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foto da capa:
divulgação empresas e
Joffre Oliveira Júnior
6 Artigos Técnicos
Entrevista
Reordenação de foco amplia ações do IPT 27
Marcos Tadeu Pereira e Neusvaldo Lira de Almeida Fosfatização de Metais Ferrosos –
Parte 3 - A utilização prática das
10 diferentes camadas fofatizadas
Matéria de Capa por Zehbour Panossian e
Em Sintonia com o Mundo Célia A. L. dos Santos
19 30
ABRACO Informa Comportamento de um organo silano
como inibidor de corrosão para
21 o aço carbono em HCl 2M
Notícias do Mercado por Paulo Renato de Souza, Idalina
24 Vieira Aoki e Isabel Correia Guedes
Artigo & Instituição 34
Evolução no Tratamento de Superfícies
33
“do Cromatizante à Nanotecnologia” –
Saúde & Segurança Ocupacional
Parte 3 por Silvio Renato de Assis
39 36
Tecnologia & Novos Talentos Noções básicas sobre processo de
42 Anodização do Alumínio e suas Ligas –
Opinião Parte 1 por Adeval Antônio Meneghesso
10 razões pelas quais seus funcionários
não vestem a camisa Erik Penna
Reordenação de foco
amplia ações do IPT
O centenário Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, acompanhando as tendências globais,
se reestrutura para atender com maior agilidade as mais diversas demandas da indústria
Por Alberto Paz
O FINAL DO SÉCULO XIX A corrosão, por sua vez, necessário uma reestruturação para
o Brasil passava por um ocupa uma das áreas de destaque que continuássemos mantendo o
período de efervescência. no instituto. O Laboratório de propósito do instituto. São dois pon-
Era o início da industrialização Corrosão e Proteção (LCP) foi tos que foram levados em conta: fo-
do País e essa novidade mobili- criado em 1963 e hoje atua em car com muito mais intensidade o
zou diversas áreas do conheci- toda a área de tratamento de cliente e buscar recursos para a ma-
mento. Em São Paulo, era criada, superfícies, especialmente revesti- nutenção de toda a nossa estrutura.
em 1894, a Escola Politécnica, e mentos anticorrosivos tanto Ao final de dois anos de trabalho
cinco anos depois, para atender orgânicos quanto metálicos. Até muito já foi feito. Temos hoje uma
às crescentes demandas de en- o final de 2004, o LCP já havia instituição muito mais ágil e dinâ-
saios de materiais de construção e emitido 9.205 laudos técnicos, mica. Ainda vamos avançar, mas o
às necessidades do curso desen- executado mais de 50 projetos de IPT hoje tem uma configuração
volvido na Politécnica, era criado pesquisa básica e publicado 265 mais apropriada para as necessida-
o Gabinete de Resistência de artigos técnicos em revistas espe- des do mercado e, na verdade, segue
Materiais, que se tornaria o nú- cializadas. “Além disso, os profis- a tendência mundial dos institutos
cleo básico do que viria a ser o sionais do LCP, que está ligado serem verdadeiros parceiros para o
Instituto de Pesquisas Tecno- ao Centro de Integridade de Es- desenvolvimento da indústria.
lógicas – IPT. trutura e Equipamentos – Cin-
Presente em todas as etapas da tep, têm grande atuação junto às Abrigar diversas áreas do co-
história contemporânea do Bra- entidades relacionadas ao negó- nhecimento com alto grau de
sil, o IPT deu apoio técnico, por cio, especialmente com a ABRA- especialização foi positivo nes-
exemplo, à construção de estra- CO”, diz Neusvaldo Lira de sa mudança?
das de ferro no início do século Almeida, pesquisador do LCP. Marcos Tadeu – Quando começa-
XX, foi responsável pelos estudos Para falar sobre essa nova eta- mos trabalhamos em torno de qua-
para as fundações da Usina Volta pa do IPT, sua atuação em dutos tro “Rs” - refocalização, reorganiza-
Redonda da Companhia Side- e do LCP, Marcos Tadeu e Neus- ção, redimensionamento e recom-
rúrgica Nacional, nos anos 40, e valdo receberam a Revista Cor- pensa. Colocamos isso claramente
destacou-se na construção da pri- rosão e Proteção. para os nossos pesquisadores e par-
meira linha do metrô de São timos para a ação. Antes o IPT
Paulo, nos anos 70. “Esses são O IPT vem passando por uma estava organizado de maneira clás-
alguns exemplos da atuação do reestruturação. A que se deve sica, ou seja, divisão de Civil, de
instituto, e entendemos porque essa mudança e qual será a “no- Mecânica, de Química, etc. Agora,
atualmente o IPT é associado à va face” do IPT? aproveitando nossas competências,
produção técnica de qualidade, Marcos Tadeu – O instituto histo- podemos atuar de forma transver-
sejam serviços laboratoriais, co- ricamente sempre se posicionou co- sal, o que atende de maneira muito
mo ensaios e calibrações, sejam mo um elo entre a indústria e a mais adequada a complexidade
serviços tecnológicos especializa- universidade. Nos últimos 25 anos, tecnológica atual. Então, as divisões
dos e projetos de inovação e pes- o IPT vem sofrendo com uma re- técnicas foram desmontadas e fo-
quisa”, conta Marcos Tadeu Pe- dução contínua de repasses de ver- ram criados os centros tecnológicos.
