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CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL

ASSISTENTE DE CONTABILIDADE

160
horas
Marcos José Rocha dos Santos
GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA

José Atílio Salazar Martins


VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA

Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu


SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Adir Josefa de Oliveira


PRESIDENTE IDEP/RO

Eline Silva Costa


DIRETORA PEDAGÓGICA IDEP/ROIDEP/RO

Cristine Senger
DIRETORA DE PLANEJAMENTO ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASIDEP/RO

Helder Cavalcante Silva Junior


GERENTE DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO

Pâmela da Silva Viana


GERENTE DE REGISTRO, ESTATÍSTICA E AVALIAÇÃO

Gisele Amaral Cintra


COMPILAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
SUMÁRIO

INSTITUTO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – IDEP/RO...4


INFORMAÇÕES AOS ALUNOS ..................................................................................................................... 6
APRESENTAÇÃO DO CURSO ASSISTENTE DE CONTABILIDADE ....................................................... 7
1. FUNDAMENTOS DO CURSO ASSISTENTE DE CONTABILIDADE.................................................7
1.1 Objeto, Objetivo e finalidade da contabilidade ...........................................................................................8
1.2 A aplicação da contabilidade........................................................................................................................8
1.3 Os usuários da contabilidade .......................................................................................................................8
1.4 Para quem é mantidade a contabilidade ......................................................................................................9
1.5 O profissional contábil ................................................................................................................................9
1.6 O perfil do profissional de contabilidade ...................................................................................................10
1.7 Qual o perfil que o mercado espera dos profissionais da contabilidade ....................................................10
1.8 O papael do profissional contábil................................................................................................................10
1.9 Quem é o assistente de contabilidade .........................................................................................................10
1.10 O que o assistente de contabilidade precisa saber? .............................................................................11-12
1.11 Funções e tarefas de um assistente de contabilidade...........................................................................12-13
Atividade de Fixação ..................................................................................................................................14-16
2.0 A evolução historica da contabilidade ..................................................................................................17-18
2.1 O pai da contabilidade ................................................................................................................................18
Atividade de Fixação.........................................................................................................................................19
3.0 A moralidade e ética profissional...........................................................................................................20-22
3.1 Complexidade da ética: seus dilemas .........................................................................................................22
3.2 Códigos de ética ou conduta em empresas.............................................................................................23-24
Atividade de fixação....................................................................................................................................24-26
4.0 Conhecendo algumas informações básicas na abertura de uma empresa....................................................26
4.1 O que é o CNPJ e sua função......................................................................................................................27
4.2 Pagamento das obrigações fiscais...............................................................................................................28
4.3 Quem deve ter CNPJ...................................................................................................................................29
4.4 Detalhes importantes antes de abrir um CNPJ.......................................................................................29-31
5.0 Cadastro e emissões de certidões negativas de débitos – CND.............................................................31-35
6.0 Gerando caixa para empresa ......................................................................................................................35
6.1 Geração de receitas ....................................................................................................................................36
6.2 Fluxo de caixa .......................................................................................................................................37-38
Atividade de fixação....................................................................................................................................38-39
7.0 Como projetar os desembolsos no orçamento e como identificar custos e despesas ............................39-40
Atividade de fixação....................................................................................................................................50-51
8.0 O que é o setor fiscal, suas funções e como funciona na prática...........................................................52-61
Atividade de Fixação...................................................................................................................................61-64
9.0 Cálculo de tributos e suas obrigações acessórias...................................................................................64-68
Atividade de Fixação...................................................................................................................................69-71
10.0 I.P.I ......................................................................................................................................................71-73
Atividade de fixação....................................................................................................................................73-74
11.0 ISSQN .................................................................................................................................................74-80
Atividade de Fixação.........................................................................................................................................80
12.0 PIS /COFINS........................................................................................................................................80-85
Atividade de Fixação...................................................................................................................................85-86
13.0 A contabilidade e suas funções............................................................................................................87-89
Atividade de Fixação ..................................................................................................................................89-90
14.0 Definições de contabilidade ...............................................................................................................91-96
Atividade de fixação...................................................................................................................................96- 99
15.0 Pilares da contabilidade, demonstrações financeiras e estrutura do balanço patrimonial..................99-109
Atividade de Fixação ..............................................................................................................................109-111
16.0 Balancete de verificação e métodos das partidas dobradas..............................................................112-115
17.0 Contabilização das contas de resultado............................................................................................115-118
18.0 Elementos de resultado e sua influência no patrimônio...................................................................119-120
Atividade de Fixação.......................................................................................................................................121
19.0 Plano de contas.................................................................................................................................122-124
Atividade de Fixação ......................................................................................................................................124
20.0 Entendendo o registro contábil........................................................................................................125-128
Atividade de Fixação...............................................................................................................................128-129
21.0 Atos e fatos administrativos.............................................................................................................129-132
Atividade de Fixação ......................................................................................................................................132
22.0 Balancete de verificação na prática .................................................................................................132-133
Atividade de Fixação...............................................................................................................................134-135
23.0 Apuração contábil do lucro ou prejuízo...........................................................................................135-138
Atividade de Fixação...............................................................................................................................139-140
24.0 Folha de pagamento e atividades de fixação.................................................................................140 – 151
25.0 Como enviar a folha de pagamento no e-social?.............................................................................151-152
26.0 Adicionais e remunerações extras na folha de pagamento..............................................................152- 155
27.0 Salário fámilia para 2023.................................................................................................................155-156
Atividade de Fixação...............................................................................................................................156-158
28.0 Rescisão de contrato de trabalho, como funciona, cálculos, regras e CLT ....................................158-172
29.0 Rescisão de contrato de trabalho e a carteira digital, como funciona?...................................................172
Atividade de Fixação..............................................................................................................................173- 175
INSTITUTO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –
IDEP/RO

O Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional - IDEP é uma autarquia,


vinculada à Secretaria de Estado da Educação, dotada de autonomia administrativa, pedagógica,
disciplinar, financeira, orçamentária e patrimonial, sendo o órgão gestor da Política de Educação
Profissional do Estado de Rondônia.
Criado em dezembro de 2016, por meio da Lei Complementar 908/2016, que “Dispõe
sobre a Política de Educação Profissional do Subsistema Público de Educação Profissional do
Estado de Rondônia” gera a autarquia denominada Instituto Estadual de Desenvolvimento da
Educação Profissional – IDEP, vinculada à Secretaria Estadual de Educação – SEDUC o IDEP/RO
que tem o propósito de oferecer à sociedade rondoniense inúmeras oportunidades educacionais
gratuitas e a potencialização das forças de trabalho, como marco de sustentação e fortalecimento
da capacidade profissional produtiva para o desenvolvimento competitivo do Estado, sendo legítimo
parceiro das políticas sócio educacionais.EP/RO
TITUTO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –DEP/RO

INFORMAÇÕES AOS ALUNOS

Prezado estudante, seja bem-vindo!


.
Você irá realizar o curso ASSISTENTE DE CONTABILIDADE do Eixo Tecnológico: Gestão
e Negócios, com vistas a construção de competência, interpretação e aplicação das regras básicas
para um atendimento qualificado .
O curso é ofertado na modalidade à distância (EaD) e presencial onde você poderá
estabelecer a sua jornada diária de estudos, de acordo com o seu ritmo.
Este material apostilado, organizado em capítulos, irá conduzi-lo a novos conhecimentos que
delinearão o perfil da pessoa que atende com qualidade e excelência, sendo este o profissional
requisitado atualmente pelo mercado de trabalho.
Ao final, os alunos que concluírem o curso com resultado APTO, receberão o Certificado de
Conclusão expedido pela ETEC - Escola Técnica Estadual.
Bons estudos!APRESENTA
APRESENTAÇÃO DO CURSO ASSISTENTE DE CONTABILIDADE

A Contabilidade é um instrumento que fornece um número muito de grande de


informações úteis, para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muita antiga
e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo as
autoridades governamentais, principalmente aquelas que tem a incumbência de propiciar
arrecadação de tributos, começaram a utilizar-se dela para aumentar a arrecadação e
torná-la obrigatória para a todas as empresas e pessoas físicas, quando seu movimento
ultrapassar a limites estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal.

É bom lembrar que a contabilidade não deve ser feita unicamente para atender a
exigência do fisco e sim, para que ela sirva de instrumento seguro e confiável para o
administrador tomar decisões.
Vejamos sua funcionalidade de forma mais detalhada, no decorre do curso

1. FUNDAMENTOS DO CONTROLE CONTÁBIL

A contabilidade tem a incumbência de registrar todas as operações da empresa, as


quais, em certo momento, devem ser tabuladas e quantificadas monetariamente, para
que em seguida, sejam elaborados os respectivos relatórios contábeis que são
entregues aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados,
por meio dos relatórios contábeis, recordam os fatos acontecidos, analisam os
resultados obtidos , as causas que levaram àqueles resultados e tomam decisões em
relação ao futuro. Portando, a contabilidade é um instrumento retrospectivo para a
tomada de decisões futuras.

Segundo o IBRACON, a contabilidade é, objetivamente, um sistema de


informação e avaliação, destinado a prover seus usuários com demonstrações e
análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à

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entidade objeto de contabilização.

1.1. Objeto, Objetivo e Finalidade da Contabilidade

A contabilidade tem como objeto o Patrimônio das Entidades econômico-


administrativas, seu objetivo é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da
gestão do patrimônio dessas entidades com a finalidade de propiciar a obtenção de
informações econômicas e financeiras acerca da entidade.

1.2. A aplicação da Contabilidade

A Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas as empresas) ou em


particular (aplicada em certo ramo de atividade ou setor da economia). Assim, no estudo
da Contabilidade podemos enfocar, dentre outros, os seguintes ramos:

 Contabilidade Comercial e de Serviços;


 Contabilidade Industrial;
 Contabilidade Bancária;
 Contabilidade Hospitalar;
 Contabilidade Pública;
 Contabilidade Agropecuária;
 Contabilidade Securitária;
 Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo);
 Contabilidade das Pessoas Físicas -Atividade Rural à Movimento >
R$.54.000,00 anual;
 Contabilidade de Autônomos à Livro Caixa.

1.3. Os Usuários da Contabilidade

Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente,


tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como
titulares (empresas individuais), sócios acionistas, administradores, governo (fisco),
fornecedores, bancos, etc.

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1.4. Para quem é mantida a Contabilidade

A Contabilidade pode ser feita para uma Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.
Considera-se pessoa, juridicamente falando, todo o ser capaz de direitos e obrigações.
Pessoa Física é a pessoa natural, é todo o ser humano, é todo indivíduo. A
existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa Jurídica è é a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido
por lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros.
São as chamadas Entidades Econômico-administrativas, que caracterizam-se como
organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital,
ação administrativa e fim determinado.
Quanto ao fim a que se destinam, as entidades econômico-administrativas podem
ser assim classificadas:
a) Entidades com fins lucrativos – chamadas empresas, que visam lucros para
preservar e/ou aumentar o seu patrimônio líquido. Exemplo: empresas
comerciais, industriais, de serviços, agrícolas, etc.
b) Entidades com fim sócio-econômico – intituladas instituições, visam atingir
superávit que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplo: associações
de classe, clubes sociais, etc.
c) Entidades com fins sociais – também chamadas instituições, que têm por
obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplo:
a União, os Estados e os Municípios.

1.5 O Profissional Contábil

Dentro da profissão contábil temos duas categorias: Técnicos em Contabilidade


(categoria em extinção em virtude de não mais existir os Cursos ao nível de segundo
grau) e os Contadores, que são os Bacharéis em Ciências Contábeis. Tanto o técnico
em contabilidade como o contador são chamados de contabilistas, e ambos legalmente
podem ser responsáveis pela contabilidade das entidades. Entretanto, o contador está
legalmente habilitado a exercer algumas atividades não cabíveis ao técnico em
contabilidade. Essas atividades são:

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 Auditoria à exame e verificação da exatidão dos procedimentos contábeis;
 Perícia Contábil à investigação contábil de pessoas físicas ou jurídicas,
motivada por uma questão judicial (solicitada pela justiça);
 Professor de Contabilidade à o contador pode ser professor do curso superior
de graduação. Normalmente exige-se pós-graduação.

1.6 O perfil do profissional de contabilidade

Para Schlindwein (2007), o moderno profissional da contabilidade precisa desenvolver


diferentes habilidades como iniciativa, coragem, ética, visão de futuro, negociação, agilidade,
segurança para solucionar problemas, tem que ser dinâmico, flexível e com boa capacidade
de inovar e criar.

1.7 Qual perfil o mercado espera dos profissionais da


contabilidade?

Dentre os principais resultados, percebe- se que as habilidades requeridas em maior


grau pelo mercado foram as comportamentais, como relacionamento interpessoal, trabalho
em equipe e flexibilidade.

1.8 Qual o papel do profissional contábil?

Ele é o responsável por todos os trâmites legais da empresa dentro dos conformes, ou
seja, em dia. Ele támbém é um profissional fundamental para o crescimento e desenvolvimento
da empresa, pois sabe funções estratégicas que podem colaborar para o sucesso do negócio.

1.9 Quem é o Assistente de Contabilidade?

O Assistente Contábil é o profissional que auxilia na classificação, conciliação e


lançamentos financeiros para a área responsável pela contabilidade de uma empresa. Ele
também participa da apuração de impostos e preenchimento de guias de recolhimento junto
aos órgãos do governo.
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1.10 O que um Assistente de Contabilidade precisa saber?

Conhecimento em matemática financeira, boa comunicação, e escrita, habilidade


técnica,habilidade em resolução de problemas, planejamento e organização.

1.10.1 Comunicação oral e escrita

Como você estará em constante contato com profissionais de outras áreas da empresa e,
em alguns casos, até com clientes, a comunicação clara, objetiva e bem-organizada se torna
um imperativo. Isso se torna aparente em situações em que é necessário explicar às pessoas
os diversos números e dados em planilhas e demonstrações financeiras, leis tributárias e fiscais
ou procedimentos altamente técnicos.
Aprimore as habilidades comunicativas usadas nas várias situações cotidianas de trabalho e
use-as a seu favor. Comunicar-se bem como assistente contábil é um fator que pode contribuir
para o aumento da sua empregabilidade.

1.10.2 Capacidade analítica

Ser capaz de analisar dados e números e obter informações a partir deles para orientar
estratégias e criar relatórios financeiros precisos e eficazes ocupa um papel significativo para
assistentes contábeis. Essa capacidade analítica afeta diretamente suas atividades, já que a
contabilidade é também uma área estratégica para as finanças e resultados de uma empresa.
Com ela, você pode fazer um trabalho mais apurado, resolver problemas com facilidade, tirar
conclusões com maior exatidão e tomar decisões difíceis em tempo hábil.

1.10.3 Solução de problemas

Com tantos processos, normas e cálculos, é natural que possam surgir divergências e
imprevistos no cotidiano de assistentes contábeis. Conhecer os conceitos básicos de resolução
de problemas pode ajudar a conciliar tais situações e entender melhor os fenômenos que
interferem no desempenho fiscal e alcance de metas de um negócio.

1.10.4 Planejamento e organização

Um cotidiano que lida com números, cálculos, diferentes leis e normas, regras de

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conformidade, prazos, clientes e muita burocracia pode ser complexo e render desafios diários.
Em um trabalho assim, a organização e o planejamento se tornam grandes aliados do bom
desempenho, afinal, um prazo vencido pode resultar em problemas sérios para a empresa. O
melhor a fazer é gerenciar bem seu tempo, planejar o dia e organizar bem todas as tarefas e
datas a curto e longo prazo.

1.10.5 Conhecimentos tecnológicos

Uma qualidade indispensável para quem atua como assistente contábil é conhecer as
ferramentas tecnológicas usadas em sua área e acompanhar os últimos avanços. Há diversos
programas, utilitários e sistemas que podem ajudar no trabalho diário, aumentar a produtividade
e melhorar a qualidade dos resultados.
Outra vantagem que a tecnologia oferece é a possibilidade de automatizar atividades
burocráticas e operacionais e, assim, otimizar processos e fluxos de trabalho. Você consegue
se organizar melhor, ter acesso mais rápido às informações, eliminar as atividades repetitivas
e reduzir a chance de erros. Procure aprender a dominar os programas mais populares do setor
e atualize-se sempre a respeito das últimas mudanças e inovações do mercado.

1.11 Funções e Tarefas de um Assistente de Contabilidade


Assistentes de contabilidade prestam apoio para contabilistas, gerentes contábeis e
outros cargos relacionados ao setor financeiro, tributário, de controladoria ou de compras e
aquisições. Eles auxiliam no controle, conciliação, inspeção e execução de lançamentos,
relatórios e demonstrações, assim como em tarefas operacionais do departamento.
Algumas das principais tarefas e atribuições diárias de assistentes contábeis incluem:

 Auxiliar na administração de contas a pagar e a receber.

 Organizar e preparar documentos.

 Registrar fatos e movimentos contábeis.

 Calcular impostos.

 Elaborar relatórios, balancetes e demonstrações financeiras com supervisão de


contabilistas.

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 Preencher contratos sociais e guias de recolhimento.

 Inserir dados em planilhas, programas de computador e fichas de lançamentos


contábeis.

 Apurar valores tributários.

 Atualizar livros fiscais.

 Escriturar livros auxiliares e financeiros.

 Solicitar certidões junto a órgãos públicos.

 Verificar razões sociais e situações de empresas.

 Reunir dados para demonstração de origem e aplicação de recursos.

 Acompanhar e auxiliar no cumprimento da legislação trabalhista.

 Reconciliar horas trabalhadas e folhas de pagamento.

 Distribuir cheques de pagamento para a equipe da empresa.

 Preparar ordens de compra e serviço para aprovação.

 Atualizar dados financeiros em sistemas eletrônicos.

 Elaborar declarações de imposto de renda.

 Analisar e classificar despesas, receitas e contas para prestar assistência ao


planejamento orçamentário.

 Emitir notas de recebimento e transferência.

 Dar baixa de pagamentos e recebimentos.

 Arquivar documentos.

 Pesquisar documentos arquivados.

 Fazer contato com clientes para tratar de assuntos contábeis quando necessário.

Resumo Nessa aula aprendemos sobre o profissional contábil. Aprendemos sobre


algumas de suas responsabilidades e com as decisões que esse profissional deve
conviver.

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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

1- Com base no que já aprendemos, elabore um resumo das qualificações que possue e
sua visão para seu futuro.
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2- Quem é o profissional Contábil ?


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3- Cite algumas funções do Assistente de Contabilidade?


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4- Quais as características do Assistente de Contabilidade?


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5- Faça um breve resumo do que aprendeu nesta aula e o que você espera desse curso?
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6- Qual o objetivo e finalidade da contabilidade?


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7- Quais os usuários da contabilidade?


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8- Qual o perfil do profissional de contabilidade?


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9- Quem é o assistente de contabilidade?


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10- Cite algumas atribuições que o Assistente de Contabilidade precisa saber?


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11- Qual perfil o mercado espera dos profissionais da contabilidade?


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Aula 2

2.0 Evolução Histórica da Contabilidade


A contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos da humanidade, e surgiu
em função da necessidade que o ser humano tem de controlar suas posses e riquezas, ou seja,
o seu patrimônio. É tão antiga quanto à própria humanidade. Há inclusive, hipóteses de que a
contabilidade tenha surgido antes mesmo da escrita e até que tenha sido base para o
surgimento desta. (Ávila, 2006) Em termos históricos, registros indicam que a ciência contábil
praticamente surgiu com o advento da civilização. Com a sedentarização da humanidade e a
descoberta da capacidade do homem de armazenar bens, nasceu a necessidade de controle
desses bens. Há evidências históricas de registro contábeis nas civilizações dos sumérios,
babilônios, assírios, egípcios, hebreus, gregos, etc. (Padoveze, 2008) Já nos primeiros registros
da escrita (aproximadamente em 3.000 a.C.), percebe-se a existência de um primitivo controle
de riqueza e posses na civilização suméria, o mesmo povo a quem se credita a autoria do
calendário e dos números decimais. Sendo a escrita uma sucessão de símbolos com
significados, a probabilidade de registro de bens ser anterior ao surgimento da escrita é muito
grande. Há quem defenda que os primeiros registros contábeis tenham ocorrido a mais de 6.000
anos atrás. Antônio Lopes de Sá, um dos maiores escritores sobre a contabilidade, no livro
História Geral e das Doutrinas da Contabilidade (1997), comenta que os primeiros registros
foram feitos em tábuas de argila, na Suméria. Para saber o movimento de um dia, os registros
eram anotados em uma tábua maior, surgindo o diário. Ao classificar as tábuas da mesma
natureza, surgiu o razão. Admite-se que foram os sumérios e babilônios os autores do sistema
de “débito” e “crédito”, baseado na identificação mental do que “é meu” e do que “é seu”. As
contas, como instrumentos de registros, já haviam nascido como primeiras manifestações
inteligentes do homem, mesmo antes que esse tivesse inventado a escrita ou soubesse
calcular. As provas de tais origens remotas, provenientes do Paleolítico Superior, existem em
várias partes do mundo (inclusive nas grutas de Montalvânia, em Minas Gerais). Tais provas
foram objetos de trabalho de Antônio Lopes de Sá apresentado na Itália em homenagem aos
450 anos da Universidade de Messina, em Convenção Internacional de História da
Contabilidade realizado em Taormina, na Sicília.

Encontramos na Bíblia, mais especificamente no livro de Jó, capítulo 1, v. 3, a descrição


do patrimônio do homem, chamado Jó: “Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas
juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de
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maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”.

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: Contabilidade do


mundo antigo - período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Cristã,
quando Leonardo Fibonacci publica o Liber Abaci, um compêndio sobre cálculo comercial.
Contabilidade do mundo medieval - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, com o
surgimento do Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), de
Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Esta obra representa o marco básico na evolução da contabilidade. Pacioli é considerado,


portanto o “pai dos autores de contabilidade”.

Contabilidade do mundo moderno - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento
da obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, de Francesco Villa,
premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade. Contabilidade
do mundo científico - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. A obra de
Francesco Villa, em 1840, é considerada o marco inicial da contabilidade como ciência.

2.1 O Pai da Contabilidade

Título dado ao Frei italiano Luca Pacioli, que em 1494, em Veneza/Itália, publicou a obra
“Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá”, de onde se destaca o Tratado
XI, do título IX denominado ”De computis et scripturis” (Tratado particular de conta e
escrituração). Foi a primeira apresentação escrita do método das partidas dobradas. O
processo de registros contábeis que se consagrou por uma “equação” ou igualdade entre o
débito e o crédito de contas, alega o emérito professor Federigo Melis, haver surgido na Itália,
acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280. Ninguém conseguiu, até os nossos dias, identificar
o autor das “partidas dobradas” nem apresentar provas das aplicações destas, tal como fizeram
os italianos antes da época referida (embora existam antiquíssimos documentos que autorizam
a crer que a intuição para o processo tenha nascido no Oriente). Há mais de sete séculos,
adota-se um critério que se tornou insuperável, e cuja natureza é de evidenciar “causa” e “efeito”
de um ou mais fenômenos patrimoniais. (LOPES DE SÁ, 2004).

Curiosidade:

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A Primeira Profissão Regulamentada no Brasil .A contabilidade foi a primeira profissão
regulamentada no Brasil. Ela surgiu com a criação do ensino comercial, em 1931, viabilizando
os negócios e acelerando o desenvolvimento econômico. Porém, como não existia o curso
superior de ciências contábeis, muitos profissionais não tinham conhecimentos teóricos e
técnicos suficientes para detectar os problemas de uma empresa e recomendar suas soluções.
Visando solucionar isto, foi criado em 1945, o curso de ciências contábeis, que disponibilizava
à sociedade um profissional capaz de compreender as questões técnicas, científicas e
econômicas que determinavam a resolução de tais problemas de forma mais eficaz. Assim, a
contabilidade passou a dar mais respaldo aos gestores e profissionais de cargos administrativos
para proporcionar a “saúde financeira” de seus empreendimentos.

(Fonte: www.sesconserragaucha.com.br/curiosidades).

Resumo: Nesta aula 2 aprendemos sobre a evolução historica da contabilidade, e aspectos


e o autor considerado Pai da Contabilidade.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- Faça um resumo sobre a evolução histórica da contabilidade, ela se divide em


duas etapas, quais são?
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2- Quem foi consideração o pai da contabilidade, qual a obra que ele publicou?
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Aula 3
3.0 Moralidade e Ética de um Profissional

Moral é conjunto de princípios que o indivíduo decide respeitar. É uma questão de consciência.
Ela não apresenta relação com a repressão, as câmaras fiscalizadoras, Ministério Público,
medo de ser pego, entre outros. A moral faz alusão a um momento da vida em que o indivíduo,
com a sua consciência, devido a seu aprendizado ao longo da vida, não admite fazer algo. Esse
conceito ganha enorme importância quando o indivíduo se impede de obter determinada
vantagem, por conta de não aceitar as práticas estratégicas necessárias para alcançar esse
ganho.

Exemplo:

Um vendedor que prefira não fechar uma grande venda a enganar o seu cliente,
ainda que não haja alguém fiscalizando.

Assim, no campo da moralidade, cada indivíduo sabe estabelecer limites para a sua própria
conduta, sem que isso se decorra de um receio como, por exemplo, um órgão que vigie a venda
de modo a fazer justiça. Deste modo, por mais que um profissional não esteja sendo vigiado,
ele não está protegido do olhar da sua própria consciência.

A moral nos negócios

21
Situações em que o profissional tem soberania decisória,
entretanto, na intimidade de sua consciência, ele deliberará
sobre a sua tomada de decisão.

A ideia de uma sociedade regida na moral, onde cada um, na intimidade de si mesmo, basta
para regulamentar com sucesso as relações, é uma ideia vencida, em extinção. Assim, vivemos
em um espaço desmoralizado, de desconfiança absoluta.

Exemplo:

Ao se fiscalizar as vendas, se estão as desmoralizando. Tira-se a opção do vendedor


do campo da moral e a coloca no campo do controle, do medo. Moralizar é,
curiosamente, remover todos os órgãos fiscalizadores, acreditando que os vendedores,
pelos seus discernimentos, irão atuar no mercado de forma compatível com uma boa
convivência. Ao se decretar que os profissionais terão de se comportar porque estão
sendo fiscalizados, se destrói a moral. Isso indica que os agentes, pelo seu próprio
discernimento, não são capazes de tomar decisões. Segundo essa lógica, na ausência
eventual do controle repressivo, os funcionários não terão que se comportar.

Apesar do declínio da moral, a sociedade precisa continuar em harmonia. A sociedade tem


que encontrar soluções de convivência com ou sem formação moral sólida. Assim, se os
vendedores não agem corretamente, com a sua própria consciência, é preciso fazê-los agir
de outro jeito. Justifica-se, então, a definição de que a ética tornou-se a inteligência
compartilhada a serviço do aperfeiçoamento da convivência. Ou seja, uma luta permanente
de todos, para garantir um mínimo de harmonia na sociedade, através da identificação
daquilo que é mais precioso (os valores) naquele convívio e da identificação de práticas que

22
possam ser lesivas à convivência. Ela é o resultado da intervenção da inteligência coletiva
para identificar o que é mais importante na hora de conviver e impedir que isso seja agredido
por iniciativas que colocam o ganho pessoal por cima dos pré-requisitos de uma boa
convivência. Já que a moral não dá conta, então a ética aparece como uma solução possível
para que a sociedade possa rodar de maneira minimamente justa, harmônica e coesa.

3.1 Complexidade da Ética: seus dilemas

Todos os dias, os profissionais se deparam com situações nas quais é necessário julgar o que
é certo ou errado, com base em sua própria percepção de bem e mal, e realizar as suas
tomadas de decisão. Entretanto, o que é bom para alguns, não necessariamente é bom para
outros. Assim, conforme visto anteriormente, visando encontrar a harmonia na sociedade e a
conciliação de conflitos entre os agentes, de forma em que não haja lados beneficiados em prol
de outros, surge a ética.

Do mesmo jeito que a palavra “moral” quase sempre vem acompanhada da palavra
“consciência”, a palavra “ética” quase sempre vem acompanhada da palavra “dilema”. Isto é,
há uma imensa dificuldade de se encontrar uma solução adequada para a melhor convivência
entre todos. A reflexão ética envolve a comparação de valores distintos e, dado que a ética é
uma ciência prática, se faz necessária uma tomada de decisão. Em outras palavras, constatar
a complexidade não basta, é preciso resolvê-la e, para isso, é necessária uma referência de
importância para a tomada de decisão. Portanto, é preciso ter a coragem de concluir que um
valor vale mais do que outro. Ou seja, em uma situação onde se tenha que escolher entre dois
valores importantes, para poder decidir qual dos dois é mais importante, é preciso ter uma
referência de importância superior aos dois, caso contrário, não há como comparar.

