Você está na página 1de 72

#18

Marketing
Digital

Guia do
Empresário
por
Centro
Tecnológico
do Calçado
de Portugal
Ficha técnica

Título
Marketing Digital - Guia do Empresário por CTCP -
Centro Tecnológico do Calçado de Portugal

Coordenação
Flora Bastos, CTCP

Projecto gráfico e paginação


André Oliveira

Textos
Justa Oliveira, Estratégia Crucial

Imagem da capa
© ipopba_iStock

Produção gráfica
ORGAL impressores

Dezembro 2016 . TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


#18

Marketing Digital

Guia do
Empresário
por
Centro
Tecnológico
do Calçado
de Portugal
2 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP
Índice

1. Introdução 04

2. Marketing Digital 06

3. Estratégias e Modelos em Ambiente Digital 14

4. Como fazer Campanhas de Marketing 26


Digital de Sucesso

5. Ações e Cronograma Eficaz 34

6. Medir 38

7. Riscos e Crise no Marketing Digital 46

Conclusão 48

Anexo - Mudanças Estratégicas da 52


Era Analógica à Era Digital

Glossário 56

Bibliografia 66

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 3


1. INTRODUÇÃO

“PRIMEIRO ESTRANHA-SE...
DEPOIS ENTRANHA-SE”...
Marketing digital: o Marketing do Novo Milénio.
"Digital transformation is not about technology - it is about
strategy and new ways of thinking”
David Rogers

Este Guia pretende ser uma ferramen- ERRADO! Isso não é desculpa para não
ta útil para o empresário que quer saber investir em marketing digital e neste guia
o que é o Marketing Digital, o porquê de entenderá porquê!
tanto frenesim em torno desta temática,
quais as vantagens que pode retirar para › Ajustamento dos negócios à era digital
o seu negócio e como tirar partido das Negócios “locais” e/ou tradicionais têm que
mesmas. Esperamos que depois de ler focar-se no cenário online, onde as audiên-
este guia já não restem dúvidas: este é o cias e potenciais clientes estão. Não acredi-
Marketing do Novo Milénio. ta? Ao ler este Guia irá entender de forma
simples toda esta “reviravolta digital”.
É o momento de aceitar a mudança: Rea-
tivo foi substituído por Proativo, Passivo › A Gestão em Tempo Real
por Ativo, Local por Global… Estamos O que está a acontecer aos nossos clientes
num Mundo com pressa de Viver… Meto- e aos negócios tal como os conhecíamos?
dologias antigas já não se adequam aos Tudo parece acontecer “à velocidade da luz”,
novos padrões, estratégias estão a ser e está a deixar-nos “sem tempo de reação”.
redesenhadas de acordo com as novas
tecnologias e novos hábitos digitais dos › Era Pós – Digital
consumidores evoluem mais rapidamente O mundo digital está a “virar-nos a to-
do que as das marcas. dos do avesso”… “E se o avesso for o seu
melhor lado?”
Marketing Digital é algo que qualquer em-
presa tem que ter em consideração atual-
mente, uma vez que está tão entranhado
no dia-a-dia dos consumidores que
têm acesso a qualquer informação,
a qualquer hora, em qualquer SOCIAL
Redes sociais, para além de conteúdos MOBILE
lugar e instintivamente já nem
escritos, são usadas para atrair Aumento
dão conta disso. É imperati- Visitantes e gerar leads exponencial
através de vídeos,
vo as empresas e as marcas fotografias, etc.
do recurso a
dispositivos
adaptarem as suas rotinas e móveis.
hábitos a este novo ciclo de Marketing
tendências, que vieram para fi- Digital
car,… É a “revolução” no mundo
dos negócios.

› Importância do Investimento em
marketing digital LIVE STREAMING
Se estiver neste momento a pensar ou Atualmente usado como
a dizer: “O MEU NEGÓCIO NÃO É ON- gerador de uma aproximação e,
por consequência, captação de
-LINE”. A nossa resposta imediata é: Está interesse em tempo real.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 5


2. MARKETING DIGITAL
O MARKETING DIGITAL ESTÁ A
“VIRAR-NOS A TODOS DO AVESSO”…
“E se o avesso for o seu melhor lado?”
2.1 Breve descrição de marketing digital

O marketing continua, e sempre continua- As redes socais são uma fonte cada vez
rá a basear-se em três pilares: foco no maior de entretenimento, notícias, com-
cliente, entrega de valor e a satisfação pras e interação social, e os consumidores
e encantamento do cliente como re- estão agora expostos não apenas ao que
sultado. Por sua vez, o marketing digital a sua empresa diz acerca da sua marca,
recorre a estes conceitos e aprimora-os, mas também ao que os media, amigos, co-
uma vez que a relação das empresas com nhecidos, familiares, colegas, etc., dizem.
os clientes mudou drasticamente com a Não tenha dúvidas: o público em geral vai
popularização da internet. provavelmente acreditar mais neles que
em si. As pessoas querem marcas em que
Para muitos, o Marketing Digital é consi- possam confiar, empresas que as conhe-
derado o essencial elemento difusor entre çam, comunicações que sejam personali-
clientes e empresas. Em termos simplis- zadas e relevantes, ofertas feitas à medi-
tas, Marketing Digital é a promoção de da das suas necessidades e preferências.
produtos ou marcas via uma ou mais
formas de dispositivos eletrónicos. É Até negócios locais ou tradicionais têm
um sinal dos tempos, no qual a tecnologia, que focar-se no cenário online, pois é lá
as novas formas de relacionamento nos que estão as suas audiências. O Market-
negócios e as Redes Sociais não são uma ing Digital já está enraizado nas rotinas
moda passageira. Marketing Digital é um do dia-a-dia, os consumidores têm acesso
denominador comum de um mundo em “as 24 horas de um dia / os 7dias da sema-
constante movimento e constantemente à na” a qualquer informação e em qualquer
procura de novas formas de negócio. lugar que necessitem. Com o expressivo
crescimento do uso da internet, dos mo-
Já lá vão os dias em que as mensagens tores de busca e das redes sociais, o Mar-
que recebíamos sobre os produtos e/ou keting Digital deixou de ser, desde há al-
serviços vinham das próprias empresas, gum tempo, ter uma página na internet ou
e de forma estrategicamente pensada e fazer meros anúncios com banners. É im-
consistente os seus clientes e público- perativo as empresas e as marcas adapta-
-alvo apenas tinham acesso à informação rem as suas rotinas e hábitos a este novo
que estas decidiam que deveriam ter. Uma ciclo de tendências, que veio para ficar... É
nova forma “de pensar/fazer negócios” a “revolução” no mundo dos negócios.
nacional e internacionalmente tornou-se
imperativa. O novo conceito de interação Marketing digital não é apenas um espa-
com o público-alvo traduz-se na oferta de ço de mercado virtual, onde as empre-
um produto/solução/serviço através de sas podem estar mais ligadas com os
um canal mais abrangente, mais barato, seus clientes, criando uma relação de
mais eficaz, mais mensurável e monitori- interatividade. Permite igualmente uma
zável, acompanhando a atual e inovadora relação individual e personalizada com o
revolução tecnológica e as tendências so- consumidor e representa um baixo inves-
cioculturais e económicas. timento em comparação com os meios de

8 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


divulgação tradicionais. É a estratégia de do uma estratégia conectada colaborativa
marketing aplicada na internet e platafor- que procura envolver empresa, clientes,
mas digitais, visando a melhoria da comu- fornecedores, etc., para desenvolver ou
nicação, divulgação e relacionamento nas solucionar algo. Cocriação é válido não só
redes sociais, além de servir de agente de para B2C mas também B2B. Neste cenário
prospeção para novos clientes e comer- digital é necessário dar algum destaque e
cializar novos produtos. compreender a importância de desenvol-
ver uma estratégia de marketing de cocria-
Uma das grandes vantagens do digital é, ção, para encontrar novas ideias/conceitos
também, permitir a cocriação de valor. e transformá-los num produto e/ou servi-
Podemos entender o conceito, como sen- ço, com o objetivo de o comercializar.

ANÁLISE SEO
METAS PALAVRAS-CHAVE
MÉTRICAS RANKING
DESEMPENHO CONCORRENTES
ROI OPTMIZAÇÃO

SITE
HOTSITE
REDESIGN
CONTEÚDO LANDING PAGES
ARTIGOS ANALYTICS
IMAGENS TESTE A/B
EBOOKS
WEBINARS
MARKETING
INFOGRÁFICOS DIGITAL
PUBLICIDADE
GOOGLE ADWORDS
FACEBOOK ADS
LEADS LINKEDIN ADS
CONVERSÃO
CAMPANHAS
NUTRIÇÃO
INSTAGRAM ADS
FUNIL DE VENDAS
DISPLAY ADVERTISING
CRM
YOUTUBE ADS
TWITER ADS

EMAIL MARKETING SOCIAL MEDIA


MAILING FACEBOOK
PROMOÇÕES GOOGLE+
SEGMENTAÇÃO INSTAGRAM
DESIGN LINKEDIN
BDADOS PINTEREST
PERMISSION MARKETING SNAPCHAT
REPUTAÇÃO TUMBLR
SPAM CORE TWITTER
VINE
WHATSAPP
YOUTUBE

RESUMO DOS COMPONENTES DE MARKETING DIGITAL

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 9


2.2 A evolução do marketing

Temos assistido ao longo dos anos a uma › Marketing 3.0: Tecnologia da Nova Era
evolução do comportamento do consumi- E finalmente chegamos a um estádio onde
dor. Esta evolução obrigou as empresas a é preciso reconhecer que o consumidor é
adequar as suas estratégias de marketing mais do que um simples comprador, tem
em busca de soluções que convergissem preocupações coletivas e ambientais e
numa linguagem correta, ajustada a esta aspira a uma sociedade melhor. Assim,
mesma evolução. É fundamental com- as empresas ganham uma consciência
preender todas as fases do marketing social, abraçando causas em defesa da
para então relacionar as diferenças desse sustentabilidade. O consumismo já não
novo modo de pensar as estratégias: é mais dominante. O marketing deixa de
tratar os consumidores apenas como
› Marketing 1.0: Revolução Industrial consumidores, e sim como pessoas que
O objetivo é vender produtos para os com- procuram muito mais do que carros. Que-
pradores que têm necessidades “padroni- rem viver experiências que proporcio-
zadas”. As transações são de uma marca nem sensações novas e causem menos
para muitos e o objetivo é simplesmente poluição ao planeta. Estamos na “Era do
satisfazer necessidades funcionais do Valor”. Consumidores mais conscientes,
mercado. A chamada “Era dos produtos”, marketing focado no ser humano. Há que
onde o foco estava no desenvolvimento de trabalhar missão, valores, visão e pensar
produtos funcionais e na sua massifica- no consumidor em termos emocionais, fí-
ção. Os primeiros carros fabricados pela sicos e espirituais. A comunicação é cola-
Ford representam bem essa época, pois borativa, de muitos para muitos.
como dizia o seu fundador Henry Ford: “O
cliente pode ter o carro na cor que quiser,
contanto que seja preto”.
4.0
Em fase de Desenvolvimento.

› Marketing 2.0: Tecnologia da Informação


Era do Valor, os consumidores
O objetivo é reter e satisfazer os clientes, 3.0 estão muito mais conscientes, e
o marketing está focado no ser
pois o foco está no consumidor. O concei- humano.

to chave é relacionar o funcional com o “Era do consumidor”, as empresas


2.0 passam a ter uma preocupação
emocional, diferenciar marca/produto e maior em conhecer e satisfazer o
consumidor.
comunicar de um para um. As empresas
“Era dos produtos”, o foco está
passam a ter uma preocupação central 1.0 no desenvolvimento de produtos
funcionais e na sua massificação.
em conhecer e satisfazer o consumidor.
Por meio da segmentação dos mercados,
as linhas de produtos diversificam-se, e
torna-se possível escolher outros mode- Uma breve referência ao livro Marketing 4.0, de
autoria de Philip Kotler em parceria com Hermawan
los de carros, com outras cores e funções.
Kartajaya, Iwan Setiawan, recentemente lançado.
É a “Era do consumidor”.

