por demolição de um deles, ser construído recuado do alinhamento.

Art. 19.  As construções que se fizerem recuadas do alinhamento das vias públicas não dependem de alvará
de alinhamento, porém dependem do alvará de construção.

Art. 20.  Em todas as zonas da cidade, quando não houver dispositivo especial, qualquer prédio poderá ser
construído com recuo sobre o alinhamento da via pública, seguindo o gabarito da quadra.

Parágrafo único.  Quando a construção for a primeira de uma determinada quadra, deverá apresentar um
récuo mínimo de 4 (quatro) metros.

Art. 21.  Nos lotes de esquina, será tolerado o afastamento mínimo de 2,00. (dois metros) para a via de menor
importância, quando na outra via foi observado o dispositivo do artigo anterior.

Art. 22.  Os récuos serão sempre contados segundo a perpendicular ao alinhamento.

Parágrafo único. Nos terrenos esconsos, os afastamentos exigidos serão contados na média, respeitando-se
porém um mínimo de 2,00 (dois metros) para qualquer de seus pontos.

Art. 23.   Fica adotadas a Lei Estadual nº 1.835 C, no que se refere aos seu artigo 6º, para as construções
particulares, situadas na zona rural do Município, a que deverão ter récuo mínimo de 4,00 (quatro metros) do
alinhamento das estradas.

Parágrafo único. Executam-se: a) as estradas que já medem vinte e cinco (25) metros ou mais de largura; b)
os trechos em que as estradas atravessam povoações já existentes no seu percurso, quando a sua largura
não for inferior a dezesseis (16) metros. Neste último caso o récuo obrigatório será contado somente até oito
metros de cada lado da estrada.

Art. 24.   No caso de récuos obrigatórios, não são considerados como infringentes, os corpos salientes em
balanço, formando recinto fechado, desde que a soma das projeções em plano vertical paralelo à frente não
exceda a terça parte da superfície total da fachada correspondente, assim como balcões a sacadas.

Parágrafo único. A saliência máxima será de um metro e vinte centímetros (1,20 m).

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CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS PARA EDIFICAR E CONSTRUIR

1 - CONDIÇÕES GERAIS

Art. 25.   Dentro dos perímetros urbanos da cidade e das sedes dos distritos, não será permitido construir,
reconstruir, reformar, aumentar ou demolir, sem prévia autorização da Prefeitura.

§ 1º A alteração de parte essencial de projeto aprovado, depende de nova autorização.

§ 2º A autorização da Prefeitura será efetivada por meio de alvará de licença expedido após o pagamento dos
emolumentos devidos.

§ 3º Emolumentos:

a) Todo projeto ao dar entrada no protocolo, pagará a taxa de fiscalização durante o período de construção,
no valor de Cr$ 200,00, além dos emolumentos cobrados de acordo com a tabela abaixo:

1º - Prédios até 50mts.² Cr$3,00 por mts.²

2º - Prédios até 100mts.² Cr$150,00 + Cr$5,00 por mt.² excedente de 50 mts.²

3º Prédios até 200mts.² Cr$400,00 + Cr$10,00 por mt.² excedente de 100 mts.²

4º - Prédios além de 200 mts.² Cr$1.400,00 + Cr$15,00 por mt.² excedente de 200 mts.²

b) Os requerimentos para reparos gerais, pagarão somente a taxa de fiscalização;

c) Os projetos de barracões para depósitos e indústrias, terão desconto de 30% (trinta por cento) sobre os
valores da tabela supra.

Art. 25.   Dentro do perímetro urbano da cidade, da sede do distrito e na zona rural não será permitido
construir, reconstruir, aumentar ou demolir, sem prévia autorização da Prefeitura Municipal de Mirassol.
(Redação dada pela Lei Ordinária Nº 2889, de 2006)

Art. 26.  Não dependem de alvará e autorização:

a) as construções de dependências, tais como, galinheiro, e carramanchões;

b) estufas e talheiros com área não superior a 16 (dezesseis) metros².

c) os serviços de limpeza e pintura dos prédios, bem como reparações interiores de pouca monta;

d) a reconstrução de muros, desde que não esteja sujeito a modificações de alinhamento ou de nivelamento;

e) a construção de cômodos provisórios, destinados à guarda e depósito de materiais de construção, para
obras já devidamente autorizadas.

Art. 27.   Concluída uma edificação, mudança total ou parcial dos destinos dependerá de alvará de licença,
mediante requerimento ao qual acompanhará a planta aprovada para ser novamente visada pela secção
competente. A Diretoria de Viação e Obras Públicas, antes da concessão do alvará, verificará a conveniência
dos novos destinos propostos.

Art. 28.  Para as construções sem caráter de edificação, no limite da via pública, basta que o interessado, em
requerimento ao Prefeito, determine precisamente a obra que quer quer executar e o lugar, pela rua e
número. Obtido o despacho favorável, e pagos os emolumentos devidos, ser-lhe-á expedida a necessária
licença.

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Art. 29.   Nas edificações existentes que estiverem em desacordo com o presente Código, serão permitidas
obras de acréscimo, reconstruções parciais e reforma, somente nas condições abaixo especificadas:

a) Obras de acréscimo: se as partes não derem lugar a formação de novas disposições em desobediência às
normas deste Código e  não vierem contribuir para aumentar a duração natural das partes antigas e em
desacordo com elas;

b) Reconstruções parciais: se não vierem constribuir para aumentar a duração natural do edifício em conjunto;

c) Reformas: se apresentarem melhoria efetiva das condições de higiene, segurança e comodidade, e não
vierem contribuir para aumentar a duração do edifício em conjunto.

Art. 30.   Os alvarás de alinhamento e construção, só poderão abranger construções em mais de um lote,
quando elas forem do mesmo proprietário e ficarem na mesma quadra e contíguas pelos lados ou pelos
fundos.

Parágrafo único.  Quando o proprietário quizer construir outros prédios iguais, em outros locais diversos da
primeira construção, e em data diversa, poderá, desde que apresente requerimento ao Prefeito, solicitando o
alvará, e anexando a planta já aprovada. Entretanto deverá pagar os emolumentos normais e apresentar um
requerimento com firma reconhecida, solicitando a necessária licença e apresentando o nome do engenheiro
responsável, que deverá assinar o requerimento, juntamente com o proprietário. Ambas as firmas deverão ser
reconhecidas por Tabelião.

2 - PROJETOS PARA EDIFICAÇÕES

Art. 31.  Para obter alvará de construção deverá o proprietário, em requerimento, submeter o projeto da obra a
aprovação da Prefeitura, indicando com precisão, pela rua e número, o local em que vai ser executada a
edificação.

Art. 32.  Não dependem de alvará de construção:

a) as dependências não destinadas a habitação humana, desde que não tenham fim comercial ou industrial,
como: galinheiros, carramanchões, estufas e outros do mesmo caráter. Dependem contudo de alvará os
telheiros com mais de 16 (dezesseis) metros quadrados, as cocheiras e as latrinas externas.

b) os serviços de limpeza, pintura, concertos e pequenos reparos no interior ou no exterior dos edifícios,
recuados ou não do alinhamento das vias públicas, desde que não alterem a construção em parte essencial e
não dependem de andaime e tapumes.

c) a construção provisória de pequenos cômodos destinados à guarda e depósitos de materiais para edifícios
em obras já devidamente licenciadas e cuja demolição deverá ser feita logo após o término das obras.

Art. 33.  O projeto a que se refere o artigo 31 deve constar das seguintes peças:

a) planta de cada um dos pavimentos que comportar o edifício (embasamento, rés-do-chão, loja, sobre-loja e
ático e suas respectivas dependências, garagens, latrinas externas, etc.); nestas plantas serão indicados os
destinos de cada compartimento e as dimensões que deverão ser observadas;

b) planta do porão quando o edifício comportar esse pavimento;

c) elevação da fachada ou fachadas voltadas para a via pública;

d) planta de locação em que se indique:

1º) - posição do edifício a construir em relações às linhas limítrofes;

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2º) - orientação;

3º) - localização das partes dos prédios vizinhos construídos sobre o alinhamento das divisas do lote;

4º) - perfís longitudinal e transversal dos terrenos;

5º) planta de situação em relação às duas esquinas, com as respectivas distâncias cotadas;

e) cortes transversal e longitudinal do edifício e das dependências;

f) elevação do gradil ou muro de fecho;

g) memorial descritivo dos materiais a empregar na obra e do destino da obra.

Sempre que a D.V.O.P. julgar conveniente, exigirá a apresentação dos cálculos de estabilidade e resistência
dos diversos elementos construtivos, além dos desenhos respectivos e de seus detalhes.

Parágrafo único.  É reconhecido à D.V.O.P. o direito de entrar na indagação dos destinos da obra em seu
conjunto e em seus elementos componentes, e o de recusar aceitação àqueles que forem forem julgados
inadequados ou inconvenientes, sob o ponto de vista de segurança, higiene e salubridade.

Art. 34.   As peças gráficas deverão ser apresentadas em três vias todas em papel de boa qualidade e
perfeitamente legíveis, uma das quais será enviada ao Centro de Saúde, para que o mesmo possa
acompanhar o desenvolvimento da obra no que tange à parte sanitária e o respectivo "habite-se".

§ 1º A escala não dispensa o uso de cotas para indicar as dimensões dos compartimentos, pés direitos e
posições das linhas limítrofes. A diferença entre as cotas e a escala não devem ser superior a dez
centímetros.

§ 2º As escalas mínimas que deverão ser utilizadas são:

a) para as plantas dos edifícios 1:100

b) para o corte principal 1:50

c) para o corte secundário 1:100

d) para planta de locação e perfil 1:200

A D.V.O.P. poderá exigir desenhos em escalas mais reduzidas, de acordo com a importância do projeto.

§ 3º Nos projetos de reformas, acréscimos e reconstruções, deverão ser representadas as partes coloridas da
seguinte forma:

a) em tinta preta para as partes conservadas;

b) em tinta vermelha para as partes novas;

c) em tinta amarela as partes que serão demolidas;

d) em tinta azul os elementos constituídos de ferro e aço;

e) em tinta verde as partes que serão reconstruídas;

f) em tinta siena os elementos constituídos de madeira.

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Art. 35.   Todas as peças gráficas e o memorial do projeto, exigidos pelo art. 33, deverão ter todas as vias
autografadas com as assinaturas de:

a) do proprietário de edificação ou seu representante legal;

b) do construtor responsável;

c) do engenheiro ou do arquiteto autor do projeto.

§ 1º Deverão estar reconhecidas as firmas:

a) na primeira via do projeto: do proprietário e do engenheiro;

b) na primeira via do memorial: do proprietário e do engenheiro;

c) no requerimento de petição: do peticionário.

§ 2º Tanto o engenheiro ou arquiteto como o construtor, deverão ser registrados na Prefeitura Municipal e no
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e nada deverem aos cofres municipais, para poderem
assumir a responsabilidade da construção e do projeto.

§ 3º A responsabilidade dos profissionais, engenheiro e construtor, perante a Prefeitura, terá início na data da
entrada do projeto na Prefeitura.

Art. 36.  
Se no decurso das obras, quizer o construtor ou o engenheiro isentar-se da responsabilidade assumida por
ocasião da aprovação do projeto, para o futuro, deverá em comunicação à D.V.O.P. declarar essa pretensão,
a qual aceita após vistoria procedida pela secção competente, se nenhuma infração for verificada.

Parágrafo único. O funcionário encarregado da vistoria, quando verificar poder ser atendido o pedido, deixará
na obra intimação ao proprietário para no prazo de três (3) dias apresentar novo responsável, que deverá
satisfazer as condições deste Código e anuir com sua assinatura, na comunicação a ser dirigida à D.V.O.P.
sob pena de multa e embargo. A comunicação da isenção poderá ser feita juntamente com a assunção do
novo responsável, trazendo ambos a assinatura do proprietário.