Para a tomada de decisão, os indivíduos devem se fazer a seguinte pergunta:

"O que, de mais fundamental, você precisa proteger?"

Exemplo:
23
Frequentemente, o profissional Contábil se depara com dilemas éticos. O seu cliente
pode, por exemplo, lhe ordenar para que pratique um ato que lese a ordem tributária
como, por exemplo, a sonegação fiscal. Visto que a ética existe desde que haja
convivência entre os indivíduos e que ela procura conciliar essa interação, de todos,
da melhor forma possível, os indivíduos devem refletir sobre qual a decisão correta a
se tomar neste caso. Nessa situação é, então, necessário se realizar uma escolha. De
forma simplista, dentre inúmeros bons argumentos para cada lado, as opções podem
ser descritas da seguinte forma:

 A primeira acredita que não se deve obrigar o indivíduo a entregar parte de sua renda ao
governo, isto é, se deve ter liberdade para usufruir da própria renda, contribuindo de forma
voluntária.
 Já a segunda, parte da premissa que, se todos pagam o tributo e, futuramente, usufruem
dos benefícios concedidos pelo governo, o cliente também deva pagar.

Essa situação é um dilema ético.

3.2 Códigos de Ética ou Conduta em Empresas

As instituições financeiras devem ter um cuidado especial com relação à ética. Nesse
mercado, as consequências negativas de um eventual comportamento antiético são
intensificadas, pois esse comportamento pode ser associado ao risco de o cliente alocar o
dinheiro em determinada instituição. Dessa forma, é recomendado que se construa uma
relação de confiança com os clientes. De modo a julgar quais comportamentos podem ser
considerados éticos ou antiéticos, se utiliza da ética. Nela se encontram os princípios para a
avaliação das condutas no ambiente de trabalho.

O código de ética ou de conduta da empresa é uma excelente ferramenta para se utilizar como
suporte às ações dos indivíduos como profissionais. Ele atua como um balizador para a ação
daquele que trabalha na empresa. Ele regula as ações dos indivíduos em determinado espaço
de trabalho. Estabelece os padrões mínimos e máximos de conduta, de modo a auxiliar
também um desenvolvimento de consciência profissional daqueles que trabalham na
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empresa. É recomendado que os próprios empregados da empresa trabalhem na sua
elaboração

A ética não é uma tabela pronta, onde basta regular as atividades de determinado local,
informando qual a conduta certa e qual a errada. Ela é uma ciência prática. Nela se encontra
uma reflexão sobre a vida, que está diante de situações inéditas, pelas quais nenhuma tabela
escrita no passado possa dar conta. Assim, quando falamos de ética, existe uma dimensão de
estudo, reflexão e uso da inteligência permanentes. É um tema muito mais complexo do que
simplesmente de aplicar uma norma pré-estabelecida e finalizar o assunto. O tempo inteiro se
enfrentam situações as quais não existem normas prontas.

Quem deve regulamentar e atualizar as normas e ações tidas como corretas em determinada
instituição são aqueles que vivenciam as situações da mesma no dia a dia.No lugar de uma
tabela pronta, se deve recorrer a uma atividade coletiva da inteligência, que é ininterrupta
porque as necessidades do uso da inteligência para proteger a convivência não têm fim. Dessa
forma, a tabela pronta onde se encontra se os funcionários devem respeitar ou não o que foi
combinado é apenas a parte visível do processo. Antes de se respeitar, é preciso que cada
agente reflita sobre o que é importante para o bom funcionamento da instituição financeira, de
forma harmônica e justa, juntamente com os limites da conduta individual para que isso que é
importante possa ser respeitado.

“A ética tornou-se a inteligência compartilhada a serviço do aperfeiçoamento da


convivência.”

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1) Dentre as opções abaixo, assinale a alternativa incorreta:

A) Moral é conjunto de princípios que o indivíduo decide respeitar.

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B) A ideia de uma sociedade regida na moral é uma ideia vencida, em extinção.
C) A moral apresenta relação com a repressão, as câmaras fiscalizadoras, Ministério
Público, medo de ser pego, entre outros.
D) No campo da moralidade, cada indivíduo sabe estabelecer limites para a sua própria
conduta, sem que isso se decorra de um receio.

2) Sobre a ética, assinale a alternativa correta: :

A) Atualmente, ética e moral apresentam o mesmo significado


B) A ética existe independente de que haja convivência.
C) A ética procura identificar o que é mais importante para o indivíduo no âmbito
individual.

3) A respeito dos códigos de conduta, assinale a alternativa incorreta:

A) O código de ética ou de conduta da empresa é uma excelente ferramenta para se


utilizar como suporte às ações dos indivíduos como profissionais.
B) Deve ser elaborado por um grande filósofo.
C) Ele atua como um balizador para a ação daquele que trabalha na empresa.
D) Pode ser desenvolvido tanto por um colaborador interno quanto externo.

4) Sobre os dilemas éticos, assinale a alternativa correta:

A) Independentemente da situação, a melhor solução para a convivência é sempre a que


gera o maior bem-estar para o maior número de pessoas.
B) Cabe ao governo solucionar esses dilemas.
C) Há uma imensa dificuldade de se encontrar uma solução adequada para a melhor
convivência entre todos.
D) Dado que a ética é uma ciência prática, apenas a identificação do dilema que é
necessária. A solução é secundária.

5) A respeito dos códigos de conduta de uma empresa, todas as afirmativas abaixo estão corretas,
exceto:

A) Ele regulamenta as ações dos indivíduos em determinado espaço de trabalho.


B) É recomendado que os próprios empregados da empresa trabalhem na sua
elaboração.
C) Deve-se recorrer a uma atividade coletiva da inteligência, que é ininterrupta.
D) A ética pode ser entendida como uma tabela pronta, onde basta regular as atividades,
informando qual a conduta certa e qual a errada.

6) Faça um rápido resumo do que você aprendeu sobre Moralidade e Ética.


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Aula 4
Conhecendo algumas informações básicas na abertura de uma empresa.

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AULA 5
Cadastro e emissão de certiões negativas- CND
Em caso de CND relativa a débitos e tributos vinculados ao estado ou município, o

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contribuinte deve acessar o site da Secretaria de Fazenda do Estado e o site da
Prefeitura. Para emitir a certidão, basta informar o número do CNPJ e em segundos a terá
detalhada à disposição.

No caso de uma certidão de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, o


requerimento deve ser feito no site da Receita Federal. Em caso de CND relativa a débitos
e tributos vinculados ao estado ou município, o contribuinte deve acessar o site da
Secretaria de Fazenda do Estado e o site da Prefeitura.

A certidão de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional é encontrada no seguinte


endereço:

http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/certidoes-e-situacao-fiscal

5.1 Onde obter a certidão do FGTS?

Esse documento, também chamado de CRF (Certificado de Regularidade do FGTS) ou


33
simplesmente Certidão do FGTS, garante que não existem dívidas ou qualquer pendência no
Fundo de Garantia. O requerimento deve ser feito no site da Caixa Econômica Federal.

https://consulta-crf.caixa.gov.br/

Quais as condições básicas para se obter a CRF?

Estar em situação de regularidade para com o FGTS, ou seja, estar em dia com as
obrigações para com esse Fundo, inclusive com os pagamentos das contribuições sociais
instituídas pela Lei Complementar nº. 110, de 29/06/2001, considerando os aspectos financeiro
(pagamento das contribuições devidas), cadastral (consistência das informações do
empregador e de seus empregados) e operacional (procedimentos no pagamento de
contribuições em conformidade com as regras vigentes para o recolhimento), bem como estar
em dia com o pagamento de empréstimos lastreados com recursos do FGTS, se for o caso.

5.2 Onde obter a Certidão de Regularidade Fiscal Estadual?

A Certidão Negativa de Débito Estadual pode ser obtida no site da Secretaria de Fazenda do
estado onde se localiza a empresa a ser contratada.

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https://portalcontribuinte.sefin.ro.gov.br/Publico/certidaoNegativa.jsp

5.3 Onde obter a Certidão de Regularidade Fiscal Municipal?

O requerimento deve ser feito no site do respectivo órgão (site da Prefeitura - Secretaria
de Fazenda Municipal). A Certidão de Débitos Municipais é um documento onde consta a
existência ou inexistência de dívidas junto ao município em que a empresa está localizada.

Por meio dela, é possível comprovar a idoneidade no que diz respeito aos débitos
municipais: ISS, IPTU e demais tributações.

https://www.semfazonline.com/portal/certidao

35
O prazo de validade de uma Certidão Negativa pode variar entre 30 dias (certidões
municipais e estaduais) e 180 dias (certidão da Receita Federal - RFB).

Esse documento pode ser solicitado em diversas situações em que o empresário precise
comprovar sua regularidade, como para participar de licitações, solicitar empréstimos, cadastro
ou homologações perante a fornecedores, entre outras.

Aula 6
Gerando caixa para a empresa

Nessa aula já abordaremos a elaboração de um estudo de viabilidade e as


principais fontes de receita de uma empresa.

6.0 Geração de caixa


36
Em se tratando de empresas, todo negócio necessita obrigatoriamente ter entrada
de recursos financeiros para que seja viabilizado e tenha resultado positivo. Muitas vezes
temos ótimas ideias para ganhar dinheiro, mas não conseguimos gerar recursos no caixa
para que o negócio seja rentável.
Por que será que ótimas ideias não são transformadas em negócios bem
sucedidos?
Na maioria das vezes foram porque não tiveram resultados financeiros positivos!
Então, será que a ideia não foi tão boa assim ao ponto de gerar caixa?

6.1 Geração de receitas

Existe uma expressão bem conhecida na área de finanças que toda a empresa
deve “gerar caixa”. Mas o que significa exatamente isso? Na prática todo negócio ter
entrada de recursos financeiros, ou seja, dinheiro. Já comentamos algo nesse sentido
quando foi abordado o conceito de crédito na nossa primeira aula.
Gerar caixa é fazer com que o negócio viabilize e que a proposta para qual a
empresa foi criada, venda de produto ou serviços, seja de fato consumida pelos clientes.
Tendo pessoas interessadas, que são chamadas de público-alvo, que desejam
comprar os produtos/serviços será fundamental para essa movimentação financeira.
Nenhuma empresa, em momento algum, se viabilizará, por muito tempo, gerando apenas
despesas.
No material eletrônico Wilson Learning (2007), que trata sobre técnicas de
vendas, cita três aspectos que são fundamentais na gestão das receitas de um negócio:
Viabilizado Tornar viável, tornar exequível possibilitar a realização. Público-alvo
Segmento do público ao qual se destina uma mensagem específica.
a) a geração de receitas
b) a satisfação dos clientes
c) satisfação do profissional de vendas

O gestor financeiro terá que verificar como essas receitas podem ser geradas. Ele
deverá identificar em que momento o consumidor está disposto a adquirir o
produto/serviço e manter a satisfação de sua equipe de vendas.

37
Neste sentido, começam a surgir os primeiros questionamentos:
Será uma venda feita à vista ou a prazo?
A venda será feita com ou sem garantias (porque o cliente pode não pagar)?
A venda pode ser parcelada?
Em quantas vezes?

Todas essas questões irão envolver também técnicas e estratégias de venda, que
extrapolam o nosso módulo de finanças. Essa etapa da geração de caixa também
envolverá um assunto que vamos tratar sobre que é o fluxo de caixa.

Figura 5.1: Processo de Vendas


Fonte: http://jpemergingenterprises.com.br/

O objetivo dessa ferramenta (o fluxo de caixa) é apurar o saldo disponível no momento


e projetar o futuro, para que exista sempre capital de giro acessível tanto para o custeio da
operação da empresa (folha de pagamento, impostos, fornecedores, entre outros) quanto para
o investimentos em melhorias (reforma da fachada, por exemplo).
Exemplo:

Fluxo de
Caixa Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Saldo Inicial R$ 300,00 R$ 800,00 R$ 300,00 R$ 200,00 -R$ 300,00 -R$ 800,00
Receitas R$ 3.800,00 R$ 600,00 R$ 1.000,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 1.600,00
Despesas R$ 3.300,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 900,00
Lucro/Prejuízo R$ 500,00 -R$ 500,00 -R$ 100,00 -R$ 500,00 -R$ 500,00 R$ 700,00
Acumulado R$ 800,00 R$ 300,00 R$ 200,00 -R$ 300,00 -R$ 800,00 -R$ 100,00
Lucratividade 13,16 -83,33 -10,00 -83,33 -83,33 43,75

38
Aula 6 – Gerando caixa para a empresa
Resumo
Nesta aula aprendemos a importância da geração de receitas para o negócio.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

1- Dentro de uma empresa, o que significa a expressão “gerar caixa”?

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______________________________________________________________________
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2- Faça uma análise do fluxo de caixa e calcule o lucro/prejuízo, acumulado e
lucratividade para cada mês.

Fluxo de
Caixa Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Saldo Inicial R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00
Receitas R$ 3.800,00 R$ 600,00 R$ 1.000,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 1.600,00
Despesas R$ 3.300,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 R$ 900,00
Lucro/Prejuízo
Acumulado
Lucratividade

Aula 7 – Como projetar os desembolsos no orçamento e como


identificar custos e despesas.

O objetivo desta nossa aula é ainda abordar a viabilidade dos negócios


mencionando os desembolsos, detalhando os principais tipos de saídas de recursos
financeiros. E demonstrar a diferença entre custo e despesas.

7.0 Viabilização dos negócios

Nesta aula iremos comentar como viabilizar os negócios controlando as saídas


de recursos financeiros.
É importante ressaltar que nem sempre um negócio será inviabilizado porque teve
uma baixa receita de vendas, muitas vezes o problema está no alto volume de
desembolsos, ou seja, dos gastos de forma geral. A empresa pode ter sido competente
na gestão comercial (vendas), porém não foi tão competente em controlar bem os
pagamentos podendo acabar gerando prejuízos.
Convido você nesta aula para aprender mais sobre os gastos e como controlá-
los. Em um primeiro momento devemos observar que, geralmente, existem poucas fontes
de recursos e muitos tipos pagamentos. Como assim? Essa relação diz respeito apenas
40
ao aspecto quantitativo, poucos itens de entradas e muitos itens de saída. Veja que não
estamos nos referindo aos volumes em monetários de recursos, mas sim a quantidade de
itens que serão movimentados.
Quando você estiver elaborando um orçamento de uma empresa, você irá
detalhar todas as contas que fazem parte do orçamento, tanto das entradas como das
saídas. As contas de entradas serão, em quantidade de itens, menores do que as de
saídas. Geralmente existem poucas fontes de recebimentos e muitos pagamentos que
serão realizados, conforme demonstrado na tabela 6.1.

Tabela 6.1:
Demonstrativo dos tipos de Receitas e Desembolsos Comentado [PH1]:

Tipos de Entradas Tipos de Saídas (Desembolsos) Comentado [PH2R1]: questao 3

(Receitas)
1) Venda de Produto 1) Aluguel
2) Venda de Serviços 2) Seguro
3) Alimentação
4) Transporte

5) Publicidade
6) Comunicação
7) Impostos
8) Salários
9) Serviços terceirizados
10) Estadias
Questao 3
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Duarte (2009)

Monetário Que se refere à moeda.


Nesse exemplo você pode observar que temos apenas dois itens de receitas e
dez itens de desembolsos. Dessa forma, é possível já começar a perceber em qual grupo
de contas será necessário um maior controle, certo? Controlar as saídas de recursos irá
exigir maior atenção, devido a sua diversidade e quantidade de itens, do que o controle
das receitas.
Vale salientar que, tanto as entradas como as saídas devem ser muito bem
controladas, mas os desembolsos merecem um maior cuidado em função da sua grande

41
quantidade de itens, isso fará com que o profissional que irá controlar as finanças
direcione uma maior atenção e também um maior tempo para controlar as saídas de
recursos.

7.1 Tipos de desembolsos

A partir desse momento entraremos em maiores detalhamentos sobre os tipos de


desembolsos e os termos que encontraremos em planilhas de controles. Um dos termos
mais comuns encontrados é com relação a custos. Geralmente se fala muito nos custos
no negócio. Você sabe definir o que é um custo? Podemos falar que sempre as saídas de
recursos de uma empresa serão custos? Nem sempre. Existe outro termo que também é
bem conhecido que é denominado de despesa. Será que custos e despesas dizem
respeito à mesma coisa? Todo custo é uma despesa e vice-versa?
Vamos neste primeiro momento a definição do que é um custo. Para Martins
(2000) todo gasto relativo à bem ou serviço que são utilizados na produção de outros bens
ou serviços são denominados de custos.
Já o autor Hansen (2001) já considera custo como o valor em dinheiro, ou o
mesmo equivalente em dinheiro, que é utilizado para produtos/serviços que se cria a
expectativa de benefícios (atual ou futuro) para a empresa.
Com relação a despesas entende-se como o valor gasto com bens e serviços
relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção
de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório e Salários
da administração (ZANLUCA, 2010).

Tabela 6.2: Diferenciação entre Custos e Despesas


Custos Despesas
Gastos de fabricação de produtos (matéria-prima) Gastos administrativos e de vendas.
Gastos com serviços Não se identificam diretamente à produção.
Gastos com o objeto de exploração da atividade Gastos outras atividades não exploradas pela
empresa (atividade meio do negócio)
final da empresa (atividade fim do negócio)
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Duarte (2009)

Agora temos então a definição do que é um custo e uma despesa. De forma geral

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podem dizer que tudo aquilo que será produzido terá um custo e tudo aquilo que a
empresa tem de estrutura para manter e esforço de venda será uma despesa.
É considerada importante para a gestão de negócios, a correta diferenciação dos
gastos existentes entre custos e despesas, mas essa distinção é feita mais em âmbito
contábil, visto que a contabilidade trata essas duas contas de formas distintas (ZANLUCA,
2010).

O que são despesas?


Despesas são todos os valores gastos com bens e serviços necessários à
manutenção da empresa em geral. Folha de pagamento, aluguel, publicidade, material de
expediente, são exemplos de despesas.
São desembolsos que a empresa precisa realizar para manter-se funcionando.
Independentemente do volume de produtos produzidos e/ou vendidos as despesas são
gastos necessários para manter a empresa aberta.

O que são custos?

Pode-se considerar como custo todo valor gasto na produção de produtos ou


prestação de serviços alvo da atividade fim da empresa.
Aparecem na categoria de custos todo tipo de matéria-prima e energia usada para
a produção de bens. A folha de pagamento, quando de pessoal envolvido diretamente na
produção também é considerado como custo.
São exemplos de custos a borracha usada na fabricação de pneus, o plástico
usado na fabricação de brinquedos e assim por diante. Um prestador de serviços que
utilize produtos (ou outros serviços) para prestar o serviço final também deverá
contabilizar tais gastos como custos.

Portanto todos os desembolsos realizados em um negócio serão chamados de


“custos” e as despesas já estarão embutidas nestes valores. A nossa separação será
relacionada a custo de produção e custo de estrutura.

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Como já visto anteriormente, quando vamos controlar as
finanças de uma empresa, todos aqueles gastos relativos à
fabricação de um produto ou os gastos para a geração de um
serviço são denominados de custos de produção. Já os demais
desembolsos serão tratados como custos de estrutura da
empresa. Aqueles custos que irão existir sempre, mesmo que a
empresa não tenha fabricado nenhum produto ou gerado
nenhum serviço. Estes custos não possuem relação direta com a atividade produtiva da
empresa. Figura 6.1: Projetando custos e despesas Comentado [PH3]: questao 1
Fonte: ttp://www.advanceconsultoria.com/

7.2 - Na acontabilidade o que são custo e despesas

Antes de seguir no conteúdo, é importante esclarecer o conceito de custo e despesa. Confira:

Conceito de custo

Conforme a NPC 2 do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON):


“Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros
procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e
compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los
em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na
prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer Comentado [PH4]:

outra forma.” Comentado [PH5R4]: questao 5

Assim, entende-se por custo todos os gastos envolvidos na atividade-fim da empresa, aqueles
sem os quais é impossível produzir, oferecer ou entregar determinado produto, ou serviço. Comentado [PH6]: questao 2

São exemplos de custos:


 Matéria-prima;
 Energia;
 Salários dos profissionais da produção;
 Equipamentos utilizados na produção.

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No caso de uma fábrica de camisetas, por exemplo, podem ser classificados como
custos:
O tecido;
 A linha de costura;
 As etiquetas a serem costuradas no produto;
 A embalagem individual;
 As máquinas de costura;
 Os salários das costureiras e dos designers;
 Tintas ou demais materiais utilizados na personalização.

Conceito de despesa

Para a contabilidade, despesas são os gastos necessários para a obtenção de receita da


empresa, mas não estão envolvidos ao processo de manufatura ou transformação do produto, Comentado [PH7]: questao 2

como é o caso dos custos.


São exemplos de despesas:
 Aluguel do pavilhão;
 Pró-labore;
 Telefone;
 Comissão de vendedores;
 Materiais de escritório;
 Salários da equipe administrativa;
 Impostos

Quais são os tipos de despesas


Classificar as despesas de maneira correta, além de ajudar a manter a organização no controle
do fluxo de caixa, é essencial para o planejamento. Isso porque as categorias ajudam os
gestores a entender para onde vai o dinheiro, identificando oportunidades de redução de custos.
As categorias de despesas podem, até mesmo, ajudar a apontar problemas nos processos.
Isso porque, quando muito mais dinheiro do que o previsto está sendo gasto em um setor, isso
pode indicar problemas estruturais.
Conheça, a seguir, os principais tipos de despesas:
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Despesas Regulares ou Extraordinárias

Esses são os primeiros dois grupos de divisão das despesas da sua empresa. Entenda melhor:
 Regulares: tratam-se de despesas previsíveis. Isso é, aquelas que sua empresa sabe
com certo grau de certeza que terá mensalmente. Um bom exemplo são os salários
administrativos, impostos, aluguéis e contas.
 Extraordinárias: ocorrem de forma aleatória ou sem qualquer previsibilidade.
Alguns exemplos são multas e gastos com processos, reparação de problemas ou
reposição de equipamentos que falharam.

Fixas ou Variáveis
Outra classificação contábil importante para manter o fluxo de caixa sob controle é a divisão
entre despesas fixas e variáveis. Veja;
 Fixas: essas despesas não dependem de quantidade de trabalho ou horas utilizadas, e
podem ser esperadas, com certeza, todos os meses. Por exemplo, aluguel, salário dos
colaboradores (sem contar horas extras), seguros e pacotes de serviços de comunicação.
 Variáveis: alguns gastos podem oscilar de acordo com a utilização ou consumo, horas
trabalhadas ou desempenho da equipe. Alguns exemplos são contas de água e luz, horas
extras e bônus e comissões por vendas.

Classificação de despesa pelo setor

Além dessas classificações, também é comum dividir as despesas pelo setor na


contabilidade. Veja alguns exemplos:
 Despesas Administrativas
 Salários administrativos;
 Host e domínio para site da empresa;
 Mensalidade da Internet e outros serviços de comunicação;
 Contas de Luz e Água;
 Aluguel, IPTU ou condomínio;
 Manutenção do local de trabalho (como com faxina).
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 Despesas Comerciais
 Material para divulgação;
 Campanhas de Marketing;
 Comissão de vendas;
 Despesas Operacionais
 Material de escritório;
 Material de limpeza, cozinha ou para lanches;
 Deslocamento, combustível, passagens e estadias;
 Infraestrutura.
 Despesas Financeiras
 Tarifas de bancos e manutenção de contas;
 Juros e IOF
 Tarifas de boletos e máquinas de cartões.

Esse passo extra para a organização pode ajudar muito a realizar um acompanhamento mais
preciso das despesas da sua empresa. Isso é fundamental para otimizar os processos e reduzir
custos sempre que possível. Isso porque é muito mais fácil identificar problemas e despesas
desnecessárias quando você sabe exatamente para onde vai o dinheiro.

Desperdícios e Perdas

Também é importante entender com clareza o que é um desperdício em suas despesas, e o


que configura perda. Vamos lá.
As perdas são despesas extraordinárias que não irão proporcionar nenhum retorno ou benefício
à empresa. Alguns exemplos são incêndios, inundações, furtos e roubos.
Os desperdícios, por sua vez, configuram a utilização de recursos sem que eles agreguem valor
ao produto, serviço, ou para o cliente. Existem 7 tipos de desperdício de produção. Conheça
cada um deles:
 Defeitos: produtos perdidos devido a defeitos na matéria-prima ou serviço mal-
executado.
 Excesso de produção: produção maior ou mais rápida que necessário

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 Espera: tempo ocioso para a equipe ou equipamentos
 Transporte: movimentação desnecessária de materiais ou equipamento
 Movimentação: transporte desnecessário da equipe
 Processamento inapropriado: processos desnecessários para a qualidade final do
produto ou serviço
 Estoque: armazenamento excessivo de produtos ou matéria prima.

Despesa ou investimento?

É muito comum, hoje em dia, encontrar o termo investimentos utilizado como sinônimo de
despesas. Mais cuidado: esses dois conceitos muito diferentes.
Certamente você já ouviu um vendedor dizer que algum produto é, na verdade, um
investimento. Isso apenas é verdade se houver expectativa de retorno financeiro futuro.
Quer um exemplo para perceber o quão sutil pode ser essa diferença?
Imagine que você fará uma reforma no prédio de sua empresa. Todas as estruturas serão
mantidas, e o objetivo é certificar-se de que não existe nenhum problema nas redes elétricas e
hidráulicas. Dessa forma, essa será classificada como uma despesa com manutenção.
Agora, imagine, ao invés disso, que a obra visa criar uma nova ala para a empresa. Nela,
poderão ser alocados mais colaboradores, aumentando a capacidade de produção. Agora, a
reforma passa a ser vista como um investimento.
Para definir se algo é investimento ou despesa, você precisa fazer uma pergunta simples:
 Esse gasto tem potencial de agregar valor para a empresa ou fazê-la expandir sua
atuação?
Se sim, trata-se de um investimento.
Vale lembrar: as despesas são tão vitais para o bom funcionamento de uma empresa quanto
investimentos.

Como podem ser classificados os custos

Assim como as despesas, os custos também possuem classificações específicas. Organizá-los


ajuda a manter boas práticas de gestão. Como você sabe, o monitoramento é a chave para
uma administração de sucesso.
A seguir, você conhece melhor os principais tipos de custos em uma empresa:

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Custo direto

Esse tipo de custo está associado aos produtos ou serviços que a organização oferece no
segmento em que atua. Isso é, esses são os valores incluídos no cálculo para chegar no valor
final do produto oferecido pela empresa.

Custo indireto

Esses são os custos que não estão necessariamente ligados à atividade-fim realizada pela
empresa. Assim, eles podem interferir na produção, mas não tem relação direta com ela.
Muitas vezes, esse tipo de custo chega a ser incluído no preço do produto.

Custo fixo

Da mesma forma que acontece com as despesas, existem custos que são mais fáceis de
prever. Tratam-se daqueles que permanecem os mesmos, independente da produção mensal
ou desempenho na empresa.

Custo variável

Os custos variáveis são menos previsíveis. Tratam-se daqueles que podem sofrer oscilações
dependendo de quantos recursos foram utilizados, da performance de diferentes setores e até
mesmo de alguns imprevistos.

Diferença entre despesas e deduções

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Por sua vez, as deduções também possuem um conceito próprio que as difere das despesas.
As deduções são ajustes sobre a Receita Bruta, e não despesas realizadas.
Para entender melhor, a diferença é que, diferente das despesas, as deduções não
representam sacrifícios financeiros para a empresa. Por exemplo, os impostos sobre vendas, Comentado [PH8]: questao 4

que são pagos pelo consumidor.

Frete é custo ou despesa?

Essa é uma dúvida muito comum. Em contabilidade, os fretes sobre as vendas são classificados
como despesas comerciais. Isso é, os gastos com o envio do produto para o cliente ou para o
distribuidor são entendidos como uma despesa.
Agora, se estamos falando sobre frete sobre compras, o cenário muda. Os gastos com o
recebimento de matéria-prima, por exemplo, são componentes do custo dos seus produtos. Comentado [PH9]: questao

Custo e despesa são conceitos diferentes, mas fundamentais para avaliação da saúde
financeira da empresa.
Como o custo tem relação direta com o produto, você pode ter uma visão clara do
custo dessa mercadoria, analisando se a sua margem de lucro está de acordo com os
objetivos da sua empresa.

