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CURA DO CORAÇÃO
O CASAMENTO É UM MODELO
Bath, Inglaterra
Na maioria dos dias, chegava em casa da escola precisando
perdoar alguém—um professor, colega de classe ou um dos meus
irmãos. Um olhar para mamãe e ela sabia. Ela me mandava sentar
e me fazer essas perguntas: “Como eles fizeram você se sentir? O
que eles roubaram de você?” Juntas, oraríamos por isso. Ela não
me dizia que eu precisava perdoar, mas participava do processo
comigo. Ela me mostrava como manter meu coração no lugar certo.
Há uma situação em particular em que meus pais foram
maltratados, e durante esses eventos injustos sua resposta foi
incrível e provocadora. A reação do pai, embora firme e clara, não
foi dura ou por raiva. Era de um lugar de filiação. Ele permitiu que o
Pai lutasse por ele, pegasse o volante, mostrando humildade e
estendendo a graça à outra parte. Em todas as coisas, tanto suas
palavras como ações me mostraram que descansar na força do
nosso Pai celestial e permitir que Ele assuma a liderança é o melhor
e único caminho. Mamãe e papai têm um relacionamento profundo
com Deus, nunca comprometendo, mas sempre pressionando por
mais. É porque eles têm profunda raízes dentro do Pai que eles
reagiram a tal situação com graça e paz.
Como ótimos exemplos, meus pais nunca me disseram o que era
certo ou errado, bom ou ruim, piedoso ou ímpio, mas eles me
mostraram. Embora eu não tivesse percebido na época, enquanto
observava meus pais, o que eu vi me moldou em quem eu sou
agora. Minha mãe e meu pai me fizeram aprofundar no amor de
Deus, confiando nEle com tudo o que sou e serei. Eu quero que
meu relacionamento com Deus seja tão forte quanto o deles, para
que eu possa ser para outros o que eles foram para mim—um
modelo de Jesus Cristo.
Pemba, Moçambique
Por quase três anos, tenho sido mentorada por Heidi Baker. Eu
andava diariamente ao seu lado, mais frequentemente no pó de
Moçambique e algumas vezes no Oeste.
Heidi é uma mentora contagiosa e, em muitas situações, busco
seguir o exemplo de Heidi como ela seguiu a Cristo. É quase natural
que eu me pergunte às vezes: “Como ela teria reagido nesta
situação?"
O que mais impactou minha vida? São as mil maneiras que Heidi
escolhe se humilhar, o jeito que ela todos os dias dedica tempo para
alguém e ama de todo o coração. É a forma como ela é
completamente verdadeira, e é sua mente que pensa de uma
maneira totalmente diferente de qualquer pessoa que eu já conheci
(sempre caminhando no impossível).
Um dia, quando tivemos uma festa de Natal em uma vila em
Moçambique, encontrei um garoto tremendo na areia com febre alta.
Ele era minúsculo, desnutrido e em um estado tão difícil. A infância
de Heidi me veio à mente, e eu estava convencida de que tudo que
eu precisava fazer era abraçar, segurar o garoto nos meus braços e
ele seria curado.
Eu o segurei e fui interrompida por alguém que queria conversar
comigo. Deitei o garoto de volta no chão e me afastei por um
momento. Quando me virei, o garoto tinha um semblante totalmente
novo. Ele estava fraco demais para ficar de pé antes; os joelhos
dele não o seguravam. Agora, de repente, ele estava correndo e
sorrindo! O exemplo de Heidi está constantemente me ensinando a
acreditar como uma criança, com toda a simplicidade.
O fator amor
Porém o maior deles é o amor. 1 Coríntios 13.13
Todos nós fomos criados com uma necessidade básica por amor.
O projeto de Deus é que as famílias sejam o primeiro lugar em que
recebemos amor. Mães e pais são chamados a serem os primeiros
a demonstrar o amor de Deus aos filhos. As crianças, aprendendo a
receber amor deles, podem aprender a receber e a dar amor de
Deus e de outras pessoas. Assim, eles podem enfrentar o mundo
com confiança, assegurados de seu valor com uma base sólida. Ao
procurarmos criar e orientar os filhos com um coração apaixonado
por Deus, como declara o grande mandamento (Mt. 22.37–38), é
essencial saber cultivar o amor em suas vidas.
CONFIANÇA BÁSICA
AFEIÇÃO FÍSICA
ENTONAÇÃO DE VOZ
OUTRAS EXPRESSÕES
Com amor,
Sua mãe
ENTRETENIMENTO
Vou dizer aqui algo que pode gerar polêmica! Ao procurar
construir uma base sólida de amor na vida de nossos filhos, acredito
que um dos maiores fatores que dificultam a causa é a televisão,
videogame, dispositivos eletrônicos portáteis, uso excessivo de
computadores—em suma, um excesso de entretenimento. As telas
de TV são tragicamente usadas como babás para crianças e até
jovens. Eles não apenas podem introduzir muitas ideias e filosofias
anticristãs, mas também podem substituir a comunicação e a
interação face a face com os pais e os irmãos.