10 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


2.3 Blended Maketing, estratégia integrada entre inbound e
outbound marketing

O inbound marketing funciona como uma No entanto não abandone o Outbound


estratégia de mercado, focado na capta- Marketing.
ção dos leads, aumento de vendas e ou-
tros objetivos dos negócios. A estratégia O Outbound Marketing, atualmente, ain-
planeada de inbound marketing integra- da é capaz de gerar bons resultados se
-se com as ações outbound marketing da soubermos exatamente quando e como
empresa, equivalendo-se a duas formas usá-lo. O ideal é integrar as duas estraté-
distintas, mas complementares, de se gias no seu planeamento de comunicação.
chegar ao público-alvo. Quanto mais integrada a estratégia esti-
ver, melhor será o seu resultado.
O Outbound é mais utilizado no marketing
tradicional e utiliza a interrupção para se Existem dados estatísticos que provam
comunicar com o seu público. É a mensa- que os profissionais de marketing ainda
gem imposta no meio da revista que vai investem muito mais em Outbound do que
ler, o intervalo comercial da TV e até um em Inbound. Normalmente 70% da verba
anúncio avulso no meio do post do seu blog de comunicação vai para Outbound e 30%
preferido. Não existiu necessariamente para Inbound. Há que rebalancear estas
qualquer solicitação sua para ver aquele duas estratégias.
anúncio e muitas das vezes ele nem foi
criado para si. Mas está ali a gritar pela sua
atenção. Hoje, o Outbound Marketing per-
deu muito da sua eficácia: o consumidor
está mais seletivo e não aceita interrup-
ções, pode gravar um programa de TV e
“saltar” todos os spots publicitários, quase
não lê materiais impressos e com um cli-
que pode deixar de seguir as marcas que
forem demasiado invasivas. Exige conteú-
dos de qualidade, sem interrupções e toma
decisões de compra, solicitando marcas
abertas ao diálogo e ao respeito.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 11


2.4 Vantagens do Marketing Digital

O marketing digital é um difusor para a ampliação da relação entre organizações e clientes.


Assim sendo passamos a descrever as vantagens de investir em marketing digital.

› ALCANCE GLOBAL | O reconhecimento › NOTORIEDADE E RECONHECIMENTO


de que já não é possível estar longe do meio DA MARCA | Canais de comunicação efi-
digital, já que não existem distâncias a se- cientes com os seus consumidores. Desta
rem percorridas nem limites geográficos. forma, a resolução de problemas torna-se
muito mais eficaz, a marca que gera uma
boa reputação fideliza os seus clientes.

12 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


› EFICIÊNCIA DE CUSTOS | É uma for- › MELHOR GESTÃO DOS RECURSOS HU-
ma mais económica para promover uma MANOS | O mundo digital veio trazer às
marca comparativamente com o marke- empresas a possibilidade de optarem por
ting tradicional, permitindo receber o estruturas mais “lean”, permitindo redu-
retorno do seu investimento num curto zir encargos com pessoal.
período de tempo.
› INSTRUMENTO EFICIENTE DE ESCOA-
› SEGMENTAÇÃO | Relacionada com pro- MENTO DE STOCKS | Permite de forma
cessos de pesquisa e agregação de uma simples e inteligente criar novos canais de
enorme quantidade de dados sobre o seu distribuição e oportunidades de venda de
negócio e respetivos consumidores, pos- produtos que num ambiente offline para
sibilita que as empresas façam inves- serem escoados implicariam custos bem
timentos de marketing extremamente mais elevados.
direcionados para o seu público-alvo. A
eficácia das campanhas aumenta consi- › MAIOR VANTAGEM COMPETITIVA |
deravelmente e o investimento em mar- Empresas que utilizam de forma eficaz o
keting traz maior retorno e resultados. marketing digital estão um passo à fren-
te dos seus concorrentes independente-
› MÉTRICAS | Permitem o acesso a dados mente da respetiva dimensão.
sobre os consumidores, conduzindo a
economias de tempo e dinheiro. Desta › TEMPO REAL | Pode observar/pesqui-
forma, evita-se que uma campanha seja sar/medir no imediato. É possível corri-
criada com base em suposições, e asse- gir ações que não geram o retorno de-
gura-se que a mensagem comunicada sejado. E tudo é medido em tempo real,
esteja de acordo com o público, reduzin- sem ter de esperar por maus resultados
do a taxa de erros em campanhas que ou correr riscos irreversíveis.
não funcionam.
› INOVAÇÃO / COCRIAÇÃO DE VALOR |
› ORIENTAÇÃO E PERFORMANCE DO A cocriação permite inovar, com rapidez
MARKETING | É uma forma mais eficaz e a baixos custos. Cocriar significa estar
de promover uma marca permitindo ob- aberto para novas perceções, e, princi-
ter um retorno superior (ROI) e alcan- palmente, estabelecer uma relação dire-
çar-se melhores resultados. ta com os clientes.

› GERAR OPORTUNIDADES DE NEGÓ-


CIO | O marketing digital permite que
cada empresa trabalhe o Lead gerado
de forma mais eficiente, potenciando as
vendas da empresa e evitando desperdi-
çar recursos.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 13


3. ESTRATÉGIAS E MODELOS
EM AMBIENTE DIGITAL

“UM LÍDER É ALGUÉM QUE SABE O QUE QUER


ALCANÇAR E CONSEGUE COMUNICÁ-LO.”
3.1 Modelos de negócio em ambiente digital

Todas as empresas na sua atividade têm Mas o que é o Modelo de Negócio Canvas?
pelo menos um modelo de negócio formal
ou informalmente definido. Trata-se de um instrumento de diagnósti-
co / planeamento que permite identificar
Para que a empresa possa definir uma es- e/ou desenvolver modelos de negócio
tratégia de marketing coerente com a sua novos ou já existentes. Consiste no preen-
atividade e eficaz na sua ação é necessá- chimento de um mapa visual pré-formata-
rio que esta tenha consciência de qual é o do constituído por nove blocos:
seu modelo de negócio.
1 – Segmentos de Clientes
Existe um conjunto vasto de modelos de 2 – Parceiros-Chave
negócio e, consequentemente, de técni- 3 – Proposta de Valor
cas de identificação dos mesmos, estando 4 – Atividades-Chave
atualmente em voga o modelo de Negócio 5 – Relacionamento com os Clientes
Canvas devido à sua simplicidade. 6 – Fontes de Receita
7 – Estrutura de Custos
8 – Recursos Chave
9 – Canais

Fonte: www.digitalmarketingcanvas.co

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 15


Para a utilização desta ferramenta deverá identificar a informação solicitada pelos
diversos blocos que se distribuem em 4 grandes questões: Quem, O Quê, Como,
Quanto?

Desenvolvendo de forma mais detalhada as quatro questões, a empresa conseguirá, de for-


ma mais intuitiva identificar/determinar qual o seu modelo de negócio e como se processa
a sua atividade:

16 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


3.2 Extensão da ferramenta do modelo canvas ao marketing
digital

Depois da empresa identificar o(s) seu(s) › Proposta de Valor | Qual o conjunto das
modelo(s) de negócio, consegue definir os razões mais persuasivas pelas quais as
pontos centrais em que deve incidir a sua pessoas devem reparar na sua marca e
estratégia de marketing, nomeadamente ficarem atentos ao que está a solicitar e
a de marketing digital. a oferecer?

O Modelo de Marketing Canvas tem por › Viagem | Não se trata de um Local,


objetivo simplificar o planeamento de Acesso ou Canal. Trata-se da Perspetiva
Marketing, nomeadamente o marketing das Pessoas, Interações e Experiências.
digital (com uma forte componente de De-
sign Thinking) tal como o Modelo de Ne- › Conversação | Não é apenas publicida-
gócios Canvas simplificou o pensamento de (Promover, Divulgar, Educar) como
estratégico sobre negócios. Estão ambos antigamente. Trata-se de conversação:
interconectados porque o marketing de- colaboração, conteúdo e diálogo.
verá encaixar-se perfeitamente com a es-
tratégia empresarial. › Custo | É a sua restrição de marketing.

› O consumidor | Quem é o seu cliente? › Receita | Todos os elementos acima de-


Um homem? Uma mulher? Uma organi- vem conectar-se com a Receita no curto
zação? Onde vivem? O que fazem? O que e longo prazo.
aspiram e desejam? O seu cliente tem
sentimentos, emoções, dores, neces- Da ferramenta modelo de negócio canvas,
sidades, esperanças e deve entendê-lo surge uma ferramenta ajustada ao Marketing
como sendo o elemento-chave primor- Digital seguindo os mesmos princípios de
dial quando desenvolve a sua estratégia. diagnóstico. Tal como a ferramenta Mãe
Comece a partir daí e, de seguida, esta- baseia-se em brainstorming, identificação
beleça a sua estratégia de marketing di- e criação de soluções adequadas aos clien-
gital. Mas primeiro conheça-o, fale com tes e negócios online.
ele, observe-o.

› Marca | A Sua marca é a sua única pro-


teção contra a padronização. Não é um
logotipo ou uma tag line, é o seu “guar-
da-chuva”, o foco central na construção
da sua estratégia global para todas as
ações de marketing.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 17


Os 9 blocos do canvas são agora substituídos por novos blocos:

Fonte: www.digitalmarketingcanvas.co

1 – Propostas de Valor | qual a promessa de valor proporcionado (benefícios e diferenciação)


2 – Missão | O propósito e a razão de ser da empresa
3 – Visão | Os objetivos aspiracionais a longo prazo
4 – Marca | O sinal de um benefício, racional ou emocional, para um público-alvo. Tem duas
funções: identificação e diferenciação das outras propostas de valor existentes
5 – Público-alvo | Os clientes atuais e os potenciais
6 – Mercado | O posicionamento da empresa relativamente aos seus concorrentes
7 – Aquisição | Obtenção de visitantes através de canais de dimensão escalável
8 – Ativação | A mensuração de experiencia positiva na primeira interação
9 – Referenciação | Recomendação dos utilizadores à sua rede de contactos
10 – Ganhos | Monetarização do comportamento dos utilizadores
11 – Retenção | repetição pelos utilizadores do funil de vendas (tantas vezes quanto possível)

A utilização desta nova ferramenta de diagnóstico de marketing implica necessaria-


mente que a empresa incorpore nas suas estratégias digitais fortes preocupações ao
nível da empatia junto do seu público-alvo.

18 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


3.3 Mapa da Empatia: Como Entender o que Seu Cliente
Pensa? Definir Personas.

O Mapa da Empatia é uma ferramenta O Mapa de Empatia é preenchido de forma


visual que faz parte da metodologia Bu- simples e apresenta a perspetiva do clien-
siness Model Generation – Canvas e foi te. Para ter como foco das ações o cliente,
desenvolvida para ajudar a descrever um deve-se entender como ele percebe o va-
perfil específico de cliente. Assim, pode lor gerado pelos seus produtos e serviços.
visualizar-se o modelo de negócio atra- Dessa forma, possibilita-se, de forma sim-
vés dos olhos do cliente, permitindo uma ples, analisar um consumidor e colocar-se
nova perspetiva e a descoberta de novas no seu lugar para compreender melhor o
oportunidades. seu ambiente, os seus comportamentos e
aspirações, além de se conseguir desco-
brir maneiras mais eficazes de alcançá-lo
e ter um diálogo mais apropriado com ele.

Conclusão
No final, apos ter preenchido a informação necessária ao mapa da empatia a empresa
estará pronta para iniciar um processo de geração de ideias de novos produtos, expe-
riências de consumo e ações de marketing baseados em personas que representam
toda uma carteira de clientes.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 19


3.4 Estratégias de Marketing Digital

Após a empresa ter conhecimento do seu Para que haja sucesso no processo de
modelo de negócio, do seu mercado, dos atração de mais clientes, as organiza-
seus clientes e dos seus objetivos num ções devem utilizar ações estratégicas
ambiente digital estará preparada para do marketing digital.
perceber como implementar uma políti-
ca de marketing digital, passando para
o seguinte passo: definir a estratégia de
marketing digital.