Aula 7 – Como projetar os desembolsos no orçamento; Definição de custos e despesas


para a contabilidade.
Resumo
Nesta aula tivemos muitos assuntos novos. Aprendemos que os desembolsos
muitas vezes inviabilizam os negócios. Outro assunto novo foi o conceito de custos e
despesas e também a diferença existente entre eles.
Quer saber mais sobre a diferença entre custos e despesas? Acesse o artigo no
link abaixo e saiba mais: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/6097.pdf

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

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1- Descreva de forma objetiva o que é um custo de produção e o que é um custo de
estrutura.
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2- Qual a diferença entre custos e despesas?


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3- Exemplifique alguns tipos de receitas e desembolsos?


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4- Qual a diferença entre despesas e deduções contabilidade?


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5- Como podem ser classificados os custos na contabilidade?


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6- Como é considerado o frete na contabilidade?


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7- O que são despesas regulares ou extraordinárias?


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8- Na contabilidade como é distribuida a despesa por setor?


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Aula 8.0 - O que é o setor fiscal, suas funções e como funciona na prática

 O setor fiscal é um departamento essencial para qualquer empresa. Afinal, todos os


negócios, independentemente de seu tamanho, porte ou segmento, precisam estar
atentos a uma série de obrigações tributárias, além dos deveres financeiros. O setor
fiscal tem um papel essencial neste sentido, podendo ser responsável, inclusive, pelo
sucesso da companhia.
 Muitas pessoas confundem as atividades deste departamento com o administrativo, ou
entendem que este último engloba o setor financeiro. Porém, existem algumas ações
específicas e diferenças que precisam ser consideradas.

8.1 O que é o setor fiscal?


O setor fiscal é o departamento responsável por fazer a escrituração das
movimentações fiscais, analisar impostos e garantir que todas as obrigações acessórias
sejam cumpridas. É este setor que cuida da gestão tributária de uma empresa, fazendo o
controle e acompanhamento de todas as atividades que tenham qualquer relação com os
tributos.
Basicamente, todas as atividades de uma companhia devem passar pelo setor fiscal,
desde a compra de mercadorias para o estoque, vendas parceladas, empréstimos feitos, além
de uma série de outras transações.
Além disso, é este setor que se dedica às adequações necessárias para melhorar o
planejamento interno, à implementação de formas de controle fiscal e à integração às demais
áreas da empresa e seus processos.

8.2 Funções do setor fiscal

Afinal, o que o setor fiscal faz? Essa dúvida é bastante comum, e muitas pessoas acreditam
que os profissionais desse setor passam o dia inteiro lançando notas fiscais e calculando
impostos. Porém, o setor fiscal tem uma série de responsabilidades, essenciais para o
bom funcionamento da empresa.
Confira algumas:

1. Recebimento e escrita fiscal

Essa é a rotina de receber e escriturar todas as notas fiscais que passam pela empresa.
Ela é essencial para manter as contas em dia, e fazer o registro correto das operações que

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envolvem a companhia. Além disso, é muito importante para se manter em conformidade com
a Receita, que pode cobrar a prestação de contas.

Conferência de toda documentação fiscal


A conferência da documentação tem como objetivo reunir todos os documentos da empresa,
de todas as áreas, que tenham implicações tributárias. Ou seja, todas as notas fiscais,
contas e despesas entram nesse controle, e devem ser compiladas e repassadas para o
departamento fiscal O setor, então, faz o cálculo que levará à apuração dos tributos que devem
ser pagos.
Além desta reunião de documentos, também cabe ao setor a conferência de cada um, além do
registro dessa documentação.

Apuração de tributos

A verificação e a apuração dos impostos é uma das principais e mais importantes do setor fiscal.
Trata-se da análise dos documentos para fazer a emissão de todas as guias necessárias
para o pagamento dos impostos.
Esta responsabilidade é essencial, uma vez que o cálculo errado pode acarretar no pagamento
errôneo dos tributos, gerando problemas para a empresa. A conformidade fiscal é muito
importante, e, por isso, essa função deve ser feita com cautela. No Brasil, há uma série de
impostos que devem ser pagos, o que exige atenção redobrada dos profissionais. São alguns
deles:

• IRPJ – Imposto de Renda para Pessoa Jurídica;

• ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;


• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
• ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza;
• PIS – Programa de Integração Social;
• COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

Além disso, cabe ao setor fiscal verificar se o regime tributário escolhido é o mais apropriado
para a sua realidade.

Atualização com a legislação fiscal e tributária

As empresas devem seguir uma série de obrigações fiscais e tributárias, correndo o risco de
serem penalizadas caso não estejam em conformidade. Por isso, uma função essencial do setor
fiscal é a atualização constante com a legislação, mantendo a atenção para possíveis
mudanças e novas regras.
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Lançamentos fiscais de entradas e saídas

Comprovar as movimentações de mercadorias recebidas e vendidas é muito importante


para que a empresa fique com suas contas em dia, além de possibilitar um controle do fluxo
de caixa com mais exatidão.
Por isso, os lançamentos fiscais de entradas e saídas é uma função primordial do setor fiscal.
Assim, garantindo que todas as movimentações estão registradas e documentadas no caso
de necessidade de conferência.

Envio de demonstrações contábeis


As demonstrações contábeis são documentos que mostram o fluxo contábil e financeiro da
empresa em um determinado período, ou seja, um recorte do desempenho da empresa,
apresentado em números. De acordo com a Lei n° 6.404/76, o envio das demonstrações é
obrigatório para empresas de sociedade por ações, apresentadas ao público que tenham
interesse, como os acionistas ou sócios.
Dessa forma, envio das demonstrações contábeis para a Receita Federal também está no
escopo de atividades do setor fiscal, podendo ser feita de várias formas:
• DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
• DRE – Demonstração do Resultado do Exercício;
• DMPL – Demonstração das Mutações Relativas ao Patrimônio Líquido.

8.3 Importância do setor fiscal na empresa

Como você pode ver, os profissionais do setor fiscal desempenham diversas funções
importantes para o bom funcionamento de uma empresa. Além dessas atividades, o
departamento se mantém ainda em constante contato com as demais áreas da
companhia, garantindo a fluidez dos processos internos.
Por isso, não há como negar a importância do setor financeiro para as empresas. É este
departamento que garante que todas as obrigações fiscais estão em dia, gerando uma boa
relação com o Fisco e diminuindo os riscos de problemas com a fiscalização.

8.4 Definição de impostos:

8.4.1 IRPJ
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IRPJ é o Imposto de Renda Pessoa Jurídica, cobrado de todas as empresas com CNPJ ativo
no país.
Ele é calculado com base no lucro auferido no ano-calendário, que pode ser do tipo real,
presumido ou arbitrado.

De modo geral, o IRPJ incide sobre qualquer negócio que esteja funcionando e gerando
rendimentos em território nacional, com algumas exceções.

O imposto está previsto no Art. 153 da Constituição Federal, que determina que o
governo pode instituir tributos sobre “renda e proventos de qualquer natureza”, e
também é regulamentado pelo Decreto nº 9.580 de 22 de novembro de 2018.
A alíquota fixa do IRPJ no país é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a
parcela do lucro que exceder R$ 20 mil ao mês.

Diferentemente do Imposto de Renda da Pessoa Física, que precisa ser entregue até o final de
abril anualmente, a versão para pessoa jurídica possui vários modelos de apuração e datas de
entrega possíveis.

Quem deve pagar o IRPJ

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1700/2017, estas são as pessoas jurídicas e
físicas obrigadas a pagar o IRPJ:
• Pessoas Jurídicas
• Pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, sejam quais forem seus fins,
nacionalidade ou participantes no capital.
• Filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede
no exterior.
• Comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas
por seus mandatários ou comissários no Brasil.
• Empresas Individuais

Empresários individuais constituídos pelo Código Civil


• Pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente,
qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial com o fim especulativo de lucro,
mediante venda a terceiros de bens ou serviços

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• Pessoas físicas que promovem a incorporação de prédios em condomínio ou loteamento
de terrenos.
No entanto, também existem algumas imunidades previstas em lei.

Quem está isento do IRPJ


A legislação prevê uma lista extensa de pessoas físicas e jurídicas que estão isentas do
IRPJ.

No caso das pessoas físicas que exploram atividades com fins lucrativos, estão dispensadas
do pagamento do imposto as seguintes categorias:

• Médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador,


jornalista, pintor, escritor e escultor
• Profissão, ocupação e prestação de serviços não comerciais
• Agente, representante e outras pessoas sem vínculo empregatício que, tomando parte
em atos de comércio, não os pratiquem, todavia, por conta própria;
• Serventuário da justiça, como tabelião, notário, oficial público e outros
• Corretor, leiloeiro e despachante, seus prepostos ou adjuntos
• Exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que
seja a natureza, quer se trate de trabalhos arquitetônicos, topográficos, terraplenagem,
construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de
estudos como de construções
• Exploração de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas, projetos técnicos de
construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor
ou criador do bem ou da obra.

Além disso, também estão isentas as seguintes entidades:


• Templos de qualquer culto
• Partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais dos
trabalhadores, sem fins lucrativos
• Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos
• Instituições de caráter filantrópico, recreativo cultural e científico
• Entidades sem fins lucrativos componentes do Sistema Nacional do Desporto

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• Instituições privadas de ensino superior que aderirem ao Prouni (isenção durante a
vigência do termo de adesão)
• Entidades de previdência complementar sem fins lucrativos
• Companhias estrangeiras de navegação marítima e aérea se, no país de sua
nacionalidade, as companhias brasileiras tiverem as mesmas condições.

Para que serve o IRPJ


Os valores arrecadados com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica são destinados a ações e
projetos públicos, com o objetivo de desenvolver a economia nacional e melhorar as
condições de vida da população.

De acordo com a Análise da Arrecadação das Receitas Federais, publicada pela Receita
Federal em agosto de 2020, foram arrecadados R$ 172 milhões em IRPJ e CSLL (Contribuição
Social Sobre o Lucro Líquido) entre janeiro e agosto de 2020 — uma queda de 8,1% em relação
ao mesmo período de 2019.
Para você ter uma ideia da representatividade desse imposto, confira os valores
arrecadados de outros tributos de competência da Receita Federal em 2019 e 2020.

Modelos de tributação do IRPJ


A alíquota do IRPJ muda de acordo com o modelo de tributação escolhido para declarar o
imposto.

Basicamente, existem quatro regimes possíveis: Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro
Arbitrado e Simples Nacional.
Veja mais detalhes sobre cada um deles.

IRPJ Lucro Real


O Lucro Real é o modelo de tributação do IRPJ usado por grandes bancos, instituições
financeiras e corporações que tiveram lucro acima de R$ 48 milhões de modo geral.

Nessa opção, o valor devido é calculado com base no valor real que a empresa lucrou no ano
anterior, considerando a alíquota de 15% sobre os lucros mais 10% sobre o valor que exceder
R$ 20 mil ao mês.

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O cálculo é um tanto complexo, pois considera o lucro contábil apurado pela empresa e
os ajustes fiscais positivos (adições) e negativos (exclusões) previstos na legislação
fiscal.
A vantagem desse modelo de tributação é que se a empresa tiver prejuízo não precisa pagar
o IRPJ.

IRPJ Lucro Presumido


No modelo de Lucro Presumido, o cálculo do IRPJ é simplificado, pois o valor é apurado com
base na receita bruta do negócio.

Para fazer essa opção, a empresa deve ter um faturamento anual acima de R$ 4 milhões e
abaixo de R$ 78 milhões.

Nesse caso, é preciso consultar a tabela do IRPJ para encontrar a base de cálculo
correspondente às atividades da empresa (as alíquotas variam de 8% a 38,40%).

Segundo a orientação tributária da Receita Federal para 2020, estes são os percentuais
aplicados sobre a receita bruta para auferir o Lucro Presumido:
IRPJ Lucro Arbitrado
O Lucro Arbitrado é um regime tributário aplicado pela Receita quando uma empresa deixar
de cumprir suas obrigações acessórias nos regimes do Lucro Real ou Lucro Presumido.

Nesse caso, como a empresa não apresenta documentos que comprovam seu faturamento, a
apuração é feita com base na receita bruta auferida.

IRPJ Simples Nacional


A apuração do IRPJ pelo Simples Nacional é a mais fácil de todas, pois o valor referente ao
imposto já está incluso na guia mensal de recolhimento das empresas optantes.

Ao pagar o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), o empreendedor já está


quitando seu IRPJ e CSLL correspondentes.

Inclusive, é possível consultar qual porcentagem é destinada a cada tributo nos Anexos do
Simples Nacional.

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Quando é preciso declarar o IRPJ
Normalmente, o IRPJ é declarado anualmente ou trimestralmente, mas também existem as
opções de apuração mensal e por evento.

Veja como funciona cada opção.

Apuração anual
A apuração anual do IRPJ é feita até o dia 31 de dezembro do ano-calendário.

Essa opção é exclusiva para empresas optantes pelo regime tributário do Lucro Real.

Apuração trimestral
A apuração trimestral do IRPJ serve para empresas optantes pelo Lucro Real, Lucro
Presumido ou Lucro Arbitrado.

Nesse caso, o valor deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte à apuração,
considerando os seguintes vencimentos:

• 1º Trimestre:31 de março
• 2º Trimestre:30 de junho
• 3º Trimestre:30 de setembro
• 4º Trimestre:31 de dezembro.

Apuração mensal
A apuração mensal do IRPJ é válida apenas para as empresas optantes pelo Lucro Real.

Também conhecida como apuração por estimativa, essa opção exige que o contribuinte
pague o tributo mensalmente a partir de um lucro estimado.

Para aderir a essa modalidade, basta pagar o imposto referente ao mês de janeiro do ano-
calendário.
60
Consequências de atrasar ou não pagar o IRPJ
Atrasar ou deixar de pagar o IRPJ coloca a empresa em situação de inadimplência fiscal.

Nesse caso, são aplicadas multas e taxas extras até que o tributo seja pago e a empresa
volte a ficar regularizada com o Fisco.

O percentual das multas varia entre 2% e 20%, dependendo do lucro apresentado pela
pessoa jurídica.

Além disso, é preciso tomar cuidados com o envio de informações, pois qualquer erro também
pode gerar prejuízos para o negócio.

Por exemplo, a cada 10 informações enviadas com erro, você terá que pagar uma taxa de
R$ 20,00 à Receita Federal.

Mas se a falha for notada antes da notificação pelo órgão fiscalizador, essa cobrança é
reduzida em 50%, ou seja, ficam em R$ 10,00.

Por isso é importante estar atento aos prazos e valores do Imposto de Renda Pessoa
Jurídica.

IRPJ e CSLL
Não dá pra falar em IRPJ sem mencionar a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido
(CSLL), que é outro tributo obrigatório para as empresas.

Ela é cobrada para financiar a Seguridade Social do país, ou seja, apoiar sistemas públicos
como o SUS, assistência social e previdência social, que garantem os direitos básicos dos
cidadãos.

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Lembrando que, mesmo as pessoas jurídicas isentas do IRPJ devem pagar o CSLL, que tem
alíquotas variáveis de acordo com o regime de tributação.

CÁLCULOS:

Imposto de Renda
Usamos então a seguinte fórmula para calcular IRPJ com o Lucro Presumido:
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica: 15% para lucro de até R$ 20 mil mensais;

• Imposto de Renda Pessoa Jurídica: 15% para lucro superior a R$ 20 mil mensais +
10% de adicional sobre o excedente de R$ 20 mil.

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: a alíquota será de 9% sobre o lucro.


Exemplo de cálculo
Segue abaixo, um exemplo hipotético que ilustra o cálculo:

Para uma empresa que teve R$ 30.000,00 de lucro líquido no mês, a cobrança do IRPJ será a
seguinte:
• 15% sobre R$ 30.000 = R$ 4.500

• 10% sobre o lucro adicional (R$ 10.000) = R$ 1.000

• Total de IRPJ a ser pago: R$ 4.500 + R$ 1.000 = R$ 5.500


Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Geralmente, a alíquota de cobrança da CSLL é de 9%. Para empresas do setor financeiro,
seguros privados ou capitalização, o tributo pode chegar a 15%.
A fórmula é simples:
• CSLL = Lucro Líquido Mensal x 9%
A empresa que teve lucro líquido de R$ 30.000,00 no mês, deve pagar R$ 2.700,00 de CSLL
caso a alíquota seja mesmo de 9%.

RESUMO

Nesta aula, aprendemos sobre o setor fiscal e sua importância dentro de uma empresa, bem
como realizar o cálculo do IRPJ e CSLL.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

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1- O que é o setor fiscal?
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2- Qual a importância do setor fiscal dentro de uma empresa?


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3- Quais os modelos de tributação do IRPJ?

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4- Quando é preciso declarar o IRPJ?


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5- Quais as consequências de não pagar ou atrasar o IRPJ?

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6- O que significa as siglas IRPJ e CSLL?


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7- A empresa Kicarro Ltda, obteve um faturamento de R$ 48.000,00 no mês de Setembro


de 2022. Calcule o imposto a pagar do IRPJ E CSLL.
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8- A empresa Só Ferragens Ltda, obteve um faturamento no mês de Janeiro/2022 no


valor de R$ 18.000,00. Calcule o imposto a pagar do IRPJ e CSLL.
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9- A empresa Kipão Ltda, obteve um faturamento de R$ 98.000,00 no mês de 12/2022.


Calcule o valor do imposto a pagar do IRPJ e CSLL.
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10 – A empresa o Sopão ME, obteve um faturamento de R$ 15.000,00 no mês 03/2022.


Calcule o imposto a pagar do IRPJ e CSLL.
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Aula 9

9.0 ICMS- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços)

O Brasil é um dos países que possui uma das mais altas cargas tributária de todo o mundo. E,
dentro de uma lista de tributos que os brasileiros precisam pagar, está o ICMS — que incide
sobre a circulação de produtos.
Trata-se, inclusive, de um imposto muito importante para os estados, a ponto de, em alguns
casos, ser considerado a maior fonte de arrecadação estadual.

Isso ocorre porque este é um tipo de tributo que atinge grande parte dos cidadãos brasileiros,
tanto de forma direta, quanto indiretamente.

E, portanto, sua incidência recai sobre a maioria das compras, vendas, transportes e prestações
de serviços que acontecem no país.

Assim, ao fazer qualquer tipo de compra, o consumidor pode até não perceber, mas estará
pagando o ICMS, que está incluso no valor do produto.

O ICMS é uma espécie de tributo que incide sobre a movimentação de mercadorias em geral.
A partir daí, podemos estabelecer uma lista de produtos dos mais variados segmentos, como:
alimentos, eletrodomésticos, cosméticos, além dos serviços de comunicação e transporte
interestadual e intermunicipal.

Por estar envolvido com este tipo de venda, é, portanto, vinculado às notas fiscais do
consumidor (NFCe) e de produto eletrônica (NF-e).
Observação: O ICMS se aplica tanto na comercialização de dentro do país como também em
bens importados.

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9.1 Como é feita a cobrança do ICMS?

O ICMS é um imposto, em regra, indireto, pois recai sobre as mercadorias que consumimos.
A cobrança do ICMS é feita no momento da venda de uma mercadoria ou na realização de
alguma operação em que se aplique esse tributo, uma vez que a titularidade deste bem ou
serviço passa para o comprador.

Em alguns casos, como por exemplo, para lojistas e prestadores de serviço, que assumem
mensalmente obrigações tributárias com a Receita Estadual, o recolhimento do ICMS torna-se
direto, por se tratar de uma obrigação constante e regular.
É também chamado de imposto ad valorem, porque seu valor muda conforme a situação. E,
além do ICMS, podemos enquadrar nesta mesma lista o imposto sobre produtos
industrializados (IPI).
É preciso destacar que, a regulamentação deste tributo é de responsabilidade de cada
Estado (e do DF), que estabelecem regras próprias para estipular a porcentagem cobrada
dentro da sua localidade.
Deste modo, cada região estadual tem sua própria tarifa, o que pode acabar gerando dúvidas
para aqueles que comercializam produtos para outros estados.

9.2 Quais operações incidem o ICMS?

Como já falamos anteriormente, o ICMS é uma das mais importantes fontes de arrecadação
dos estados, uma vez que recai sobre pessoas físicas e jurídicas.

No caso das empresas, podemos citar as seguintes movimentações que ocorrerá a incidência
desse imposto:

• Venda e transferência de produtos;

• Importação de mercadorias (mesmo que para consumo próprio);

• Prestação de serviço no exterior;

• Serviços de telecomunicação;

• Transporte entre municípios ou estados brasileiros (bens, pessoas ou valores).

Com base nisso, o ICMS passa a ter uma alíquota variável conforme as cobranças de cada
estado, entretanto, grande parte das unidades federativas brasileiras atuam com uma alíquota
de 17%.

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9.3 Como calcular o ICMS?

O primeiro passo é descobrir qual alíquota é praticada no estado de atuação da sua empresa.

Após isso e considerando uma situação normal — na qual a venda é efetuada na mesma UF
— , a fórmula é bem simples, veja:

Preço do produto X Alíquota praticada no estado = Valor do ICMS da mercadoria


Em um exemplo prático temos:

Um produto custa R$ 200 reais e sobre ele incide uma tarifa de 17%. Neste cenário, aplicando
a forma, teríamos a seguinte expressão:
R$ 200 X 17% = R$ 34,00. Ou seja, nesta hipótese o valor do ICMS deste produto seria de 34
reais, totalizando-se R$ 234 o preço total

9.4 E quando realizo operações com ICMS interestadual?

Quando se trata de operações interestaduais, entrará em cena o DIFAL – Diferencial de


Alíquota, um mecanismo criado para reduzir a desigualdade de arrecadação entre um estado
e outro.
Essa medida foi tomada pois, na ideia de oferecer valores mais baixos, uma região acabaria
sendo mais atrativa aos negócios, gerando assim, uma concentração de renda em apenas um
lugar.

Para esclarecer melhor, veja o exemplo prático:

Se uma empresa de Minas Gerais, cujo percentual interestadual é de 12%, vende para outro
de São Paulo, local a alíquota interna é de 18%, a empresa mineira terá de pagar 6% de Difal
sobre a transação.

Ex.: origem = R$ 130,00 x 12% = R$ 15,60. ICMS estado de destino = R$ 130,00 x 18% = R$
23,40. Difal = R$ 23,40 - R$ 15,60 = R$ 7,80.

Como pago ICMS?

67
Para efetuar o recolhimento do ICMS, o primeiro passo, no caso de uma empresa, é se
cadastrar na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) da região de atuação.

A partir daí, será obtida a Inscrição Estadual (IE), um número composto por 9 dígitos, que
formaliza quem comercializa produtos físicos e necessita emitir notas fiscais.
Observação: É importante ter atenção a esse cadastro pois essa necessidade pode variar de
estado para estado.
Portanto, entre em contato com a Sefaz da sua localidade para entender quais os documentos
obrigatórios, assim como o procedimento correto para você tirar sua IE.

O segundo passo é verificar o regime da sua empresa para efetuar o recolhimento do imposto
da forma adequada:

• Os optantes do Simples Nacional recolhem as taxas de ICMS por meio da “DAS


Simples Nacional”, uma guia emitida mensalmente;
• Para empresas optantes pelos regimes tributários de Lucro Real ou Lucro Presumido,
o recolhimento será feito por meio da Guia Própria Estadual;
• E, por último, temos a Guia Nacional de Recolhimento Estadual – GNRE, que se aplica
ao pagamento de ICMS referente a transações interestaduais.
Aviso: As guias são disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Fazenda

O que acontece se eu não recolher este imposto?

Quando um contribuinte não cumpre com esta obrigação, o resultado é que ele acaba sendo
considerado como inadimplente aos olhos do Fisco e, em algum momento, terá de regularizar
essa situação, pagando as cobranças atrasadas.

Entretanto, é preciso ressaltar que esse contribuinte precisará arcar com multas e juros (fixados
de acordo com a taxa SELIC) referente ao período, e que podem ser acumulados desde o mês
do vencimento.
No mais, vale dizer que estar cumprindo com o pagamento do ICMS, além de ser essencial
para manter a sua empresa regular diante da lei, você evita incorrer na sonegação, uma
prática fiscal perigosa!
O ICMS é cobrado sobre operações mistas?

A resposta é SIM! Mas espera… você sabe o que é uma operação mista?
Bom, uma operação mista é aquela que envolve tanto a venda de produtos, quanto a prestação
de serviço.

68
Esse tipo de caso é muito recorrente, por exemplo, quando uma empresa de manutenção
predial, além de vender os materiais a serem utilizados em uma reforma, também executa o
serviço.

Diante dessa situação, duas notas precisam ser emitidas: a Nota Fiscal de Serviços
Eletrônica (NFS-e) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), para venda das mercadorias.

Como funciona o Crédito de ICMS

O ICMS também possui um sistema de crédito que garante sua não cumulatividade e reduz
o impacto no valor final do produto.

Ele permite que o comprador da mercadoria ou serviço credite um valor já tributado na hora de
pagar os impostos sobre o produto.

Com essa compensação, os valores já pagos se tornam crédito a ser abatido e o ICMS devido
é reduzido.

Por exemplo, imagine que um produto é vendido a R$ 200,00 para uma revenda e tributado em
18% nesse processo (R$ 36,00 de ICMS).

Em tese, se o comerciante revender o produto por R$ 250,00, teria que tributá-lo novamente
em 18%, pagando mais R$ 45,00 de ICMS.

Com o sistema de crédito, esse contribuinte paga apenas a diferença entre os dois valores, ou
seja, R$ 9,00 — imposto somente sobre o valor agregado.

Para ter esse direito, a empresa tem de lançar o documento na escrituração fiscal como entrada
tributável e não ser optante do Simples — o regime não permite a utilização dos créditos.

O que é substituição tributária


69
A substituição tributária é um regime que permite a cobrança do ICMS de um contribuinte que
não é o próprio gerador da ação de venda (o chamado ICMS-ST).
Esse mecanismo simplifica a arrecadação de tributos ao responsabilizar uma única
empresa pelo recolhimento em toda a cadeia de produção — por isso denominação “substituto”
tributário.

Por essa razão, a arrecadação do imposto costuma se concentrar em indústrias e importadores.

É o caso, por exemplo, de um fabricante de bebidas que faz o recolhimento integral do tributo
e, por consequência, desobriga a rede atacadista que dele compra e também os pequenos
mercados que serão responsáveis pela venda final ao consumidor.

Os dois últimos atores da cadeia não precisarão se preocupar com o cálculo do ICMS na
compra e na venda dos referidos produtos.

Lembrando que não são todos os produtos industrializados que estão sujeitos ao regime de
recolhimento do ICMS-ST.

Eles são definidos e atualizados constantemente pela Confaz e o empreendedor deve


acompanhar a divulgação das normativas — no convênio ICMS 142/18 consta a versão
completa, mas sempre há atualizações sendo publicadas.

Nesta aula, conhecemos mais um imposto importante o ICMS.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

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1- Qual a definição de ICMS?
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2- O significa a sigla ICMS:
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3- Dê exemplos de operações que incidem o ICMS?
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4- O que acontece se a empresa não recolher o ICMS?
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5- O que é o DIFAL?
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6- Uma empresa da cidade de Goiânia adquiriu uma máquina digital no valor de R$


252,20 de seu fornecedor localizado em São Paulo. Sabendo que a alíquota de São Paulo
para Goiás é de 7%, calcule o valor de credito que terá a empresa goiana relativo ao
ICMS;
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7- A empresa goiana revendeu a máquina pelo valor de R$ 300,00 para um aluno de uma
escola. Sabendo que a alíquota para o consumidor final é de 17%, calcule o valor do
Imposto que vai estar destacado na nota fiscal e o valor do Imposto que a empresa goiana
vai pagar no final do mês para o Estado de Goiás.

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8- Uma empresa do ramo comercial de Autopeças, enquadrada no simples nacional, com


faturamento anual apurado de R$ 1.660.000,00 no mês de dezembro de 2012 efetuou
vendas de mercadorias no valor de R$ 6.605,17. Observando os dados da tabela abaixo,
calcule o valor total de tributos federais e a parte específica do valor do ICMS que será
partilhado ao Estado de Goiás, sabendo que na partilha do imposto, caberá ao Estado 3,10%
de ICMS.