reira, diretor técnico do IPT. ba e, em 2005, foi definido que era A competência do IPT ajudou en-
fícies de metais, e mentos, por parte das empresas brasileiras, na área de pesquisa. “O
mais recentemente número de empresas nacionais que investem em pesquisa no Brasil é
Metais sanitários e
fechaduras representam dois
dos principais usuários de
galvanoplastia
quase zero. Quero destacar o “Isto significa que o conteúdo tecnológico dos produtos ofertados pela
papel da Atotech do Brasil, que indústria brasileira terá de crescer substancialmente nos próximos anos
foi a primeira empresa até agora e que a força de trabalho do País terá de receber treinamento em um
a financiar uma bolsa-pesquisa volume muito maior do que o atual,
destinada à galvanoplastia no para atuar de forma adequada com esses
nosso laboratório. Além dessa, novos produtos”.
existem outras duas empresas Barbieri acredita que, para se con-
que colaboram com matéria- quistar o nível exigido de conhecimento
prima para pesquisa. Fora isso, dos profissionais envolvidos com as ope-
todo investimento feito na área rações de galvanização, é necessário
de pesquisa é da iniciativa do saber qual é o tamanho do setor de tra-
setor público. Não podemos tamento de superfície no Brasil.
simplesmente receber a tecnolo- “Atualmente, não existe nenhum núme-
gia que vem de fora. Contamos ro oficial que revele esse dado. Tanto é
com um grande número de pro- que o sindicato está desenvolvendo um Marco Antonio Barbieri, presidente do
fissionais altamente qualificados projeto para conhecer mais o setor de Sindisuper
para desenvolver essas tecnolo- tratamento de superfície no Brasil. Em
gias aqui mesmo no Brasil. alguns casos, o problema é cultural. Muitas empresas preferem não
Precisamos que as empresas divulgar informações. Em outros, são empresas que ainda não aten-
invistam em pesquisas”, diz dem à legislação vigente com relação às questões de meio ambiente e
Zehbour. preferem não aparecer”.
Preocupação semelhante é demonstrada pelo presidente da
Conhecer o setor Associação Brasileira de Tratamento de Superfícies – ABTS, Airi
Paralelamente, mas em harmo- Zanini. “A busca pelo conhecimento é o grande diferencial para qual-
nia com essa nova forma de visão quer tamanho de empresa no setor. É isso que vai garantir sua conti-
da indústria de tratamento de su- nuidade”, avalia. Zanini diz que um dos principais focos da associação
perfície, surge a nanotecnologia, é justamente abrir possibilidades para a disseminação do conhecimen-
que coloca em xeque os proces- to, seja por meio de palestras e seminários, seja por divulgação de arti-
sos à base de fosfato, que exigem gos técnicos nos veículos de comunicação da associação. “A ABTS é
gastos elevados em tratamentos uma entidade comprometida
de efluentes. A nanotecnologia com o desenvolvimento dos
visa criar novos materiais e profissionais do setor e, ao
desenvolver produtos e processos mesmo tempo, incentiva o
baseados na crescente capacidade desenvolvimento das empresas
da tecnologia moderna de ver e que nele atuam”, conclui
manipular átomos e moléculas. Zanini.
Na opinião do vice-presiden- Já o Sindicato da Indústria
te do Sindicato da Indústria de de Artefatos de Metais Não
Proteção, Tratamento e Transfor- Ferrosos no Estado de São
mação de Superfície do Estado Paulo - Siamfesp, que agrega as
de São Paulo (Sindisuper), Mar- empresas de um dos principais
co Antonio Barbieri, a nanotec- Denis Perez Martins, presidente do setores-cliente dos processos
nologia ainda está começando. Siamfesp de galvanização, aponta para a
Galrei Galvanoplastia
Em busca constante para evitar a degradação do meio ambiente
e oferecer melhores condições de trabalho para seus colaboradores,
a Galrei Galvanoplastia Industrial traçou um caminho diferen-
ciado: a parceria. “A iniciativa visa abrir a possibiliade de troca
de experiências entre as empresas do nosso ramo de ativida-
de, obtendo melhores práticas na indústria de tratamento
de superfície”, diz José Adolfo Gazabin Simões, diretor da
Galrei.
Ele revela que o baixo custo é uma das principais van-
tagens de se usar a parceria como ferramenta de troca de
conhecimento. “Como o processo é feito basicamente com
empresas concorrentes, o ônus é praticamente zero e o resul-
tado é surpreendente. Da mesma forma que a indústria concor-
rente abre suas portas para que nossos funcionários tenham acesso a
troca de informações e experiências, nós da Galrei fazemos a mesma
necessidade de todas as empresas coisa sempre que solicitado”.
de galvanoplastia se adequarem à Alfredo Teodoro Kuesteis Filho, Gerente industrial, destaca que
legislação ambiental específica aliado à busca da parceria está o investimento em tecnologia. “Não
para o setor e, por outro lado, basta só a troca de informações. Temos que investir no setor tecno-
trabalha na busca de regulamen- lógico. Eu acredito que as empresas que não estiverem atentas a essa
tações atualizadas para reivindi- realidade, estão fadadas a fechar em um curto espaço de tempo”,
car junto aos órgãos públicos diz. Ele acredita que o número total de empresas no segmento de
Municipais, Estaduais e Federais, tratamento de superfície no Brasil deverá baixar para bem menos de
mudanças na legislação, que em mil empresas no prazo de cinco anos. “As empresas que não inves-
alguns casos está obsoleta. tiram terão muitas dificuldades para continuar operando”.