3 - APROVAÇÃO, ALVARÁS E DESTINO DOS PROJETOS

Art. 37.   Se os projetos apresentados não estiverem completos ou apresentarem somente pequenas
inexatidões, o interessado será chamado para esclarecimentos, mediante notificação da D.V.O.P. . Se findo o
prazo de oito (8) dias, a contar da data do envio da notificação, não forem prestados os esclarecimentos
pedidos, será o projeto rejeitado, podendo entretanto ser novamente apresentado depois de decorridos oito
(8) dias, entretanto, completo e regularizado.

§ 1º As retificações serão feitas de modo que não hajam emendas ou razuras.

§ 2º No caso de retificações em provas gráficas o interessado poderá colar em cada uma das vias do projeto
as correções devidamente autenticadas pelo projetista. Não serão aceitas desenhos retificados em papel que
não suporte, por suas pequenas dimensões, a necessária autenticação, nem correções sobre desenhos por
meio de tinta.

§ 3º O prazo a que se refere este artigo fica fica extensivos aos requerimentos sobre qualquer outro assunto
dependente da D.V.O.P. e poderá ser prolongado a critério da D.V.O.P. .

Art. 38.  Verificado pela secção competente, que os projetos estão de acordo com o presente Código, será o
mesmo enviado ao Centro de Saúde para a verificação e aprovação de parte sanitária. Após a volta do Centro
de Saúde, com o necessário visto do Médico Chefe, será expedido alvará para o início da construção.

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Art. 39.   O prazo máximo para a aprovação dos projetos é de vinte dias (20) úteis. a contar da data do
recebimento do projeto pelo protocolo, descontados os dias em que o mesmo estiver sob a tutela do Centro
de Saúde. Entretanto, se o requerente foi chamado para esclarecimentos e não apresentou, ficará o projeto
incurso do artigo 37.

Parágrafo único.  Deferido ou indeferido o requerimento do interessado, cessará a concessão deste artigo,
ficando estabelecido o prazo regulamentar de oito dias úteis para qualquer recurso.

Art. 40.  O prazo de que se trata o art. 39 ficará sem efeito quando os respectivos projetos dependerem de
decisão do poder superior. Nesse caso, o prazo de vinte (20) dias será contado a partir da data do
recebimento do projeto enviado pelo poder superior.

Art. 41.  Exibido pelo interessado o recibo do Tesoureiro Municipal, pelo qual prove ter pago os emolumentos
respectivos, serão as peças do projeto rubricadas pelo engenheiro responsável da D.V.O.P. que informará,
enviando-as ao Prefeito para a respectiva aprovação.

§ 1º Recebida a aprovação do Prefeito, será expedido o alvará de construção. No mesmo serão expressos,
além do nome do interessado, a qualidade da obra, a rua, o número, a quadra, o profissional responsável, as
certidões legais que devam ser respeitadas, assim como qualquer outra indicação que for julgada necessária.

§ 2º  A expedição do alvará ser anunciada pelo jornal da Prefeitura ou o normalmente utilizado para suas
publicações.

§ 3º O alvará poderá ser cassado pelo Prefeito, sempre que houver infringência ao presente Código.

Art. 42.  Dos três (3) exemplares do projeto apresentado, um deverá ser devolvido ao interessado, juntamente
com o recibo comprovante do pagamento dos emolumentos; outro ficará arquivado no Centro de Saúde, e o
terceiro na D.V.O.P. da Prefeitura.

Art. 43.  Os alvarás de construção prescrevem no prazo de 1 (um) ano. Entretanto, caso o interessado queira
reiniciar ou mesmo inciar o serviço após este prazo, deverá requerer por escrito juntando o projeto aprovado
anteriormente e pagar os emolumentos normais de aprovação. Feita a verificação pela D.V.O.P., que não
houver alterações de nivelamento e alinhamento da rua em que deverá ser feita a construção, poderá a
mesma arbitrar pela revalidação, lançando o respectivo visto, com data e rubrica do engenheiro municipal.

4 - MODIFICAÇÃO DE PROJETOS APROVADOS

Art. 44.  Para modificações parciais em projetos aprovados é necessário a aprovação do projeto modificativo,
assim como a expedição de novo alvará de construção.

§ 1º  Para modificações que não tenham caráter parcial, importante em aumento ou em diminuição de área
construída, constante da planta anteriormente aprovada, ou do número de pavimentos, que importem em
alterações que afetem os elementos das construções, consideradas essenciais, é necessária a substituição
de projetos.

§ 2º Nos dois casos o requerimento solicitando aprovação, deverá vir acompanhado do projeto anteriormente
aprovado, correndo o processo da forma normal.

§ 3º  Para pequenas alterações em projeto aprovado e ainda em execução, é dispensável de novo alvará,
desde que não ultrapassem os limites seguintes, aplicáveis a partes consideradas essenciais da construção.

a) altura máxima do edifício;

b) altura mínima dos pés direitos;

c) espessura mínima das paredes;


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d) superfície mínima dos pisos dos compartimentos;

e) superfície minima de iluminação;

f) máximo das saliências;

g) dimensões mínimas dos saguões, corredores e áreas externas.

§ 4º É obrigatória, neste caso, a comunicação em três (3) vias e acompanhada da planta aprovada à D.V.O.P.,
das alterações que deverão ser feitas. Essas alterações devem ser descritas em todas as vias da
comunicação e não podem ser indicadas sobre a planta aprovada, mas em desenho à parte em três (3) vias,
uma das quais será entregue ao interessado, sendo a outra remetida ao Centro de Saúde e a terceira deverá
ser arquivada na D.V.O.P. .

§ 5º A alteração do destino de qualquer peça constante da planta aprovada, depende de novo alvará, que
especificará a nova utilidade, devidamente comprovada.

Art. 45.  É tolerada um acréscimo de três por cento (3%) na superfície do piso dos cômodos dos prédios em
construção, com planta aprovada independente de modificação de projeto, desde que não fiquem afetadas as
medidas mínimas dos espaços abertos, áreas e saguões.

CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS PARA DEMOLIR

Art. 46.  Nenhuma demolição de prédios poderá ser feita sem prévio requerimento à Prefeitura, que expedirá
a necessária licença, pagos os emolumentos devidos pelos tapumes e andaimes.

Parágrafo único.  Quando as demolições se fizerem nos alinhamentos, quer se trate de prédio ou muros,
deverá antes de ser iniciado o serviço, possuir o proprietário a necessária licença da Prefeitura.

Art. 47.  Qualquer construção que ameaçar ruina ou perigo aos transeuntes, será demolida, em todo ou em
parte, pelo proprietário ou pela Prefeitura, por conta do mesmo.

Art. 48.   Verificado, mediante vistoria da D.V.O.P. o ameaço de ruina, será o proprietário intimado a fazer a
demolição ou os reparos necessários no prazo que lhe for marcado.

Parágrafo único. Se, findo este prazo, não tiver sido cumprida a intimação, serão as obras executadas pela
Prefeitura, por conta do proprietário, que pagará além das custas, dez por cento (10%) sobre as mesmas a
título de administração e uma multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$1.000,00 (hum mil cruzeiros).
As obras referidas serão executadas após as providências judiciais.

Art. 49.  Quando for verificada a ruína ruína iminente, serão os serviços executados dentro do prazo máximo
de doze (12) horas, tomadas as providências judiciais paralelamente.

Art. 50.   Dentro do prazo acima estipulado, o proprietário poderá apresentar reclamação ao Prefeito,
requerendo a nomeação de peritos, que deverão apresentar o laudo de vistoria no menor espaço de tempo
possível.

Parágrafo único. Esses peritos, em número de três (3), serão nomeados: um pelo Prefeito, um pela parte e o
terceiro escolhido à sorte, entre quatro nomes, sendo dois apresentados pelo Prefeito e dois pela parte. Serão
dentro do possível, engenheiros, ou construtores de reconhecida capacidade, sem exercício no
funcionamento municipal. As despesas correrão por conta do proprietário, salvo quando se ficar provado
assistir-lhe razão.

Art. 51.  As construções de madeira poderão ser demolidas, a vista de simples requerimento, contendo o local
com rua, número e quadra, e assinada pelo proprietário.
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CAPÍTULO VI
DOS ENGENHEIROS E CONSTRUTORES

Art. 52.  Todas as vias do projeto e memorial descritivo, exigidos para a concessão do alvará de construção,
devem conter as assinaturas do autor do projeto, do responsável pela construção e pelo proprietário das
obras.

Parágrafo único. As assinaturas da primeira via do projeto e do memorial devem apresentar-se com firmas
reconhecidas por tabelião.

Art. 53.   Só podem assinar projetos e dirigir construções ou edificações, engenheiros civis, arquitetos ou
engenheiros arquitetos diplomados ou licenciados de acordo com o Decreto Federal nº 23.569 de 11 de
dezembro de 1933, e que se registrarem na D.V.O.P. ou na Prefeitura Municipal, mediante petição e
apresentação de suas respectivas carteiras profissionais, expedidas ou visadas pelo Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura, e estiverem quites com os cofres municipais por impostos de Indústrias e Profissões
ou multas decorrentes de infrações do presente Código.

Art. 54.   Mediante requerimento ao Prefeito o pagamento de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) de


emolumentos, serão registradas em seu inteiro teór, em livros apropriados, as carteiras profissionais dos que
queiram exercer a profissão no município.

Art. 55.  Da mesma forma, deverão registrar-se as firmas, sociedades, associações, companhias e emprezas
legalmente constituídas, que apresentem um responsável técnico nas condições do artigo anterior.

Parágrafo único. A atividade profissional dessas pessoas jurídicas não poderão exceder a do seu responsável
técnico e este deverá assinar as vias do projeto e memorial descritivo das obras.

Art. 56.   Os registros acima referidos, enquanto não cancelados serão comunicados à D.V.O.P. e à
fiscalização de obras.

Parágrafo único.  Anualmente deverá a o D.V.O.P. inscrever em livro próprio a lista dos profissionais
registrados com a indicação de seu título e de suas obras, enviando uma cópia ao Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura.

Art. 57.   Quando o D.V.O.P. municipal julgar conveniente, pedirá ao Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura a aplicação de penalidade estatuída ao Decreto Federal nº 23.569 aos profissionais que:

a) Não obedecerem nas construções os projetos aprovados, aumentando ou diminuindo as dimensões


apresentadas nas plantas e cortes;

b) Hajam incorrido em três (3) multas na mesma obra;

c) Prosseguirem edificações embargadas pela Prefeitura;

d) Alterarem as especificações indicadas ao memorial, as dimensões das peças de resistência, que tenham
sido aprovadas pela D.V.O.P.

e) Assinarem projetos como executores das obras e não as dirigirem de fato.

f) Iniciarem qualquer edificação ou construção sem o necessário alvará de licença, salvo os casos previstos
nos artigos 39 e 40.

g) Deixarem de pôr de acordo com as plantas aprovadas as obras iniciadas com a permissão dos artigos 39 e
40 e que estiverem em desacordo com as ditas plantas.

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Art. 58.   Verificadas faltas devidas à imperícia do profissional executor da obra, capazes de provocar
acidentes que comprometam a segurança pública, promover-se-á imediatamente a sustação, demolição ou
recuperação das obras; e, multado aquele, o fato será comunicado ao C.R.E.A. para agir como convier.

Art. 59.  Nas construções ou edificações haverá, em lugar apropriado e com caracteres bem visíveis da via
pública, uma placa com indicação do nome, título e endereço do profissional ou profissionais responsáveis
pela obra, tanto quanto ao projeto como a execução.