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio


Receita Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Bruta em
12 meses
De 9,12% 0,43% 0,43 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
1.620.000,01
a
1.800.000,00

9-Empresa RS adquire para revenda , de distribuidora de alimento do PR(alíquota 12%),


calcule o DIFAL, sabendo que a alíquota interna é 18%.
 5000 un. Barra de cereais no valor de R$ 0,95/un
 200 un.Sachês de frutas cristalizadas valor R$ 9,45/un
 650 un.Suplementos alimentares no valor de R$ 13,75/un
 100 un.Geleia importada no valor de R$ 16,80/un

72
Aula 10 – O que é IPI?

O Imposto sobre Produtos Industrializados é um tributo federal indireto que incide sobre
produtos sempre que deixam as fábricas, sendo regulamentado pelo Decreto nº 7.212 de
15 de junho de 2010.
Só para deixar mais claro, entenda por tributo indireto aquele que é cobrado sobre a
movimentação de uma mercadoria e não por seu valor de venda.

Para que serve esse imposto?

O recolhimento desse tributo tem, basicamente, três principais objetivos.


O primeiro é arrecadar dinheiro para o funcionamento da máquina pública, ou seja, esse
imposto visa custear diferentes necessidades para que as atividades públicas
(especialmente as federais) não sejam interrompidas.
O segundo motivo da cobrança do IPI é fortalecer a indústria brasileira. A ideia é colocar
produtos nacionais industrializados em igualdade aos importados.
Por fim, o IPI também atua como uma ferramenta de regulamentação do mercado, uma vez
que encarece o preço final de itens nocivos à saúde, a exemplo dos cigarros, com o
propósito de desestimular o seu consumo

Quem é obrigado a pagar o IPI?

Agora que você sabe o que é IPI e para que serve esse imposto, deve estar se perguntando
se absolutamente todo produto industrializado sobre a sua incidência, obrigando todas as
empresas que trabalham dessa forma a pagá-lo. A resposta é não!
O IPI incide em 3 diferentes momentos:

 quando há saída do produto industrializado da fábrica ou de local relacionado;

 quando é feita a liberação da mercadoria estrangeira pela alfândega

(desembaraço aduaneiro);

 quando o produto é arrematado em leilão realizado decorrente de apreensão ou

abandono.
 Considerando esses pontos, é possível entender que o IPI pode ser pago não
apenas pela indústria fabricante, mas também por quem faz negócios com
produtos industrializados.
 Sobre isso, muitas pessoas questionam se não há o risco de o Imposto sobre
Produtos Industrializados ser cobrado duas vezes. Mais uma vez a resposta é não.
 Por não se tratar de um tributo cumulativo, ele não é cobrado duas vezes para uma
mesma mercadoria.
Com todos esses detalhes em mente, têm a obrigatoriedade de pagar o IPI:

73
 indústrias ou empresas que forem equiparadas a esse modelo pela legislação;

 importadores ou outros semelhantes também equiparados a esse modelo de

negócio pela lei;

 pessoa ou empresa que arrematar, em leilão, produtos apreendidos ou

abandonados;

 estabelecimentos comerciais de produtos que estejam sujeitos à incidência desse

tributo

E quem está isento do pagamento do IPI?

O decreto que regulamenta o Imposto sobre Produtos Industrializados, citado anteriormente,


define em seu 18º artigo que estão imunes a essa ação tributária:
“I – os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (Constituição Federal,
art. 150, inciso VI, alínea “d”) ;
II – os produtos industrializados destinados ao exterior (Constituição Federal, art. 153, § 3º,
inciso III);
III – o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial (Constituição Federal, art. 153, § 5º) ; e
IV – a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (Constituição
Federal, art. 155, § 3o)”
Já no seu 54º artigo, descreve vários itens que são isentos cada cobrança de IPI, por
exemplo:

 produtos industrializados por instituições de educação ou de assistência social

para utilização própria ou a distribuição gratuita;

 amostra grátis de produtos sem valor comercial;

 amostra de tecidos com aplicação da informação “sem valor comercial”;

 aeronaves de uso militar e/ou suas partes;

 caixões funerários;

 utensílios domésticos, como panelas, de fabricação rústica;

 material bélico de uso privativo das Forças Armadas e vendidos à União;

74
 Veículos automotores, de qualquer natureza, destinados ao uso das unidades do

Corpo de Bombeiros.

Como Calcular o IPI a ser pago?

O primeiro passo é consultar a Tipi, Tabela de incidência do Imposto sobre produtos


industrializados.
Feito isso e identificado a alíquota do produto, basta utilizar a seguinte fórmula:
Valor do IPI = Base de cálculo X (Alíquota / 100)

Para chegar ao valor da Base de Cálculo, considere:

Base de cálculo = (Valor do produto + Frete + Seguro + Outras Despesas Acessórias)


Por exemplo, um produto com base de cálculo de R$ 100 e alíquota de IPI de 100%, o valor
do imposto será: 100 x 10% = R$ 10.
Lembrando que o recolhimento desse imposto é feito através da DARF, Documento de
Arrecadação de Receitas Federais.

Nesta aula, conhecemos mais um imposto importante o IPI.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

01 – Venda de sorvetes do PR para SP


A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda vendeu 350 caixas de sorvetes para o Estado de SP, ao preço
total de 2.250,00, cuja alíquota interestadual do ICMS é de 12%, e a alíquota do IPI do sorvete é de
5%. Também foi cobrado um frete no valor de R$ 350,00.

Sabendo que o produto está sujeito ao regime de substituição tributária, calcule o valor do
imposto a ser recolhido por substituição tributária para o Estado de SP. A alíquota interna do
sorvete no Estado de SP é de 18%.

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02 – Venda de tintas do PR para MG
A Indústria de Tintas Alfa SA vendeu 800 latas de tintas acrílica para revenda de tintas localizada no
Estado de MG, ao preço total de 20.000,00, cuja alíquota interestadual do ICMS é de 12%, e a
alíquota do IPI da tinta é de 15%. Também foi cobrado um frete no valor de R$ 910,00.

Sabendo que o produto está sujeito ao regime de substituição tributária, calcule o valor do
imposto a ser recolhido por substituição tributária para o Estado de MG. A alíquota interna da
tinta no Estado de MG é de 18%.

Aula 11 - O que é ISS?

O Imposto Sobre Serviços (ISS) ou Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
está previsto no Art. 156 da Constituição Federal e é regulado em território

76
nacional. Basicamente, é um tributo que incide sobre a prestação de serviços em todo o
território nacional.

Mas a Lei Complementar nº 175, sancionada em 23 de setembro de 2020, mudou

algumas regras.

Os valores recolhidos pelo ISS são destinados aos cofres das prefeituras, já que se trata de um
imposto de competência dos municípios e do Distrito Federal.

Como é o município que o aplica, cabe a ele escolher a alíquota a ser adotada, por isso é
fundamental que você conheça as leis municipais em que sua empresa está. A exceção é feita
para o Distrito Federal, onde há uma taxação de âmbito distrital (o equivalente a estadual).

Na prática, o ISS é um imposto cobrado das empresas ou profissionais autônomos que emitem
nota fiscal e prestam serviços indicados na Lei Complementar nº116/2003. Esses serviços vão
desde transporte e construção a saúde, onde se enquadram profissionais como médicos,
assistentes sociais, psicólogos e fisioterapeutas e muitos outros setores.

Quem deve pagar ISS?

O imposto deve ser pago pelo prestador de serviço, aquele que é responsável pela emissão da
nota. Mesmo nos casos em que há retenção do ISS pelo contratante, o prestador do serviço
ainda tem o dever de informar que o imposto foi retido na hora de emitir sua nota fiscal
eletrônica.

Por ser um imposto municipal, ele é recolhido pelo município onde a empresa está localizada.
Para conhecer melhor como é definida a forma de pagamento de acordo com as variações
de tipo de empresa ou profissional, acompanhe os detalhes a seguir:

 ISS para profissional autônomo: o profissional autônomo faz o recolhimento apenas


quando prestar o serviço e emitir nota fiscal.

77
 ISS para MEI (Microempreendedor Individual): no caso do Microempreendedor
Individual (MEI), o ISS está incluído no valor mensal do DAS-MEI, que é reajustado
anualmente. Por este motivo, o ISS não deve ser retido nem tributado de forma separada
– assim como outras taxas, ele está unificado neste pagamento mensal.
 ISS para empresas do Simples Nacional: no caso das empresas optantes
pelo Simples Nacional, o ISS é recolhido de acordo com a faixa de faturamento apurada
e pago por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
 ISS para outros tipos de empresas: as empresas que escolheram o Lucro
Presumido ou Lucro Real pagam o ISS individualmente, sobre o valor da nota fiscal de
serviços eletrônica.

Qual a alíquota do ISS?

Na realidade, a alíquota do ISS não tem um valor fixo. Ela pode variar dependendo de
três fatores: sistema tributário da empresa, local em que o serviço é prestado (de acordo
com a legislação de cada município) e tipo de serviço.

Contudo, conforme estabelecido por lei, a alíquota mínima é de 2% e a máxima de 5%


e cabe aos municípios estabelecerem os valores cobrados dentro dessa faixa.

Para saber qual alíquota do ISS sua empresa deve recolher, informe-se na Secretaria
da Fazenda da sua cidade e consulte a tabela de Imposto Sobre Serviços do seu
município.

Como calcular o ISS?

De forma geral, o cálculo do ISS não é difícil. Se você presta serviços sujeitos à cobrança
do imposto, procure saber o valor da alíquota definida pela legislação municipal e identifique a
correspondente aos serviços prestados. Depois, esse percentual da alíquota será aplicado ao
valor cobrado pelo trabalho.

Vamos ver um exemplo:

78
Ao fazer um serviço de manutenção, o prestador cobra R$ 800,00. Sobre o serviço, incide a
alíquota de 3%.

Logo, basta fazer o cálculo: R$ 800,00 x 3% = R$ 24,00

Portanto, o valor a ser pago de ISS por essa prestação de serviço é de R$ 24,00.

Existe isenção e redução de ISS?

Em cada município a prefeitura pode oferecer algum tipo de isenção ou redução da alíquota do
ISS. No entanto, a isenção válida em todo o território nacional é para os serviços prestados que
são integralmente desenvolvidos no exterior ou aqueles que são feitos no Brasil, mas refletem
em resultado fora do país.

As prefeituras podem decidir quais segmentos de serviços devem receber incentivos fiscais
como a redução ou isenção. Como podemos ver, o pagamento do ISS possui diversos detalhes
e, por isso, precisa ser muito estudado. Então, se você é prestador de serviços ou costuma
contratar esses trabalhos, fique sempre atento.

O que é retenção de ISS?

O processo de retenção acontece quando o serviço é prestado em local diferente do


estabelecimento prestador, de acordo com algumas exceções previstas na lei. Na retenção, o
ISS é pago no local da prestação e deve ser recolhido pelo tomador (o contratante).

As exceções previstas se aplicam principalmente às atividades de construção civil, mas não


apenas a elas. Em caso de dúvidas, vale sempre a pena consultar a Lei Complementar
116/2003. A retenção do ISS deve estar prevista na legislação do município em que foi prestado
o serviço. Caso contrário, não deve ser recolhido imposto pelo tomador

Mas afinal, o que muda com a nova lei do ISS?

A Lei Complementar nº 175, sancionada em 23 de setembro de 2020, alterou uma série de


regras sobre o recolhimento do ISS no Brasil.

79
A principal mudança é que para alguns segmentos o recolhimento do imposto passa a ser
realizado no município do tomador (contratante), e não mais na cidade-sede da empresa.

Em resumo, os segmentos que se encaixam na mudança são: planos de medicina de grupo ou


individual e convênios; outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros
contratados; planos de atendimento e assistência médico-veterinária; administração de fundos,
de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres e arrendamento mercantil (leasing).

Além disso, o processo de mudança será gradual e só deve ser concluído em 2023,
obedecendo às seguintes etapas quando o tomador for pessoa física:

 Em relação ao exercício de 2021, 33,5% do produto da arrecadação pertencerá ao


município do local do estabelecimento prestador do serviço e 66,5% ao município de
domicílio do tomador;
 No exercício de 2022, 15% da arrecadação ficará com o município-sede da empresa
prestadora e 85% com o município do tomador;
 A partir do exercício de 2023, 100% do dinheiro recolhido com o ISS será destinado ao
município do tomador dos serviços.
Contudo, quando o tomador for pessoa jurídica, o ISS será recolhido no local onde fica a
unidade na qual o serviço foi contratado. Por fim, outra modificação é a criação de um sistema
eletrônico de padrão unificado para o recolhimento do ISS.

Como calcular o ISS?


1. Preço do serviço X Alíquota praticada = Valor do ISS do serviço.
2. R$ 100 X 5% = R$ 5.

Nesta aula, conhecemos mais um imposto importante o ISS.


ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- O que é ISS e qual sua base legal?


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2- Quem deve pagar o ISS?


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3- Qual a alíquota a ser praticada de ISS estabelecida por Lei?


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4- Existe isenção e redução de ISS?


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5- Quando acontece a retenção de ISS?


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6- A empresa Brasil Digital prestou serviços de comunicação a prefeitura de Porto Velho


no mês 01-2022, para diversas repartições, emitindo as notas abaixo. Calcule o ISS
aplicando a alíquota de 5%.
NF 1542 – R$ 2.800,00
NF 1543 – R$ 3.000,00
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NF 1544 – R$ 5.800,00
NF 1545 – R$ 4.500,00
NF 1546 – R$ 3.200,00

7- A empresa Loc -Maq prestou serviço de locação de banheiros químicos a empresa


Santos Ltda no valor de R$ 4.500,00. Calcule o ISS, considerando a alíquota de 4%.
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8- A Empresa OI S.A prestou serviços de internet no valor de R$ 5.800,00 a prefeitura de Ariquemes
no mês 02/2022, considerando que o serviço foi realizado em Ariquemes e a alíquota utilizada é de
5% e a empresa Oi S.A está localizada em Porto Velho, qual é o valor liquido a pagar a OI S.A,
pelos serviços prestados?

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Aula 12- O que são o PIS e o Cofins?

São dois tributos previstos pela Constituição Federal brasileira: eles costumam, inclusive, andar
atrelados, porém é preciso frisar que são impostos diferentes. Além disso, também possuem a
mesma base de cálculo, entretanto o valor recolhido por meio deles é destinado para fins
diferentes.

O Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) é utilizado para o


recolhimento de fundos principalmente para a área da saúde pública e seguridade social do
país, incluindo dispositivos como Previdência Social e Assistência Social.

Já o PIS(Programa de Integração Social), é designado à promoção da integração social dos


trabalhadores: seus recursos são para pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e
participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e de empresas
privadas.

82
Quando é necessário recolher o PIS e COFINS?

Antes de mais nada vamos apresentar alguns termos que ajudam na identificação dessa
necessidade. São eles:

 Base de cálculo: total da receita de faturamento (lucro) da pessoa jurídica;

 Fato gerador: recolhimento das receitas pelas pessoas jurídicas;

 Contribuintes: pessoas jurídicas que estão enquadradas no regime do Simples


Nacional.
Isto significa que, na prática, o PIS e Cofins devem ser recolhidos sempre que uma
organização obtém receitas durante o mês. O pagamento precisa ser feito até o dia 25 do
mês seguinte ao fato gerador.

Quais são as porcentagens de contribuição?

Cofins tem duas modalidades de taxação, sendo elas:

1. Sobre o faturamento da empresa – de 3% ou 7,6%;

2. Sobre a importação – 9,75% + 1% adicional.


PIS/PASEP tem três modalidades de contribuição, sendo elas:

1. Sobre o faturamento da empresa – de 0,65% ou 1,65%;

2. Sobre a importação – 2,1%;

3. Sobre a folha de pagamento – 1%. (PIS PASEP SOBRE A FOLHA DE


PAGAMENTO. O PIS sobre a folha de pagamento é uma obrigação tributária
principal devida por todas as entidades sem fins lucrativos, classificadas como
Isentas, Imunes ou Dispensadas, e calculado sobre a folha de pagamento de
salários, à alíquota de 1%)

Modalidades de apuração do PIS e Cofins

83
Há dois regimes de apuração para o PIS e também para a Cofins: cumulativo e não cumulativo.

Isso consiste em um método de apuração no qual o imposto é exigido por completo. Ou seja,
toda vez que houver saídas tributadas, o cálculo deve ser feito em cima do total dessas saídas,
sem direito a amortização dos tributos incidentes nas operações anteriores.

Existem algumas modalidades para pagamento e recolhimento de ambos impostos, que


determinam qual será a diferença do valor da alíquota conforme o enquadramento da empresa.

Além disso, as organizações que são obrigadas a apurar o PIS e Cofins no regime cumulativo,
não possuem direito a qualquer tipo de crédito.

no regime cumulativo, não possuem direito a qualquer tipo de crédito.

 PIS: 0,65%;

 COFINS: 3%.

Incidência não-cumulativa

No regime de incidência não-cumulativa acontece a apropriação de créditos em relação a


custos, despesas e encargos da empresa. As organizações enquadradas neste regime são
aquelas que apuram o imposto de renda com base no Lucro Real – observadas algumas
exceções. As alíquotas são:

 PIS: 1,65%;

 COFINS: 7,6%.
Para fazer o cálculo dos tributos no regime não-cumulativo é preciso considerar não só o
faturamento, mas também o valor das compras do período.

PIS cumulativo

As empresas enquadradas no Simples Nacional na condição de Microempresa (ME) ou


Empresa de Pequeno Porte (EPP), embora contribuintes do PIS não se sujeitam ao pagamento

84
em separado, pois o PIS está incluído no pagamento mensal unificado de impostos e
contribuições. O PIS cumulativo é de 0,65%.

O PIS não-cumulativo é uma forma de apuração da contribuição a qual a empresa deve debitar
de seu faturamento e pode embutir em suas compras e algumas outras despesas. Essa
modalidade está disponível apenas para as pessoas jurídicas do setor privado e as que são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda. A alíquota do PIS não-cumulativo é de
1,65%.

Como calcular o Pis e o Cofins?

Agora vamos explicar como deve ser feito o cálculo destes impostos.

Na Incidência cumulativa vale para as empresas que são tributadas pelo lucro presumido. A
alíquota é de 3% da Cofins e 0,65% do Pis, sendo assim, o cálculo será da seguinte maneira:

 Pis ou Cofins = receita bruta + soma das alíquotas (3% + 0,65%).


Na incidência não cumulativa, é possível considerar no cálculo os créditos tributários com
custos, despesas e encargos durante determinado período. Dessa forma, a base de cálculo
será:
Na incidência não cumulativa, é possível considerar no cálculo os créditos tributários com
custos, despesas e encargos durante determinado período. Dessa forma, a base de cálculo
será:

 primeiro passo = receita bruta x soma das alíquotas;

 segundo passo = despesas tributárias x soma das alíquotas;

 terceiro passo = o resultado do primeiro passo – o resultado do segundo passo.

O sistema tributário é complexo e compreender os impostos, quando devem ser pagos e onde

85
incidem pode ser uma tarefa árdua.

PIS = receita bruta da empresa x alíquota (0,65%). Cofins = receita bruta da empresa x alíquota
(3%).
...
Exemplo:
1. Receita bruta: R$ 50.000.
2. PIS: R$ 50.000 x 0,65% = R$ 325,00.
3. COFINS: R$ 50.000 x 3% = R$ 1500,00.
Cálculo: incidência cumulativa do PIS e Cofins

É importante recordar que a incidência cumulativa leva em conta a receita bruta da empresa.
Sendo assim, se considera as alíquotas: Cofins: 3% e PIS: 0,65%. O cálculo nesse caso seria
o seguinte.

 PIS = receita bruta da empresa x alíquota (0,65%).


 Cofins = receita bruta da empresa x alíquota (3%).
Exemplo:

 Receita bruta: R$ 50.000


 PIS: R$ 50.000 x 0,65% = R$ 325,00
 COFINS: R$ 50.000 x 3% = R$ 1500,00
Cálculo: incidência não cumulativa do PIS e Cofins

No caso da incidência não cumulativa o cálculo é um pouco mais complexo já que é


necessário incluir as despesas tributárias (custos e encargos). É possível conferir os detalhes
de incidência na Lei Nº 10.865.
Nesse cálculo a empresa deve seguir os passos abaixo.

 Venda de produtos tributados : R$ 20.000


 Direito a crédito (produtos que sofreram tributos, aluguel e outros): R$ 5.000
Logo teremos:

86
Exemplo do PIS

 PIS – valor de venda: R$ 20.000 x 1,65% = R$ 330,00


 PIS – crédito sobre compra:R$ 5.000 x 1,65% = R$ 82,50
 PIS = R$ 330 – R$ 82,50 = R$ 247,50
Exemplo da Cofins

 Cofins – valor de venda: R$ 20.000 x 7,6% = R$ 1.520,00


 Cofins – crédito sobre compra: R$ 5,000 x 7,6% = R$ 380,00
 Cofins = R$ 1.520 – R$ 380 = R$ 1.140,00

Neste conteúdo, você pôde entender a importância dos tributos no país, principalmente de
dois impostos em especial: PIS e COFINS.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1) Na nota fiscal de serviço de fornecimento de energia elétrica foi faturado o


consumo de 360 kwh no valor de R$ 176,00 sem a inclusão dos tributos federais
e estaduais. A Empresa fornecedora de energia elétrica informou no documento
fiscal que as alíquotas dos tributos são: COFINS 4,0845%, PIS PASEP 0,8868%
e ICMS 29%. De acordo com as informações da Nota Fiscal, calculo e o valor dos
tributos incidentes sobre o fornecimento de energia elétrica e o valor total a ser
pago na data do vencimento da fatura da energia elétrica?

87
2) A empresa Alfa Ltda, faturou no mês 11/2022 R$ 68.000,00. Calcule o
PIS/COFINS, considerando a cumulatividade.

3) A empresa Kicarro faturou no mês 10/2022 R$ 28.000,00. Calcule o PIS/COFINS,


considerando a não- cumulatividade. Crédito de R$ 8.000,00.

4) A empresa Alfa Casa faturou no mês 06/2022 R$ 88.000,00. Calcule o


PIS/COFINS, considerando a não- cumulatividade. Crédito: R$19.000,00

5) A empresa kairós Ltda faturou no mês 02/2022 R$ 78.000,00. Calcule o


PIS/COFINS, considerando a cumulatividade.

Aula 13- A Contabilidade e Suas Funções

88
Contabilidade é a ciência que registra e controla o patrimônio e as mutações que
nele operam os atos e fatos administrativos,demonstrando no final de cada exercício social
o resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade.

A eficiência e exatidão dos registros contábeis são fundamentais para que a


administração possa planejar suas ações.

A contabilidade, entre outras funções, é instrumento gerencial para a tomada de


decisões. Deve estar atualizada, emitir relatórios simples, claros e objetivos para o
administrador. Portanto, sem os relatórios precisos e atualizados, não há possibilidade
alguma de se apresentar um planejamento sério e coerente.
Veja a lista de funções da contabilidade:

• Registrar os fatos administrativos (memória).


• Demonstrar e controlar as mutações patrimoniais (controle).
• Servir como elemento de prova em juízo ou tribunal.
• Fornecer elementos para que os acionistas
ou sócios possam examinar as contas da
diretoria e aprová-las ou não.
• Demonstrar ao fisco o cumprimento da legislação tributária.
• Fornecer dados para a tomada de decisões, etc.

Fundamental é sem dúvida a função de fornecer elementos para a


correta gestão do negócio, permitindo tomada de decisões eficazes.
(Lembrar a diferença: eficiência é fazer bem feito; eficácia é fazer o
que tem que ser feito, da forma possível e no momento certo).

13.1 Introdução à Contabilidade Básica

A Contabilidade é uma ciência social que através da execução de serviços técnicos, ou


seja, controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma entidade (física ou jurídica)
permanentemente. Um dos objetivos da Contabilidade é gerar informações para a tomada de
decisões, conhecida como Contabilidade Gerencial. Por isso, é fundamental a existência de
ferramentas que possibilitem conhecer a real situação e atender a esta missão. Compete à
Contabilidade registrar os atos e fatos administrativos e produzir informações que possibilitem
ao administrador planejar e controlar suas ações, para traçar os objetivos da entidade. Todas
as empresas nascem com uma finalidade. A grande maioria das empresas visa resultados

89
financeiros; outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, todas
buscam atingir os objetivos traçados. A contabilidade é indispensável para que a empresa
realize negócios, por exemplo, com órgãos governamentais (por meio de contratos e licitações),
ou com os bancos, com fornecedores, etc. Além desta necessidade convencional, observa-se
a expansão do mercado de ações no Brasil. E neste aspecto a Contabilidade se apresenta
como o grande pilar na veracidade da informação e, consequentemente, na credibilidade da
companhia perante seus investidores. Nos últimos anos, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) vem realizando pesquisas para detectar o índice de
mortalidade (fechamento) das empresas no primeiro ano de vida (abertura). Na mais recente
pesquisa, os números apontavam que cerca de 48% dos negócios são fechados antes de
completar 12 meses de funcionamento. A principal causa desta mortalidade é a falta de
planejamento e controle dos negócios. Em suma, é a falta de Contabilidade. (Fonte: Agnaldo
Silva).

13.2 Usuários da Contabilidade – Citado anteriormente


Entre os usuários e interessados, podemos citar:

• Sócios

• Administradores

• Fornecedores

• Clientes

• Empregados

• Bancos

• Investidores

• Concorrentes

• A comunidade (sociedade)

• Governo

• Outros (por diversos motivos, inclusive a curiosidade).

Geralmente, os usuários são classificados como:

a) Internos: são as pessoas internas à entidade, como é o caso do gerente e do diretor. Os usuários
internos usam a contabilidade para ajudar no processo de tomada de decisão. Entre as diferentes
situações em que é possível utilizar a contabilidade, citamos a situação na qual o administrador está
90
estudando a viabilidade de uma filial. Por meio da mensuração do resultado pela contabilidade, será
possível determinar o fechamento (ou não) desta filial.

b) Externos: são pessoas que utilizam as informações contábeis para o processo decisório. Entretanto,
ao contrário dos usuários internos, o acesso às informações é mais limitado, por possuir menor
possibilidade de obter informações sobre a entidade. (SILVA, 2007).

A análise interna é realizada dentro da entidade por seus próprios empregados, e visa informar
administradores e diretores, auxiliando-os nas tomadas de decisões. Por pertencerem à própria entidade
(objeto da análise), os analistas não encontram dificuldades para coletar os dados necessários a realizar
suas tarefas, tendo inclusive acesso aos controles internos. Por isso, a análise interna é considerada a
mais completa. A análise externa é efetuada fora da entidade (objeto da análise), e seu objetivo é
informar aos interessados acerca da situação econômica ou da estabilidade da entidade para
concretização de negócios, concessões de créditos e financiamentos. É efetuada por profissional
externo, normalmente pertencente às entidades interessadas na análise. Nesse caso, o analista tem em
mãos somente as demonstrações financeiras publicadas pela entidade, além de alguns esclarecimentos
adicionais, constantes dos relatórios ou das notas explicativas que acompanham as demonstrações.
(RIBEIRO, 2004) Pode-se dizer que o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as pessoas
físicas e jurídicas, inclusive órgãos públicos e empresas sem finalidade lucrativa. Todos os responsáveis
na gestão do patrimônio são potenciais interessados no aprendizado das técnicas contábeis, visando o
registro, gestão e controle do patrimônio, de acordo com a legislação vigente. Resumindo: a
contabilidade é de interesse de pessoas físicas e jurídicas, independente da forma jurídica de
constituição da empresa, sua composição societária, seu porte, ramo de atividade, seu enquadramento
legal para recolhimento de impostos e até mesmo sua finalidade.

Aula 13- A contabilidade e suas funções

Resumo: Nesta aula aprendemos sobre a contabilidade e a classificação de seus usuários.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- O que é contabilidade?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
91
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

2- O que é usuário interno e o que fazem?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3- Cite os usuários e interesssados pela contabilidade.

________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________
_____

4- O que são usuários externos e o que fazem?


________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

5- Quem foi considerado o Pai da Contabilidade?


________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

Aula 14 - Definições de Contabilidade


Nesta aula vamos aprofundar mais nosso conhecimento, partindo dos conceitos que são
92
fundamentais para o entendimento de qualquer assunto, e vamos fazer isso na companhia de
vários mestres. O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, que aconteceu de 17 a 24 de
agosto de 1924, aprovou como oficial, a seguinte definição para a contabilidade: “É a ciência
que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da
administração econômica”

14.1 Definindo a Contabilidade com Grandes Mestres

1. A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle
permanente do patrimônio da empresa. (Ribeiro, 1997)

2. A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando demonstrá-lo e


evidenciar suas variações, e também servir como instrumento básico para a tomada de
decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa. É a ciência
que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de
oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza econômica. (Prof. Hilário Franco)

3. Contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que


nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o
resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade. (Fabretti, 1997)
A eficiência e exatidão dos registros contábeis são fundamentais para que a administração
possa planejar suas ações. A contabilidade, entre outras funções, é instrumento gerencial para
a tomada de decisões. Deve estar atualizada, emitir relatórios simples, claros e objetivos para
o administrador. Portanto, sem os relatórios precisos e atualizados, não há possibilidade
alguma de se apresentar um planejamento sério e coerente.