O marketing digital é composto por sete ações estratégicas (as seis primeiras es-
tão centradas no comportamento do consumidor e a sétima dedica-se à monitori-
zação das ações anteriores):

20 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


1 – Marketing de conteúdo | É uma prá- 4 – EMAIL Marketing | As empresas
tica contínua de criação de conteúdo re- adaptaram as tradicionais ações publici-
levante, visando visibilidade na internet e tárias via correio ao e-mail, que procura
uma relação estreita com o consumidor. garantir que a mensagem de fato atinja o
Uma das formas de o conseguir passa pela consumidor. Trata-se atualmente de uma
criação de sites, blogs, onde se publica estratégia muito utilizada, mas normal-
conteúdos que possam interessar a uma mente mal explorada.
audiência. Estes conteúdos geram interes-
se no público-alvo e ajudam a criar uma re- 5 – Publicidade On-line | Iniciou-se a par-
lação de confiança com os consumidores. tir de banners publicados em sites. Atual-
mente os banners ganharam animação, in-
2 – Marketing nas redes sociais | É teração, som, vídeo e outros recursos.
uma ação estratégica em que a empresa
recorre às principais redes sociais como 6 – Pesquisa On-line | O termo SEM -
ferramentas de promoção de uma marca, ‘Search Engine Marketing’, refere-se a
divulgação de produtos e/ou serviços. um conjunto de estratégias que visam
posicionar da melhor forma possível o
3 – Marketing Viral | É uma ação estra- seu ‘site’ ou ‘blog’ nos motores de busca.
tégica de marketing que procura explorar A visibilidade pode ser gerada de forma
redes sociais pré-existentes com o intuito orgânica, com técnicas de SEO (Search
de “provocar” o maior impacto junto dos Engine Optimization) ou através de ‘links’
utilizadores e assim produzir uma forte patrocinados (Search Engine Advertising).
divulgação da marca. É um processo se-
melhante a uma epidemia ou vírus conse- 7 – Monitorização | É a ação estratégica
guido através de conteúdos fortemente que integra a informação e a análise dos
impactantes. Um bom exemplo é um vídeo resultados de todas as ações estratégicas
que teve um enorme impacto e tornou- anteriores.
-se viral:o “Dove Real Beauty Sketches”.
A campanha trouxe uma importante re-
flexão sobre a forma como nos vemos e
como os outros nos veem. Este vídeo emo-
cionante ficou disponível no mínimo em 25
línguas diferentes e marcou presença em
33 canais da marca no Youtube.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 21


3.5 Metodologias do Marketing Digital

Uma das metodologias utilizadas no marketing digital é a chamada metodologia dos 8PS
que auxilia no processo de implementação das estratégias pré definidas.

Pesquisa

Precisão Planeamento

Personalização
8 Ps Produção

Propagação Publicação

Promoção

1 – Pesquisa | Pesquisar sobre o seu 2 – Planeamento | Uma estratégia de Mar-


público-alvo é essencial para saber onde keting Digital pode abranger uma grande di-
estão as melhores oportunidades de di- versidade de ações . Por exemplo, a sua es-
vulgação e que tipo de conteúdo vai gerar tratégia pode contemplar, ao mesmo tempo,
mais resultados para o seu negócio. Algu- marketing em redes sociais, meios pagos
mas ferramentas gratuitas, como o Goo- como o AdWords e estratégias de SEO. Ter
gle Analytics podem revelar tanto dados um plano de ação é essencial para que sua
demográficos e comportamento de quem estratégia de Marketing Digital tenha a coe-
visita o seu site, como que tipo de infor- rência e que consiga medir os resultados,
mações o seu público pesquisa no Google. otimizando a promoção da sua marca.

22 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


3 – Produção | As melhores estratégias 6 – Propagação | Uma das principais ca-
de Marketing Digital são as que têm uma racterísticas do Marketing Digital é a inte-
boa produção de conteúdos. Independen- ração entre organizações e consumidores.
te de que canais utilizar para promover Quando promove a sua marca online, está
a sua marca online, é essencial entregar a criar uma oportunidade de se relacionar
conteúdos que sejam úteis e relevantes com a sua audiência. O maior benefício
para o seu público-alvo. Sejam em texto, deste relacionamento é que se entregar
vídeo ou áudio, os materiais produzidos valor para os seus clientes, eles mesmos
pela sua marca irão aumentar a sua visibi- podem tornar-se num mecanismo gratuito
lidade online e entregar valor para os seus de promoção da sua marca. Portanto, crie
consumidores ou possíveis clientes. conteúdos que irão estimular a sua audiên-
cia a compartilhar e comentar sobre a sua
4 – Publicação | Uma vez que tenha con- marca.
teúdos relevantes, é preciso publicá-los
nos canais selecionados. Por exemplo: se 7 – Personalização | No ambiente da In-
produzir vídeos, publique em plataformas ternet, é possível acompanhar o compor-
como o YouTube ou Vimeo. Pode parecer tamento de cada utilizador que visita sites,
algo extremamente simples, mas a pu- blogs, redes sociais e outras plataformas. O
blicação dos conteúdos envolve mais do benefício para quem pratica Marketing Digi-
que copiar e colar um texto. Sempre que tal é a possibilidade de personalizar mensa-
for publicar algo na Internet, lembre-se gens de acordo com o perfil do seu público.
de otimizar o seu conteúdo para SEO. Isto Desta forma, podem criar-se estratégias
vai garantir que os seus conteúdos sejam diferentes para diferentes tipos de consu-
encontrados em motores de busca, como midores da sua marca, nomeadamente no
o Google, e consequentemente aumentar email marketing. Isto assegura que os seus
a visibilidade da sua marca. conteúdos serão relevantes, bem recebidos
e que estará a otimizar resultados.
5 – Promoção | Após publicar os seus
conteúdos, é necessário promovê-los para 8 – Precisão | Como mencionamos acima,
que sejam visualizados pelo maior núme- é possível medir vários comportamentos
ro de pessoas possível. Neste momento, do público-alvo na Internet. Quem ignora
é necessário utilizar as informações que este facto acaba por desperdiçar tempo
reuniu durante a fase de pesquisa para e recursos em estratégias que não são
evitar desperdiçar o seu tempo e recursos eficazes. Portanto, acompanhe os resul-
promovendo conteúdos em lugares que o tados de todas as suas ações de Market-
seu público não visita. Nunca se esqueça ing Digital para ter a certeza de que elas
de promover os seus conteúdos, caso con- geram os resultados que espera.
trário todo o trabalho será desperdiçado.
Utilize a metodologia dos 8 p’s em es-
tratégias futuras e otimizará a presen-
ça online da sua marca cada vez mais.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 23


3.6 A Importância do E-Commerce no Marketing Digital

O E-commerce foi o grande impulsionador › Melhora a comunicação com os clientes


e gerador da importância do marketing e a eficácia de campanhas publicitárias.
digital.
› Permite grande flexibilidade nos meios
Na primeira fase da revolução digital, as de pagamento: o pagamento em dinhei-
empresas pretenderam aproveitar a inter- ro, por cartão de crédito ou débito ou
net como um novo canal de distribuição e transferência - ou através de interme-
vendas. Posteriormente, a presença onli- diários novos nascidos na internet como
ne foi aproveitada como forma de promo- o Paypal ou mesmo bitcoin.
ver e divulgar, nunca deixando o e-com-
merce de ser a componente mais visível e › Permite a existência de modelos de ne-
demonstradora da importância do mundo gócios cauda longa (oferecer uma gran-
digital no mundo dos negócios. Mas tal de quantidade de produtos de nicho que
como a internet e respetivas tecnologias vendem individualmente pouco mas que
digitais, o E-commerce tem sofrido pro- no seu total geram uma receita alta evi-
fundas alterações surgindo diferentes tando custos de stock elevados)
modalidades deste tipo de negócio.

MODELOS OU TIPOS DE NEGÓCIO DE


VANTAGENS DO E-COMMERCE: E-COMMERCE:

› Expande a base de clientes num merca- › B2B (Business-to-Business) | Empre-


do mais amplo. sas que fazem negócios entre elas. O
business-to-business aplica-se à rela-
› Estende o comércio 24 horas por dia, ção entre um fabricante e distribuidor de
sete dias por semana, 365 dias por ano. um produto e, também, a relação entre
o distribuidor e o retalhista, mas NÃO
› Maior conveniência para o comprador e para a relação entre o comerciante e seu
o vendedor cliente final (consumidor).

› Cria uma vantagem competitiva pois per- › B2C (Business-to-Consumer) | Empre-


mite criar a diferenciação do cartão-de- sas que vendem ao público em geral, aos
-visita virtual da empresa em relação à consumidores diretamente.
sua concorrência.

› Reduz os custos de produção, capital e


gestão, entre outros.

24 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


› C2C (Consumer-to-Consumer) | Pla- REALIDADE AUMENTADA E O
taforma na qual os consumidores com- E-COMMERCE
pram e vendem entre si. É a forma mais
antiga de e-commerce como o conhece- Não poderíamos deixar de referir a impor-
mos. Essas plataformas emergem como tância da realidade aumentada no e-com-
uma maneira de ajudar as pessoas a ne- merce. O e-commerce, na sua essência,
gociar diretamente com outras pessoas. é a reprodução, em ambiente virtual, de
Um exemplo é a eBay um processo tipicamente físico. Desde o
seu surgimento, as lojas virtuais procu-
› B2G (Business-to-Government) | Em- ram tornar a experiência da compra onli-
presas que vendem ou oferecem os seus ne o mais próxima possível da “loja física
serviços a instituições governamentais. tradicional”. Neste contexto, a Realidade
Instituições oficiais podem entrar em con- Aumentada tem como função auxiliar o
tato com os seus fornecedores, comparar consumidor no processo de escolha do
produtos e realizar encomendas através produto, acrescentando uma vertente lú-
de um processo simples e padronizado. dica e transmitindo maior segurança no
processo de compra.
› C2B (Consumer-to-Business) | é o mo-
delo de negócios do comércio eletrónico
em que os consumidores podem vender
produtos e serviços às empresas . Este
modelo de negócio é uma completa in-
versão do modelo de negócio tradicional
(negócios ao consumidor = B2C). Pode-
mos ver o modelo C2B no trabalho em
fóruns de blogs ou internet no qual o au-
tor oferece um link para um negócio on-
line que facilita a compra de um produto
(como por exemplo, um livro na Amazon.
com, recebendo em contrapartida uma
comissão ou outro rendimento pela ven-
da patrocinada).

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 25


4. COMO FAZER CAMPANHAS DE
MARKETING DIGITAL DE SUCESSO

“SEPARAR A GEMA DA CLARA”


Construir uma campanha de marketing digital
de Sucesso - Da teoria à prática
4.1 As 10 Instruções base para dar início ao seu negócio na
Internet

“Separar a gema da clara” deverá ser o seu lema. Caso contrário demorará tempos infi-
nitos a ler artigos interessantes mas que não se adequam ao seu negócio em concreto,
ou ficará perdido em opiniões difusas de diversos autores Em primeiro lugar verifique
se cumpriu os 10 passos essenciais para começar o plano de marketing digital da sua
marca seja ela corporativa ou de produto.

10 PASSOS PARA DAR INÍCIO AO SEU NEGÓCIO NA INTERNET

ESCOLHER O IMPULSIONAR A VISIBILIDADE


ALOJAMENTO NAS REDES SOCIAIS

2 7
COMEÇAR A ESCREVER
PLANEAR OS 8 NUM BLOG
1 3 CONTEÚDOS DO SITE
6 CRIAR O SITE
ESCOLHER O 9 10
DOMÍNIO 4
DIVULGAR PUBLICIDADE
PLANEAR O SITE O SITE ONLINE
5
TESTE A/B

“.com” é a extensão universal de domínios.


Existem inúmeras outras extensões de

1 6
domínios que podem ser a melhor opção Design e desenvolvimento do site.
dependendo da estratégia e objetivo do Coloque o site online.
seu negócio.
Não registe apenas numa extensão.

Contrate um bom serviço de host e uma


Crie contas em diversas redes sociais
2 7
boa caixa para hospedar os seus emails.
adequadas à sua empresa e estratégia, tais
Espaço disponível no host, velocidade e
como, facebook, linkedin, instagram, twitter.
capacidade de acesso e o suporte técnico,
são questões a ter em conta.

3 Defina a sua audiência e crie conteúdos


relevantes para a mesma. 8 Crie proximidade com o seu público-alvo
através do que escreve.
Construa uma imagem positiva da marca.

Escolha um template.
4 Defina o número de páginas e determine a
informação a constar na homepage.
9 Divulgue em todos os materiais impressos
e partilhe na sua rede de contactos.

