Você está na página 1de 2

Nome: Aryadne de Araújo

● 1- Na primeira leitura "Livro para crianças e literatura infantil: convergências e


dissonâncias" de Ricardo Azevedo, o autor explica a diferença entre livros para
crianças e literatura infantil, que é a principal causa do afastamento das crianças das
prateleiras, ele dá diversos exemplos de livros destinado a esse público (didático,
paradidático, livros-jogos, livros de imagens, CD ROM e a literatura infantil), todos
podem ser literatura em potencial, exceto pelos didáticos e paradidáticos, isso
porque a linguagem usada na literatura é polissêmica, ou seja, há diversos sentidos
e pode ser representada de diversas maneiras, já os didáticos são monossêmica e
mesmo os paradidáticos podendo ser literários eles ainda tem a função útil, de
ensinar, sendo assim desconsiderado por um dos conceitos da literatura que se trata
da inutilidade (não ensina nada), a literatura está em oposição com a ciência,
utilizando sempre o recurso de ficção, com sua motivação estética e o discurso
poético. O primeiro capítulo de "como usar a literatura infantil na sala de aula"
também trás o conceito do polissêmico, porém é tratado como se o texto
caminhasse dentro desses extremos de polissêmico e monossêmico, portanto a
proposta é que os textos literários de fato se usam principalmente de personagem,
narrador, espaço-tempo e o gênero. Em contrapartida em "Cultura letrada" no seu
primeiro capítulo deixa o assunto extremamente subjetivo, no conceito de ficção, a
autora se dispõe de um trecho de "Memórias póstumas de Brás Cubas" e diz que
para os espíritas aquilo pode ser não ficcional de acordo com a religião, essa análise
discorre por todos os conceitos de literatura tratados fielmente e subjetivando a
todos, o único aspecto presente nos textos é que: a literatura e a ciência
definitivamente não são a mesma coisa.

● 2- A primeira coletânea de contos infantis que se tem registro fôra escrita em XVII
por Charles Perrault na França, foram "Os contos da mãe gansa" na primeira edição
com oito histórias e na segunda acrescentando mais três, que ficou no total de onze
contos. Na mesma época, dentro da corte francesa, La Fontaine fazia sua pesquisa
de histórias bíblicas, orientais, gregas, medievais e renascentista, para publicar as
então famosas "Fábulas", na época denunciando injustiças da corte e do povo, se
perpetuando na memória popular. Um século mais tarde em XVII, os irmãos Grimm
numa pesquisa linguística para resgatar contos populares passados verbalmente
acabaram por criar a então Literatura Clássica Infantil, reunindo contos e os
publicando avulsamente, mais tarde foram todos reunidos em um único volume, cuja
segunda edição contou com cortes nos episódios mais violentos das histórias, para
se adequar melhor as crianças. A finalização da Literatura Clássica Infantil viria
somente no século XIX, pelas mãos de Andersen, na Dinamarca, levando em
consideração a época do romantismo, a escrita de seus contos se deu um tom
religioso e melancólico, por conta de seus finais tristes seus contos acabaram por
envelhecer, ao contrário dos de outros autores.

● 3- Desde o começo das fabulações e histórias orais e escritas, os contos de fadas


vem ajudando nós seres humanos através de nosso subconsciente, no conto de "A
bela adormecida" Bruno Bettelheim retrata que o sono de cem anos pode se
equivaler ao início da puberdade feminina "O final feliz assegura a criança que ela
não ficará presa permanentemente na imobilidade mesmo que no momento este
período de quietude pareça durar cem anos". Na história "Chapeuzinho vermelho"
se retrata no subconsciente infantil o início da adolescência, a desobediência e o
começo das aventuras perigosas que passamos para nos provar, com isso é
possível afirmar que os contos de fadas trazem a experiência teórica para que
saibamos lidar na prática.

Você também pode gostar