Parágrafo único. Quando o profissional não for diplomado, mas somente licenciado, de acordo com o art. 3º
do Decreto Federal nº 23.569 de 1933, deverá a placa conter além dos elementos acima especificados, a
inscrição bem legível de "Licenciado".

Art. 60.  Os encanadores e eletricistas deverão ser registrados na Prefeitura de acordo com este Código.

Art. 61.   Os profissionais responsáveis pelas obras ficam sujeitos a multas de Cr$500,00 a Cr$1.000,00
(quinhentos a mil cruzeiros) elevadas ao dobro na reincidência, pelas infrações das disposições deste Código.

Art. 62.  Só poderão registrar-se como encanadores e eletricistas os elementos comprovadamente eficiente,
mediante prova passada por dois profissionais idôneos, necessariamente engenheiros, bem como quando for
o caso estar dentro das condições previstas ou que se fizerem em futuro pelo C.R.E.A.

Art. 63.   O registro de encanadores e eletricistas será feito mediante requerimento ao Prefeito, juntando-se
uma declaração de dois engenheiros, de acordo com o art. 62º e o pagamento de Cr$300,00 (trezentos
cruzeiros) de emolumentos. Esse registro valerá enquanto não for cancelado, e será imediatamente
comunicado à fiscalização do D.V.O.P.

Parágrafo único. A lista de encanadores e eletricistas, será anualmente tornada pública por qualquer meio
publicitário escrito.

Art. 64.  O registro que se referem os artigos anteriores será feito em livros próprios do D.V.O.P. e deve conter
os seguintes elementos:

a) nome e assinatura individual ou de pessoa jurídica;

b) indicação de seu escritório ou residência;

c) anotação do pagamento dos impostos de Industrias e Profissões;

d) anotação de ocorrências relativas às obras, multas e suspensões.

Art. 65.   Os encanadores e eletricistas ficam sujeitos às multas de Cr$300,00 a Cr$500,00 (trezentos a
quinhentos cruzeiros), e à suspensão de um a três (1 a 3) meses, a juízo do D.V.O.P. por infração às leis
municipais sobre construções particulares.

Art. 66.  A D.V.O.P. fiscalizará as construções em andamento, de modo que as mesmas sejam executadas de
acordo com o projeto aprovado.

§ 1º Após a conclusão das obras das edificações destinadas à habitação o proprietário é obrigado a fazer a
devida comunicação por meio de requerimento, acompanhado da planta aprovada, para que seja realizada a
necessária vistoria. Feita a vistoria, a D.V.O.P. fornecerá ao interessado o laudo respectivo, com o qual o
proprietário estará em condições d, satisfeitas outras condições legais, retirar o respectivo "habite-se" no
Centro de Saúde.

§ 2º Se terminada a obra, não for feita a comunicação supra referida, pelo proprietário, será o mesmo multado
de acordo com o art. 61, sem prejuízo da vistoria obrigatória que será feita pela D.V.O.P. .

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§ 3º  Verificação a D.V.O.P. que a planta aprovada não foi observada, fará as necessárias intimações, ao
proprietário e ao construtor, para ser legalizada a obra, caso modificações possam ser conservadas, ou
demoli-las, caso não possam ser, prosseguindo-se com processo de acordo com os artigos das penas e dos
embargos.

§ 4º A vistoria a que se refere este é igualmente obrigatória para as edificações destinadas a outros fins que
não habitação, e sob as mesmas condições.

§ 5º O visto de habilitabilidade, poderá a critério da D.V.O.P. ser dado para obra em andamento, em caráter
parcial, desde que as partes concluídas e em condições de serem ... preencham as seguintes condições.

a) não haja perigo para o público e para os seus habitantes;

b) que seja assinado na D.V.O.P. um termo de compromisso, fixando o prazo para a conclusão das obras;

c) que estas partas preencham todos os mínimos fixados por este Código, quanto às partes essenciais da
construção e quanto ao número mínimo de peças, tendo-se em vista o destino da edificação.

§ 6º O presente artigo não se aplica a pequenas obras e reparos dos edifícios.

Art. 67.  Em teatros, cinematográficos e outras casas de reunião ou de diversão, o proprietário, locatário ou
construtor, antes de franquá-las ao público é obrigado a requerer vistoria ao Prefeito, para verificar as
condições de segurança, higiene e comodidade.

§ 1º  Quando o interessado não se conformar com o resultado da vistoria, poderá requerer uma segunda,
pagando então todas as despesas. A nomeação dos peritos será feita pelo Prefeito.

§ 2º A D.V.O.P. ou a vistoria determinarão as obras que se fizerem necessárias para o funcionamento e só
depois de executadas será o edifício franqueado ao público.

§ 3º  Os cinemas e os teatros, anualmente, deverão requerer ao Prefeito vistoria para o funcionamento. O
mesmo se aplica aos clubes.

Art. 68.   Além das vistorias acima exigidas, serão feitas aquelas que se fizerem necessárias, nas casas
particulares, indicadas neste Código.

Art. 69.   Os resultados das vistorias serão anotados e assinados pelo engenheiro que tiver feito, em laudo
com data e local da mesma.

CAPÍTULO VII
DAS PENAS E EMBARGOS

Art. 70.  A secção técnica da D.V.O.P. deverá ser dado conhecimento imediato de todas as novas construções
licenciadas, afim de ser exercida sobre elas, constante e eficiente fiscalização.

§ 1º As obras que na parte essencial, não obedecerem as prescrições deste Código, ficam suspensas até que
o proprietário cumpra as intimações que se lhe fizerem.

§ 2º Para esse fim, serão embargadas as obras pela forma prescrita neste Código.

Art. 71.  As obras de construção, reconstrução ou reforma, ficam sujeitas a embargo quando for verificada
houver imperícia constatada do profissional da obra, ou quando o interessado:

a) construir, reconstruir ou reformar, no limite das vias públicas sem possuir o respectivo alvará do
alinhamento e nivelamento.

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b) edificar ou reformar sem possuir o respectivo alvará de construção, salvo os casos previstos nos artigos 32
e parágrafos;

c) edificar ou reformar em parte essencial, em desacordo com projeto aprovado;

d) construir ou reconstruir, em desacordo com os alinhamentos e nivelamentos demarcados no alvará;

e) construir, reconstruir ou reformar, quando houver levantamento do responsável técnico pela obra.

Parágrafo único.  Verificada a infração de qualquer das alíneas deste art. a D.V.O.P. pela sua secção
competente, embargará a obra.

Art. 72.  Desse embargo será lavrado o auto, no qual deverão constar:

a) nome, residência e profissão do infrator ou infratores;

b) artigo ou parágrafo infringido;

c) importância da multa pecuniária;

d) data;

e) assinatura do fiscal ou engenheiro autuante; 

f) assinatura de duas testemunhas;

g) assinatura do infrator ou infratores.

§ 1º A falta das assinaturas dos itens "f "e "g", não invalidam o auto, posto que os mesmo podem recusar a
assinar. Tal fato entretanto deverá ser informado no auto de infração.

§ 2º  Desse embargo terá conhecimento imediato o interessado, a quem se dará contra fé, se a pedir, e de
tudo se fará constar no respectivo processo.

Art. 73.  Feito o embargo nos termos do art. 71, a D.V.O.P. intimará o infrator a pagar multa pecuniária em que
tiver incorrido, além d: a) demolir ou fazer, em parte ou totalmente, as obras no prazo de quinze (15) dias, se
tiver incorrido nos casos das alíneas "c" e "d" do artigo 71.

Art. 74.   Se o embargo fundar-se na inobservância do art. 71, alíneas "a" e "b", a obra não prosseguirá
enquanto o infrator não obtiver o respectivo alvará de alinhamento e nivelamento ou construção.

Art. 75.   Se o embargo fundar-se na inobservância do art. 71, alínea "c" e "d", ao infrator será permitido
executar a obra embargada no tocante ao trabalho que for necessário para o restabelecimento da disposição
legal viciada.

Art. 76.  No auto de embargo, se indicarão o trabalho que deverá ser executado, marcando-se para isso prazo
não superior a quinze (15) dias.

Art. 77.  No auto de embargo se declarará ainda a multa aplicada ao infrator, lavrando o fiscal ou o engenheiro
autuante, a parte, com os requisitos do art. 72 a intimação ao infrator, em dua própria pessoa ou na de seu
representante legal.

Art. 78.   Se não imediatamente obedecido o embargo, a secção técnica remeterá direta e imediatamente o
processo a Procuradoria Jurídica, pedindo as providências necessárias.

Parágrafo único. Também deverão ser remetidas à Procuradoria Jurídica, as intimações com prazo marcado,
que findo o prazo não tenham sido providenciadas.

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Art. 79.  As construções até setenta (70) metros quadrados, executadas sem licença da Prefeitura, nos bairros
da cidade ou dentro do município, que por sua natureza puderem ser toleradas, serão medidas e desenhadas
pela D.V.O.P.

§ 1º  Os desenhos serão executados em três vias, sendo uma remetida ao Centro de Saúde, outra ao
proprietário, depois de pagos os emolumentos do § 2º e a terceira ficará arquivada.

§ 2º  Os emolumentos relativos à confecção das plantas, serão cobradas proporcionalmente ao trabalho
exigido, de acordo com a tabela abaixo:

1) Casas populares até 35m² de Cr$2.000,00 aCr$4.000,00

2) Casas residenciais até 70m² de Cr$5.000,00 aCr$8.000,00

Art. 80.  Os prédios novos, comerciais, residenciais ou industriais, com mais de setenta metros quadrados (70
m²), e as reformas efetuadas sem planta, com menos de cinco (5) anos a contar da data da publicação deste
Código, e que por sua natureza puderem ser toleradas, poderão requerer a sua regularização, mediante a
apresentação do respectivo projeto e memorial descritivo.

§ 1º O requerimento e o projeto, deverão trazer de forma bem clara a palavra "Regularização" bem como a
informação da data da construção.

§ 2º  Julgado o projeto aceitável, deverá o proprietário receber aos cofres municipais, a importância de
Cr$3.000,00 (três mil cruzeiros) correspondente a taxa especial de "vistoria para regularização". Mediante o
recibo de tal recolhimento, poderá o proprietário retirar o projeto aprovado na D.V.O.P.

§ 3º Os prédios existentes há mais de cinco (5) anos, a contar da promulgação deste Código, que ainda não
possuem projeto aprovado e que por sua natureza puderem ser tolerados, poderão a qualquer tempo,
requerer a sua regularização, pagando os emolumentos devidos, juntando para tal, o projeto completo, nos
termos do § 1º deste artigo.

Art. 81.  As multas pecuniárias a que se refere o art. 72 serão cobradas ao proprietário das obras, da forma
abaixo especificada. O pagamento da multa entretanto, não significa que haja regularização do prédio, que
para tal, deve satisfazer as exigências prescritas nos artigos deste código:

1 -  por pequenasmodificações internas Cr$3.000,00

2 - por construções de abrigos e alpendres Cr$5.000,00

3 - por acréscimo de área coberta Cr$7.000,00

4 – por construção nova – por metro quadrado do corpoprincipal, multa de Cr$100,00 p/mt.²

SEGUNDA PARTE

CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS HABITAÇÕES

1 - INSOLAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Art. 82.   Para fins de iluminação e ventilação, todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando
diretamente com logradouro ou espaço livre dentro do lote. Essa abertura poderá ser ou não em plano vertical
e estar situada a qualquer altura acima do piso do compartimento.

§ 1º Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de uso coletivo até 10 (dez) metros de comprimento, as
caixas de escada, poços e hall de elevadores.
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§ 2º Para efeito de iluminação e ventilação, só poderão ser consideradas as aberturas distantes, no mínimo,
1,00m (um metro) das divisas do lote, excetuada a que confina com a via pública.