Teste feito com duas ou três versões

5 diferentes de uma página do site, para


avaliar qual tem o melhor desempenho com 10 Google AdWords | Facebook AdWords |
Instagram AdWords | Linkedin AdWords
a interação do público.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 27


4.2 Saiba quais os 12 passos para construir uma campanha
de marketing digital de sucesso

MARKETING DIGITAL DE SUCESSO


Saiba como pode em 12 Passos tornar o Marketing em Redes Sociais um sucesso

PESQUISAR ORGANIZAR
Pesquise e conheça a sua audiência Crie um plano de conteúdos utilizando
01 07 uma folha de excel

DIVULGAR PUBLICAR
Apenas escolha redes sociais e plataformas que Publique conteúdo relevante que se relacione
melhor comunicam com a sua audiência 02 08 com assuntos de interesse

MÉTRICAS CANAIS SOCIAIS


Defina os seus indicadores de performace (KPIs) Trate todos os canais socias de forma separada,
03 09 cada um tem uma audiência e propósito específico

CONTEÚDOS RESPONSABILIDADE
Escreva um manual de procedimentos do Atribua a alguém a função de assistência ao
marketing de redes sociais que pretende realizar 04 10 cliente nos canais sociais

INTEGRAÇÃO R E LATÓRIOS
Integre os membros da sua empresa Os relatórios de atividade podem ser diferentes, em
na execução do plano 05 11 termos temporais, dependendo dos seus objetivos

CALENDARIZAR REAVALIAR
Tire 30 a 60 minutos no inicio de cada semana Reavalie o plano de forma regular
ou do mês para calendarizar atividades nas redes
06 12
www.websitename.com

4.3 Os 5 Pilares do Funil de Vendas no Marketing Digital

O funil de vendas é um conjunto de etapas Este é o processo que começa com a atra-
e indicadores que têm o objetivo de dar su- ção do potencial cliente ao website até à
porte ao processo de decisão de compra fidelização desse mesmo cliente. O funil
das personas relativamente aos produtos de vendas surgiu muito antes do marke-
e/ou serviços de uma determinada orga- ting digital, mas foi a imensidão do mundo
nização. Mas afinal o que é? O que traz de online que contribuiu para a fácil constru-
benéfico à sua empresa? ção e dinamização deste processo.

28 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


Assim sendo, o Funil de Vendas consiste em atrair visitantes, converter essas
visitas em oportunidades de negócio, concretizar o negócio e fidelizar o cliente.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 29


Conseguir construir um funil de vendas Qualificar os Leads não consiste apenas
com taxas de conversão satisfatórias é um em classificar cada oportunidade de acor-
desafio para todas as empresas que geram do com as suas características, mas tam-
Leads através do Marketing Digital. Refletir bém em tomar decisões baseadas nessa
sobre a otimização do funil de vendas é um qualificação. Ao qualificar bem os Leads e
trabalho que tem o objetivo de obter as me- trabalhá-los de uma forma mais precisa e
lhores taxas de concretização de negócio. coerente, o marketing ajuda a empresa a
construir um funil mais otimizado e com
Um dos principais pontos a ser observa- mais resultados de duas formas:
dos é a forma como a empresa administra
os Leads (contactos/oportunidades de ne- › Só as melhores oportunidades são
gócio) gerados. Inicialmente esta é uma entregues aos comerciais | A quali-
tarefa aparentemente fácil, o volume de ficação garante que os comerciais tra-
Leads é relativamente pequeno e grande balhem apenas com Leads que têm a
parte deles conseguem ser direcionados maior probabilidade de concretização de
para vendas. Contudo, o crescimento das negócio. A qualificação ajuda a empresa
empresas implica uma maior geração de a separar a “gema da clara”. A separa-
Leads e posteriormente uma sobrecarga ção entre Leads bons e maus influencia
para os comerciais. diretamente no quotidiano de vendas e
nas taxas de conversão, diminuindo a so-
O contributo do marketing para a cons- brecarga dos vendedores e equilibrando
trução de um funil de vendas mais otimi- quantidade com qualidade.
zado pode ser realizado através de várias
ações. No entanto, existe uma ação princi- › Deixar o processo de criação de opor-
pal que tem um impacto direto no funil de tunidades mais previsível | Além de
vendas e proporciona uma melhoria muito conseguir qualificar os Leads gerados,
grande nos resultados: é preciso pensar também na forma e no
momento em que a entrega de Leads
A Chave do sucesso desta estratégia, para vendas acontece. Através da qua-
é a construção de um bom processo de lificação é possível estabelecer critérios
qualificação de Leads. que permitem que em momentos de alta
geração de Leads apenas aqueles com
maior potencial de compra sejam dire-
cionados para vendas e os restantes se-
jam trabalhados por marketing.

30 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


De uma forma resumida, pratica e conclusiva destacamos os três principais canais
para criar uma campanha de marketing Digital:

Em tom de conclusão, conseguir elaborar diminuir o ciclo de venda e custo de aqui-


um processo de qualificação que torne sição de clientes. Um bom funil deve tor-
a gestão de Leads mais inteligente é es- nar todo o processo previsível e escalável,
sencial para obter o máximo potencial de facilitando assim a tomada de decisões
vendas da empresa. Esta estratégia ajuda relacionadas ao planeamento e estrutura
na otimização do funil de vendas, além de da aquisição de clientes.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 31


4.4 O conceito de Omnichannel e o Marketing Digital

O conceito de Omnichannel vai além do sim- zer com que a sua app para smartphone re-
ples facto de estar presente em todos os flita a identidade do seu site, e que o seu site
canais de venda ou comunicação, o que é reflita o ambiente da loja física. Porém, não
normalmente o que se relaciona com os con- nos esqueçamos que omni significa “TUDO”
ceitos de multi e crosschannel. Muitos dirão e todo o processo de compra é executado por
(erradamente) que, para ser “omni” basta fa- uma única entidade, o cliente.

Portanto, chegamos ao ponto fulcral do ver com a jornada do cliente e como todos
omnichannel: a experiência do cliente. esses canais de vendas tanto facilitam a
Pensando assim, é fácil perceber que é decisão da compra para o cliente, quanto
bem mais do que uma simples padroniza- simplificam o processo de venda para a
ção de apps, sites e lojas. De fato, tem a empresa.

32 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


5. AÇÕES E CRONOGRAMA EFICAZ

“TEMPO É DINHEIRO”
Simplifique e Ganhe Tempo…
5.1 Ações de Marketing e Respectivo Cronograma

Qualquer campanha de marketing digital Para simplificar o procedimento de cada


poderá contemplar inúmeras ações de ação de marketing, pois como todos sa-
marketing, como por exemplo: bemos “Tempo é dinheiro”, segue-se um
exemplo de estrutura que poder-lhe-á ser
› o lançamento de um novo site, útil, como qualquer outro tipo documento
› uma campanha de email marketing, de trabalho da sua empresa. Simplifique e
› o projeto para lançamento de um produto, Ganhe Tempo.
› uma ação em redes sociais,
› qualquer tipo de ação para um projeto
de web.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 35


5.2 Aprenda a elaborar um cronograma de ações de
marketing digital

É o momento de colocar em prática todo Uma forma eficaz de o fazer é criar um


o planeamento. Após realizado o trabalho cronograma editorial. É como um guião
de pesquisa, definição de estratégia e de- para a criação de conteúdo, onde se iden-
pois de traçar as campanhas e os planos tifica que tipo de conteúdo deve ser cria-
de ação, é só seguir o cronograma e acom- do, que tópicos cobrir, quais os alvos a
panhar as ações atentamente. atingir e quantas vezes deve publicar para
dar um melhor suporte à sua estratégia de
Crie um cronograma editorial detalha- Inbound Marketing.
do para o ajudar na criação e publica-
ção de conteúdos.
ALGUNS DOS PASSOS que sugerimos
É importante ter uma ferramenta para que siga:
organizar essas ações que foram planea-
das. Precisará fazer um planeamento para › Crie um calendário no Google ou Excel
cada tipo de ação. Por exemplo: vai fazer para gravar o seu planeamento editorial;
o planeamento de lançamento do seu site,
do seu blog ou do seu e-commerce, e para › Trabalhe a partir dos seus objetivos de
isso vai fazer uma campanha no facebook marketing para guiar este plano. Quanti-
e uma campanha de anúncios patrocinados fique o tráfego, leads e quantos clientes
no google adwords, ou até mesmo uma di- espera atingir durante o tempo estabe-
vulgação em blogs, sites e portais. Enfim, lecido neste calendário;
teve que fazer vários planeamentos dife-
rentes porque são ações diferentes. › Preencha o calendário com datas especí-
ficas e tarefas de publicação, tais como
Agora precisa saber quando vai publicá- updates no blog ou redes sociais diaria-
-las, quando cada uma delas vai aconte- mente, vídeos a cada semana, e-books a
cer. Com esse cronograma em mãos fica cada mês, etc. Para cada data, liste o tó-
muito fácil organizar-se durante o mês e pico, o título da peça e o perfil de cliente
saber o que tem que fazer cada dia. a atingir. O objetivo é criar um bom mix
de tipos de conteúdo, tópicos e perfis
Prepare um cronograma deste género, para ter a certeza que agrega os vários
onde irá definir as redes sociais a serem públicos-alvo.
trabalhadas, qual o tipo de campanha
para cada uma e o calendário para que › Anote as palavras-chave de SEO, a fase
cada campanha seja executada dia a dia. do processo de compra, as call-to-action
ou outros a que cada conteúdo deve ser
Assim que os perfis dos seus potenciais indexado.
clientes estejam identificados e o conteú-
do-tipo a utilizar para cada um deles de-
vidamente estruturado, é o momento de
descobrir quando e onde partilhar o con-
teúdo que será criado.

36 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


› Tome nota de datas importantes ou No final deste processo perceberá que
eventos que são bons motivos para tó- preencheu já grande parte do cronogra-
picos específicos ou tipos de conteú- ma com um programa detalhado para
do. Por exemplo, os retalhistas podem conteúdos. Poupará a perda de algumas
tomar nota dos mais importantes dias horas valiosas, todos os dias, a planear
festivos como o Natal, Páscoa ou Dia dos conteúdos.
Namorados e planear conteúdos que se
insiram dentro destas temáticas. Marke- Agora já tem um calendário que só precisa
teers de B2B podem apontar eventos e de seguir. E se não estiver totalmente preen-
conferências importantes da sua indús- chido, não há problema. Poderá precisar
tria em que pretendem participar e pla- dessa flexibilidade para trabalhar novidades
near updates no blog, reviews ou vídeos ou tópicos que surjam ao longo do caminho.
gerados no evento. E se algo não estiver no rumo certo para o
alcance do objetivo, reveja e atualize. Tenha
› Procure oportunidades de reaproveitar a certeza que a curto ou a médio prazo con-
conteúdos. Por exemplo, a publicação quistará os seus objetivos e terá resultados
de um novo whitepaper ou ebook pode que nem imaginava vir a ter.
gerar várias semanas de bom conteúdo
para o seu blog em posts que se focam
em detalhes ou pequenas partes conti-
das nestes documentos.

› Crie separadores para cada tipo de con-


teúdo que quer publicar, tais como posts
do blog, webinars, ebooks, vídeos, etc.
Assim conseguirá ter uma perceção glo-
bal e ter a certeza de que está a publicar
conteúdos suficientes de cada tipo e a
disseminá-lo convenientemente pelos
diferentes perfis de clientes-alvo e fases
do processo de compra.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 37


6. MEDIR

“A PRUDÊNCIA, NUNCA ERRA”


6.1 Analisar métricas: Porque é TÃO importante?

Analisar métricas é um ponto crucial numa › Métricas são indicadores de resultados, se


estratégia de marketing digital e muitas não as avalia como sabe se o investimento
pessoas têm dúvidas sobre esta temática. está a trazer retorno?
As redes sociais e a web são uma excelen-
te opção de publicidade e devido ao fato de › Além de mostrar as ações de marketing
serem pagas por cliques ou visualização do que estão a ter bons resultados, as métri-
anúncio, há bastante elasticidade quanto a cas podem ajudá-lo a pensar em soluções
possibilidade de investimento. Como o uni- e melhorias
verso digital é dotado de inúmeras possibili-
dades, diversas vezes as empresas acabam › A análise de métricas é eficaz, eficiente e
por diversificar demasiadamente as suas acessível
ações de marketing de modo a simplesmen-
te divulgar o seu trabalho na internet, sem › “A prudência, nunca erra”
que isso traga resultados objetivos. Analisar
métricas é sim, uma prática importante. Se
ainda não tem o hábito de avaliar as suas
métricas deixamos-lhe aqui 4 razões para
que o deva começar a fazer:

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 39


6.2 Métricas da vaidade vs Métricas da Realidade

Um dos maiores desafios das empresas é conseguir visualizar os resultados das suas
estratégias de marketing digital. A dificuldade que se coloca é saber quais as métricas a
serem utilizadas para medir os resultados das campanhas. Muitas empresas ficam presas
às métricas da vaidade, não obtendo resposta à questão fundamental.

