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Ano 3 | n° 3 | 2014
1.500 pessoas
no maior encontro do setor
O maior encontro de operadores regionais de internet e telecomunicações
da América Latina aborda temas técnicos e regulatórios relatados com
exclusividade nesta edição
Basílio Perez
Presidente da Abrint
A pesquisa realizada anualmente pelo CGI. culo de maior dimensão. Conseguimos avanços
br sobre a internet identificou pela primeira vez com o PGMC, mas o sistema ainda não oferta insu-
que mais de 50% da população já tiveram contato mos em condições favoráveis aos operadores re-
com a rede mundial de computadores. O deta- gionais. Chamamos a atenção dos órgãos públicos
lhamento do resultado revela que quanto maior a para o disparate dos valores praticados para o alu-
escolaridade, maior é o percentual de pessoas que guel de postes, mas os entendimentos caminham
utilizam a rede. para um valor de referência que divide o setor.
A proporção se agiganta também quando o com- Reivindicamos acesso ao leilão de espectro para
parativo passa a ser a renda familiar. O percentual operarmos com frequência própria e recebemos a
de pessoas que têm acesso à rede é predominante promessa de que em 2014 a teremos.
nas classes A e B (98% e 80%, respectivamente). Na Nós demonstramos ao mercado e ao setor go-
classe C o percentual é de 39% e nas D e E é de 8%. vernamental que a demanda reprimida demonstra-
A internet é o meio que aproxima os seres hu- da na pesquisa do CGI.br nos interessa. Os obstácu-
manos, que proporciona a realização de negócios los geográficos, aos quais a dificuldade de acesso
e abre oportunidades. É, paradoxalmente, tam- é atribuída, nós temos condições de transpor. Nos
bém o abismo que os separa. Existem na sociedade interessa ofertar internet na zona rural, e existe de-
aqueles que desfrutam dos benefícios e oportuni- manda. Nos interessa oferecer internet nas grandes
dades da internet. E também aqueles que sequer cidades, e há áreas que precisam de nós.
sabem do que estamos falando. Os operadores regionais têm, dentre suas carac-
Nós, operadores regionais de acesso à internet, terísticas, o fato de acreditarem em seus negócios
sabemos que existem formas de conectar todos de tal forma que investem parte de suas receitas
à rede, usando tecnologia e investimento com- na ampliação da rede. A constatação é de Arthur
patíveis. Diferentemente das empresas que detêm Coimbra, do Minicom.
PMS, porém, não acessamos linhas de crédito dife- A Abrint trabalha para que a característica prin-
renciadas e enfrentamos obstáculos violentos no cipal dos provedores regionais seja a capacidade de
nosso cotidiano. atender à demanda reprimida e promover uma ver-
No atual período, a infraestrutura é o obstá- dadeira revolução tecnológica no Brasil.
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expediente
Abrint
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Rumo à
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fibra ótica
Abrint defende
investimento de R$
9 bilhões para levar
internet com operadores
regionais para 40
milhões de pessoas
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Cidades Digitais
Para Américo Tristão, diretor do Departamento
de Infraestrutura para Inclusão Digital do Ministério
das Comunicações, redes de fibra óptica são essen-
ciais para o projeto das Cidades Digitais, que já se-
lecionou 262 municípios com até 50 mil habitantes. Apoio do governo pode
Ele pondera que não é possível prever hoje o que vai
trafegar pela rede em uma ou duas décadas. Mas, oferecer cobertura
é possível garantir a estrutura para isso. O projeto de qualidade a 15
Cidades Digitais pretende oferecer acesso à internet
milhões de domicílios
para os serviços públicos e promover desenvolvi- Américo Tristão
mento dos municípios por meio da tecnologia. Em 2013, foram incluídos municípios com brasileiros
menos de 50 mil habitantes – o que eleva para 340 cidades com 6 milhões de habitantes
no total e que abrigam 3 mil escolas públicas aproximadamente. A expectativa é chegar a 6
mil quilômetros de fibra óptica nesse cenário. 40% dos municípios brasileiros são atendidos
por fibra óptica; outros 60% ainda não.
