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OS PROJETOS PREMIADOS
expediente
6
anuário tele.sintese | 2015
REDAÇÃO
Diretora Editorial
Lia Ribeiro Dias
Crise é desafio
Diretora/Brasília
Miriam Aquino
Projeto Gráfico
TRIBÙ Comunicação Integrada | Cris Lueth
Num cenário macroeconômico adverso, de crise e contenção dos in- Editoração Eletrônica
vestimentos, corte de incentivos, existem enormes desafios, mas não só TRIBÙ Comunicação Integrada | Gisela Dias
problemas. Há também oportunidades. Não basta não morrer afogado. Colaboradores
É preciso repensar os processos empresariais e industriais, para dar um Aristeu Moreira, Juliana Colombo, Marlene Jaggi,
salto na produtividade em direção ao futuro. Se isso não for feito, deixa-se Marina Pita, Patrícia Cornils, Pedro Ozores e Rafael
de aproveitar as oportunidades, mantendo o status quo, sem preparar a Bucco (reportagens), Leda Beck (preparação
economia – e as empresas – para quando a recuperação chegar. de texto e edição), Mônica Dias (secretaria de
redação) e Robson Regato (fotos).
É preciso reconhecer que, com o avanço da economia digital, impul- PUBLICIDADE E MARKETING
sionada no Brasil por políticas públicas que se revelaram adequadas Diretora
como a desoneração fiscal de computadores, tablets e smartphones, ou Meire Alessandra
do investimento em redes de banda larga, hoje se tem milhões de pessoas Consultora de Publicidade
e devices conectados. Este ano o mercado deverá superar a marca de Silvia Meurer – SM Eventos
US$ 27,5 bilhões. Gerente de Circulação e Eventos
Edna Fonseca
O Brasil, por sua vez, ocupa oitava posição no mercado mundial de ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO
software e serviços (em 2014, o mercado interno de TI foi de US$ 25,2 Gerente
bilhões) e no de telecom, segundo o IDC, atingirá, em receitas este ano, Adriana Rodrigues
US$ 104 bilhões ficando entre os cinco maiores. Assistente
Camila Carvalho
Por que o país, terceiro maior consumidor do Facebook e do Linkedin, Web e Suporte de Rede
12 CENÁRIO 64 NEXTEL
66 TIM
14 INOVAÇÃO
ZIGUE-ZAGUE NA POLÍTICA 68 NET
A crise econômica levou à suspensão de mecanismos de estímulo à produção e
consumo de devices, como tablets e smartphones, e de contratação de mão de OPERADORAS REGIONAIS
obra especializada na área de software. Mas a inovação não saiu da pauta das
70 MASTER
políticas públicas. É preciso inovar para inovar.
72 LIFENET
24 OPERADORAS
104
74 MEGAINFOLINE/CONID
DO CONFRONTO NASCEM NOVOS MODELOS GUIA DE
76 REDE NOWTECH
A tensão entre operadoras de telecom e provedores de OTT, a exemplo do
que ocorreu na indústria do audiovisual, pode vir a produzir novos modelos. PRODUTOS E
Algumas parcerias já estão surgindo.
FORNECEDORES DE PRODUTOS
SERVIÇOS
78 ALCATEL-LUCENT
30 OPERADORAS REGIONAIS As empresas participantes
80 QUALCOMM do guia – 120 – inscreveram
TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
82 TRÓPICO um total de 168 produtos,
Pequenos e médios provedores levam a internet à última milha;
soluções e serviços que
já garantem 2,6 milhões de acessos e estão comprando 50% da 84 CIENA consideram inovadores
fibra óptica vendida no Brasil. em seus portfólios.
86 NOKIA NETWORKS
32 INDÚSTRIA 106
FORNECEDORES DE SOFTWARE E SERVIÇOS OPERADORAS DE SERVIÇOS
TUDO PARA ALAVANCAR A 4G
Fornecedores de infraestrutura e equipamentos para as operadoras DE COMUNICAÇÕES
88 VISENT
celulares não poupam investimentos em novas soluções para tornar
90 EMC 110
a tecnologia 4G dominante. OPERADORAS REGIONAIS
92 CESAR
38 DUTOS E VALAS: TUDO É MICRO 94 BLUE COAT 112
Para ocupar menos espaço e agredir menos a paisagem urbana, ganhar FORNECEDORES
velocidade e reduzir custos, a miniaturização chega à infraestrutura de rede. DE PRODUTOS
DESENVOLVEDORES DE APPS E CONTEÚDO
120
44 “NEXO DAS FORÇAS” 96 BEMOBI FORNECEDORES DE
BIG DATA, DO CONCEITO À MATURIDADE 98 WEBCORE SOFTWARE E SERVIÇOS
As tecnologias analíticas estão no topo dos investimentos das grandes
100 COBLI 129
corporações do setor, desafiadas a tirar inteligência de grandes volumes de dados.
DESENVOLVEDORES
TECNOLOGIA NACIONAL DE APPS E CONTEÚDO
50 NUVEM PARA TODOS
O mercado continua aquecido, com o avanço no número de centros de dados
102 VISENT
e soluções híbridas para corporações de todos os portes.
56 CONTEÚDO
APPS: AS TELES BUSCAM SEU QUINHÃO
Operadoras investem em um mix de aplicativos para não ficar atrás das OTTs
PLATAFORMA ITEC.
APROXIMANDO
OS DESAFIOS
DAS SOLUÇÕES.
SE A SUA EMPRESA TEM UM DESAFIO LIGADO À
TECNOLOGIA, VOCÊ PODE ENCONTRAR A SOLUÇÃO NA
PLATAFORMA ITEC. UMA INICIATIVA DO MCTI, EXECUTADA
PELA ANPEI, QUE VISA CRIAR CONEXÕES PARA A
COMPETITIVIDADE TECNOLÓGICA POR MEIO DE GERAÇÃO
DE NEGÓCIOS EM UM AMBIENTE DE INOVAÇÃO ABERTA.
APROXIMA DEMANDANTES
E SOLUCIONADORES
EMPRESA DEMANDANTE:
ALAVANQUE SUA COMPETITIVIDADE PELO
EMPRESA / INSTITUIÇÃO OFERTANTE:
ACESSE PROBLEMAS E DESAFIOS REAIS DE
VENHA FAZER NEGÓCIO.
DE FORMA RÁPIDA, COMPARTILHAMENTO DE PROBLEMAS E MERCADO QUE INSPIRAM E CONECTAM SUAS
DEMOCRÁTICA E SEM DESAFIOS TECNOLÓGICOS REAIS E TENHA SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS (PRODUTOS E
BUROCRACIA. ACESSO A SOLUCIONADORES DE ALTO IMPACTO. SERVIÇOS) A POTENCIAIS CLIENTES.
WWW.PLATAFORMAITEC.COM.BR
CENÁRIO
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anuário tele.sintese | 2015 cenário
15
Na crise, é preciso
A grave crise econômica que o país atravessa traz um novo desafio para o
foto | Shutterstck_ilolab
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anuário tele.sintese | 2015
Os critérios cenário
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da premiação
A forte desvalorização cambial (mais de 40% em
um ano) promovida pelo governo favorece sensivel-
O Prêmio Anuário Tele.Síntese de Inovação em
Comunicações é resultado de uma pesquisa junto
O júri foi integrado pelos seguintes especialistas:
Os Vencedores
mente a produção local e amplia em muito a capa- a um universo de 160 empresas pré-selecionadas, Academia
cidade produtiva, principalmente de indústrias com das quais 120 responderam a um questionário OPERADORAS DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES
uma forte base e sólidos marcos regulatórios, como elaborado pela Momento Editorial com o objetivo José Leite Pereira Filho – professor da UnB
é o caso desse segmento, que tem na Lei de Informá- de apresentar uma fotografia do nível e do tipo de 1º NEXTEL – Planos Flexíveis para Celular
tica uma legislação de mais de 20 anos, novamente inovação que caracterizam o mercado brasileiro de Paulo Bastos Tigre – professor da UFRJ
renovada no ano passado para até 2022. comunicações e internet. A pesquisa envolveu todos 2º TIM – Biosite
os segmentos da cadeia produtiva das comunicações: Governo
No segmento de bens de consumo, o celular con- fornecedores de produtos, fornecedores de software 3º NET SERVIÇOS – NOW Online
tinua a liderar a preferência do brasileiro e, ao mes- e serviços, operadoras de serviços de comunicações, André Pereira Nunes – superintendente da Área
mo tempo em que sente os efeitos da crise, com que- operadoras regionais de serviços de comunicações de Planejamento da Finep
OPERADORAS REGIONAIS
da elevada nas vendas de aparelhos de baixo custo, e desenvolvedores de aplicações e conteúdo.
amplia a comercialização dos celulares inteligentes, José Gustavo Sampaio Gontijo – diretor do
que dão acesso à internet. Esse aumento na curva do Os 168 projetos inscritos por mais de cem empresas Departamento de Ciência, Indústria e Tecnologia 1º MASTER – Internet rural com alimentação solar
consumo dos aparelhos mais sofisticados pode ser que aceitaram o convite da editora foram do Ministério das Comunicações
atribuído também à política industrial setorial imple- selecionados por categoria e avaliados por um júri 2º LIFENET – Plataforma de marketing direcionado
mentada pelo Ministério das Comunicações há dois de especialistas. Foram considerados os produtos/ André Rafael – secretário de Inovação do
MEGA INFOLINE/CONID – Interconexão de redes
anos, que promoveu a desoneração tributária dos serviços, tanto aqueles desenvolvidos no país Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 3º de fibra óptica entre cidades
aparelhos de até R$ 1,5 mil. como os de tecnologia estrangeira, e que fossem Comércio Exterior
REDE NOWTECH – Topfibra
inovadores segundo os critérios pré-definidos.
Mas essa isenção fiscal, que deveria permanecer Sociedade civil FORNECEDORES DE SOFTWARE E SERVIÇOS
até 2016, acaba de ser revogada: no último dia de Entre os critérios para definir a inovação de um
agosto, ao anunciar sua grande revisão tributária, o produto ou serviço, levou-se em conta a sua Beariz Tibiriçá – diretora do Coletivo Digital 1º VISENT – CDRView IoT
governo federal eliminou a desoneração de PIS/Co- diferenciação em relação às práticas tradicionais
fins para computadores, tablets e smartphones, en- em seu segmento; melhoria real em relação ao que Gabriel Marão – presidente da IOT Brasil EMC – Smart Cities Analytics
2º CESAR – Monitor de Irrigação MI
tre outros produtos, uma iniciativa conhecida como já existisse no mercado; e atributos que representem
Lei do Bem. Já no dia seguinte, a Abinee, que reúne vantagem para os usuários da empresa. Também Glauber Piva – cineasta e ex-conselheiro da Ancine
as indústrias do setor elétrico e eletrônico, emitiu
3º BLUE COAT – Produtos de segurança analítica
importou à pesquisa saber se a empresa considera e análise forense
uma nota de protesto: “Acabar com a Lei do Bem é um produto/serviço como inovador por: Milton Kaoru Kashiwakura – assessor técnico do NIC.br
condenar o país ao atraso e o grande prejudicado FORNECEDORES DE PRODUTOS
será o consumidor”, afirmou o presidente da enti- // Aumentar a produtividade; Momento Editorial
dade, Humberto Barbato. A nota da Abinee também 1º ALCATEL-LUCENT – Sistemas de MUX OTN
garante que a Lei do Bem foi ferramenta essencial // Aumentar as receitas; Lia Ribeiro Dias – diretora editorial
para reduzir o chamado “mercado cinza” de equipa- 2º QUALCOMM – Processador Qualcomm Snapdragon
mentos de informática (os montadores clandestinos) // Aumentar o market share; Mario Ripper – consultor TRÓPICO – Estação RadioBase LTE Compacta
de 73%, em 2004, aos atuais 20%.
3º CIENA – Waveserver
// Reduzir custos; Foram concedidos prêmios aos três primeiros NOKIA NETWORKS – Nokia Radio Cloud
Porém, como a própria Abinee reconhece, mesmo colocados em quatro categorias: Operadoras de
com a isenção fiscal agora eliminada, o primeiro se- // Explorar novas oportunidades de mercado. Serviços de Comunicações; Operadoras Regionais DESENVOLVEDORES DE APPS E CONTEÚDO
mestre de 2015 assistiu a uma queda de 78% no nú- de Serviços de Comunicações; Fornecedores de
mero de aparelhos comercializados em relação ao E, finalmente, se a concepção e o desenvolvimento Produtos; Fornecedores de Software e Serviços; e 1º BEMOBI – Apps Club
mesmo período de 2014, particularmente nos dispo- do produto/serviço foram realizados em sua Desenvolvedores de Aplicações e Conteúdo.
sitivos mais baratos, que tiveram queda real de 75%. maior parte no Brasil e qual seria seu impacto no 2º WEBCORE – Polaris
A venda de smartphones registrou crescimento de mercado brasileiro, no seu campo de atividade ou
8%, resultando na venda de 25,4 milhões de unidades em tecnologia futura. 3º COBLI – Experiência do motorista com seu carro
contra 23,6 milhões no primeiro semestre de 2014.
TECNOLOGIA NACIONAL
Em julho deste ano, o 4G já beirava os 15 milhões
de usuários. A partir deste ano, a chegada com força
VISENT – CDRView IoT
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anuário tele.sintese | 2015 cenário
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da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) trará consideram que o grau de inovação no Brasil deixa (AC). Batizado como novo Código de C&T, a lei pre- Além de contar com mais recursos, a Finep tam-
mais desafios para os sistemas de segurança e as cida- a desejar. De acordo com os entrevistados, falta cul- tende corrigir vários problemas encontrados na Lei bém mudou a sua forma de atuar, tornando-se mais
des inteligentes, e afetará os processos corporativos, tura de inovação nas empresas brasileiras em geral. de Inovação, principalmente no que se refere ao re- ágil, de acordo com André Pereira Nunes, superin-
as organizações sociais e o comportamento individual. Eles também elencaram como entraves a falta de lacionamento entre os investimentos privados e os tendente da Área de Projetos Estratégicos Nacionais
políticas de incentivo, a dificuldade de interação en- pesquisadores contratados pelo Estado. A Lei de Ino- da instituição. A Finep sabia que poderia “matar”
Com os dispositivos móveis conectando de ma- tre empresas e universidades e o baixo nível de edu- vação tampouco conseguiu resolver problemas com uma tecnologia pelo tempo que demorava para ana-
neira irreversível a vida das pessoas, o mercado bra- cação dos profissionais. a obtenção de patentes de produtos desenvolvidos lisar um processo, divulgar o resultado de uma cha-
sileiro deverá superar a marca de US$ 27,5 bilhões por essas parcerias e até mesmo a construção de la- mada pública ou liberar recursos. Por isso, mudou
este ano. Demandas é que não faltam. Problemas O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Co- boratórios conjuntos entre entes públicos e privados vários processos internos e lançou o Finep 30 dias.
para serem resolvidos com soluções inovadoras e mércio Exterior, Armando Monteiro, em evento em não pôde se concretizar, por lacunas legais. O novo Com esta ferramenta, que usa mecanismos de rating
criativas da economia digital existem aos milhares. agosto de 2015 quanto anunciou que estava elabo- código busca equacionar esses pontos. para análise das propostas, a agência conseguiu dar
E onde estão as soluções? rando uma nova política industrial para o país, admi- as respostas necessárias aos pleitos no prazo de um
tiu que o empresariado local precisa também pas- Durante as discussões do projeto nas diferentes mês. Lançado em 2013, o Finep 30 dias já avaliou um
Conforme o Ministério da Ciência, Tecnologia e sar por reformulação de processos, para melhorar a audiências públicas realizadas pela Câmara, os pes- número de projetos equivalente a tudo que foi ava-
Inovação (MCTI), há dez anos a Apple estava presen- competitividade e a produtividade nacionais. Segun- quisadores levantaram preocupações com a maneira liado nos três anos anteriores. “Essa iniciativa trouxe
te no ranking das 15 empresas com o maior valor de do a CNI, a produtividade brasileira no trabalho cres- como se daria a desregulamentação dessas parcerias mais confiança ao empresário, que passou a saber
mercado e somente a Apple continuou nesta posi- ce em média 0,6% ao ano, enquanto na Coreia do Sul público-privadas, para evitar que o sistema U (CGU, que a resposta, sendo sim ou não, sairia em tempo
ção em 2015. Se em 1995 o valor de mercado das 15 cresce 6,7% e nos Estados Unidos, 4,4%. AGU, TCU), que exerce pleno controle sobre as insti- adequado”, celebra Nunes.
empresas mais valiosas do globo somava US$ 16,7 tuições públicas, não contaminasse também as em-
bilhões, este ano as 15 maiores corporações atingi- Mão de obra presas. O secretário-executivo da Andifes (Associação Outra mudança importante que ocorreu em 2014
ram o espantoso valor de US$ 2,415 trilhões (dados Formação de mão-de-obra capacitada continua a Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de é que, pela primeira vez, a Finep entrou de sócia de
de maio de 2015). Dessas 15, 11 são estadunidenses ser outro dos grandes inibidores do desenvolvimento Ensino Superior), Gustavo Balduíno, chegou a afirmar, uma empresa. Até então, os recursos eram destina-
(Apple, Google, Facebook, Amazon, eBay, Priceline. brasileiro. No segmento de TIC, então, a carência ain- na Câmara, que o “sistema coercitivo” do sistema U, as dos a um fundo específico e esse fundo selecionava
com, Salesforce.com, Yahoo!, Netflix, Linkedin, Twit- da é muito grande, apesar dos esforços dos últimos regulamentações do governo federal e os controles e geria as empresas que faziam parte de sua carteira.
ter) e quatro, chinesas (Allibaba, Tencent, Baidu e JD. anos. Na plataforma TI Maior lançada há dois anos administrativos atuavam como repressores de P&D. Esta primeira experiência ocorreu com a HT Micron,
com). Todas do mundo digital. pelo governo, foram capacitados cerca de 150 mil “Se houvesse abundância de recursos, não haveria de Porto Alegre, que faz encapsulamento de chips.
jovens. Além disso, cerca de 300 mil alunos estão se como aplicá-los, tal a complexidade dos controles e É uma participação pequena no capital total da em-
O Brasil, por sua vez, ocupa a oitava posição no graduando em cursos de computação, tecnologia desgastes para atender as suas exigências”, reclamou. presa, mas importante. Nunes explica que esta nova
mercado mundial de software e serviços (em 2014, da informação e engenharia da computação. Mas forma de participação cria oportunidades bem inte-
o mercado interno de Tecnologia da Informação (TI) esses números ainda são muito baixos. O Brasil tem O projeto de lei aprovado, que agora está em ressantes: “Se uma empresa tem um faturamento de
foi de US$ 25,2 bilhões) e em telecom, segundo o IDC, também carência histórica na área de engenharia, análise no Senado Federal, propõe liberar os pes- R$ 30 milhões, vem aqui e pede R$ 50 milhões, pro-
atingirá em 2015 o faturamento de US$ 104 bilhões, formando, anualmente, apenas 44 mil engenheiros, quisadores das universidades e instituições de ciên- vavelmente a análise de crédito dela não será boa.
ficando entre os cinco maiores. Números portento- contra 150 mil dos Estados Unidos, 300 mil da Índia e cia e tecnologia (ICTs) para atuar na iniciativa pri- Mas, em vez de darmos um crédito de R$ 50 milhões,
sos para alavancar processos e produtos inovadores. 400 mil da China. vada, sem correrem o risco de serem multados ou podemos entrar com R$ 20 milhões de participação
Por que, então, o país não tem uma única empresa desautorizados pelo sistema U. O projeto amplia de
que chegue pelo menos perto da lista das mais va- Para a Mobilização Empresarial pela Inovação 120 para 416 horas anuais o período de cessão. Os
liosas do mundo digital? O Brasil é o terceiro maior (MEI), embora tenha havido avanços importantes docentes também poderão ocupar cargo de dirigen-
consumidor do Facebook e do LinkedIn, o segundo nas parcerias público-privadas, sem as quais não te máximo de fundações de apoio e serem remune-
maior do Twitter e o quarto em acessos celulares. E haveria programas de pesquisa, desenvolvimento e rados por essa função.
por que não se destaca em nenhuma produção, seja inovação consistentes, há ainda muitos problemas
de conteúdo, seja de produto? nesse relacionamento. Para o empresariado, a Lei Embora o setor privado reclame da inconstância,
de Inovação não conseguiu tirar as amarras do am- contingenciamento e burocracia para a liberação dos
Muitas são as teses, estudos e diagnósticos para biente acadêmico para permitir diferentes tipos de recursos dos fundos setoriais de P&D, reconhece que,
tentar buscar explicações. Mas alguns problemas arranjos de cooperação público-privada. nos últimos dois anos, a Financiadora de Estudos e Pro-
são apontados recorrentemente. Entre eles, os pou- jetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento
cos e dispersos investimentos em pesquisa e desen- A aposta do empresariado, da academia e do Econômico e Social (BNDES) fizeram desembolsos re-
volvimento (P&D) da iniciativa privada no Brasil. próprio MDIC era a alteração de itens importantes cordes, com destaque especial para o programa Inova.
Conforme recente pesquisa da Confederação Na- dessa lei, o que começou a ocorrer em julho desse
cional da Indústria (CNI), seis em cada dez líderes ano, quando a Câmara dos Deputados aprovou o
empresariais que comandam negócios inovadores substitutivo do líder do PT, deputado Sibá Machado
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anuário tele.sintese | 2015
Internet da oi.
e alavancar a empresa, no momento em que ela pre- que participamos a exigência dos órgãos em relação
porque O seu mundo
cisa, para desenvolver determinadas tecnologias. É
claro que a seleção é muito criteriosa, a dedo. As em-
presas que têm tido o maior sucesso nessa etapa que
a esse certificado”, lamenta Assis Brasil. “Vai depen-
der de mudança interna até se tornar realidade. Hoje,
ainda não vemos isto como uma realidade concreta.”
não para.
a gente chama de habilitação, de aprovação prévia,
têm sido as empresas da área de telecom.” Se a Certics ainda não “pegou”, o Regime Especial
de Tributação do Programa Nacional de Banda Lar-
Com o retorno de Luís Fernandes para a presidên- ga para Implantação de Redes de Telecomunicações
cia da autarquia, foi criada uma nova diretoria de (REPNBL-Redes), criado para estimular a ampliação
Projetos Estratégicos Nacionais e a área de TI pas- das redes de banda larga no país, concluiu o prazo
sou a integrar a diretoria. Em TI, as linhas prioritárias legal para a apresentação dos projetos este ano com
estarão relacionadas a segurança, temas militares, um número muito grande de interessados. Conforme
aeroespacial e satélite, e deverão ser realizadas no- o secretário de Telecomunicações do Ministério das
vas chamadas públicas este ano. Comunicações, Maximiliano Martinhão, o programa
atingiu seus dois objetivos: ampliar a infraestrutura de
Startup banda larga e fomentar a indústria local. “Se olharmos
Outro programa que apresentou bons resultados o investimento em relação ao PIB de telecomunica-
nos últimos dois anos é o StartUp Brasil. Segundo Vir- ções, houve mais investimentos na região Norte e Nor-
gílio Freire, da Secretaria de Política de Informática deste, que era outro objetivo do programa”, informa.
e Automação, foram quase três mil projetos apresen-
tados nas quatro licitações, com 239 apoiados, dos Se os investimentos forem comparados com a
quais 87% nacionais e 13% internacionais. Nas duas população de cada estado, a região Sudeste é a que
primeiras licitações, já formadas, foram investidos canaliza a maior parte dos recursos. Mas, segundo
R$ 17,5 milhões de recursos públicos e R$ 33,32 mi- Martinhão, mais de duas mil cidades foram contem-
lhões de recursos privados (divididos entre as ace- pladas com algum projeto de rede de banda larga.
leradoras, com R$ 3,5 milhões; e novos investidores, Os números de agosto do Minicom mostram que já
que ingressaram com R$ 29,8 milhões). tinham sido aprovados 1.073 projetos, num total de
R$ 10,243 bilhões de investimentos. Estavam na fila
O sistema de credenciamento de software de tec- para serem avaliados outros 143 projetos, com no-
nologia nacional (Certics) talvez seja o programa mais vos investimentos de R$ 7,544 bilhões.
polêmico do MCTI, porque gerou muitas críticas das
empresas de software estrangeiras aqui instaladas. Os grupos com o maior volume de recursos a se-
Contava, até julho de 2015, com 28 empresas creden- rem investidos nesse programa são Telefônica Vivo,
ciadas. O seu principal benefício, que é permitir que o com R$ 4,304 bilhões, e América Móvil com valor de R$
software credenciado tenha preferência nas compras 2,993 bilhões (a NET lidera programa de investimentos
governamentais, com diferença de preços de até 18% do grupo, com R$ 2,247 bilhões). O grupo Oi, por sua
para produto similar, ainda não se efetivou. vez, surpreendeu Martinhão, que esperava projetos de
valores bem maiores. A Oi teve aprovados projetos no
“Pela primeira vez, não era apenas mais um cer- valor de R$ 1,242 bilhão. Há empresas regionais que
tificado de qualidade”, pondera Guilherme de Assis também estão construindo suas redes de banda lar-
Brasil, diretor de Desenvolvimento e Tecnologia da ga, como a Novinet, que teve aprovados 17 projetos
Dígitro Tecnologia. “Achamos legal que o Certics esta- no montante total de R$ 283,1 milhões; ou a Lafaiete
va mais preocupado em certificar o desenvolvimen- Provedor de Internet e Telecomunicações, com inves-
to de tecnologia nacional do que com os métodos e
práticas para fazer isso.” O produto certificado pela
timentos de R$ 28,3 milhões em quatro projetos. A
massificação das redes de banda larga é uma das mais 4G OI WIFI
Dígitro, empresa catarinense que tem uma filial no agressivas políticas púbicas das nações mais inovado-
Peru, é o Teletoum, uma plataforma para a área de ras e pode ser um bom caminho também para o Brasil. Não dá pra ficar sem as coisas importantes da vida.
inteligência, que desenvolve ferramentas para inves- É por isso que na Oi você tem 4G e Oi WiFi,
tigação digital e defesa cibernética, entre outras. “Mas para ficar conectado ao que importa para você.
ainda não conseguimos identificar nos processos de
SAIBA MAIS EM OI.COM.BR
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anuário tele.sintese | 2015 cenário
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A partir do confronto,
novos modelos
A tensão entre operadoras de telecom e provedores de OTT, a exemplo do que ocorreu
na indústria audiovisual, pode vir a produzir novos modelos de negócios.
qualidade. No primeiro semestre de 2015, as recei- mensal. Em agosto deste ano, ampliou a oferta para CLARO 4GMAX.