40 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


6.3 As métricas mais utilizadas

› Taxa de conversão | Existem diversos ti- › ROI (Retorno sobre o Investimento) |


pos de taxas de conversão: cliques, aces- Uma das métricas mais importantes nas
sos, vendas, etc. É fundamental que essa estratégias de marketing digital é o ROI.
métrica seja medida para que a empresa Trata-se basicamente de medir qual o
tenha em mente a quantidade de vendas, resultado verdadeiro de cada euro gasto
por exemplo, que obteve com uma deter- numa campanha.
minada estratégia de marketing digital.
› Lifetime Value | Esta métrica determina
› Taxa de rejeição | A taxa de rejeição qual é o valor do cliente para a sua em-
(bounce rate) permite medir a percenta- presa a partir dos gastos com produtos
gem de utilizadores que abandonaram o ou serviços durante o relacionamento.
seu site ou blog assim que acederam, ou É uma métrica bastante útil quando o
seja, logo na primeira página. Trata-se objetivo é aumentar o lucro gerado por
de uma métrica muito utilizada, mas de determinado cliente da sua empresa.
eficácia questionável.
› CAC - custo por aquisição de clientes |
› Etapas do funil | Alguns benefícios que Para avaliar se o esforço realizado na
a internet oferece são imensuráveis. obtenção de clientes tem sido rentável,
É perfeitamente possível ter acesso à o CAC é uma métrica a utilizar. Compa-
percentagem de respostas, bem como rando o resultado com o Lifetime Value,
o custo do cliente dentro de cada etapa, é possível verificar se a empresa tem
avaliando o processo que vai desde o pri- realizado investimentos rentáveis e se
meiro contato de prospeção com a mar- as suas ações de marketing estão a pro-
ca até a conversão deste em cliente real. duzir retorno. Esta métrica é importante
para saber quanto custou cada cliente
› CPL - custo por lead | Trata-se do valor conquistado. Caso os números sejam
investido em media online dividido pelo nú- muito altos, significa que a rentabilidade
mero de leads gerados pelas campanhas. é baixa. Quando esse valor é baixo, sig-
nifica que as estratégias de marketing
estão a ser eficazes, trazendo clientes
novos a um baixo custo.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 41


6.4 Sugestões relevantes na medição dos
investimentos em marketing digital

› Acompanhe as métricas que real- O ideal é somar todos os números e anali-


mente traduzem informação relevante sar o resultado final, fazendo as seguintes
perguntas:
As métricas online podem-se diferenciar
· Quanto foi investido em todos os meios
de acordo com o negócio. Uma empre-
utilizados?
sa que procura gerar mais leads e mais
clientes, pode utilizar a métrica CPL - · Quanto gerou de receita total?
custo por lead.
· Qual o custo geral por venda?

· Se possível, como se pode diminuir o cus-


› Saiba avaliar os resultados to por venda?

· Qual a percentagem de crescimento mensal?


Acompanhe a Taxa de Conversão e o Nú-
mero de Utilizadores Únicos trazidos pe- · É possível manter ou aumentar a percen-
las campanhas. Verifique se existe uma tagem de retorno se aumentarmos o in-
relação matemática simples entre as vestimento?
duas métricas. Se a empresa acompanhar
a métrica CPL - custo por lead, obtém a
receita media de cada lead. › O que medir nas Landing Pages

Visitantes únicos – medir o número de visi-


› Defina metas realistas tantes únicos de uma Landing Page é uma
forma de medir se a empresa está a conse-
É preciso ter as expectativas alinhadas guir direcionar tráfego para a mesma.
com a realidade de investimento e do seg-
mento em questão. Número de leads – representa quantas
pessoas se interessaram pela oferta da
O melhor caminho a seguir é avaliar o CPL Landing Page e preencheram o formulário
e estipular metas de redução alcançáveis. para recebê-la.

- Faça uma análise cuidada de todos os Taxa de conversão de visitantes em leads –


números mostra a percentagem de visitantes que ace-
deram a página e se converteram em leads.
- Saiba identificar a diferença entre cam-
panhas que trazem tráfego desqualifi- Número de partilhas em redes sociais –
cado e campanhas que trazem tráfego mostra o quanto a Landing Page agradou e
qualificado é crucial para o sucesso das se espalhou, potencializando maior nume-
estratégias online. ro de Leads (aumento do fator confiança).

42 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


› O que medir num Blog › O que medir nas campanhas de com-
pra de (social media)
Visualizações por post – a quantidade de
pageviews, ou visualizações de página, Taxa de conversão da landing page –
dos posts da empresa indicando insights quando se realiza uma campanha de me-
fiáveis em relação à produção de conteúdo. dia paga, é importante acompanhar de
perto o desempenho. De nada adianta ter
Visitantes únicos – indica quantas pessoas muitos cliques na campanha e uma baixa
foram efetivamente alcançadas pelo con- taxa de conversão na Landing Page.
teúdo. Posicionamento em ferramentas de
busca e taxa de conversão por palavra chave. Custo por lead – embora a taxa de conver-
são seja importante para indicar possibili-
Inbound links – links de outros sites que di- dades de otimizações, é o custo por Lead
recionam para o site ou blog de sua empresa. que deve ditar onde investir ou não.

Número de partilhas – a quantidade de Taxa de conversão das palavras chave


partilhas nas redes sociais é um indicador compradas – A diferença entre as pala-
de efetividade e atratividade do conteúdo vras chave compradas e as efetivamente
do blog. buscadas é um bom indicador da eficiên-
cia do investimento.
Fonte de tráfego – Se a empresa for mui-
to dependente duma só fonte, na prática Facebook ads - taxa de conversão de cli-
torna-se refém da mesma, e qualquer ques em fãs – quantas pessoas que clicam
problema será refletido numa queda nos no anúncio estão realmente realizando o
resultados. segundo passo, que é fazer like da página.
Facebook ads - custo por like - quando se
Taxa de cliques (ctr) dos calls-to-action – realiza uma campanha para gerar fãs, é
os Calls to Action (CTA), costumam ser os comum querer saber o custo de aquisição
elementos do blog que mais geram tráfe- de cada fã da página.
go para as Landing Pages. Quando se fala
em CTR dos Calls to Action, refere-se a Facebook ads - custo por lead – outro
quantidade de cliques nos mesmos dividi- anúncio bastante comum é o que leva
do pela quantidade de acessos da página. para uma página externa ao Facebook.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 43


› O que medir nas campanhas de email › O que medir nas redes sociais

Taxa de abertura – Não é uma métrica Quantidade de acessos ao site – de nada


muito precisa, pois apenas contabiliza as adianta conquistar uma base grande de
vezes em que o utilizador autoriza a exibi- seguidores se esse alcance não se reflete
ção de imagens. em acessos ao site ou blog da empresa.

Taxa de cliques – esta métrica é importan- Taxa de conversão – irá mostrar à em-
te, já que normalmente a conversão é reali- presa se os esforços de manutenção das
zada no site, ou seja, o clique é necessário. redes sociais estão a ser eficazes. Não
adianta, por exemplo, ter uma quantidade
Taxa de registo e spam – a taxa de registo absurda de acessos via Facebook, se esse
e o número de reports de SPAM medem a tráfego não se refletir em conversões de
recetividade dos emails da empresa pelos visitantes em Leads.
Leads.
Quantidade de interações – uma métrica
Taxa de conversão e número de leads ge- interessante é o número de interações
rados – são de grande relevância em cam- dos fãs e seguidores com a empresa.
panhas de email pois são elas que de fato
medirão a eficácia das ações de email.

Soft e Hard bounces – Soft Bounces são


causados por erros temporários de
emails válidos e existentes. Os Hard Bou-
nces são erros permanentes de entrega.

Reputação do IP – influencia diretamen-


te na entrega/recebimento das campa-
nhas de email marketing da sua empresa.

44 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


6.5 As ferramentas para cada canal de marketing

Tão importante quanto desenvolver uma Ou seja, neste aspeto, definir as ferramen-
boa estratégia de marketing em ambiente tas vai estar diretamente vinculado ao seu
digital é ter ferramentas adequadas para canal de marketing on-line. Com as ferra-
avaliar se as ações de marketing estão a mentas bem definidas para o trabalho, vai
produzir efeitos. precisar apenas dos dados aferidos e ob-
tidos para descobrir a evolução das suas
Há ferramentas gratuitas ou a baixo custo ações, assim como tomar as medidas mais
para qualquer dos meios que emprega no apropriadas para reparar ou aprimorar
seu marketing on-line, e geralmente com suas táticas.
ótimos retornos de pesquisa. Isso sem fa-
lar que existem ótimas métricas nas pró-
prias plataformas, como o Analytics dos
blogs do WordPress, ou o Facebook Page
Insights e o Analytics do Linkedin. E para
a análise do tráfego há o mais que popular
e eficiente Google Analytics.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 45


7. RISCOS E CRISE NO MARKETING
DIGITAL

“CADA QUAL SABE ONDE O


SAPATO LHE APERTA”
7.1 Riscos e Crises no MARKETING DIGITAL

O planeamento prévio de gestão de riscos ção do impacto de trolls e de mensagens


e mitigação de uma crise nas redes socias negativas. Para estes casos é necessário
é fundamental para que a empresa consiga que antes de estar presente nas redes
lidar de forma eficaz com um cenário ad- sociais tenha algum conhecimento sobre
verso e potencialmente negativo para a sua como elas funcionam. E por isso é funda-
imagem. As redes sociais atraem empre- mental ter alguém responsável dentro da
sas por representarem a fantástica opor- empresa a acompanhar as redes sociais,
tunidade destas se envolverem com o seu bem como comentários e discussões sobre
público de uma maneira mais dinâmica. a marca em tempo real. Conheça então al-
Mas com a maior comunicação, aumenta guns conselhos a ter em conta para gerir
a exposição e o risco de exposição pública uma crise numa rede social da sua marca.
das suas fraquezas e/ou da potencializa-
7 PASSOS QUE AUXILIARÃO AS EMPRESAS A SUPERAR CRISES NAS REDES SOCIAIS

ESTAR ALERTA E OUVIR


O primeiro e mais fundamental aspeto da sua presença nas redes sociais. Tanto para o bem, quanto para o mal, precisa estar atento a tudo que acontece
envolvendo suas redes sociais. Antes que se possa trabalhar sobre um efeito ou motivo de crise é preciso identifica-lo. Para gerir de forma eficaz a presença nas
redes sociais, é preciso estar sintonizado com toda a interação que envolve a empresa/marca. Assim é necessário ter alguma ferramenta de monitorização das
 redes sociais para que a empresa possa detetar a existência de uma crise.

AGIR RÁPIDO
Assim como na medicina, quanto mais cedo uma crise é diagnosticada e remediada, melhor. Pensemos que um cliente deixou uma mensagem insatisfeita no
mural de sua página no Facebook. Quanto mais tempo ela permanecer lá, sem uma resposta, um parecer, um posicionamento seu, crescem as HIPOTESES de
que tome maiores proporções. Maior será a dificuldade de controlar essa situação e reverte-la. Além do mais, uma empresa que rapidamente se mostra atenta
 e disponível para solucionar um problema, é uma empresa vista com melhores olhos.

RECONHEÇA ERROS E ADVERSIDADES


Antes de tudo, deixe qualquer orgulho de lado e reconheça as adversidades que possam ter acontecido. É comum levar as coisas para o lado pessoal. Pior que
isso, por vezes toma a forma de respostas inflamadas, apontando a culpa para o próprio público ou para algum colaborador específico. Jamais faça isso.
 Apesar de formada por indivíduos, uma empresa deve assumir suas responsabilidades como um todo. Também não deve entrar num debate para decidir quem
está certo: se é ela ou o cliente. Mesmo que seu cliente esteja errado, o que beneficia se o difamar?