Expositores do 6° ISP
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Hoje
Arthur Coimbra sugere três linhas de
financiamento adequadas para atender às
necessidades dos provedores, porém com
limitações. O cartão BNDES é uma delas e é
indicado como solução imediata. Há, ainda,
o BNDES Automático e o BNDES Finame
para equipamentos. Essas linhas são dis-
ponibilizadas para empresas consideradas
de médio porte, com faturamento de até
R$ 90 milhões. Mas, Arthur reconhece que
sabe apenas de uma empresa brasileira que
possui Cartão BNDES com o limite máximo,
que é de R$ 1 milhão. “A média varia de R$
200 mil a R$ 300 mil”. Além disso, o BNDES
Automático, que tem taxas parecidas com
cussão para definir se fibra óptica poderia
Finame e é acessado por meio de outros
ser caracterizada como equipamento ou
agentes financeiros (bancos credenciados),
não mas, isso já foi superado e agora com
não tem nem um caso de financiamento
o Finame é possível financiar fibra óptica”.
aprovado para provedores regionais, se-
A associação pleiteia ir além da aquisição
gundo Coimbra.
de insumos e abrir caminhos para investi-
mentos em rede, do projeto à instalação.
Duas soluções são defendidas pelo
Ministério das Comunicações, segundo
Coimbra. A primeira é que possam aceitar
recebíveis como garantia. O financiador
alega dificuldade de obtenção de infor-
mações claras dos provedores regionais e
“isso nos leva a uma última solução que
é, provavelmente, a que vamos encami-
nhar”, explica. Segundo ele, as discussões
são no sentido de criar uma linha de fi-
nanciamento específica para provedores
regionais e também um fundo de aval,
com critérios mais práticos para cobrir
Arthur Coimbra
eventual inadimplência.
A inserção da fibra óptica no Finame “Os problemas do setor estão mais
é considerada uma vitória, por Coimbra conhecidos hoje e soluções estão sendo
e também pela Abrint. “Houve uma dis- encaminhadas paulatinamente”, afirma.
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Oportunidade: conectar
universidades
Infraestrutura
Luiz Vergueiro, gerente comercial do es- Eduardo Grizendi, diretor de Engenharia e
critório regional de São Paulo da Telebras, Operações da Rede Nacional de Ensino e Pes-
afirma que a empresa investe, a partir quisa (RNP), afirma que o projeto Veredas Novas
deste ano de 2014, em uma estratégia co- é oportunidade de novos negócios para prove-
mercial que a faz mais próxima do mercado dores de acesso em todo o país. O objetivo é
brasileiro. A Telebras já inaugurou escritórios conectar todos os campi de universidades e ins-
em algumas capitais, como a cidade de São titutos tecnológicos do interior do Brasil, uma Eduardo Grizendi
Paulo, objetivando prestar atendimentos re- iniciativa dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, Educação e Comu-
gionalizados. O foco é atender as demandas nicações, em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
do governo e dos ISPs, priorizando os pro- Federais de Educação Superior e Conselho Nacional das Instituições da Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
A meta é ampliar a infraestrutura de acesso à rede de educação e pesquisa
brasileira, elevando para até 1 Gb/s a velocidade de conexão dos campi das uni-
versidades localizadas no interior do país. Para isso, a RNP prevê cessão de fibras
em redes metropolitanas da Rede em troca de manutenção ou construção con-
junta de rotas urbanas, intraestaduais e interestaduais. Até 2013, segundo ele,
havia 84 circuitos em 4 Mb/s. “Estou falando de circuitos que atendem campi
de instituições de ensino”. Para Grizendi, o desafio é levá-los para o mínimo de
20 Mb/s, de forma escalonada, até 100 Mb/s. Para o caso de instituição-sede,
a contratação é de 1 Gb. “E digo que um ou outro de vocês [provedores] já está
nos atendendo com 1 Gb, como é o caso da cidade de Pelotas [RS]”, conta.
A região norte do Brasil é uma área crítica para o projeto. Mas Grizendi con-
sidera que há provedores com excelente estrutura e que não são conhecidos.
