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LITERATURA INFANTIL
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
PROCESSOS COGNITIVOS NA ALFABETIZAÇÃO
lINGUAGEM ORAL E ESCRITA
MAGDA MARQUES
O QUE É LITERATURA INFANTIL?
( ) O trabalho com literatura no dia a dia das crianças é importante para que elas
participem do mundo letrado e da linguagem escrita.
( ) Ao conhecer muitas histórias, a criança não vai compreendendo as características
dos diversos tipos de narrativas.
( ) Na Educação Infantil, é essencial que o trabalho a ser feito com textos literários
seja realizado só de forma espontânea.
( ) Histórias com repetição favorecem a compreensão e a memorização do texto
pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma.
( ) As situações de leitura participativa convidam a criança a assumir o papel de
leitora, desafiando-a para novos aprendizados.
Assinale a alternativa, observando a ordem das respostas
dadas acima.
a) (F); (V); (V); (F); (V).
b) (V); (V); (F); (V); (F).
c) (F);(F);(V); (V); (V)
d) (V); (F); (F); (V); (V).
Em relação à leitura pelo professor e ao reconto pelas crianças de histórias infantis
na pré-escola, pode-se afirmar que:
a) as crianças pré-escolares que assistem a atos de leitura de contos não são
capazes de reproduzi-los ou recontá-los.
b) a natureza material e discursiva dos textos não interfere nos processos de ensino
e aprendizagem inicial da oralidade, da leitura e da escrita.
c) as situações de ensino baseadas na leitura em voz alta são desaconselhadas para
o desenvolvimento da consciência fonológica das crianças.
d) a interação em atividades de leitura e reconto oral oferece às crianças
oportunidades para se apropriarem das formas de expressão próprias dos textos
escritos.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de
habilidades que vão desde a simples percepção global do tamanho da
palavra e de semelhanças fonológicas entre as palavras até a
segmentação e manipulação de sílabas e fonemas (Bryant &Bradley,
1985).
As habilidades de consciência fonológica são divididas em três tipos:
consciência sintática, consciência silábica e consciência fonêmica. O
desenvolvimento dessas habilidades favorece o processo de
alfabetização e permite o aprendizado da escrita.
A consciência fonológica é a habilidade de compreender a maneira pela qual a
linguagem oral pode ser dividida em componentes cada vez menores: sentença
em palavra, palavra em sílaba e sílaba em fonema.
O desenvolvimento da consciência fonológica se dá à medida que criança percebe
o sistema sonoro da língua, ou seja, que ela é composta por palavras, silabas e
fonemas. Assim, é imprescindível trabalhar a consciência fonológica no
processo de alfabetização, pois ela acelera a aquisição da leitura — é como
um pré-requisito.
Muitos alunos com dificuldades na leitura apresentam deficits na capacidade de
processar informações fonológicas. Dessa forma, a instrução explícita em
consciência fonológica é fundamental para a alfabetização.
Consciência sintática
.
Aprendizagem
A aprendizagem requer processos cognitivos envolvidos em assimilar coisas novas,
sintetizar informações e integrá-las ao conhecimento prévio.
Memória
A memória é uma importante habilidade cognitiva, que permite às crianças em processo de
alfabetização codificar, armazenar e recuperar informações. É um componente crítico no
processo de aprendizagem e permite que as elas retenham conhecimento sobre o mundo e
suas histórias pessoais.
Percepção
A percepção que os pequenos recebam informações por meio de seus sentidos, em seguida,
utilizem essas informações para responder e interagir com o mundo.
.
Pensamento
O pensamento é uma parte essencial de todo processo cognitivo. Ele permite que as
crianças se envolvam na tomada de decisões, na solução de problemas e em um raciocínio
mais elevado.
.
Processamento cognitivo de leitura
Leitura é a capacidade de extrair pronúncia e sentido de uma palavra de sinais gráficos. Ou seja,
ler é a capacidade de identificar uma palavra.
O maior objetivo da leitura é a compreensão, e para que haja compreensão é preciso ler.
Porém, existe uma diferença entre saber ler e conseguir compreender o que está lendo. É
possível ler e não compreender, e compreender sem ler. Esses processos, de leitura e
compreensão, nem sempre ocorrem juntos.
Na leitura, o processo cognitivo acontece por meio da atenção, do planejamento, da
organização, automonitoramento e memória operacional. Também é preciso que a
criança desenvolva as habilidades de organização viso-espacial e temporal, sequencial,
memória a curto e longo prazo e contexto.
A representação das competências da leitura se dá inicialmente pela atenção seletiva e
sustentada, reconhecimento visual – gráfico, oculomotor e visuoespacial e, por fim, ocorre o
reconhecimento fonológico, a associação semântica e a compreensão da leitura.
Processamento Cognitivo da Escrita
No desenvolvimento cognitivo, a escrita desempenha um papel muito importante, pois é
por meio desta habilidade que a criança vai poder comunicar outras habilidades, suas ideias
e o mundo como um todo.