LÍDER EM VELOCIDADE
tas de V s da Vivo totali aram mil es, os mais de 60 milhões de clientes de seus pacotes
um crescimento de 24,1% frente ao mesmo período pré-pagos, com o Turbo WhatsApp. “O WhatsApp
de 2014. A empresa tem cerca de 43,2 milhões de já faz parte do cotidiano das pessoas, sendo usado
clientes que utilizam pelo menos um SVA, corres-
pondente a 52,2% dos total de 82,7 milhões de seus
at omo ferramenta de tra al o , afirma o rio
Takayanagi, diretor de CMO da TIM Brasil. “Enten-
NO BRASIL PELA
clientes móveis que tem no Brasil. demos e os lientes n o podem fi ar sem a esso,
mesmo quando estão com pouco dinheiro para in-
4ª VEZ CONSECUTIVA.
A operadora tem hoje 88 SVAs em segmentos vestir naquele mês.” Só mesmo a Claro, patrocinadora oficial da
omo ed a o, sa de, finan as, se ros, entrete- Scuderia Ferrari, poderia ter o 4G mais rápido do Brasil.
nimento e segurança online. O mais procurado é o A Claro, em junho, lançou o pacote Internet Tur- Aproveite ainda mais o agora com o Claro 4GMax.
Vivo Som de Chamada, com 5,2 milhões de clientes, binada 4G, com WhatsApp, Facebook e Twitter gra- Vá até uma loja da Claro ou acesse claro.com.br
que permite escolher a música preferida para tocar tuitos para todos os seus planos. “Queremos entre-
quando alguém chama. E o mais recente é o Kantoo gar aos nossos clientes o que eles mais precisam e
Mandarim, em parceria com o Instituto Sidarta e ou- apreciam: navegar na internet como e onde quiser,
tros parceiros, para o aprendizado da língua man- om alidade e velo idade , afirmo , na po a,
darim. Já a Claro lançou o Alô Saúde, em parceria Carlos Zenteno, presidente da Claro.
com a Med Alliance, uma central de atendimento
com enfermeiros disponíveis 24 horas e descontos Um estudo divulgado pela CVA Solutions em
em farmácia. A TIM criou o Ingresso na Mão, serviço junho, que apontou o crescimento do número de
de notícias e compras de ingressos por celular, em usuários de planos de dados no Brasil de 33,1% em
parceria com a Futebol Card. 2012 para 70,9% em 2015, indica a popularidade dos
serviços OTT. O estudo mostrou que, entre usuários
Essas ofertas são de serviços controlados pelas de planos pós-pagos, o WhatsApp estava em 63,4%
operadoras e a evolução do tráfego gerado por dos telefones em 2014 e subiu para 86,5% neste
elas também depende da política comercial acor- ano. No pré-pago, avançou de 53,1% para 77,7%. Ao
dada com as empresas parceiras. Mas o que acon- mesmo tempo, o uso de mensagens de texto (SMS)
tece quando empresas como o Facebook (com o recuou seis pontos percentuais entre os usuários de
WhatsApp), o Google (dono do YouTube) ou o Twit- planos pré-pagos e cerca de sete pontos no pós-pa-
ter usam uma parcela importante da capacidade go, para 81,4% e 85%, respectivamente.
implantada pelas operadoras para, na camada de
conteúdo, oferecer serviços que não cobram men- A estratégia da TIM e da Claro é usar esta po-
salidades e estão entre os mais consumidos pelos pularidade para atrair clientes em detrimento da
internautas? Esses serviços incentivam a redução líder de mercado, a Vivo. Ao mesmo tempo, as três
do tráfego de voz e de SMS das operadoras, criados empresas são unânimes em uma coisa: preservar
por empresas que, a exemplo do Google e do Fa- seus serviços de voz. O aplicativo de chamadas de
cebook, também começam a manifestar interesse voz do WhatsApp não está nos pacotes da TIM e
em atuar no setor da infraestrutura de rede. Essas da Claro. “Isso seria canibalizar o nosso produto”,
empresas, criadas na periferia da internet, se tor- afirmo o presidente da laro o ponto de vista
naram grandes players globais. E as estratégias das regulatório, sua posição também é alinhada à do
operadoras para enfrentá-las são variadas. presidente da Telefônica Vivo e dos executivos das
demais operadoras: os mesmos serviços deveriam
Parcerias com provedores de OTT obedecer às mesmas regras.
A TIM foi a primeira operadora a lançar, em
novembro de 2014, um Plano Controle, com foco ara o presidente da T arti ipa es, odri o
apenas em dados, e a firmar par eria om o ats Abreu, é preciso haver equilíbrio na oportunidade
App, incluindo o serviço na oferta e permitindo de crescimento para todo o setor: “Não adianta pri-
que os clientes usem o aplicativo à vontade e sem vilegiar só infraestrutura ou privilegiar só conteúdo,
des onto da fran ia de dados, por m valor fixo os dois têm que crescer de maneira igualitária”.
4G líder em velocidade – Fonte: relatório OpenSignal (agosto/15 – www.opensignal.com/reports).
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não é documento
omprando da fi ra ópti a omer iali ada no ofere idas s randes , expli a odri es meta
Brasil atualmente. do ini om e o pro rama anda ar a para To-
dos onsi a promover a e ada da fi ra na ltima
Os pequenos empresários querem que a Anatel mil a em m ni pios por meio dos provedores
rie ma refer n ia, formali ando a de is o a to- re ionais e o f ndo arantidor ma das ini iati-
Pequenos e médios provedores levam a internet à última milha: já garantem 2,6 milhões m ti a de pre o de , por ponto de fixa o, vas para tornar isso poss vel
de a essos e est o omprando da fi ra ópti a vendida no rasil para que não tenham que esperar por muitos me-
ses pela decisão. “Pelas informações que estamos o dia de setem ro, na ona este de o
colhendo junto aos nossos associados, serão muitos a lo, foi lan ado o ro eto a ional de i ra p-
Por Patrícia Cornils os pedidos de ar itra em, pois as on ession rias ti a, da nid, m pro rama para levar a anda lar-
de ener ia n o est o a eitando prati ar os valores a periferia das randes idades meta atin ir
re lados , afirma odri es ito deles foram mil resid n ias om fi ra ópti a a rande o
O mercado brasileiro de provimento de acesso à Para essas empresas, a principal conquista dos en amin ados e deveriam ser resolvidos em setem- a lo, os lo ais ontemplados fi am na ona es-
anda lar a fixa on entrado m l o de , ltimos anos foi a a ert ra do di lo o om o o- ro por ma omiss o das a n ias te, em airros omo ardim omano e o i el
de acordo com a Anatel, as três maiores operadoras verno sso ia es omo a rint foram de f nda- a lista, e no m ni pio de erra de Vas on elos
rasileiras laro et m ratel , Telef ni- mental import n ia para a a ar om a dist n ia finan iamento de infraestr t ra o rande nid es o o o pro eto e desenvolve o on eito,
a VT , e i , respondiam por mais gritante que havia, há anos, entre os pequenos pro- limitador da expans o dos operadores re ionais e foi testado na ara a, por meio de m pilo-
de dos , mil es de a essos em servi o vedores e o overno , afirma ar elo o to, só io or isso, o tra vitória importante do se mento foi to de instala o de fi ra ópti a em resid n ias do
on entrado tam m re ionalmente m estados da o te , provedor do l de inas erais o o anúncio, pelo Ministério das Comunicações, da in a asa, in a Vida o e, as pessoas a essam
omo o a lo , a essos por em domi - avia di lo o provedor era visto omo sone a- ria o de m f ndo arantidor, e vai possi ilitar internet om velo idade e varia de a ps,
lios e no istrito ederal , a essos por em dor de imposto, fa edor de ato o e, per e e se o acesso a linhas de crédito nas mesmas condições pa ando valores e n o se en ontram no mer a-
domi lios as a m dia rasileira de , por que essas empresas é que levam a internet para o ofere idas s randes empresas de tele om ni a- do , expli a er ival enri es, presidente da nid
em, podendo e ar a , no ar e , no interior do pa s o to onsidera f ndamental a es f ndo entro em dis ss o depois de a rint o pro eto, m provedor lo al distri i o sinal de
map i a a aixo da m dia mesmo em estados da ria o de entidades omo a sso ia o rasileira apresentar ao ini om m est do e omprova a internet e a Anid oferece as condições técnicas, de
re i o deste, omo inas erais, onde a taxa de nternet ranet , a sso ia o a ional de n- via ilidade da implanta o de redes TT do in- apa ita o e f n ionamento o os pe enos
de apenas , a essos por em domi lios este l s o i ital nid e a rint s r imento des- l s fiber to the home, o fi ra at a resid n ia em provedores at ando para levar anda lar a n o so-
panorama, a at a o dos provedores re ionais de sas entidades tam m permiti o inter m io de m ni pios om at mil a itantes t al- mente ao interior do rasil, mas tam m periferia
internet f ndamental para levar a anda lar a fixa informa es t ni as e a onsolida o do tr fe o mente, somente 7% dos acessos pelos pequenos e das metrópoles rasileiras
ao rasil fora das randes idades, em mer ados gerado por várias empresas para contratar servido-
mal atendidos pelas tr s operadoras dominantes res de distri i o de onte do, omo os da et lix
e da amai, o ompartil ar onex es e pontos de
s provedores re ionais de internet operam prin- tro a de tr fe o, ini iativas e red em stos e
ipalmente em idades om at mil a itantes, mel oram a alidade dos servi os prestados
conectando menos de mil usuários cada um, e apa-
re em na ate oria tras do ran in da natel À espera do preço-referência
as essas empresas de pe eno e m dio porte s o rande desafio do setor no ltimo ano, de
respons veis por , mil es de a essos em servi o a ordo om odri es, da rint, foi o de ate a er-
a da pre ifi a o dos postes de on ession rias de
São caracterizadas pelo empreendedorismo ener ia el tri a, o e f ndamental para expan-
e pela capilaridade que proporcionam à internet, dir as redes de fi ra ópti a e entenas de prove-
omo expli a ri odri es, presidente da sso- dores estão construindo, neste momento, em todo
ia o rasileira de rovedores de nternet e Tele- o rasil epois de m ita dis ss o, onse imos
foto | Shutterstck_asharkyu
Tudo para
alavancar a 4G
A indústria que fornece infraestrutura e equipamentos para as operadoras celulares
não poupa investimentos em novas soluções para tornar a tecnologia 4G dominante.
foto | Shutterstck_Melpomene
Huawei, Ericsson, Nokia, Alcatel e Trópico, entre útil para o Brasil no curto prazo.
outras, anunciam cada vez mais investimentos em
novidades ligadas à tecnologia. Além de desenvol- A movimentação na Nokia mostra bem que os
ver soluções para aumentar a capacidade, melho- fabricantes vêm atuando em diversas frentes. De
rar a opera o e simplifi ar a instala o das redes acordo com Cardoso, só nos últimos três meses,
nas áreas urbanas, os fabricantes se preparam para a Nokia apresentou novidades em diversas áreas.
entrar no universo da Internet das Coisas (IoT, na “Inauguramos um laboratório de IoT em conjunto
sigla em inglês) e trabalhar em faixas que propor- com a KT para aceleração do LTE-M – a tecnolo-
cionam maior alcance de cobertura quando com- gia que permite a comunicação entre máquinas
paradas à frequência de 2,5 GHz – ocupada quando de forma muito mais automatizada; anunciamos a
a te nolo ia foi lan ada, no final de utilização de drones para ajudar nos testes e oti-
mização de redes; lançamos a família de produtos
Não se trata de uma contradição, mas de uma Airframe, que combina os benefícios da tecnologia cado – a redução dos tamanhos dos elementos utili-
aposta n m f t ro, e e ar lo o e no final de de computação em nuvem e os requisitos das redes zados nas redes e a preocupação com a base legada.
“A tecnologia 4G LTE é,
os a essos representavam dos a essos de telecomunicações, especialmente de 4ª geração, Entre os produtos destacados por serem bastante comprovadamente,
móveis comercializados no Brasil, a expectativa da com foco nos data centers; e introduzimos uma so- compactos e fáceis de instalar estão o EasyMacro a mais eficiente
meri as de e, em , eles representem lução que direciona automaticamente o tráfego de e Lampsite. O cuidado com a base legada aparece
, da ase de el lares em opera o eda forma mais efetiva na rede móvel, de acordo com a na utilização nas ERBs de um mesmo hardware para e rentável para as
do preço dos terminais, hoje a principal barreira estrat ia das operadoras, para a mentar a efi i n- as diversas faixas de frequência com diferentes tec- operadoras, que
de acesso ao serviço, deverá reverter o cenário de cia das redes”, diz. nologias. “Possibilitamos o compartilhamento dos
passam a oferecer
expansão contida. Por outro lado, as operadoras mesmos equipamentos das redes legadas 2G e 3G,
avan am na o ert ra, e, em n o de , Na Huawei, a preocupação é ter soluções para o que minimiza o custo de atualização das redes e serviços mais competitivos
atingia quase metade da população brasileira. todos os tipos de demandas. Segundo Maurício Higa, do TCO, já que dispensa a necessidade de construir e de valor agregado
gerente de Marketing, a empresa desenvolveu esta- redes dedicadas (de energia, transmissão, operação
Entre as soluções para outras faixas de frequên- ções de radiobase (ERBs) para todas as frequências – e man ten o para ada te nolo ia , afirma i a
aos consumidores.”
cias além da 2,5 GHz, está a solução LTE da Huawei desde as macrocélulas com maior potência às small e ndo ele, as redes T da a ei est o presen
em , , an n iada no ano passado e e o e cells, e podem operar sim ltaneamente em e tes em seis das sete operadoras que utilizam esta Maurício Higa,
está presente em duas operadoras no Rio de Janeiro. 4G para escoamento de tráfego em áreas com gran- tecnologia no Brasil, duas delas para operadoras de gerente de
Já a Trópico direciona esforços para se consolidar de demanda ou para cobertura indoor. A empresa TV a ei vende mais de mil e ode s Marketing da Huawei
nas faixas destinadas às áreas rurais e suburbanas, está alinhada com duas outras tendências do mer- LTE) no Brasil desde 2012.
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anuário tele.sintese | 2015
Além das ERBs, a Huawei também oferece so- penham um papel fundamental para facilitar o pro-
luções para o sistema de irradiação das ERBs, ou gresso da implantação das redes, fazendo com que
se a, antenas de v rios tipos e pot n ias as o o processo se torne mais rápido, a capacidade, maior
lan amento e a empresa lassifi a omo m e a cobertura, melhor. “O próximo passo, que muitas
dos mais inovadores é a solução eLTE de conecti- operadoras ao redor do mundo já estão estudando,
vidade móvel destinada aos setores de transporte é a evolução das redes LTE para VoLTE, uma vez que
e cidades inteligentes. No mercado de transportes, est demonstrada a efi i n ia da te nolo ia para
por exemplo, as empresas podem usar a tecnolo- serviços de voz e de outros recursos”, explica. “Espe-
ia para esta ele er om ni a o entre o ve lo ramos que o Brasil lidere as implementações de VoL-
e solo, permitindo a troca de dados mesmo com o TE na região, junto com México e Colômbia.”
ve lo em movimento tra indi a o pode ser
tili ada para ofere er a esso i i aos s rios do Neste ano, a Alcatel-Lucent lançou sua metro-
transporte público e acompanhar online o que está célula LTE compacta, que apresenta um tamanho
acontecendo dentro dos vagões. Já nas cidades in- ainda menor quando comparada às small cells out-
teligentes, a tecnologia proporciona conectividade door. “Isso torna a forma com que as operado-
de alta capacidade para serviços aos cidadãos. ras podem oferecer ultra banda larga aos seus
lientes m ito mais ex vel , di a exe tiva s
Smal cells equipamentos pesam em média sete quilos e a in-
Essa disposição dos fabricantes em contribuir tegração com a rede LTE existente é mais fácil e
para a adoção acelerada do LTE tem suas razões. rápida.” Outra novidade em desenvolvimento pela
te nolo ia de T omprovadamente a empresa é um equipamento multistandard, que
mais efi iente e rent vel para as operadoras, e estar omer ialmente dispon vel ainda em
passam a oferecer serviços mais competitivos e de “As small cells multistandard oferecem, em um
valor agregado aos consumidores”, explica Higa. mesmo e ipamento, tr s te nolo ias de a esso
stes passam a ter ma mel or experi n ia e, on diferentes i i, e , di li a et design
sequentemente, atribuem mais valor para seus pla- destes equipamentos também é compacto, permi-
nos essa forma, o res er sem e existam tindo instalá-los em interiores e assim melhorar a
ompli adores para s a massifi a o e ndo cobertura e capacidade nos lugares onde se origi-
ele, os investimentos da ind stria na te nolo ia na do tr fe o
se i alaram aos do no final de e, desde
ent o, o n o paro de res er A Ericsson também vem atuando no segmento
de small cells. O principal lançamento da empresa
No segmento de small cells, a Alcatel-Lucent já
é reconhecida como fornecedor de peso, com 78
ontratos omer iais em pa ses deles em
pa ses da m ri a atina, o e posi iona a ompa
n ia omo l der na implementa o de small cells na
região. A opção pelo segmento, segundo a diretora
de Redes Móveis para a América Latina da empre-
sa, Elisabeth Bravo, é uma resposta da empresa a
m dos maiores desafios en ontrados em al er
implementa o de rede a ne essidade de no
vas torres, para a difusão mais ampla da tecnologia.
“Além disso, em centros com maior densidade popu-
lacional, é cada vez mais complexo construir gran-
des torres para oferecer serviços de qualidade nos
pontos onde há maior geração de tráfego”, pondera.
É por isso, diz ela, que a Alcatel aposta nas small ce-
lls LTE e nas multistandard, que, segundo ela, desem-
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no segmento, no Brasil, neste ano, foi a RBS 6402. Para Rhode, o fato de a tecnologia 4G permitir
De acordo com Jesper Rhode, diretor de Marketing essa convergência entre a mídia e a telefonia celu-
para a América Latina, trata-se da primeira pico- lar é importante para todo o sistema. Para o usuário,
cell para ambientes internos a entregar velocidades porque ele consegue maiores descontos quando faz
de 4G de 300 Mbps, com agregação de portador, uma compra consolidada – como a do quadruple
que endereça a necessidade de performance eco- play e ofere e telefone fixo, el lar, anda lar a
nômica em lugares pequenos, em uma plataforma e tevê tudo junto). Para as operadoras, porque ao
com possibilidade de atualização e em um formato oferecer pacotes mais completos a um cliente têm
compacto, quase do tamanho de um tablet. Segun- um negócio com menor custo. “É um ganha-ganha
do a empresa, o produto permite o dobro de capa- e é por isso que o mercado tem interesse em entrar
cidade e velocidade. “Flexível e com possibilidade logo com o conteúdo para vídeo dentro do mundo
de atualização, é a única small cell multiportado- das telecomunicações. E a 4 G possibilita isso.”
ra, simultaneamente multipadrão (LTE, WCDMA e
Wi-Fi), a suportar dez bandas diferentes, com dois Áreas rurais
padrões 3GPP (LTE e WCDMA)”, explica Rhode. Enquanto os atores globais como a Ericsson ga-
nham espaço com tecnologias internacionais, em-
Mas a companhia sueca tem muitas outras presas brasileiras como a Trópico ajustam seu foco
apostas. Neste ano, de acordo com Rhode, o foco é com soluções nacionais para áreas onde há deman-
o upgrade no sistema de 4G. “O que já vemos muito da definida e ndo a lo a estr , presidente da
no mercado é o que chamamos de LTE Broadcast, Trópico, a LTE se encaixa muito bem no que estabe-
para emissoras – uma tecnologia que colabora com lece o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que
a tendência muito forte da migração da TV conven- abriu muitas oportunidades para os fabricantes. “Os
cional para a TV individual, via telefonia móvel”, investimentos nas áreas urbanas, na faixa de 2,5 GHz,
pondera o executivo, lembrando que várias opera- foram feitos por e o fil do mer ado ne essi
doras estão investindo em direitos por este tipo de dade agora está nas áreas rurais e suburbanas, que,
transmissão. “Na Inglaterra, a British Telecom in- em muitos casos, não têm nem cobertura 3G e a gen-
vestiu mais de US$ 1,3 bilhão em direitos de TV de te sabe que essas áreas precisam ter banda larga.”
futebol e, aqui na região, a Telefônica e a América Cabestré acredita que as operadoras e as empresas
óvil tam m est o investindo , afirma do setor elétrico (que estão muito envolvidas na uti-
lização do LTE) não têm muita saída: “Elas vão per-
ceber que, se não investirem, vão perder receita e ter
um aumento de custo operacional”.
Dutos e valas: vencional de cabos ópticos. “Em boa parte dos casos, o
sto de implanta o er a de menor , afirma
sa, trata-se de um módulo que já vem com um split-
ter conectorizado, facilmente alimentado por um
tudo é micro
drop conectorizado que permite que todas as portas
Líder mundial no setor de cabos e sistemas de de saída sejam rapidamente ativadas. As vantagens,
alta tecnologia para energia e telecomunicações, a segundo a empresa, vão da otimização do tempo de
Prysmian já vem desenvolvendo diversos produtos instalação à possibilidade de manuseio por técnicos
inovadores, como os cabos ópticos Flextube, os mi- om po a experi n ia em fi ras ópti as
Para ocupar menos espaço e agredir menos a paisagem urbana, ganhar crocabos ópticos e os cabos ópticos subaquáticos.
velocidade e reduzir custos, a miniaturização chega à infraestrutura de rede. s primeiros prometem exi ilidade e d ra ilidade Com pouco mais de dois anos no mercado e ven-
para qualquer condição de infraestrutura e os micro- das de R$ 3 milhões em 2014, a SEIBrasil já teve um
cabos, a redução no custo total da rede óptica, já que aumento de 15% no faturamento deste ano. Segun-
O vertiginoso aumento do número de usuários e da Apesar de acomodar a mesma fibra óptica dos suas pequenas dimensões requerem uma estrutura do seu diretor comercial, Carlos Felippe, a empresa
demanda por soluções que assegurem mais organi- cabos atualmente disponíveis no mercado, o micro- física reduzida e de baixo custo. Os cabos subaquá- deve fechar o ano com um crescimento de 300% so-
zação e melhor funcionamento das telecomunica- cabo óptico terá o núcleo altamente compactado. ticos – uma inovação concebida e desenvolvida no bre 2014, fruto da homologação pela Anatel de vá-
ções estão provocando uma intensa movimentação Hoje, um cabo óptico com 288 fibras, por exemplo, Brasil – podem, segundo a empresa, ser usados na rios produtos e de um volume maior dos estoques
no mercado brasileiro de fornecedores de produtos tem 18 milímetros de diâmetro. Com o mesmo nú- instala o de fi ras ópti as em leitos de rios, la os dos itens importados. A SEIBrasil, que já investiu R$
para infraestrutura da rede. São cabos, dutos, co- mero de fibras, o microcabo deverá ter 11,5 milíme- e mares, em prof ndidades de at mil metros e 10 milhões no país, pretende investir outros R$ 5
nectores e uma série de outros produtos que che- tros no máximo. Essa compactação permitirá o me- acordo com o diretor comercial da empresa, Reynal- milhões nos próximos dois anos para aumentar a
gam com a promessa de facilitar a implantação de lhor aproveitamento do espaço, de modo a atender do Jeronymo, o produto permite o aumento de ban- prod o de s a lin a de a os e fi ras ópti as e
redes, ocupando menos espaço e explorando novos maior número de operadoras de telecom ou even- da larga em regiões em que outros tipos de acesso também para iniciar a fabricação local de produ-
caminhos, sejam eles abaixo da terra ou na água. tuais necessidades de expansão das redes existentes. são impraticáveis, seja do ponto de vista físico ou tos da linha de acessórios FTTX – a tecnologia de
econômico – a região amazônica, por exemplo. interli a o de resid n ias e tili a fi ras ópti
Na corrida para suprir um mercado que, segun- Uma das principais vantagens dos microcabos cas para o fornecimento de serviços de TV digital,
do a Agência Nacional de Telecomunicações (Ana- ópticos é a instalação em microdutos, que reque- Outra fabricante que vem apostando na mi- rádio digital, acesso à internet e telefonia. “Vamos
tel), deverá crescer 56% ao ano, surgem processos rem valas de tamanho reduzido, cuja escavação rote nolo ia de d tos e s d tos a raline começar a produzir itens que ainda importamos da
cada vez mais inovadores. Um acordo de coopera- dispensa a necessidade de obstrução das vias pú- microduto de polietileno de alta densidade da em- matriz, a Sumitomo Japão”, diz Felippe.