“Temos de oportunidade, além da contratação de circuitos, a implantação de
rede metropolitana em São Carlos, Campinas e São José dos Campos [no estado
Luiz Vergueiro de São Paulo]. O objetivo é interligar até 2014 todas as instituições usuárias da
RNP no interior – os campi em 100 Mb/s e as sedes em 1 Gb/s”.
jetos de cabos submarinos e do satélite de
Banda K. A Telebras tem bakbones e back-
hauls em todo o território nacional. Fortale-
cer a própria rede atende a metas comerci-
ais – de preços, competitividade e ampliação
do acesso à internet – mas, também tem O que queremos
foco em objetivos políticos. “Desde aquele
episódio da NSA [Agência de Segurança Na- • financiamento com carência e prazo de amortização
cional dos Estados Unidos], nós recebemos condizentes com investimentos em telecomunicações
uma determinação: o governo quer rodar • cidades servidas por backbones ópticos
os interesses governamentais em uma rede • rede nacional para oferta de serviços baseados em vídeo e
mais segura e tem que ser uma rede gover- disponibilizados nos backbones
namental. A Telebras vai propiciar essa rede
para o governo”, explica Vergueiro.
Expositores do 6° ISP
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Planejamento:
a chave para o sucesso do negócio
Premissa do estudo é o acesso ao financiamento
Expositores do 6° ISP
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A projeção de Silva leva em consideração
Piauí
a implantação de uma rede de FTTH, cujo União
cronograma deve atender a etapas prolonga-
das por dois anos. O custo mais significativo Sou técnico em eletrônica e
refere-se ao aluguel de postes. Os gráficos de trabalhei muito tempo com isso.
receita e custo operacional demonstram que Em 2004, abri uma lan house na
o investimento em redes de FTTH, planejado minha cidade, União-PI. Quando
de forma consistente, é viável.
comecei, cobrava R$ 79 do cliente
e para levantar a primeira torre,
Luiz Paulo Costa e Silva
de 21 metros, no terreno do meu
sogro, tive que fazer empréstimo
no meu nome, no nome da minha
Receita mãe, da minha esposa e de vários
Receita, Impostos e Taxas - Valores acumulados
parentes.
R$ 45.000.000,00
Hoje, meu provedor atende a
R$ 40.000.000,00 350 usuários. Além da minha ci-
R$ 35.000.000,00 dade, também levo internet para
cinco povoados da região, com
R$ 30.000.000,00
Receita Bruta a ajuda de quatro funcionários.
R$ 25.000.000,00 ICMS Em União, a maior dificuldade
R$ 20.000.000,00 PIS + COFINS é chegar o sinal, por causa da
Anatel
R$ 15.000.000,00 Receita Líquida topografia, pois lá tem muito
morro.
R$ 10.000.000,00
Faz um tempo em que ouço boa-
R$ 5.000.000,00 tos de que existe uma onça em
R$ 0,00 um dos morros onde tenho torre.
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 Mas não acreditava, porque eu
nunca tinha visto. Outro dia, fui
subir o morro e vi a marca da
Custos operacionais pata da onça e de seu filhote,
Custos operacionais - valores acumulados fiquei com medo, mas não tinha
R$ 14.000.000,00 jeito, eu tinha que subir na torre.
R$ 12.000.000,00 Agora, sempre levo mais três
Pessoal
funcionários comigo e um facão;
R$ 10.000.000,00 Parceiros
e só não levo arma porque tam-
R$ 8.000.000,00 Aluguel de bém tenho medo.
postes
R$ 6.000.000,00 Total
R$ 4.000.000,00 Marcelino
Silva
R$ 2.000.000,00
WNews
R$ 0,00
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6
A premissa para os resultados obtidos no exige carência de 12 meses para capital des-
estudo de Silva é o acesso a linhas de finan- tinado à infraestrutura e o mínimo de cinco
ciamento com garantias compatíveis às dos anos de pagamento, com juros compatíveis
projetos de telecomunicações. O modelo aos praticados no mercado de telecom.
