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AVANÇADA
Patrícia Silva de Lira Lacerda Pinheiro
Linguística
Avançada
© by Ser Educacional
Linguística Avançada:
ISBN: xxx-xx-xxxxx-xx-x
ACESSE
IMPORTANTE
Links que
Informações importantes
complementam o
que merecem atenção.
contéudo.
ASSISTA OBJETIVO
Recomendação de vídeos Descrição do conteúdo
e videoaulas. abordado.
ATENÇÃO
OBSERVAÇÃO
Informações importantes
Nota sobre uma
que merecem maior
informação.
atenção.
CURIOSIDADES PALAVRAS DO
Informações PROFESSOR/AUTOR
interessantes e Nota pessoal e particular
relevantes. do autor.
CONTEXTUALIZANDO PODCAST
Contextualização sobre o Recomendação de
tema abordado. podcasts.
DEFINIÇÃO REFLITA
Definição sobre o tema Convite a reflexão sobre
abordado. um determinado texto.
DICA RESUMINDO
Dicas interessantes sobre Um resumo sobre o que
o tema abordado. foi visto no conteúdo.
EXEMPLIFICANDO
SAIBA MAIS
Exemplos e explicações
Informações extras sobre
para melhor absorção do
o conteúdo.
tema.
EXEMPLO SINTETIZANDO
Exemplos sobre o tema Uma síntese sobre o
abordado. conteúdo estudado.
Língua������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 12
Fala ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������15
Oralidade������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 17
Escrita������������������������������������������������������������������������������������������������������������������18
Discurso��������������������������������������������������������������������������������������������������������������19
Funções da Linguagem���������������������������������������������������������������������������������� 21
Apresentação
Oi! Tudo bem?
Currículo Lattes
1
Objetivos
UNIDADE
1. Desenvolver reflexão crítica.
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INFOGRÁFICO
11
É possível, então, que já consigas perceber o que está no iní-
cio dessa nossa reflexão a respeito das conceituações e perspectivas
teóricas. Consegue-se notar a proximidade nas ideias passadas por
Marcuschi e por Bagno em relação à conceituação de “língua”.
SAIBA MAIS
Língua
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a língua como um conjunto estruturado constituído por elementos
interdependentes.
13
As teorias cognitivas têm grande relevância no cenário dos
estudos referentes à linguagem, pois essa passou a ser analisada a
partir de sistemas cognitivos interconectados, relacionados ao ra-
ciocínio, à percepção de mundo, à memória entre outros, além da
própria capacidade linguística, uma vez que a relação entre lingua-
gem e cognição nos é explicada da seguinte forma: “não há possi-
bilidades integrais de pensamentos ou domínios cognitivos fora da
linguagem, nem possibilidades de linguagem fora de processos in-
terativos humanos.” (KOCH, 2009, p. 32), que deixa claro, tratar-se
de uma relação recíproca.
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indivíduos compartilhem seus conhecimentos, experiências, sen-
timentos, medos, anseios e intenções. A linguagem é também um
meio de interação social, de expressão de desejos e ideias, bem como
de influência sobre outras pessoas, possibilitando a construção da
identidade social. Tudo isso se dá através do desenvolvimento cog-
nitivo linguístico que é um marco essencial para que as crianças
possam desenvolver suas habilidades cognitivas e linguísticas, pro-
movendo a aquisição de conhecimento e a construção da linguagem.
Esse desenvolvimento está dividido em quatro áreas principais: de-
senvolvimento cognitivo, linguagem, habilidades sociais e emocio-
nais e desenvolvimento motor. As áreas são interconectadas e cada
uma delas contribui para o desenvolvimento global da criança.
SAIBA MAIS
Fala
INFOGRÁFICO
15
A partir do esquema acima, acredito que estás se perguntan-
do: mas como assim fala individual e língua social?
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Oralidade
Beth Marchuschi, no glossário Ceale, aborda a oralidade como uma
prática social complexa que envolve diversos fatores, tais como as
habilidades e competências linguísticas dos falantes, suas crenças,
seus valores culturais, as relações de poder e as características do
contexto em que a comunicação ocorre. Ao mesmo tempo, a orali-
dade também pode ser entendida como um processo de interação
entre os falantes que envolve a codificação e decodificação de men-
sagens, assim como a construção de sentidos através de diversas
formas de linguagem.