SEJA PROFISSIONAL E DEMONSTRE SIMPATIA


“Ser profissional” é algo que gera certa controvérsia. Significa usar uma linguagem corporativa, fria, imparcial, homogênea, asséptica? Ser profissional
significa mostrar que possui compromisso moral e ético com o seu trabalho e público. Além de mostrar esse compromisso com um cliente insatisfeito, mostre
 também que se identifica com a situação vivida por ele e que está disposto a solucioná-la. Mostrar o lado humano da sua empresa, aumentará as
oportunidades de que essa pessoa simpatize com a sua marca e dê continuidade ao caso de uma maneira mais amistosa.

SEJA BREVE E MOSTRE A SOLUÇÃO


Quando dizem que fez algo de errado, o que faz primeiro: dá uma desculpa ou uma solução? Todos sabemos que o ideal é demonstrar logo a solução,
especialmente se a desculpa não for lá muito boa. O mesmo é válido para as crises nas redes sociais. Contrariamente a concentrar os seus esforços a justificar
 as coisas más que acontecerem, foque-se na solução.

SEJA ACESSÍVEL
Muitas são as empresas que, diante de crises, mostram-se atenciosas e disponíveis para o cliente mas que, depois da “crise abrandar”, não se tornam mais
acessíveis e acabam por criar uma nova insatisfação.

APRENDA COM OS ERROS


Por fim, o ultimo ponto que não poderia ser outro. Aprender com as experiências está entre as principais coisas que farão que consiga prevenir uma próxima
crise, ou tratá-la de uma maneira ainda mais eficiente. O seu público é o que há de mais valioso e deve aprender com ele, identificar suas necessidades,
 desejos e particularidades e utilizando esse conhecimento a favor da evolução da sua empresa.

No entanto, isso não deve ser visto como algo negativo, mas inerente à exposição e inte-
gração entre meios de comunicação que vivemos atualmente. Para isso, estar preparado e
saber como agir de forma eficiente é a chave. Não somente é possível solucionar situações
críticas, mas também revertê-las e conquistar ainda mais adeptos para a sua marca.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 47


CONCLUSÃO
“THE ONLY THING THAT´S
CONSISTENT ABOUT THIS NEW
DIGITAL BRANDING SPACE
PHENOMENON IS THAT IT WILL
KEEP CHANGING”
Adamson, 2008
Logo na introdução deste Guia, foi refe- Para desenvolver uma verdadeira agilida-
rido que a transformação que o digital de organizacional, o negócio deverá focar-
trouxe à vida das empresas e aos seus -se em três aspetos:
negócios, não é uma mera questão de no-
vas tecnologias, mas sim uma questão de › Correta alocação de recursos
novas estratégias. Embora possa implicar
upgrades nas tecnologias de informação, › O que se deve medir (avaliar) para condu-
o maior upgrade é, realmente, ao nível do zir á execução da estratégia?
pensamento estratégico.
› Alinhar, permanentemente, os incentivos.
Tradicionalmente as empresas, tinham
como foco a automatização e a melho- Nesta era digital, as organizações vence-
ria dos processos, que o digital permitiu doras, serão aquelas que entendem que o
aportar aos seus negócios. Atualmente, propósito do seu negócio é a contínua cria-
com o grande desenvolvimento do digital, ção de novo valor para os clientes.
a liderança empresarial exige a capacida-
de de reinventar o próprio negócio. A revolução digital apenas começou. Des-
pontam novas tecnologias e o potencial
Isto requer questionar muitas das premis- que elas permitem é de tal ordem que
sas em que se baseiam. Requer questionar, é impossível prever quanto impactarão
permanentemente, sobre cada um dos as- cada indústria e cada negócio. Mas, se
petos da estratégia; clientes, concorrentes, se preveniu, terá maior capacidade, para
informação, inovação e valor. Este questio- aproveitar as grandes vagas de mudança,
namento permanente é difícil, porém pos- como uma oportunidade mais para criar
sível. Tal como empresas que nasceram novo valor para os seus clientes. A pre-
antes da existência da energia elétrica sença estratégica das marcas na WEB,
tiveram que adaptar todo o seu modo de já não representa apenas modernidade.
pensar e de produzir a esta nova realidade, É o diferencial entre a competitividade e
também os negócios que nasceram antes o sucesso ou a decadência de modelos de
da Internet terão que ser capazes de se negócio e a falência pré-anunciada.
adequar a esta nova era digital.

Para tal, além do pensamento estratégico


é fundamental agilidade na organização,
por forma a fazer acontecer as alterações
necessárias e com grande rapidez.

50 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 51
ANEXO

MUDANÇAS ESTRATÉGICAS DA ERA


ANALÓGICA À ERA DIGITAL
MUDANÇAS ESTRATÉGICAS DA ERA ANALÓGICA PARA A ERA DIGITAL

CLIENTES CLIENTES
 Na Era Analógica  Na Era Digit al

Os clientes como mercado de massas Os clientes como uma rede dinâmica

As comunicações transmitidas aos clientes - um para muitos As comunicações são em dois sentidos - um para um | muitos para muitos

A Empresa é a influência chave | papel de influenciador Os clientes são a influência chave| papel de influenciador

O Marketing é usado como persuasão à compra O Marketing serve para inspirar a compra, lealdade, defesa

A Proposta de valor unidireccional A Proposta de valor recíproca

A economia de escala (empresa) A Economia de valor (cliente)

COMPETIÇÃO COMPETIÇÃO
 Na Era Analógica  Na Era Digit al

A competição dentro de industrias definidas A competição através de indústrias flexíveis

As claras distinções existentes entre parceiros e rivais As diferenças indefinidas entre parceiros e rivais

A competição é um jogo de soma zero Os concorrentes colaboram em áreas chave

Os principais ativos são realizados dentro da empresa Os principais ativos residem em redes externas

Os produtos com características e benefícios únicos As plataformas com parceiros que trocam valores

A concorrência pouco dominante por categoria O "vencedor leva tudo" graças aos efeitos de rede

DADOS DADOS
 Na Era Analógica  Na Era Digit al

Os dados são caros para gerar uma empresa Os dados são continuamente gerados em toda a parte

O desafio dos dados é administrá-los e armazená-los O desafio dos dados é transformá-los em informação valiosa

As empresas utilizam somente dados estruturais Os dados não estruturados são cada vez mais utilizáveis e valiosos

Os dados são geridos por silos operacionais O valor dos dados está em ligá-los através de silos

Os dados são uma ferramenta para a otimização de processos Os dados são um ativo intangível para a criação de valor

INOVAÇÃO INOVAÇÃO
 Na Era Analógica  Na Era Digit al

As decisões são baseadas na intuição e na antiguidade As decisões tomadas têm como base os testes e a validação

Testar ideias é caro, lento e difícil Testar ideias é barato, rápido e fácil

As experiências são efetuadas ocasionalmente por peritos (experts) As experiências são efetuadas constantemente por qualquer pessoa

O desafio da inovação é encontrar a solução certa O desafio da inovação é resolver o problema certo

O fracasso é evitado a todo o custo O fracasso é tido como uma aprendizagem, inicial e barata

O foco está no produto 'acabado' O foco está na execução de um protótipo e análise da sua viabilidade
através da interação, antes do produto ser lançado

VALOR VALOR
 Na Era Analógica  Na Era Digit al

O valor da oferta é definido pela indústria O valor da oferta é definido pela mudança das necessidades do consumidor

Faça a sua proposta de valor atual Descubra a próxima oportunidade para criar valor para o cliente

Otimize o seu modelo de negócio o máximo de tempo possível Desenvolva antes de ser suposto, para estar um passo à frente

Determine as mudanças pelo impacto que cria no seu negócio atual Determine as mudanças pelo que poderá criar no seu próximo negócio

O sucesso comercial permite a satisfação "Só os paranoicos sobrevivem"

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 53


CASE STUDY - UNDANDY

Lançada no mercado em 2015 a Undandy formas diferentes. A personalização não


posiciona-se como uma marca de sapatos termina por aí e o cliente pode escolher o
personalizáveis para homem. A ideia sur- tipo de pele para cada secção do sapato, o
giu entre dois amigos de infância, Rafic detalhe da biqueira, o tipo de sapato e até
Daud e Gonçalo Henriques que identifica- escolher a cor dos atacadores e das cos-
ram uma oportunidade de mercado que turas. Para terminar, o cliente pode ainda
não estava ainda a ser capitalizada. Os gravar um pequeno texto personalizável
dois fundadores sentiam recorrentemente na sola do sapato.
que enquanto homens era muito compli-
cado encontrarem o sapato que procura- Quando o design do sapato está finalizado
vam e idealizaram um formato de negócio a encomenda segue diretamente para a
que permitisse criar sapatos exatamente fábrica onde a marca conta com dois co-
ao gosto do cliente, tal como já é feito na laboradores a tempo inteiro. Apenas aí co-
indústria automóvel, por exemplo. meça a produção dos sapatos, fabricados
integralmente à mão de acordo com todas
Tradição aliada a um formato pura- as especificações do cliente. Quando ter-
mente digital minado o fabrico os sapatos são enviados
da fábrica para a morada de preferência
Mesmo com a necessidade de respeitar um do cliente.
ofício tão tradicional a marca decidiu arris-
car num negócio puramente digital. Apesar Obstáculos de um modelo de negócio
de existir uma coleção de sapatos pré-pro- puramente digital.
duzidos e prontos para compra no site da
empresa, o modelo de negócio é essencial- Associado a um modelo de negócio pura-
mente baseado na customização dos sapa- mente digital estão também associados
tos vendidos, fator diferenciador da marca. alguns obstáculos que têm que ser ultra-
A customização dos sapatos traduz-se na passados, mas que, no entanto, não são
necessidade de fabrico dos sapatos por superiores aos benefícios alcançados.
encomenda, o que permite a eliminação
de stock de produtos finais. Uma vez que O tempo de produção e entrega é talvez o
este custo de espaço físico para armazena- mais significativo, uma vez que não há ar-
mento foi desde o inicio eliminado, pareceu mazenamento de stocks, a produção só é
também fazer sentido eliminar as lojas físi- iniciada a partir do momento de encomen-
cas para venda ao público. Assim surgiu a da. No total um par de sapatos demora
necessidade de criar um modelo de negó- cerca de 3 semanas desde a encomenda
cio puramente digital que permite eliminar até à entrega ao cliente. No entanto a rea-
todos os custos intermédios. ção do cliente não costuma ser negativa-
mente impactada uma vez que estes são
No site da Undandy o cliente pode ace- informados do tempo exigido para atingir
der à ferramenta de customização dos uma qualidade de excelência, apenas con-
sapatos, onde pode escolher entre cinco seguida pelo cuidado e mão humana.