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Associados da
Abrint
Posse da nova diretoria da Abrint Diretores e conselheiros com o deputado Alessandro Molon Conversa nos bastidores do 6º ISP
Hernán Seoane, Demi Getschko, Basílio Perez, Francisco Ziober e Wardner Maia
O público em 2014 foi 33% superior ao de 2013 Basílio Perez, Rodrigo Zerboni, Euclydes Vieira, Veridiana Alimonti e Alan Silva Faria
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Marcelo Couto e Luiz Vergueiro Marcelo Couto, Alexandre Brito e Manoel Santana Wardner Maia e Evandro Varonil
Sobrinho
Wardner Maia, Basílio Perez e Marcelo Corradini Alex Jucius, Marcelo Corradini e Israel Arruda Neto
Breno Vale, Wardner Maia, Diógenes Ferreira e Jantar de confraternização dos associados Clóvis de Barros Filho
Wardner Maia
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Homologado
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Marco Civil,
o primeiro e mais difícil passo
Brasil dá exemplo de governança da rede
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São Paulo
Regente Feijó
Comecei trabalhando como auto-
rizado da LG e Samsung, conser-
tando celular. Depois fiz um curso
técnico em eletrônica, com ênfase
cado. Para Perez, “a lei garante que todos em telecomunicações, foi aí que
tenham acesso igualitário à rede, essen- peguei gosto pela área. Em 2006,
cial para a valorização da cidadania e para abri meu negócio e hoje opero
a manutenção de negócios de internet”. A em cinco cidades do interior de
garantia da neutralidade de circulação de São Paulo: Regente Feijó, Taciba,
conteúdos na rede, para a Abrint, preser- Anhumas, Indiana e Espigão,
va direitos dos usuários e dos operadores. chegando a 4 mil usuários. Levo
A definição da Anatel e do CGI.br, internet para prefeituras, postos
como fóruns para dirimir conflitos em de saúde, empresas e em lugares
relação ao uso da internet, confere aos
que só chegamos com trator.
Quando comecei, minha maior
órgãos a responsabilidade de refletir os
dificuldade foi construir uma
anseios da sociedade nas decisões que
antena para captar sinal com
vierem a ser tomadas. “E, apesar de a in-
alta qualidade. Hoje, conto com
ternet não ser telecomunicação, carece o apoio de 10 funcionários. Já
dessa rede para operar”, afirma Perez. trabalhei com tecnologia 2.4, 5.8 e
Molon argumentou que a democracia agora com fibra óptica.
vai passar cada vez mais pela internet” Alessandro Molon
Percebo que as grandes empresas
“E o futuro da internet passa pela neu- de telecomunicações são robo-
tralidade da rede, que significa inclusão e tão por vir. “A estratégia é criar conceitos tizadas e os consumidores sofrem
cidadania”, finalizou. falsos. Oferecer o Facebook de graça por desconforto com isso. Já nós,
Para Wardner Maia, Molon enfren- pacote, por exemplo, é quebra de neutra- provedores regionais, resolvemos
tou pressões fortes para aprovar a lei da lidade”, explica. problemas simples dos clientes,
forma que está. “Muitas vezes nós corre- temos um pós-venda satisfatório.
mos o risco de ter uma colcha de retalhos, Governança Esse é o nosso diferencial e o que
que não era boa para o futuro da internet. Para Glaser, o exemplo brasileiro de cativa o consumidor.
Antes do Marco Civil, teríamos um monte governança da rede, que circula agora
de leis descompassadas. Hoje, o provedor em um ambiente legalmente estável, é
de acesso é impedido de guardar registro respeitado em fóruns mundiais dos quais Rodrigo
ele participa. Os Estados Unidos se dis-
Sanches
de navegação, ele é obrigado a guardar o
Skynet
log”, lembra. puseram a compartilhar a supervisão da
Maia explica que a dificuldade dos pro- rede e os organismos internacionais es-
vedores de acesso em um ambiente sem tão dispostos a desenvolver em conjunto
a neutralidade seria a negociação dos pa- um novo modelo de governança.
cotes de conteúdo, à semelhança do que “Há extremos em toda essa história,
ocorre no mercado de TV por assinatura. mas o Brasil tem diálogo com todos. A
Apesar da aprovação da lei, alerta Maia, bola estava com os americanos, agora está
as entidades e os operadores interessados no campo e vamos jogar juntos”, afirma
devem estar sempre alertas para as ex- Glaser, que defende um modelo represen-
ceções e regulamentações que ainda es- tativo de gestão.