14.2 Aspectos Qualitativos e quantitativos do patrimônio

Já foi possível perceber que a história da contabilidade está ligada ao controle do


patrimônio e suas mutações. Portanto, a partir de agora, vamos conhecer requisitos
fundamentais para o controle do patrimônio. Lembra do relato apresentado sobre o patrimônio
93
do personagem bíblico Jó, da primeira aula? Você saberia precisar ou estimar a riqueza deste
personagem? Ou melhor, quando você diz que tem em seu patrimônio um carro, um valor
para receber de um amigo e tem algumas dívidas pequenas. É possível saber o valor do seu
patrimônio? Pois bem, na contabilidade, qualquer registro só poderá ser feito se respeitar dois
aspectos. Assim, para poder avaliar corretamente um patrimônio e suas variações é
necessário que os elementos desse patrimônio apresentem:

1. Aspecto qualitativo: É o nome que qualifica o patrimônio. Deve ser claro o bastante para
identificar o que está registrado neste nome. Quanto mais simples e claro for o nome dado
aos elementos, melhor será para identificar o que está sendo registrado na contabilidade.
Exemplos: veículos, mercadoria para revenda, caixa (dinheiro), banco (saldo no banco),
cliente (quem compra da minha empresa), fornecedor (quem vende para a minha empresa) e
muitos outros.

2. Aspecto quantitativo: Observa em que quantidade este elemento aparece, e também o seu
valor monetário. Exemplos: veículos R$ 20.000,00; caixa R$ 110.000,00; banco R$ 18.124,16;
cliente R$ 11.222,00; fornecedor R$ 5.895,00.
3. Conta – É o nome técnico utilizado para registrar os elementos, levando em consideração
os aspectos qualitativos e quantitativos. Simplificando, é como se todos os elementos dentro
da contabilidade tivessem um endereço. Sempre que formos movimentar um elemento
faremos registro neste endereço, que recebe o nome de conta, alterando o saldo deste
elemento.

Ex: Caixa R$ 12.000,00, Veículo R$ 42.000,00, Banco R$ 5.220,00,


Clientes R$ 8.221,50, Fornecedores R$ 4.560,80, Capital Social R$
50.000,00, etc

14.3 Definições de Patrimônio

A princípio, quando se fala em patrimônio, pensamos ser tudo o que a pessoa tem,
ou seja, nas posses. Porém, com a evolução das relações comerciais, juntou-se ao
patrimônio também os direitos e as obrigações das pessoas. Assim, o patrimônio é
o conjunto dos bens, direitos e as obrigações.

94
Bens
Patrimônio
Direitos

Obrigaçõe

14.4 Definição de Bens

São os elementos que podem ser avaliados monetariamente e podem ser


destinados para uso, troca ou venda. Os bens possuem utilidade, pois são
eles que satisfazem as necessidades de seus proprietários.

Na sequência, algumas classificações de bens importantes na contabilidade:

1. Bens Permanentes – São bens que possuem vida longa, e são adquiridos
para serem utilizados na empresa, ou seja, não são destinados à venda. Ex:
veículo, máquinas, ferramentas.

2. Bens de Consumo – São adquiridos para utilização dentro da empresa,e que


serão consumidos a curto prazo, geralmente dentro do próprio exercício em
que foram adquiridos. Ex: material de expediente, material de limpeza.

3. Bens móveis – são bens suscetíveis de remoção sem dano em seu estado físico
e de utilização. Ex: veículos, animais, máquinas, móveis, equipamentos.

4. Bens imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar de
origem (solo e subsolo) sem dano físico ou de utilização. São aqueles que se
deslocados terão que ser total ou parcialmente danificados. Ex: casa,terreno,
edifício, reflorestamento, etc.

5. Bens Corpóreos (tangíveis) – sãos bens que constituem corpo físico,ou


seja, possuem matéria e podem ser tocados. Ex: carros, máquinas,
mercadorias, enfim a grande maioria dos bens.

6. Bens incorpóreos (intangíveis) – são bens que não constituem matéria,


95
ou seja, não podem ser tocados. Mesmo assim, esses bens são passíveis de
avaliação econômica e devem ser registrados na contabilidadepor seu valor de
mercado. Ex: nome comercial, benfeitoria em imóvel de terceiros, fundo de
comércio, marca, patente, licença de uso de direitos autorais, licença de uso
de marca, entre outros.

14.5 Definição de Direitos

São os elementos que representam os bens que estão em poder de terceiros.


Geralmente aparecem acompanhados da expressão “a receber”, “a compensar”, a
“recuperar”, “a creditar”, ou outra similar, indicando a promessa de recebimento ou que
permita recuperar parte do bem transferido. Exemplo: contribuições a receber, títulos a
receber, adiantamento concedido (neste caso mesmo sem a expressão, trata-se de um
direito, porque alguém recebeu o adiantamento e deverá devolver o valor recebido).

Resumindo
Direitos são bens (ou o seu equivalente) em recursos financeiros
de propriedade da empresa, que se encontram momentaneamente
em poder de terceiros. Ex: duplicatas a receber, clientes (ele já levou a
mercadoria e está devendo), contas a receber, impostos a recuperar
(eu tenho um crédito tributário junto ao governo), etc.

14.6 Definição de Obrigações

É a responsabilidade de pagamento por bens adquiridos ou despesas realizadas.


São bens de propriedade de terceiros que estão em poder da empresa, ou são
dívidas contraídas em virtude de despesas. Quando se compra um bem ou se
contrata um serviço, tanto um quanto o outro devem ser pagos. Portanto,
temos aqui uma obrigação, uma dívida que poderá ser paga imediatamente ou
a prazo. As obrigações na contabilidade recebem o nome técnico de exigível,
por se exigir da empresa o pagamentodas dívidas. Assim, quando uma empresa
compra mercadoria a prazo, ela passa a ter a obrigação de pagar o valor da
compra no prazo acordado. Uma despesa sempre vai gerar também um
pagamento, portanto uma obrigação. As obrigações representam as dívidas com
terceiros, ou seja, com as pessoas de fora da empresa. Geralmente aparecem
acompanhadas da expressão: “a pagar”, “a recolher”, “passivos”, “a liquidar”
ou outra similar. Exemplo: salários a pagar, impostos a recolher, fornecedor, entre

96
muitas outras.

Resultado do Patrimônio = Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores positivos (bens mais direitos)


menos os valores negativos (obrigações). Neste espaço, fica registrado o capital
investido na empresa, chamado de capital social, as reservas de recursos (uma
poupança com finalidade específica) e também os lucros ou prejuízos que a
empresa obtém. Como este saldo mostra a participação dos sócios na empresa, o
patrimônio líquido é conhecido como capital próprio (capital dos sócios). Exemplo:
capital social, reserva de capital, reserva legal, prejuízos acumulados.

Resumo do Patrimônio

Patrimônio = Bens, Direitos e Obrigações

Bens + Direitos – São os elementos positivos (+).

Obrigações – São os elementos negativos (-).

Patrimônio = A diferença entre os valores positivos e negativos,


Líquido
PL = Bens + Direitos - Obrigações

14.7 Patrimônio Liquido

O PL está representado no lado do passivo, para haver o equilíbrio, aí o nome de


Balanço Patrimonial. Justifica-se estar no lado do passivo também por se tratar
de uma dívida da empresa com os seus sócios ou acionistas. No caso de

97
fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios

Ativo = Passivo
(Bens+ Direitos) (Obrigações + PL)

Por isso, sempre o total do ativo será exatamente igual ao total do passivo.

Bens e Direitos

Passivo é composto por:

Origem ou fonte dos


Patrimônio Líquido Recursos

Aula 14- Definções de Contabilidade

Resumo: Nesta aula aprendemos sobre definições gerais da contabilidade, aspectos


qualitativos e quantitativos do patrimônio liquido e definições gerais de patrimônio liquido.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

98
1- Qual a definição de patrimônio na contabilidade?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2-Quais as classificações de bens na contabilidade? exemplificaque cada um.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

3- Defina Obrigações na contabilidade, exemplifique.


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4- A seguir, classifique os elementos de resultado constantes no quadro em:

1 Positivo ou Negativo
2 Receita ou Despesa

ELEMENTOS 1 2
Aluguel Negativo Despesa

Conta de luz

Venda de mercadoria

Conta de água

Multa de trânsito

Descontos concedidos

Descontos obtidos

Salários do mês

Conta do telefone

Taxas bancárias

99
ISS (imposto sobre serviço de qualquer natureza)

Venda de serviço

Venda de bem do ativo

Honorário do contador

INSS

FGTS

Comissões de vendedores

Juros de empréstimo bancário

Material de expediente

Material de limpeza

Venda de bem do ativo

Propaganda e publicidade

Combustível

Lanches e refeições

Seguro

ICMS (Imposto sobre a circulação de mercadoria)

5- Classifique cada conta e apure a Situação Patrimonial Líquida:

1 Bens, Direitos ou Obrigações

2 Positivo ou Negativo

3 Ativo ou Passivo

A. CONTA R$ 1 2 3
Caixa
Clientes
Fornecedores
Utensílios
Salários a pagar
Duplicatas a pagar
Situação Líquida Patrimonial =

100
B. CONTA R$ 1 2 3
Veículos
Móveis e Utensílios
Máquinas
Caixa

Promissórias a pagar
Impostos a recolher
Duplicatas a pagar

Títulos a receber
Situação Líquida Patrimonial =

Aula 15- Pilares da Contabilidade , Demonstrações Financeiras e Estrutura do Balanço


Patrimonial

Em contabilidade, temos três categorias para evidenciar as regras fundamentais


que regem a ciência contábil: Os Postulados, Os Princípios e as Convenções. Os
Postulados são chamados de Pilares da Contabilidade, pois sem um deles, não haveria
contabilidade aplicada. São eles:

a) Entidade à O Postulado da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da


contabilidade, e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade. Por
conseqüência dessa acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles de
seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

b) Continuidade à Esse postulado é baseado no pressuposto de que a empresa


ou entidade é algo em andamento, em continuidade, que funcionará por prazo
indeterminado. Uma empresa em processo de extinção (descontinuidade) ou
liquidação, será contabilizada por outras regras, pois a continuidade influencia
o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimentos dos
101
passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado,
previsto ou previsível.

Os Postulados, Princípios e Convenções são disciplinados pelas Resoluções


nºs 750/93 e 774/94, ambas do Conselho Federal de Contabilidade.

15.1Técnicas Contábeis

Nos anos 40, as técnicas contábeis consideradas eram:

 Escrituração
 Inventários
 Balanço
 Orçamento

Atualmente, os organizadores de concursos têm considerado como técnicas contábeis:

 Escrituração à registro em livros próprios (Diário, Razão, Caixa, Contas


Correntes), de todos os Fatos Administrativos que ocorrem no dia-a-dia das
empresas;
 Demonstrações à quadros técnicos que apresentam dados extraídos dos
registros contábeis da empresa. As demonstrações financeiras mais conhecidas
são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício;
 Auditoria à verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações
financeiras, através do exame minucioso dos registros contábeis e dos
documentos que deram origem a eles;
 Análise de Balanço à exame e interpretação dos dados nas demonstrações
financeiras, com o fim de transformar esses dados em informações úteis aos
diversos usuários da Contabilidade.

102
15.2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Conceito

Os dados coletados pela contabilidade são apresentados periodicamente aos


interessados de maneira resumida e ordenada, formando, assim, os relatórios
contábeis.

Principais Demonstrações Financeiras

Os relatórios obrigatórios são previstos na Lei nº 6.404/76, art. 176, que assim os
enumera:

 Balanço Patrimonial (BP);


 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
 Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos (DOAR).

Também serão elaboradas Notas Explicativas sobre as Demonstrações Financeiras.

Período de Apresentação das Demonstrações Financeiras

A Lei nº 6.404/76 em seu artigo 175, estabelece que, ao fim de cada período de
doze meses, a diretoria da empresa fará elaborar , com base na contabilidade, as
demonstrações financeiras. Este período é denominado exercício financeiro, exercício
social ou período contábil. Não há necessidade que o exercício social coincida com o
ano civil, embora na maioria das vezes assim aconteça.
A data do término do exercício social é definida pelos sócios da empresa e não
pode ser alterada, exceto em condições supervenientes e com a respectiva alteração
no instrumento original (contrato social ou ata de constituição).
As Sociedades Anônimas de Capital Aberto e as instituições financeiras, devem
publicar as demonstrações financeiras semestralmente, para melhor informar o público
103
interessado.
Para atender às necessidades internas (fins gerenciais), e facilitar a administração
da empresa, a contabilidade deverá apresentar relatórios contábeis em períodos mais
curtos (semestral, mensal, quinzenal...).

Requisitos para a publicação das Demonstrações Financeiras

Alguns dados são fundamentais no momento da publicação. Entre eles, destacam-


se a denominação da empresa, o título de cada demonstração financeira e a data
do exercício social a que se refere. Para fins de comparabilidade na análise das
Demonstrações Financeiras, elas deverão ser publicadas com a indicação dos valores
correspondentes ao exercício social atual e imediatamente anterior. Portanto, as
demonstrações conterão duas colunas: ano atual e ano anterior.
As demonstrações financeiras podem ser apresentadas com a eliminação dos três
últimos dígitos (em milhares de reais), ou simplesmente eliminando os centavos. Em
qualquer caso,ao adotar-se a eliminação de dígitos, deve-se fazer constar do cabeçalho
das demonstrações a empressão “R$.milhares” ou algo equivalente.
Exemplo: um valor de R$.23.487.678,21, ficaria publicado: 23.487. A eliminação de
dígitos facilita a publicação, principalmente pela necessidade de publicar em duas
colunas.

15.3 Estrutura do Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial é uma demonstração que relata os bens e direitos(Ativo), e


as obrigações e a participação dos acionistas(Passivo) da empresa, dando, dessa
forma, ao leitor, a posição patrimonial e financeira da empresa.
O termo balanço tem a ver com balança, pois os dois lados: ativo e passivo,
devem estar em consonância, isto é, equilibrados com os mesmos totais. A isto
chamamos de Equilíbrio Patrimonial, de onde resulta a seguinte Equação
Patrimonial:

104
ATIVO PASSIVO+PL

Ao final de um período, quando comparamos os valores do Ativo com os do


Passivo, podemos obter três situações:

a) A > P à essa situação nos proporciona uma situação líquida positiva, pois
os valores componentes do Ativo permitem solver as obrigações e ainda
apresentam saldo. Essa diferença positiva é lançada contabilmente como
Lucro do Exercício, no grupo contábil do Patrimônio Líquido;

Equação Patrimonial è A = P+
PL

b) A < P à essa situação nos proporciona uma situação líquida negativa, pois
os valores componentes do Ativo NÃO são suficientes para cobrir as
obrigações. Essa diferença negativa, é lançada como Prejuízo do Exercício,
no grupo contábil do Patrimônio Líquido. Quando ocorre essa situação,
contabilmente dizemos que a empresa apresenta um Passivo a Descoberto.

Equação Patrimonial è A= P-

c) A = P à essa situação nos proporciona uma situação líquida nula,


pois os valores do Ativo cobrem tão somente o montante das obrigações.

Equação Patrimonial è A =

Em termos dos grandes agrupamentos de contas, o balanço patrimonial é


dividido da seguinte forma:

105
A T I V O P A S S I V O
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS ATÉ O EX. SEGUINTE
DIREITOS REALIZÁVEIS ATÉ EX. SEGUINTE
DESPESAS DE EXERCICIO SEGUINTE PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS APÓS EX. SEGUINTE

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS


DIREITOS REALIZÁVEIS APÓS EX. SEGUINTE (+) RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS (-) CUSTOS E DESPESAS DE EXERC. FUTUROS

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO PERMANENTE CAPITAL SOCIAL
INVESTIMENTOS RESERVAS DE CAPITAL
ATIVO IMOBILIZADO RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
ATIVO DIFERIDO RESERVAS DE LUCROS
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

CLASSIFICAÇÃO DOS COMPONENTES PATRIMONIAIS

1. ATIVO CIRCULANTE - bens e direitos que irão se realizar até o exercício social
seguinte. Ex: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras, Contas a
Receber, Estoques, Despesas Antecipadas;
2. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Bens e direitos que irão realizar-se após o
exercício social seguinte. Ex: Contas a Receber a Longo Prazo, Despesas
Antecipadas a Longo Prazo, Contas a Receber de Pessoas Ligadas:
3. INVESTIMENTOS - Participações permanentes no capital social de outras empresas
e outros direitos permanentes que não se destinem à manutenção das atividades da
empresa(investimentos em ações ou quotas, obras de arte, imóveis para aluguel,
etc.);
4. ATIVO IMOBILIZADO - Bens e direitos destinados à manutenção das atividades da
empresa(terrenos, edificações, maquinismos, ferramentas, móveis e utensílios,
marcas e patentes, etc.);
5. ATIVO DIFERIDO - despesas que contribuirão para a formação de mais de um
exercício social(despesas pré-operacionais, despesas com pesquisas, despesas
com reorganização, etc);

6. PASSIVO CIRCULANTE - Obrigações que irão vencer até o exercício social


seguinte( fornecedores, empréstimos, impostos a pagar, encargos sociais a recolher,

106
etc_;
7. PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO - Obrigações que irão vencer após o
exercício social seguinte( fornecedores a longo prazo, empréstimos a longo prazo,
créditos de pessoas ligadas, etc);
8. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS - receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos respectivos custos e despesas a elas correspondentes.
9. PATRIMÔNIO LÍQUIDO - composto das origens de recursos pertencentes aos
acionistas (recursos recebidos na forma de capital, ágio na colocação de ações,
doações e subvenções para investimentos, lucros ou prejuízos apurados.

15.4 CONTABILIDADE POR BALANÇOS SUCESSIVOS

Metodologia do Ensino da Contabilidade

No ensino da contabilidade, temos pelo menos, duas tendências ou escolas: escola


italiana e escola americana.

1- Escola Italiana à parte dos lançamentos contábeis (escrituração) para, no final,


chegar às demonstrações financeiras;

2- Escola Americana à parte de uma visão conjunta das demonstrações financeiras,


principalmente o Balanço Patrimonial, para em seguida, estudar os lançamentos
contábeis que deram origem àquelas demonstrações.

A Escola Americana, de aceitação universal, consolidada no Brasil pela Lei nº


6.404/76 (de origem nitidamente americana), baseia-se na própria evolução histórica
da contabilidade. Nos primórdios da Contabilidade (4.000 a.C.) era feita apenas a
contagem da riqueza (demonstração financeira) em momentos distintos; em época
mais recente (século XV d.C.) foram introduzidos os lançamentos contábeis.
Esta apostila segue a corrente da escola americana. Procuraremos nos próximos
tópicos, abordar uma seqüência de operações monetárias de uma empresa prestadora
de serviço (transportadora) que servirá de base para se desenvolver, na época
seguinte, a escrituração contábil.
107
A Contabilidade por Balanços Sucessivos

A Contabilidade por Balanços Sucessivos é bastante simples: a cada operação


realizada pela empresa faz-se a alteração em um novo balanço.
O próximo passo é averiguar se as modificações evidenciadas no balanço estão
corretas ou não, observando:

 Se o total do lado Ativo é igual ao total do lado Passivo + Patrimônio Líquido;


 Se o valor da operação inserido no balanço no lado do Ativo é igual ao do lado
do Passivo + PL;
 Se a contrapartida de um aumento do lado Ativo foi evidenciada no lado Passivo
ou diminuída do próprio lado do Ativo ( no caso de operações permutativas do
ativo e passivo).

15.5 Aspectos da Constituição de uma empresa

Normalmente, na constituição de uma empresa os proprietários se reúnem para


estruturar um contrato que regerá as regras da sociedade. Numa empresa limitada esse
contrato é denominado contrato social; numa S.A. chama-se estatuto.

Uma das regras fundamentais refere-se ao valor do capital que os proprietários se


responsabilizam em conceder à empresa. O compromisso assumido pelos proprietários
é real, pois eles assinam (subscrevem) o contrato. Por isso, o montante do capital
assumido por todos os proprietários de conceder à empresa denomina-se Capital
Subscrito. (capital prometido).

15.6 CONTABILIZAÇÃO DAS CONTAS DE DÉBITO E CRÉDITO

O Método de Balanços Sucessivos

Como foi visto no tópico anterior, a contabilidade por balanços sucessivos, embora
seja correta e facilite a visualização do processo contábil, apresenta uma
inconveniência no seu aspecto prático: não é recomendável quando a empresa realiza
muitas operações (que é o caso de quase todas as empresas). Imaginemos uma
108
empresa com mil operações diárias: teríamos que fazer mil balanços sucessivos, o que
seria impraticável.
Dessa forma, sem perder de vista esta metodologia, utiliza-se outro processo mais
rápido e prático: o controle individual por contas, registrando-se aumentos e diminuições
em cada conta isoladamente. Ao final de um período determinado, relacionam-se todas
as contas, de forma resumida e ordenada, e chega-se ao Balanço Patrimonial.

15.7 A utilização de Razonetes

Razonete, em contabilidade, é uma representação gráfica em forma de “T”


bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento didático para desenvolver o
raciocínio contábil. Através do razonete são feitos os registros contábeis individuais por
conta, dispensando-se o método por balanços sucessivos.
Da mesma forma que o Balanço, o razonete tem dois lados; na parte superior do
razonete coloca-se o título da conta que será movimentada.

A representação gráfica abaixo ilustra melhor os dois instrumentos:

Razonete
Balanço Patrimonial Título da Conta
Ativo Passivo Débitos Créditos

Na verdade, o razonete é uma representação gráfica simplificada para fins


didáticos do Razão Contábil que é um livro não exigido pela legislação comercial (é
facultativo). Todavia, em virtude de sua eficiência, é indispensável em qualquer tipo de
empresa: é o instrumento mais valioso para o desempenho da contabilidade. Por isso,
do ponto de vista contábil, é um livro imprescindível.
Este livro agrupa valores em contas de uma mesma natureza e de forma racional.
Em outras palavras, o registro no Razão é realizado em contas individualizada, nos
propocionando um controle contábil por conta. Por exemplo: abre-se uma conta razão
para o caixa e ali registra-se todas as operações que, evidentemente, afetam o caixa;
debitando-se ou creditando-se nesta conta e, a qualquer momento, apura-se o seu
saldo. E assim sucessivamente para todas as contas.

109
Atualmente o razão contábil é emitido por processamento de dados que após
encadernado, forma um livro.

Abaixo, um modelo do Razão Contábil da conta Caixa:

RAZÃO CONTÁBIL – Empresa: Cia.


Transportadora
Conta: Caixa Código: 1.1.1.01.001
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
02/01/01 Saldo do ano anterior 2.560,00 D
10/01/01 Recebido NF 340 5.760,00 8.320,00 D
15/01/01 Pago NF 123456 a Comercial Oeste 3.238,00 5.083,00 D
25/01/01 Pago Salários do pessoal 4.500,00 582,00 D

Lançamentos nos Razonetes

Para cada conta do Balanço Patrimonial abre-se um razonete e nele realiza-se a


movimentação. De um lado dele registram-se os aumentos; e do outro as diminuições.
A natureza da conta (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) determina que lado deve ser
utilizado para aumentos e que lado deve ser utilizado para diminuições.

Como pode ser visualizado nos gráficos acima, os débitos são feitos do lado
esquerdo do razonete, consequentemente, os créditos, do lado direito. Recapitulando:
as contas do Ativo tem saldo devedor, as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido,
tem saldo credor.

Regras Gerais

 Todo aumento de Ativo ( lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se;


 Toda diminuição de Ativo (lança-se do lado direito do razonete): credita-se;
 Todo aumento do Passivo e PL (lança-se do lado direito do razonete): credita-
se;
 Toda diminuição do Passivo e PL (lança-se do lado esquerdo do razonete):
Saldo das Contas
Saldo de uma conta é a diferença entre os débitos e créditos. Em nosso exemplo

110
anterior, a conta da Caixa Econômica Federal teve a seguinte movimentação:

Caixa Econômica Federal


300.000,00 (1) 15.000,00
(2)
55.000,00
(3)
300.000,00 (=) 70.000,00
(=)
230.000,00 (S)

Portanto, o saldo da conta Caixa Econômica Federal é R$.230.000,00 a débito,


resultante da diferença entre R$.300.000,00 de aumentos e R$.70.000,00 de
diminuições.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- Qual a definição de razonetes para a contabilidade?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
2- O que vem a ser saldo de conta contábil ?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
3- Quais a duas tendências utilizadas na metodologia no ensino da contabilidade?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
111
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
4- O que vem a ser Ativo Circulante?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

5- O que vem a ser Passivo Circulante?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
6- O que vem a ser Ativo Imobilizado?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

7- Qual a definição de Patrimônio Líquido?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

112
8- O que vem a ser Passivo a Descoberto?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
9- Quais os requisitos para a publicação das demonstrações Financeiras?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

10- Quais as técnicas contábeis utilizadas atualmente?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
11- Qual a definição de Balanço Patrimonial?

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
12- Qual a definição das equações patrimoniais em destaque:

1- Equação Patrimonial A = P+

2- Equação Patrimonial è A =
P

113
 Curiosidade:

Créditos e Débitos

Você vai concordar comigo que esses dois termos, crédito e débito já são bem
conhecidos, certo? Um dos exemplos é quando acessamos a nossa conta corrente
junto ao banco para observar a movimentação do nosso dinheiro. Sempre que é feito
um depósito, a conta corrente registra um crédito e por outro lado quando emitimos um
cheque ou utilizamos o nosso cartão da conta corrente, aparecerá o registro de um
débito. Abaixo, vamos abordar um pouco mais esses exemplos de créditos e débitos.

Figura 1.2: Crédito e Débito


Fonte: http://controle-economico.blogspot.com/

Em nossa conta corrente, quando recebemos dinheiro em forma de salário, por


exemplo, podemos dizer que estamos recebendo um crédito. Dentro da estrutura
empresarial, quando se concretiza um recebimento por uma venda, também podemos
dizer que recebemos um crédito. Na área empresarial também chamamos essas várias
entradas de recursos como “Receitas”.

Crédito Dinheiro posto à disposição de alguém numa casa bancária ou


comercial. Aquilo que, na sua escrita, o negociante há de haver; dívida ativa. Facilidade
em obter dinheiro por empréstimo ou de abrir conta em casas comerciais. Direito de
receber o que se emprestou. Quantia a que corresponde este direito. Débito Aquilo que
se deve; dívida. Parte de uma conta, oposta ao crédito, onde o negociante lança o que
fornece ou paga.

114
Receita O total das somas de dinheiro que uma pessoa natural ou jurídica
recebe dentro de certo espaço de tempo, relativamente aos seus negócios, proventos
ou rendas. Resultado das vendas à vista realizadas em determinado período financeiro
(dia, mês ou ano). Quantia recebida.
Quando realizamos um pagamento ou repassamos dinheiro para comprar algo ou para
alguém, estamos realizando um gasto que também é chamado de débito. A empresa
também terá que pagar pelos gastos com impostos, salários, matéria-prima, telefone,
energia elétrica, etc. Na empresa podemos também denominar todas essas saídas de
recursos como “Desembolsos”.
Salienta-se que, na gestão empresarial, os recursos financeiros dizem respeito a
todo o dinheiro que será movimentado durante o desenvolvimento da atividade do negócio.
Esses recursos estarão ligados aos recebimentos e pagamentos. É oportuno enfatizar que
os recebimentos serão todas as entradas de dinheiro (créditos) e os pagamentos serão
todas as saídas de dinheiro (débitos).

Débito vem do latim debes = devido a mim


(pertencente a mim)
Crédito vem do latim credo = confiança, acreditar

O débito corresponde à aplicação do valor, à


destinação do recurso ou onde o dinheiro foi investido. E o
crédito corresponde à origem do valor, à fonte do dinheiro
ou de onde são conseguidos os recursos para a
empresa. Figura 1.3: Cálculos Financeiros
Fonte: http://indicavenda.com.br/
Fonte: www.wikipedia.org

Aula 16

16.0 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO E MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

Balancete de Verificação

Conceito- É o Resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela contabilidade, para


averiguar a exatidão das mesmas.
Periodicamente (diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente...), os
115
responsáveis pela contabilidade devem verificar se os lançamentos contábeis
realizados no período estão corretos.