§ 3º Para efeito de insolação, serão também considerados os espaços livres contíguos de prédios visinhos,
desde que garantidos por récuos legais obrigatórios ou servidão em forma legal, devidamente registrada no
Registro de Imóveis, da qual conste a condição de que não poderá ser desfeita sem o consentimento da
municipalidade.

§ 4º Os espaços livres poderão ser cobertos até o nível inferior das aberturas no pavimento mais baixo por
eles isolado, iluminado ou ventilado.

§ 5º Quando a abertura comunicar com o exterior através de alpendre, pórtico ou qualquer cobertura, deverá
ser observado o disposto no art. 94.

Art. 83.   Os logradouros, e bem assim as áreas resultantes de récuos de frente legais obrigatórios, serão
considerados espaços livres suficientes, para efeito de insolação, ventilação e iluminação.

Art. 84.  Para efeito de insolação, os espaços livres dentro do lote, serão classificados em abertos e fechados.
Para esse fim, alinha divisória entre lotes é considerada como fecho, ressalvado o disposto no art. 83, § 3º.

Art. 85.  Considerando-se também suficientes para insolação de dormitórios independente da orientação, os
espaços livres fechados, de forma e dimensões tais que contenham, em plano horizontal, área equivalente a
H2/4, onde H representa, sempre, a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso
do pavimento mais baixo, em que haja dormitório, pelo mesmo espaço livre insolado.

§ 1º É permitido o escalonamento, devendo, então, para o cálculo da área do espaço livre correspondente a
cada pavimento, sucessivamente inferior, ser deduzida de H a diferença de nível entre o teto do pavimento
mais alto do edifício e o pavimento considerado.

§ 2º A dimensão mínima nesse espaço livre fechado será sempre igual ou maior que H/4, não podendo, em
caso algum, ser inferior a 2 (dois) metros.

§ 3º A área desses espaços livres não poderá ser inferior a 10 m² (dez metros quadrados).

§ 4º  Os espaços livres fechados poderão ter qualquer forma, desde que, em qualquer posição destes, no
plano horizontal considerado, possa ser inscrito um círculo de diâmetro igual a H/4.

Art. 86.  Os espaços livres abertos em duas faces opostas - corredores quando para insolação de dormitórios,
independente da sua orientação, só serão considerados suficientes se dispuserem de largura igual ou maior
que H/5, com um mínimo absoluto de dois metros e meio (2,50 m).

Art. 87.  Para insolação de compartimentos de permanência diurna, será suficiente o espaço livre fechado, de
área mínima de 10 m² (dez metros quadrados) na base e acréscimo de 6 m² (seis metros quadrados) para
cada pavimento excedente. A relação entre as dimensões desse espaço livre não poderá ser inferior a 2:3.

Art. 88.  Para a iluminação e ventilação de cosinhas, despensas e copas, até três pavimentos, será suficiente
o espaço livre fechado, de área mínima de 6 m² (seis metros quadrados) com o acréscimo de 2 m² (dois
metros quadrados) para cada pavimento excedente dos três (3). A dimensão mínima será de 2 (dois) metros,
respeitando-se entre seus lados a relação de 1 (um) para 1,5 (um e meio).

Art. 89.  Para a ventilação de compartimentos sanitários, caixa de escadas e corredores com mais de 10 (dez)
metros de comprimento, será suficiente o espaço livre fechado, até 4 (quatro) pavimentos, de área mínima de
4 (quatro) metros quadrados. Para cada pavimento excedente desses quatro (4), haverá um acréscimo de 1
m² (um metro quadrado) por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m (um metro e meio) e a
relação será 1:1,5.

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Art. 90.   Quando se tratar de edifícios destinados a hotel, hospital, lojas, escritórios ou apartamentos, será
admitida ventilação indireta, ou ventilação forçada de compartimentos sanitários, mediante:

I - Ventilação indireta por meio de forro falso, através de compartimento contíguo, observado o seguinte:

a) altura livre não inferior a 40 (quarenta) centímetros);

b) largura não inferior a um (1) metro;

c) extensão não superior a 5 (cinco) metros;

d) comunicação direta com o exterior;

e) a boca voltada para o exterior deverá ser provida de tela e apresentar proteção contra águas pluviais.

II - Ventilação forçada por meio de chaminé de tiragem, subordinada às seguintes condições:

a) a secção transversal deverá ser capaz de conter círculo de 0,60 m (sessenta centímetros) de diâmetro e ter
área mínima correspondente a 6 (seis) metros quadrados por metro de altura;

b) terão na base comunicação com o exterior, diretamente ou por meio de ductos, com secção transversal,
cujas dimensões não sejam inferiores a metade das exigidas para a chaminé, com dispositivo para regular a
entrada de ar.

Art. 91.  Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores) serão considerados suficientes para a
insolação de cômodos de permanência diurna, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/8,
respeitando-se o mínimo absoluto de 2,00 (dois) metros.

Parágrafo único. Neste artigo, H representa sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto
do edifício e o piso daquele mais baixo, voltado para o corredor, em que se situem os cômodos de
permanência diurna.

Art. 92.  Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores) serão considerados suficientes para a
iluminação e ventilação de copas e cosinhas e despensas, quando dispuserem de largura igual ou superior
H/12, com mínimo absoluto de 1,50 metros.

Art. 93.  São permitidas reentrâncias para iluminação e ventilação e insolação de compartimentos, desde que
a sua profundidade medida em plano horizontal, não seja inferior a sua largura, respeitando-se o mínimo
absoluto de 1,50 metros.

Parágrafo único. Nas fachadas construídas no alinhamento das vias públicas, só será permitida reentrância,
observado o presente artigo, acima do pavimento térreo.

Art. 94.  Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade, a partir da
abertura iluminante, for maior que três vezes o seu pé direito, ou duas vezes e meia sua largura, incluída na
profundidade a projeção da saliência, pórtico, alpendre ou outra qualquer cobertura.

Parágrafo único. No caso de lojas, a profundidade máxima permitida será de cinco (5) vezes o seu pé direito.

Art. 95.   Os pórticos, alpendres, terraços ou qualquer outra cobertura que servirem de comunicação com o
exterior, para as aberturas destinadas a insolação, iluminação ou ventilação, deverão obedecer ao seguinte:

a) a área da parte vazada da elevação desses coberturas deverá ser, no mínimo, um quinto (1/5) da soma das
áreas dos compartimentos e da cobertura;

b) no cálculo da superfície iluminante de que trata o artigo seguinte, será computada também a área da
cobertura;
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c) a profundidade não poderá ser superior a sua largura e nem exceder a altura do pé direito;

d) o ponto mais baixo não poderá distar do piso menos que dois (2) metros.

Art. 96.  As aberturas destinadas a insolação iluminação ou ventilação, deverão apresentar as seguintes áreas
mínimas:

a) 1/8 (um oitavo) da área útil do compartimento, quando voltada para logradouro, área de frente ou área de
fundo;

b) 1/7 (um sétimo) da área útil do compartimento, quando voltada para espaço livre fechado;

Parágrafo único. Metade, no mínimo, da área iluminante exigida deverá ser destinada a ventilação.

2- DIMENSÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS

Art. 97.  Os compartimentos das habitações deverão apresentar as áreas mínimas seguintes:

1 - salas - 8 (oito) metros quadrados

2 - quartos de vestir ou toucador - 6 (seis) metros quadrados

3 - dormitórios - a) quando se tratar de um único - 12 (doze) metros quadrados; b) quando se tratar de mais
de um - 10 (dez) metros quadrados para um deles e 8 (oito) metros quadrados para os demais; c) quando se
tratar de quatro ou mais dormitórios, será permitida a existência de um somente, com área de 6 (seis) metros
quadrados.

§ 1º Nas habitações mínimas de um só aposento, cuja construção só poderá ser permitida além da 3ª zona,
exclusivo, a área mínima permitida é de 16 (dezesseis) metros quadrados, com largura mínima de 2,80 m
(dois metros e oitenta centímetros).

§ 2º Nos prédios de apartamento ou de habitação coletiva, cada moradia deverá ser considerada como uma
habitação isolada.

§ 3º A área do dormitório deverá ser calculada sem incluir o toucador ou quarto de vestir.

Art. 98.  Os dormitórios e salas devem apresentar forma e dimensões tais que permitam traçar, no plano do
piso, um círculo de 2,00 m (dois metros) de diâmetro.

Art. 99.  As paredes concorrentes em forma de ângulo menor ou igual a 60º (sessenta graus) deverão ser
ligadas por uma terceira com extensão mínima de 60 cm (sessenta centímetros) normal a uma das paredes
ou à bissetriz do ângulo por elas formado, evitando a formação de cantos em forma de cunha.

Art. 100.  Os armários embutidos com área superior a 3 m² (três metros quadrados) poderão ter profundidade
superior a um (1) metro, livre a parede, exceto quando ligados direta e exclusivamente a dormitório.

Art. 101.  Quando a entrada ou vestíbulo estiver no alinhamento da via pública, a sua largura mínima será de
um metro e trinta centímetros (1,30).

Art. 102.   É permitido um comparimento voltado para os espaços livres fechados de que trata o artigo 87,
desde que satisfaça as seguintes condições:

a) área mínima não inferior a 6 m² (seis metros quadrados) e não superior a 7 m² (sete metros quadrados);

b) menor dimensão não inferior a 2 (dois) metros;

c) pé direito não inferior a 2,50 metros (dois metros e cinquenta centímetros)

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Art. 103.  Em qualquer habitação as peças destinadas a depósito, despensa ou rouparía, tendo área superior
a 2 m² (dois metros quadrados), deverão satisfazer as exigências do art. 102.

3 - COSINHAS - DESPENSAS

Art. 104.  A área mínima das cosinhas será de 6 (seis) metros quadrados.

§ 1º Quando a cosinha estiver ligada à copa, por meio de vão com um mínimo de 1,50 m (um metro e meio)
de largura, a área útil mínima deverá ser de 4 metros quadrados.

§ 2º Nos apartamentos que não disponham de mais de uma sala e um dormitório, a área mínima será de 4
(quatro) metros quadrados.

Art. 105.  Os tetos das cosinhas, quando situados sob outro pavimento, deverá ser de material incombustível.

Art. 106.  As cosinhas não poderão ter comunicação direta com compartimento sanitário e dormitório.

Art. 107.  Nas cosinhas deverá ser garantida adicionalmente, a ventilação por meio de aberturas próximas ao
piso e ao teto.

Art. 108.  A área mínima das copas será de 4 (quatro) metros quadrados.

Art. 109.   Nas copas e cosinhas, os pisos e as paredes até 1,50 m (um metro e meio) de altura serão
revestidas de material liso, impermeável e resistente à frequentes lavagens.

Art. 110.  A copa, quando ligada à cosinha por meio de abertura desprovida de esquadria, não poderá ter
comunicação direta com compartimento sanitário e dormitório. Excluem-se deste artigo, as copas cosinhas,
com fogão elétrico ou a gáz engarrafado, desde que a comunicação se faça na parte correspondente à copa,
e distante pelo menos 80 cm (oitenta centímetros) da divisão com a cosinha.

Art. 111.  As despensas deverão satisfazer as exigências contidas nos artigos 102 e 103.

4 - COMPARTIMENTOS SANITÁRIOS

Art. 112.  Toda habitação deverá dispor de um compartimento sanitário, nos termos do artigo 114, alínea "a".

Parágrafo único.  Nos edifícios de vários pavimentos, cada pavimento deverá dispor de, pelo menos, um
compartimento sanitário. Será dispensado a exigência para pavimentos com o máximo de dois (2) dormitórios,
quando houver compartimento sanitário no pavimento contíguo e se tratar de uma mesma habitação.