O processo de escrita acontece inicialmente pela grafomotricidade, que se dá através
do desenho e que é considerada a primeira representação mental de uma criança,
assim como diz Nuñez (2017): “escrever é representar com as palavras as ideias
mediante imagens.”
Também, pelo contato com leituras e livros, as crianças em processo de alfabetização
entendem que as ideias são representadas por palavras, gravadas como “imagens” e essas
imagens são chamadas de letras.
A aprendizagem da escrita acontece de forma gradual e conta muito com a capacidade
de exploração da criança. O principal estímulo para que esse processo se efetive com
sucesso é a alfabetização infantil.
O cérebro é estimulado durante a escrita e exige um planejamento motor, um planejamento
do som da letra, que a criança escute o som da letra e veja a representação da letra. Com
tudo isso, as quatro áreas do cérebro são acionadas. Para que a criança escreva
corretamente as letras do alfabeto, é envolvido nesse processo observação, controle e
coordenação manual, que demanda a memória motora que influencia na aprendizagem e
precisa ocorrer nessa fase.
A leitura e a escrita se complementam para que o processo de alfabetização
realmente ocorra. No entanto, é importante observar qual das duas vem primeiro, assim
pode-se criar estratégias para que o estímulo da aprendizagem seja realizado com sucesso.
O primeiro elemento que se concretiza é a leitura, já que a escrita, que é a expressão
motora, não é algo natural e precisa ser desenvolvida. A leitura ocorre após a análise dos
sons e a decodificação para que a escrita seja feita.
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
A oralidade e a escrita são duas formas de variação linguística, onde a oralidade é
geralmente marcada pela linguagem coloquial (ou informal), enquanto a escrita, em grande
parte, está associada à linguagem culta (ou formal).
Um dos fatores mais importantes para a construção da linguagem deve se à leitura,
posto que as pessoas que mantém o hábito da leitura têm muito mais facilidade para
se expressarem e claro, para perceber o contexto em que estão inseridas e qual das
linguagens devem usar.
Além disso, o hábito de leitura melhora a escrita, que na maior parte dos casos, deve adotar
a linguagem formal e das normas gramaticais para se expressar. Da mesma forma que na
oralidade, o ato de escrever está intimamente relacionado com o contexto em que está
inserido.
Seguramente, todos concordamos que a língua é um dos bens
sociais mais preciosos e mais valorizados por todos os seres humanos em
qualquer época, povo e cultura. Mais do que um simples instrumento, a língua é
uma prática social que produz e organiza as formas de vida, as formas de ação e
as formas de conhecimento. Ela nos torna singulares no reino animal, na
medida em que nos permite cooperar intencionalmente, e não apenas por
instinto. Mais do que um comportamento individual, ela é atividade conjunta e
trabalho coletivo, contribuindo de maneira decisiva para a formação de
identidades sociais e individuais.
Tendo em vista o trabalho com a língua em sala de aula, sabemos
que é como língua escrita que ela é ali mais estudada, mas é como
língua oral que se dá seu uso mais comum no dia-a-dia. Além disso,
a criança, o jovem ou o adulto já sabe falar com propriedade e eficiência
comunicativa sua língua materna quando entra na escola, e sua fala influencia a
escrita, sobretudo no período inicial da alfabetização, já que a fala tem modos
próprios de organizar, desenvolver e manter as atividades discursivas. Esse
aspecto é importante e permite entender um pouco mais as relações sistemáticas
entre oralidade e escrita e suas inegáveis influências mútuas.
As relações entre oralidade e escrita se dão num contínuo ou gradação perpassada pelos
gêneros textuais, e não na observação dicotômica de características polares. Isso significa que
a melhor forma de observar a relação fala-escrita é contemplá-la num contínuo de textos orais
e escritos, seja na atividade de leitura, seja na de produção. Esse contínuo é de tal ordem que,
em certos casos, fica difícil distinguir se o discurso produzido deve ser considerado falado ou
escrito.
Tome-se, por exemplo, o caso da notícia de um telejornal que só aparece na forma falada,
mas é a leitura de um texto escrito. Trata-se de uma oralização da escrita, e não de língua oral.
Ou então a publicação de entrevistas em revistas e jornais que originalmente foram
produzidas na forma oral, mas só nos chegaram pela escrita. Trata-se de uma editoração da
fala. E o mesmo ocorre com o teatro, o cinema e as novelas televisivas. Esses não são gêneros
orais em sua origem, mas surgem como escritos e depois são oralizados, chegando ao público
nessa forma.
Não
Não se
se pode
pode confundir
confundir oralidade
oralidade com
com
oralização
oralização da
da escrita.
escrita.
Sabemos que tanto a linguagem escrita como a linguagem oral se tratam de manipulação da
linguagem verbal que tem o intuito em estabelecer a comunicação. A seguir preencha as
lacunas em relação às características da linguagem oral e escrita.
I- Linguagem Oral
II- Linguagem Escrita