Uma técnica bastante utilizada para atingir tal objetivo é o Balancete de Verificação.
Este instrumento, embora de muita utilidade, poderá não detectar toda a amplitude de
erros que possam existir nos lançamentos contábeis.
Um dos modelos mais utilizados, por apresentar-se mais completo, é o Balancete
de Verificação de seis colunas, pois este nos evidencia os saldos iniciais, a
movimentação a débito e a crédito e os saldos finais devedores e credores. Abaixo, um
modelo desse instrumento contábil.

16.1 Método das Partidas Dobradas

Esse método, desenvolvido pelo Frade Franciscano Luca Pacioli em 1494, hoje
universalmente aceito, dá início a uma nova fase para a Contabilidade como disciplina
adulta, além de desabrochar a Escola Italiana, que iria dominar o cenário contábil até o
início do século XX.
Esse método consiste no fato de que para qualquer operação sempre haverá um
débito e um crédito de igual valor ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um
crédito (ou mais créditos). Portanto, não há débitos sem créditos correspondente,
de forma que a soma dos débitos será sempre igual à soma dos créditos.

16.2 Partidas Simples

Esse método, utilizado antes do advento das Partidas Dobradas, com a evolução
da Ciência Contábil e com o aumento do volume das transações das empresas,
mostrou-se incompleto, imperfeito e ineficiente, tanto que atualmente apenas algumas
pessoas físicas contabilizam seus eventos com base nele.
Partidas Simples, consiste em proceder apenas um débito ou um crédito. Não há a
correspondente contrapartida.

116
16.3 Balancete das Partidas Dobradas e a Identificação de Erros de Lançamento

O Balancete de Verificação tem também a missão de propiciar a identificação de


erros, pois quando o mesmo não apresenta os mesmos valores nos totais dos débitos
e créditos, não se pode prosseguir o trabalho antes de detectar onde está o erro de
lançamento. Mesmo que a soma dos débitos seja igual à soma dos créditos, o contador
deve fazer a auditoria nos demais itens do balancete. Por exemplo: verificar se foram
utilizadas corretamente as contas.

16.4 O Balancete como Instrumento de Decisão

Quando a empresa não levanta o balanço em períodos mais curtos, o balancete


tem-se tornado poderoso instrumento de base para decisões. Assim, por meio de
balancetes mensais, a administração da empresa terá em mãos um resumo de todas
as operações, bem como de todos os saldos existentes no final de cada período.
Dessa forma, o “poder decisório” conhecerá o resultado financeiro e econômico da
empresa no final de determinado período, sem a necessidade de estruturar um balanço.
Esses dados, são fundamentais para a tomada de decisão.

Fica evidente, que quanto maior o grau de detalhamento do balancete, mais


subsídios haverá para a tomada de decisão. Assim, um balancete com duas colunas
não terá o mesmo grau de utilidade para a tomada de decisão, que um balancete de
seis colunas, por exemplo.

Aula 17

17.0 CONTABILIZAÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO

Contas de Resultado

De maneira geral as contas de resultados são aquelas utilizadas para a apuração


do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício social. São as contas de Receitas e
Despesas, que periodicamente (mensalmente...) são confrontadas para apurar o Lucro
ou o Prejuízo.
117
As regras definidas para o confronto Receita x Despesa são originadas do Regime
de Competência. Este regime (forma de contabilização) de contabilidade dispõe que,
considerando determinado período ou exercício, será considerada como Receita
aquela ganha ou gerada neste período (não importando se foi recebida ou será em
outro período) e como Despesa aquela consumida, utilizada, incorrida também naquele
período (não importando se foi paga ou será em outro período).
Temos também, o Regime de Caixa, que considera como Receita apenas o que foi
efetivamente recebido no período em análise e, como Despesa aquilo que foi também
pago naquele período.
É bom ressaltar que a legislação fiscal brasileira não admite, para fins tributários, a
escrituração pelo regime de caixa. A Teoria Contábil também apresenta o Regime de
Competência como base para a contabilização dos eventos das empresas.

Podemos concluir então, que a Contabilidade possui contas de duas naturezas:

a) Contas Patrimoniais à aquelas componentes do Balanço Patrimonial, isto é,


contasde Ativo e de Passivo, contas essas que não se encerram de um exercício
social para outro, mas o saldo que porventura possa existir nelas, será
transferido para o próximo exercício;
b) Contas de Resultado à aquelas componentes da Demonstração do Resultado
do Exercício, isto é, Receitas e Despesas, as quais, ao final do exercício social
são encerradas (zeradas), para apurar o resultado (lucro ou prejuízo) do
período.

17.1 Regras para contabilização das contas de resultado

Se as contas de Receitas são ingressos de recursos ou direitos para a empresa,


evidente fica que elas produzem uma variação positiva no resultado, isto é, aumentam
o lucro: quanto maior a receita, maior o lucro. As Receitas aumentam o Patrimônio
Líquido. Contabilmente, toda a Receita deve ser CREDITADA nas contas respectivas.
Já as Despesas diminui o lucro ou aumenta o prejuízo e, portanto, diminui o
Patrimônio Líquido. Toda Despesa deve ser DEBITADA nas respectivas contas.

118
O quadro abaixo evidencia o resumo geral das regras de contabilização das contas
patrimoniais e de Resultado.

Natureza das Contas Débito Crédito


Contas de Ativo Aumento Diminuição
Contas de Passivo e Patrimônio Líquido Diminuição Aumento
Contas de Resultado Despesa Receita

Vamos praticar alguns exercícios com Balanços Sucessivos. Comece imaginando uma
empresa que está iniciando suas atividades. Serão realizados os primeiros
lançamentos na contabilidade; em seguida haverá demonstração dos lançamentos e,
logo após, os balanços atualizados.

1. Os sócios reúnem R$ 30.000,00 em dinheiro para investir na


empresa.É o que chamamos capital social, ou seja, a origem
do dinheiro veio dos sócios e este dinheiro vai entrar no caixa
da empresa.

Graficamente ficará assim representadas as contas:

Caixa Capital Social


(1)* 30.000,00 30.000,00 (1)*

O dinheiro aplicado (débito) A origem do dinheiro (crédito)

Obs.: (1)* representa o primeiro lançamento do período.

Se fossemos fazer um balanço da empresa, ele ficaria assim, neste primeiro momento:

Balanço Patrimonial após lançamento (1)


Passivo
Circulante oo

Caixa. ............... R$ 30.000,00 R$ 30.000,00


Total do Ativo Total do

O dinheiro aplicado (débito) A origem do dinheiro (crédito)


Total do Ativo (aplicação de recursos) = Total do Passivo (origem de recursos)

Conta do ativo

119
Débito Crédito

Aumenta Diminui

Conta de Passivo
Débito Crédito

Diminui Aumenta

Exemplo:
1. A empresa utilizou R$ 10.000,00 do dinheiro que estava no caixa, para
comprar móveis. Como contabilizar?

Caixa
(1) 30.000,00 10.000,00 (2)*

Origem (crédito)

Móveis

(2)* 10.000,00

Aplicação (débito)

Capital Social
30.000,00 (1)

Obs.: (2)* Referem-se ao segundo lançamento do período.Os registros anteriores


permanecem, enquanto durar o período. Observe as alterações produzidas no balanço após
este lançamento:

120
Balanço Patrimonial após lançamento (2)
Ativo Passivo
Circulante
Disponibilidades
Caixa. ............... R$ 20.000,00

Não Circulante
Imobilizado Patrimônio Líquido
Móveis. ............... R$ 10.000,00 Capital Social. ................. R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 30.000,00 Total do Passivo R$ 30.000,00

Aula 18

18.0 - Elementos de Resultado e sua influência no patrimônio

Esta aula é importantíssima, pois o resultado é o objetivo fim das empresas, ou seja, o
LUCRO. Então, vamos entender como funciona e como afeta o patrimônio! Durante o exercício
fiscal (ano) o patrimônio poderá aumentar ou diminuir, dependendo da movimentação dos
elementos que compõem este patrimônio e também pelas atividades realizadas que poderão
produzir receitas ou despesas que afetam o patrimônio positiva ou negativamente.

Elementos de resultado

São os elementos representados pelas receitas e despesas que no final do exercício


apontarão o resultado, podendo ser positivo, lucro (chamado de superávit na contabilidade
pública) ou prejuízo (chamado déficit na contabilidade pública).

Elementos de receita

Entrada de recursos financeiros, geralmente proveniente da venda de bens ou serviços.


Uma característica da receita é produzir recursos que se forem maiores que as despesas,
gerarão o lucro da empresa. Exemplo: venda de bens, venda de serviços, descontos obtidos,
juros recebidos, etc. Resumindo, é somente através das receitas que a empresa obtém lucro.

Despesa

121
Caracterizada pelo consumo de bens ou serviços, ou ainda, pela saída de recursos
financeiros sem aumento do patrimônio ou aquisição de um bem para consumo rápido,
geralmente durante o exercício. As despesas ocorrem a todo o momento e são comuns na
empresa. Exemplos: água, luz, telefone, salário do mês, depreciação (perda do valor de um
bem em virtude de seu uso), propaganda e publicidade, combustível, correio, aluguel, material
de expediente, material de limpeza, manutenção de imóvel, impostos sobre as vendas,
descontos concedidos, comissões de funcionários, etc. Resumindo, sempre haverá uma
despesa quando for preciso desembolsar recurso financeiro, mesmo que não seja à vista, sem
obtenção de um bem ou direito que aumentem os valores positivos da empresa.

Resultado do exercício

É a diferença entre as receitas e despesas. Será positivo (lucro/superávit) quando as


receitas forem maiores que as despesas ou negativo (prejuízo/ déficit) quando as receitas forem
menores que as despesas. O resultado do exercício deverá ser incorporado ao patrimônio,
aumentando quando houver lucro/superávit; diminuindo quando houver prejuízo/déficit.

Receitas: Vendas de produtos, mercadorias ou serviços = aumentam o Ativo


À vista entrada= de dinheiro em Caixa
A prazo= gera direitos a receber

Despesas: Gastos realizados nas atividades da empresa sem aumento do ativo

Consumo de bens.
À vista = saída de dinheiro em Caixa
A prazo= aumento das dívidas.

Resumo: Nesta Aula aprendemos sobre a origem do débito e crédito, elaboração e definição
de razonetes, elementos de resultado e sua influência no patrimônio.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

122
1- Qual a definição de crédito?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2- Qual a definição de débito?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3- O que é resultado do exercício?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4- O que é um elemento de receita?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5- Na contabilidade, o que são os razonetes?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6- Defina débito e crédito, com suas palavras, baseado no que você já aprendeu.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

7- Considerando as informações abaixo, faça os lançamentos contábeis em razonetes


e a demonstração do balanço.
a- Uma empresa é aberta com investimento dos sócios de R$ 200.000,00 na conta
corrente.
b- Compras de equipamentos de R$ 50.000,00, através de um financiamento
c- Compra de matéria-prima no valor de R$ 30.000 a ser pago em 30 dias.
d- Compra de veículo no valor de R$ 30.000,00, com dinheiro do banco.

123
Aula 19

19. Plano de Contas

O foco do estudo de hoje é o Plano de Contas, principal instrumento no desenvolvimento


do processo contábil de empresa. É a linha condutora de todo o processo de escrituração.
Então, vamos conhecer este importante instrumento.

O Plano de Contas é um conjunto de contas, ordenado segundo as diretrizes legais que


orientam os registros contábeis. É um instrumento de trabalho que permite identificar todas as
contas que poderão ser utilizadas pela empresa. O Plano de contas pode ser comparado a uma
casa. Quando estamos fazendo o projeto de uma casa, pensamos em algo que atenda as
características e necessidades de quem vai ocupar esta casa e fazemos as adaptações.
Por que janelas na casa? É uma necessidade que a casa seja ventilada, até mesmo visando
preservar a saúde de quem ocupa esta casa. Por que tantas tomadas na sala e poucas no
quarto de visita? Foi uma opção do proprietário que precisa ser respeitada, pois a casa vai ser
elaborada respeitando também o perfil deste proprietário, adaptando-se a ele.
O plano de contas, também é elaborado respeitando a necessidade de cumprimento da
legislação em vigor e as características da empresa. Não há um número máximo ou mínimo de
contas. Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas com todas as contas patrimoniais
e de resultado que serão utilizadas pela empresa, inclusive pelas contas em que há previsão
apenas de utilização a longo prazo. Além disso, é importante que exista flexibilidade de forma
a permitir a inclusão de contas caso seja necessário. Para que este plano de contas cumpra
sua finalidade, ele deve respeitar o porte da empresa, seu ramo de atividades, as necessidades
de seus usuários que inclui as informações que deverão ser extraídas dos relatórios contábeis
para os sócios, fornecedores, clientes, empregados, governo, fiscalização, entre outros
possíveis usuários dos relatórios contábeis.

19.1 Estruturas básicas do plano de contas

1º- Todas as contas receberão uma numeração, será o seu endereço no plano de contas.
2º- A numeração de ser separada por níveis ou grau de contas.
3º- A quantidade níveis dependerá da necessidade da empresa, geralmente será de 4 ou 5
níveis, sendo possível ter mais níveis.

124
Para entender melhor Grau de contas – Você lembra as aulas de matemática, mais
especificamente dos conjuntos?

1.1 2.1

Cada conjunto recebe um código. Os grandes grupos recebem apenas um número, são de 1º
nível. Os subconjuntos são numerados de forma a identificar que pertencem ao grupo maior,
portanto já são de nível menor, podendo ser de 2º, 3º, 4º, 5º ou mais níveis se essa for a
necessidade da empresa.

Considerações:
a) As contas de último nível, são chamadas de analíticas e somente elas recebem lançamentos
na contabilidade. Sempre que uma conta analítica aumentar ou diminuir de valor, provocará um
efeito nas contas de nível superior, aumentando ou diminuindo essas contas.
b) As contas que não pertencem ao último nível, são chamadas de sintéticas ou totalizadoras,
elas não recebem lançamento na contabilidade, pois ao lançar na conta de nível inferior, o saldo
dessas contas serão automaticamente modificadas.
c) A quantidade de número(s) em cada nível dependerá do número de contas que deverão ser
agregadas a este nível.

Observe que no exemplo temos o código 1.1.1.02.001- Banco do Brasil S.A.


1. Ativo
1.1 Circulante
1.1.1. Disponibilidades
1.1.1.2. Banco conta corrente
1.1.1.2.001 Banco do Brasil S.A.

Aumentando o saldo no Banco do Brasil, estará aumentando o saldo de bancos, das


disponibilidas, do ativo circulante e logicamente de todo o Ativo. Em caso de redução,
acontecerá a mesma coisa, redução em todos os níveis acima da conta.

125
Como no último nível, temos 3 algarismos, podemos cadastrar neste plano de contas até 999
contas de banco. O mesmo ocorre para clientes e fornecedores da empresa. E por isso muitos
planos de conta têm - no último nível - quatro algarismos, o que permite cadastrar 9.999 contas.

19.1.2 Código reduzido ou simplificado

É evidente que deve haver uma forma mais simples de usar o plano de contas do que digitar
todos esses números (os 4 ou 5 níveis) e realmente existe. É o que chamamos de código de
reduzido. Um código que permite acessar a conta usando um número apenas. Simplificando é
como se fosse o apelido da conta.
Exemplo Código Reduzido
1.1.1.1.001 Caixa Matriz 1 1.1.1.2. 001
Banco do Brasil S.A. 121

Ao dizer que estou tirando dinheiro da conta 1 (sei que é a conta caixa) e estou transferindo
esse dinheiro para a conta 121 (sei que este dinheiro está indo para o Banco do Brasil S.A)

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- Faça uma pesquisa e monte o plano de contas de uma empresa.


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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2- Defina o que é plano de contas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3- Qual a estrutura básica do plano de contas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
126
Aula 20

20. Entendendo o registro contábil

Nesta aula você verá como se processa o registro contábil, ou seja, o lançamento contábil.

São elementos essenciais do registro contábil

a) a data da ocorrência da transação;


b) a conta debitada;
c) a conta creditada;
d) o histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de código de histórico
padronizado, quando se tratar de escrituração eletrônica, baseado em tabela auxiliar inclusa
em plano de contas;
e) o valor da transação;
f) o número de controle para identificar os registros eletrônicos que integram um mesmo
lançamento contábil.

Lançamento contábil

É a técnica utilizada para o registro de fatos administrativos, pois provocam alterações no


patrimônio ou no resultado do exercício da empresa. Os lançamentos contábeis devem seguir
a legislação vigente, e podem ser realizados em livros ou em fichas de forma eletrônica ou
manual.

Lançamento pelo método de partida simples

É a técnica utilizada para o registro de fatos administrativos, pois provocam alterações no


patrimônio ou no resultado do exercício da empresa. Os lançamentos contábeis devem seguir
a legislação vigente, e podem ser realizados em livros ou em fichas de forma eletrônica ou
manual.

Lançamento do método das partidas dobradas (Relembrando)

127
É também conhecido como método da causa e efeito ou método da origem e aplicação. É o
método utilizado na contabilidade para a elaboração das demonstrações contábeis. Lembra do
pai da contabilidade? O Frei Luca Pacioli foi o primeiro a apresentar o método das partidas
dobradas, e por apresentar esta técnica, ficou eternizado na história da contabilidade. O método
das partidas dobradas consiste no lançamento do mesmo valor a débito e a crédito. Ou seja,
para cada valor lançado a débito, obrigatoriamente a empresa fará o lançamento do mesmo
valor a crédito, isto é, não existe débito sem crédito e vice-versa.

Escrituração
Escriturar é registrar. Esses registros podem ser feitos em livros próprios de forma eletrônica
ou manual. Há muitos livros que poderão ser escriturados para atender a legislação vigente,
por exemplo os livros de (1) registro de empregados (por exigência trabalhista), (2) entradas e
saídas de mercadorias, (3) apuração de ICMS, IPI, ISS, (4) registro de impressão de
documentos fiscais e de ocorrências (por exigências fiscais), entre outros. Porém, os livros
contábeis que mais se destacam são: diário, razão e caixa.

Livro diário
Registro em ordem cronológica de data e sequencial de lançamento, de todos os registros
efetuados na contabilidade durante o período. É um livro obrigatório para as empresas.

modelo 1 (com colunas )


Livro Diário
Empresa Exemplo Ltda.
CNPJ: 01.234.567/0001-
89
Data Conta a Débito Conta a Crédito Histórico Valor
12/05/2005 Caixa Capital Social Integralização do capital referente ao Sócio 1. 5.000,00
12/05/2005 Caixa Capital Social Integralização do capital referente ao Sócio 2. 1.000,00

Integralização de parte do capital com um compu-


12/05/2005 Computadores Capital Social 3.000,00
tador, modelo X, do sócio 2.
Integralização de parte do capital do sócio 2, com
12/05/2005 Caixa Capital Social 1.000,00
móveis para o escritório.

128
modelo 2 (sem colunas)

Caixa

Caixa

Caixa

Caixa

Livro razão
É um livro auxiliar, obrigatório pela legislação comercial. Neste livro os registros são
demonstrados na ordem de contas. Ou seja, utiliza-se a ordem cronológica de acontecimentos
dentro da mesma conta. Neste livro, aparecerão todas as contas que tiveram saldo ou
lançamentos no período.

Razão Analítico

XPTO Comércio Ltda. Data:


CNPJ: 01.342.575/0001-87 Período:
Conta: Bancos Conta Movimento - Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo

01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D


02.01.2008 Depósito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D

Formalidades Intrínsecas aos Livros:

I. Utilizar forma e padrão contábil;


II. adotar idioma e moeda nacional;
III. possuir clareza e exatidão;
IV. não conter rasuras, borrões, emendas, entrelinhas ou transporte
para as margens;
V. obedecer à rigorosa ordem cronológica;
VI. guardar continuidade;
129
VII. seguir método uniforme de escrituração - Plano de Contas.

Formalidades Extrínsecas aos Livros:

I. encadernação;
II. numeração sequenciada;
III. termos de abertura e encerramento;
IV. registro nos órgãos de registro de pessoas jurídica

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- O que é um livro razão?


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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2- Quais os elementos essenciais do registro contábil?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3- Defina o que é lançamento contábil.


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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
130
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

4- Quais as formalidades utilizadas para os livros contábeis razão e diário.


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Aula 21

21. Atos e fatos administrativos

O objetivo desta aula é identificar os atos e fatos administrativos que são os acontecimentos que
ocorrem diariamente nas instituições.
Durante o exercício fiscal, os administradores e funcionários da empresa, no exercício de suas
funções, praticam diversas ações. Estas ações são atos dentro da organização, sendo que muitos
desses atos devem ser registrados pela contabilidade, por alterarem a situação patrimonial e o
resultado da empresa. Mas existem atos que não produzem alterações patrimoniais e de resultado
e, portanto, não necessitam ser registrados. É o caso de decisões normais sobre a conduta dentro
da organização; elaboração de manuais de procedimentos; reuniões; aplicação de advertências e
até mesmo a contratação ou demissão de funcionários. Observe que o ato de contratar ou demitir
não gera lançamento contábil no momento, mas produzirá fatos contábeis que gerarão
lançamentos futuros, quando forem realizados pagamentos a este funcionário. Outros atos geram
fatos contábeis imediatamente, por alterar a situação patrimonial e/ou de resultado e deverão ser
registrados.

21.1 Classificação dos fatos administrativo


Os fatos administrativos são classificados como: permutivos, modificativos ou mistos.

21.1.1-Fatos administrativos permutativos


São aqueles que trocam valores entre os elementos do ativo ou passivo, sem alterar o
131
patrimônio líquido. Pode haver a troca entre elementos do ativo, entre elementos do passivo
ou entre ativo e passivo.
Balanço Patrimonial Inicial
Ativo Passiv
o
Circulante
Disponibilidades Circulante
Caixa. ............................ R$ 18.000,00 Obrigações com Terceiros
Estoques de Mercadorias...R$ 5.000,00 Fornecedor ..................... R$
3.000,00

Não Circulante
Imobilizado Patrimônio Líquido
Móveis.......................... R$ 10.000,00 Capital Social. .................... R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 33.000,00 Total do Passivo R$ 33.000,00

Exemplo 1:

Durante o período houve o pagamento de R$ 2.000,00 aos fornecedores.


Após este fato, o patrimônio líquido ficou inalterado, havendo apenas
mudança entre elementos do ativo e passivo.

Ativo Passivo
Circulante
Disponibilidades Circulante
Caixa. ........................... R$ 16.000,00 Obrigações com Terceiros
Estoques de Mercadorias...R$ 5.000,00 Fornecedor .................. R$
1.000,00

Não Circulante
Imobilizado Patrimônio Líquido
Móveis. ......................... R$ 10.000,00 Capital Social. ................. R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 31.000,00 Total do Passivo R$ 31.000,00

Aqui há um fato permutativo diminutivo (diminuiu o total do ativo/passivo).

Exemplo 2:

Houve a compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 4.000,00 aprazo.


Ativo Passivo
Circulante
Disponibilidades Circulante
Caixa. ........................... R$ 16.000,00 Obrigações com Terceiros
Estoques de Mercadorias...R$ 9.000,00 Fornecedor .................. R$
5.000,00

Não Circulante
Imobilizado Patrimônio Líquido
Móveis. ......................... R$ 10.000,00 Capital Social. ................. R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 35.000,00 Total do Passivo R$ 35.000,00

Aqui há um fato permutativo aumentativo (aumentou o total do ativo/pas-sivo)

132
Um fato permutativo sempre será aumentativo ou diminutivo? Não necessariamente. Por
exemplo, quando a empresa recebe de clientes, aumenta o valor de dinheiro em caixa, mas diminui o valor
a receber declientes, sem alterar o patrimônio.

Podemos então concluir que quando há somente a troca entre elementos do ativo, ou
somente entre elementos do passivo, não há alteração do totaldo ativo ou passivo. Quando há a
troca entre elementos do ativo e passivo, haverá alteração no total do ativo e passivo.

21.1.2 Fatos administrativos modificativos

São aqueles que provocam modificações no Patrimônio Líquido. Geralmente, as


alterações que provocam no patrimônio líquido vem do lucro ou do prejuízo. Portanto, na maioria das
vezes, os fatos modificativos envolvem contas patrimoniais e também de resultado.
Vamos supor que a empresa acima, no período tenha despesas administrativas no valor de R$
1.000,00, que foram pagas à vista.

O resultado do exercício foi negativo (prejuízo), pelo motivo das despesas serem maiores que
as receitas no período, e isso alterou o patrimônio da empresa
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Disponibilidades Obrigações com Terceiros
Caixa............................. R$ 15.000,00 Fornecedor ................. , R$ 5.000,00
Estoques de Mercadorias...R$ 9.000,00

Não Circulante Patrimônio Líquido


Imobilizado Capital Social. ................. R$ 30.000,00
Móveis. ........................ R$ 10.000,00 Prejuízo do Exercício. ... (R$ 1.000,00)
Total do Ativo R$ 34.000,00 Total do Passivo R$ 34.000,00

É possível um fato modificativo sem envolver contas de resultado? Sim, é possível. Veja um
exemplo: Com base no balanço patrimonial acima,registre o aumento do capital social em R$ 5.000,00 em
dinheiro.

Contas Patimoniais

Caixa Capital Social

5.000,00 5.000,00

Ativo Passivo

133
Circulante Circulante
Disponibilidades Obrigações com Terceiros
Caixa. ........................... R$ 20.000,00 Fornecedor ................... R$ 5.000,00
Estoques de Mercadorias...R$ 9.000,00

Não Circulante Patrimônio Líquido


Imobilizado Capital Social...................R$ 35.000,00
Móveis. ......................... R$ 10.000,00 Prejuízo do Exercício. ..... R$ (1.000,00)
Total do Ativo R$ 39.000,00 Total do Passivo R$ 39.000,00

ATIVIDADE DE FIXACÃO

1- O que são fatos administrativos permutativos?


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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2- O que são fatos administrativos modificativos?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

Aula 22

22. Balancete de verificação – (Praticando)

É uma planilha onde são feitos todos os lançamentos a débito e crédito, para então fazer a
verificação se os totais lançados a débito e crédito são iguais. Éa regra da partida dobrada, onde não
pode haver lançamento a débito semcrédito correspondente e vice-versa. Assim, sempre deverá ser
igual o valorlançado a débito e o valor lançado a crédito no saldo final.

134
Após fazer os lançamentos nos razonetes, deve-se apurar o saldo final dacontas e fazer a
verificação para saber se os lançamentos estão corretos. Uma forma de fazer esta verificação é
através do Balancete de Verificação.

atenção:
O balancete apenas confrontará os lançamentos feitos a débito e os lançamentos feitos a
crédito. Ele não conseguirá detectar se houve fraude ou omissão de lançamentos.

Exemplo de Balancete de Verificação – baseado no balanço abaixo:

Ativo Passivo
Circulante
Circulante
Disponível
Obrigações com Terc.
Caixa. ................................. 29.900,00
Fornecedores. ............................ 6.400,00
Valores a receber Clientes.
Água a Pagar ............................ 80,00
............................................... 5.500,00
Luz a Pagar ................................. 60,00
Estoques Mercadorias.
Telefone a Pagar ......................... 50,00
............................................ 3.000,00

Patrimônio Líquido
Capital Social. ......................... 30.000,00
Lucro do Exercício. ................... 1.810,00

Total do Ativo 38.400,00 Total do Passivo 38.400,00

Balancete de varias colunas – modelo


Empresa
“Balancete de Verificação em / /

BALANCETE ANTERIOR MOVIMENTO DO PERÍODO BALANCETE ATUAL


CONTAS SALDO DÉBITO CRÉDITO SALDOS ATUAIS
S
Devedores Credores Devedores Credores
Caixa 29.900,00 2.000,00 12.000,00 19.900,00
Clientes 5.500,00 5.500,00
Estoques 3.000,00 10.000,00 1.000,00 12.000,00
Fornecedor 6.400,00 4.400,00
Água a Pagar 80,00 2.000,00 80,00
Energia a Pagar 60,00 60,00
Telefone a Pagar 50,00 50,00
Reserva de Lucros 1.810,00 1.810,00
Capital Social 30.000,00 30.000,00

Venda de Mercad. 2.000,00 2.000,00


CMV 1.000,00 1.000,00
Total 38.400,00 38.400,00 15.000,00 15.000,00 38.400,00 38.400,00

135
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- Qual a finalidade do balancete de verificação?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

2- Faça os lançamentos no balancete de verificação e apure os saldos finais

CIA. TRANSPORTADORA
Balancete de Verificação encerrado em
31/12/19X1 Contas Patrimoniais e
Contas de Resultado
CONTAS Saldos Movimentaçã Saldos Finais
Iniciais o Operações 8 Operações 1 a
Operações 1 a a 18 18
7
Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
Caixa
Caixa Econômica Federal
Banco do Brasil
Estoque – Material
Expediente
Veículos
Móveis e Utensílios
Fornecedores
Financiamento B. Brasil – CP
Financiamento B. Brasil – LP
Capital Social
Aluguel
Lanches e Refeições
Receita de Fretes
Combustíveis e Lubrificantes
Pedágio
Material de Consumo
Salários
Pró-Labore

136
C.P.M.F.
COFINS
PIS
ISS
Impostos e Taxas a Recolher

TOTAIS...........................