Art. 113.  Somente poderão ser instaladas latrinas em compartimentos próprios, destinado a esse fim, ou em
compartimentos de banho.

Art. 114.  Nas ruas em que não haja rede de esgoto deverá existir pelo menos um compartimento destinado à
instalação de latrina, sendo permitida a sua construção, em alvenaria de tijolos, fora do corpo da casa, e à
jusante do terreno.

Art. 115.  Os compartimentos sanitários, atenderão ao seguinte:

a) quando comportarem além da banheira, qualquer outro aparelho sanitário, a área mínima será de 3,20 m²
(três metros e vinte centímetros quadrados);

b) quando destinados somente a banheira, a área mínima será de dois e meio (2,50) metros quadrados;

c) quando destinados a comportar latrina, permitindo-se a instalação de chuveiro, a área mínima será de 1,50
m² (um metro e cinquenta centímetros quadrados)

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d) havendo banheira, as dimensões serão tais que permitam a inscrição de um círculo com raio igual a
setenta e cinco centímetros (75 cm); não havendo banheira, a menor dimensão deverá ser de um (1) metro.

Parágrafo único. No caso de agrupamento de aparelhos sanitários da mesma espécie, as celas destinadas a
cada aparelho serão separadas por divisão com altura máxima de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);
cada cela apresentará a superfície mínima de um (1) metro e acesso mediante corredor com largura não
inferior a 90 (noventa) centímetros.

Art. 116.   Os compartimentos sanitários não podem ter comunicação direta com sala de refeição, copas e
cosinhas ou despensas.

Art. 117.  Nos compartimentos sanitários, as paredes até 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de altura,
no mínimo, serão revestidas de material liso, impermiável e resistente à frequentes lavagens.

5 - CORREDORES

Art. 118.  A largura mínima dos corredores internos é de 90 (noventa) centímetros.

Parágrafo único. Nos edifícios de habitação coletiva para fins comerciais, a largura mínima é de 1,20 m (um
metro e vinte centímetros), quando de uso comum.

6 - ESCADAS

Art. 119.  As escadas terão largura mínima livre de 80 (oitenta) centímetros e oferecerão passagem com altura
livre não inferior a 1,90 m (um metro e noventa centímetros).

Parágrafo único. Nos edifícios de apartamentos e nos destinados a hotel e escritórios, a largura mínima das
escadas, salvo as de serviço, será de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Art. 120.  As dimensões dos degráus serão medidas sobre a linha de piso, como tal considerada a que corre
paralelamente ao bordo interior da escada, a uma distância deste, igual a metade da largura da mesma,
porém não superior a 60 cm (sessenta centímetros). Os degraus obedecerão aos seguintes limites: altura
máxima - 20 (vinte) centímetros: largura mínima - 25 (vinte e cinco) centímetros; será ainda obrigatória a
largura mínima de 7 (sete) centímetros junto ao bordo interno, nos trechos em leque.

Parágrafo único. Ficam dispensadas das exigências deste artigo e das exigências dos artigos 119 e 122, as
escadas tipo marinheiro e caravol, admitidas para acesso a juraus, torres, adegas, etc. .

Art. 121.   Sempre que o número de degraus consecutivos exceder 19 (dezenove), será obrigatória a
intercalação de patamar com largura mínima de 75 (setenta e cinco) centímetros.

Art. 122.  As escadas devem ser feitas de material incombustível:

a) nos prédios com 3 (três) ou mais pavimentos;

b) nos edifícios cujo andar térreo for destinado ao comércio ou à indústria.

7 - GARAGENS

Art. 123.   As garagens para estacionamento automóveis, dependências de habitações particulares ou


coletivas devem satisfazer o seguinte:

a) pé direito mínimo de 2,30 (dois metros e trinta centímetros) metros.

b) as paredes até 1,50 (um metro e cinquenta centímetros) metros de altura a contar do piso, e o respectivo
piso, revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens;

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c) havendo pavimento superposto, o teto deverá ser feito com material incombustível;

d) não podem ter comunicação direta com compartimentos de permanência noturna;

e) deverão dispor de aberturas próximas ao piso e ao teto, que garantam a ventilação permanente;

8 - PAREDES DIVISÓRIAS

Art. 124.  As paredes divisórias entre habitações ou prédios contíguos deverão:

a) ser construídos de material incombustível;

b) ter espessura mínima de um tijolo em alvenaria comum, ou a que lhe corresponder quanto ao isolamento
acústico, no caso de emprego de outro material;

c) elevar-se até atingir a cobertura, podendo acima do forro ter sua espessura reduzida para meio tijolo.

9 - PÉS DIREITOS

Art. 125.  Os pés direitos mínimos serão os seguintes:

a) em compartimentos térreos e destinados a lojas,comércio ou indústria de qualquer tipo 4 metros

b) nos compartimentos destinados a habitação noturna 2,30 metros

c) nos porões 0,50 metros

d) nos demais compartimentos 2,50 metros

Parágrafo único. No caso de porões, o pé direito será a altura entre o piso e o ponto mais baixo da estrutura
de sustentação do pavimento que lhe é superior.

10 - FACHADAS E SALIÊNCIAS

Art. 126.  É livre a composição das fachadas, salvo para os locais em que devido à situação especial, a lei
estabelecer restrições visando solução de conjunto.

Parágrafo único. É reconhecida à Prefeitura a faculdade de exigir acabamento adequado para os paramentos
dos edifícios visíveis de logradouros, tal seja a sua localização.

Art. 127.  A censura estética das fachadas será procedida por ocasião da aprovação dos projetos e abrangerá
também as dependências externas.

Art. 128.  As fachadas secundárias, quando visíveis de logradouro, deverão ter tratamento arquitetônico de
acordo com a fachada principal.

Art. 129.   Os corpos sobrelevados das edificações, qualquer que seja o destino, receberão tratamento
arquitetônico de acordo com as massas principais, mesmo que não sejam visíveis de logradouro.

Art. 130.   Para a determinação das saliências, sobre o alinhamento de qualquer elemento permanente das
edificações, compreendidas construções em balanço e decorações, ficará a fachada dividida em duas partes,
por linha horizontal, passando a 3,70 (três metros e setenta centímetros) acima do ponto mais alto do passeio.

Art. 131.  Na faixa inferior, o plano limite de saliência passará a 0,20 m (vinte centímetros) do alinhamento.

§ 1º As saliências formando socos, poderão se estender ao longo da testada do lote.

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§ 2º  Os ornatos esculturais e os motivos arquitetônicos poderão ter saliência máxima de 0,40 m (quarenta
centímetros) se colocados acima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) do ponto mais alto do
passeio.

Art. 132.   Na faixa superior nenhuma saliência poderá ultrapassar um plano paralelo à fachada e que dela
diste 1,20 m (um metro e vinte centímetros), medindo a partir do alinhamento exigido para a construção.

§ 1º Nessa faixa superior, são permitidos construções em balanços, formando recinto fechado, desde que a
soma de suas projeções sobre o plano horizontal não exceda quarenta (40) decímetros quadrados por metro
de testada, resalvado o disposto no § 6.

§ 2º Nos prédios que apresentem duas ou mais frentes, cada uma delas será considerada isoladamente para
os efeitos deste artigo.

§ 3º  Nas edificações em lotes de esquina de canto cortado ou em curva, cada frente será acrescida da
projeção desse canto chanfrado sobre o alinhamento em causa.

§ 4º  Os balcões compreendidos entre corpos salientes e que ocupam toda a extensão entre os mesmos,
serão considerados como formando recinto fechado.

§ 5º As construções em balanço, inclusive balcões, não poderão ultrapassar o plano vertical a 45º (quarenta e
cinco graus) com a fachada e que corta o plano desta a 0,40 m (quarenta centímetros) da divisa. Esta
restrição não é aplicável às marquises.

§ 6º Nas ruas de largura inferior a 16 metros, não serão admitidas construções em balanço, ultrapassando um
plano paralelo à fachada e dela distante 0,20 m (vinte centímetros), o disposto no art. 133.

Art. 133.  Serão permitidas marquises ultrapassando o alinhamento da via pública, desde que seja obedecido
o gabarito da quadra, quanto à saliência a altura, atendidas ainda as seguintes condições:

a) a parte mais baixa da marquise, incluindo bambinelas ou lamberquins, distará pelo menos 2,90 m (dois
metros e noventa centímetros) do nível do passeio;

b) não poderão ocultar aparelhos de iluminação pública;

c) a cobertura deverá ser de material que não se fragmente ao partir;

d) serem datadas de tomadas de água de tal forma que não despejem em catarata;

e) não podem ultrapassar a largura do passeio e nem ter saliência superior a 4,00 (quatro) metros;

f) nenhum elemento de construção ou acessório poderá ultrapassar mais de 0,30 m (trinta centímetros) do
alinhamento do terreno sobre o passeio.

CAPÍTULO II
EDIFÍCIOS PARA FINS ESPECIAIS

1 - PREDIOS DE APARTAMENTOS

Art. 134.  Os prédios de apartamentos e bem assim as edificações de dois ou mais pavimentos destinados a
mais de uma habitação, deverão ter as paredes externas e as perimetrais de cada habitação bem como as
lajes de piso e escadas construídas de material incombustível.

Art. 135.  Os prédios de apartamentos deverão ser dotados de caixa receptora de correspondência.

Art. 136.   Os vestíbulos dos apartamentos, quando tiverem área superior a 5% (cinco por cento) da dos
mesmos, deverão satisfazer aos requisitos de iluminação e ventilação exigidos para os cômodos de
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permanência diurna.

Art. 137.  É obrigada a instalação de coletor de lixo dotado de tubos de queda e de depósitos com capacidade
suficiente para acumular durante 48 (quarenta e oito) horas, os detritos provenientes dos apartamentos.

§ 1º A instalação deverá conter dispositivo para lavagem.

§ 2º Os tubos de queda deverão ser ventilados, na parte superior, e elevar-se um metro no mínimo acima da
cobertura.

Art. 138.   Os compartimentos que por sua situação e dimensões sirvam apenas para portaria, depósito de
malas e utensílios de uso em geral, ficam dispensados das exigências relativas à insolação, ventilação e
iluminação.

Art. 139.  A habitação do zelador do prédio quando existentes, poderá ser localizada em edícula.

Art. 140.  Os prédios de apartamentos poderão ser dotados de garagem exclusivamente para estacionamento
de autos de passeio, atendendo o disposto no art. 123.

2 - HOTÉIS

Art. 141.  Nos hotéis que tenha de três a seis (3 a 6) pavimentos, inclusive, será obrigatoriamente instalado
pelo menos um (1) elevador. Quando tiver mais de seis (6) pavimentos, deverá conter no mínimo dois (2)
elevadores, em todos os casos, obedecidas as normas técnicas.

Art. 142.  Nos hotéis, a área mínima dos dormitórios será de 9 (nove) metros quadrados.

Art. 143.  Nos hotéis, os dormitórios deverão ter as paredes internas, até a altura mínima de 1,50 (um metro e
cinquenta centímetros) ms. revestidas de material liso, impermeável e resistente à frequentes lavagens.

Art. 144.   Os hotéis que não disponham de instalações sanitárias privativas, correspondentes a todos os
dormitórios, deverão ter compartimentos sanitários separados para ambos os sexos.

Art. 145.  Esses compartimentos, em casa pavimento, deverão obedecer as seguintes condições:

a) possuir em sua totalidade, latrinas, chaveiros e lavatórios;

b) para cada grupo de seis (6) quartos, um conjunto;

c) cela em separação, para colocação de uma latrina.