54 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


Outro obstáculo recorrente é a escolha A importância das redes sociais
do tamanho certo e a ausência de uma
oportunidade de sentir a qualidade dos O meio digital é também o pilar principal
materiais com as próprias mãos. Uma vez de toda a comunicação da marca. Com a
que todo o processo é realizado online o exceção de alguns esforços de relações
cliente só vê o verdadeiro resultado final públicas e publicidade em publicações im-
quando recebe o sapato, o que começa a pressas, quase todo o orçamento de comu-
ser um problema menos relevante com o nicação é empregue em formatos digitais.
aumento da familiaridade do cliente com As redes sociais representam aqui um pa-
as vendas online. pel incontornável e representam mais de
80% do investimento total em comunica-
Ultrapassar os obstáculos do digital ção, o que se reflete nas vendas sendo que
cerca de 85% das vendas da marca advêm
Estes obstáculos conseguem, no entanto, da comunicação digital. Uma vez que as
ser colmatados com algum investimento compras são realizadas online, faz todo o
noutras áreas da empresa. sentido alavancar plataformas que permi-
tam que o cliente seja imediatamente dire-
As devoluções gratuitas são por exem- cionado para o site, tal como acontece com
plo um ponto crucial deste modelo de a comunicação em redes sociais. A marca
negócio, uma vez que esta opção funcio- encontra-se presente no Instagram, no
na como uma garantia que tranquiliza o Twitter e no Pinterest mas a plataforma do
cliente no momento da compra. Facebook é sem dúvida a mais relevante
para a comunicação e angariação de clien-
O serviço ao cliente é, no entanto, o ele- tes da marca.
mento mais crucial para o sucesso deste
modelo. Uma vez que o digital elimina o As redes sociais permitem ainda que esta
contacto direto com um humano que re- falta de contacto humano seja colmatada,
presente a marca é importante compen- uma vez que a marca consegue interagir
sar este elemento, principalmente numa facilmente com os seus clientes em tem-
marca que pretende prestar um serviço po real e tornar-se mais próxima dos seus
personalizado e cuidado a todos os seus clientes a cada contacto. Permitindo ainda
clientes. Este serviço permite que o clien- que a marca passe para os clientes a sua
te esclareça todas as suas dúvidas re- essência e os seus valores, através de con-
lacionadas com o tamanho e ajuste dos teúdos como as Ways of the Undandy, um
sapatos e que este acompanhe o processo código de conduta que tabela como deverá
de produção e entrega dos mesmos à me- ser e comportar-se um verdadeiro Undandy.
dida que este se desenrola.
A Undandy é a prova real e portuguesa de
que uma marca inserida numa indústria tra-
dicional como a do calçado pode de facto sin-
grar num ambiente completamente digital.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 55


GLOSSÁRIO

PARA FACILITAR, CRIÁMOS UMA LISTA


COM AS PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS
USADAS NESTA ÁREA, INCLUINDO UMA
BREVE EXPLICAÇÃO DE CADA UMA.
PARA SIMPLIFICAR, SEPARÁMOS OS
CONTEÚDOS POR AFINIDADE.
MARKETING E VENDAS CTA - Call-to-Action – A tradução literal
seria “chamada para ação”. São comandos
AIDA – É um acrônimo que abrevia um passados aos utilizadores para que reali-
processo de conversão, com etapas Aten- zem uma ação esperada pela empresa.
ção, Interesse, Desejo e Ação. A AIDA é Podem ser botões, banners ou mesmo
um modelo baseado no comportamento textos com links. No geral, utilizam verbos
humano natural, na tomada de decisão e no imperativo. Exemplos: “clique aqui” e
é utilizado no Marketing para direcionar “aproveite esta oferta”!
melhor os utilizadores para a conversão
desejada. eBook – Na tradução literal, é livro ele-
trónico. No contexto do Marketing, é um
Automação de Marketing – Mecanis- Material educativo sobre algum assunto
mos que permitem a execução de ações da área de atuação de uma empresa. São
de Marketing Digital, de maneira automa- mais densos que posts em blogs e devem
tizada, para facilitar o trabalho e acele- explorar mais a fundo o tema proposto.
rar resultados. Em geral, o termo é mais
utilizado no contexto de envio de emails Edge Rank – Algoritmo do Facebook que
a partir de um comportamento específico determina a relevância de posts e quais
do utilizador (Nutrição de Leads), mas vai aparecem – ou não – no feed de notícias
além disso. do utilizador. Baseia-se em três fatores:
afinidade (se há interações prévias com
Conversão – Realizar a ação que a empre- a fanpage), formato do post (link, vídeo,
sa deseja que o utilizador realize. Exem- imagem) o tempo que a publicação foi fei-
plos: preencher um formulário, realizar ta (quanto mais antigo, menores as chan-
uma compra, assinar um teste, etc. ces de aparecer).

CRM – Sigla para Customer Relationship Formulário de conversão – Campo que


Management (Gestão de relacionamento o visitante preenche em troca de algo
com clientes). Softwares de CRM ofere- (uma oferta, um registo para newsletter,
cem soluções para uma boa gestão de re- entrar em contato com a empresa, etc).
lacionamento com clientes, como organi-
zação e armazenamento de informações e Funil de vendas – Representação em pi-
controle de contatos (conversas, reuniões râmide invertida dos diferentes níveis em
realizadas, agendamentos, etc). que os potenciais clientes de uma empresa
estão no processo de venda. Costuma ser
CRO – Sigla para Conversion Rate Optimi- dividido em Topo de Funil (ToFu), Meio de
zation (Otimização de taxa de conversão). Funil (MoFu) e Fundo de Funil (BoFu). Em
Estratégias de CRO são focadas em au- estratégias de Marketing Digital é essencial
mentar a percentagem de visitantes que produzir conteúdos para pessoas em cada
realiza as conversões desejadas no site um desses níveis.
da empresa.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 57


Tofu – Sigla para Topo de Funil (Top of the Inbound Marketing – O “novo marketing” é
funnel) – estágio inicial de um Lead no pro- focado em atrair os potenciais clientes, con-
cesso de venda, ainda longe do momento quistar a sua confiança e direcioná-los para
da compra. Os materiais para topo de funil o momento da venda. A ideia é que o cliente
são mais introdutórios e possuem o objeti- venha até à empresa, ao invés da empresa
vo de transformar o visitante em Lead. ir até ao cliente. Para isso, usa a criação de
conteúdos relevantes (Marketing de Con-
Mofu – Sigla para Meio de Funil (Middle teúdo) e estratégias em meios digitais para
of the funnel) – estágio intermédio de um atingir o seu público- alvo e construir um re-
potencial cliente no processo de venda. Os lacionamento com ele.
materiais de meio de funil têm o objetivo
de fortalecer a relação e a credibilidade da Inside Sales – Diferente das vendas tra-
empresa e gerar procura pelo produto ou dicionais, é quando o vendedor faz a venda
serviço. de dentro do escritório via telefone, Skype
e outros meios de comunicação. Não há
Bofu – Sigla para Fundo de Funil (bottom encontro físico na negociação.
of the funnel) – estágio final do processo
de venda, quando o Lead está próximo de Landing Page – O termo (página destino)
tornar um cliente, pronto para a compra. pode representar qualquer página que sir-
Os materiais de fundo de funil devem mos- va como porta de entrada de um visitante
trar ao potencial cliente que a sua opção é do seu site. No entanto, no contexto de
a melhor possível para o seu caso. Marketing Digital costuma ser mais uti-
lizada como uma página criada com um
Geração de Leads – Converter os visi- propósito específico de conversão. O caso
tantes do site da empresa em Leads. (Veja mais comum é uma página com o formulá-
o que são Leads) rio para conversão de visitantes em Leads.

Growth Hacker – Cargo totalmente focado Lead – Pessoa que deixou os seus dados
em gerar crescimento rápido na aquisição num formulário de conversão e demons-
de clientes. Envolve diferentes setores da trou interesse na sua empresa, produtos
empresa (marketing, produto, etc.) e testa ou tema de mercado, podendo ser con-
diversos canais e meios para aumentar a siderado um potencial cliente. Por meio
base de clientes. dessa relação, pode caminhar pelo Funil
de venda até tornar-se um cliente.

58 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


Lead Scoring – Algoritmo que determina Nutrição de Leads – Técnica de automa-
uma pontuação para determinados perfis ção de marketing para o envio de uma se-
e comportamentos de um Lead, para ana- quência de emails após um determinado
lisar se é qualificado ou não. (Veja o que é evento, com o objetivo de conduzir o Lead
qualificação de Leads) pelo funil de venda e aproximá-lo do mo-
mento da compra. Exemplo: após descar-
Links Patrocinados – São anúncios regar um eBook sobre Marketing no Fa-
pagos exibidos com destaque em pági- cebook, o utilizador pode receber emails
nas de resultados de uma pesquisa ou automáticos com sugestões de posts ou
em sites afiliados (rede de Display). Em materiais sobre esse tema, estudos de
muitos casos o termo é usado como si- caso e até mesmo a oferta de algum pro-
nônimo do Google Adwords. Na página de duto/serviço relacionado com o tema.
resultados, são exibidos de acordo com
as palavras-chave usadas na busca e na Outbound Marketing – Seria o marke-
rede de display, de acordo com o tema ting tradicional, em que empresas usam
relacionado. publicidade para “empurrar” os seus pro-
dutos e serviços aos consumidores. Po-
Long tail keyword (palavras-chave da demos dizer que é o “marketing de inter-
cauda longa) – Termos mais específicos e rupção”, pois as suas estratégias e canais
menos concorridos na busca orgânica e em não focam num público específico. São
leilões de palavras-chave de Links Patroci- exemplos: anúncios publicitários de TV e
nados. São boas apostas para quem ainda outdoors, por exemplo.
não tem muita notoridade, mas quer apare-
cer nos resultados de buscas. Por exemplo: Pagamento social – Modalidade em que
“bolsa feminina em palha para praia” em o utilizador faz uma publicação num fó-
vez de “bolsa feminina”. rum ou meio social em troca de uma ofer-
ta. Isso ajuda a disseminar determinado
Marketing de Conteúdo – Parte do In- conteúdo com mais rapidez.
bound Marketing, é baseado em atrair
o interesse dos consumidores por meio Palavra-chave – Pode ser a palavra (ou
da produção de conteúdo relevante para as palavras) que resume o tema principal
o público-alvo, por esse motivo pode-se de um texto, frase, parágrafo etc. Em SEO,
dizer que é um “marketing de atração”. é baseado nesses termos que são feitos
Entre as suas ações está direcionar con- os esforços de otimização de uma página.
teúdos para pessoas nos diferentes níveis Num texto sobre uma nova versão light
do Funil de vendas. para ração de cachorro, a palavra-chave
pode ser “ração light para cachorro”. Pa-
lavra-chave também é utilizada para indi-
car os termos que o utilizador usa ao fazer
uma pesquisa no Google.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 59


PWAT – Sigla para “Pay with a tweet”. Taxa de conversão – Porcentagem de vi-
Veja a definição de pagamento social: é sitantes que realiza a conversão desejada.
uma grande rede de sites (blogs, portais, Exemplo: se a taxa de conversão de uma
etc.) em que os anúncios de campanhas Landing Page for 70% quer dizer que 70
do Google Adwords são exibidos. em cada 100 visitantes se tornaram Leads.

Remarketing (ou retargeting) – Exibição Webinar – Conteúdo disponibilizado para


de anúncios após a visita de um utilizador a o público em formato de vídeo (abreviação
um site. Exemplo: uma pessoa entra numa de seminário Web). Pode ser uma aula, pa-
página de serviços de Internet e depois dis- lestra, debate, entre outras opções. Pode
so, ao visitar outros sites, aparecem anún- ser exibido ao vivo ou gravado.
cios dessa mesma empresa nos banners de
publicidade. Essa “perseguição” acontece
pela instalação de cookies no computador MÉTRICAS
do utilizador. Retargeting é o nome da prá-
tica e remarketing, que o Google deu ao seu CAC – Custo de Aquisição de Cliente. É
serviço. uma métrica significativa para as empresas
saberem o quanto estão a gastar para con-
Segmentação de Leads – Para otimizar quistar cada novo cliente e serve para de-
os resultados de ações de relacionamento finir o orçamento e as ações de marketing.
como o envio de email marketing, é indi-
cado segmentar a base de contatos de CPC – Custo por Clique. É uma forma de
acordo com um determinado critério. Por cobrança de serviços como anúncios pa-
exemplo: clientes de uma região ou de um gos (Adwords e Facebook Ads, por exem-
setor do mercado podem receber informa- plo), no qual o pagamento é feito pelo nú-
ção focada para a sua realidade. mero de cliques realizados.

Squeeze page – É o modelo de Landing CPA – Custo por Aquisição. É uma forma
Page focado na captação de emails. de cobrança como o CPC, porém calcula-
da em cima das conversões realizadas, e
Qualificação de Lead – Processo para não dos cliques.
classificar quais as Leads que são boas
oportunidades, quais as que devem ser
abordadas pela equipa de vendas, quais as
que ainda não estão no momento da com-
pra e as Leads "más" para venda (aque-
las que não têm perfil para se tornar um
cliente).

60 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


CTR – Sigla para Click through Rate, é SEO – É a sigla para Search Engine Optimi-
o número de cliques dividido pelo núme- zation (otimização para motores de busca).
ro de impressões (visualizações) de um SEO é o conjunto de técnicas, estudos e mé-
anúncio exibido, por exemplo, em serviços todos que visam melhorar o posicionamento
como Google Adwords, Facebook Ads e das páginas de um site em mecanismos de
Linledin Ads. Essa taxa é extremamente busca como o Google.
importante para avaliar o desempenho
dos anúncios, pois um anúncio com CTR Visita – É um acesso a um site. Um visi-
baixo tem poucos cliques em relação a tante pode fazer mais de uma visita a um
visualizações e geralmente é mais caro, site. Se ele fechar o site e entrar de novo
devendo ser otimizado. num intervalo maior do que 30 minutos,
isso contabilizará duas visitas de um mes-
KPI – Sigla para Key Performance Indi- mo visitante.
cators. São os indicadores definidos para
medir o progresso de ações para alcançar Visitante – É o utilizador que faz as ações
uma determinada meta. no site durante uma sessão.