Aula 23

23.0 APURAÇÃO CONTÁBIL DO LUCRO OU PREJUÍZO

Considerações Gerais

Em cada período (exercício social ou período menor), devemos apurar o Lucro ou


o Prejuízo das operações realizadas. Dessa forma, confronta-se as Receitas com as
Despesas desse período, obtendo-se o resultado, que pode ser lucro ou prejuízo e em
seguida, zeram-se essas contas de resultado, pois para o próximo exercício social, elas
iniciam do zero.

23.1 Encerramento das Contas de Resultado

Conforme exigência legal, ao final de cada exercício social ou período menor para
atender à exigências do fisco federal (SRF), as empresas estão obrigadas a encerrar
todas as contas de resultado. Esse encerramento ocorre no momento do confronto da
Receita com a Despesa, para apurar o resultado do período.
Com o encerramento das contas de Receitas e Despesas, todas as contas de
resultado ficam com saldo zero para o início do próximo exercício social. Assim, no
novo exercício, começa-se a acumular receitas e despesas que ao final também serão
encerradas.

23.2 Conceito de Custo e Despesa

Esses dois termos contábeis, embora comumente sejam tratados como sinônimos,
em contabilidade eles têm sentido diferenciado, mais precisamente quando nos

137
referimos à contabilidade de custos. Porém, é possível contabilmente, segregar aquilo
que é custo do que é despesa, também nas atividades comerciais e até de prestação
de serviços. Tanto custo como despesa constituem em termos gerais, GASTOS da
empresa.
Numa indústria custo significa todos os gastos na fábrica (produção): matéria-prima,
mão-de-obra, manutenção, embalagem, etc. Despesa significa os gastos no escritório,
seja na administração, seja no departamento de vendas, seja no departamento de
finanças.
Assim, o aluguel pode ser tratado como despesa ou custo: tratando-se de aluguel
do prédio da fábrica, será considerado custo; tratando-se de aluguel referente ao prédio
do escritório (administração), será considerado despesa. Se o aluguel incidir sobre o
setor fabril e administrativo, teremos que usar um sistema de rateio para
contabilizar separadamente o custo e a despesa. Esse mesmo raciocínio é igual para
os gastos com Imposto Predial, funcionários, materiais, depreciação, etc.
Numa empresa comercial o gasto da aquisição de mercadorias para revenda será
tratado como custo; já numa empresa prestação de serviços a mão-de-obra aplicada
no serviço prestado mais o material utilizado nesse serviço serão considerados custo.
Para ambas as atividades, todos os outros gastos na administração, serão tratados
como despesa.
Numa empresa que presta serviços de limpeza, por exemplo, consideram-se
custos: salário das faxineiras, supervisão dos serviços, material de limpeza aplicados
nos serviços, depreciação dos equipamentos utilizados nos serviços prestados, etc. As
despesas de pessoal administrativo, contabilidade, finanças e outros gastos, serão
considerados como despesas.
Outro exemplo: num hospital computam-se como custo: salário dos médicos,
enfermeiros e auxiliares de enfermagem, medicamentos aplicados nos pacientes,
alimentação dos pacientes, lavanderia, aluguel do hospital, depreciação dos
equipamentos hospitalares, etc. Os gastos administrativos, por sua vez, pertencem à
despesa: honorários dos diretores, departamento de finanças, contabilidade, marketing,
etc.
Resumindo, CUSTO é o gasto que está relacionado diretamente com o objetivo
social da empresa, DESPESA é o gasto relacionado indiretamente com o objetivo social
da empresa.

138
23.3 Lançamento de Encerramento

A técnica é bastante simples, podendo ser realizada em dois momentos:

23.3.1 Abre-se uma Conta de Resultado transitória com o título de Apuração do


Resultado do Exercício onde são transferidos todos os saldos das contas de
receitas e despesas;
23.3.2 Transfere-se o saldo final da conta Apuração do Resultado do Exercício para
a Conta Lucro do Exercício ou Prejuízo do Exercício, conforme o resultado
que for apurado. Com isso, TODAS as contas de resultado ficam com saldo
zero e as contas patrimoniais de Ativo e Passivo, já podem ser elencadas
dentro da estrutura do Balanço Patrimonial Final.

23.4 Demonstração do Resultado do Exercício – D.R.E.


Após zeramos todas as contas de resultado e transferirmos o resultado para o
Patrimônio Líquido, devemos elaborar a chamada Demonstração do Resultado do
Exercício, também conhecida pela sigla D.R.E., que nada mais é que um resumo
ordenado das Receitas e das Despesas, de forma dedutiva.
O artigo 187 da Lei n.º 6.404/76 determina como deve ser elaborada a DRE. Nos
incisos I e II deste artigo, fica claro a forma dedutiva que devemos adotar, pois o texto
legal preceitua que a demonstração do resultado do exercício discriminará a receita
bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos
(o grifo é nosso); a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto... Os demais incisos, III ao VII, discriminam as demais
receitas e despesas que deverão figurar no demonstrativo, até chegar-se ao resultado
líquido final.

A seguir, apresentamos um modelo de Demonstração do Resultado do Exercício:

Receita Bruta das Vendas e


Serviços (-) Devoluções de
Vendas
(-)Abatimentos Incondicionais
139
(-)Impostos sobre Vendas e Serviços
(=)Receita Líquida
(-) Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(+-) Resultado Financeiro
(-) Despesas Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional
(+) Receitas Não Operacionais
(-) Despesas Não Operacionais
(+-)Saldo da Correção Monetária (*)
(=) Resultado do Exercício antes da Contrib. Social e do Imposto de Renda
(-)Provisão para Contribuição Social (**)
(-) Provisão para Imposto de Renda
(-) Participações de Debêntures, Empregados, Administradores e
Partes Beneficiárias
(-) Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou
Previdên- cia de Empregados
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (***)

(*) Esta conta figurou nas demonstrações levantadas até 31.12.95.


A partir de 01.01.96, tal conta deixa de existir, para fins societários e fiscais, diante da
revogação da sistemática de correção monetária estabelecida no art. 4º da Lei nº
9.249/95.

(**) Quando da publicação da Lei nº 6.404/76, não existia a


Contribuição Social, que foi criada pela Lei nº 7.689/88.

(***) Nas sociedades anônimas, após apresentar o lucro ou o prejuízo


líquidodo exercício, é exigido apresentar o lucro ou prejuízo por ação do capital
social.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

Exercício de Fixação nº 1 – Transcreva para os Razonetes os lançamentos abaixo:

140
01. 02/01 - Proceda a Transferências dos saldos das Contas Patrimoniais do exercício
de 19X1 para 19X2;
02. 05/01 – Pagamento por caixa de compras diversas referente café, açúcar, leite, pão,
no valor de R$.125,00;
03. 07/01 – Pagamento à vista, com cheque da Caixa Econômica Federal, de um terreno
contendo um sobrado com 600 m2 de área construída, para funcionar as instalações
da empresa, por R$.210.000,00;
04. 10/01 - Pagamento com cheque do Banco do Brasil, da duplicata de fornecedor, no
valor de R$.7.500,00, sobre a qual nos foi concedido um desconto de 10%, pelo
pagamento antecipado;
05. 13/01 - Recebido Conhecimento de Frete nº 007 no valor de R$.5.500,00 valor este
que foi depositado na Conta Corrente do Banco do Brasil;
06. 14/01 - Pagamento à vista, com cheque da Caixa Econômica Federal, de Notas
Fiscais de Combustíveis e Lubrificantes, no total de R$.370,00 sendo que deste
total, 60% refere-se a óleo diesel do caminhão;
07. 20/01 - Pagamento com cheque do Banco do Brasil, do aluguel das instalações, pois
o sobrado adquirido ainda necessita de reformas, no valor de R$.850,00
08. 25/01 - Valor do Frete conforme Conhecimento nº 008, no valor de R$.4.800,00
valor este que receberemos em 10/02/X2;
09. 27/01 - Pagamento com dinheiro do caixa, ao motorista do caminhão, das taxas de
pedágio do período, no valor de R$.185,00;
10. 30/01 - Pagamento com cheque da Caixa Econômica Federal, da Folha de
Pagamento do mês, no valor total de R$.3.900,00, sendo deste valor, 40% refere-
se ao salário e comissão do motorista;
11. 31/01 - Pagamento com cheque da Caixa Econômica Federal do Pró-Labore do mês
no valor de R$.4.400,00;
12. 31/01 - Pagamento com cheque do Banco do Brasil, referente aquisição de um
Caminhão graneleiro, no valor de R$.84.000,00;
13. Valor da C.P.M.F. do mês, sendo R$.835,51 da CEF e R$.348,95 do B.Brasil;
14. 31/01 - Recebimento de Frete conforme Conhecimento nº 009, no valor de
R$.4.000,00 valor que foi depositado na conta corrente do Banco do Brasil;
15. 31/01 - Provisão dos Impostos Incidentes sobre os serviços:
- PIS 0,65%

141
- COFINS 3,00%
- ISS 5,00%

16. 31/01 - Transferência do saldo das Contas de Resultado para Resultado do Exercício;
17. Provisão dos Impostos sobre o Lucro:
- Contribuição Social sobre o Lucro 9%
- Imposto de Renda Pessoa Jurídica 15%
18. 31/01 - Transferência do Lucro ou Prejuízo para o Patrimônio Líquido;

PEDE-SE:
a) Transcrever os lançamentos acima nos respectivos razonetes;
b) Elaborar o Balancete de verificação em seis colunas, após lançamento 15;
c) Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
d) Elaborar o Balanço Patrimonial.

Aula 24

24.0 Folha de pagamento

A folha de pagamento é um dos itens mais importantes no departamento pessoal de uma


empresa. Esse documento tem diversas finalidades, desde as mais operacionais – como, por
exemplo, organizar a contabilidade da empresa – até o papel fiscal e contábil.

E a cada mês empresas precisam fazer o fechamento e cálculo de pagamentos do mês dos
funcionários. Para isso é necessário inúmeros cálculos que podem ser feitos de forma automática
com a plataforma certa.

142
24.1 O que é a folha de pagamento?

A folha de pagamento é um documento emitido mensalmente por empresas para seus


colaboradores e espelha as informações da jornada de trabalho, fiscais, contábeis e
trabalhistas de cada funcionário em valores. Ela contabiliza todos os valores que a empresa deve
aos funcionários, aos prestadores de serviços. Ao final da elaboração da folha de pagamento é
emitido o holerite.

24.2 O que é o holerite?

O holerite é um documento em que consta as informações salariais e de descontos feitos em


folha para o funcionário. Ele funciona como uma comprovação de que o colaborador recebeu o
salário devidamente.

No holerite deve conter informações fiscais como:

 Desconto de faltas sem justificativas ou suspensões;


 FGTS;
 INSS;
 Adicional noturno;
 Jornada de trabalho;
 Aviso prévio;
 Plano de saúde e odontológico quando oferecidos;
 Entre outros.
MODELO

143
24.3 Para que serve a Folha de Pagamento?

A folha de pagamento reúne informações do empregado e da empresa, gerando um


documento que indica todos os valores de remuneração, impostos, descontos e bonificações
dos trabalhadores. Assim, assegura que os colaboradores tenham a sua remuneração recebida
corretamente, sem atrasos ou faltas.

Veja abaixo todos os itens que devem constar em uma folha de pagamento:

 Salário do colaborador (valor fixo, determinado em contrato);


 Adicional noturno;
 Adicionais de insalubridade e periculosidade;
 Comissão e bonificações;
 Horas extras;
 Faltas e atrasos registrados no controle de ponto;
 Salário família;
 Vale refeição;
 Vale transporte;
 Contribuição sindical;
144
 Contribuição com o FGTS;
 Imposto de renda.

Gerir com eficiência a folha de pagamento é um dos pilares para o bom funcionamento da
empresa, especialmente para a saúde financeira dos negócios.

Erros cometidos durante a elaboração da folha podem trazer problemas para os colaboradores,
além de muitas dores de cabeça para os empregadores. Isso significa que a elaboração da
folha de pagamento exige atenção redobrada e expertise.

24.4 Como é a discriminação na Folha de Pagamento?

Na folha de pagamento é obrigatório estar discriminado os seguintes dados:

 Nome: do empregado, segurado, autônomo, empresário;


 Serviços prestados;
 Função;
 Cargo;
 Parcelas integrantes da remuneração;
 Parcelas não integrantes da remuneração (por exemplo, ajuda de custo);
 Gozos como salário-maternidade;
 Descontos legais.
 Número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou
trabalhador avulso.

24.5 O que a legislação diz sobre a Folha de Pagamento?

De acordo com o Art. 255 do Decreto 3048 – que regulamenta a Previdência Social – todas as
empresas são obrigadas a emitir folha de pagamento mensal. Nesse documento, devem
constar a remuneração paga, devida ou creditada a todos os funcionários pelo seu serviço.

145
Além disso, o decreto também estabelece que a companhia deve manter, em cada
estabelecimento, uma via da folha e os respectivos recibos de pagamento.

Por fim, a legislação determina que a empresa deve lançar mensalmente os fatos geradores de
todas as suas contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da
empresa e os totais recolhidos. Esse lançamento deve ser feito de forma discriminada e em
títulos próprios da contabilidade da companhia.

24.6 Como é feito o cálculo da folha de pagamento?

O primeiro passo para começar o cálculo da folha de pagamento é ter em mãos as


classificações de cargo de cada colaborador, o controle de frequência de trabalho de cada
um, e o cálculo em cima das horas trabalhadas.

Para empresas quer possuem banco de horas, é possível fazer o cálculo pela nossa calculadora
de banco.

Para fazer o fechamento do espelho ponto e ter o valor de horas trabalhadas de cada um, é
indicado um sistema digital, em que o fechamento acontece de forma simples, prática e muito
rápida.

A partir do fechamento do espelho de ponto, todas as horas trabalhadas, assim como horas
extras, faltas, descontos de DSR, atrasos e possíveis adicionais, são extraídos e para a
realização do cálculo de folha.

Após o fechamento do espelho de ponto e as informações enviadas para a folha de pagamento,


é o momento de calcular os descontos.

146
24.7 Como calcular INSS na folha de pagamento?

O cálculo do desconto de INSS é feito de forma proporcional ao salário nominal (oferecido


inicialmente) dos colaboradores. Quanto maior o salário maior o desconto do INSS. Existe um
valor mínimo e um teto para esse desconto. São eles:

Passo a passo para cálcular o desconto do INSS, tomando por base os salários abaixo

Como funciona o cálculo progressivo?

Na nova tabela de cálculo da contribuição, deve-se multiplicar pela alíquota de cada faixa
apenas a parcela do salário que nela se encaixar.

Por exemplo, veja como fica o cálculo para um salário de R$ 3.000,00 no ano de 2023:

 1ª faixa salarial: 1.320,00 x 0,075 = 99,00


 2ª faixa salarial: [2.571,29 – 1.320,00] x 0,09 = 1.251,29 x 0,09 = 112,61
 Faixa que atinge o salário: [3.000,00 – 2,571,29] x 0,12 = 428,71 x 0,12 = 51,45
 Total a recolher: 99,65 + 112,61 + 51,45 = 263,06

Exemplificando:

147
7,5% de R$ 1.320,00 (por seu salário ter ultrapassado a primeira faixa), que corresponde a
uma contribuição de R$ 99,00; mais

9% sobre R$ 1.251,29 (esse valor refere-se a diferença de valores da segunda faixa: [2.571,29
– 1.320,00] , uma vez que o salário da segurada ultrapassou esta faixa também), que
corresponde a uma contribuição de R$ 112,61 mais

12% sobre R$ 428,71 (valor residual do salário do segurado após passar pelas duas faixas: R$
3.000,00 – R$ 1.320,00 – R$ 1.251,29), que corresponde a uma contribuição de R$ 51,45

Tabela INSS de contribuição dos segurados

Empregado, empregado doméstico, e trabalhador avulso:

Vigência de 01.01.2023 a 31.12.2023

Salário (de) Salário (até) Alíquota


0,00 1.320,00 7,5%
1.302,01 2.571,29 9,0%
2.571,30 3.856,94 12,0%
3.856,95 7.507,49 14,0%

Fique atento

Se o empregado, autônomo ou empregado doméstico tiver mais de um vínculo empregatício,


todas as remunerações devem ser somadas para o enquadramento nas tabelas, ou seja, se
você é contratado CLT em uma empresa mas também tem uma empresa e recebe o Pró-labore,
deverá considerar as duas rendas para recolher a contribuição ao INSS.

Também é importante lembrar que o décimo terceiro salário não deve ser somado à
remuneração mensal para o enquadramento na tabela de salário de contribuição nos meses
que forem recebidos.

O INSS incidirá sobre os dois recebimentos, porém as alíquotas serão aplicadas

considerando os valores em separado. Quando vence a guia do INSS?

O prazo para o recolhimento da guia do INSS irá depender do tipo do segurado:

 Empregados

O INSS dos contribuintes que são contratados CLT em empresas serão pagos pela própria
empresa contratante.

148
O prazo para o pagamento é até o dia 20 do mês subsequente ao da contribuição, ou seja, o
INSS do salário de janeiro deverá ser recolhido até dia 20 de fevereiro.

Caso dia 20 seja um final de semana ou feriado, o pagamento deve ser antecipado.

 Contribuinte Individual e Facultativo

No caso de autônomos e aqueles que desejam realizar a contribuição de forma espontânea, o


recolhimento deve ser realizado até o dia 15 do mês seguinte àquele a que se refere a
contribuição.

Por exemplo, o INSS de março deverá ser recolhido até 15 de abril.

 Empregado Doméstico

Os empregados domésticos possuem regras diferentes de recolhimento do INSS, devendo ter


a contribuição paga até o dia 7 do mês seguinte.

Caso não haja expediente bancário na data do vencimento, o pagamento poderá ser prorrogado
para o dia útil imediatamente posterior.

 Microempreendedor Individual (MEI)

O recolhimento do INSS do Microempreendedor Individual é realizado na própria DAS-MEI,


geradas no Portal do MEI.

Nesta guia mensal já está incluída a contribuição de 5% sobre o salário mínimo vigente, que no
ano de 2023 é de R$ 1.320,00 e o vencimento da mesma será sempre até o dia 20 de cada
mês, sendo prorrogada para o próximo dia útil caso não haja expediente bancário no dia.

Caso o pagamento não seja efetuado no prazo, basta atualizar a DAS-MEI no Portal do
Microempreendedor e o valor será atualizado com multa e juros.

24.8 Como calcular IRRF na folha de pagamento?

149
O cálculo do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) toma como base o salário bruto do
colaborador, já com os descontos do INSS, com isso em mãos, se faz o cálculo do IRRF. É
necessário também ter como base a tabela de faixa de dedução do IRRF com o valor da base
de cálculo.

Com a tabela em mãos, verifique a faixa em que o colaborador está, após isso basta calcular o
valor da alíquota sobre o salário depois disso subtrair a parcela a ser deduzida do imposto.
O Imposto de Renda Pessoa Física é um desconto determinado pelo governo federal, sobre o
rendimento do trabalhador. Ele não é exigido para todos, pois depende do valor salário de cada
um. É possível conferir a tabela de valores de salário pelo site da receita federal.

24.9 Como calcular FGTS na folha de pagamento?

O cálculo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) também toma como base o
salário do colaborador. E o que é depositado mensalmente na caixa econômica federal é
referente a 8% do valor bruto. Para fazer esse cálculo é necessário ter o valor do salário bruto
e saber.

Salário Bruto x 0,08 = FGTS

O valor do FGTS é depositado por toda empresa, até o dia 7 de cada mês, e ele é destinado
ao amparo do colaborador em caso de demissão. O valor do FGTS representa 8% do salário
bruto do colaborador e diz respeito ao tempo de serviço prestado.

É importante saber que o FGTS consta na folha de pagamento, porém ele não é um
valor descontado do salário do funcionário. E ele precisa constar na folha de pagamento.

150
24.10 - Como calcular adiantamento de salário no holerite?

O valor do adiantamento do salário obedece ao regime de cada organização, mas de forma


geral esse valor é de 40%. Ele é descontado na folha de pagamento sendo pago entre o 15º
dia e o 20º dia útil do mês.

Para calcular o valor da porcentagem, quando ele é referente a 40%, basta multiplicar o valor
do salário pelo valor da porcentagem, dividir pelos dias do mês (já multiplicado pelos dias
trabalhados.

R$(salário) x 0,04 (percentual adiantamento) / 30 (dias do mês) x 6 (dias trabalhados) = R$(valor


adiantamento).

24.11 Como calcular 13º na folha de pagamento?

O 13º salário é o valor recebido referente a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês
de serviço do ano correspondente. Para fazer o cálculo, no caso de pessoas que não
completaram 12 meses de trabalho é fácil!

Basta dividir o valor do salário pelos 12 meses, já multiplicados pelos meses trabalhados.

R$ (Valor da remuneração) / 12 (meses do ano) X meses trabalhados no período = 13º salário


proporcional

24.12 Como calcular férias remuneradas na folha de pagamento?

O cálculo de férias exige saber o valor do salário bruto e multiplicar por ⅓ desse valor. O
resultado diz respeito ao valor bruto das férias.

 Valor bruto do salário = R$ 2.500,00


 ⅓ do salário bruto = R$ 833,33
 Total bruto a receber = 3.333,33

151
24.13 Quais os descontos feitos em folha?

Desconto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)


O desconto por INSS, é o valor destinado a seguros beneficiários, como, por exemplo, a
aposentadoria, seguro desemprego, auxílio-doença, pensão (em caso de falecimento), entre
outros.

O débito para o INSS é um valor descontado em folha mensalmente do trabalhador, CLT ou


profissional liberal, e é destinado à garantia de recebimento de benefício se necessário. Ele é
calculado com base no valor bruto do salário do trabalhador.

O que é RAT na folha de pagamento?

O RAT – Risco de Acidente de Trabalho – é o seguro obrigatório destinado à cobertura de


possíveis resultados de acidentes de trabalho. O valor pago pela empresa desse seguro pode
ser de:

 1% do salário: quando o risco da atividade é considerado leve;


 2% do salário: quando o risco da atividade é considerado médio;
 3% do salário: quando o risco da atividade é considerado grave.
O grau do risco é determinado pelo Código de Atividade Econômica em tabela divulgada pelo
MTE.

24.13.1 Desconto do VT (Vale Transporte)


O VT é o benefício concedido aos colaboradores que precisam se locomover até o escritório,
em que o contratante pode descontar até 6% do salário-base. Se o valor for menor, ele desconta
apenas o valor destinado ao transporte.

24.13.2 Desconto do VA ou VR (Vale Alimentação ou Vale Refeição)


O VA e o VR são benefícios concedidos aos colaboradores, por parte da empresa, e podem ou
não ser descontados em folha de pagamento. Mas, é necessário constarem no documento.

24.13.3 Desconto de Faltas e atrasos

152
As faltas não justificadas e atrasos, ou seja, horas faltantes na jornada de trabalho do
colaborador, podem ser descontos aplicados em folha. Esses dias ou horas não são
contabilizados para a dedução da base de cálculo do INSS, IRRF e FGTS.

As faltas e atrasos aparecem no momento de fechamento do espelho de ponto, por isso vão
automaticamente para a folha de pagamento.

24.13.4 Desconto da Contribuição Sindical

A contribuição sindical é um valor, descontado em folha de pagamento do colaborador


destinado aos sindicatos responsáveis por garantir os direitos dos trabalhadores. Essa
contribuição foi criada para manutenção dos sindicatos.

Ela pode ser obrigatória ou não. O que determinará isso é a filiação do colaborador ao sindicato,
sendo a filiação não obrigatória.

24.13.5 Como funciona o desconto de férias no holerite?

Quando um colaborador vai sair de férias, ele recebe uma parte do seu salário adiantado no
período de no máximo 2 dias antes a saída das férias. Nesse adiantamento ele possui o
desconto do INSS, Imposto de Renda, empréstimos entre outros. Com relação a esse valor
na folha de pagamento ele precisa ser registrado, para que aconteçam ajustes salariais no
período de férias.

Como fica a folha de pagamento após as férias?


No período de retorno do funcionário o valor recebido será proporcional aos dias
trabalhados naquele mês, e não o salário integral. Isso porque ele já recebeu um
adiantamento no período anterior.

Se o período das férias for de 30 dias, o colaborador não recebe o valor proporcional por já ter
recebido anteriormente.

Aula 25

25.0 Como enviar a folha de pagamento no eSocial?

153
Para fazer o envio da folha em e -Social é necessário passar por alguns passos.

 Cálculo e processamento da folha


Após feitos os cálculos da folha de pagamento, será necessário processá-la no seu sistema de
RH. A partir do processamento, confira os adicionais e descontos.

 Evento de remuneração
Assim que feito o processamento da folha, é necessário fazer o lançamento do evento da
remuneração (S-1200), com data limite até o dia 7 do mês subsequente. O sistema retornará
os valores calculados de FGTS e INSS, basta fazer a conferência dos valores com os de e-
Social.

25.1 Cálculo Errado

Qualquer registro errado no sistema ou planilha pode comprometer seriamente o fechamento


da folha de pagamento. Por isso, é fundamental que, ao gerar a folha de pagamento, cada
informação seja cuidadosamente verificada e conferida.

Como muitos percentuais incidem sobre a remuneração dos funcionários, erros de cálculo
acabam sendo cometidos. É comum encontrar a inserção de informações incorretas referentes
a horas extras, adicionais e benefícios, INSS e faltas, levando ao cálculo errado.

Por isso, fique atento a todos os detalhes no momento do cálculo da folha para que nenhum
número saia errado e comprometa a remuneração do trabalhador.

Aula 26

26.0 Adicionais e Remunerações Extras


Horas Extras

O cálculo de horas extras deve ser feito com base na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)
da categoria em que o colaborador está inserido. Isso significa que uma mesma empresa
pode ser obrigada a remunerar as horas extras de dois trabalhadores de forma
diferente.

154
Por exemplo: em uma indústria, o funcionário que atua na produção pode estar enquadrado
em uma CCT diferente de quem trabalha no administrativo.

As CCTs também costumam diferenciar a remuneração de horas extras trabalhadas em dias


de semana, sábados, domingos e feriados, a fim de compensar o trabalhador pelo tempo
dedicado à empresa.

As horas extras realizadas em domingos e feriados são remuneradas em 100%, o que significa
que o trabalhador ganha em dobro. As de sábado, costumam ser pagas com 50% a mais,
enquanto as trabalhadas durante a semana podem ser remuneradas a 20% ou 30%, por
exemplo.

Adicional Noturno

Antes de tudo, é preciso deixar claro que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) classifica
como expediente noturno apenas o período entre 22 horas e 5 horas da manhã seguinte.

Como se percebe, esse período compreende apenas 7 horas. Mas, como as horas noturnas
são computadas a cada 52 minutos e 30 segundos, o período abrange 8 horas de trabalho na
prática trabalhista.

Quanto ao percentual de adição, este é de 20% sobre a remuneração básica do empregado


noturno.

Horas Extras Noturnas

Na hipótese de o funcionário não ter expediente noturno e trabalhar entre 22 e 5 horas, ele
recebe ambos os adicionais: o noturno e o de hora extra. E os dois incidem apenas sobre o
valor da hora, e separadamente.

Por exemplo: se o trabalhador recebe R$ 10 por hora, ele terá direito a mais R$ 2 pelo horário
noturno e R$ 5 pelo expediente adicional. No fim das contas, são R$ 17 por hora trabalhada à
noite e fora de expediente normal.

Descanso Semanal Remunerado (DSR)

155
O Descanso Semanal Remunerado (DSR) é um direito trabalhista e consiste em garantir ao
trabalhador um dia de descanso na semana, no qual ele não precise realizar suas
atividades, mas ainda seja remunerado.

Para os mensalistas, o DSR já está incluso no salário básico. Já para os horistas, é


necessário realizar um cálculo específico para pagar o descanso.