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Connectoway
Connectoway
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O acesso
à infraestrutura
Snoa entra em operação e é esperança para derrubar preços
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Postes
Silva considera que a Aneel pode acor-
dar com a Anatel a inclusão dos postes no
Snoa. Até o início da operação do siste-
ATENÇÃO
ma, o aluguel dos mais de 20 milhões de Contrato assinado não poderá ser revogado
postes existentes no país não obedecia a após a adoção da nova resolução do aluguel
qualquer regramento das agências regu-
ladoras.
de postes.
O gerente de Interconexão da Anatel,
Adeilson Evangelista Nascimento, avalia
que a melhor alternativa para regular a
questão é a edição de uma resolução con-
junta que fixe um valor de referência, que
é exatamente o encaminhamento dado
pelas agências.
Para ele, o debate, que começou com
a precificação do insumo, não está restrito
a essa questão. Na agência, a maior parte
dos processos administrativos se refere à
falta de informação sobre a questão regu-
latória, mas não existe tanto questiona-
mento sobre os preços praticados.
A Lei Geral de Telecomunicações, ava-
Adeilson Evangelista Nascimento Paulo Silva Vitor
lia Nascimento, é imprecisa em relação à
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análise
A ausência de isonomia
no compartilhamento de infraestrutura
e demais problemas
Paulo Henrique da Silva Vitor
Advogado e Consultor Jurídico
Sócio-fundador da Silva Vitor & Advogados Associados
As empresas atuantes nos serviços de compartilhamento, “ultrapassando os Ressalte-se que a isonomia no com-
de telecomunicações aguardam ansiosa- limites do legitimamente consentido, em partilhamento de infraestrutura já possui,
mente a Resolução Conjunta a ser celebra- termo de razoabilidade, evidenciando o inclusive, previsão legal e normativa. É o
da entre a Anatel e a Aneel, que irá regu- abuso de poder econômico, caracterizado que se extrai do Artigo 73 da Lei 9.472/97
lamentar o preço de referência do ponto pelo poder coercitivo utilizado pela con- e dos artigos 4° e 9° da Resolução Con-
de fixação para o compartilhamento de cessionária de energia elétrica, monopoli- junta n° 001/99. Lembrando ainda que a
postes entre as distribuidoras de energia zadora da infraestrutura em questão (...)”. Constituição Federal, em seus artigos 170
elétrica e as operadoras de telecomunica- Na mesma linha, cumpre destacar a e 173, bem como a Lei n° 12.529/2011, ve-
ções, dentre outras questões. Nota Técnica n° 0027/2006 – SRD-SER/ dam qualquer prática considerada como
Ressalte-se que, até o momento, foram Aneel, através da qual a Aneel confirmou “abuso do poder econômico” ou contrária
celebrados entre Anatel, Aneel e ANP tão a prática pelas distribuidoras de energia à “livre concorrência”.