A oralidade abrange, portanto, todos os aspectos relaciona-
dos à fala, entendida como um ato comunicativo que se manifesta
em um contexto social específico e que envolve múltiplas lingua-
gens. É importante destacar que, mesmo quando um indivíduo não
se manifesta verbalmente, suas reações corporais também podem
influenciar o andamento da interação, como no caso de expressões
faciais, movimentos corporais, entre outros elementos. Portanto, a
oralidade envolve todos os aspectos das interações orais, sejam eles
verbais ou não verbais.
Nesse sentido, as atividades desenvolvidas no espaço escolar
devem abordar a oralidade como um processo dinâmico e relacional,
que envolve o uso dos recursos da língua em diferentes situações e
com diferentes finalidades. A partir de então, o objetivo de trabalhar
a oralidade na escola deve ser o de promover o desenvolvimento de
competências de comunicação e interação, ou seja, capacitar o alu-
no para usar a língua em contextos sociais e acadêmicos diversos.
A pesquisadora faz a indicação de uma série de práticas com
a oralidade, lembramos então do “Bate-papo”, uma vez que pode-
mos convidar os alunos a refletirem sobre temas como o meio am-
biente, a saúde ou a educação, e do “Teatrinho”, momento em que
os alunos são incentivados a representar situações cotidianas.
Ela ainda lembra que é importante oferecer à criança o con-
tato com variados gêneros de oralidade que devem ser selecionados
para se adequar à faixa etária a que se destinam. Os alunos então
precisam produzir, ouvir e compartilhar estes gêneros em sala de
aula.
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Escrita
Além de já termos abordado as questões da escrita a partir de Mar-
cuschi, no início dessa unidade, também exploramos o tema com a
visão de Ana Maria de Oliveira Galvão, no glossário Ceale, que fala
sobre a “cultura escrita” como podendo ser entendida como o con-
junto de elementos que envolvem a escrita: a língua, a forma de
escrever, os conteúdos, a circulação da escrita, as formas de repre-
sentação, os modelos de leitura, as formas de uso, a formação das
identidades culturais relacionadas à escrita e o contexto social em
que se dá o uso da escrita. A cultura escrita pode variar muito de um
lugar para o outro, dependendo da língua, das relações de poder, do
papel da escrita na vida social, bem como do contexto histórico e
sociopolítico da comunidade. Por exemplo, diferentes comunidades
têm diferentes estilos de escrita, tais como a diferença entre escrita
formal e informal.
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para alguns grupos ou indivíduos. Por outro lado, o escrito pode
ser ignorado por outros grupos e não ter qualquer valor para eles.
É importante lembrar que o papel do escrito muda entre culturas e
é necessário considerar as relações de poder existentes para com-
preender como o escrito é usado e como isso afeta a sociedade.
Discurso
Para abordar discurso, vamos partir de um dicionário de linguísti-
ca que nos apresenta 5 páginas sobre discurso, daí já se percebe o
quanto temos a estudar. Apresentemos, então, algumas das acep-
ções nele expostas.
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como organizado, pelos usuários da língua, em suas interações, a
partir de motivações pragmático-comunicativas.
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pelo emissor para alcançar a recepção desejada. Estes recursos po-
dem ser os mais variados, desde a linguagem figurada e as metáforas
aos argumentos lógicos e ao recurso do humor. Dessa forma, o Uni-
verso de Concorrências permite ao analista do discurso identificar
como a mensagem é recebida e compreendida pelo receptor e como
o emissor usa os recursos discursivos para alcançar seu objetivo.
Funções da Linguagem
Nos apoiamos, aqui, na teoria da comunicação verbal, para tratar-
mos das Funções da linguagem, que aborda a comunicação como
um acontecimento da linguagem através do qual uma mensagem
é transmitida por um emissor a um receptor. O grande nome é o do
linguista russo Roman Jakobson. O linguista propôs um modelo que
representa os diferentes fatores do processo linguístico realizado na
comunicação verbal. Podemos apresentá-lo da seguinte forma:
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INFOGRÁFICO
22
INFOGRÁFICO
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O modelo de Jakobson tem sido ajustado às diversas perspec-
tivas metodológicas, oferecendo reflexão sobre a polifuncionalida-
de da linguagem verbal.
SAIBA MAIS
GLOSSÁRIO
D Estruturalismo
D Distribucionalismo
D Funcionalismo
D Cognitivismo
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são aprendidas de forma mecânica, mas são interpretadas e avalia-
das com base em experiências anteriores e no contexto.
D Conativo
D Enunciação
D Fática
D Metalinguagem
D Referência
D Código
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VOCÊ SABIA?