Pageviews – São as visualizaçõe de páginas Visitante Único – É o visitante que, se


de um site. Atenção: pageviews são diferen- já entrou em determinado site e teve um
tes de visitas. Para ficar claro: numa visita, cookie instalado no seu computador, con-
pode ter mais de um pageview numa mesma tabilizará como o mesmo visitante em
página, isso vai apenas depender de quantas diferentes ocasiões. Dessa forma é possí-
vezes o utilizador entrou nela. vel saber quantos visitantes um site teve,
sem contar o mesmo utilizador mais de
ROI – Sigla para Return on Investment uma vez.
(Retorno sobre Investimento). É a relação
entre o dinheiro ganho e o que foi investido Visitantes de retorno – É um visitante
em marketing. único que tenha entrado mais de uma vez
num site.
SEM – Sigla para Search Engine Market-
ing. O SEM é um conjunto de estratégias Web Analytics – É a ação de mensurar,
de marketing com o objetivo de promover recolher, analisar e reportar os dados da
um site nas páginas de resultados dos Internet, com o propósito de entender e
motores de busca, como Google, Yahoo, melhorar a usabilidade dos utilizadores e
etc. Geralmente o SEM é dividido entre melhorar os resultados das ações no site
SEO (otimização para o site aparecer na e outros canais digitais.
Busca Orgânica) e anúncios em Links Pa-
trocinados, como o Google Adwords.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 61


BLOG, SITE E CONTEÚDO Autoridade do site (autoridade do do-
mínio) – Assim como a autoridade de pá-
Adwords – É um serviço de publicidade gina, é o quanto os motores de busca valo-
do Google e principal fonte de receita da rizam um domínio como um todo e as suas
empresa. É pelo Adwords que os sites páginas para posicioná-las nos resultados
fazem anúncios pagos que aparecem nas de busca.
páginas de resultado do Google, na parte
superior e na lateral direita, e na rede de Black hat – São práticas antiéticas de
Display. SEO para posicionar bem um site em mo-
tores de busca como o Google.
Alternative text (Alt text) – É o texto
usado para descrever uma imagem na Blog – O blog é uma página web atualizada
web. Ferramentas de busca leem o Alt frequentemente, composta por posts, ge-
text da imagem, o que ajuda a entender ralmente apresentados de forma cronológi-
melhor o conteúdo. Se o navegador não ca. O nome resultou da união das palavras
conseguir carregar a imagem, esse texto inglesas “web” e “log”, pelo que podemos
será exibido no lugar dela. traduzir como “diário online”. No Marketing
Digital, os blogs são um espaço para as em-
Anchor text – É o texto de um link para presas produzirem e postarem conteúdo de
outra página. Normalmente, esse texto é interesse do seu público, para atrair visitan-
de cor azul e sublinhado. O Anchor text tes e tornar-se referência na área.
ajuda as ferramentas de busca a entender
o destino do link, por isso é bom escolher Busca orgânica – É o tráfego vindo do
com cuidado. bom posicionamento orgânico (gratuito)
em ferramentas de busca como o Google,
API – Sigla de Application Programming em que os resultados são listados de acor-
Interface. API é o conjunto de padrões de do com a palavra-chave procurada.
programação que permite que um software
interaja com outro. Um exemplo é o próprio Canonical tag – Quando duas páginas ou
RD Station, que permite integrações com mais têm o mesmo conteúdo (ou muito pa-
sites e outros softwares por meio da API. recido), esse conteúdo duplicado distribui
a “força” dessas páginas entre elas. Com
Autoridade de página – É o quanto os o uso da canonical tag, as ferramentas de
motores de busca valorizam uma página busca transferem a autoridade de uma pá-
em relação a outras para posicioná-la nos gina para a outra.
resultados da busca referente a um termo
(palavra-chave) específico. A quantidade
e a qualidade de links que direcionam para
ela são os principais elementos analisados
para isso.

62 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


Cookies – São arquivos simples inseri- Google Panda – Algoritmo criado pelo
dos no navegador do utilizador quando Google para analisar principalmente a
ele visita um site. Esse arquivo tem infor- qualidade dos conteúdos de um site e ini-
mações básicas como IP, preferência de bir a criação de conteúdos de baixa quali-
idioma, etc. Assim, em visitas futuras ao dade para os utilizadores.
site é possível identificar esse visitante e
suas preferências. Google Penguin – Algoritmo criado pelo
Google para analisar principalmente a
CSS – Sigla para Cascading Style Sheets, qualidade dos links de um site, para inibir
é uma linguagem de estilo para fazer a a troca de links de baixa qualidade.
apresentação de páginas, como layout de
página, cores, fontes, etc. Hard bounce – É a falha na entrega de
emails por uma razão permanente, como
Domínio – É o principal endereço de um um endereço de email que não existe.
site, a raiz de todas as páginas. Exemplo:
www.ctcp.pt Heading Tags (H1, H2, H3, ..) – São re-
cursos de programação em HTML para
Erro 404 – Esta página de erro aparece apresentar os títulos e sub-títulos de uma
quando um código de resposta indica que página. A tag H1 é um dos elementos mais
o servidor não pôde encontrar o que foi so- importantes de uma página e é um dos cri-
licitado, por exemplo uma página no seu térios analisados pelo Google para posi-
site que já não existe. cionar o seu site nos resultados de busca.

Guest Post – Um post escrito num blog Hiperlink – É um conteúdo clicável numa
por um “convidado”, diferente dos autores página, que leva para outra página, site
regulares, que tenha relação com a área ou mesmo outra parte da mesma página.
de atuação da empresa e possa agregar Pode estar inserido num texto, botão ou
conhecimento aos leitores. imagem.

Google Hummingbird – Algoritmo do HTML – Sigla para HyperText Markup


Google lançado em 2013. Rápido e pre- Language, HTML é uma linguagem de
ciso, que vai além da palavra-chave, in- marcação utilizada para programação de
terpretando sinónimos, contexto e outros páginas na web.
fatores como localização e pesquisas
anteriores. Layout – Como uma página é desenhada.
O layout de uma página vai depender da
criatividade e do conteúdo que vai conter,
pensando sempre na melhor usabilidade
para o utilizador.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 63


Link Building – É o processo de conseguir Pagerank – É um algoritmo criado pelo
mais links externos para o seu site com o in- Google Page Rank para avaliar os sites
tuito de melhorar o posicionamento nas fer- numa escala de 0 a 10. Engloba uma série
ramentas de busca. É importante que essa de fatores de avaliação, como a estrutu-
“construção de links” seja feita de forma ra do site, número de pageviews, taxa de
natural, com outros sites relevantes e que rejeição, relevância do conteúdo, links etc.
atuem no mesmo mercado ou próximos ao
seu, pois o Google penaliza sites com troca Page title – É o texto que aparece na aba
de links irrelevantes ao utilizador. do seu navegador quando abre uma página
e também como linha de destaque na pá-
Links internos – São os links dentro de gina de resultados do Google. O Page title
um site que direcionam para outras pági- é um dos elementos mais importantes em
nas do mesmo domínio. SEO, então deve conter as palavras-chave
de maior importância de cada página do site.
Links externos – São os links que dire-
cionam para páginas fora de seu próprio Off Page – Elementos exteriores à página
domínio. e que influenciam o posicionamento nos
resultados de motores de busca como o
Metadados – São os dados que indicam Google, como os links que direcionam
às ferramentas de pesquisa o que se trata para essa página.
nesse site ou página.
On Page – Elementos que estão dentro da
Meta descrição (Meta description) – É página e que influenciam nos resultados
uma breve descrição de uma página, que de buscadores como o Google, como page
aparece nas páginas de resultados das title, headings e atributo alt em imagens.
buscas. Apesar de não ajudar no posicio-
namento, a meta descrição auxilia a atrair Opt-in – É a escolha de optar por receber
visitantes ao site, pois resume o conteúdo informações via email ao inscrever o seu
da página nos resultados dos motores de endereço de email num formulário de um
busca. site, dando assim permissão para entra-
rem em contato com o utilizador.
Mobile – Termo usado para se referir a
telemóveis / smartphones ou outros dis- Opt-in duplo – É a prática de enviar para o
positivos móveis. utilizador um email de confirmação da assi-
natura na sua lista. Ele só receberá os emails
No follow – É um atributo posto em links seguintes se clicar nessa mensagem.
para que não sejam rastreados pelas fer-
ramentas de busca, de modo a não passar
autoridade para a página de destino.

64 #18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP


Prova social (social proof) – No market- Sitemap – Um mapa onde estão listados
ing, é o fato de se aproveitar da aprovação os endereços para aceder as páginas de
de outras pessoas para transmitir mais um site. Sitemaps HTML são usadas para
credibilidade e empatia. Se uma página visitantes navegarem e sitemaps XML são
tem muitos "gostos" no Facebook, por usados pelos motores de busca.
exemplo, as pessoas tendem a julgar a
empresa como relevante e confiável. Soft bounce – É a falha na entrega de
emails por uma razão temporária, como
Redirecionamento 301 (redirect 301) – É caixa de emails cheia.
o processo de direcionar uma página para
outro endereço. Um exemplo clássico são Teste A/B – Teste feito com duas versões
os sites que possuem versão com e sem diferentes de uma página, para avaliar qual
www. Para que o site não tenha as páginas tem o melhor desempenho com a interação
duplicadas, aplica-se o Redirecionamento do público. Um exemplo é uma página com
301 numa das versões. Assim, a autoridade um formulário com 4 campos e uma versão
da página direcionada será unida à da pági- com 8 campos. A que tiver mais conversão
na ativa. O mesmo pode ser feito em outras no teste A/B prova ser a que oferece uma
situações. melhor experiência ao utilizador.

SERP – Do inglês Search Engine Results


Page, é a página de resultados da ferra-
menta de busca.

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 65


BIBLIOGRAFIA
› The Digital Transformation Playbook- David L Rogers (Columbia Businees School)

› The Network is Your customer-David L Rogers (Columbia Businees School)

› Os 8 P´s do Marketing Digtital-Conrado Adolpho

› Criar Propostas de Valor - Alexander Osterwalder, Alan Smith, Greg Bernarda e Yves
Pigneur

› Marketing Digital & E-Commerce - Inês Amaral, João Neto, Jorge Remondes, David
Monteiro e Carolina Afonso

› 360º Marketing Digital- (Vasco Marques)

› The Social Book- Virginia Coutinho

› Managing Branding Equity-David Aaker

› Relevancia de Marca- David Aaker

› Citizen Brands-Putting Society at the Heart of Your Business- Michael Willmot

› Marketing 3.0 Philip Kotler/Hermawan Kartajaya e IWAN SETIWAN

#18 Marketing Digital Guia do Empresário . CTCP 67


Outros volumes desta colecção:

1 - Marketing

2 - Energia

3 - Internacionalização

4 - Novos Perfis do Calçado

5 - Estratégia

6 - Vendas e Negociação

7 - Balanced Scorecard

8 - Produção Lean

9 - Marketing Verde

10 - Responsabilidade Social

11 - Propriedade Intelectual

12 - Boas Práticas de Eficiência Energética

13 - Organização da Produção

14 - Orçamentação, Tesouraria e Custeio

15 - Gestão da Qualidade, Ambiente,


Segurança e Saúde no Trabalho
[Sistema Integrado]

16- Gestão de Recursos Humanos

17- Legislação Laboral

Centro Tecnológico
do Calçado de Portugal

Sede
Rua de Fundões - Devesa Velha
3700 - 121 S. João da Madeira
Tel. (+351) 256 830 950
Fax (+351) 256 832 554

Extensão
Rua Drº Luís Gonzaga da
Fonseca Moreira
Margaride 4610 - 117 Felgueiras
Tel. (+351) 255 312 146
Fax (+351) 255 312 957

Você também pode gostar