ção tecnológica entre a Unidade Emprapii CPqD blicas. “A microvala é um sistema menos invasivo presa, apresentado em v rias onfi ra es e mode
Comunicações Ópticas e a Prysmian, por exemplo, do que a tecnologia convencional, pois requer um los, tem como diferencial outra inovação, o Silicore, Um dos produtos apresentados pela Furukawa
prevê o desenvolvimento no Brasil de microcabos corte na pavimentação de 3 cm de largura por 30 também desenvolvido pela empresa para facilitar como mais inovadores no mercado de infraestrutu-
ópticos para serem instalados em microdutos pelo cm de profundidade”, diz Ricardo Zandonay, ge- a instalação do microcabo. Segundo Luiz Henrique ra de redes é a plataforma Laserway, que permite
processo de sopramento, feito com o auxílio de rente de Desenvolvimento de Tecnologia do CPqD. n a, diretor de e ó ios da raline, o mi rod to trocar todo o cabeamento de cobre de uma rede
equipamentos dotados de compressores de ar. O “A instalação é rápida, não deixa resíduos e a recu- possibilita instalações em microvala, aumenta a ca- lo al por fi ra ópti a e a ordo om a empresa, o
projeto, que deverá durar 18 meses, representará peração do pavimento é realizada imediatamente pacidade de banda e permite instalações mais rápi- cabeamento de cobre tem limitações de distância
“um grande avanço para a viabilização da constru- após a acomodação do microduto”, acrescenta. das, em menores espaços, com custos reduzidos. e de banda, o que requer equipamentos de distri-
ção de novas redes de acesso sob condições adver- buição e salas intermediárias – e, portanto, mais
sas”, segundo Alberto Paradisi, vice-presidente de Valéria Garcia, diretora de Pesquisa e Desenvolvi- A SEIBrasil também vem contribuindo para fa- infraestrutura de energia e ar condicionado. Ao au-
Pesquisa e Desenvolvimento do CPqD, durante o mento da Prysmian, explica que a implantação de um cilitar a instalação das redes por meio do desen- mentar o alcance dos enlaces, a plataforma reduz
lançamento do acordo, em abril de 2015. O CPqD sistema de microcabos e microdutos apresenta custo volvimento de produtos de design extremamente a necessidade de espaço e o consumo de energia.
vai apoiar o desenvolvimento do microcabo, rea- menor (em termos de infraestrutura, de cabos e de re- compacto – caso da mini CTO (Caixa de Terminação Além disso, o cabeamento óptico tem banda vir-
lizar testes e validar protótipos, enquanto a Prys- cuperação do pavimento), maior flexibilidade e tempo Óptica), que permite instalações mesmo em caixas t almente infinita, o se a, n o pre isar ser tro a
mian fabricará os microcabos. de execução reduzido, em relação à tecnologia con- de passagem de pequeno porte. Segundo a empre- do por tecnologias futuras. (M. J.)
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Preocupação
com o legado
Não importa o tamanho do cliente: ao projetar suas inovações, os fornecedores
tentam preservar os investimentos feitos nos equipamentos e soluções já em uso.
A velocidade dos avanços tecnológicos transformou Um bom exemplo, de acordo com Brockveld, é
o que era simples encantamento diante das novas a migração da tecnologia de voz para o padrão IP:
possibilidades em uma questão vital na rotina dos “Hoje podemos trazer novas soluções que ajudam
fabricantes de produtos de telecom: é preciso não só nossos clientes em várias situações do seu dia a
surpreender os clientes com o que grande parte de- dia”. Entre os exemplos de utilização de base lega-
les nem sonha como cuidar para que o que é absolu- da em novos produtos ela cita a placa ICIP nas cen-
tamente novo não jogue por terra os investimentos trais Impacta, que permitiu agregar soluções IP nas
IM A
GE
M:
EQ
UIN
feitos em infraestrutura já instalada. Essa preocupa- centrais digitais. Outro exemplo é o gravador digi- IX I
BX
SP 2
ção com a base legada está cada vez mais evidente tal de imagem híbrido – o primeiro DVR da empre-
nas novas safras de produtos lançadas pelas empre- sa compatível com câmeras com tecnologia HDCVI,
sas do setor, de todos os portes, sejam fabricantes analógicas e IP. A solução, segundo a empresa, traz
de soluções para usuários domésticos e empresas de qualidade com baixo investimento, pois o cliente
pequeno e médio portes, sejam fornecedores de so- pode continuar usando toda a rede instalada, ade-
luções para grandes empresas e operadoras. quando somente o gravador e incluindo, se desejar,
câmeras IP e HDCVI.
Na Intelbras, fabricante que atua no segmento
low end do mercado, evoluir sem perder investimen- Criada em 1999 com foco em PABX, a Digistar,
tos feitos nas tecnologias anteriores é uma questão que disputa alguns segmentos de mercados com a
estratégica. A empresa investe 6% de seu faturamen- Intelbras, se preocupa com a necessidade cada vez
to em P&D (desenvolvimento de hardware, softwa- maior de convergência entre voz e dados. “Desde o
re, aplicativos, projetos mecânicos e de usabilidade, início, nossa tecnologia foi concebida para agregar
entre outros), com ajuda de cerca de 200 colabo- valores à base de nossos clientes”, diz Cleide Antu-
radores (entre engenheiros e técnicos). De acordo nes, diretor comercial da Digistar. Ele destaca que,
com a diretora de marketing da Intelbras, Susana diferentemente de outros fabricantes, que coloca-
Brockveld, a proposta da empresa é buscar a inova- ram IP no PABX, a Digistar desenvolveu PABX com
ção como evolução da base instalada. “Procuramos roteadores. O passo seguinte foi tirar os roteadores
sempre aproveitar o conhecimento gerado nos nos- dos PABXs e colocá-los nas teles. Hoje, o portfólio
sos parceiros e agregar mais valor aos projetos dos da Digistar é composto por roteadores, modems,
clientes. As possibilidades vão desde a ampliação do
legado, até a substituição por soluções que tragam
características ou tecnologias inovadoras”, diz ela.
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gateways, soluções CPE, centrais telefônicas de tec- ma DAS foi implantado de forma modular e as an-
nologia IP, digital e analógica, além de gerenciador tenas podem ser atualizadas, tudo para suportar a
SNMP, telefones e aplicativos de gestão, entre ou- nova frequência de 700 MHz – 4G, já pensando no
tros. “Estas soluções são constantemente atualiza- futuro”, diz ele. O portfólio de produtos da Comba
das”, diz ele. inclui aperfeiçoamentos de redes sem fio, antenas
e subsistemas, e equipamentos sem fio de trans-
O roteador compacto gigabit, segundo Antunes, missão e acesso. De acordo com o executivo, os
é um exemplo de produto com múltiplos usos. A li- centros globais de P&D da Comba nos EUA (Virgí-
nha RCG é composta por roteadores avançados que nia e Califórnia) e na China (Guangzhou e Nanjing)
suportam conexões a vários tipos de redes – NGN representam a força da empresa para fornecer so-
via fibra ótica, fio, 3G. “O produto pode integrar em luções personalizadas, que atendem necessidades
apenas um equipamento o roteador, o modem e o e requisitos específicos.
PABX, que farão as chamadas telefônicas e o acesso
à internet da empresa ou órgão público com econo- Focada em desenvolvimento, fabricação e co-
mia, bom desempenho e simplicidade de instalação mercialização de soluções turnkey para sistemas
do equipamento”, afirma. ópticos, a Padtec não vê dificuldades na coexistên-
cia de gerações de tecnologias diferentes. “Essa é
Para grandes uma característica notável dos sistemas DWDM,
Na área de produção de antenas, a preocupa- que são bastante flexíveis ao permitir a convivên-
ção não é diferente. Segundo Johnny Brito, diretor cia de taxas e protocolos distintos em uma mesma
da Comba, os equipamentos DAS e, consequente- rede, em um mesmo enlace e em uma mesma fi-
mente, as antenas utilizadas para suportar a tec- bra”, afirma Uriel Miranda, da área de Marketing de
nologia foram implantados de forma a deixar o Produto da Padtec.
legado para as novas tecnologias futuras. “O siste-
Segundo ele, a empresa tem clientes que com-
praram as primeiras soluções DWDM de 2,5G e con-
tinuam utilizando-as. “Paralelamente estas redes
passaram por upgrades tanto em relação a novos
canais de mais altas taxas quanto em relação à in-
“Nosso sistema DAS corporação de novas tecnologias como ROADM”,
é modular e as antenas explica. “Mas os primeiros canais ainda hoje são
utilizados em conjunto com esses upgrades, podem
podem ser atualizadas
ter novas rotas e até passar por esses ROADMs, mas
para suportar novas continuam a ser utilizados.” (M. J.)
tecnologias”
Johnny Brito,
diretor da Comba
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anuário tele.sintese | 2015 cenário
45
Big data, do
conceito à maturidade
As tecnologias analíticas estão no topo dos investimentos das grandes corporações
do setor, desafiadas a tirar inteli n ia de randes vol mes de dados
Mais dados, mais riscos E você tem hoje todo um ferramental para trabalhar
Com as perspectivas de expansão dos big data, dentro do Hadoop sem tirar os dados dali. Pega-se
aumenta também a preocupação com segurança uma inteligência analítica que se fazia em hardware
e ameaças avançadas. Recursos tradicionais de tradicional e leva-se para dentro do Hadoop. O cus-
proteção, como fire e ripto rafia, a a am se to de armazenamento de dados será mais barato”.
tornando ins fi ientes em m ontexto de randes
volumes de dados, por constituírem soluções indi- Internet das Coisas, a “locomotiva”
viduais que não integram dados e, portanto, não Se o big data será cada vez mais big, então uma
criam a proteção necessária em um nível empresa- das principais locomotivas para o uso de analytics
rial para mitigar o risco cibernético. será a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês),
na qual um número cada vez maior de dispositi-
A Blue Coat tem investido muito nessa área e até vos físicos, tradicionalmente o e, passa a ser in-
adquiriu há alguns anos a Solera, empresa de segu- tegrado e conectado. Com cada vez mais “coisas”
rança de analíticos. A área de security analytics é a conectadas, mais dados são gerados. E mais dados
segunda com maior oportunidade de negócios para gerados implica maior necessidade do uso de tec-
a Blue Coat no Brasil, seguida do segmento de proxy nologias para integrá-los, processá-los e trabalhá-
ou controle de acesso de usuário. Segundo Marcos los de forma a gerar valor para o negócio.
Oliveira, diretor da Blue Coat no Brasil, a seguran-
a anal ti a permite a es preditivas mais efi a es, A Juniper Research estima em mais de 38 bi-
além de oferecer uma visão holística do ataque ci- lhões os objetos que estarão conectados em 2020,
bernético: “Antes, você conseguia saber que havia um salto de 17 bilhões com relação à base atual.
algum ataque acontecendo, mas não sabia a origem, Em sua mais recente previsão, de junho último, a
nem o que tinha realmente sido acessado e afetado. IDC estima que o mercado global de Internet das
Esse é o ponto que mudou com a tecnologia analíti- Coisas vai saltar de US$ 656 bilhões em 2014 para
ca. Mais do que qualquer coisa, ela vai dar o contex- US$ 1,7 trilhão em 2020, uma taxa acumulada de
to do ataque – o antes, o durante e o depois.” Para 16.9% no período.
Oliveira, a maioria das empresas brasileiras, princi-
palmente aquelas que trabalham com grandes ou Mas as mudanças não param por aí. A explosão
sensíveis volumes de dados, já está em um momento de dispositivos conectados também tende a gerar
de maior maturidade no uso dessas tecnologias. uma alteração na divisão tradicional, por si só cada
vez mais anacrônica, do mercado de tecnologia en-
A SAS também lançou recentemente uma solu- tre empresas que produzem software e aquelas que
ção de cyber security analytics para prevenir ataques produzem hardware. Em um estudo de junho desse
a grandes bancos de dados, como os que ocorreram ano, a Gartner prevê que a Internet das Coisas trará
recentemente na Sony. A solução roda em Hadoop, transformações comerciais para diversos fabrican-
permitindo às empresas processar, em memória, tes, permitindo o uso do software no dispositivo
uma quantidade de dados muito grande. Segundo para diferenciar ofertas de produtos e soluções. Em
um estudo da SAS feito pela IDC, com foco nas ver- outras palavras, fabricantes de dispositivos vão se
ti ais overno, ener ia e servi os finan eiros, apro- tornar também fabricantes de software. Com cada
ximadamente 35% dos ataques cibernéticos passam vez mais unidades de hardware conectadas e ro-
despercebidos. A principal aposta de tecnologias dando programas próprios, essa fronteira acaba
analíticas de segurança é se antecipar aos eventos. borrada. Fica difícil saber quem é o quê.
de dados. Termos como big data, business analytics especialmente as preditivas, usadas de forma inte-
e business intelligence, mineração de dados (data grada às soluções de monitoramento e suporte da
mining), data science e data scientistic acabam con- rede (BSS/OSS) e de marketing e engajamento com
fundindo desavisados e não-iniciados no tema. o cliente. Para as telcos, os analíticos têm sido im-
portantes, por exemplo, para melhor compreender
Para a Gartner, há quatro tipos de capacidades os perfis de so do liente, na red o de churn, na
analíticas, de acordo com o nível de complexidade: análise de fornecimento de crédito e no desenho de
descritiva (o que aconteceu), diagnóstica (por quê promoções e planos customizados.
aconteceu), preditiva (o que irá acontecer) e prescri-
tiva (o que é preciso fazer). Tyszler, do SAS, reconhe- Um sinal da crescente relevância de analíticos
ce que ainda há confusão e procura deixar clara a para as telcos está na recente reestruturação cor-
diferença entre o conceito mais amplo de big data e porativa da Telef ni a Vivo, definida após a om
aquele de business analytics: “Uma coisa é o uso de pra da GVT. Nesse novo cenário, a empresa criou o
analíticos; a outra é o uso de tecnologias de big data cargo de h e e e e fi er (CRO ou principal
como Hadoop. Quando a gente fala de analíticos, executivo de receitas) e chamou Christian Gerbara
estamos falando de modelos estatísticos, matemáti- para a função. Entre as atribuições de Gerbara está
cos, até mesmo de pesquisa operacional. Isso, bem a coordenação das áreas de marketing, produtos,
ou mal, já está acontecendo com todas as indústrias. canais digitais, marca, inovação... e big data. Ger-
Começou muito forte nos bancos, depois foi para bara vai cuidar também de toda a força de vendas
as telcos. Hoje em dia, todas as seguradoras basi- direta e indireta no país.
camente usam. De uns dois anos para cá, varejistas
também têm investido bastante em analíticos.” Todos os executivos entrevistados concordam,
ainda, que o cenário de desaceleração atual da eco-
De acordo com a Salesforce, um terço (33%) dos nomia brasileira se traduz mais em oportunidade de
exe tivos rasileiros afirmaram tili ar sistemas adoção da tecnologia que de retração nas suas ven-
de análise de vendas e esperam um aumento des- das, visto que as empresas enxergam nos analíticos
se uso de 117% nos próximos 12 a 18 meses. Além uma forma de otimizar seus processos e reduzir cus-
disso, 29% disseram que usam aplicativos de dispo- tos. Está claro, portanto, que os analíticos entraram
sitivos móveis para vendas e esperam um aumento de vez na pauta e na agenda das empresas. Resta
nesse uso de 158% no mesmo período. saber quem vai se sair melhor na mineração dessa
“riqueza” em prol do negócio. E de olho no cliente.
Para Tyszler, as empresas já entenderam há al-
gum tempo que tirar inteligência dos dados é fun-
damental para um maior retorno do investimento e
uma melhor tomada de decisões. Onde a executiva
ainda vê potencial de crescimento de analíticos
no Brasil é na análise de dados não-estruturados
egressos, por exemplo, de redes sociais – o chama- “Mais do que qualquer
do “socialytics” – e do comércio eletrônico. Já para
Breitman, da EMC, ainda falta uma maior combina- coisa, a tecnologia
ção de dados padrão com informações de localiza- analítica vai dar o contexto
ção, com o uso dos dados de serviços georreferen-
ciados, como Waze e Google Maps, páginas e sites
do ataque – o antes,
mais visitados, além de redes sociais, entre outros. o durante e o depois.
Antes não se tinha isso”
No âmbito das operadoras, o uso de analíticos
tem avan ado si nifi ativamente setor ma
das pontas-de-lança, ao lado dos bancos, na ado- Marcos Oliveira,
ção de tecnologias de processamento de dados, diretor da Blue Coat do Brasil
50
anuário tele.sintese | 2015 cenário
51
Uma das mais evidentes marcas da expansão A inauguração de data centers no país também
da oferta de serviços em nuvem e do vigor deste acontece para suportar a estratégia de nuvem das
mercado está na contínua construção de novos grandes fornecedoras de software de gestão. A
centros de dados no Brasil. No início de junho, a Oracle anunciou este ano um centro de dados em
Ascenty, por exemplo, inaugurou seu centro de pro- Campinas (SP), como parte de sua estratégia para
foto | Shutterstck_Slavoljub Pantelic
cessamento de dados de Fortaleza (CE) e deve abrir oferecer software como serviço (SaaS, na sigla em
em outubro um outro em Hortolândia (SP). A com- inglês). O Oracle Cloud suporta mais de 33 bilhões
panhia continua focada em soluções híbridas, de- de transações e seu mais novo centro de dados na
senvolvidas de acordo com a necessidade do clien- América Latina leva a cobertura de computação da
te, pois a computação em nuvem é particularmente Oracle a 19 data centers em todo o mundo. Com um
desejável quando há necessidade de escalabilida- centro de dados no Brasil, a Oracle pode gerenciar
de e fácil acesso pelos usuários em diversos locais. om maior efi ia os o etivos de n vel de servi os
52
anuário tele.sintese | 2015
A PARCERIA
change – uma solução que permite acesso direto,
integrado e on demand a multinuvens e multirredes
ao redor do mundo. “Assim como foi com a internet,
de parceiros da Intercloud da Cisco conta com a
participação de cerca de 60 provedores de nuvem,
com mais de 350 data centers em 50 países.
QUE FAZ DA
a ave para re on e er os enef ios omer iais
da n vem mens rar o em one tada ela Orquestradores
INOVAÇÃO
REALIDADE
est , expli a a Tara i, diretor de te nolo ia da A complexidade dos grandes negócios para lidar
inix as a internet tem limita es em termos de forma efi iente om a n vem tam m est no
de segurança e desempenho. A utilização do acesso centro da oferta da Hewlett-Packard (HP). “Os nos-
direto permite às companhias deixar de lado essa sos lientes e ome am a ol ar a n vem s am
preo pa o e a essar os provedores de n vem a ilidade para atender a rea de ne ó ios , expli-
ca Antonio Couto, estrategista de nuvem da HP. “O
O APPSCLUB ESTÁ ENTRE OS
tend n ia de n vens ridas e ada ve mais mercado começou fazendo padronização, foi para
complexas faz com que os gestores de tecnologia a virt ali a o e o próximo passo a or estra o PREMIADOS DO TELE.SÍNTESE
s em apoio stamente em sol es de eren- ara or estrar a n vem rida, as empresas po-
ciamento e orquestração, e este tem sido um cam- dem desenvolver uma aplicação em casa, mas preci-
POR SUA INOVAÇÃO.
po f rtil tam m para os ne ó ios de empresas sam de al o mais r pido do e isso mais simples BEMOBI AGRADECE A PARCERIA.
tradicionalmente fornecedoras de hardware com pegar um orquestrador de uma grande empresa,
inteli n ia em ar ada is o, por exemplo, in- e tra al a om padr es a ertos ma das INOVAR JUNTOS É FAZER MAIS.
veste em s a sol o nter lo d, e define omo empresas e est tra al ando no padr o pen ta-
se ra, a erta e ex vel, para ofere er li erdade no , sistema opera ional de n vem de fonte a erta
posi ionamento das ar as de tra al o de a ordo
com as necessidades da empresa. A solução garan- tem investido em sol es próprias mas
te igualdade em segurança, qualidade de serviço e tam m em a isi es de empresas e prod tos
políticas de controle de acesso de rede ao centro as ltimas a isi es nesta rea foram os prod -
de dados e a n vens p li as medida e mais tos ta ato, da tive tate, e a empresa al p-
apa idade adi ionada, n o divis o entre a n - t s, omplementando as sol es de plataforma
vem interna e a externa. omo servi o o aa , na si la em in l s l m
disso, a HP investe na segunda instalação da plata-
ntre as prin ipais ara ter sti as da sol o forma de nuvem privada. Atualmente a companhia
est o ons mo de re rsos ridos via a toaten- tem ma instala o em ar eri e est inves-
dimento, om portais para s rios finais e de te - tindo na se nda instala o em o ernardo do
nologia da informação (TI); o provisionamento de ampo s d as s o one tadas e podem re -
ar as de tra al o e mi ra o idire ional entre perar dados em at atro oras
recursos locais e na nuvem; segurança completa
com aplicação consistente de políticas em toda a Tam m a ed at lan o ma plataforma de
n vem rida m ni o ponto de eren iamento fonte a erta para onstr o de n vens, a pen
e ontrole para ar as de tra al o f si as e virt ais ta trata se da ed at nterprise in x pen
em v rias n vens privadas e p li as e op es de ta latform ompan ia aponta
escolha entre provedores e hipervisores de nuvem. omo vanta ens a interopera ilidade e a fa ilida-
de de so, em omo as at ali a es do instalador
o etivo da is o est na onstr o de s a r fi o e as f n es de est o, e a mentam a
nter lo d ma rede de n vens p li as e priva- efi i n ia e red em a omplexidade de ma im-
das conectada mundialmente por meio de parce- plementa o em n vem nova plataforma da ed
rias. Desenhada para a Internet de Todas as Coisas at para infraestr t ra omo servi o aa , na si la
(Internet of Everything o o , a nter lo d foi de- em in l s tem omo ase a vers o no do pen
senvolvida para ar as de tra al o de apli a es ta , a mais re ente, e ofere e re rsos espe fi-
de alto valor, an lise em tempo real, es ala ilidade os para provedores de tele om ni a es, e per-
quase ilimitada e conformidade com as leis locais mitem a implementa o de f n es de virt ali a- Uma empresa
de so erania de dados t almente, o e ossistema ção de rede (NFV) entre as operadoras. www.bemobi.com.br Opera Software ASA
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anuário tele.sintese | 2015
O FUTURO DAS COMUNICAÇÕES VIA SATÉLITE JÁ CHEGOU.
COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO PARA TODOS EM QUALQUER LUGAR.
Apps: as teles
buscam seu quinhão
peradoras investem em m mix de apli ativos para n o fi ar atr s
das OTTs no provimento de serviços que incrementem o consumo de dados
O mercado brasileiro de aplicativos cresce na mes- própria App Annie: Facebook, WhatsApp, Messen-
ma proporção que o uso de dados e a venda de ger e Instagram estão sempre no topo dos down-
smartphones nas lojas. De acordo com dados da loads, não apenas nas lojas de apps para Android,
IDC, em 2011 os celulares inteligentes respondiam mas também para o iPhone, fabricado pela Apple.