John e eu tivemos tanta convicção a esse respeito que
simplesmente nos livramos da nossa TV há muitos anos. Em vez de
um bombardeio de imagens na enorme tela central de muitas salas
de estar, conversamos com nossos filhos, jogamos vários jogos de
tabuleiro e de cartas, saímos para a academia ou praticamos
esportes ou exercícios juntos, passeamos com o cachorro ou
fazemos compras juntos. Nossos filhos aprenderam a ser bons
leitores, estudantes da Bíblia e se interessam por conversas com
pessoas reais e não em desperdiçar a vida num mundo virtual,
jogando com alguém em algum lugar em outra tela.
Certa vez, fiquei na casa de uma família cujo filho de 23 anos só
saía do quarto (onde estava jogando jogos de computador online)
para comer. Eu estava lá no aniversário dele e, mesmo depois do
bolo e das velas, ele voltou para o quarto para voltar ao computador.
Eu me senti triste no meu espírito. Partes inteiras desta geração não
estão aprendendo a perseguir seu destino ou interagir no mundo
real. Eles são excessivamente entretidos no mundo virtual.
Os pais de crianças pequenas devem começar a ensinar esta
lição cedo. Defina um limite de tempo para o uso da TV, do
computador e de eletrônicos. Monitore de perto quais músicas eles
ouvem, o que assistem e o que fazem.
Temos em nossa casa uma regra de que nossos filhos não devem
ouvir música não cristã. Pode haver algumas exceções, como
músicas de qualidade que ocasionalmente ouvem, que não são de
natureza negativa. No entanto, dissemos a eles que há muita
música cristã de boa qualidade que eles podem escolher. Na minha
van, sempre há música cristã de boa qualidade que nossos filhos
também acham atraente. Em nossa casa, costumamos sintonizar na
transmissão de adoração e oração online, gratuita e contínua da
Casa Internacional de Oração (ihopkc.org/prayerroom).
Como fonte de entretenimento, compramos muitas das séries
Odyssey em áudio da Focus on the Family ou outras produções em
áudio (focusonthefamily.com). Temos computadores nos quais
assistimos filmes, que muitas vezes adquirimos na livraria local ou
online. Os filhos mais novos precisam pedir permissão para assistir
a um filme. John e eu usamos nosso discernimento em filmes que
não vimos ou pesquisamos na internet para obter informações
detalhadas sobre o conteúdo de um filme em particular.
Costumamos ir ao cinema em família e gostamos de apoiar filmes
familiares ou cristãos de qualidade.
No momento em que escrevo estas páginas, nosso filho mais
velho tem 23 anos e o mais novo tem 11 anos. Temos visto como os
padrões que estabelecemos para nossos filhos quando eles eram
jovens se mantiveram na idade adulta.
As crianças nascem com uma natureza sensível, como uma tela
em branco que nós, como pais, temos o privilégio de pintar e
proteger. Na medida em que buscamos imprimir nessa tela uma
fome pela presença de Deus, por ouvir Sua voz e conhecer Seu
amor, é crucial manter essa sensibilidade e aumentá-la através do
que entra em seus olhos, ouvidos e mentes.
O PODER DA ALEGRIA
“A alegria do Senhor é a força de vocês” (Ne. 8.10). Desfrutar da
vida faz parte de nossa herança no Senhor. Deus não nos quer
deprimidos, miseráveis e vivendo a vida com medo. A alegria é um
dos frutos do Espírito e "o coração alegre é bom remédio" (Pv.
17.22).
Quando há alegria, risos e diversão fluindo em nossos lares e
vidas, nossos filhos e aqueles que lideramos seguirão esse padrão
e viverão vidas alegres. Durante o tempo em que trabalhei como
enfermeira, vi como a depressão pode ser um problema geracional
e literalmente rouba pais e mães das famílias ou remove o prazer da
vida em família. Há momentos em que a intervenção médica é
necessária, introduzindo, por exemplo, a administração de
antidepressivos que ajudam a equilibrar os hormônios e auxiliar a
pessoa a passar por um tempo de dificuldades. Também acredito
que há momentos de ataques espirituais que visam roubar a alegria
das pessoas que devem ser resistidos pela oração e pela cura das
raízes do desânimo.