“Um dos programas que o
Siamfesp participa e orienta seus Surtec do Brasil
associados a conhecer é o Pro- A alemã Surtec, fabricante de produtos para a decapagem, lim-
grama de Prevenção e Risco Am- peza e desengraxe, remoção de tintas, proteção à corrosão e produ-
biental Galvânico (PPRAG)”, re- tos de eletrodeposição, é outra empresa que visa o cuidado com o
vela Denis Perez Martins, presi- meio ambiente e com os profissionais que atuam nesse segmento. O
dente da entidade. O PPRAG diretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa, Rolf Jansen, disse
visa a preservação da saúde e da que a filial brasileira desenvolveu um processo de fabricação de pro-
integridade física dos trabalha- dutos eficientes, a ponto de permitir a produção com qualidade e
dores, através da antecipação, re- em maior escala, conquistando melhor preço.
conhecimento, avaliação e con- Para desenvolver toda tecnologia, a filial da Surtec no Brasil
seqüente controle da ocorrência conta com centro tecnológico de primeiro mundo. “Esse centro é
de riscos ambientais existentes tão importante como o centro que existe na Alemanha. Com tanta
no ambiente de trabalho. tecnologia, o Brasil é considerado o segundo maior mercado com-
O presidente do Siamfesp
aponta como um entrave a po-
lítica econômica. “Se de um
lado o Banco Nacional de De-
senvolvimento Econômico
Social (BNDES) tem dinheiro
para emprestar com taxa de
juros menores, do outro as
exigências e a burocracia
fazem o processo emperrar.
Enquanto nossos governantes
não reduzirem a carga tributá-
ria, os impostos e os juros, o
empresário brasileiro vai ter
que usar a criatividade para se
manter de pé”. Equipamento de raio-x para análise não-destrutiva, da Surtec do Brasil.
Aporte
PASSIVADORES TRIVALENTES, PASSIVADORES
COM NANOTECNOLOGIA E TOP COATS
Tradição aliada à tecnologia resultando em qualidade
do produto, na preservação ambiental e na redução de custo
Processos
Inovações para
tratamento de superfície:
Decorativo: cobre ácido, Enova
níquel brilhante. (Níquel
Protetivo: passivadores com nano Químico)
particulas isentos de cromo hexavalente.
Funcional: novos processos de níquel químico.
Equipamentos
Para solucionar um dos mais complexos problemas
que as atividades produtivas enfrentam diariamente,
o da diminuição dos efluentes líquidos,
a CGL Coventya oferece o que há de mais
Lanthane avançado no mundo: A Troca Iônica e a Dosadores
TR 175 Evaporação à Vácuo, possibilitando a Automáticos
(Passivador de Aditivos
Trivalente com reutilização de água, através de
Nano Particulas) um circuito fechado.
Sistemas Purificadores
de Troca Iônica de Banhos
Sistemas Evaporadores
de Agitação a Vácuo
w w w. c g l c o v e n t y a . c o m . b r
A P ERSPECTIVA DO C LIENTE
Para Antonio Carlos de Oliveira Sobrinho, do TLQ Centro mos uma evolução. Atual-
Tecnológico da DaimlerChrysler, a outra novidade desse mercado é mente essas empresas têm a
a tecnologia que foi desenvolvida para ajudar a montadora na esco- preocupação de desenvolver e
lha de seus fornecedores. “Eu estou falando do IMDS – apresentar novos produtos
International Material Data Systen, onde a empresa fornece especi- menos agressivos ao meio
ficações técnicas sobre seu produto diretamente para as montadoras ambiente e também aos ope-
cadastradas, conhecidas também como signatárias”. radores que têm contato com
As empresas cadastradas que compõe o IMDS são: BMW, estes produtos químicos, neste
DaimlerChrysler, Porsche, Fiat, Ford, Fuji, Hyundai, Isuku, caso os melhores exemplos são
Mazda, Mitsubishi, Nissan, Suzuki, Toyota, VW, Volvo, Renault a eliminação do cianeto e do
Truck e Mack Trucks. Vale lembrar que o IMDS surgiu a partir da cromo hexavalente”.
aprovação da Diretiva Européia, que proíbe o uso de chumbo, cád- O executivo alerta para
mio, mercúrio e cromo hexavalente no tratamento dos metais. As dois pontos quanto aos inves-
empresas interessadas em conhecer um pouco mais sobre os mecanis- timentos no setor: priorizar o
mos de funcionamento dessa nova ferramenta pode acessar o ende- investimento em linhas total-
reço eletrônico www.mdsystem.com. Sobrinho explica que o merca- mente automatizadas para a
do europeu é um dos mais exigente quando se trata da prática do aplicação dos produtos, para
tratamento de superfície ecologicamente correto. “A exigência inter- obter ganhos de produtivida-
foto: Mangles/Joffre Oliveira Junior
Fechamento de campo de
petróleo indica desgaste da
infra-estrutura do setor Tecnologia desenvolvida
pela Italtecno s.r.l. –
Falha provocada por corrosão interna serve de alerta
Itália, largamente
para que as autoridades e profissionais do setor tomem utilizada na Europa e
medidas corretivas e preventivas mais rígidas EUA, agora
disponível
EM AGOSTO, A IMPRENSA INTERNACIONAL DEU DESTAQUE À PARALISAÇÃO
da produção do maior campo de petróleo dos Estados Unidos, pertencente à
no Brasil.