Como uma ferramenta de autoatendimento, o ciona desde 2012, é que arquitetam cada app. Atual- Embora a TIM não divulgue o número de usuá- çou o app Algar Telecom para Android iOS. Mais
in a i simplifi a o rela ionamento da ompa mente, o Oi Inova tem 13 empresas parceiras, que rios nem a receita que obtém por meio dos aplica- um app na modalidade autoatendimento: com ele,
nhia com os clientes, abrindo mais um canal de entregam os apps em termos de white label. tivos que levam sua marca, ela fornece dados que o cliente pode acessar diversos serviços, adquirir
prestação de serviços, além daqueles oferecidos indicam a importância do segmento. No primeiro recargas, tirar dúvidas ou ser atendido via chat. “Te-
pelo telefone e pelo site da operadora. Além disso, Valor Agregado trimestre de , a re eita r ta de servi os de mos mais de 40 mil clientes usando, o que resulta
explica o executivo, contribui para reduzir custos Márcio Fabbris, diretor de marketing da Telefôni- valor agregado cresceu 22% em relação ao mesmo em cerca de 120 mil serviços prestados por mês
com o call center e nas lojas Oi. A companhia não ca Vivo, informa que ali também o foco está na cons- período de 2014. O valor, que corresponde a web e através do app”, calcula Jesus.
divulga, porém, o tamanho da economia resultante. trução de parcerias para enriquecer a receita com conteúdos como os aplicativos, cresceu 46%.
dados e SVA, que, no segundo trimestre de 2015, re- As parcerias também são peça-chave da estra-
Todos os aplicativos da Oi estão disponíveis presentaram mais de 40% do faturamento do grupo. O resultado mostra o sucesso da receita opera- tégia da Algar para embarcar na onda dos apps. A
para serem baixados gratuitamente nas lojas da A única exceção é o aplicativo de autoatendimento, doras + white labels. Os apps criados por terceiros, companhia vai lançar, ainda este ano, seu aplica-
Apple (iOS) e do Google (Android). Segundo Camar- o Meu Vivo, com 26 milhões de transações/mês. mas que são publicados, distribuídos e comerciali- tivo de streaming de música, o Algar Music. A fer-
o, m dos mais aixados o i i i, e simplifi a ados om a da da operadora, s o o modelo pre ramenta será criada pela desenvolvedora estadu-
o acesso de clientes à rede WiFi da companhia, com O Vivo Música é feito em parceria com a Naps- ferencial de abordagem do mercado de apps tam- nidense o o ile e a est o fi ar a ar o da
mais de um milhão de hotspots no país. Também ter; a Nuvem do Jornaleiro, com a Gol; e o Clube de bém na TIM. Fábio Cristilli, diretor de Internet, VAS integradora Mariposa.
neste caso a empresa busca resolver dois proble- Aplicativos, com a Bemobi. “Na maioria dos casos, e Handsets da TIM, informa que a empresa investe
mas ao mesmo tempo: primeiro, torna mais fácil trabalhamos com um acordo de divisão de receita, pesado em atrelar sua marca a outras, nascidas e Outra fonte de tráfego é o incentivo à adoção
para o cliente se conectar a um hotspot; segundo, que preferimos ao modelo por divisão de lucros, criadas no universo digital. “Fomos a primeira ope- de apps de terceiros. No caso, a operadora criou o
gera receita com a exibição de anúncios. um pouco mais complicado operacionalmente”, radora a investir na parceria com um aplicativo serviço TV ON, uma parceria com os principais pro-
explica Fabbris. para criação de um plano, com o lançamento do gramadores de TV paga do país. O assinante de TV
Para o resto do ano, a empresa pretende am- Controle WhatsApp”, destaca. da Algar recebe o direito de acessar os apps dessas
pliar o alcance do app Fale Fácil, que faz a ligação A Vivo possui mais de 80 serviços de valor agre- programadoras para assistir a conteúdos exclusi-
pelo celular como se o cliente estivesse em casa e gado, nem todos exclusivamente explorados em Outro exemplo é o TIM by Deezer, aplicativo de vos, sem ter de pagar a mais.
permite que até três smartphones falem gratuita- formato de apps. Mas já se vê casos de migração música criado em parceria com a primeira empresa
mente entre si. de plataforma. “O Kantoo, um serviço de ensino de de streaming musical a desembarcar em solo na- Para comportar os novos serviços, de alta de-
línguas, nasceu na plataforma SMS e agora estamos cional. “O formato de tarifação é um dos principais manda por vídeo e música, a operadora mineira
A lista continua. Para facilitar o acesso aos novos adotando o formato de aplicativo”, diz o executivo. diferen iais do app, e n o exi e art o de r pretende investir R$ 200 milhões em capacidade
apps pelos clientes que usam celular com sistema interfa e fi o m ito mais ri a, os exer ios a dito e tem preços acessíveis”, explica Cristilli. A co- de rede 3G e 4G até 2019. Mas a empresa também
Android, a Oi fez o Oi Apps. “É a vitrine de apps da nharam interatividade. O custo de migrar um servi- brança é feita mensalmente na conta dos clientes acredita nos apps que demandam menos rede. Até
Oi”, resume o executivo. Mas, como é comum neste ço para o universo dos apps é um pouco mais alto, de planos pós-pagos ou descontada semanalmen- o final de vai lan ar tr s ferramentas nas lo as
mercado, a operadora não desenvolve os aplicativos. mas resulta em um churn menor. te dos créditos de usuários pré-pagos. O modelo Android e iOS: um antivírus, um controle parental
Parceiros selecionados por meio de um programa de também é visto nos apps TIM Wizard, de ensino de de navegação e um backup em nuvem. Todos resul-
incentivo à inovação, batizado de Oi Inova, que fun- A operadora aposta, ainda, em novos conceitos. idiomas, criado em parceria com a rede de escolas tam da parceria com a desenvolvedora FS (antiga
Acaba de lançar no país um aplicativo em que o Wizard; e TIM Torcedor, que traz um app para cada FS VAS). Ao todo, a Algar lançou cerca de 20 apps.
usuário participa de um reality show apresentado time de futebol (dez, atualmente), com informações
por o erto st s o final de al mas semanas, o sobre as equipes.
assinante pode ganhar até R$ 100 mil em prêmios.
“O Kantoo, um serviço de “Estamos inaugurando uma nova onda”, celebra o Pressão nos investimentos
ensino de línguas, nasceu executivo. A Algar Telecom também nota o avanço da de- “Fomos a primeira
na plataforma SMS e, manda por aplicativos para celulares inteligentes. operadora a investir na
O investimento vale a pena. Em 2014, a Vivo E investe neles, com capital próprio e equipe inter-
agora, estamos adotando faturou R$ 1,6 bilhão com SVA. E o contato dire- na r io es s, diretor de ar etin de Vare o da
parceria para a criação de
o formato aplicativo” to com o cliente confere vantagens incalculáveis. operadora, informa e da ase de s rios um plano, com o lançamento
“Qualquer empresa desenvolve um aplicativo”, móveis usa smartphones. Além disso, 30% da recei-
do Controle WhatsApp”
pondera a ris, mas o app fi a es ondido nas ta em telefonia móvel vem de dados, SMS e venda
Marcio Fabbris, lojas. É aí que a operadora agrega valor para o de- de SVA. A empresa acredita que, em 2020, a propor-
diretor de marketing senvolvedor.” Para isso, a Vivo lança mão de envio ção será de 70% de dados. Fabio Cristilli,
da Telefônica Vivo de SMS, publicidade na fatura e outros canais de diretor de Internet, VAS
comunicação. No primeiro bimestre do ano, a operadora lan- e Handsets da TIM
60
anuário tele.sintese | 2015
A porta para o universo
das comunicações
Empreendedorismo digital
Existem cerca de 3,5 mil startups no Brasil, segundo contratadas da Telefônica Vivo para manutenção
estimativas da associação ABStartups, que repre- de orel es em fi a na ase tem a esso a m
senta o setor. Nem todas fazem parte da entidade, programa para gerenciamento dos colaboradores.
o que torna difícil o cálculo exato. O número tam-
bém é incerto em função do curto tempo de vida, Yuri Uchiyama, gerente de vendas do Mob2b,
uma vez que poucas dessas empresas conseguem conta que o serviço/aplicativo já tem mais de 2 mil
se consolidar. usuários ativos. Há seis meses, a empresa resolveu
abrir a plataforma, usada exclusivamente pela Spli-
Startups são empresas inovadoras com até qua- ce nos últimos dois anos. Agora, são 30 clientes.
tro anos de vida. Segundo Guilherme Junqueira, “Percebemos que as empresas buscam uma forma
presidente da associação, elas não estão focadas de gerir as equipes em campo, mas nem todas ti-
espe ifi amente no desenvolvimento de apps, mas nham pessoal com smartphones ou tablets, o que
é cada vez mais comum a criação de produtos com está mudando”, observa Uchiyama.
ma interfa e espe fi a para tablets e celulares.
Mesmo assim, as empresas inovadoras brasileiras A Mob2b é a unidade de B2B da Smyowl, desen-
ainda pensam mais na internet do que no mercado volvedora B2C com foco em jogos eletrônicos, cria-
móvel. “O desenvolvimento web ainda é o mais co- da em 2012. Segundo seu fundador, Maurício Alegre-
mum, embora o mobile esteja crescendo e deva se tti, vice-presidente de Games, o percurso para que
tornar um modelo que vai funcionar em paralelo”, se chegasse a este foco não foi linear, mas bastante
analisa Junqueira. tortuoso. Foi com o game Futebol de Botão, que teve
1 milhão de downloads, que a empresa percebeu
As startups brasileiras estão bem pulverizadas o poten ial finan eiro do desenvolvimento para o
por segmento de atuação. A maioria trabalha com ons midor final ora, n o faltam o os, nem pre
a oferta de software como serviço (4%). Outros 2% visões de lançamentos. A empresa publicou também
lidam com comunicação e mídia, e 1% com TIC e te- Pula Coruja e Caverna Maluca. Outros dez estão no
lecom. Outro 1% se diz dedicado ao mercado móvel. rol de apps que “esgotaram seu ciclo”. Mais três ga-
Quanto ao modelo de negócio, das empresas lista- mes serão lançados, nos próximos meses: Jogorama,
das pela associação, 15% apostam no modelo B2B e Heroes of Lorem Ipsum e Kron Arena.
11%, no B2C. De acordo com Junqueira, entre 20%
e 30% de todas as 3,6 mil startups mapeadas usam “Estamos em processo de internacionalização,
apps como plataforma principal ou secundária. com contratos com uma empresa canadense e ou-
tra do Oriente Médio”, informa Alegretti, lembran-
Ele reclama da concorrência gerada por acordos do que o mercado de games fora do Brasil é forte.
entre operadoras e produtores de aplicativos multi- As empresas atuam como publicadoras, contribuin- PLANTÃO Notícias em tempo real ENCONTROS TELE.SÍNTESE
nacionais. “As teles dão mais espaço para empresas do para a estratégia de marketing, tradução e dis-
BLOG LIA & MIRIAM Fórum privilegiado de debates
grandes, como o WhatsApp, e não dão oportunida- tribuição para canais além das lojas tradicionais de
Lia Ribeiro Dias e Miriam Aquino das políticas públicas e questões
de para brasileiras que fazem a mesma coisa”, diz o apps. “O mercado brasileiro está melhorando, co- analisam e comentam as notícias que regulatórias setoriais
executivo. “Eles querem dinheiro, mais gente usan- me a a fi ar vi vel, mas, omparado om todas as movimentam a área
do dados para agregar valor. A concorrência acaba outras oportunidades no mundo, vale a pena pro- ANUÁRIO TELE.SÍNTESE
sendo desleal.” curar o cenário internacional”, observa. A Smyowl INOVAÇÃO NAS EMPRESAS DE INOVAÇÃO Publicação anual
tem cerca de 2 milhões de jogadores cadastrados, Site dirigido ao setor corporativo, que apresenta um panorama do nível
Empresa já consolidada, a Mob2b é um exemplo sendo 30 mil ativos, que entram com frequência em conduzido pela jornalista e do tipo de inovação do mercado
focado no B2B para a área de TIC e telecom, mas pelo menos um de seus games. Wanise Ferreira de comunicação e internet
também em SaaS. Desenvolveu um app para geren-
ciar equipes externas, usado pela Splice, uma das
www.telesintese.com.br
62
anuário tele.sintese | 2014 premiados
63
PREMIADOS
64
anuário tele.sintese | 2015
65
premiados
1º
Pedindo pelo tamanho. to de sua rede nos mercados em que ambas atua-
vam. No Brasil, isso deu à Nextel uma cobertura
em mais de 3.100 cidades (no Rio de Janeiro e em
OPERADORAS
DE SERVIÇOS DE
E pelo bolso São Paulo, no entanto, a empresa vai com rede pró-
pria). O resultado é que a empresa saltou de cerca
de 300 mil clientes 3G em 2013 para mais de dois
COMUNICAÇÕES
PRODUTO INOVADOR:
milhões no final de 2014, entre 3G e 4G – um cres- MODELO FLEXÍVEL
Focada no Brasil, a Nextel desafia o modelo de negócio da telefonia cimento de mais de 600% em cerca de dois anos.
móvel, levando o conceito de flexibilidade a um novo patamar.
DE PLANOS PARA
Mas o movimento mais arrojado em sua estraté- CELULAR
gia para ganhar terreno no 3G/4G foi o anúncio de
Por Pedro Ozores uma completa reformulação de seus planos. Buscan- EMPRESA:
do inspiração na modelagem padrão das peças de NEXTEL
“Foi uma resposta roupas, a empresa enxugou seu portfólio para ape-
Famosa pelo inconfundível “prip” que seus aparelhos nas três grandes linhas modulares, tanto para voz
emitiam, a Nextel não é mais a mesma. Tampouco o
aos planos engessados, quanto para dados: nascia o conceito P (pequeno),
mercado. Entre 2011 e 2012, auge do serviço no país, que não atendiam M (médio) e G (grande) da comunicação móvel. Fle- mais moderado, não raro com diminuição da base.
a Nextel Brasil batia na casa dos quatro milhões de xível, o modelo permite que usuários combinem um
usuários, principalmente no segmento corporativo, as necessidades pacote específico de voz com outro de dados, com- Em julho, um mês após o lançamento do concei-
enquanto atuava em um contexto de virtual mono- dos usuários.” portando um total de nove combinações distintas. to, as adições líquidas de clientes pós-pagos foram
foto | divulgação
pólio, abocanhando mais de 99% desse mercado. de 354 mil. No Rio de Janeiro, a empresa teve mais
Hoje, o número de usuários dessa tecnologia sequer Cristina Famano, Assim, um cliente que consome muito mais dados adições líquidas no pós-pago naquele mês que to-
é discriminado pela agência reguladora nos seus ba- diretora de Marketing, Brasil e quase não faz ligações, por exemplo, pode esco- das as suas concorrentes: 16.381. Em São Paulo,
lanços móveis mensais. O fato é que, com o ocaso do lher a opção “G” para os serviços de internet e “P” seus 22.904 novos usuários no mesmo mês só a co-
modelo iDen – a tecnologia da Motorola que permi- para os serviços de voz. Se quiser, o cliente também locam atrás da Vivo. Na opinião de Famano, os nú-
te a chamada comunicação por despacho ou push- pode mudar todos os meses para um plano diferen- meros de adição da Nextel e de perda de participa-
-to-talk (PTT) –, a controladora NII Holdings teve de te, sem pagar multa por isso. “A ideia era dar uma ção das demais operadoras indicam que a empresa
correr atrás para não perder o bonde das tecnolo- resposta aos usuários insatisfeitos com planos en- não somente vem migrando seus próprios usuários
gias móveis que permitiam envio de dados de forma gessados e que não atendiam verdadeiramente suas de iDen para 3G e 4G como também vem roubando
mais veloz. Esse atraso custou caro. necessidades”, pondera Cristina Famano, diretora de clientes das concorrentes.
Desenvolvimento de Marketing.
Em 2014, a controladora entrou em concorda- “Acho que o momento econômico ajuda a expli-
ta nos Estados Unidos e se desfez das operações no Além da flexibilidade da combinação, a empre- car a adesão dos clientes aos nossos planos 3G e
México, no Peru e no Chile, a fim de concentrar todos sa foi agressiva também no conteúdo dos pacotes 4G”, pondera a executiva, que espera lançar o 4G
os esforços e investimentos em seu maior mercado: o e nos preços oferecidos. As franquias de dados em São Paulo nos próximos meses, por meio da
Brasil. No final de 2012, a Nextel Brasil finalmente ob- variam de 2GB a 5GB e 10 GB e as de voz trazem frequência de 1.8 GHz em FDD que a Anatel deve
teve licenças para a oferta de Serviço Móvel Pessoal 50, 500 ou 2.500 minutos para ligações para outras licitar no fim de outubro. Para todo o ano de 2015,
(SMP) e embarcou no bonde do 3G, com tecnologia da operadoras. A combinação mais cara, “G” de voz e a empresa prevê investimentos de R$ 1 bilhão, sem
chinesa Huawei e foco exclusivo no cliente pós-pago. “G” de dados, custa R$ 259. O maior plano ofereci- contar a participação nesse leilão.
Paralelamente, investiu em marketing e comunicação do pela Telefônica – que é líder de mercado e cede
para descolar sua imagem do serviço de rádio. Criou sua infraestrutura à Nextel – tem 8 GB de dados e Finalmente, a Nextel está pronta para puxar o
planos de voz e dados combinados com a tecnologia mil minutos de voz e sai por R$ 439,99. No Rio, fe- plugue da tecnologia iDen. A ideia, no entanto, não
iDen e, em junho do ano passado, lançou seu 4G na chou 2014 na liderança, com 606.594 novos clien- é “matar” o push-to-talk, que ainda conta com uma
frequência 1.8 GHz no Rio de Janeiro. tes em sua base, e em São Paulo, conquistou outros base considerável de admiradores – a Nextel estima
582.825. No primeiro semestre de 2015, a empresa que possua em torno de dois milhões de clientes de
Também buscou parcerias para expandir sua registrou adições líquidas mensais sempre acima da rádio. O serviço deverá viver através de um aplica-
cobertura – a principal delas com a Telefônica, casa dos 200 mil, enquanto praticamente todas as tivo lançado recentemente para iOS e Android que
que, em meados de 2014, fechou um contrato bi- demais operadoras vinham sofrendo com a desace- transforma o smartphone em um PTT via internet.
lionário com a NII Holdings para compartilhamen- leração do mercado e com um ritmo de crescimento Ele foi batizado, é claro, de “Prip”.
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premiados
2º
Parece poste, conta simples dá um panorama do problema: em
julho, segundo a Telebrasil, havia 72.987 ERBs nas
tecnologias 2G, 3G e 4G instaladas no Brasil; com
OPERADORAS
DE SERVIÇOS DE
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metálicas. Cenas comuns no mobiliário urbano de Di Costanzo, diretor de engenharia da TIM. Trata- – e está patenteada junto ao Instituto Nacional de
muitas cidades brasileiras, cujas populações cresce- Marco Di Costanzo, -se de uma estrutura metálica que integra no seu Propriedade Intelectual (INPI). A produção aconte-
ram de forma desenfreada tanto quanto a demanda, diretor de Engenharia da TIM interior todos os equipamentos necessários para ce no parque fabril da Bimetal em Cuiabá (MT), sem
nos últimos anos, por serviços de telecomunicações. ativar uma estação radiobase.“Do ponto de vista do zonas de sombra. De acordo com Costanzo, a TIM
aspecto externo, a nossa estratégia é basicamente analisa levar a tecnologia também à operação do-
Para tentar impor alguma ordem a esse ar- ter um site que não pareça um site e que não tenha méstica de sua controladora Telecom Italia, ainda
ranjo, muitas cidades criaram regras próprias. O impacto urbanístico”, pondera Costanzo. “O site que isso signifique rever os termos da patente, de
problema é que muitas dessas regras tornaram o tradicional, com torres brancas e vermelhas, com exclusiva aplicação em território nacional.
processo de licenciamento mais intrincado e aca- postes, com muito equipamento pendurado, não
baram, a rigor, engessando a expansão da rede agrada. Nós nos queixamos de que as autoridades Do ponto de vista de rede, o desenvolvimento
de telecomunicações. A Associação Brasileira de municipais não nos deixam instalar os equipamen- dos biosites se insere na estratégia de banda larga
Telecomunicações (Telebrasil) estima em mais de tos. Mas cabe uma autocrítica: nossos equipamen- móvel da TIM, um dos carros-chefe da operadora
250 as diferentes legislações municipais regendo tos tradicionais são, digamos, bem corrosivos.” para esse ano, com investimentos não apenas em
a instalação dessas estruturas no país. Segundo a estruturas de transmissão, mas também em redes
Telcomp, o tempo médio para a obtenção de licen- O primeiro biosite da operadora foi ativado em de transporte e fibra óptica. O biosite também faz
ças para antenas no Brasil é de 18 meses – muito junho do ano passado, em Curitiba (PR), fruto de parte da política de redes heterogêneas da opera-
superior ao de outros países. No âmbito federal, a uma parceria público-privada (PPP) com a prefei- dora, que mescla diferentes tecnologias de rede,
Lei de Antenas, sancionada em abril, procura unifi- tura e a distribuidora estadual de energia Copel. como small cells e WiFi, para ampliar cobertura e
car regras municipais e simplificar o procedimento Hoje, há cerca de 80 biosites instalados por todo capacidade da rede celular.
para a instalação de antenas de celular, bem como o país. A tecnologia também já está presente em
de outras infraestruturas de telecom. O texto, no Curitiba, no Rio de Janeiro, em Brasília, Salvador e A TIM não revela o investimento na tecnologia.
entanto, ainda depende de regulamentação. em mais seis capitais, sempre no modelo PPP. A em- Em seu plano trienal (2015-2017), a empresa prevê
presa está em negociação também com outras ci- investir mais de R$ 14 bilhões no Brasil, dos quais
A precariedade do serviço de telefonia móvel, dades, tem pilotos em andamento e estima chegar 90% em infraestrutura. Assim, espera alcançar 79%
argumentam as teles, pode ser atribuída a esse a 300 biosites instalados até o fim do ano – ainda da população urbana com 4G até o fim de 2017,
emaranhado burocrático-legal. Com menos sites que quantidade não seja o foco, avisa Costanzo. chegando a 15 mil antenas instaladas. Em 3G, a
disponíveis, mais usuários dependem de uma mes- meta é chegar a 14 mil antenas no mesmo período.
ma estação radiobase (ERB). A concentração estres- Além de nova, a tecnologia é 100% nacional. Foi Resta saber se, além de mais conectadas, essas lo-
sa a rede e prejudica a qualidade do serviço. Uma desenvolvida para a TIM pela fornecedora de torres calidades também estarão mais iluminadas.
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premiados
3º
A plataforma que HD da operadora. Lançado inicialmente nas gran-
des cidades, a plataforma física Now foi expandin-
do, com altos investimentos, mas mesmo assim não
OPERADORAS
DE SERVIÇOS DE
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operadora, os que estão habilitados a acessar o ser- mas, no ano passado, relacionaram mais de 40 ser- O sucesso do NOW, seja físico ou online, acon-
viço. Mas foi no ano passado, com o lançamento da Priscila Steinberger, viços”, informa Steinberger. Para chegar a esse es- tece em um grande momento de reestruturação do
versão para a web e, em setembro, com o aplicativo gerente de Marketing tágio, o desenvolvimento do Now Online começou grupo América Móvil, principal acionista da NET
que levou o Now aos dispositivos móveis, que a cur- dois anos antes do seu lançamento. Os trabalhos Serviços, da Embratel e da Claro. José Félix, que
va de crescimento ganhou uma forte aceleração. foram conduzidos pela própria NET, com apoio da durante muitos anos esteve à frente da operadora
A audiência expandiu em 70% e em 12 meses, de Accenture. Uma das decisões foi de que a gestão de de TV por assinatura, passou a responder pela hol-
julho de 2014 a junho deste ano, foram registrados publicação de conteúdo dos sistemas Now linear e ding. A estratégia do grupo foi a de se organizar em
450 milhões de streaming, uma performance signi- online seria unificada e efetivada de maneira sim- três unidades de negócios no país, a residencial, a
ficativa que elevou o VoD (Video on Demand, vídeo ples, sem retrabalho. de mercado pessoal e a empresarial. Com essa nova
sob demanda) da NET a outro patamar. estrutura, passam a conviver no grupo dois serviços
A ampliação da grade disponível no aplicativo de TV por assinatura. Com 7 milhões de assinantes,
“Com o Now Online, a plataforma se transfor- também tem requerido esforços da NET Serviços. a NET é a maior empresa multisserviços via cabo da
mou em uma estrela e esse é o serviço que registra o Tanto que o acervo de conteúdo online saltou de 15 América Latina, presente em 99 cidades. A Claro TV,
maior crescimento”, afirma Priscila Steinberger, ge- mil programas logo após seu lançamento para cerca por sua vez, oferece serviço de TV paga via satélite,
rente de Marketing responsável pelo produto. Esse de 35 mil. “Hoje, 98% do que está disponível na TV complementando a oferta da América Móvil nesse
novo status se reflete também em pesquisas internas está também no aplicativo e nossa preocupação é segmento de mercado até com preços mais compe-
que mostram que o serviço VoD da companhia é en- de que os lançamentos sejam renovados constante- titivos e populares.
carado como o que oferece maior variedade de pro- mente na grade do Now Online”, disse Steinberger.
gramação e tem uma ótima relação custo/benefício, Entre essas duas plataformas está o NOW, que
pois já é parte da assinatura de TV HD da operadora. Todo conteúdo disponível no Now Online tem de tem características próprias, que o levam a brigar
Com esses pontos a favor, se transformou em um for- ser autorizado pelos programadores responsáveis mais diretamente pelo cliente que gosta do concei-
te instrumento de fidelização. “Fica muito difícil dei- por cada programação. Para muitos deles, dar essa to de TV em todo lugar. O mais provável é uma inte-
xar de ser um assinante NET para quem reconhece autorização poderia representar uma espécie de ca- gração entre os dois serviços ou mesmo uma oferta
os benefícios do serviço”, garante a executiva. nibalização e perda de audiência para seus canais única ao consumidor. Mas ainda não há decisão to-
tradicionais, onde está o bolo publicitário. Mas o tem- mada sobre isso. A integração do NOW a produtos
Não há dúvida que esse estrelato acompanhou po tratou de alterar isso também. “Atualmente, quase da Claro já não é novidade. O Clarovideo oferece o
a chegada do Now Online. Para começar, o aces- todo conteúdo novo na grade da NET já tem embu- conteúdo do NOW para os assinantes da telefonia
so ao conteúdo via aplicativo eleva, na prática, o tida a permissão para o NOW”, explica Steinberger. móvel. Esse serviço é parte do NOW Clube, onde
alcance do serviço a 100% da base de assinantes “Nossos parceiros perceberam que muitos progra- também estão Philos e +Combate.