Devemos estar determinados a aproveitar a vida ao máximo, não
importando quais sejam as nossas circunstâncias. A verdadeira
alegria vem do Espírito em nosso interior. Como ouvi Mike Bickle
dizer: "Deus se alegra principalmente em não estar triste".
Quando o Espírito Santo caiu poderosamente em Toronto, em
janeiro de 1994, uma de suas manifestações foi que as pessoas
riam de forma incomum. Vi literalmente milhares de pessoas numa
reunião explodirem em risadas espontâneas e incontroláveis. Alguns
rolaram no chão com o vendaval de alegria. Outros não conseguiam
andar adequadamente, totalmente envolvidos pelo Espírito Santo. O
Senhor usou esse mover do Espírito, do qual tive o privilégio de
fazer parte, para me ensinar muitas lições. Uma delas foi sobre
como Deus é divertido. Ele adora rir. Ele adora quando estamos
cheios de sua presença e cheios de sua alegria. Da mesma forma,
nossos lares, cheios de alegria e risos, ensinam às crianças como
Deus é divertido e como a vida é maravilhosa quando vivida em
abundância (Jo. 10.10).
Uma vez, nossa filha Zoe chegou da casa de uma amiga e nos
disse que a família dela ria muito mais que a nossa. Embora eu não
incentive a comparação, essa afirmação me deixou determinada a
dar mais risadas junto com minha família. Nas casas onde eu e
John fomos criados, não havia muitas risadas, e nós não podemos
ser descritos como comediantes. No entanto, podemos ajudar a
promover a alegria e o riso em nossas casas, se assim o
desejarmos. Como diriam nossos filhos, John conta piadas bregas.
Decidi rir delas, mesmo que não pareçam engraçadas, porque
qualquer oportunidade de rir é boa. Eu rio de novo quando um de
nossos filhos diz pela quarta vez: “Quando o bebê camelo nasce
sem corcovas (em inglês, humps), como seus pais o chamam?
Humphrey!"
Às vezes, nossa filha com necessidades especiais faz coisas
estranhas, seja em casa ou em público. Aprendemos que é muito
mais divertido rir com ela do que nos sentirmos incomodados por
seu comportamento. Sim, corrigimos quando precisamos corrigir,
mas há momentos em que você precisa apenas rir.
Às vezes, assistir a um filme de comédia que seja puro, ou jogar
um jogo de tabuleiro agradável, ou reunir-se com amigos para
simplesmente rir é exatamente o que precisamos. John e eu tivemos
uma sólida formação holandesa sobre a ética no trabalho. Em
outras palavras, trabalhamos intensamente. Descobrimos anos atrás
que precisávamos nos ensinar a nos divertirmos intensamente
também. Férias, momentos de descontração, guerras de
travesseiros, viajar em família para ver as Cataratas do Niágara
novamente (fica a uma hora de carro de nossa casa), ou qualquer
ideia criativa que o Senhor nos dê para promover risadas e
momentos divertidos, também são muito espirituais.
Que estejamos determinados a promover a alegria da vida em
nossas vidas e lares. De fato, mesmo quando as trevas procuram
cobrir a terra, Deus se senta nos céus e ri (Sl. 2.4).
“Se você andar diante de mim como fez o seu pai Davi, com
integridade de coração e com sinceridade, fazendo segundo tudo o
que lhe ordenei e guardando os meus estatutos e os meus juízos,
também confirmarei o trono do seu reino sobre Israel para sempre,
como prometi a Davi, seu pai, dizendo: ‘Nunca lhe faltará sucessor
ao trono de Israel.’ Porém, se vocês ou os seus filhos se afastarem
de mim e não guardarem os meus mandamentos e os meus
estatutos, que eu lhes prescrevi, e se servirem outros deuses e os
adorarem, então eliminarei Israel da terra que lhe dei, e lançarei
para longe da minha presença este templo, que santifiquei ao meu
nome. E Israel virá a ser motivo de provérbio e de escárnio entre
todos os povos” (1 Rs. 9.4-7).
Stratford, Canadá
Testemunhei em primeira mão o poder das palavras. Eu
costumava me perguntar por que as coisas na minha vida não
estavam indo do jeito que eu queria. Eu costumava me perguntar
por que todos ao meu redor conseguiam as coisas que desejavam e
eu não. Quando era estagiária sob a liderança de Patricia (também
conhecida carinhosamente como minha Mama Boots), eu a ouvia
falar regularmente sobre declarações proféticas e como suas
palavras—e a palavra de Deus—podem afetar sua vida. Ela falou
sobre como podemos decretar e declarar as boas coisas de Deus
que acontecerão em nossa vida. Ela ensinou que escrever essas
coisas e declará-las diariamente em minha vida permitiria que meu
coração e minha mente pudessem se concentrar nas coisas boas de
Deus, em suas promessas e no que Ele diz sobre minha vida. Ela
compartilhou como essas coisas se tornariam realidade em minha
vida.