BP, localizado no Alasca. Essa pode ser a primeira de várias iniciativas seme-
lhantes. O motivo: a deterioração interna, por corrosão, dos oleodutos de Processo:
produção do campo de Prudhoe Bay, onde sugere o alto desgaste da infra-
O LL-Multicolor é um
estrutura do setor do petróleo, principalmente no que se refere à contami-
nação do meio ambiente e a imagem da CIA de petróleo. processo inovador de
Essa situação, porém, não deve, em curto prazo, ter um impacto impor- eletrocoloração, capaz de
tante no mercado brasileiro. “Isso porque o nosso país é auto-suficiente na fornecer uma gama de
produção de petróleo. Agora, se para os norte-americanos a deterioração tonalidades que atende a todo
destes oleodutos provocou perdas incalculáveis, para o resto do mundo esse o espectro de cores,
terrível acontecimento pode servir de exemplo de alerta para que as autori- abrangendo tons de cinza, azul,
dades e profissionais do setor tomem medidas corretivas e preventivas mais amarelo, verde e vermelho.
rígidas para que este tipo de acidente não ocorra mais”, comenta o M. Sc. Gu-
temberg de Souza Pimenta, diretor da Associação Brasileira de Corrosão - O processo ocorre em
ABRACO. quatro etapas:
Este acidente deverá provocar uma perda de pelo menos 3% na produção
do petróleo nos Estados Unidos, conforme relato em documentos obtidos na • Primeira Etapa - Anodização
Internet “Isso significa que os norte-americanos deixarão de produzir aproxi- LL-WM80 L.
madamente 500 mil barris de petróleo por dia, podendo até inflacionar o
preço do barril de petróleo. Além disso, como a falha ocorrida é do tipo cor- • Segunda Etapa - Modificação
rosão interna, a demora para encontrar o local de vazamento, assim como sua da Camada Anódica
extensão pode ser muito grande, o que poderá acarretar uma contaminação LL-Colourmix M1.
maior do solo”.
Especialistas norte-americanos avaliam que o atual sistema de produção e • Terceira Etapa -
transporte de petróleo deverá comprometer o fornecimento dos combustíveis Eletrocoloração
necessários durante a próxima década. Isso também afetará diretamente o
LL-Salmix NF 45
preço do barril. A corrosão interna tem sido a causadora de vazamentos nos
oleodutos dos EUA, estando relacionada a 16% de todos os acidentes re- LL-Sn 225.
gistrados entre janeiro e agosto de 2006, segundo a Divisão de Segurança dos
Oleodutos do Departamento de Transporte dos EUA. A agência calcula a • Etapa Final - Selagem
perda de pelo menos 68 mil barris de petróleo no período em função da dete- LL-24 HARDWALL 3 CB/1
rioração interna das tubulações. LL-HARDWAL MTS-VF.
Aporte
Laboratório de Corrosão e
Tratamento de Superfícies –
LABCORTS - CCTM IPEN/CNEN-SP
O LABCORTS envolve principalmente pesquisas e desenvolvimento de
materiais e revestimentos convencionais e avançados
Por Lalgudi LABORATÓRIO DE COR- res de imagens; um FTIR; uma variedade de máquinas de ensaios
V. Ramanathan rosão e Tratamento de mecânicos; quase todas as técnicas para caracterizar materiais particu-
e por Isolda Superfícies (LABCORTS) lados; diversos tipos de fornos e acessórios para a preparação de novos
Costa do Centro de Ciência e Tecno- materiais em atmosferas controladas.
logia de Materiais (CCTM) do
IPEN foi criado em 1978. A área Equipe:
total ocupada pelos laboratórios A equipe atuante no LABCORTS – CCTM é constituída por 8
que compõem o LABCORTS é pesquisadores, sendo 4 em tempo integral, 10 alunos de pós-gradua-
de aproximadamente 1500 m2. ção e 4 pós-doutores.
As principais atividades reali- Os pesquisadores responsáveis pelo Laboratório de Corrosão e
zadas nestes laboratórios são: Tratamentos de Superfícies do CCTM – IPEN/CNEN-SP são o Dr.
1. Pesquisas básicas e aplicadas Lalgudi V. Ramanathan, que atualmente também é o gerente do
em todas as áreas de corro- CCTM, e a Dra. Isolda Costa.
são e seu controle.
2. Desenvolvimento de novos Os ensaios realizados nestes laboratórios consistem de:
materiais e revestimentos 1. Ensaios eletroquímicos.
resistentes à corrosão. Equipamentos disponíveis: potenciostatos/galvanostatos, analisa-
3. Estudos da correlação dores de resposta em freqüência (FRA), ZRA.
microestrutura-corrosão de
materiais e revestimentos 2. Ensaios acelerados para simulação de corrosão atmosférica.
4. Consultoria nas diversas áreas Equipamentos disponíveis: Câmaras de névoa salina para ensaios
de corrosão e seu controle. cíclicos e contínuos, Câmaras de envelhecimento natural.