Art. 146.   Os compartimentos destinados à lavanderia deverão satisfazer as mesmas exigências previstas
para as copas e cosinhas relativamente a paredes, pisos, iluminação e ventilação.

Art. 147.   As copas, para uso geral, deverão ter área mínima de 9 m² (nove metros quadrados) e, as
destinadas para servir um único andar, a área mínima de 5 (cinco) metros quadrados.

Art. 148.  As cosinhas para uso geral deverão ter área mínima de 10 m² (dez metros quadrados).

Art. 149.   Os hotéis deverão ser dotados de instalações e equipamentos adequados contra incêndio, de
acordo com as normas em vigor.

Art. 150.  Além das instalações de que trata esta parte, deverão os hotéis, possuir instalações em separado
para uso dos empregados.

3 - BARES E RESTAURANTES

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Art. 151.  Nos bares, cafés, confeitarias, restaurantes e congêneres,as copas, cosinhas e despensas deverão
ter pisos e as paredes até altura de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) revestidas de material liso,
impermeável e resistente à frequentes lavagens.

Parágrafo único.  Essas peças não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários ou com
habitação de qualquer natureza.

Art. 152.  As janelas das copas e das cosinhas deverão ter os vãos protegidos por telas metálicas ou outro
dispositivo que impeça a entrada de moscas e outros insetos.

Art. 153.  Nos restaurantes, as cosinhas não poderão ter área inferior a 10 m. (dez metros) quadrados, nem
dimensões inferiores a 3 (três) metros.

Art. 154.  No caso de restaurantes, o projeto deverá prever vestiário para empregados, devendo satisfazer as
mesmas condições exigidas para as instalações sanitárias, no que concerne à ventilação e iluminação; sendo
que nos demais casos deve ser prevista a colocação de armários para os empregados.

Art. 155.   Os bares, cafés, confeitarias, restaurantes ou congêneres, deverão ter compartimentos sanitários
separados para uso exclusivo de ambos os sexos, em separado.

Art. 156.  Além das exigências desta parte, serão exigidos os compartimentos sanitários, em separado, para
uso dos empregados.

4- EDIFÍCIOS COMERCIAIS E DE ESCRITÓRIOS

Art. 157.  As lojas deverão satisfazer as seguintes exigências:

a) não terão comunicação direta com dormitórios ou compartimentos sanitários, copas e cosinhas;

b) deverão dispor de compartimentos sanitários dotados de latrinas em número suficiente para empregados,
na base de uma cela para cada 100 (cem) metros quadrados de área útil;

c) quando houver pavimento superior, o teto e as escadas deverão ser de material incombustível;

d) os jiraus guarnecidos sempre de mureta ou balustrada com altura máxima de 1,00 m (um metro) não
poderão ocupar mais que um terço (1/3) da área da loja e os pés direitos mínimos, inferior e superior,
resultantes da divisão, deverão ter 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros) metros.

Art. 158.   Os edifícios destinados a comércio e escritórios poderão ser dotados de garage exclusivamente
para autos de passeio, atendido o disposto no art. 123.

Art. 159.   Os edifícios destinados a comércio e escritórios deverão ser dotados de latrinas em número
correspondente, no mínimo, a uma (1) para cada cem (100) metros quadrados de área útil de salas.

5 - LOCAIS DE PREPARO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS E PRODUTOS FARMACEUTICOS

Art. 160.   Os compartimentos destinados ao preparo de gênero alimentícios ou produtos farmacêuticos,


deverão obedecer ao seguinte:

a) não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários ou de habitação;

b) o piso e as paredes devem ser revestidas, até a altura mínima de 2 (dois) metros, com material liso e
impermeável, resistente à frequentes lavagens;

c) as aberturas de ventilação deverão ser protegidas por telas metálicas que impeçam a entrada de moscas;

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d) deverão dispor do vestiário e compartimentos sanitários, devidamente separados para cada sexo, dotados
de latrina e lavatórios em números suficientes, correspondente a um para cada grupo de vinte empregados.

Art. 161.  Os compartimentos destinados a açougues, entrepostos de carnes e de peixe, deverão satisfazer as
exigências do artigo anterior, e mais as seguintes:

a) as portas deverão abrir diretamente para o exterior;

b) ter a largura mínima de 2,40 (dois metros e quarenta centímetros) metros em sua totalidade e
isoladamente, cada uma no mínimo 1,20 m (um metro e vinte centímetros) com altura não inferior a 3,00 (três)
metros;

c) possuir proteção de tela metálica, que evite as moscas;

d) não poderá o compartimento ter comunicação interna com moradia ou outras instalações domiciliares;

e) o compartimento deverá ter área mínima de 16 (dezesseis) metros quadrados, e nenhuma dimensão
poderá ser inferior a 2,00 (dois) metros;

f) o piso deverá ser dotado de ralo e ter declividade suficiente para o rápido escoamento das águas de
lavagem;

g) as paredes, acima da barra impermeável, deverão ser pintadas e óleo e apresentar os cantos
arredondados.

Art. 162.  Todos os outros tipos de construções especiais, ou para fins especiais, tais como: cinema, teatros,
depósitos de explosivos, gasômetros, inflamáveis, hospitais, escolas, etc., terão suas construções codificadas
pelo que dispõe o Código de Obras Ayres Netto, e a Lei nº 1.561-A de 29 de dezembro de 1951 em tudo que
lhes for aplicável, guardadas as devidas proporções.

CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS CONSTRUÇÕES

1 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Art. 163.   Os materiais de construção, o seu emprego e a técnica de sua utilização deverão satisfazer às
especificações e normas adotadas pela Associação de Normas e Técnicas.

Art. 164.   Em se tratando de materiais cuja aplicação não esteja ainda consagrada pelo uso, poderá a
Prefeitura exigir análises e ensaios comprobatórios de sua adquacidade. Tais exames deverão ser feitos pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, à custa do interessado.

Art. 165.  A Prefeitura poderá impedir o emprego de materiais inadequados ou com defeitos ou impurezas,
que possam comprometer a estabilidade da construção e a segurança do público.

Art. 166.   Para os efeitos deste Código, entende-se por material incombustível: concreto simples, concreto
armado, estruturas metálicas, alvenarias, materiais cerâmicos e de fibro cimento e outros cuja adequacidade
for comprovada.

Art. 167.  A argamassa para a colocação de alvenaría de tijolos nos alicerces, deverá ser no mínimo de cal e
areia no traço 1:4 não se admitindo de forma alguma, a utilização de barro. As paredes divisórias de
compartimentos, desde que não sirvam de sustentação, poderão ser confeccionados com ligante de barro.

3 - TAPUMES E ANDAIMES

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Art. 168.   Será obrigatória a construção de tapume, sempre que se executem obras de construção no
alinhamento da via pública. Excetuam desta exigência, os muros e gradís com altura inferior a 4,00 (quatro)
metros.

Art. 169.   Os tapumes deverão ter altura mínima de 1,90 m (um metro e noventa centímetros) e poderão
avançar até 2/3 (dois terços) da largura do passeio, observado um máximo de 2,00 (dois) metros. Nos
passeios com largura inferior a 2,00 (dois) metros, os tapumes poderão atingir no máximo 1,20 m (um metro e
vinte centímetros).

Art. 170.   Serão tolerados avanços superiores ao estabelecido no art. anterior, nos casos em que for
tecnicamente indispensável, para a execução da obra, maior ocupação do passeio. Esses casos especiais
deverão ser devidamente comprovados e justificados pelo interessado, perante a repartição competente.

Art. 171.  Não será permitida a ocupação de qualquer parte da via pública com materiais de construção, além
do alinhamento do tapume. Os materiais descarregados, fora desse alinhamento, tem 24 horas para serem
recolhidos sob pena de apreensão.

3 - ESCAVAÇÕES

Art. 172.  É obrigatória a construção de tapume, no caso de escavação no alinhamento da via pública.

Art. 173.   Nas escavações deverão ser adotadas medidas de forma a evitar o deslocamento de terra nos
limites do lote em construção.

Art. 174.   O construtor é obrigado a tomar as medidas indispensáveis, a fim de proteger contra recalque e
danos aos edifícios vizinhos.

Art. 175.  No caso de escavações de caráter permanente que modifiquem o perfil do terreno, o construtor é
obrigado a proteger os prédios lindeiros e a via pública, mediante obras eficientes e permanentes contra o
deslocamento das terras.

3 - FUNDAÇÕES

Art. 176.  Quando a construção projetada estiver situada em local atingida por obras públicas, existentes ou
constantes de projeto oficialmente aprovado, a Prefeitura poderá estabelecer condições especiais para o
projeto e a execução das escavações, tendo em vista a viabilidade e segurança dessas obras e da própria
construção.

Art. 177.   Quando não houver estudos geotécnicos, as sapatas ou blocos da fundação, deverão ser
construídos de modo a que a pressão transmitida ao solo não exceda os máximos de:

a) 0,50 kg/cm² para argilas moles e areias fofas.

b) 1,00 kg/cm² para argias finas compactas, areias grossas fofas e argilas médias.

c) 2,00 kg/cm² para argilas rijas e duras, areias grossas compactas e pedregulhos.

Desses máximos, deverá ser adotada a carga correspondente à camada menos sólida que for constatada em
sondagem empírica.

Art. 178.  Em aterros não consolidados ou em qualquer tipo de sólo orgânico, não será permitida a utilização
de sapatas ou blocos para fundação direta de edificações de dois ou mais pavimentos, a não ser nos casos
em que a estabilidade da construção for convenientemente justificada e comprovada.

5 - PARADES

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Art. 179.  Os edifícios construídos sem estrutura de sustentação em concreto armado ou ferro não poderão ter
mais de três pavimentos e mais o porão, caso exista.

Art. 180.   As paredes de alvenaria de tijolos dos edifícios de que trata o artigo anterior deverão ter as
seguintes espessuras mínimas:

I - Paredes externas

a) um tijolo e meio no primeiro pavimento;

b) um tijolo, nos dois pavimentos superiores;

II - Paredes internas

a) um tijolo no primeiro pavimento;

b) meio tijolo nos dois pavimentos superiores.

§ 1º  As paredes internas que constituem divisão entre habitações distintas ou servirem de apoio do
vigamento, deverão satisfazer os mínimos estabelecidos para paredes externas.

§ 2º As paredes dos edifícios de dois (2) pavimentos deverão observar as espessuras mínimas estabelecidas
nas letras "b" das alíneas "I" e "II" deste artigo.

Art. 181.  Nas edificações de um só pavimento, as paredes externas da parte frontal do edifício, deverão ser
de um tijolo. Para as demais paredes, poderá ser tolerada a espessura de meio tijolo, desde que não sirvam
para sustentação do vigamento.

Art. 182.  As paredes tipo espelho ou cutelo (1/4 (um quarto) de tijolo), somente serão admitidas no caso de
constituírem apenas ligeiras separações, tais como: parede de armários, box, de banheiros, nichos, estantes
embutidas, etc.

Parágrafo único.  Tais paredes nunca poderão ser externas e nem servirem de sustentação de cargas, a
menos que existam reforços em concreto.

Art. 183.   As paredes construídas nas divisas do lote, deverão ser de tijolo, mesmo que esteja com meio
espessura no terreno vizinho. Neste caso, deverá o proprietário, apresentar juntamente com o projeto,
declaração do vizinho permitindo tal construção.

Art. 184.   Quando o proprietário também é dono do terreno anexo, será dispensada tal exigência, porém a
frente do terreno deverá ser fixada em projeto, no seu todo.