Comecei escrevendo versículos da Bíblia, colocando meu nome
neles e recitando-os sobre mim mesma. Comecei, então, a tomar
posse de minhas palavras proféticas que pessoas haviam falado e
as promessas de Deus, a extrair frases chave e a recitá-las também.
Coisas como: “Sou uma com o Senhor e isso me define”, “Deus me
concederá os desejos do meu coração porque Ele me ama”,
“entrarei no chamado, destino e plenitude daquilo que o Senhor
escolheu", e "terei alegria em todos os meus dias". Eu declarei
promessas e verdades nas quais eu poderia colocar meu coração e
minha mente. Até comecei a escrever coisas sobre meus futuros
marido e filhos. Coisas como: "Meu marido é um homem
apaixonado, que ama a Deus e é temente a Deus, que me amará
como Cristo ama a igreja", e “meus futuros filhos servirão ao Senhor
todos os dias de suas vidas”.
Bem, adivinhe? Funcionou. Realmente funcionou. Essas verdades
estão assentadas no fundo do meu coração e agora vivo sabendo
quem sou e a quem pertenço. Minha vida é maravilhosa e meu
relacionamento com Deus é mais forte e profundo a cada dia, à
medida que cultivo sua Palavra e suas promessas em meu coração
e mente. Em setembro, vou me casar com um homem maravilhoso,
apaixonado por Deus e que me ama excepcionalmente bem, e
nossos futuros filhos servirão ao Senhor todos os dias de suas
vidas! Hoje ando em favor e certeza de identidade que antes eu não
tinha.
ESTÁGIOS DA VIDA
DEDICAÇÃO DO BEBÊ
Ordem de cerimônia
1. Introdução à cerimônia (de preferência o pai; pode ser feito por
mãe ou pastor).
2. Canção (ou breve tempo de adoração).
3. Mensagem sobre a importância do rito de passagem, incluindo
um encargo para a vida adulta.
4. Celebração da vida da criança (DVD).
5. Esquetes (costumam ser versões engraçadas de episódios em
suas vidas).
6. Compromissos (os pais recitam seus compromissos; o filho
recita seus compromissos).
7. Apresentação dos presentes, com uma explicação do que eles
representam: sandálias ou sapatos (simbolizando filiação), troca de
roupa (simboliza mudança de estação), um presente de acordo com
seu destino profético (por exemplo, demos a Judah um violão—ele
agora é um líder de adoração; demos a Aquila um violino—ela agora
é violinista), um anel (simbolizando a pureza sexual até o
casamento e deve ser usado no dedo anelar do lado esquerdo).
8. Comunhão (tomada pelo pai, mãe e filho, selando este acordo
em Jesus).
9. Assinatura do certificado da aliança.
10. Leitura de palavras proféticas passadas ou declaração de
palavras ou bênçãos proféticas (por pessoas significativas para o
filho ou filha: pais, avós, pastor, professor, mentor, amigo).
11. Expressão simbólica de feminilidade ou masculinidade (todos
os homens ou mulheres com mais de 13 anos de idade vão para
uma parte da sala e depois chamam o filho para se juntar a eles—
como se ele ou ela cruzasse um limiar).
12. Declaração de feminilidade ou masculinidade (pelo pai ou pela
mãe, geralmente incluindo: “Este é meu filho [ou filha] amado em
quem me comprazo”).
13. Oração final e liberação para a celebração (comida,
comunhão).
CULTO DOMÉSTICO
MINHA HISTÓRIA
NOSSOS PADRÕES
LAÇOS DE ALMA
[1] Erik H. Erikson, Identity and the Life Cycle (New York: W. W.
Norton & Company Inc., 1980), 57–58.
[2] Ibid., 65.
[3] Wikipedia, s.v. “Erik Erikson,” última modificação em 20 de
28 de setembro de 2014,
http://en.wikipedia.org/wiki/Intonation_(linguistics) [11] Terry and
Melissa Bone acessado em 23 de outubro de 2014,
http://www.powerofblessing.com/_store/_preview/pob_preview.pdf.
[12] Ibid.
[13] Ibid.
[14] Ibid.
[15] Ibid.
[16] Ibid.
[17] J. E. Hutton, A History of the Moravian Church, 2nd
Thought, CBN
News (2014): http://www.cbn.com/cbnnews/us/2014/June/Church-
Divorce-Rate-Way-Lower-than-Anyone-Thought/
[28] What Is the Nazirite Vow?, acessado em 23 de outubro de