É simples: basta contar o número de domingos e feriados do mês, sendo que cada um vale
7,33 horas. Depois disso, multiplica-se as horas de DSR pelo valor da hora de trabalho do
funcionário.

Se o mês contar com quatro domingos e um feriado, por exemplo, são 5 x 7,33 — o que
resulta em 36,65 horas de descanso. Agora, multiplicando-as pelo salário do funcionário do
nosso exemplo acima (36,65 x 10), o vencimento do DSR é de R$ 366,50.

DSR sobre horas extras

O descanso reflete sobre as horas extras, caso o trabalhador as tenha feito. Para chegar ao
DSR sobre elas, o cálculo é o seguinte:

 dividir o valor total gerado em horas extras pelo número de dias úteis do mês;
 multiplicar o resultado obtido pelo número de domingos e feriados do período.

Para ficar mais claro, vejamos um exemplo com 10 horas extras em um mês de 24 dias úteis
e 5 dias de DSR:

R$ 15 x 10 = R$ 150
R$ 150 ÷ 24 = R$ 6,25
R$ 6,25 x 5 = R$ 31,25

Aula 27

27.0 Salário-família

Portaria Interministerial MPS/MF Nº 26 DE 10/01/2023, publicada no Diário Oficial da União de


11/01/2023, trouxe a nova tabela do salário de contribuição e o valor da cota do salário-família
para o ano de 2023, conforme segue:
156
“O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14
(quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2023, é de
R$ 59,82 (cinquenta e nove reais e oitenta e dois centavos) para o segurado com remuneração
mensal não superior a R$ 1.754,18 (mil setecentos e cinquenta e quatro reais e dezoito
centavos).”

O trabalhador empregado em regime CLT deve solicitá-lo à empresa, enquanto o trabalhador


avulso deve fazer o pedido junto ao sindicato ou órgão de classe ao qual está vinculado.

Beneficiários de aposentadoria por invalidez ou afastamento pelo INSS devem requisitar o


salário-família junto a este mesmo órgão.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- O INSS e o FGTS são encargos que incidem sobre a folha de pagamento. Em relação à
responsabilidade sobre o valor da contribuição, assinale a afirmativa correta.

 A São exclusivas do empregador.


 B São exclusivas do empregado.
 C São conjuntas do empregador e do empregado.
 D A do INSS é do empregador e do empregado e, a do FGTS, é exclusiva do
empregador.
 E A do INSS é exclusiva do empregador e, a do FGTS, é do empregador e do
empregado.
3- São benefícios legais

A férias, 13.º salário e horas extras.


B férias, 13.º salário e gratificações.
C horas extras, 13.º salário e gratificações.
D férias, horas extras e gratificações.
4- Considere que um empregado da Empresa Estrela S/A, empresa urbana, recebe o valor
de R$ 10,00 por hora normal de trabalho.
Qual é o valor, por hora, pago a ele quando executar atividade noturna considerando o
adicional noturno? (Incluir a hora ficta no cálculo).
157
A R$ 12,00 por hora.
B R$ 10,50 por hora.
C R$ 17,14 por hora.
D R$ 13,71 por hora.
5- Considere que um funcionário da Empresa Avante S/A, empresa urbana, percebe uma
remuneração fixa, para trabalhar 220 horas mensais, salário mensal: R$ 1.300,00,
gratificação por tempo de serviço: R$ 160,00 e prêmio mensal: R$ 220,00, pagas com
habitualidade. No mês de junho/x1, teve um total de 27 horas extras (pagas a 50% da
hora normal). Sabe-se que a Empresa Avante S/A paga o DSR (na proporção de 24/6).
Tendo como base os dados fornecidos pela Empresa Avante S/A, qual é o montante da
remuneração no mês de junho/x1?

A R$ 2.040,82.
B R$ 1.979,02
C R$ 1.579,21.
D R$ 1.920,54.

6- Bruna é assistente administrativa em um escritório de contabilidade, seu salário bruto é


de R$1.421,20. Em seu contracheque vêm os seguintes descontos: R$113,69 referente
ao INSS Folha e 1,5% referente ao sindicato de sua categoria. Qual o salário líquido de
Bruna?
A R$1.307,51.
B R$1.286,19.
C R$1.306,01.
D Nenhuma das alternativas.
7- Folha de pagamento é um documento que deve ser elaborado, ao fim de cada mês,
pelas entidades que possuam empregados, demonstrando assim os respectivos nomes,
as remunerações, descontos, valores líquidos a serem pagos etc. Determinados
encargos sociais são calculados sobre o valor bruto da folha e apropriados mensalmente.
São tidos como encargos sociais:

A INSS dos empregados e 13º salário.


B Férias e Repouso Semanal Remunerado.
C INSS patronal e FGTS.
D Adicional de Insalubridade e Adicional Noturno.
8- Assinale a alternativa que identifica corretamente exemplos de encargos sociais.

A vale-transporte • férias • salário


B salário • abono de férias • vale-alimentação
C salário educação • fundo de garantia por tempo de serviço • seguridade e previdência
social
D fundo de garantia por tempo de serviço • adicional de férias • vale-alimentação
E descanso semanal remunerado • adicional de férias • vale-alimentação

158
9- Na folha de pagamento, devem ser registrados mensalmente todos os valores referentes
à remuneração dos empregados, sendo divido em duas partes: proventos e descontos.
Não representa um possível provento:

A Hora extra.
B Salário família.
C Contribuição sindical.
D Adicional noturno.

Aula 28

28.0 - Rescisão de contrato de trabalho: como funciona, cálculo, regras e CLT

O fim do vínculo empregatício é algo muito comum nas rotinas das empresas. Porém, ele deve
respeitar vários deveres legais que precisam ser cumpridos pela empresa e pelo empregado.

É importante saber que existem diversos modelos de rescisão de contrato de trabalho e cada
um deles possui particularidades, principalmente quando o assunto é o pagamento das
verbas rescisórias.
Descumprir alguma regra ou errar o cálculo de rescisão do contrato de trabalho dos
benefícios pode culminar no pagamento de multas ou em processos trabalhistas.

28.1 O que é Rescisão do Contrato de Trabalho?

A rescisão de contrato de trabalho nada mais é do que formalizar o término de um vínculo


empregatício. É o encerramento da relação trabalhista e esta iniciativa pode partir tanto do
empregador como do empregado.
Cada tipo de rescisão de contrato possui suas características e preveem regras que devem ser
cumpridas pelo empregado como o aviso prévio, e pelo empregador, como o pagamento das
verbas rescisórias.

O que diz a CLT sobre a rescisão de contrato de trabalho?

159
A rescisão de contrato de trabalho é citada a partir do artigo 477 da CLT e segue até o 486.
Após a reforma trabalhista alguns incisos foram revogados e a descrição da rescisão de
contrato de trabalho passou a ser a seguinte:
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na
Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e
realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
O que mudou com a Reforma Trabalhista?

A reforma trabalhista de 2017 determinou algumas mudanças no processo de rescisão de


contrato de trabalho. Confira as principais:
 Homologação dispensada – Não é mais obrigatória a homologação da
rescisão perante o Ministério do Trabalho ou sindicato, bastando apenas o
pagamento das verbas e emissão do recibo para que o empregado confirme o
recebimento.
 Mudança no prazo para pagamento das verbas rescisórias – A partir da
reforma, a empresa tem 10 dias, contando do fim do contrato, para realizar o
pagamento dos valores.
 Tipo de pagamento – O depósito bancário passou a ser opção para a
realização dos pagamentos, somando-se ao dinheiro em espécie e o cheque.
 Demissão consensual ou comum acordo – Esse novo modelo de rescisão do
contrato de trabalho permite uma saída onde ambas as partes aceitam o fim do
vínculo empregatício.
 Termo de quitação anual – o documento protege a empresa de futuros
processos trabalhistas, já que, tem por objetivo comprovar que todas as regras e
compromissos foram cumpridos durante o vínculo empregatício. Essa declaração
é assinada por empregado e empregador.

28.2 Como funciona a Rescisão de Contrato de Trabalho?

A rescisão de contrato é oficializada por meio do TRCT (Termo de Rescisão de Contrato de


Trabalho). Esse documento oferece inúmeras informações referentes ao empregador e ao

160
empregado como data de demissão, admissão, tipo de contrato, verbas rescisórias, entre
outros.

TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO


IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADOR
01 CNPJ/CEI 02 Razão Social/Nome
02206759000150 MONTPLAM CONSTRUCOES S/A
03 Endereço (Logradouro, nº, andar, apartamento) 04 Bairro
RUA ACACIA, 676 - CAMPOS ELISIOS
05 Município 06 UF 07 CEP 08 CNAE 09 CNPJ/CEI Tomador/Obra:
JOAO MONLEVADE MG 35931188 4292802 12056613000553
IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHADOR
10 PIS/PASEP 11 Nome
12495450131 ANDERSON GERALDO PIRES

12 Endereço (Logradouro, nº, andar, apartamento) 13 Bairro


RUA DANTE DE FARIA PIRES , 319 LOURDES
14 Município 15 UF 16 CEP 17 CTPS (nº,série,UF) 18 CPF
ITAUNA MG 35680182 66325 - 0073 /MG 03718575620

19 Data de Nascimento 20 Nome da Mãe


15/09/1978 MARIA IVANIR PIRES

DADOS DO CONTRATO
21 Tipo de Contrato
1. Contrato de trabalho por prazo indeterminado

22 Causa do Afastamento
DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA, PELO EMPREGADOR

23 Remuneração Mês Ant. 24 Data de Admissão 25 Data do Aviso Prévio 26 Data de Afastamento 27 Cód. Afastamento
1.342,79 09/12/2014 20/03/2015 20/03/2015 SJ2
28 Pensão Alim. (%) TRCT 29 Pensão Alim. (%) FGTS 30 Categoria do Trabalhador
0,00 0,00 01 - EMPREGADO

31 Código Sindical 32 CNPJ e Nome da Entidade Sindical Laboral


56032698002-0 08675575000116 SITRAMONTI-MG
DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
VERBAS RESCISÓRIAS
Rubrica Valor Rubrica Valor Rubrica Valor
50 Saldo de 00/dias Salário 51 Comissões 52 Gratificação
(líquido de 00/faltas e DSR) 0,00 0,00 0,00
53 Adic. de Insalubridade 0,00 54 Adic. de Periculosidade 0,00 55 Adic. Noturno 0,00 horas a
% 0,00 % 0,00 % 0,00
56.1 Horas Extras 37,00 horas a 57 Gorjetas 58 Descanso Semanal
100,00% 483,96 0,00 Remunerado (DSR) 191,75
59 Reflexo do DSR sobre o 60 Multa Art. 477,§8º/CLT 62 Salário-Família
Salário Variável 115,36 0,00 0,00
63 13º Salário Proporcional 64.1 13º Salário-Exerc. 65 Férias Proporc
3/12 avos 560,26 /12 avos 0,00 3/12 avos 560,26
66.1 Férias Venc. Per. Aquis. 68 Terço Constituc. de Férias 69 Aviso Prévio Indenizado
//a// 0,00 249,00 30.0/dias 1.599,03
70 13º Salário (Aviso Prévio 71 Férias (Aviso Prévio 95.1 Horas Normais
Indenizado) 119,90 Indenizado) 186,75 804,42
95.2 Aux.enfermidade 95.3 Cesta Basica 95.4 Reembolso Translado
58,86 90,00 15,00

161
99 Ajuste do Saldo Devedor
TOTAL BRUTO
0,00 5.034,55
DEDUÇÕES
Desconto Valor Desconto Valor Desconto Valor
100 Pensão Alimentícia 101 Adiantamento Salarial 102 Adiantamento 13º Salário
0,00 0,00 0,00
103 Aviso Prévio Indenizado 112.1 Previdência Social 112.2 Prev Social - 13º Salário
00/dias 0,00 357,87 59,76
114.1 IRRF 114.2 IRRF sobre 13º Salário 115.1 Ctr. Sindical
62,53 0,00 47,96
115.2 Adto Salario Pago 115.3 Arred Folha Mes Ant 115.4 Alimentacao
575,52 0,32 1,00
115.5 Cesta Basica 115.6 V. Transporte
TOTAL DEDUÇÕES
9,00 1,00 1.115,70
115.7 Arred Adto
VALOR LÍQUIDO
0,74 3.918,85

TERMO DE QUITAÇÃO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO


EMPREGADOR
01 CNPJ/CEI 02 Razão Social/Nome
02206759000150 MONTPLAM CONSTRUCOES S/A
TRABALHADOR
10 PIS/PASEP 11 Nome
12495450131 ANDERSON GERALDO PIRES

17 CTPS (nº,série,UF) 18 CPF 19 Data de Nascimento 20 Nome da Mãe


66325 - 0073 /MG 03718575620 15/09/1978 MARIA IVANIR PIRES

CONTRATO
22 Causa do Afastamento
DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA, PELO EMPREGADOR

24 Data de Admissão 25 Data do Aviso Prévio 26 Data de Afastamento 27 Cód. Afast. 29 Pensão Alimentícia (%) FGTS
09/12/2014 20/03/2015 20/03/2015 SJ2 0,00

30 Categoria do Trabalhador
01 - EMPREGADO

162
28.3 Quais as principais regras para a rescisão de contrato de trabalho?

Fim do vínculo empregatício, colaborador e empresa apertam as mãos e pronto – não é bem
assim que funciona numa rescisão de contrato de trabalho, já que a empresa tem obrigações
legais para cumprir na saída do seu empregado.

Entre as principais regras que podemos destacar para que esse processo seja oficializado
estão:

 Identificação do tipo de rescisão de contrato de trabalho;


 Pagamento das verbas rescisórias;
 Exame demissional;
 Assinatura do termo de quitação anual;
 Emissão e assinatura do TRCT (Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho);
 Informar o eSocial sobre o rompimento do contrato de trabalho.

28.4 Quais os tipos de demissão para Rescisão de Contrato?

163
A quebra de vínculo empregatício possui várias modalidades. Se destacam entre as
principais:

 Demissão por justa causa;


 Demissão sem justa causa;
 Culpa recíproca;
 Demissão consensual ou por comum acordo;
 Pedido de demissão por justa causa;
 Pedido de demissão sem justa causa;
 Término do contrato de experiência

Saiba mais sobre cada um dos tipos de demissão em seguida.

Demissão por justa causa

A demissão por justa causa ocorre quando o colaborador descumpre alguma norma ou regra
presente em seu contrato.
A partir daí o empregador decide por romper o vínculo empregatício. O artigo 482 da CLT,
descreve alguns motivos que podem levar a demissão por justa causa, confira as principais:

 Ato de improbidade;
 incontinência de conduta ou mau procedimento;
 Violação de segredo da empresa;
 Abandono de emprego;
 Ato de indisciplina ou de insubordinação;
 Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas;

Demissão sem justa causa

A demissão sem justa causa pode se dar por vários motivos, mas diferente da justa causa, não
houve nenhuma falta grave para que ela ocorra. A motivação da demissão sem justa causa
pode estar relacionada desde uma insatisfação da empresa com o desempenho do colaborador
à uma necessidade de corte de custos.
164
Culpa recíproca

Outro tipo de rescisão de contrato, que é raro, mas está previsto na lei, é a culpa recíproca.
Nesse caso, previsto no artigo 484 da CLT, ambas as partes, empregado e empregador,
precisam ter cometido uma falta grave, chancelado pela justiça trabalhista por meio de processo
judicial.

Demissão consensual ou por comum acordo

Esse modelo de rescisão de contrato de trabalho surgiu a partir da reforma trabalhista de 2017.
Nela o encerramento do contrato ocorre por acordo mútuo, isto quer dizer que as duas partes
concordam com o fim do contrato.

Pedido de demissão por justa causa

A rescisão de contrato de trabalho nesse caso se dá quando a empresa descumpre algum dos
termos previstos na lei e no contrato e o colaborador se vê no direito de solicitar o fim do vínculo
empregatício.

Casos como: assédio moral, jornada de trabalho excessiva ou até mesmo expor o colaborador
a situações em que sua vida esteja em risco são motivos para que o pedido de demissão por
justa causa ocorra.

Pedido de demissão sem justa causa

Assim como na demissão sem justa causa, o pedido de demissão sem justa causa possui
motivações parecidas, porém, parte do colaborador e não da empresa.
Nesse caso, o empregado é quem resolve colocar um ponto final no contrato sem motivos que
estejam ligados à justa causa. Ele pode pedir demissão porque quer seguir outro projeto ou até
mesmo porque está insatisfeito com seu salário ou ambiente de trabalho.

Término do Contrato de Experiência

165
O término de contrato de experiência representa o fim de um período específico e determinado
durante o qual um trabalhador prestou seus serviços a uma empresa.

A ideia desse período é que ambos possam conhecer melhor um ao outro para que, em um
futuro próximo, decidam se querem firmar uma relação de trabalho fixa e por tempo
indeterminado.

Pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), esse período pode durar até 90 dias e não tem
prazo mínimo. Ele pode ser firmado em contrato único ou ser dividido em duas partes, que
duram algumas semanas, e depois ser prorrogado.

As empresas costumam distribuir o contrato de experiência das seguintes formas:

 Em 45 dias iniciais e outros 45 dias de prorrogação.

 Em 30 dias iniciais e outros 60 ou vice-versa.

 Em 20 dias iniciais e outros 70 prorrogados ou vice-versa.

Atenção: a prorrogação desse tipo de acordo só pode acontecer uma vez. Ao fim do prazo total
estipulado, empresa e trabalhador decidem se firmam outros laços ou se cancelam qualquer
vínculo.

Esse fim de vínculo é diferente da quebra de contrato de experiência. Quando o acordo é


quebrado, ele se encerra antes do prazo determinado para o fim, seja por decisão da empresa
ou do colaborador.

Como calcular uma rescisão de contrato de trabalho?

Os cálculos das verbas rescisórias no fim do vínculo empregatício são os seguintes,


considerando é claro o tipo de rescisão de contrato de trabalho.
Saldo de salário
 (Salário/30) x dias trabalhados no mês
166
Exemplo:

Salário: R$ 3000,00

Dias trabalhados no mês 20

Saldo de salário (3000/30) x 20

Total: R$ 2.000,00

Aviso prévio trabalhado:


 30 dias (salário) + 3 dias x anos trabalhados na empresa
Exemplo:

Salário R$ 3000,00

Anos trabalhados: 5 anos

30 dias + 3 x 5 = 45 dias

3000 / 30 = 100

Aviso prévio: 100 x 45

Aviso prévio a ser pago: R$ 4.500,00.

Aviso prévio indenizado


 Aviso prévio trabalhado x (salário / 30)
Salário R$ 3000,00

Aviso prévio trabalhado: 30 dias

Aviso prévio indenizado: 30 x (3000/30)

167
Total: R$ 3000,00.

13º salário proporcional


O cálculo do 13º salário proporcional considera o número de meses trabalhados. Um mês é
levado em conta quando atinge pelo menos 15 dias ou mais.

 13º salário proporcional = (salário ÷ 12) x (meses trabalhados no ano)


Exemplo:

Salário: R$ 3.000,00

Meses trabalhados: 6 meses

13º salário proporcional: Salário/12 x meses trabalhados

13º salário proporcional: 3000/12 x 6

13º salário proporcional a ser pago: R$ 1.500,00.

Multa sobre o FGTS


A multa é calculada sobre o saldo disponível na conta do FGTS que está ativa e varia entre
20 e 40%, dependendo do tipo de rescisão.
Exemplo:

Saldo da conta do FGTS: R$ 5000,00

Demissão sem justa causa: 40% de multa

Pagamento a ser realizado 40% x R$ 5.000,00

Total: R$ 2.000,00.

Férias
O cálculo das férias nas verbas rescisórias é o seguinte:
168
 Férias proporcionais + ⅓
 Férias vencidas + ⅓
Exemplo de férias proporcionais:
Salário: R$ 3000,00

Meses trabalhados: 8 meses

Férias proporcionais: salário / 12 x meses trabalhados + ⅓

Total: R$ 3000,00 /12 x 8 + ⅓ = 2000 + ⅓ = R$ 2.666,66

Exemplo férias vencidas:


Salário: R$ 3000,00

Férias vencidas: salário + ⅓

Total: R$ 3000,00 + ⅓ = 1000,00 total = R$ 4000,00

Nas contas acima não foram levados em conta os descontos de adiantamentos, IRRF,
previdência e etc.

Principais dúvidas sobre rescisão de Contrato de Trabalho

Devido aos diversos detalhes em torno do fim do vínculo empregatício, como os vistos acima,
a rescisão de contrato de trabalho ainda traz muitas dúvidas, tanto para a empresa como para
o colaborador.

Conheça algumas das principais abaixo:

Como a empresa deve proceder em uma Rescisão de Contrato de Trabalho?

Existe um processo importante para que a rescisão de contrato de trabalho seja de fato
efetivada de forma legal e cumpra todas as regras e obrigações por parte do empregado e do
empregador.

169
Durante um processo, para evitar equívocos que possam render problemas trabalhistas, a
empresa precisa ficar atenta aos seguintes passos:
Desligamento
Como ocorreu? Por que ocorreu? Responder essas duas perguntas é o primeiro passo para
que todas as etapas da rescisão de contrato de trabalho sejam seguidas.

Afinal, é a partir da identificação do motivo que levou ao fim do contrato que determinará os
direitos do colaborador e as obrigações legais no sentido de verbas rescisórias.

Cálculo
Depois de definido o motivo que levou a rescisão de contrato de trabalho é necessário realizar
o cálculo da rescisão do contrato de trabalho do funcionário com base no tipo de demissão,
para que assim, as verbas rescisórias sejam pagas corretamente.

É preciso se atentar a benefícios como: saldo de salário, 13º, férias, aviso prévio, horas extras e
mais.
Homologação
A oficialização da rescisão de contrato de trabalho exige a assinatura do termo de rescisão de
contrato de trabalho (TRCT).

Contudo, com a reforma trabalhista a homologação junto ao Ministério do Trabalho passou a


não ser mais obrigatória e sim opcional, independentemente do tempo de trabalho.

Aviso prévio
Outro ponto importante é o aviso prévio. Ele aparece como uma forma de resguardo, uma
proteção jurídica, tanto para a empresa como para o empregado. Ele é dividido entre aviso
prévio trabalhado ou indenizado.
No caso do aviso trabalhado a empresa comunica o colaborador sobre a demissão e ele cumpre
mais 30 dias antes de sair.

A empresa também pode optar pelo aviso indenizado, quando prefere que o colaborador saia
da organização no momento da demissão, só que para isso terá que pagar esses 30 dias, como
se fosse um salário.

170
Quais são os direitos do colaborador garantidos pela CLT na Rescisão de Contrato?

Cada modelo de rescisão de contrato de trabalho possui suas próprias regras e diretrizes. Isto
quer dizer, que os direitos trabalhistas do colaborador precisam ser analisados em cada caso.
Havendo diferenças no valor de verbas rescisórias, aviso prévio e outros itens.

Saiba quais as principais diferenças entre eles.

Demissão por justa causa

Na demissão por justa causa o colaborador perde o direito de receber os seguintes


benefícios:

 13º salário;
 Aviso prévio;
 Multa de 40% sobre seu FGTS;
 Saque do FGTS;
 Férias proporcionais;
Os únicos direitos que o colaborador que é demitido por justa causa são:

 Saldo de salário;
 Férias vencidas + adicional de ⅓;
Lembrando que para que ocorra a demissão por justa causa, a empresa precisa comprovar a
falta grave do colaborador baseada no artigo 482 da CLT.

Demissão sem justa causa

Quando ocorre a demissão sem justa causa o empregador passa a ter inúmeras obrigações
para com o colaborador demitido. Já que, quando a rescisão do contrato de trabalho ocorre
sem justa causa o colaborador tem o direito de receber:

 Saldo de salário;
 Horas extras;
 13º proporcional;

171
 Férias proporcionais + ⅓ ;
 Férias vencidas + ⅓;
 40% de multa sobre o saldo disponível no seu FGTS;
 Seguro desemprego;
 Aviso prévio, se não for comunicado com pelo menos 30 dias de antecedência
sobre a demissão.

Culpa recíproca

Na culpa recíproca, quando ambas as partes descumpriram alguma regra do contrato, as


verbas rescisórias são diminuídas pela metade. Os direitos que o colaborador irá receber
nesse caso são os seguintes:
 Aviso prévio pela metade;
 Saldo de salário;
 13% proporcional pela metade;
 Férias proporcionais + ⅓ pela metade;
 Férias vencidas + ⅓ pela metade;
 20% de multa sobre o saldo do FGTS;
O colaborador, na culpa recíproca, não tem o direito de pedir o seguro-desemprego.

Demissão consensual

Inserida na nova reforma trabalhista, a demissão consensual também prevê direitos ao


colaborador e obrigações para a empresa. O profissional recebe:

 Saldo de salário;
 Aviso prévio pela metade;
 13º proporcional;
 Férias proporcionais + ⅓;
 Férias vencidas + ⅓;
 20% de multa sobre o saldo do FGTS;
O colaborador também adquire o direito de movimentar 80% do valor disponível do seu FGTS,
mas não tem direito ao seguro-desemprego.

172
Pedido de demissão

Ao solicitar o fim do contrato, o colaborador acaba perdendo direitos como o seguro-


desemprego e também não tem o direito de movimentar seu FGTS. O empregador, nesse caso,
precisa arcar com as seguintes obrigações:

 13º proporcional;
 Saldo de salário;
 Férias vencidas + ⅓;
 Férias proporcionais + ⅓.

Término do Contrato de Exmperiência

 saldo salarial e 13º salário proporcional;


 banco de horas e horas extras que não tenham sido compensadas;
 férias + 1/3;
 FGTS e direito de sacar o fundo; e
 salário-família.

Quais os prazos para o pagamento da rescisão de contrato de trabalho?

A rescisão de contrato teve, recentemente, o seu prazo de pagamento unificado. Ou seja,


independentemente do motivo para o fim do contrato a empresa tem 10 dias, contando a partir
do encerramento mesmo, para efetuar o pagamento da rescisão.

Esse detalhamento está previsto no inciso 6 do artigo 477 da CLT:


§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção
contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do
instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a
partir do término do contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).

O que é descontado na rescisão de contrato de trabalho?


173
A rescisão de contrato de trabalho prevê alguns descontos. Entre os principais temos:

 Adiantamentos (hora extra, salário e outros);


 VR ou VA;
 INSS;
 Faltas não justificadas;
 VT – caso o colaborador peça demissão ou seja dispensado do cumprimento do
aviso prévio;
É necessário, no entanto, que o RH se atente ao tipo de rescisão de contrato de trabalho para
realizar os cálculos e descontos corretamente.

E o que é pago na rescisão de contrato?

Quando existe a rescisão do contrato de trabalho, o empregador precisa realizar o pagamento


das verbas rescisórias. O cumprimento do pagamento de cada uma dessas verbas é essencial
para que não ocorram processos trabalhistas. Confira.

 Saldo de salário (horas extras e outros adicionais);


 Aviso prévio trabalhado ou indenizado;
 13º salário proporcional;
 FGTS – Multa de 20 a 40%;
 Férias vencidas ou proporcionais.

Aula 29

29.0 Rescisão de contrato e a carteira digital, como funciona?

A carteira de trabalho digital nada mais é do que um modelo eletrônico equivalente da carteira
de trabalho física. Ela foi oficializada por meio da Portaria n° 1.065, publicada em 2019.
Art. 2° Para fins do disposto no Decreto-Lei nº 5.452/1943, a Carteira de Trabalho Digital é
equivalente à Carteira de Trabalho emitida em meio físico.

174
Em casos de rescisão de contrato de trabalho, para empresas e colaboradores que utilizam a
carteira digital, o vínculo é finalizado via e-Social.

É sempre importante a empresa se atentar ao processo de admissão, se ele foi feito no


regime de carteira de trabalho físico ou digital, para que na demissão siga o mesmo caminho.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO

1- Calcule a rescisão, considere:

a) Aviso prévio indenizado


b) 35 Horas Extras a 50% , calcule DSR .
c) Saldo de FGTS 3.800,00
d) Desconto de 1 falta
e) INSS E IRRF, se for o caso.

2- Calcule a rescisão, considere:

175
a) 2 Faltas
b) INSS

3- Calcule a rescisão, considere:

a) 5 faltas
b) Desconto de vale transporte de 6%
c) INSS E IRRF, se for o caso

4- Calcule a rescisão, considere:

176
a) 8 faltas no mês da rescisão
b) Saldo FGTS 800,00
c) INSS E IRRF, se for o caso

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