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premiados
1º
Em áreas remotas, uma para ampliar a rede e chegar a novas localidades”,
explica Celloni. “Há sete anos nossa rede equivalia
a 20% do tamanho atual e nós sofríamos mais com
OPERADORAS
REGIONAIS
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larga em todos os bairros. Para isso, precisava im- municípios (Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, São motas”, festeja Celloni.
plantar estações repetidoras do sinal de rádio. Em Eder Carlos Celloni,
uma delas, porém, não havia como fazer chegar a diretor
energia elétrica necessária para o funcionamento
dos equipamentos.
2º
No interior de São Paulo, LifeNet, que faz parte dos provedores pioneiros do
estado de São Paulo, inova.
OPERADORAS
REGIONAIS
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sos em fibra óptica. Há um ano, a empresa lançou
seu serviço de IPTV, com tecnologia nacional de- Oswaldo Zanguettin Filho,
senvolvida com a Cianet e programação da NeoTV. diretor de Operações
Em sua plataforma bidirecional, prepara-se agora
para lançar um serviço de marketing direcionado
para micro e pequenas empresas. O projeto é ofe-
recer um canal específico para que essas empresas QUALIDADE, AGILIDADE E TECNOLOGIA
veiculem vídeos, mensagens, publicidade e promo-
ções e, além disso, ofereçam este conteúdo aos as-
sinantes, que receberão pontos para comprar, com
desconto, seus produtos e serviços.
3º
Cooperação leva o sinal des aéreas em postes de concessionárias ou, onde
eles não existem, em postes próprios. Sete provedo-
res participam hoje da Conid: Megainfoline, Pombal
OPERADORAS
REGIONAIS
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A Conid já existia cinco anos antes de se cons- Jackson Almeida,
tituir formalmente. Criar a empresa foi a forma diretor
encontrada pelos provedores para compartilhar o
custo de licenças, na época muito caras para em-
presas em cidades com menos de 300 clientes, e
também o custo de trazer a conexão em banda
larga de grandes distâncias, para prestar melho-
res serviços. “Precisávamos ampliar a banda de
internet para essas cidades, que tinham serviços
de baixa velocidade e baixa capacidade”, recorda
Jackson Almeida, da Megainfoline, uma das nove
empresas que formam a Conid.
A
Desde que começou a atuar, a Conid já interli-
gou 15 cidades com cerca de 40 enlaces de rádio e
as empresas participantes foram pioneiras na pres-
tação de serviços de acesso à internet na região.
“Em várias cidades, nossos rádios chegaram três
anos antes das concessionárias”, conta Jackson,
cuja empresa tem sede em Cícero Dantas. Hoje, o
grupo interliga quatro cidades em um backbone de
fibra óptica. Além de ampliar este backbone, a Co-
nid prepara-se para implantar a conexão em fibra
diretamente com clientes em Cícero Dantas, Fáti-
ma, Ribeira do Pombal e Tucano a partir de 2016.
3º
Sul de Minas ganha seu Há quatro anos, quando seu pacote com maior ca-
pacidade era de 3 Mega, via rádio, decidiu investir
em fibras ópticas e, em paralelo, implantou enlaces
OPERADORAS
REGIONAIS
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10 mil habitantes) e Caldas (cerca de 14 mil), seria conteúdo dentro de sua própria rede.” A NowTech com qualidade, se eu quiser fidelizar meus clientes.”
lançado em setembro. A internet por fibra para os Marcelo Couto,
usuários finais vai chegar a essas cidades antes de sócio-diretor
chegar a Poços de Caldas, que fica na mesma re-
gião e tem quase 200 mil habitantes. Mas a Nowte-
Fazendo o possível
ch não atua lá.
sa investiu também na ampliação de seu backbone. Conheça mais sobre nosso enfoque e sobre a Viavi acessando nossa página viavisolutions.com/visionaries
JDSU Network and Service Enablement, Network Instruments e Arieso agora são Viavi Solutions.
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premiados
1º
Para criar redes nho”, garante. Segundo Falcon, a companhia tam-
bém está investindo fortemente no segmento de
grandes empresas com o Nuage, sistema de auto-
FORNECEDORES
DE PRODUTOS
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simples e barata a operação de banda larga fixa e No primeiro trimestre do ano, a Alcatel-Lucent re-
móvel, a Alcatel-Lucent lançou, em nível mundial, Javier Falcon, A lista de problemas que o produto tenta resol- gistrou prejuízo de 72 milhões de euros. No mesmo
o sistema multisserviços MUX OTN, que, de acordo presidente no Brasil ver é grande: baixa oferta de capacidade de tráfego período de 2014, a perda foi de 73 milhões de euros.
com Albino Lopes Neto, diretor de Transmissão IP para serviços de banda larga fixa e móvel de alta Em faturamento, obteve aumento de 9%, para 3,23
para a América Latina, já foi vendido a duas ope- performance; alto custo por Gigabit transmitido bilhões de euros, graças a variações cambiais que
radoras na região e deverá ser completamente im- em redes metropolitanas, principalmente as que beneficiaram a empresa. Com taxa de câmbio cons-
plantado até o final de 2015. usam tecnologias L3; baixa disponibilidade atual tante, a receita teria caído 4%. A companhia afirmou,
das redes e de serviços metropolitanos, que geram no entanto, que o resultado deve ser considerado
“Esta tecnologia é o mais recente instrumento frustrações nos usuários; falta de suporte multis- positivo. Já na América Latina e no Brasil, segundo
para criação de redes poderosas de alto desem- serviços; baixa disponibilidade e confiabilidade na Falcon, o ano de 2015 está sendo muito bom. “Recen-
penho e para suportar, em uma única plataforma, interconexão de centros de dados; fácil pirataria temente, anunciamos crescimento de dois dígitos na
a agregação e a otimização de banda em serviços de informação a partir da coleta do feixe óptico região”, diz ele. “No Brasil, o primeiro semestre foi
de banda larga fixa e móvel”, garante Lopes. Tra- diretamente na fibra; e, por fim, tornar a operação muito bom e esperamos um segundo semestre mais
ta-se da tecnologia de rede de transporte óptico para banda larga fixa e móvel mais barata e sim- desafiador, dada a conjuntura macroeconômica.”
(OTN, sigla em inglês de Optical Transport Ne- ples. A Alcatel-Lucent também afirma que o MUX
twork), que permite implementar redes de banda OTN tem a menor latência mundial de intercone- No ano passado, a companhia instalou, na uni-
larga metropolitanas. xão de data centers, sendo a melhor solução exis- dade brasileira em São Paulo, um laboratório para
tente no mercado para conexões entre servidores testes na rede de transporte IP e uma unidade para
Uma das líderes mundiais em transporte óptico, de nuvens dispostos em locais diferentes. testes de roteamento IP. O laboratório utiliza equi-
atualmente em processo de fusão com a Nokia (ver pamentos com a tecnologia DWDM e o switch OTN
pág. 94), a Alcatel-Lucent inova mais uma vez no Lopes também destaca, entre as vantagens do 1830. Foram investidos, na primeira etapa, US$ 4
segmento de banda larga. “Temos visto uma ten- MUX OTN, a otimização das despesas operacio- milhões. A instalação do laboratório de transpor-
dência para transformação das redes, evoluindo nais e de capital das operadoras (capex, do inglês te e roteamento IP faz parte do plano de mudança
para um sistema All IP e, como líderes nas tecno- capital expenditure, e opex, do inglês operational da empresa, anunciado em junho do ano passado,
logias de redes de sistemas ópticos e roteadores IP, expenditure). “A inserção de criptografia permi- para focar em produtos de rede e banda larga de
temos aumentado nossa participação nos investi- te aumentar em 100% a 150% o valor da receita”, alta velocidade. “A parte de IP router no Brasil é
mentos dos nossos clientes”, explica Javier Falcon, acrescenta. Além disso, o produto permite às ope- a mais importante para a empresa e, na área de
presidente da Alcatel-Lucent para o Brasil. “O MUX radoras segurar investimentos em renovação de transportes, é onde está havendo o maior cresci-
OTN contribui efetivamente para esse desempe- cabos ópticos, reaproveitando os existentes; uma mento”, afirma Falcon.
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premiados
2º
Maior capacidade, menor da Internet das Coisas. Para isso, o Snapdragon tem
suporte para FlashLinq, que consegue estabelecer
conexões com banda de 15 Mbps para qualquer
FORNECEDORES
DE PRODUTOS
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gia; e a proliferação de objetos conectados que ainda abre novas oportunidades de receitas. celulares 3G/4G.
não conversam entre si, um fenômeno que recebeu o Jaqueline Lee,
nome de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). diretora de Marketing Por isso mesmo, o foco da Qualcomm está na No ano passado, foram investidos mais de US$ 5
ampliação do uso de seus chips em outros dispo- bilhões em P&D – e desde 1985 a Qualcomm já inves-
Resolver esses problemas é a meta do processa- sitivos, não somente nos smartphones. Uma pes- tiu US$ 36,9 bilhões na área. Há quatro anos, a em-
dor Snapdragon, da Qualcomm, cuja principal ino- quisa da própria Qualcomm constatou que mais de presa criou um grupo chamado Apps and Software
vação é reunir no mesmo chip todos os componen- cinco bilhões de dispositivos, que não são smart- Ecosystem, que inicialmente foi formatado para dar
tes necessários ao bom desempenho do dispositivo, phones, serão produzidos e conectados até 2018. suporte a desenvolvedores. Hoje, em seus laborató-
aumentando sua capacidade e reduzindo o consu- De acordo com Lee, neste ano fiscal os clientes rios em São Paulo, Minas Gerais, Recife e México, o
mo de energia ao mesmo tempo. Já a divergência que não são da área de smartphones já represen- grupo tem cadastrados mais de três mil desenvolve-
global, e às vezes até dentro do mesmo país, entre tarão mais de 10% da receita da divisão de chipsets dores na América Latina – dois terços deles no Brasil.
redes e espectros de telecomunicações exige que da Qualcomm, a Qualcomm CDMA Technologies. Segundo Dario Dal Piaz, Diretor de Desenvolvimento
smartphones e tablets possam funcionar em fre- de Negócios da Qualcomm, mais de mil aplicativos
quências diferentes. Pois outra vantagem do Snap- A empresa espera explorar ainda mais esse mer- já foram testados nesses laboratórios.
dragon é a capacidade de integração de diferentes cado em expansão, até porque, no começo de 2015,
espectros no mesmo chip. quando a Samsung anunciou que vai usar processa- Em média, nove erros críticos são encontrados
dores próprios no Galaxy S6, a Qualcomm precisou nesses apps. Além de dar suporte a desenvolvedo-
“Essa inovação da Qualcomm permite que os reduzir sua previsão de vendas do Snapdragon para res, o grupo também passou a desenvolver aplicati-
dispositivos funcionem em qualquer lugar e tam- os próximos meses. Além da sul-coreana, outros fa- vos de referência, como o EmoticonAR, que estreou
bém contribui para a redução do consumo de ener- bricantes também deverão considerar concorren- em abril no Messenger do Facebook. Mais de 300
gia”, explica Jaqueline Lee, diretora de Marketing da tes do Snapdragon nos produtos topo de linha. mil downloads já foram feitos e o app pode até
Qualcomm no Brasil. “Usamos os dispositivos o tem- detectar o humor do usuário, via reconhecimento
po inteiro, inclusive à noite para servir como relógio Assim, a expectativa de crescimento das vendas facial. A Qualcomm já conta com mais de 18 apli-
e despertador. Para tanto uso, precisamos muito de do chip para o terceiro trimestre de 2015 oscilava cativos desenvolvidos, tanto para referência, como
dispositivos com bateria duradoura e qualidade exce- entre 2% e 12% sobre o trimestre anterior. No úl- para fabricantes. Um dos mais novos, em testes,
lente – e que possam funcionar em qualquer lugar.” timo trimestre de 2014, a Qualcomm faturou US$ permitirá a economia de bateria do celular. Mais
7,1 bilhões, crescendo 7% sobre o mesmo período recentemente, o Snapdragon tem sido testado tam-
Mas isso não é tudo. Um terceiro problema que do ano anterior. O lucro líquido registrado foi de bém para apps de vídeo, junto a operadoras e a fa-
a Qualcomm tenta resolver com o Snapdragon é o US$ 2 bilhões, 5% acima do obtido em 2013. Entre bricantes de celulares.
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premiados
2º
Compacta, eficiente e que ocupam espaço físico e necessitam de ar con-
dicionado, gerando alto custo de investimento e
operacional, além dos cabos para levar o sinal de
FORNECEDORES
DE PRODUTOS
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turas móveis no país. Para comparação, em 2014, o economia das baterias dos telefones celulares. municação entre todos os agentes públicos. Além
número de acessos estava em 7 milhões – apenas Paulo Cabestré, de defesa e segurança, a solução compacta está
2% do total de conexões. Assim, a tecnologia móvel presidente Desde o início, o objetivo do projeto era uma sendo introduzida também nos mercados de tele-
4G LTE será a principal tecnologia de banda larga solução compacta, o que orientou as decisões de comunicações e de concessionárias de serviços pú-
do mercado, à frente da 3G (que contará com 101 engenharia para otimizar a relação entre economia blicos, como gás e luz.
milhões de linhas, ou 32% do total) e da 2G, que e potência, com um projeto térmico adequado para
pode cair para 35 milhões de assinaturas, o equiva- enfrentar todas as condições ambientais do Brasil, Desde o fim do ano passado, a Trópico vem
lente a 11% do mercado total. do Sul ao Norte, onde já foi testado com sucesso. passando por mudanças. Em novembro, o Conse-
Em maio, a Trópico demonstrou a aplicação de sua lho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
As inovações nesse campo, portanto, são mais nova ERB ao projeto do Sistema Nacional de Comu- aprovou a aquisição do controle da empresa pela
do que bem-vindas. Uma delas, da Trópico Sistemas nicações Críticas (SISNACC) do Exército brasileiro, Fundação CPqD, da qual esta já era sócia minori-
e Telecomunicações – a Vectura eNodeB 700, esta- que utiliza uma das sub-faixas da banda de 700 tária. As ações, pertenciam à Promon, que mudou
ção radiobase LTE compacta, na banda 28,3 GPP –, MHz para sistemas de defesa e segurança pública. sua estratégia de negócios para outros segmentos
chama a atenção por ser um único empacotamento “É como se fosse uma operadora móvel dedicada de mercado. A Promon era detentora de 60% do
eletromecânico. Desenvolvido no Brasil e com pre- à defesa e segurança”, explica Paulo Cabestré, pre- capital da Trópico, enquanto o CPqD possuía 30%.
visão de comercialização para novembro deste ano, sidente da Trópico. “Conseguimos taxas de down- Com a transferência das ações, a Fundação passará
a Vectura eNodeB 700 é uma estação radiobase em load de até 10 Mbps a uma distância de mais de 30 a deter 90% da empresa.
uma única caixa que pode ser instalada diretamen- quilômetros da torre e comunicação de vídeo com
te na torre, dispensando o container e a refrigera- os veículos em movimento, sem congelamentos de “A reestruturação societária permitiu um reali-
ção forçada. Além disso, economiza o uso de cabos imagem”, garante. nhamento estratégico mais aderente à sua vocação
de RF. “A inovação é bem aceita pelo mercado, por de indústria de tecnologia de ponta do segmento de
se tratar de tecnologia de banda larga móvel, foco A vantagem de o equipamento estar em apenas telecom”, explica o presidente da Trópico. “Isso am-
dos investimentos atuais, e por propiciar economia uma caixa pequena é que a radiobase pode ser ins- pliou nossas perspectivas de atuação no mercado,
de investimento e economia operacional.”, avalia talada em um reboque ou veículo com um mastro permitindo também maior acesso a tecnologias já
Armando Barbieri, diretor comercial da Trópico. hidráulico que pode ser facilmente transportado desenvolvidas pelo CPqD, participação no processo
para o local de interesse. Esta solução agiliza a de desenvolvimento e evolução dessas tecnologias,
As atuais tecnologias de radiobase têm a parte instalação e, por consequência, acelera a ativação em especial wireless e virtualização (NFV / SDN),
de banda básica e RF instalada em containers ou da rede. Um exemplo de aplicação do produto? De bem como acesso às boas práticas do CPqD como
prédios de alvenaria situados na base das torres, acordo com Cabestré, em um evento público, que um centro de excelência em inovação tecnológica.”
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premiados
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Para quem precisa de lo de operações dos centros de dados. O software é
aberto e pode ser reconfigurado pelo usuário.
FORNECEDORES
DE PRODUTOS
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xão, energia e agilidade. Neste contexto, a Waveser- trada, 400 G na saída Ethernet e mais 400 G na saída ríodo do ano passado.
ver oferece mais velocidade, escalabilidade e flexi- Hector Silva, de linha. Ocupa menos espaço e consome menos
bilidade aos data centers, segundo a empresa. “Os CTO para a América Latina energia que soluções semelhantes, segundo o exe- Em dezembro de 2014, a Ciena criou uma nova
centros de dados em áreas metropolitanas estão cutivo. A meta da Ciena é atender provedores de divisão de negócios – a Ciena Agility – para poten-
sendo implementados rapidamente para aproxi- serviços, fornecedores de conteúdo para a internet cializar a velocidade dos serviços, a inovação e o
mar o conteúdo do usuário e atender às exigências e operadores de data center, mas as operadores de valor do negócio através de redes de longa distân-
de latência dos aplicativos em tempo real”, consta- telecomunicações também figuram como clientes cia (WAN, na sigla em inglês). Essa divisão inclui re-
ta Hector Silva, diretor de Tecnologia da Ciena para potenciais. cursos exclusivos para desenvolvimento de softwa-
a América Latina. “Quando os operadores de rede re, gerenciamento de linha de produtos, marketing
estão selecionando novas soluções para atender às Ao contrário de qualquer outro concorrente, ga- de produtos, serviço e suporte, vendas e desenvol-
demandas crescentes de interconexão de centros rante Silva, a Waveserver proporciona uma signifi- vimento, e é inteiramente responsável pela dispo-
de dados, eles precisam considerar a otimização cativa redução do custo por bit transportado e por nibilização de controle de rede e tecnologias de
dos custos de equipamento, espaço e consumo de bit por rack, além de menor consumo de energia software de aplicação para ajudar os provedores
energia – tudo isso é crucial.” em uma área extremamente compacta. Uma única no fornecimento de uma experiência personaliza-
unidade de rack oferece um mix de interfaces de 10 da para o usuário.
Justamente para enfrentar os desafios de escala, GbE, 40 GbE e 100 GbE, além de 400 G de capaci-
espaço e automação entre os centros de dados, a dade de linhas. A plataforma também é altamente Em agosto deste ano, a TCR Telecom, operado-
Ciena desenvolveu uma plataforma que acelera o programável. Nas palavras de Silva, “com o ambien- ra de telecom carioca, implantou no Rio de Janei-
trânsito de dados entre provedores de nuvem e con- te de desenvolvimento de aplicativos abertos da ro uma nova rede de telecomunicações utilizando
teúdo web: a Waveserver. Silva garante que a pla- Ciena, qualquer um pode criar, testar e aperfeiçoar as plataformas de rede da Ciena. A rede apoiará a
taforma atende a necessidade de fazer a transição aplicativos sem a necessidade de hardware físico”. reurbanização da Região Portuária do Rio, que visa
para alta capacidade, facilitando a entrega de servi- reintegrar a região do porto à cidade, envolvendo
ços em TI. “Devido aos processos coerentes e à abor- De acordo com a empresa de pesquisa Ovum, cerca de cinco milhões de metros quadrados nos
dagem web scale, a Waveserver oferece 60% mais a receita global com interconexão de data centers bairros da Gamboa, Santo Cristo e Saúde. O projeto
capacidade por unidade de rack e quase 20 Terabits cresceu mais de 16% em 2014, atingindo US$ 2,5 bi- permitiu um melhor acesso a uma rede flexível de
a mais por fibra em relação às plataformas de nos- lhões – e deve chegar a US$ 4,2 bilhões até 2019. alta capacidade e baixa latência capaz de forne-
sos concorrentes”, diz ele. A plataforma atua como Quase a metade desse total foi para as redes das cer serviços carrier-grade, como Gigabit Ethernet
um provedor de largura de banda e oferece implan- operadoras de telecomunicações no ano passado. (GigE), às empresas e centros de dados do chamado
tação e provisionamento compatíveis com o mode- E a Ciena é líder global nesse mercado, com uma Porto Maravilha.
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premiados
3º
Parte da ERB também poderá ser reduzida, garante Cardoso. “Vai minimizar
o impacto visual dos sites, possibilitar a introdução de
novas facilidades, diminuir o consumo de energia e
FORNECEDORES
DE PRODUTOS
vai para a nuvem reduzir os custos dos clientes”, pondera, embora não
revele de quanto poderá ser essa redução de custo. A
introdução do 5G também será possível com a Nokia PRODUTO INOVADOR:
Radio Cloud. NOKIA RADIO CLOUD
A solução foi desenvolvida no Brasil e centraliza o processamento de
banda-base, podendo reduzir o tamanho dos sites entre 40% a 60%. No ano passado, a Nokia Networks já havia se
destacado neste Anuário com o C-RAN – Centralized EMPRESA:
Radio Access Network, que controla todos os usuários NOKIA NETWORKS
Por Juliana Colombo em uma área confinada. A solução serviu usuários da
4G em cinco estádios da Copa do Mundo realizada no
“As ERBs terão dois Brasil.