6 - PISOS

Art. 185.  Os pisos dos compartimentos assentos diretamente sobre o solo, deverão, antes do acabamento,
ter por base, no mínimo, ladrilhamento de tijolos rejuntados com argamassa de cal, cimento e areia, com
espessura mínima de 6 (seis) centímetros. O terreno deverá ser previamente limpo, nivelado e apiloado e as
fossas negras porventura existentes, deverão ser desinfetadas e atorradas. 

7 - COBERTURAS

Art. 186.   Os materiais utilizados para a cobertura das edificações deverão ser impermeáveis e
incombustíveis. Quando se tratar de locais destinados a habitação, deverão ainda ser indeterioráveis e maus
condutores térmicos.

Parágrafo único. Será admitido o emprego de materiais grandes condutores de calor, desde que, a juízo da
Prefeitura, seja convenientemente garantido o isolamento térmico.
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Art. 187.  Será permitida a execução de coberturas de lajes mistas, desde que o tijolo empregado seja o tipo
conhecido por "pó de mico" perfeitamente queimados e rígidos, e que a ferragem mínima na menor das
direções seja de 1/4 (um quarto) cada 14 cm (quatorze centímetros). Tais lajes entretanto não poderão ter
isoladamente vãos maiores de 3,50 (três metros e cinquenta centímetros) metros. Os vãos maiores de 3,50
(três metros e cinquenta centímetros) metros, deverão ser separados por vigamento de concreto armado,
calculado para a carga necessária existentes.

8 - ÁGUAS PLUVIAIS

Art. 188.  O escoamento de águas pluviais para as sargetas será feito, no trecho do passeio, em canalização
construída sob o mesmo.

Art. 189.   Em casos especiais, de inconveniência ou impossibilidade de conduzir as águas pluviais às


sargetas, será admitida a ligação direta às galerias de águas pluviais, quando estas existirem.

§ 1º O interessado deverá requerer à Prefeitura a necessária autorização.

§ 2º As despesas correrão por conta do interessado.

Art. 190.  Nas edificações construídas no alinhamento das vias públicas, as águas provenientes de telhados e
balcões, deverão ser captadas em calhas e condutores. Excetuam-se as marquises de menos de 1,50 (um
metro e cinquenta centímetros) metros de largura, que poderão ter o escoamento das águas caídas
exclusivamente no seu piso, por meio de bocas de lobo em quantidade suficiente para o rápido escoamento.

Parágrafo único.  Os condutores na fachada lindeira à via pública serão embutidos na parede até a altura
mínima de 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros) metros, acima do nível do passeio.

Art. 191.   Não será permitida, em qualquer hipótese a ligação de condutores de águas pluviais à rede de
esgoto, nem ligação de canalização do esgoto às galerias de águas pluviais, sob pena de interrupção da
benfeitoria, além das sanções previstas em lei.

9 - INSTALAÇÕES PREDIAIS

Art. 192.  As edificações situadas em local servido de águas e esgoto deverão ser dotadas de instalações
hidráulicas prediais, executadas de acordo com os regulamentos vigentes, afim de permitir a ligação das
mesmas às redes gerais desses serviços.

Art. 193.   As edificações situadas em locais não providos de rede de esgoto, deverão dispor de fossas,
colocadas de tal forma que não venham a poluir as águas de poços freáticos existentes.

Art. 194.  Nos locais servidos por rede de água, não será permitida a abertura de poços freáticos, em qualquer
hipótese.

Art. 195.   As instalações prediais de luz, força, telefone, etc. deverão obedecer aos regulamentos e
especificações das empresas concessionárias, aprovadas pela Prefeitura e pela Associação Brasileira de
Normas e Técnicas.

Art. 196.  Só poderão executar tais serviços os profissionais realmente habilitados, que façam suas inscrições
na Prefeitura Municipal, e que estejam de acordo com normas expedidas pelos poderes superiores quando os
houver.

TERCEIRA PARTE

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CAPÍTULO I
DOS LOTEAMENTOS

1 - PLANO DE ARRUAMENTO

Art. 197.   É proibida a abertura de vias de comunicação em qualquer perímetro do Município, sem prévia
licença da Prefeitura Municipal.

Art. 198.   Aqueles que pretendem abrir vias públicas no Município, deverão requerê-lo ao Prefeito
satisfazendo previamente as seguintes condições:

a) apresentar títulos de propriedade dos terrenos a arruar e provar o domínio pleno e ilimitado;

b) provar, pelos meios legais por si e pelos seus antecessores, que os interessados não figuram como réus,
em quaisquer ações no Juízo comum e no Federal e que tenham por objeto os terrenos a arruar;

c) juntar planta em duplicata, assinada por engenheiro registrado na D.V.O.P. de acordo com o disposto neste
Código, em escala de 1:1000 dos terrenos a arruar, com curvas de nível de metro em metro, indicando com
exatidão os limites do terreno em relação aos terrenos vizinhos e a situação em relação às vias públicas já
existentes.

§ 1º  Depois de examinados os títulos apresentados e julgados bons pelo Departamento Jurídico e pela
D.V.O.P. traçara esta as vias principais de comunicação ou os espaços livres que julgue necessários ao
interesse geral da cidade e aos seus sistemas de viação, e a eles tem de sujeitar-se o interessado na
organização do projeto, conforme o determinado no artigo 199.

§ 2º A superfície das vias públicas, de comunicação determinadas no parágrafo anterior e que farão parte
integrante do projeto, não poderá entretanto, exceder de sete por cento (7%) a superfície total do terreno a
arruar. Estas superfícies serão devidamente deduzidas das adiante especificadas no art. 208.

Art. 199.   Da posse dos elementos de que trata o § 1º do art. 198, o interessado fará juntar ao respectivo
processo o plano definitivo para ser submetido à aprovação da Prefeitura, o qual conterá, além das vias de
comunicação do § 1º do art. 198, mais o seguinte:

a) o plano geral do situação, em escala de 1:1000 com curvas de nível de metro em metro, contendo todas as
ruas espaços livres que se pretendem abrir;

b) secções transversaes de cada rua em escala 1:200

c) os perfis de cada rua com escala vert. 1:100 e escala horizontal de 1:1000

d) as indicações de todos os marcos de alinhamento

e) o sistema de escoamento das águas pluviais.

§ 1º  Constará, igualmente do plano, o retalhamento completo de cada quadra em lotes, de acordo com as
disposições deste Código.

§ 2º Acompanhará o plano, um memorial completo, descritivo e justificativo, com as declarações e explicações


necessárias para a perfeita compreensão do projeto.

Art. 200.  Estando o projeto de acordo, será expedido o alvará após o pagamento dos emolumentos devidos.

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Art. 201.  As licenças para arruamentos, vigorarão pelo prazo de um a três (1 a 3) anos, tendo-se em vista a
área de terreno a arruar. Findo o prazo determinado no alvará, deve a licença ser renovada no todo ou em
parte, conforme o que já tiver sido executado, mediante a apresentação de novos planos nos termos do
presente Código.

Art. 202.   O plano de loteamento poderá ser modificado quanto aos lotes não comprometidos e o de
arruamento desde que a modificação não prejudique os lotes comprometidos ou definitivamente adquiridos,
uma vez aprovado o novo plano.

Art. 203.   Quando executadas as obras constantes do projeto aprovado, o interessado deverá solicitar a
vistoria da Prefeitura, para aceitação do serviço.

Art. 204.  É vedada a construção, reconstrução ou reforma de prédios que estejam situados em ruas que não
tenham seus serviços aceitos, não dando a Prefeitura, licença para tal.

Parágrafo único.  As obras nessas ruas, poderão ser feitas em partes, a juízo da Prefeitura, uma vez que
tenham livre acesso por vias oficiais.

Art. 205.  Caso o interessado pretenda doar os leitos das ruas, praças e espaços livres, a Prefeitura solicitará
ao órgão competente, autorização para receber a doação, que só se efetivará desde que estejam
enquadradas nas prescrições deste Código. Autorizada que seja, o doador fará sem ônus algum para a
Prefeitura, com obrigação sua, de seus herdeiros e sucessores o respeitarem as restrições que forem
previstas.

Art. 206.  Não caberá à Prefeitura responsabilidade alguma pela diferença de áreas dos lotes ou quadras, que
qualquer proprietário venha a encontrar em relação às áreas dos planos aprovados.

Art. 207.   A Prefeitura poderá entrar em entendimento com o proprietário de terrenos sem plano de
arruamento, para o fim de adaptá-lo às exigências do presente Código.

Art. 208.  A área mínima reservada a espaços abertos públicos, compreendendo ruas e sistemas de recreio,
deverá ser de 30% (trinta por cento) da área total a arruar.

Art. 209.  A área citada no artigo anterior deverá ser distribuída do seguinte modo:

a) 20% (vinte por cento) para as ruas;

b) 10% (dez por cento) para os sistemas de recreio.

Parágrafo único.  No caso de ser a área ocupada pelas ruas, inferior a 20% (vinte por cento), a diferença,
poderá ser completada com áreas destinadas a recreios públicos ou lotes anexos, onde a Prefeitura localizará
do futuro, obras de caráter geral.

Art. 210.   O arranjo das ruas de um plano qualquer deverá garantir a continuidade do traçado das ruas
vizinhas.

§ 1º As ruas deverão ser ajustadas às condições topográficas do terreno e traçadas de forma a evitar tráfego
denso em ruas secundárias.

§ 2º  As dimensões dos leitos e passeios das ruas, deverão variar com o caráter, uso e densidade da
população das áreas servidas, a juízo da Prefeitura.

Art. 211.  Os arruamentos na Cidade de Mirassol, devem ter um mínimo de 13 (treze) metros, com um leito
carroçável de 8 (oito) metros, e passeios laterais de 2,50 (dois e meio) metros.

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§ 1º Nas ruas, em que seja previsto o tráfego denso e constante, a largura deverá ser de 20 (vinte) metros
com passeios laterias de 2,50 (dois e meio) metros de largura.

§ 2º Serão permitidas ruas de menor largura, até um mínimo de 8 (oito) metros, de interesse local, com leito
carroçável de 4 (quatro) metros.

§ 3º Em nenhuma hipótese, poderá o arruamento apresentar rua menor em largura, em continuidade com as
ruas típicas da cidade.

Art. 212.   Junto à estrada de ferro (EFA) é obrigado a existência de rua de largura mínima de 13 (treze)
metros, se os terrenos forem destinados as casas de habitação ou de comércio.

Art. 213.   Nos bairros, são permitidas passagens para construções de habitações em lotes do fundo, com
largura mínima de 6 (seis) metros e leito carroçável de 3 (três) metros no mínimo.

§ 1º Essas passagens deverão terminar obrigatoriamente no interior dos lotes, em praças de manobras com
diâmetro mínimo de 14 (quatorze) metros.

§ 2º As áreas de passagem e da praça, não serão computadas para efeito de ocupação do lote, nem para os
efeitos do artigo 209.

Art. 214.  A rampa máxima das vias secundárias será de 8% (oito por cento) e nas vias principais de 6% (seis
por cento); devendo a rampa mínima para qualquer delas, ser de 5 por 1000 (cinco por mil).

Art. 215.   O comprimento das quadras não poderá ser superior a 450 (quatrocentos e cinquenta) metros,
devendo ser previstas passagens intermediárias espaçadas de 150 (cento e cinquenta) metros no máximo,
para as quadras de comprimento igual ou superior a 200 (duzentos) metros.

Art. 216.  Não poderão ser arruados e loteados os terrenos baixos, sujeitos à inundações, os alagadiços, os
que serviram para aterro sanitários ou insalubre, sem que tenham sido tomadas as providências para a sua
perfeita salubridade.