somente duas resoluções que tratam so- elétrica de preços discrepantes. Sendo Além disso, na nova regulamentação,
bre o compartilhamento de infraestrutura constatadas diferenças de até 800,08% é preciso solucionar outros problemas en-
entre estes setores, quais sejam, a Re- entre os preços. frentados pelas empresas de telecomunica-
solução Conjunta n° 001/99 e 002/2001. Mas, na nova regulamentação (que já ções, quais sejam: a) é necessário otimizar
Contudo, tais regulamentos, além de ul- passou por Consulta Pública), além de se a ocupação de postes pelas operadoras de
trapassados, não tratam sobre todas as fixar um preço de referência, é fundamental telecomunicações, evitando-se que uma
questões que precisam ser normatizadas que as agências reguladoras adotem a iso- empresa utilize mais de um ponto de ocu-
para possibilitar a utilização pacífica e nomia como princípio fundamental, evitan- pação por poste; b) é preciso eliminar os
isonômica por uma empresa de recursos do-se a prática de preços discriminatórios, privilégios concedidos pelas distribuidoras
detidos por outra empresa. benefícios ou privilégios a qualquer empre- de energia elétrica às operadoras de teleco-
Dentre as matérias que precisam ser sa. Em outras palavras, não basta a fixação municações pertencentes ao mesmo grupo
normatizadas, destaca-se a fixação do de um preço de referência. Na nova regula- econômico, como a reserva de espaço nos
preço de referência do ponto de fixa- mentação, deve-se estipular que a isonomia postes, desconto ou isenção no preço de
ção. Isso porque, atualmente, existe uma prevalecerá em todas as situações, de modo compartilhamento; e) é preciso minimizar
grande desproporção entre os preços co- que as distribuidoras de energia elétrica de- os entraves burocráticos impostos pelas dis-
brados por cada distribuidora de energia vem ser impedidas de conceder desconto, tribuidoras de energia elétrica quando da
elétrica em face de cada operadora de tele- benefício ou privilégio a qualquer operado- apresentação de projetos de compartilha-
comunicações. Segundo um estudo reali- ra, ainda que haja diferenças quantitativas mento, devendo ainda ser estabelecidas re-
zado pela Fundação Getúlio Vargas, foram entre o número de pontos de ocupação a gras e prazos uniformes a serem observados
detectadas diferenças gritantes de preço ser utilizado por cada operadora. pelas distribuidoras de energia elétrica.
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IPv4 acabou
e agora?
Para Wardner Maia, a implementação do IPv6 precisa ser imediata e os provedores
regionais devem estar na vanguarda desse processo
Pioneirismo
O empresário Israel Arruda tentou, de negócios, que abrange mais de 30 mil
durante dois anos, implantar o protocolo usuários, é fazer a substituição gradual da
IPv6 em sua rede de internet. Ele opera rede. Os novos usuários já são conecta-
em 35 municípios do interior do estado dos com a nova tecnologia. E os antigos
de São Paulo e do Ceará e há dois anos recebem os equipamentos novos quando
investe na ampliação da rede usando precisam de manutenção.
equipamentos com suporte para IPv6. Dessa forma, o custo para a implanta-
Segundo Israel, a maior dificuldade ção do primeiro bloco foi zero. “Não esta-
que encontrou foi na identificação de um mos gastando nada mais do que já gastá-
fabricante de equipamentos que tivesse vamos”. Israel defende que os provedores
um modelo de roteador adaptado para a regionais comecem, o quanto antes, a pe-
tecnologia. Superada essa etapa, segue dir para as operadoras o IPv6. “Eu bato nes-
investindo em ampliação de rede exclusi- sa tecla, porque se a gente não fizer isso, as
Israel Arruda vamente com o protocolo IPv6. Seu plano operadoras não vão correr atrás”.
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Novas regras de
atendimento ao consumidor
Regulamento da Anatel estabelece critérios segundo o porte das empresas
As regras do regulamento
Até 5 mil usuários
A empresa deve cumprir normas do Código de Defesa do Consumidor. Não pre-
cisa ter call center e página na internet. A cobrança pode ser enviada até cinco
dias antes do vencimento.
De 5 a 50 mil usuários
Call center disponível em dias úteis, das 8h às 20h, e não precisa ser serviço gra-
Rodrigo Zerbone tuito. O documento de cobrança pode ser simplificado e o contrato disponibili-
zado por e-mail. Deve ter página na internet com chat para atendimento on-line.
O objetivo é garantir transparência nas Gravações dos contatos telefônicos devem ser guardadas por 90 dias.
relações de consumo e ampliar os direitos
Acima de 50 mil
de quem utiliza telefonia fixa e móvel, inter-
O atendimento no call center deve estar disponível nos sete dias da semana e
net e televisão por assinatura, delimitando
durante 24 horas. As gravações têm de ser guardadas por seis meses.
os deveres dos prestadores conforme o
porte da empresa. “O regulamento foi cria-
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