Como aconteceu com os celulares, que foram
ficando mais compactos e com mais capacidade ao
grandes componentes A Nokia tem passado por grandes transformações.
longo do tempo, as estações radiobase (ERBs) tam- no futuro: antenas ativas Após o fim da joint venture com a Siemens em 2013
bém passam por esse processo. Com a promessa de e a venda de seu negócio de celulares para a Micro- apontando três prioridades na estratégia de longo
reduzir entre 40% e 60% o número de elementos nos e processamento da soft em abril de 2014, a empresa se reorganizou em prazo do grupo: fortalecimento da posição em redes
sites, a Nokia Networks lançou a Nokia Radio Cloud, banda-base na nuvem.” três unidades: a Nokia Here Maps, de georreferencia- móveis de rádio em banda larga, por meio de inves-
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mais um passo da companhia finlandesa no merca- mento; a Nokia Technologies, que licencia patentes timentos em 5G, pequenas células e nuvem de rádio;
do de infraestrutura para a nuvem. O novo produto, Wilson Cardoso, da empresa e faz prospecção de novas tecnologias; e buscar a liderança na implementação de redes e ou-
que estará à venda no início de 2016, centraliza o CTO para a América Latina a Nokia Networks, o carro-chefe, que responde pela tros serviços profissionais; e agregar domínios na nu-
processamento de banda-base com o uso de har- maior fatia do faturamento do grupo. Um dos mais vem das telcos, expandindo o negócio por meio de re-
dware comercial e de Ethernet no backhaul, ou seja, recentes movimentos, em abril deste ano, foi a fusão des definidas por software (do inglês Software Defined
racionaliza a capacidade das horas de pico de tráfe- com a franco-americana Alcatel-Lucent, por € 16,5 Networking ou SDN) e de soluções de segurança, em
go para alocá-las quando necessário, já que é uma bilhões. A proposta é criar no ano que vem um líder busca de novas oportunidades na Internet das Coisas
rede de acesso por rádio, capaz de reduzir a necessi- em redes da próxima geração (NGN, do inglês Next e em analíticos.
dade de dimensionar os momentos de pico. Generation Networks) e em tecnologia de nuvem. De
fato, a combinação é auspiciosa, já que a finlandesa é A estratégia parece estar dando certo. Só no pri-
Criada no Brasil, onde a empresa tem há quase forte na fabricação de equipamentos LTE e RAN, para meiro trimestre de 2015 a corporação lucrou € 352
dois anos um centro de pesquisa e desenvolvimento telefonia celular, e a Alcatel-Lucent é forte na rede fixa milhões – ante prejuízo de € 27 milhões no mesmo
em Curitiba, em parceria com a Pontifícia Universida- e óptica. período de 2014. No primeiro semestre do ano, regis-
de Católica do Paraná (PUC-PR), essa nova arquitetura trou faturamento de € 6,4 bilhões, 14% mais alto que
de nuvem proporciona melhor eficiência da demanda Do acordo poderá resultar a segunda maior for- na primeira metade do ano anterior. Mais de 80%
de tráfego e otimiza o uso dos recursos da rede. “As necedora global de tecnologia para operadoras, com dessa receita veio justamente da Nokia Networks, a
estações radiobase têm evoluído nos últimos anos faturamento de US$ 28,6 bilhões, atrás da Ericsson unidade de redes, que cresceu 10% e faturou € 5,4
em termos de capacidade e miniaturização”, explica (US$ 29,9 bilhões), mas à frente da Huawei (US$ 27,1 bilhões. Mas o melhor desempenho foi o da divisão
Wilson Cardoso, diretor de Tecnologia da Nokia para bilhões), segundo números de março levantados pela Nokia Technologies, que cresceu 65% nos seis pri-
a América Latina. “O próximo grande passo”, diz ele, consultoria Gartner. No segmento de infraestrutura meiros meses de 2015 em relação ao mesmo perío-
“é a decomposição total das ERBs em dois grandes de redes, a nova empresa teria receita de US$ 16,7 do de 2014, com receita de € 459 milhões. A Nokia
componentes: as antenas, que passam a ser ativas, e o bilhões, maior que a da Ericsson (US$ 14 bilhões) e Here faturou € 551 milhões, 25% mais.
processamento de banda-base na nuvem.” menor que a da Huawei (US$ 17,3 bilhões). No forne-
cimento de infraestrutura móvel, a nova companhia No mundo, o maior mercado da corporação con-
A empresa estima que a típica rede de acesso por teria faturamento de US$ 10,5 bilhões, ante US$ 13 bi- tinua a ser a Ásia, onde faturou € 766 milhões só no
rádio utiliza apenas 20% de sua capacidade total, o que lhões da Ericsson e US$ 8,9 bilhões da Huawei. primeiro trimestre de 2015. Apenas na China, nesse
significa que a maior parte do potencial fica ociosa, à mesmo trimestre, a Nokia cresceu 24%. Explica-se: a
espera de demanda. Ao centralizar o processamento No relatório anual da empresa para 2014, seu novo Nokia assinou um contrato de US$ 970 milhões com a
de banda-base, a quantidade de elementos nos sites presidente e CEO, Rajiv Suri, explica os novos rumos, China Telecom para instalar o 4G no país.
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premiados
1º
Para a comunicação mento, presidente da Visent e um de seus sócios.
FORNECEDORES
DE SOFTWARE E
entre máquinas
Como as demais aplicações desenvolvidas sobre
o CDRView – tecnologia-mãe da Visent, uma pla- SERVIÇOS
taforma de big data analytics (analíticos de dados
massivos) na qual a empresa vem investindo há 19 PRODUTO INOVADOR:
anos (ver pág.102) –, permite às diversas áreas da CDRVIEW IOT
Entre os milhões de CDRs gerados, o software segrega aqueles decorrentes de operadora acompanhar o que acontece na ponta e
comunicação entre máquinas e é capaz de identificar até o POS que está com problemas. adotar as medidas necessárias seja para melhorar o
tráfego, seja para garantir os padrões de qualidade EMPRESA:
contratados pelo cliente. No caso das maquininhas VISENT
Por Lia Ribeiro Dias de cartões de crédito e débito, os clientes são os
donos das bandeiras.
“As novas aplicações
Ainda são pequenos no Brasil os números relativos Se o dono de uma máquina de POS faz uma
à Internet das Coisas, que abriga várias aplicações,
de M2M e IoT serão atualização de software durante o dia, a máquina
entre as quais a comunicação entre máquinas ou cada vez mais fica lenta, prejudica o tráfego e a operação. Cai a
M2M (do inglês machine to machine). Estima-se rentabilidade, mas ninguém morre. Porém, se esta- mento da qualidade contratada para o serviço (se
em 100 milhões as máquinas conectadas, em sua sensíveis e exigirão mos falando de dispositivos conectados de monito- o problema for de operação do cliente) e de churn
maioria aquelas que suportam cartões de crédito mais qualidade.” ramento de pessoas na área da saúde, por exemplo, por má qualidade; gerenciar por contexto recurso
foto | divulgação
e débito – os POS, do inglês point of sale ou ponto falhas na conexão ou no monitoramento podem ser vs. período, podendo visualizar os dados em am-
de venda – e algumas aplicações em logística, para Ricardo Nascimento, fatais. “As novas aplicações de M2M e IoT vão ser bientes analíticos como gráficos, tabelas e mapas.
um total de 281 milhões de celulares existentes no presidente cada vez mais sensíveis e exigir cada vez mais qua-
país, em meados de 2015. Mas as projeções são de lidade de serviços”, diz Nascimento. “Nossa aplica- Dependendo da especificidade da aplicação, es-
que esse número vai crescer exponencialmente nos ção vem para dar um conjunto de dados já analisa- ses benefícios também são identificados, em maior
próximos anos. A Cisco, por exemplo, prevê que, em dos tanto para o gestor da rede, como para o gestor ou menor medida, nas demais aplicações ofereci-
2020, haverá 50 bilhões de objetos conectados no de qualidade de serviços, como para o dono da das pela Visent aos seus clientes, as operadoras. A
mundo – de automóveis a eletrodomésticos, pas- conta do cliente e para a área de marketing”, expli- empresa tem soluções para as áreas de marketing,
sando por objetos de vestir com chips ligados a ca. Com esses dados, podem, por exemplo, planejar planejamento de rede, operações de rede, qualida-
uma central, enviando dados. Mantidas as estima- melhor as redes e definir estratégias para reduzir os de de serviços, acompanhamento de receita e pes-
tivas de crescimento global, o Brasil deverá contar, riscos de violação dos níveis de qualidade de servi- quisa jurídica.
naquele ano, com 2 bilhões de objetos conectados. ço assinados com os clientes.
Entre as mais recentes iniciativas, além do IoT,
De olho no potencial desse mercado futuro, a Vi- O que o CDR View IoT faz é tratar online e offli- está o CDRView OTT, que analisa as condições de
sent – OSX Telecomunicações S.A., uma empresa de ne os CDRs associados aos chips (SIM Cards) ligados utilização e o impacto de serviços OTT – do inglês
software de Brasília (DF), decidiu desenvolver uma às conexões M2M. Hoje, a maioria dessas conexões over the top, ou seja, por cima da rede, como Skype,
aplicação voltada para o controle da comunicação usa a rede GPRS (2G), mas a tendência é sua migra- Viber, Facebook, WhatsApp, Netflix e outros – sobre
entre máquinas. Especializada na captura, arma- ção para as redes 3G, mais modernas. Os dados são capacidade e qualidade da rede 4G. Isso é feito a
zenamento e tratamento do registro de chamadas tratados na plataforma de big data analytics da Vi- partir do e-CDRs gerados, permitindo análises ao ní-
fixas ou móveis entre dois assinantes (os chamados sent, a CDRView, que conta com recursos de geor- vel de conexão, sessão, serviço, operadora, região,
Charging Data Records ou CDRs), a Visent já lançou referenciamento e de exportação de contexto para célula, setor e assinante. Na mesma linha, o Easy-
o CDRView IoT (do inglês Internet of Things ou In- análises top-down e bottom-up. View Regulatório permite acompanhar a evolução
ternet das Coisas), cujo primeiro usuário é a Claro. dos indicadores (e seus ofensores) do Regulamento
A inovação do CDRView IoT é o seu objeto. “Com Para o cliente, a segregação dos dados referen- Geral de Qualidade da Anatel para a telefonia fixa,
o crescimento da comunicação entre máquinas, tes às conexões M2M e seu tratamento permitem móvel e banda larga. O acompanhamento é feito
é importante ter uma aplicação específica para o identificar conexões com comportamento anor- por empresa, por estado e por município, permitin-
segmento, capaz de segregar esse tipo de comu- mal; classificar e segmentar usuários; identificar do levantamento, cálculo, consolidação, análise e
nicação e tratá-la como um todo, particularmente divergências que impactam a qualidade do serviço formatação dos indicadores para envio à agência,
dentro do universo da IoT”, explica Ricardo Nasci- prestado; reduzir multas em função de não cumpri- sem a intervenção humana.
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premiados
2º
Rio, uma cidade racanã, é uma plataforma de hardware e software
que permite a compressão dos dados sísmicos de
FORNECEDORES
DE SOFTWARE E
inteligente
uma maneira mais rápida e eficiente do que as téc-
nicas anteriores. A tecnologia, 100% nacional, co- SERVIÇOS
meça a ser utilizada por empresas mundiais.
PRODUTO INOVADOR:
Óleo e gás continuam no foco do Centro de PLATAFORMA DE
Em 2016, além das Olimpíadas, o Rio também vai hospedar um vasto Pesquisas, mas logo na inauguração outro caminho
sistema de gestão da informação urbana com base em big data. também começou a ser delineado. Naquela ocasião
CIDADE INTELIGENTE
foi assinado um acordo de cooperação técnica com
EMPRESA:
a Prefeitura do Rio de Janeiro, para iniciativas con-
juntas relacionadas a pesquisa, desenvolvimento e EMC
Por Wanise Ferreira
validação de plataformas de big data. Começou a
“O sucesso da nascer um novo sistema de gestão da informação
No dia 5 de agosto de 2016, o planeta estará com os urbana com foco em Cidades Inteligentes, que tra-
olhos voltados para o Rio de Janeiro, assistindo à
plataforma depende dos balha em tempo real e faz análises e simulações
abertura das Olimpíadas 2016. Nessa data, de uma apps que vai hospedar: baseadas em séries históricas de dados.
forma menos visível mas tão importante quanto, o Vivo, desenvolvido por uma empresa do programa
Rio terá dado mais um passo na sua trajetória rumo se forem bons, ela O que a empresa está fazendo é criar a base StartupRio, que divulga imagens ao vivo dos locais
à cidade inteligente, com uma plataforma de ges- também será boa.” dessa plataforma, integrando hardware e software mais badalados da cidade. Uma das soluções com
foto | divulgação
tão da informação urbana baseada em big data. Na já disponíveis, que podem evoluir de acordo com o que a EMC trabalha para envelopar os apps é a
base desse projeto está a EMC, mais precisamen- Karen Breitman, crescimento das necessidades na área municipal. Cloud Foundry, lançada inicialmente pela VMware
te o seu centro de pesquisa da Ilha do Fundão, na vice-presidente e gerente Entre essas tecnologias aplicáveis, está o conceito em abril de 2011, com o código-fonte disponível
capital fluminense, que tem grandes chances de se geral do Centro de P&D de lago de dados, que abriga um alto volume de in- pela licença Apache. Trata-se de uma plataforma de
tornar uma referência mundial. “O projeto do uso formações de fontes e formatos diferentes. A EMC aplicações da era da nuvem, construída para simpli-
de big data voltado para cidade inteligente nos lançou recentemente o Federation Business Data ficar e aumentar a velocidade do desenvolvimento,
chegou como demanda do Rio de Janeiro”, informa Lake, que envolveu esforços da EMC Information In- a implementação e a operação das aplicações.
Karen Breitman, vice-presidente e gerente geral do frastructure, da Pivotal e da VMware (todas do mes-
Centro de P&D da EMC, “e isso está nos trazendo mo grupo). O objetivo é acelerar e automatizar a “Não há resultados relevantes se não houver
outras áreas, como educação e telecom.” implementação desse recurso, reduzindo para uma colaboração”, afirma Breitman, a quem não faltam
semana o prazo de seis a nove meses para estabele- parceiros. Entre eles, estão várias universidades,
Inaugurado no ano passado, com investimentos cer uma iniciativa desse porte. como as federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Ceará
de US$ 100 milhões, o centro de P&D da EMC no (UFC) e de Pernambuco (UFPE), além da Pontifícia
Brasil tem o maior datacenter para pesquisas de Um dos cuidados da EMC ao desenvolver a Universidade Católica (PUC) e das estadunidenses
big data na América Latina. Foi o primeiro dos qua- plataforma de big data para o Rio de Janeiro Columbia e MIT. Para o projeto das cidades inteli-
tro centros globais de P&D de empresas sediadas foi a de trabalhar com códigos abertos, já que gentes, a empresa também conta com várias acele-
no país a entrar em operação, todos alinhados com irá hospedar um grande número de soluções e radoras e incubadoras.
o Programa Estratégico de Software e Serviços de aplicativos desenvolvidos por terceiros. “O sucesso
Tecnologia da Informação (TI Maior). São mais de dessa plataforma também está relacionado aos A experiência da EMC com o projeto Big Data
80 pesquisadores, uma área de pesquisa aplicada, aplicativos que ela vai hospedar: se eles são bons, o focado em smart city no Rio de Janeiro está sen-
laboratórios de desenvolvimento de soluções e um resultado final será bom”, observa Breitman. Por isso do acompanhada em outros países. Mas, embora
centro de informação para executivos. mesmo, a EMC tem facilitado a vida dos desenvolve- a solução possa ser aplicada mundialmente, há
dores interessados em soluções que tragam dados características únicas em cada caso. “As competên-
A ideia que norteava o centro quando concebi- de utilidade pública e benefícios para a cidade. cias que cada projeto traz para a mesa são muito
do era torná-lo um hub de inovação da EMC para diferentes”, ressalta. Além da plataforma de cida-
o mercado de petróleo e gás. Antes mesmo de sua O Rio Smart City, desenvolvido pela própria Pre- de inteligente, a EMC também estará presente nas
inauguração, muitas pesquisas estavam sendo con- feitura, usa códigos QR nos pontos de ônibus para Olimpíadas de outra forma: toda a infraestrutura de
duzidas nessa área e três patentes já tinham sido informar sobre a espera prevista e oferecer dados armazenamento de dados do megaevento esporti-
registradas. Uma delas, que resultou no Projeto Ma- turísticos do entorno. Outro aplicativo é o Rio Ao vo estará baseada na plataforma da companhia.
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premiados
2º
Monitorando o é barata, mas está se tornando escassa também no
campo – em, algumas regiões, por exemplo, não
FORNECEDORES
DE SOFTWARE E
consumo da água
é mais permitido captá-la diretamente dos rios”,
observa. SERVIÇOS
Apesar de ser uma importante ferramenta de PRODUTO INOVADOR:
produtividade para os agricultores, os pivôs cen- MONITOR DE
Mais de um milhão de hectares cultivados no Brasil são regados por pivôs de irrigação, trais enfrentam alguns problemas. Por ficarem
que agora poderão consumir menos água e aumentar a produtividade no campo. longe da sede das fazendas, os jatos de água não
IRRIGAÇÃO
podem ser observados constantemente para sa-
ber se estão sendo eficazes ou se necessitam de EMPRESA:
Por Wanise Ferreira ajustes. “Às vezes, o pivô opera automaticamen-
te durante uma chuva, o que é desnecessário, ou CESAR
“A água é um insumo quando está muito quente, o que não tem efeito
Há uma equação muito complicada na relação entre para a terra”, diz Peixoto. Todos esses problemas
a produção de alimentos para uma população
importante e ainda é começaram a ser observados pelas equipes do CE-
crescente e a utilização dos cada vez mais escas- barata, mas está se SAR enquanto desenvolviam outros produtos para
sos recursos hídricos. O agronegócio é responsável a área de agronegócios. Foi então que veio a ideia do período, é possível fazer uma programação mais
pelo consumo de 70% da água, ficando a indústria tornando escassa de criar uma solução própria para garantir um adequada para melhorar as contas nessa área. A
com 20% e as residências e estabelecimentos co- também no campo.” consumo mais equilibrado da água e, ao mesmo produtividade é outro ponto importante nesse pro-
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merciais com os restantes 10%. A agricultura irri- tempo, oferecer mais comodidade e economia de cesso e o CESAR calcula que ela pode ser aumentada
gada é a atividade que mais cresce nesse setor e Eduardo Peixoto, custos para o agricultor. em até quatro vezes com o uso da solução.
há no Brasil perto de 18 mil pivôs – o sistema que executivo-chefe de Negócios
fica instalado no meio da plantação – irrigando Foram três anos entre a identificação do pro- Peixoto acredita no potencial de negócios para
uma área de 1,17 milhão de hectares. A cada hora blema, a concepção e a finalização do desen- o monitor e tem a seu favor o fato de que, nos últi-
de operação, um pivô usa o equivalente ao gasto volvimento, com testes e certificação. Depois de mos cinco anos, os pivôs são o método de irrigação
anual de água de uma pessoa. Outros números estabelecido o modelo de negócios, que prevê que mais cresce no país. Segundo estudo realiza-
ajudam a entender a dimensão desse problema. A um valor de adesão e mensalidades, os primei- do pela Agência Nacional de Águas (ANA) e a Em-
água utilizada por dia para irrigar um hectare com ros pivôs começaram a ser instalados há pouco brapa, a área irrigada por pivôs atualmente é 32%
o pivô central corresponde à quantidade necessá- mais de um ano. A solução prevê instalação de maior do que na registrada no censo agropecuário
ria para atender 200 pessoas diariamente. Em mé- um monitor em cada pivô central para recolher de 2006. São 50 mil a 80 mil hectares por ano que
dia, o equipamento é capaz de irrigar 50 hectares, informações sobre velocidade, pressurização, passam a ser atendidos por esses equipamentos. O
o que equivale ao abastecimento de uma cidade deslocamento e posicionamento. Elas são trans- levantamento mostrou que três municípios concen-
de 10 mil habitantes. mitidas para um centro de dados via tecnologias tram o maior número de pivôs, dois em Minas Ge-
sem fio (rádio e GSM), que as tornam disponíveis rais (Unaí e Paracatu) e Cristalina, em Goiás, onde
Preocupante? O CESAR, instituto de pesquisa na internet e em dispositivos móveis. O sistema o Monitor de Irrigação já está sendo utilizado. “São
com sede no Recife, acredita que sim. Tanto que também permite acionamento remoto do equi- Paulo, onde a crise hídrica está mais severa, já res-
investiu no desenvolvimento de uma solução que pamento e emite alertas em tempo real via SMS ponde por um bom número de pivôs centrais em
faz o monitoramento do pivô central para redu- ou email sempre que apurar algum problema de atividade também”, comenta o executivo do insti-
zir o desperdício de água e aumentar a produtivi- funcionamento do pivô ou do cabo de alimenta- tuto de pesquisa.
dade no campo. Foi assim que nasceu o Monitor ção do braço da máquina. Qualquer problema
de Irrigação, atualmente instalado em três fazen- durante a noite também é informado aos respon- Apesar de todas as perspectivas de expansão de
das localizadas em Cristalina (GO), Touros (RN) e sáveis imediatamente. negócios, o que parece dar mais satisfação a Peixo-
Barreira (MG). Mas com um enorme potencial de to em relação ao equipamento é o fato de ele co-
expansão. Eduardo Peixoto, executivo-chefe de Além de permitir um consumo mais eficaz da laborar para um consumo mais consciente e eficaz
Negócios do CESAR e um dos idealizadores do pro- água, o Monitor de Irrigação traz outro benefício dos recursos naturais. O que não é pouco, levando-
jeto, pondera que o agronegócio busca mais pro- para o agronegócio: a economia de energia. Como se em conta os problemas hídricos e energéticos
dutividade e convive seriamente com o problema os valores das tarifas no campo são divididos em fai- que o país, e o mundo, atravessam. E que vai ter de
da água. “A água é um insumo importante e ainda xas de horário, com taxas reduzidas em determina- alimentar mais de 9 bilhões de pessoas.
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3º
“Descriptografando” fega dentro de metade de suas redes. Para piorar,
os próprios hackers passaram a “injetar” dados crip-
FORNECEDORES
DE SOFTWARE E
a segurança analítica
tografados nas redes das empresas. As atuais tec-
nologias de anti-malware e de DLP (do inglês Data SERVIÇOS
Loss Prevention, prevenção de perda de dados) não
conseguem “enxergar” todo o tráfego, a não ser que PRODUTO INOVADOR:
os dados sejam entregues descriptografados para PRODUTOS DE
Para serem eficazes num mundo hiperconectado, as tecnologias de segurança precisam análise. É justamente o que a Blue Coat faz: “des-
rodar em tempo real, integrar dados, dar respostas rápidas e antecipar eventos. criptografa” os dados para distribui-los para varre-
SEGURANÇA
dura pelas ferramentas existentes. ANALÍTICA
Por Pedro Ozores A solução, que combina a tecnologia da Solera EMPRESA:
com a da Netronome (ambas adquiridas pela Blue
“A média de tráfego Coat em 2013), perscruta todo tipo de pacote, flu-
BLUE COAT
A tecnologia de segurança analítica é o grande pulo- xo e arquivo que trafega na rede, de maneira in-
do-gato no segmento de segurança da informa-
criptografado no tegrada. “Tivemos um cliente que sofria roubo de
ção: em vez de reagir aos eventos, como a maioria Brasil está perto de informação”, recorda o executivo. “Só conseguimos
das ferramentas de gerações anteriores, o uso da contextualizar os movimentos na rede e detectar ção de ameaças avançadas. Em março deste ano, a
análise avançada de dados permite agir de forma 50%. Como saber o que acontecia porque tínhamos uma ferramenta própria Blue Coat foi adquirida pelo fundo de inves-
proativa e contextualizada, porque chega ao nível o que trafega ali?” que olhava dentro do tráfego criptografado. Caso timentos Bain Capital por US$ 2.4 bilhões.
foto | divulgação
do algoritmo para interligar e indexar dados de contrário, seria impossível descobrir o roubo.”
forma adequada. É nesse contexto que a Blue Coat Marcos Oliveira, Se as tecnologias estão prontas, como está o
atua. No Brasil desde 2002, a empresa estaduniden- gerente, Brasil A empresa também tem um dispositivo que, além mercado brasileiro? “Havia, sim, um ponto de inter-
se tem na área de segurança analítica sua segunda de alimentar simultaneamente o anti-malware, o DLP rogação sobre quão maduro o mercado brasileiro
principal linha de negócios, depois das ferramen- e o IPS (do inglês Intrusion Prevention System, sistema estaria para esse tipo de tecnologia”, reconhece o
tas de controle de acesso de usuários, ainda larga- de prevenção de intrusões), também enxerga todos os executivo. “Para nossa grata surpresa, vimos que es-
mente utilizadas. Mas, como são especialistas em tipos de portas criptografadas. “Imagine um hub fazen- tava no grau adequado de maturidade.” A Blue Coat
redes, os hackers obrigam as empresas de seguran- do essa distribuição”, compara o executivo. “A gente oferece soluções analíticas intensivas principalmen-
ça a operar em ritmo quase frenético de pesquisa, descriptografa uma vez e entrega várias vezes, alimen- te às grandes corporações, com uma abordagem co-
atualização e redefinição de suas ferramentas. Um ta vários dispositivos. Isso não existe no mercado.” mercial que Oliveira define como “formiguinha”. Mas
toma-lá-dá-cá constante. nem ela resiste incólume a um cenário de aridez no
Analisar todos os dados criptografados, no en- entorno do formigueiro.
“O interessante é que toda essa revolução no tanto, pode trazer arrepios para quem trabalha com
segmento acontece por conta das ameaças avan- informações sensíveis, como bancos, seguradoras Segundo o executivo, a desaceleração econômi-
çadas”, pondera Marcos Oliveira, gerente da Blue e grandes conglomerados industriais. A questão da ca no Brasil tem afetado principalmente contratos
Coat no Brasil. “Os hackers são impulsionados por privacidade é um aspecto recorrente nas conversas com o governo. “Grandes projetos que estavam em
nós e nós, por eles.” Para o executivo, o atual cená- sobre segurança analítica profunda. Mas as soluções andamento, com o pregão já pronto para sair, sofre-
rio de ameaças traz um desafio enorme para todo da Blue Coat podem atender diferentes níveis de ram adiamentos de no mínimo seis meses”, relata.
tipo de empresa: como contextualizar os eventos exigências corporativas, como explica Oliveira: “O Além disso, a renegociação de termos passou a ser
para fortalecer a prevenção? Sem monitoramento cliente pode querer que se inspecione tudo menos praxe. Outro aspecto que tem pesado nos negócios é
contínuo é quase impossível fazer isso. Outro gran- dados financeiros e de saúde. Sem problema! A solu- a valorização de mais de 60% do dólar esse ano: “O
de desafio está no crescimento do tráfego cripto- ção permite segregar para respeitar a privacidade.” dinheiro que o sujeito tinha deixado separado já não
grafado: paradoxalmente, a criptografia acabou compra o que ele queria.”
criando dificuldades para a visibilidade e detecção Parte da expertise da Blue Coat foi se construin-
do tráfego no âmbito da segurança analítica. do a partir das empresas que adquiriu ao longo dos Nem tudo é cinza, porém. O executivo vê cres-
anos para incrementar o seu portfolio. Em 2013, cimento em setores do mercado corporativo, que
“No Brasil, a média de tráfego criptografado está além da Netronome, dedicada à tecnologia SSL, e acabaram ajudando a compensar o momento ruim
em torno de 50%”, afirma Oliveira. Isso significa que da Solera, de análise de dados, a empresa também junto ao setor público. “Não tem como fugir da aná-
as empresas têm dificuldade para saber o que tra- comprou a Norman Shark, especialista em detec- lise de dados, da necessidade de segurança, afirma.