5. Cursos especializados.
As atividades destes laborató- 3. Corrosão a temperaturas elevadas em meios gasosos (en-
rios são complementadas com a saios isotérmicos e cíclicos de oxidação, sulfetação, erosão e
infra-estrutura disponível nos erosão-oxidação).
outros laboratórios do CCTM, Equipamentos disponíveis: Balanças termogravimétricas, Calorí-
que incluem: cinco difratôme- metro diferencial, Fornos com atmosfera controlada, Equipamentos
tros de raios-X; dois microscó- para ensaios de erosão-corrosão.
pios eletrônicos de transmissão;
um microscópio eletrônico de 4. Ensaios de caracterização de superfícies e de revestimentos
varredura; vários microscópios metálicos, cerâmicos, orgânicos e de conversão.
óticos acoplados com analisado- Equipamentos disponíveis: Cortadeiras, pHmetros, condutivíme-
Fig.1 - 1 2
Laboratório
de ensaios
eletroquímicos.
Fig.2 -
Laboratório
de ensaios
acelerados para
simulação
de corrosão
atmosférica
BIBLIOTECA
Para auxiliar a comunidade técnico-empresarial,
servindo como fonte de pesquisa, recuperação e
disseminação da informação, a ABRACO possui
uma Biblioteca especializada em corrosão,
proteção anticorrosiva e assuntos afins. Seu acervo
é composto por livros, periódicos, normas técnicas,
trabalhos técnicos, anais de eventos e fotografias.
Os serviços prestados pela Biblioteca incluem
pesquisa bibliográfica, consulta local, repasse de
trabalhos técnicos e publicações (livros técnicos e
anais da ABRACO).
CONFIRA EM NOSSO SITE O CONTEÚDO TÉCNICO Já está à disposição o
CURSOS CD do LATINCORR 2006,
• Pintura industrial o maior evento de corrosão da
• Corrosão América Latina. Atualize-se com
• Inspeção e monitoramento da corrosão o acesso aos 304 trabalhos técnicos,
• Proteção catódica 11 conferências plenárias e
• Revestimentos anticorrosivos 10 palestras técnico-comerciais
apresentadas no evento.
PRÓXIMO EVENTO
√ 9º COTEQ - Conferência Internacional
sobre Tecnologia de Equipamentos
de 12 a 15 de junho de 2007 - Salvador - BA
Chamada de trabalhos:
Envio de resumos e sinopses através do
site do evento até 30/11/2006.
Informações adicionais: www.abende.org.br/coteq.html Mais informações poderão ser obtidas
através do nosso site: www.abraco.org.br,
Realização: pelo e-mail abraco@abraco.org.br ou
pelo tel.: (21) 2516-1962
Artigo Técnico
porém, da mesma ordem de TAB. 3 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS
grandeza. Por esta razão, neste À BASE DE FOSFATO DE ZINCO E DE CÁLCIO (ISO 9717, 1990; BS EN 12476, 2000)
trabalho optou-se por apresentar
faixas indicadas por normas, que Massa por unidade
Aplicação
acabam sendo os valores mais de área (g/m2)
adotados na prática. >5 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contra corrosão durante
As Tabelas de 1 a 4 apresen- armazenamento e transporte
tam, por tipo de fosfato, a faixa 1 a 10 de preferência 1 a 4 Como base para tintas ou vernizes
de massa de camada por unidade
de área para as diferentes aplica-
ções. Em relação a elas, convém TAB. 4 - VALORES DE MASSA POR UNIDADE DE ÁREA PARA CAMADAS FOSFATIZADAS
citar ainda que: À BASE DE FOSFATO DE MANGANÊS (ISO 9717, 1990; BS 7371, 1996)
• as camadas de fosfatos desti-
nadas à proteção contra cor- Massa por unidade Aplicação
rosão com ou sem aplicação de área (g/m2)
de óleos, graxas e ceras, são > 5 de preferência > 10 Sem proteção suplementar, para proteção contra corrosão entre
geralmente submetidas, após operações de fabricação em ambientes secos por períodos inferiores
a fosfatização, a uma lavagem a 7 dias
em uma solução contendo > 5 de preferência > 10 Com óleos, graxas ou ceras para proteção contra corrosão durante
ácido crômico2 ou outros armazenamento e transporte
compostos selantes; 3a5 Revestimentos constituídos principalmente de fosfato de
• as camadas fosfatizadas utili- manganês, obtidos a partir de banhos sem íons de ferro.
zadas como base para tintas e Para componentes com pouca folga, como pistão de compressor
vernizes também são subme- de refrigeradores
tidas a uma lavagem conten- 5 a 20 Revestimentos constituídos de fosfato de ferro e manganês ,
do ácido crômico2 ou outros obtidos a partir de banhos com íons de ferro.
compostos para aumentar a Para componentes com folga, como engrenagens
resistência à corrosão. Porém, >8 Para elementos de fixação
neste caso, após este estágio
LATINCORR 2006
Empresas participantes do LATINCORR 2006, Congresso Latino-Americano de Corrosão
e Exposição Empresarial de Corrosão e Proteção, realizado em Fortaleza, de 21 a 26 de maio.
P ATROCINADORES
Ouro Prata Bonze
Bayer Materialscience Orvic Engeduto
Blasting VCI Brasil Logos Química
CENPES – Centro de Pesquisas Votorantim Metais Super Finishing
da PETROBRAS Zerust & Northern Tintas Renner
Euronavy / Tintas Jumbo De Nora do Brasil Tintas Sumaré
International Paint Triquimica
E XPOSITORES
Aselco Automação GE Water & Process Technologies Rust Engenharia
Bayer Materialscience Honeywell Super Finishing
Chesterton Naja Turismo Trenton
De Nora do Brasil Nalco Brasil Triex Sistemas
Equilan Indústria e Comércio Pensalab
Fortaleza Convention Bureau Rogertec
Evento ABRACO
A ABRACO e o INT darão início à parceria realizando um evento que traz no seu tema um assunto de
grande importância para o país e para o mundo: a Corrosão Interna em Dutos e Equipamentos.