Art. 217.  Quando para a perfeita execução de um plano de arruamento, seja conveniente que uma ou mais
ruas, para sua boa ligação às vias públicas já existentes, ou melhoria do sistema de escoamento sejam
prolongadas através de terrenos alheios e os proprietários da maioria das parcelas, envolvidas pelo referido
arruamento de tais ruas se declarem dispostos a ceder gratuitamente as faixas que lhe couberem, e bem
assim custearem as despesas de desapropriação das que não se achem em idênticas condições poderá
qualquer interessado submeter o assunto a consideração da Câmara, a qual resolverá se há ou não motivo
para declarar tal prolongamento da rua ou ruas assim projetadas, de utilidade pública, para a desapropriação
das faixas restantes.

Art. 218.  Quando houver conveniência para o perfeito entrosamento do sistema viário da cidade, da mudança
total ou parcial de uma rua quanto a sua diretriz principal, poderá a D.V.O.P. estabelecer normas especiais
para as construções, reconstruções ou reformas na referida rua, de tal forma que não venham do futuro
dificultuar os serviços verificados necessários.

2 - LOTES

Art. 219.  O retalhamento das quadras em lotes, deve ser feito de tal forma que os lotes tenham um mínimo
de 300 (trezentos) metros quadrados de área.

Art. 220.  Nos bairros residenciais principais, a frente mínima dos lotes, deverá ser de 11 (onze) metros.

Parágrafo único. Nos demais bairros, a frente mínima deverá ser de 10 (dez) metros quadrados.

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Art. 221.  Os lotes de formato irregular, não poderão nunca ter suas medidas, inferior a 4 (quatro) metros, e
também nenhum ângulo poderá ser inferior a 30º (trinta) graus.

QUARTA PARTE

CONSTRUÇÕES FUNERÁRIAS

Art. 222.   As construções funerárias, jasigos, mausoléus, panteões, cenotáfios, etc. só poderão ser
executados no cemitério municipal depois de obtida a necessária licença, mediante requerimento do
interessado, ao qual acompanharão o memorial descritivo das obras e as respectivas plantas, cortes,
elevação e cálculo de resistência e estabilidade, quando for necessário, a juízo da Diretoria de Viação e Obras
Públicas.

§ 1º  As peças gráficas serão em duas vias em papel de boa qualidade, que serão visadas e uma delas
entregue ao interessado, com a respectiva licença de construção.

§ 2º A licença prevista neste artigo, pagará adiantadamente Cr$200,00 (duzentos cruzeiros) de emolumentos.

Art. 223.   Nenhuma construção das referidas no art. 222 poderá ser feita ou mesmo iniciada, no Cemitério
Municipal sem que o alvará de licença e a planta aprovada pela D.V.O.P. sejam exibidos ao Administrador,
que nesses documentos lançará e seu visto datado e assinado, ficando responsável pela verificação do
andamento da obra, comunicando imediatamente a D.V.O.P. qualquer irregularidade observada, sob pena de
conivência a transgressão.

§ 1º As pequenas obras ou melhoramentos que sejam necessários nos jazigos, independem de planta, porém
devem ser comunicados a D.V.O.P. em duas vias, uma das quais, após visada será devolvida ao interessado,
para exibi-la ao Administrador, quando aceitas.

§ 2º Entende-se por pequenas obras ou melhoramentos, qualquer serviço que não importe em modificação da
estrutura, ampliação, supressão, etc., tais como: pintura, construção de muretas de proteção, colocação de
gradís, correntes, etc.

Art. 224.   As construções funerárias, no Cemitério Municipal, como sejam: jazigos, túmulos, cenotáfios,
panteões, etc., só poderão ser executados por construtores registrados na D.V.O.P. nos termos do presente
Código.

Parágrafo único.  Os construtores registrados na D.V.O.P. só poderão executá-las quando quites com a
Tesouraria Municipal.

Art. 225.  Quando o projeto da construção funerária, exigir para a sua execução, conhecimento de resistência
e estabilidade, a juizo da D.V.O.P., será exigivel a responsabilidade de um profissional diplomado, registrado
na Prefeitura e no C.R.E.A.

Art. 226.   Fica extensiva às construções funerárias a censura estética, designando a D.V.O.P., um de seus
engenheiros ou arquitetos para exame e aprovação dos respectivos projetos.

Art. 227.   O Administrador do Cemitério Municipal velará pelo cumprimento do embargo oposto pelo
engenheiro da D.V.O.P. encarregado da fiscalização das construções nos cemitérios, que estiverem em
desacordo com as plantas aprovadas ou com as prescrições desta.

Parágrafo único.  Se tais embargos não estiverem sendo respeitados, comunicará imediatamente o fato à
D.V.O.P. para que sejam tomadas as medidas julgadas convenientes.
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Art. 228.   Os carneiros serão feitos exclusivamente pela administração municipal, segundo os preços da
tabela aprovada pela Prefeitura, por pedreiros e serventes do quadro operário do Cemitério.

§ 1º As muretas e carneiros serão construídos sempre de acordo com tipo aprovado.

§ 2º As muretas serão construídas de alvenaria de tijolos, assentos sobre argamassa de cal e areia e com a
espessura de quinze (15) centímetros; serão revestidas com argamassa nas partes laterais e com cimento na
parte superior.

Art. 229.  Os terrenos para sepultamentos, terão dois (2) metros de frente por dois metros e meio (2,50) aos
fundos.

Art. 230.  Qualquer construção funerária é obrigada a um récuo lateral mínimo de meio (0,50) metro de cada
lado, de forma que duas construções contíguas, guardem entre si um mínimo de um (1) metro.

Parágrafo único. Quando forem adquiridos dois (2) ou mais terrenos contíguos, com a finalidade de uma única
construção, tal récuo poderá ser considerado a partir dos lotes externos da propriedade.

Art. 231.  A D.V.O.P. providenciará um mapa de locação da Necrópole, onde constam todas as quadras e
túmulos, numerados, bem como todas as ruas e travessas, que deverão ter no local, placas indicativas.

Art. 232.  O zoneamento dos terrenos da Necrópole será feito pela D.V.O.P.

§ 1º Tal zoneamento se refere à divisão da Necrópole em:

a) terrenos perpétuos de primeira;

b) terrenos perpétuos de segunda;

c) terrenos para velas comuns.

§ 2º No mapa de locação deverão ficar bem destacados tais zonas mencionadas no parágrafo anterior, que
poderão ser alteradas pelo Chefe do Executivo, depois de ouvido o parecer justificado na D.V.O.P.

Art. 233.   Anualmente, no mês de agosto, deverão os familiares dos extintos, providenciarem a limpesa e
pintura dos túmulos, que serão feitos às expansas dos interessados.

Parágrafo único.  Quando de interesse dos familiares, poderá a Prefeitura providenciar tal pintura, correndo
entretanto por conta dos mesmo, os gastos relativos a tais serviços.

Art. 234.  As despesas acima mencionadas, serão calculadas na base dos preços de material e mão de obra,
vigentes na ocasião.

QUINTA PARTE

DENOMINAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS E NUMERAÇÃO DE PRÉDIOS

Art. 235.   O serviço de emplacamento dos logradouros públicos será feito pela Diretoria de Viação e Obras
Públicas.

Art. 236.   Logo que tenha sido dada denominação a uma via pública ou logradouro, serão colocadas, por
conta da Municipalidade, as placas respectivas.

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§ 1º Nas ruas, as placas serão colocadas nos cruzamentos, duas (2) em cada rua, um (1) em cada lado, à
direita da direção do trânsito, no prédio da esquina, ou na falta deste, em postes colocados no terreno.

§ 2º Nos largos e praças, as placas serão colocadas à direita da direção do trânsito, nos prédios de esquina,
ou em postes especiais.

Art. 237.   As placas de nomenclatura serão de ferro fundido ou similar, de fundo azul escuro, com letras
brancas em relevo, e terão as dimensões de 45 cm (quarenta e cinco centímetros) de comprimento por 25 cm
(vinte e cinco centímetros) de altura.

§ 1º As denominações das vias públicas abertas por particulares serão dadas pelo Prefeito, com aprovação da
Câmara Municipal.

§ 2º As denominações que constituem duplicatas ou que servem para confusão, deverão ser substituídas, de
preferência as mais novas.

§ 3º Todas ruas deverão ter a mesma numeração desde início até o seu término e futuro prolongamento.

Art. 238.  A não ser nas condições do artigo anterior, a denominação das vias não poderão ser alteradas.

Art. 239.  Fica expressamente vedado dar-se às vias públicas do município, nomes de pessoas vivas.

Art. 240.  Quando for modificada a denominação de uma viz ou logradouro, a substituição da denominação só
poderá ser feita 30 (trinta) dias após a publicação da lei ou ato respectivo.

Art. 241.  A numeração dos prédios também ficará a cargo da Diretoria de Viação e Obras Públicas.

Art. 241.  A numeração dos prédios também ficará a cargo da Diretoria de Viação e Obras Públicas.

Art. 242.  Fica adotado o sistema de dupla dezena, separadas por traço de união, sendo a primeira dezena,
característica da quadra para cada rua, sendo que a segunda dezena deverá representar aproximadamente a
distância em metros, do centro do terreno quando não edificado, ou da soleira da porta principal quando
edificado, e o início de cada testada da quadra.

Art. 243.   Para o início da numeração, receberão a denominação característica "20", todas as quadras
situadas entre as ruas José Bonifácio - Benjamin Constante; Marechal Deodoro - Armando Sales Oliveira. A
partir dessas ruas, a numeração deverá ser crescente para leste e decrescente para oeste; bem como as
quadras situadas entre as ruas José Bonifácio - Armando Sales Oliveira; Marechal Deodoro - Benjamin
Constante; Padre Ernesto - 9 de Julho; e São Sebastião, sendo a numeração crescente para Norte e
decrescente para o Sul, tudo de acordo com o esquema arquivado na Diretoria de Viação e Obras Públicas.

Parágrafo único. As quadras esconsas ou irregulares, seguirão o mesmo princípio sendo sua regulamentação
feita pela Diretoria de Viação e Obras Públicas, com a aprovação do Prefeito.

Art. 244.  Os prédios situados do lado direito das ruas, considerado o sentido crescente, receberão números
pares, e os do lado esquerdo receberão números ímpares, correspondendo sempre dois número seguidos,
um par e outro ímpar a cada trecho de um (1) metro de testada, medidos desde o início da quadra, segundo o
alinhamento de cada rua.

Art. 245.  As placas da nova numeração, terão características que as diferenciem das atuais, que deverão ser
conservadas durante um (1) ano após o qual, a municipalidade as retirará.

Art. 246.  Os proprietários de prédio ou terrenos, que deverão receber numeração, pagarão o valor de custo
das placas, acrescido de 15% (quinze por cento) a título de emolumentos do novo emplacamento. Esse
pagamento será feito no ato da colocação da placa, mediante recibo, quando o prédio já estiver construído, ou
no ato do recebimento da planta aprovada quando a construção vai ser iniciada.
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§ 1º  Durante a construção o número deverá ser colocado no andaime, em lugar perfeitamente visível e
terminada a obra deverá ser colocada na trave superior e igual distância da porta principal.

§ 2º  É facultativo ao proprietário o uso de numeração artística, a critério da Diretoria de Viação e Obras
Públicas.

Art. 247.   Fica a Diretoria de Viação e Obras Públicas autorizada a modificar o emplacamento das ruas e
prédios da cidade, de acordo com o presente Código, devendo a nova numeração começar a vigorar após 60
(sessenta) dias da aprovação deste Código.

Art. 248.   A Prefeitura organizará um registro no qual constarão os nomes das ruas e a numeração dos
prédios.

Art. 249.  Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de Mirassol, 29 de abril de 1963.

Dr. José Emygdio de Faria


Presidente

Iris Bazzetti
1º Secretário

* Este texto não substitui a publicação oficial.


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