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Desafiando modelos, dores”, pondera Ripper. No fim das contas, o que o
Apps Club faz é dar acesso a aplicativos premium
DESENVOLVEDORES
DE APPS E CONTEÚDO
conquistando o mundo
para usuários de baixo poder aquisitivo, ao mesmo
tempo em que aumenta a visibilidade de criadores
de conteúdo que, de outra forma, teriam dificulda-
de para aparecer nas lojas tradicionais. PRODUTO INOVADOR:
APPS CLUB
A Bemobi cresce a passos largos com um conceito de distribuição de apps Quem assina o Apps Club paga a mensalidade à
alternativo à simples venda em lojas virtuais operadora de celular, que cobra o serviço em mo-
delo de co-billing. Assim, os assinantes conseguem EMPRESA:
utilizá-lo gastando os créditos que têm na conta BEMOBI
Por Rafael Bravo Bucco de telefonia móvel e que podem ser adquiridos
até em casas lotéricas e supermercados. O usuá-
“A maioria dos criadores rio paga uma módica quantia pelo acesso a uma
Em mercados emergentes, a grande dificuldade de grande variedade de programas que pode usar à
lojas virtuais de aplicativos, como Google Play Sto-
dos apps ganha mais vontade no celular, sem restrições, enquanto pagar
re e Apple App Store, é receber pelos aplicativos com a gente do que a mensalidade.
comprados. Essas lojas usam o cartão de crédito diária da multinacional de tecnologia, mas mantém
como principal meio de pagamento. Mas, num mer- com as vendas As teles usam seu contato direto com o consu- sua sede no Rio de Janeiro, em plena expansão.
cado com mais de 70% de usuários de telefonia pré- nas lojas virtuais.” midor para oferecer o download do Apps Club, en-
foto | divulgação
-paga, como o brasileiro, exigir o cartão de crédito viando a oferta e o link por SMS aos usuários, por No ano 2000, três colegas do curso de Ciências
acaba se tornando uma enorme barreira. Foi essa a Pedro Ripper, exemplo. Uma simples busca na internet com o ce- da Computação da PUC/RJ – Pedro Ripper, Clésio
grande sacada da Bemobi, uma desenvolvedora de presidente lular também permite cair nas páginas das opera- Guaranys e Pedro Bueno Mello – fundaram uma
serviços de valor agregado que está entre as mais doras para a instalação. Mas a distribuição também empresa para desenvolver aplicativos para celu-
inovadoras do país: lançou no ano passado o Apps acontece com o embarque do app nos celulares. As lar na área de pagamentos, a M4U. Ripper ficou no
Club, um serviço de assinatura de aplicativos mó- operadoras, que hoje são responsáveis pela venda conselho, enquanto atuava no mercado. Passou por
veis para Android, que oferece mais de 500 apps. A de quase 50% dos dispositivos móveis, já encomen- consultorias internacionais e foi executivo da Pro-
empresa sempre esteve na lista das principais a tra- dam parte dos aparelhos com o Apps Club inserido mon (na sua incursão pela internet), da Cisco e da
balhar com as operadoras para criar novos serviços na memória – e a maior fabricante a atuar no país, Oi. A M4U deu tão certo que, em 2010, a Cielo com-
de valor agregado, com produtos white label, inte- a Samsung, também coloca o app em parte de seus prou uma participação de 51% na empresa, que
gração de SMS, soluções de pagamento móvel e o aparelhos. Por mês, de 1 milhão a 2 milhões de ce- também gerou duas spin offs de conteúdo: a Mo-
que mais for possível imaginar para entregar valor lulares inteligentes chegam às lojas, todo mês, com bicare, focada em aplicativos na área da saúde, e a
aos usuários de celular e às companhias. o app da Bemobi já instalado. Bemobi. Hoje, Ripper dirige as spin offs, Guaranys
está à frente da M4U e Mello está no conselho.
Pelos cálculos da Bemobi, atualmente o clube Para além disso, o Apps Club também faz a ges-
de aplicativos dá acesso a mais de R$ 4 mil em apps tão dos direitos digitais, gerenciando os downloads A Bemobi já atua no Equador, no Peru e no Mé-
premium, sem anúncios. “A maioria dos criadores e a audiência para pagar os mais de 250 desenvol- xico, mas, até o final deste ano, pretende chegar a
dos apps ganha mais com a gente do que com as vedores que integram o serviço. Resultado: a pla- mais duas dezenas de países, a maioria da América
vendas nas lojas virtuais”, afirma Pedro Ripper, pre- taforma criada pela empresa juntamente com a Oi Latina, graças a acordos com Movistar (Telefônica)
sidente da empresa. A ideia é tão boa que, em ape- hoje é distribuída também por Claro, Vivo e Tim e já e Claro (América Móvil). Para 2016, a meta é alcan-
nas um ano de funcionamento, o clube de aplicati- atraiu a atenção do mercado internacional de apli- çar outros 20 países, todos emergentes.
vos tem 6 milhões de clientes no mundo, a maioria cativos móveis.
no Brasil – por enquanto. “Vamos para o Leste asiático, onde a Opera já
Por um lado, a inovação incomodou a Google, que tem contratos com operadoras locais, e para a Áfri-
O interesse das teles é palpável. “A ideia reinse- vetou desde o início a distribuição do Apps Club em ca”, avisa Ripper. Depois, quem sabe, o alvo pode
re as operadoras como atores relevantes na cadeia sua loja oficial, por considerar o serviço um concor- ser a terra do Tio Sam. “Acho que teríamos opor-
de valor dos aplicativos e preenche a lacuna da rente de seu modelo comercial. Por outro, o sucesso tunidade de ir para os EUA, talvez com ofertas te-
monetização apenas com publicidade ou pela ven- chamou a atenção da norueguesa Opera, que adqui- máticas, como com o Kids Club, somente de apps
da do programa sem anúncios para os desenvolve- riu 100% da empresa. Hoje, a Bemobi é uma subsi- infantis”, espera o executivo.
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99
premiados
2º
Tecnologia para controle sobre o deslocamento no mundo virtual e
a possibilidade de interromper a experiência volun-
DESENVOLVEDORES
DE APPS E CONTEÚDO
vencer o medo
tariamente, ao acionar de um botão.
foto | divulgação
roporto, sem o compromisso de embarcar, pode ser mulador não é usado de maneira isolada”, explica car que o indivíduo já consegue voar.”
uma experiência angustiante. Por isso existem tra- Winston Petty,
tamentos especializados, com altos índices de su- diretor-fundador
cesso, e que ganharam grande impulso em meados
deste ano com a tecnologia: o Polaris, por exemplo,
recria dentro do consultório do psicólogo todas as
situações que envolvem uma viagem aérea.
3º
Conhecendo seu carro e análise preditiva) com foco na indústria automo-
tiva. Além de resultar em indicações aos usuários, a
DESENVOLVEDORES
DE APPS E CONTEÚDO
como a palma da mão
montanha de dados poderá ser usada pelas segura-
doras na precificação de seguros. Também será usa-
da para que as seguradoras ofereçam outros servi-
ços, no momento mais conveniente para o cliente. PRODUTO INOVADOR:
COBLI
O Cobli ajuda os usuários na gestão de seus automóveis e permite que as “Fornecemos nossas análises para seguradoras,
seguradoras conheçam melhor seus clientes, com facilidade. frotas, montadoras e empresas de telecom”, informa
o executivo. Para as seguradoras, a vantagem em EMPRESA:
conhecer melhor o cliente ajuda também a determi- COBLI
Por Rafael Bravo Bucco nar com mais facilidade os termos das apólices. Já
os donos de frota podem conhecer em profundida-
“O Cobli vai mudar de seus motoristas, enquanto as montadoras serão
Vai acabar em breve o tempo em que o cliente senta capazes de adaptar mais rapidamente seus veículos
cara a cara com o segurador para uma longa con-
o jeito como a à realidade das ruas brasileiras. As operadoras de
versa, na qual descreve em detalhes sua rotina, pessoa consome telecomunicações terão oportunidades em tráfego
seus hábitos ao volante e o estado do veículo para de dados e na oferta de serviços de máquina a má- do). Ele tem um GPS, acelerômetro e conexão direta
fechar uma apólice. Ou melhor, a conversa conti- seguros, combustível quina ou na Internet das Coisas. Segundo Treacy, a com o computador do carro. Mas a Cobli também
nuará a existir. Mas será mais curta, uma vez que a e serviços.” Cobli já conversa com todas elas. faz um rastreador solar, que é colado ao parabrisa e
foto | divulgação
seguradora e o cliente terão à disposição um amigo está sendo patenteado. Ambos estão disponíveis com
em comum, virtual. E esse amigo poderá alimentar Parker Treacy, O primeiro impulso para a criação da startup, que modem (GPRS) ou Bluetooth. “Estamos importando os
todas as partes com informações para que o negó- presidente recebeu um aporte inicial de US$ 1,5 milhão de um dispositivos, mas pesquisamos como fabricar no Bra-
cio beneficie os dois lados e seja mais seguro. fundo estadunidense, vem do mercado atuarial. No sil”, explica Treacy. “São tecnologias muito interessan-
Brasil, o seguro automotivo é o segundo instrumento tes, com que trabalhamos para conseguir prever erros
Ao longo dos últimos dois anos, a Cobli, uma startup atuarial mais utilizado, com 20,2% do mercado, atrás e quebras, reduzindo a probabilidade de acidentes, o
paulistana com 20 funcionários, criou um sistema apenas do VGBL, plano privado de aposentadoria. tempo e o dinheiro gasto com manutenção.”
capaz de analisar desde os hábitos de direção dos Em 2014, segundo a Superintendência de Seguros
motoristas até o estado de conservação do carro. A Privados do governo federal, eram cerca de 14,8 mi- E vêm mais novidades por aí. Além da equipe de
ferramenta, que tem o mesmo nome da empresa, já lhões de pessoas com seguro automotivo (carros e 20 pessoas trabalhando na criação das ferramentas,
é usada por seguradoras desde agosto e, em outu- motos), cujas indenizações, sem incluir o DPVAT, mo- a Cobli mantém uma parceria com a Oficina Brasil,
bro, chega ao usuário final na forma de um aplicati- vimentaram mais de 14,6 bilhões de reais. uma rede de mais de 45 mil oficinas cadastradas no
vo que poderá ser baixado gratuitamente por quem país. As duas empresas estão trabalhando para de-
tiver um smartphone com sistema Android ou iOS. A primeira grande empresa do setor a fechar senvolver uma tecnologia que facilite a interação
com a Cobli foi a Liberty Seguros. Ela utiliza um entre oficinas e consumidores.
O app é uma espécie de assistente pessoal vir- sistema de coleta de dados automatizada, sem ne-
tual do motorista. Como explica Parker Treacy, cessariamente esperar que o consumidor converse Treacy prefere não comentar a novidade. Ressal-
presidente da Cobli, o programa poderá falar di- com o celular sobre o carro. O cliente de São Paulo ta, sim, que o Brasil é o foco de crescimento. Aqui a
retamente com o usuário através de inteligência que aderir à oferta “Direção em Conta” não tem ne- tecnologia foi criada e é aqui que ele espera liderar.
artificial para diagnosticar o carro, fornecer deta- nhum custo adicional e pode receber um desconto Após a consolidação no mercado nacional, poderá
lhes do comportamento do motorista e recomen- automático de até 10% no seguro se tiver bom com- pensar em outros mercados. “Os dados que estamos
dar formas de aumentar sua segurança na rua. “Ele portamento na rua. Saindo da oficina, o dispositivo gerando são novos e a nossa capacidade de analisar
vai mudar o jeito como a pessoa consome seguros, instalado entrega dados para a Cobli, que os anali- é cada vez maior”, pondera. “Ainda nos surpreende-
combustível e serviços”, diz Treacy. sa e repassa à Liberty. O tráfego se dá pela rede da mos com os ganhos que empresas podem ter com
Vodafone, mas Treacy espera, para breve, ampliar a esta informação bem tratada: cidades inteligentes,
De fato, é conversando que o app coleta a ma- cobertura, com a adesão das demais. redução de acidentes, gerenciamento de frotas,
téria-prima da Cobli, os dados. A startup se define manutenção preditiva, marketing direcionado – es-
como uma empresa de big data (grandes dados: O dispositivo escolhido pela seguradora é um OBD tamos abrindo um novo mundo com 50 milhões de
aprendizado de máquinas, processamento de sinais (do inglês On Board Diagnostics ou diagnóstico a bor- carros querendo se conectar.”
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premiados
foto | divulgação
um fundo de capital de risco criado por inspiração assinantes, ou seja, para cobrar pelo serviço. Hoje, Ao mesmo tempo, no início dos anos 2000, a
do BNDES e que tem como gestor o Bozano. Com Ricardo Nascimento, colhe-se um sem número de informações sobre trá- equipe da empresa começava a desenvolver os vá-
esses recursos, quer preparar a sua gestão para o presidente fego, duração da chamada, rota, horário, quem liga rios programas de software analítico, que geraram
crescimento e explorar o mercado internacional. para quem. “São 80 campos”, explica Nascimento. diferentes aplicações para as diferentes deman-
das dos clientes. “Desenvolvemos o CDRView já no
“Esse é um caminho natural para uma empresa No caso da telefonia móvel, as informações são conceito de big data, quando ainda não se falava
com um produto maduro e de ponta como o nosso e ainda mais complexas, pois é preciso saber se a li- em big data”, registra Nascimento. Basicamente, o
que tem clientes como os grupos América Móvil, TIM e gação passou de uma célula para outra ou se caiu, CDRView tem três blocos. O primeiro deles é o da
Telefónica”, comenta Ricardo Nascimento, presidente a banda utilizada, o volume de bytes transmitidos, extração dos dados, que deve contemplar as cen-
e sócio da Visent, uma empresa criada em Brasília em os serviços acessados e até o modelo do aparelho. trais de diferentes fabricantes e suas versões. “Ao
1996, a partir de uma unidade de negócio da antiga Ao todo, o CDR do Serviço Móvel Pessoal tem mais longo de quase 20 anos, acumulamos uma base de
Telesis, que atuava no segmento de gerenciamento de 300 informações que vão abastecer, como nos conhecimento de todos os formatos de CDRs da
de rede. Trata-se de um desafio grande. Embora tenha demais serviços, as diferentes áreas da empresa- rede brasileira”, explica o presidente da Visent. O
sua gênesis na tecnologia de software e sempre tenha -cliente: gerência de operações, gerência de quali- segundo bloco o armazenamento e a recuperação
trabalhado com grandes sistemas e grandes clientes, dade de serviço, marketing e billing, entre outras. dos dados – são de 40 a 50 Terabytes, que têm que
a Visent é uma empresa ainda pequena. No ano pas- ser armazenados de forma eficiente por 30 a 60
sado, faturou cerca de R$ 13 milhões, desempenho Para fazer frente ao aumento constante do vo- dias, para que possam ser facilmente recuperados.
que deve repetir este ano – a crise econômica deixou lume de dados, a Visent, que antes usava um bando
mais longe o crescimento esperado. de dados relacional Oracle, se viu obrigada a de- O terceiro e último bloco do sistema envolve
senvolver um banco de dados proprietário. “Aquele o tratamento dos dados, ou seja, o que fazer com
Com o CDRView IoT, a Visent recebeu o Prêmio banco de dados não atendia as necessidades em eles, como apresentá-los ao cliente que, no caso de
de Tecnologia Nacional do Anuário Tele.Síntese de preço e performance”, explica o executivo. “Pre- uma operadora, são vários clientes, cada um com
Inovação em Comunicações 2015 (ver pág. 88). O cisávamos desenvolver um novo banco de dados demandas específicas. “Para isso, desenvolvemos
IoT é uma das muitas aplicações desenvolvidas a para tratar o lago de informações, mas antes tive- a camada analítica, as aplicações – uma aplicação
partir do big data analytics da empresa, o CDRView. mos que fazer um diagnóstico sobre quem usava o para cada processo”, relata Nascimento. Para ele, o
Esta plataforma, que lida com o registro de dados serviço. Não era só a gerência de rede, como anti- maior desafio de todos é acompanhar a constante
de chamadas ou CDR (do inglês charging data re- gamente, mas diversas áreas da empresa, cada uma evolução tecnológica, os novos padrões e protoco-
cording), é o coração de sua tecnologia, que já cum- com suas necessidades. Criamos, então, uma solu- los. Tudo para dar maior valor à enorme base de
priu várias fases e tem 19 anos. O desenvolvimento ção própria para armazenamento e tratamento dos dados que a Visent captura, armazena e trata.
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guia de empresas
guia de
produtos e
serviços
inovadores
Os produtos e serviços que compõem este guia
foram aqueles inscritos pelas empresas na pesquisa
realizada pelo Anuário Tele.Síntese de Inovação em
Comunicações e por elas considerados os mais
inovadores de seu portfólio no período 2014/2015.
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116
anuário tele.sintese | 2015
117
guia de empresas
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principalmente aumento do uso instalada. O NPLUG repete o sinal tiuso para empresas de pequeno ções. Com a tecnologia de dupla aplicativos processem em veloci- PASSIVE OPTICAL LAN (POL) – Redes
dos dados devido a aplicações mantendo todos os protocolos porte. Além de funcionar como PBX polarização, é possível utilizar dades mais rápidas do que as que LAN 100 em fibra óptica substituem
que envolvem vigilância por vídeo, de segurança de maneira unifor- integrado a redes GSM para cha- uma só antena. as redes precisam para gerenciar as redes convencionais baseadas
segurança pública e comunicação me. Também pode conectar a TV mada e para envio e recebimento e proteger. em cabeamento estruturado de
entre usuários de uma indústria Smart na internet sem receptor de de SMS, tem conexões Wiegand e ? MGITECH cobre por fibra óptica de longa
em particular e acesso a um banco WiFi integrado ou, até mesmo, ser um relê, podendo ser utilizado para Diretor Comercial: Tiago Ferreira ? NEC distância, alta disponibilidade e
de dados seguro. utilizado como roteador principal soluções de automação, segurança Tel. 11. 4746.7000 Chefe da Unidade de Negócios performance, com redução de con-
em pequenos ambientes. e controle de acessos. O NGP 822 comunicação@mgi.com.br com Operadoras: sumo de energia e de elementos
? INTELBRAS CONECTE-ME – É um aplicativo resolve a questão da plena integra- www.mgitech.com.br Roberto Seiji Murakami utilizados. O POL reduz o investi-
Diretora: Ingryd Esteves gratuito que possui interface ami- ção dos sistemas de comunicação Tel. 11. 3151.7040 mento inicial, o custo operacional
ingryd.esteves@intelbras.com.br gável e facilita a configuração fixa e móvel, segurança, controle TABLET MOTION R12 – Produto para murakars@nec.com.br e o tempo de ativação da rede.
www.intelbras.com.br básica dos roteadores Intelbras de acesso e automação. Como profissionais que trabalham em www.nec.com.br Utilizando Gigabit Passive Opti-
através do smartphone (Android central telefônica, oferece recursos campos suscetíveis a poeira, chuva, cal Network (GPON) e criptografia
GRAVADOR DIGITAL DE IMA- ou iOS), sem a necessidade de usar como atendimento automático com quedas ou luz direta, entre outras SOFTWARE DEFINED NETWORK AES 128 em camada 2 em todo o
GEM HÍBRIDO HDVCI 3116 – computador ou notebook. unidade de resposta audível (URA) situações-limite. Em comparação (SDN) – Substitui equipamentos segmento da rede, a solução POL
Compatível com câmeras com de vários níveis, gravação de cha- com os tablets comuns do mercado dedicados, que executam funções faz a distribuição da rede apenas
tecnologia HDCVI (do inglês High madas, conferência, bilhetagem, de mobilidade, tem telas ultrarre- de rede, por servidores comer- com splitters passivos, sem a ne-
Definition Composite Video In- bloqueio de chamada (a cobrar, sistentes a impacto, processadores ciais e software que emulam tais cessidade de ativos.
terface ou interface de vídeo ? JDSU (agora VIAVI SOLUTIONS) DDD, DDI, celular) e fidelização mais potentes, bateria com maior funções. É a transformação de
composto em alta definição), Gerente de Canais: de operadoras. vida útil, “capa” resistente a que- hardware dedicado em hardware ? PETCOM
analógicas e IP, possibilita que Ricardo Raineri das, o que elimina a preocupação comercial e software. Utilizan- Coordenador Comercial:
o cliente continue usando toda Tel. 11. 5503.3817 ? LEUCOTRON de que o equipamento não suporte do servidores comerciais e soft- Marcelo Brito
a sua rede analógica instalada ricardo.raineri@viavisolutions.com Diretor: Marcos Goulart o ambiente em obras no campo e ware de interfaces padronizadas, Tel. 35. 3473.3950
e obtenha imagem digital de www.viavisolutions.com Tel. 35. 3471.9500 na cidade. o produto simplifica a necessida- marcelo.brito@petcom.com.br
suas câmeras. A solução Intel- marcos@leucotron.com.br de de sobressalentes e técnicos www.petcom.com.br
bras HDCVI traz qualidade, me- PROBES CENTRALIZADAS ETHERNET www.leucotron.com.br/ligbarato/ ? NAPATECH dedicados, aumentando assim a
lhor imagem e resolução com – Microprobes QT600 e JMEP para Diretor de Desenvolvimento de flexibilidade e a escalabilidade CABO ÓPTICO FITANTENA – Facilita
baixo investimento, porque o medições de desempenho e mo- LIGBARATO – Aplicativo para re- Negócios: Wagner C. Amoros da solução. a interligação óptica entre o topo
cliente continua usando toda a nitoramento. Permitem ativações dução na conta de celular. Pos- Tels. 11. 2127.0782 / 98783.7020 da torre e os equipamentos em
sua rede instalada, adequando de circuito em múltiplos usuários sibilita consulta fácil a números wca@napatech.com ? NOKIA NETWORKS sua base, com dispositivos que
somente o gravador e incluindo, e monitoramento 24/7 medindo portados. Oferece a possibilidade www.napatech.com./pt-br Diretor para a América Latina: auxiliam e protegem os conecto-
se desejar, câmeras IP e HDCVI. os principais KPI (latência, perda de consultar o comportamento de Dimitri Diliani res no momento do içamento do
A nova tecnologia utiliza modu- de pacotes, jitter). Também permi- ligações e verificar as operadoras ACELERADOR NT100E3-1-PTP – Tel. 11. 4833.9300 cabo. Com a chegada do 3G, 4G e
lação diferente para transmissão tem monitorar qualquer elemento mais utilizadas em um período Para aceleração de aplicações e dimitri.diliani@nokia.com outras tecnologias sem fio, surgiu
da imagem, além de ser menos Ethernet, através de protocolos específico. captura e análise de pacotes de www.nokia.com a necessidade de cabos ópticos
suscetível a interferências ele- como OAM e TWAMP, além de dados Ethernet LAN a 100 Gbps para interligação dos equipamen-
tromagnéticas. Oferece, ainda, microprobes SFP. ? MD BRASIL TELECOMUNICAÇÕES para todos os tamanhos de fra- NOKIA RÁDIO CLOUD – Possibilita tos indoor e outdoor.
mais alcance de transmissão e a VIRTUAL TRUESPEED – Permite Diretora Administrativa: me. Oferece recursos inteligentes que as estações de rádio sejam DIO PARA SPLITTERS – Facilita a
integração dos sistemas de áudio verificar problemas da rede em Daniela Moreira Maia para identificação, filtragem e mais compactas, com um impacto montagem e manutenção das re-
e controle PTZ, trafegando atra- tempo real e ativar circuitos de Tels: 17. 3344.7277 / 99106.6506 distribuição de fluxo para até 32 visual menor e menor consumo, des FITx. Possibilita a alteração
vés de um único cabo de vídeo. modo centralizado, com base em contato@mdbrasil.com.br núcleos de CPU. Acelera o desem- além de permitir a introdução de da configuração da rede óptica
REPETIDOR DE SINAL WIRELESS TCP no padrão RFC 6349. Ser- www.mdbrasil.com.br penho de aplicações sem onerar 5G. A inovação minimiza o impacto através de splitters que podem ser
NPLUG – É um roteador wireless ve para testar banda dentro de a carga de CPU. À medida que o dos sites, possibilita a introdução realocados, facilitando a alteração
N com fonte integrada, o que fa- provedores de serviço que não ALIMENTADOR DE ANTENAS DUPLA volume de dados e a complexidade de novas facilidades e diminui o do número de divisões na rede.
cilita sua instalação. Sua principal possuem ferramentas locais para POLARIZAÇÃO – A isolação extra crescem, o desempenho dos apli- consumo de energia (ver reporta-
medir problemas. alta deste alimentador de antena cativos precisa estar à frente da gem à pág. 86).