Vários especialistas na área discutirão técnicas preventivas como monitoramento, revestimentos, entre outras,
além de apresentar novas tecnologias e avaliar tendências do mercado.
iante dos recentes acon- podíamos ou que dispúnhamos. fabricante idôneo? Foi testa-
tecimentos, presenciados Porém, essas tais medidas de pro- do e avaliado quanto sua efi-
por todos nós e, à época, teção eram realmente eficazes? cácia? Possui C.A. - Certi-
exaustivamente divulgado por Ou, apenas nos traziam aparente ficado de Aprovação, emitido
todas as mídias; assunto da se- sensação de segurança? por órgão competente? Mui-
Por José Adolfo mana em todas as rodas, como Da mesma forma, por analo- tos são os produtos fabrica-
Gazabin Simões em cidade do interior quando gia, como vimos nos protegendo dos sem a observância de
perturbada por qualquer aconte- em nosso ambiente de trabalho? qualquer norma técnica.
cimento atípico, ocorreu-me o Os Equipamentos de Proteção Saber se estes produtos real-
seguinte: Estamos melhor com Individual e Coletiva instalados mente protegem, só após a
os ataques terroristas do PCC, são realmente eficazes? Funcionam ocorrência de um evento
que sem eles. como devem? Protegem? Ou, indesejável.
Senão, vejamos: aprendi nas apenas nos passam a agradável 3. Se o EPI foi corretamente
disciplinas de Saúde e Segurança sensação de estarmos protegidos? especificado e neutraliza o
Ocupacional, que o maior con- A importância deste questio- risco, e se foi adequadamente
tribuinte para acidentes, doenças, namento reside no fato de às ve- adquirido de um fabricante
etc., são na verdade os relaciona- zes, ser melhor não utilizar um idôneo, estamos utilizando-o
dos à falta de informação ou des- determinado EPI, que utilizá-lo de maneira correta? Por
conhecimento do risco. A menos de forma errada. É melhor não exemplo, os protetores auri-
do “stress” causado pela onda de utilizar um determinado EPI, culares do tipo de inserção,
são comumente utilizados de
maneira inadequada; ou pela
Por vezes, é melhor não utilizar equipamento colocação ou pela conserva-
de proteção do que utilizá-lo de maneira errada. ção. Comuns são os casos de
otites e infecções causadas
Daí a necessidade de conhecer sua especificação, por protetores auriculares su-
sua origem e seu uso correto jos ou contaminados.
Evolução no Tratamento de
Superfícies “do Cromatizante à
Nanotecnologia” – Parte 3
Com este artigo, explicou-se a evolução dos cromatizantes e passivadores e, a partir dele, inicia-se
uma nova fase, a do estudo da evolução da nanotecnologia dentro do tratamento de superfícies
Por Silvio NTES DE ENTRARMOS NA res, nanocompósitos, biomate- nico intenso (necessidade do
Renato de Assis terceira e última parte riais, chips entre outros). O ob- efeito de auto-cura).
do trabalho aqui expos- jetivo principal é chegar em um
to, gostaria de aproveitar para controle preciso e individual Características:
elucidar algumas dúvidas que dos átomos. • Camada de 300 à 500 nm
me foram apresentadas em rela- A palavra “nanotecnologia” • Excelente resistência à
ção à segunda parte do trabalho: foi utilizada pela primeira vez corrosão
pelo professor Norio Tanigu- • Ótima autocicatrização
• Quando me refiro à presença chi, em 1974, para descrever as • Opera em temperatura
de oxigênio na camada, en- tecnologias que permitam a ambiente
tenda-se como o mesmo sen- construção de materiais a uma • Resistência da camada à
do proveniente das moléculas escala de 1 nanômetro (1nm = temperatura até 210ºC
de água presentes na camada 1 milionésimo de mm). Para se • Proporciona maior vida útil
de passivação. Não se trata de perceber o que isto significa, do passivador devido à baixa
oxigênio livre, mas sim na for- imagine uma praia com 1000 dissolução de Zinco e Ferro
ma combinada. O hidrogê- km de extensão e um grão de • Ausência de aditivos orgâni-
nio das moléculas de água areia de 1 mm, este grão está cos e agentes complexantes
presentes na camada de pas- para esta praia como um nanô- • Isento de fluoretos
sivação não pode ser analisa- metro está para o metro. • Custo mais baixo se compa-
do pelo Espectrômetro de rado aos passivadores triva-
Energia Dispersiva. A libera- 1ª Fase de Desenvolvimento lentes com utilização de
ção desse oxigênio, se dá na A nanotecnologia está sendo selante
forma combinada, como va- utilizada para apresentar novos
por d’água; tipos de passivação, através de Desvantagens
• Assim sendo, quando analiso uma solução coloidal (emulsói- • Alto Custo na Montagem em
os grãos presentes na superfí- de) de material `à base de SiO2 relação ao cromatizante hexa-
+3
cie, os mesmo também pode- e sais de Cr . valente
riam ser classificados como O princípio ativo é baseado
hidróxidos. nos emulsóides, onde a viscosi- Composição da Camada1
dade é geralmente muito maior As figuras na página seguin-
Nanotecnologia que a da água e a tensão super- te apresentam como é a camada
A nanotecnologia está asso- fial é menor. Portanto, a estabi- do passivador nanoparticulado.