Ferdinand de Saussure
Seu livro mais famoso é Curso de Linguística Geral, publicado
postumamente em 1916. Este livro estabeleceu a dicotomia entre o
signo linguístico e seu significado, a qual se tornou a base da se-
miótica. Saussure também desenvolveu o conceito de língua como
um sistema de sinais arbitrários e interdependentes. Além disso, ele
também foi um dos primeiros a usar o conceito de estrutura em re-
lação à linguagem.
Leonard Bloomfield
Leonard Bloomfield foi um pioneiro na linguística moderna,
desenvolvendo um método estrutural para a análise da linguagem.
Ele foi influenciado, principalmente, pelo trabalho de Ferdinand de
Saussure, mas também incorporou outras teorias, como a de Ed-
ward Sapir. Bloomfield foi o primeiro linguista a defender a ideia de
que a linguagem tem estruturas discretas que podem ser descritas
e analisadas sistematicamente. Ele também foi o primeiro a realizar
estudos empíricos sobre o uso da linguagem em contextos naturais.
Edward Sapir
Sapir foi professor de antropologia na Universidade de Chi-
cago e professor de linguística na Universidade de Yale. Ele foi um
dos primeiros a propor uma teoria sobre a relação entre a língua e a
cultura, conhecida como a Teoria da Relação Linguística. Seu traba-
lho na linguística foi influenciado por sua experiência com línguas
ameríndias e foi um dos primeiros a usar os princípios da linguística
moderna em seu estudo da língua. Sapir também foi um dos pri-
meiros a relacionar a linguagem com a estrutura social e cultural,
ao argumentar que a língua é uma forma de expressão social, e não
apenas um mecanismo para comunicação. Ele argumentou que as
línguas evoluem para se adaptarem à cultura e às necessidades.
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Jean Piaget
Piaget foi pioneiro na análise da inteligência humana, desen-
volvendo o conceito de desenvolvimento cognitivo. Ele argumentou
que o desenvolvimento intelectual passa por estágios que incluem
a assimilação, a adaptação e a organização. Piaget também estu-
dou o funcionamento do pensamento na infância e descobriu que
as crianças pensam de forma diferente dos adultos. Ele desenvolveu
princípios que descrevem como as crianças adquirem conhecimen-
to e como esse conhecimento muda à medida que elas envelhecem.
Além disso, Piaget foi um dos primeiros a argumentar que as crian-
ças devem ser estimuladas para a aprendizagem ativa. Seus traba-
lhos influenciaram diretamente a área da educação infantil.
Lev Vygotsky
Vygotsky explicou que o desenvolvimento da criança é in-
fluenciado pelo meio social e cultural em que ela vive. Ele acredi-
tava que a experiência de compartilhar conhecimento com outras
pessoas é vital para a aquisição de habilidades intelectuais. Assim,
Vygotsky desenvolveu a teoria de que a aprendizagem é facilitada
pela mediação de outras pessoas, o que ele chamou de zona de de-
senvolvimento proximal (ZDP).
Mikhail Bakhtin
Nascido em 1895, Bakhtin foi criado na cidade de Orel, na
Rússia, onde se formou em 1917, com um diploma de educação se-
cundária. Seu trabalho teórico foi influenciado pelos filósofos e
pensadores russos, como Nikolai Berdiaev, V.S. Solovev e M.M. Kro-
potkin. Ele também foi influenciado pelos filósofos alemães, como
Immanuel Kant e Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Bakhtin desen-
volveu várias ideias ao longo de sua carreira, incluindo a noção de
“dialogismo”, que se baseia na ideia de que o significado é o re-
sultado de uma conversa entre diferentes vozes e perspectivas. Ele
também propôs a noção de “carnavalização”, que é um modo de re-
sistência cultural que subverte a hierarquia social.
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Martin Luther King – Eu Tenho um Sonho
Ele foi um pastor batista e ativista político estadunidense e se
tornou o líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos
da América. “Eu tenho um sonho” é um dos discursos mais con-
siderados da história. Pesquise sobre ele, leia-o e aproveite para
observar os temas linguísticos da unidade estudada, no discurso de
Luther King.
CURIOSIDADE
EXEMPLO
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DICA
Agora seguem dicas, caso você se interesse por realizar uma pesqui-
sa e análise de algum discurso, para fins acadêmicos. Você deverá
realizar a análise após ter examinado todo o contexto histórico-so-
cial e as condições de produção, além de outras variáveis que pos-
sam ter influenciado a cosmovisão do autor do discurso.
REFLITA
SINTETIZANDO
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Referências
UNIDADE 1
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GREGOLIN, M. Foucault e Pêcheux na construção da análise do
discurso: diálogos e duelos. São Carlos: ClaraLuz, 2004.
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