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guia de empresas
Fornecedores
Fornecedores móveis, bancos e outras instituições
financeiras prestem serviços finan-
glês software as a service, software
como serviço), reconhece padrões
realizado via portal e por meio da
conta corrente do cliente. O sis-
de
desoftware
software e serviços
ceiros através de smartphones. de consumo integrado a outros ser- tema de aprovação é totalmente
frequência e protocolo no mesmo smartphones/tablets. O TBR é a VAGALUME – É o primeiro rote- Colab foi eleito o melhor aplicativo venda. Aumenta a exposição dos
Access Point. única solução de transferência de ador nacional a implementar o urbano do mundo e, recentemente, produtos nas gôndolas, diminui as
AVAYA CONTACT CENTER SELECT dados multiplataformas disponí- protocolo padrão do WiFi Mesh um dos cinco melhores aplicativos rupturas e os produtos com datas
(ACCS) – Software que coloca à vel no mercado. (802.11s, do IEEE). Propaga o sinal de governo e participação. de vencimento próximas, acom- ? EMC
disposição das pequenas e médias DIAGNOSTICS TIPO – Faz o mais WiFi sem necessidade de cabe- panha as ações da concorrência Diretora: Karin Breitman
empresas (PMEs) tecnologias dispo- completo conjunto de testes amento, até distâncias maiores ? CPqD em tempo real através de dados Tel. 21. 3616.4101
níveis antes apenas para grandes do mercado para baterias, um que as vencidas pelos roteadores Coordenadora de Marketing de e possibilita ter nas mãos todo o karin.breitman@emc.com
corporações. A solução oferece às diagnóstico total no aparelho. tradicionais. Produto: Cristiane Midori Ogushi controle da equipe externa através www.emc.com
PMEs a possibilidade de atender Possibilita aos clientes determi- LEV LEITOR DIGITAL – Foi concebido Tel. 0800.702.2773 de fotos e monitoramento via GPS.
a seus clientes através de diver- nar quais defeitos o celular está especialmente para atender as contactcenter@cpqd.com.br Os aplicativos podem aumentar as SMART CITIES ANALYTICS – Plata-
sas mídias (voz, e-mail, web chat, apresentando, encontrando a necessidades do leitor brasileiro. www.cpqd.com.br vendas em pelo menos 5% após forma analítica como serviço para
SMS, fax) com funcionalidades solução mais correta e rápida Primeiro leitor digital feito por a sua adoção. cidades inteligentes. O usuário
desenhadas para grandes contact para o problema. e para brasileiros, é totalmente CPQD RFID – Uma inovação de final pode desenvolver aplicativos
centers, mas com a administração, BUYBACK TIPO – Processo automá- integrado à biblioteca da Saraiva viabilidade da tecnologia de ra- ? EQUINIX de software no modelo SaaS (do in-
instalação e manutenção mais tico de revenda do celular, auto- Digital, de forma que leitores ca- diofrequência por identificação Gerente de Marketing: glês software as a service, software
simples e automatizadas, deman- matiza a recompra do aparelho dastrados podem comprar e aces- (RFID) nos negócios, cria um am- Ilana Trinkenreich como serviço) com capacidade
dando menor tempo de instalação usado do cliente com três passos sar seu acervo digital a um clique biente simulado em laboratório Tel. 21. 3083.3309 para realizar big data analytics
e menor custo operacional. simples: faz testes de funcionali- de distância. O LEV possibilitou à que permite a combinação dos itrinkenreich@equinix.com (ver reportagem à pág. 90).
dade e detecta o modelo, marca Saraiva, maior rede de livrarias componentes da solução – tag, www.equinix.com.br
? BLUE COAT e qualquer problema que possa do país e com o maior conteúdo leitor, produto e sistema integra- ? EQS ENGENHARIA
Gerente para o Brasil: bloquear a recompra do celular; digital em português, ingressar de do. É uma plataforma de gestão EQUINIX CLOUD EXCHANGE – Inova- Diretor Comercial:
J. Marcos Oliveira usa as informações detectadas forma mais controlada no setor de que controla a movimentação de ção que dá aos clientes Equinix não Elói José Figueiredo Neto
Tel. 11. 3443.6879 / 98689.9250 para encontrar um comprador em eletrônicos de consumo e expandir itens, permitindo seu monitora- só a opção de escolher entre vários Tel. 48. 3281.8333
marcos.oliveira@bluecoat.com tempo real e apresenta uma co- seus pontos de venda. mento em tempo real. O software provedores de nuvem, como tam- comercial@eqsengenharia.com.br
www.bluecoat.com tação que, se aceita, gera um cré- tenta resolver questões de baixa bém uma opção de conectividade www.eqsengenharia.com.br
dito para ser usado em uma nova ? COLAB.RE produtividade na realização de privada ao ambiente virtual com
PRODUTOS DE SEGURANÇA ANA- compra; apaga completamente Diretor: Gustavo Maia tarefas de inventário e descon- alto desempenho, segurança e a SISTEMA MOBILE DE GESTÃO OPE-
LÍTICA E ANÁLISE FORENSE – todos os dados do celular usado, Tel. 11. 5051.1810 trole na linha de produção em custo competitivo. Tenta, também, RACIONAL – Possibilita a gestão
Funcionalidade de monitoramento garantindo total privacidade. gustavo@colab.re fábricas, na gestão de estoque resolver a questão dos gargalos de contratos operacionais no site
em tempo real antes, durante e www.colab.re e no processo de expedição e associados à nuvem tradicional por em vários segmentos, utilizando
após o comprometimento de um ? CESAR recebimento de itens. internet pública e às complicações plataforma com o aplicativo Mo-
ataque avançado (ver reportagem Executivo-chefe de Negócios: PONTE CIDADANIA/PODER PÚBLI- para configurar uma VPN segura. bile, com interação online entre
à pág. 94). Eduardo Campello Peixoto CO – A rede social tem o objetivo ? DATALAB MOBILITY A Equinix já hospeda mais de 450 os dispositivos móveis e a web.
Tel. 81. 3425.4568 de estabelecer uma ponte entre o Diretor Geral: provedores de serviços de nuvem. Proporciona programação de ati-
negocios@cesar.org.br cidadão e o poder público, além Francisco Diniz César Filho CLOUD PRIVADO – Possibilita ao vidades corretivas, preventivas e
www.cesar.org.br de conectar várias empresas que Tel. 65. 3653.0050 cliente a contratação de pacotes emergenciais, interagindo em tem-
trabalham na prestação de serviços comercial@datalabmobility.com.br de recursos computacionais (CPU, po real com as equipes de campo,
? CELLEBRITE MONITOR DE IRRIGAÇÃO (MI) – públicos. Pelo lado do cidadão, www.datalabmobility.com.br RAM, disco) dedicados e exclusivos, trazendo uma otimização da mão
Vice-presidente: Marcelo Comité Serviço de monitoramento de funciona como uma rede social com integração à plataforma de de obra que executa e fiscaliza.
Tel. 11. 5505.3803 pivô central, inova por ser o único disponível em aplicativos Android, PDVCONTROL – Suíte de aplicati- nuvem Microsoft Azure. Traz, ainda, uma padronização dos
priscila.alcantara@cellebrite.com no mercado brasileiro de baixo iOS e página na web. Pelo lado do vos e serviços destinada a gestão, CLOUD PROTEGIDO – Permite que relatórios. Com a implantação da
www.cellebrite.com custo e adaptado às dificuldades poder público, conecta prefeituras controle e execução de atividades máquinas virtuais sejam replica- plataforma web que opera com
de comunicação e infraestrutura (5.560 no país), governos estaduais para a área de trade marketing, das de um data center para outro qualquer navegador, bem como
TBR (Transferência, Backup e Res- elétrica encontradas no ambiente (27), governo federal e prestadores principalmente nos setores de data center Equinix, diminuindo o com os dispositivos móveis ins-
tauração) – O TBR Cellebrite ofe- rural. Além de ser um modelo de de serviços públicos para atendi- distribuição de alimentos, bebidas RTO em caso de desastre. O Cloud talados nos celulares (Android),
rece uma solução completa de negócios baseado na assinatura mento à população e consultas. e higiene pessoal. O produto alia Protegido permite que a infraes- o Sistema possibilita total gestão
transferência de dados multipla- de serviço, inovador para o agro- Em lugar nenhum do mundo uma a gestão de trade marketing com trutura virtual do cliente seja re- das atividades, rastreando via
taforma, backup e restauração do negócio brasileiro (ver reporta- única plataforma consegue conec- a mobilidade que os smartphones plicada entre data centers Equinix, GPS/dados os dispositivos móveis,
aparelho do cliente. Supre a falta gem à pág. 92). tar prefeituras, governos estaduais e tablets possibilitam aos executo- garantindo que a reativação dos o que otimiza os despachos e a
de uma solução para suportar e federal, além de empresas de res no campo. O software melhora serviços ocorra em pouco tempo fiscalização e possibilita intera-
de forma adequada e confiável serviços públicos. Por isso, em cer- a exposição da marca no varejo e após registro de um desastre no ções personalizadas conforme o
a transferência e diagnóstico tificação patrocinada pela ONU, o aumenta o controle, a execução e data center de origem. cliente/atividade.
multiplataforma de dados entre a produtividade dos promotores de
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guia de empresas
? HEXAGON TELECOM e aplicar os recursos financeiros/ ? INSTALCOM ENGENHARIA ? INTERAGENTES telecomunicações CFTV, SEI, SISP suporte, configuração, gestão e
Presidente: Márcio Teruo Harada investimentos onde haja retorno, Diretor Comercial: Claudinei Mota Diretor: Antônio Arles e implantação de equipamentos logística, e diminuindo o tempo
Tel. 11. 5069.0100 são elementos fundamentais aten- Tels. 11. 4144.8355 / 98202.7206 Tel. 11. 3171.0177 de telefonia celular e DWDM mul- offline dos usuários, com menor
marcio@hexagon-telecom.com.br didos pelo SmartCells. instalcom@instalcom.com.br contato@interagentes.net tiplexadores. A Lab Telecom provê custo para o cliente. A associação
www.hexagon-telecom.com.br www.instalcom.engenharia.com.br www.interagentes.net soluções em sistemas de CFTV pela de novas tecnologias com serviços
? ÍCARO TECH aplicação de tecnologias avança- de gestão e logística possibilitaram
FLEET VIEW – Plataforma de gestão Diretor de Tecnologia: FAST SITE – Torre de 19 m sem MAPEAMENTO CARTOGRÁFICO DE das em projetos, fornecimento de à MDM Solutions apresentar uma
de frotas que gerencia as equipes Kleber Stroeh fundação ou esteios para prove- REDES ESTRATÉGICAS – A inova- materiais, instalação, manutenção oferta única, que otimiza o processo
externas através do monitoramen- Tel. 19. 3731.8300 dores de internet ou operadoras ção consiste em novas formas de corretiva e preventiva e reparo em de distribuição e reposição, uma vez
to dos veículos, proporcionando marketing@icarotech.com de telecom. É uma alternativa visualização de redes complexas, laboratório. que estoque, configuração e envio
aos clientes redução nos custos www.icarotech.com rápida à implantação de uma torre permitindo novos parâmetros para para o usuário final estão concen-
de horas extras e de combustível. convencional, que pode demorar análise e facilitando relações com ? MC1 trados em um único fornecedor.
O FleetView permite controlar ADVANCED DASHBOARDS – Paineis anos para obter aprovação junto os potenciais consumidores. Com Diretor de Marketing e
idade da frota e gestão de abas- de controle para gestão de ope- aos órgãos públicos. Removível, a aplicação de algoritmos e a seg- Desenvolvimento de Negócios:
tecimento, através da leitura do rações e infraestrutura, facilita pode ser reaproveitada em uma mentação das redes complexas em João Moretti
sinal eletrônico do nível de com- a comunicação entre equipes, nova futura necessidade. grupos de interesse, é possível visua- Tels. 11. 3509.1353 / 99972.9724
bustível do tanque e quando o além de combinar informações de lizar satisfatoriamente as tendências joao.moretti@mc1.com.br
veículo está ocioso. O sistema diversas fontes num único painel. ? INSTITUTO DE DESENVOLVIMEN- que surgem a partir da observação www.mc1.com.br ? MTEL
facilita a elaboração de relatórios A tecnologia permite interações TO TECNOLÓGICO de determinado conjunto de dados Vice-presidente: José Carlos Scheidt
gerenciais da frota, alertando para e acesso instantâneo por qual- Diretor: Alexandre Loureiro nas redes sociais. WIN THE MARKET – Solução de Tel. 11. 4134.8000
condições extremas. quer dispositivo. Permite, ainda, Tel. 61. 2102.0813 mobilidade focada nos processos jose.scheidt@mtel.com.br
a rápida detecção de problemas, alexandre.loureiro@indt.org ? ION TV de vendas e serviços em campo, www.mtel.tecnologia.com.br
promovendo redução de inciden- www.indt.org Diretor: Alexandre Brito automação da força de vendas,
HIGH TECH COMMUNICATIONS tes críticos e atuação preventiva Tel. 11. 3172.5326 gestão de equipe de merchan- REDE DE ÚLTIMA MILHA – Está
para disponibilidade da rede e PLATAFORMA DE IDENTIFICAÇÃO karen.banar@iontv.com.br dising, de ordens de serviços, de instalada em 64 cidades de 24
? HTCOM ações de reparo. DE CELULARES FALSIFICADOS – www.iontv.com.br equipes de campo, etc. Propor- estados. Proporciona comunicação
CEO: Neimar Medeiros Identifica o uso de celulares falsi- ciona integração com os maiores de banda larga com utilização de
Tels. 11. 3668.6361 / 99146.0282 ? INATEL ficados durante o procedimento de TV POR ASSINATURA PARA PROVE- ERPs e CRMs do mercado, através tecnologia de radiofrequência de
service@htcom.com.br Gerente de Desenvolvimento de registro. Nessa fase da chamada, DORES DE INTERNET – Associa a de plataforma de mobilidade alta performance como meio de
www.htcom.com.br Negócios: Leandro Guerzoni o telefone envia para a rede suas qualidade do produto com a proxi- com rápida implementação. Win transporte de dados (sem fio) pon-
Tel. 35. 3471.9307 características técnicas e estas midade que os provedores têm com The Market oferece soluções to a ponto, com disponibilização
SMART CELLS – Sistema de inteli- leandro@inatel.br são comparadas com as ofereci- seus clientes. Com o avanço das integradas com os sistemas de de circuitos dedicados e garantia
gência e suporte ao planejamento www.inatel.br/icc das pelo fabricante. A detecção grandes operadoras que oferecem backoffice (principais ERPs e de banda e transparência dos
de redes telecom. De forma au- diminui o percentual de aparelhos o tryple play, tornou-se vital para CRMs do mercado), com disponi- protocolos e dados trafegados.
tomatizada, coleta e transforma SERVIÇO DE P&D DE SISTEMAS falsificados, roubados ou não ho- os provedores de internet agregar bilidade online e offline, levando Reduz os custos de comunicação,
dados públicos das mais diversas EM GERAL – O Inatel desenvolve mologados. No Brasil, o volume de valor aos produtos oferecidos hoje as regras e processos de negócios agrega agilidade e obtém melhor
fontes em informações de alto va- soluções inovativas sob medida telefones celulares falsificados é e a iON TV surgiu para a tender esse para o campo. tempo de resposta para operado-
lor agregado para o mercado de te- para o mercado. O instituto presta relevante. A maioria não atende nicho. Oferece aos provedores de ras e clientes, tantos corporativos
lecomunicações, beneficiando toda serviços de P&D e decida-se a aos padrões dos orgãos certifica- internet uma opção para formação ? MDM SOLUTIONS quanto pessoas físicas. Possibilita
a cadeia de valor – operadoras, projetos sob encomenda para dores, com impacto na cobertura dos combos, de modo a melhorar a Diretor Executivo: Marco Boemeke descongestionamento das antenas
fornecedores de infraestrutura, de a indústria e empresas de ser- das redes celulares, além do risco competitividade em suas regiões. Tel. 11. 2533.4710 celulares, direcionando a comu-
equipamentos, de serviços, agên- viços, em particular na área de imposto aos usuários. Pode gravar até quatro canais ao comercial@mdmsolutions.com.br nicação de dados para uma rede
cias reguladoras e empresas de telecomunicações. Seus projetos mesmo tempo, com canais HD em www.mdmsolutions.com.br paralela de radiofrequência.
marketing e publicidade. Em fun- encontram-se sempre no estado todos os pacotes. PLATAFORMA EM NUVEM PARA
ção do crescimento acelerado da da arte da tecnologia e são sem- MOBILITY AS A SERVICE (MaaS)– IPTV – Acrescenta interatividade
demanda de acesso e tráfego nos pre inovadores. ? LAB TELECOM Serviço de gestão de mobilidade e comunicação bidirecional, per-
próximos anos, haverá necessidade Diretor: Antônio Hélio corporativa, oferece desde a confi- mitindo ao espectador acessar os
de adensamento de novos sites. Tel. 41. 3371.3600 guração e envio dos aparelhos (com conteúdos em diversos dispositi-
Fazer um bom planejamento de labtelecom@labtelecom.com.br aplicativos, políticas e restrições do vos através de uma rede IP. Propor-
rede, atender as necessidades dos www.labtelecom.com.br cliente) até a operação total da fer- ciona às operadoras e provedores
usuários em termos de qualidade ramenta de gestão da mobilidade. de internet uma solução completa
REPARO DE EQUIPAMENTOS ELE- Tenta reduzir a complexidade dos para comercialização de pacotes
TROELETRÔNICOS – Implantação e projetos de mobilidade, assumindo de conteúdo de TV.
manutenção de equipamentos de
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guia de empresas
? VISENT
Presidente: Ricardo Nascimento
Tels. 61. 3031.2400 / 99663.1633
EASYVIEW REGULATÓRIO – Para
levantamento e análise de indica-
dores da Anatel. A agência define
? VULCANET
Diretor de Desenvolvimento
Comercial: Alcides Cremonezi
Desenvolvedores
guto@visent.com.br
www.visent.com.br
o RGQ, um conjunto de indicadores
para cada um dos tipos de servi-
ços SMP, SCM e SFTC, baseados
Tels. 19. 2121.1147 / 4063.0488
alcides@vulcanet.com.br
www.vulcanet.com.br
de apps e conteúdo
CDRVIEW OTT (Charging Data Re- no tratamento 100% dos CDR. A
cord) – Software de gerenciamento solução acompanha a evolução PLATAFORMA DE COMUNICAÇÕES Um dos segmentos com grande potencial para crescimento no mercado, o setor
de uso e qualidade de OTT (do e os ofensores dos indicadores UNIFICADAS PARA CIDADES DIGI- de aplicativos e conteúdo se transforma num novo serviço, para facilitar o dia a dia
inglês over the top content ou do RGQ da Anatel para o SMP, TAIS – Plataforma de telefonia de
conteúdo por cima da rede) sobre SCM e SFTC baseados em CDR, nova geração para aplicações de
das pessoas e das empresas. Os apps permeiam o entretenimento, a segurança na
a rede 4G. Analisa as condições de ao nível de empresa, município e médio/grande porte, capaz de ge- comunicação móvel, a educação e ajudam até na força de vendas.
utilização e o impacto de serviços unidade da federação, permitindo renciar todo o fluxo de chamadas
OTT – Skype, Facebook, Viber, o levantamento, cálculo, consoli- telefônicas de todos os pontos pú-
WhatsApp, Netflix e outros – sobre dação, análise e formatação dos blicos de um município. As cidades
a capacidade e a qualidade do indicadores para envio à agência, brasileiras estão ganhando rede
4G a partir do tratamento online sem intervenção humana. de alta velocidade, conectando ? BEMOBI comparação de preços e horários ? ILHASOFT
e em near real time, de 100% dos todos os pontos de presença da Diretor: Pedro Ripper de 44 empresas de viação – que- CEO: Leandro Neves
e-CDR (do inglês evolution Char- ? VISUALCUE gestão pública através de rede de Tel. 21. 98823.7843 rem mudar essa cultura do públi- Tel. 82. 3022.5978
ging Data Record, evolução do Diretor: Victor Cosme fibra óptica. A Plataforma Conver- pedro.ripper@bemobi.com.br co, em sua maioria classes C e D, contato@ilhasoft.com.br
registro de dados de cobrança) Tel. 11. 5052.2500 ja adiciona serviços a essa rede, www.bemobi.com.br para que perca o medo e adote www.ilhasoft.com.br
gerados. Análises se estendem victor.cosme@visualcue.com com a instalação de um PABX de o hábito de comprar passagens
aos níveis de conexão, sessão, www.visualcue.com última geração, com ferramentas APPSCLUB – Aplicativos para rodoviárias de uma forma mais TESTE OPERADORA – Analisa o con-
serviço, operadora, célula, setor e de BI para o gestor público. Android por uma assinatura to- prática e conveniente. sumo de voz por operadora (fixa,
assinante. A plataforma CDRView VISUALCUE SOFTWARE DE BI – talmente acessível aos usuários DDD, DDI e celular) e separa os
é a líder no Brasil para tratamento Voltado para a transformação ? ZIELTEC TELECOM emergentes de smartphones, para dados por aplicativo e por quali-
de registros de usos para gerencia- de grandes massas de dados em Diretor Técnico: Sérgio Begliomini que tenham acesso ilimitado a dade da operadora (2G, 3G e 4G)
mento, tendo sido adotada por 9 ícones identificados com o DNA Tels. 11. 3682.2200 / 97100.5592 aplicativos Premium. A solução é de acordo com os locais onde o
das 10 maiores operadoras do país. da empresa. Flexível e escalável, sergio@zieltec.com inovadora, também, para as opera- usuário utiliza o aplicativo. De-
CDRVIEW IOT – Software de geren- ele permite aos gestores rápida www.zieltectele.com doras, reinserindo-as como players ? COBLI pois da análise, por meio de um
ciamento da comunicação M2M decisão em completa visualização relevantes na cadeia de valor de CEO: Parker Treacy algoritmo, sugere o plano melhor
(do inglês machine to machine, das várias unidades de negócio. O SERVIÇO DE INFORMATIZAÇÃO DE aplicativos e dos desenvolvedores Tel. 11. 3796.9731 e mais barato. O Teste Operadora
máquina a máquina) na perspecti- VisualCue ataca a grande gama DADOS DE CARACTERIZAÇÃO DE desse segmento de mercado (ver parker@cobli.co traça um perfil técnico do usuário,
va IoT (do inglês Internet of Things de informações existentes, cen- FIBRAS ÓPTICAS – Informatiza os reportagem à pág. 96). www.cobli.com consumo e qualidade para conside-
ou internet das coisas). Analisa tralizando, agrupando e orga- resultados de caracterização de rar os melhores planos e a melhor
as condições de utilização e o nizando os itens que devem ser fibras ópticas obtidos em campo, ? CLICKBUS INTERAÇÃO MOTORISTA/CARRO – operadora, e ajudá-lo a comprar.
impacto de serviços M2M como tratados, possibilitando assim a aplicando-os diretamente ao re- Presidente: Cesário Martins Trata-se de uma tecnologia para KNOWBOOK – Aplicativo para An-
SIM Cards para POS, SmartGrid e gestão de todas as variáveis. O latório de análise e tornando-os Tel. 11. 97620.6010 melhorar a experiência do motoris- droid e iOS voltado para educação
outras aplicações de IoT, sobre a produto permite associar imagens online para visualização do cliente. cesario@clickbus.com.br ta com seu carro. O software sim- e distribuição de conteúdo por
capacidade e a qualidade das re- para demonstrar, sob a forma de www.clickbus.com.br plifica o cuidado das pessoas com meio de crowdsourcing e forma-
des 2G/3G por meio de tratamento ícones, dados que são importantes o carro porque possibilita agenda- ção de grupos de estudos. Atende
online e em near real time, de para o cliente. PONTO FÍSICO SEM FILA PARA RETI- mento dos serviços automotivos; à demanda brasileira de alunos
100% dos CDR gerados, permitindo RADA DE PASSAGEM DE ÕNIBUS – fornece dicas de direção segura que adquiriram o hábito de não
análises ao nível de conexão, ope- Esse quiosque virtual é o passo e econômica automaticamente; e copiar a informação passada pelos
radora, região, célula, setor e SIM que faltava para fechar o ciclo dá aviso de eventos ao motorista professores e a prática de tirar
Card (ver reportagem à pág. 102). entre a compra da passagem pela (ver reportagem à pág. 100). foto do quadro e do material escri-
internet e o embarque do passa- to, para estudar a aula por vídeo.
geiro no ônibus, sem que tenha de Com o uso do aplicativo, o usuário
enfrentar longas filas, já que não pode compartilhar um conteúdo
existem guichês de empresas de associando uma disciplina, assun-
ônibus exclusivos para isso e nem to, descrição e alguma hashtag. O
e-tickets para viagens de ônibus. conteúdo pode ser vídeo, imagens
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