ciada a diversas áreas (como a lidade destas soluções depende, Na figura 1, temos uma visão
medicina, eletrônica, ciência da em grande parte, da natureza do superior da camada, com uma
computação, física, química, meio em que estão dispersas as ampliação de 500 vezes, e aqui
biologia e engenharia dos mate- partículas: pH, concentração de também podemos perceber a
+3
riais) de pesquisa e produção na Cr e Inibidores. formação de grãos. Na figura 2,
escala nano (escala atômica). O O produto em questão é um numa visão angular com 2.500
princípio básico da nanotecno- composto inorgânico nano- vezes de ampliação, podemos
logia é a construção de estrutu- particulado para utilização em perceber mais claramente, além
ras e novos materiais a partir dos passivadores trivalentes. Pro- dos grãos, que a superfície está
átomos. É uma área promisso- porciona melhor resistência à uniformemente irregular, fato
ra, mas que dá apenas seus pri- corrosão, cuja principal utiliza- esse devido à “saída” de água da
meiros passos, mostrando, con- ção será para os casos em que camada passivada. Também po-
tudo, resultados surpreendentes não é permitido o uso de selan- demos visualizar que por baixo
(na produção de semiconduto- tes ou que haja desgaste mecâ- dos grãos, apesar da ruptura da
Zn O Cr Si Conclusão 3
Ponto 1: 66,6% 22,8% 0,4% 8,7% Demonstra que a camada de passivador
Ponto 2: 56,9% 28,9% 0,3% 13,1% é quase isenta em Cromo e concentrada
em Silicio e Água
Agradecimento Referências
Agradeço a todos os que aju- (1)
As fotos microscópicas foram feitas no
daram a realizar esse estudo e Microscópio de Varredura Eletrônica do
principalmente aos leitores da re- Instituto de Geociências da USP
vista, que fizeram com que tal
artigo tivesse grande repercussão (2)
Análise feita por Espectrômetro de
em nossa área. Energia Dispersiva. A variação de cor
Gostaria de avisá-los que esse apresentada representa a variação de
estudo foi o primeiro de muitos elementos conforme sua massa média.
na busca do conhecimento da
tecnologia que oferecemos e apli- (3)
Os corpos de prova utilizados neste
camos em nossos clientes, e que, estudo são chapas de ferro, banhadas em
em breve, já teremos uma nova Zinco Alcalino e posteriormente
fase de estudos, com novos graus Cromatizadas ou Passivadas, sofreram um
de conhecimento atingidos. corte em X até a base e foram submetidas
à 96 horas de Salt Spray, conforme norma
ABNT MB 787
Ampliação do corte Pessoas envolvidas
no estudo
Fábio F. J. Cardoso -
Podemos visualizar que após Gerente de Processos
o Salt Spray3, o corpo de prova Paulo Brito - Representante
NÃO apresenta corrosão bran- Técnico-Comercial
ca, tanto onde houve o corte, Silvio Renato de Assis -
como no restante do corpo de Gerente de Suporte à Clientes e de
prova. Assistência Técnica
Esse processo apresentou re- Fernanda Mendes Bereta - Silvio Renato de Assis
sistência à corrosão de, no míni- Assistente Técnica de silvio.assis@dileta.com.br
mo, 576 horas de Salt Spray. Desenvolvimento • fax: (11) 2139-7500
1ª Etapa - Montagem /
Enganchamento
Consiste em fixar os perfis ou
peças nas gancheiras de alumínio
ou titânio, de tal forma que per-
mita um bom contato elétrico. O
contato peça - gancheira deve ser
bem firme para não permitir des-
locamentos durante a movimen-
tação da carga entre os vários es-
tágios da anodização ou pela agi-
tação de ar utilizado em alguns Decapagem das Gancheiras alumínio pode
tanques da linha de anodização. (remoção da camada anodica) ser efetuado
Devido a alta resistividade por vários ti-
Gancheiras elétrica da camada anódica, após pos de proces-
“Gancheira” ou “Suporte” é o cada ciclo de anodização, as gan- sos, a saber:
dispositivo no qual são fixadas as cheiras devem ser decapadas (dis-
peças a serem anodizadas, sendo solução da camada de óxido de Desengraxe
que o sucesso da anodização de- alumínio), a fim de se garantir com Solventes
pende de um eficiente projeto de um bom contato elétrico das Os solven-
gancheiras, normalmente fabrica- peças que nelas serão montadas. tes são usados
das em ligas de alumínio, devem A remoção da camada de óxi- para remover
privilegiar os seguintes quesitos; do pode ser por via química, pela grandes quantidades de contami- Fig. 2 -
• Permitir a fácil montagem e imersão da gancheira em solução nantes orgânicos, como óleos e Gancheiras
desmontagem das peças ácida e após lavagem em uma graxas presentes na superfície do de perfis de
• Permitir uma distribuição solução fortemente alcalina de alumínio. Os resíduos de massa alumínio com
simétrica dos pontos de con- soda cáustica que fará dissolução de polimento e lustração são fixação através
tato da peça com a gancheira da camada de óxido de alumínio, facilmente removidos pela maio- de pinças tipo
• Dimensionamento elétrico ou por via mecânica, pelo uso de ria dos solventes quando a limpe- alicate
adequado evitando perdas e uma lixadeira que fará a remoção za é feita imediatamente após as
consumo excessivo de energia mecânica da camada de óxido de operações de polimento.
elétrica alumínio.
• Permitir o rápido escoamen- Desengraxe Alcalino
to de gases liberados pelas 2ª Etapa – Desengraxe / É o método mais utilizado
reações químicas através de Lavagem para a limpeza do alumínio e
posicionamento adequado O desengraxe é efetuado para suas ligas, sendo de fácil aplica-
das peças na gancheira. limpar os produtos de alumínio ção nas operações de produção e
• A gancheira deve ser versátil removendo gorduras, óleos e ou- os custos dos equipamentos são
permitindo o enganchamen- tros resíduos aderentes ao metal, baixos. Normalmente são for-
to de diferentes tipos e formas utilizando-se uma solução aquosa mulações que não agridem a
de peças na mesma gancheira levemente ácida ou alcalina, o superfície do alumínio, manten-
pelo uso de acessórios como qual deve, também, remover fil- do o brilho do polimento mecâ-
molas, ganchos, alicates, mor- mes de óxidos da superfície. nico, removendo e emulsifican-
sas, arames, pinças, etc. (Fig.2) O desengraxe da superfície do do os contaminantes orgânicos.
Por: Kalline da 1. Introdução corrosão, que é o período no qual as substâncias agressivas penetram
Silva Almeida, BRASIL POSSUI UMA COS- avançando progressivamente até a armadura (Tuutti, 1982)[4]. Helene
Manuela Queiroz ta marítima superior a (1993)[3] coloca que a duração da fase de iniciação deve corresponder
Oliveira, Eliana 7.400 km de extensão, à estimativa da vida útil de projeto da estrutura quanto à corrosão das
Cristina Barreto região onde se concentra a maior armaduras. Esta despassivação pode ocorrer devido à presença de clo-
Monteiro e Béda parte das metrópoles e da popu- retos no concreto. Uma vez despassivada, dá-se início a fase de propa-
Barkokébas Jr lação, conseqüentemente há um gação, e já se observam manifestações típicas do fenômeno da corrosão.
grande número de obras de con- A relação água/cimento é um dos principais fatores que limitam a pe-
creto armado sujeitas à ação dos netração de cloretos devido à influência na porosidade, ou seja, na for-
agentes agressivos provenientes ma, no volume e na distribuição do tamanho de poros. Quanto me-
da névoa salina, os Íons Cloreto. nor a relação água/cimento menor o ingresso de substâncias agressivas.
Andrade (1997)[2] pesquisou a Visando o aumento da durabilidade e conseqüentemente da vida
incidência de manifestações pa- útil das estruturas de concreto armado, cada vez mais se tem empre-
tológicas em estruturas de con- gado várias técnicas para proteger e reparar as estruturas de concreto
creto no estado de Pernambuco, armado atacadas pela corrosão. Entre estas técnicas que vem sendo
chegando a conclusão que a cor- utilizadas, destacam-se as diferentes pinturas à base de silanos inibido-
rosão das armaduras é o causador res de corrosão.
da maior parte dos danos nas Os silanos são substâncias hidrofugantes com moléculas extrema-
estruturas de concreto, sendo mente pequenas, por este motivo possuem capacidade e compatibili-
responsável por aproximada- dade para penetrar e molhar fácil o concreto, ao mesmo tempo em
mente 62% das manifestações que vai ocorrendo ligações de interligação com o substrato e com a
patológicas registradas nas edifi- própria camada passivante da armadura. Um dos objetivos da utiliza-
cações. ção de pinturas de proteção é garantir a impermeabilidade do concre-
A despassivação determina o to, os silanos atuam penetrando nos poros e capilares de modo a for-
fim do período de iniciação da mar uma fina película protetora, hidrófuga e incolor.
Considerando a gama de produtos e sistemas para prevenção do
reparo de estruturas de concreto, estudos foram feitos para contribuir
no conhecimento dos mecanismos de funcionamento dos diferentes
silanos inibidores de corrosão analisados, que possam fundamentar
em quais condições poderiam ser aplicados, produzindo uma qualida-
de satisfatória nas estruturas de concreto armado. Visto que da maio-
ria das pinturas à base de silanos não são conhecidos o seu real com-
portamento e sua eficácia, são necessários testes de laboratório que
comprovem sua eficiência. Ou seja, o conhecimento da viabilidade
técnica e econômica destes sistemas, não apenas as informações divul-
gadas pelos fabricantes, obtendo subsídios para correta avaliação da
adequação destes às mais diversas situações de campo.
2. Procedimento Experimental
Participação das autoras no
Latincorr 2006. Da esq. para à 2.1.Materiais Utilizados
dir.: Kalline Almeida, Eliana Foram moldados corpos-de-prova de argamassa armados com os
Monteiro, Oladis Trocónis de seguintes materiais: Cimento Portland Composto com Pozolana
Rincón (Comitê Organizador do (CPII-Z 32), aço CA-60, silanos inibidores de corrosão e areia natu-
evento) e Manuela Queiroz. ral oriunda da região.
Erik Penna