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18/2/22 11:49 Apostila de os efeitos das técnicas de endermoterapia e drenagem linfática

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ANATOMIA DO ABDÔMEN

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OS EFEITOS DAS TÉCNICAS DE ENDERMOTERAPIA E DRENAGEM LINFÁTICA

2 - Anatomia Do Abdômen

O abdômen é dividido em nove regiões delimitadas por duas linhas verticais e horizontais e está localizado entre o
tórax e a pelve, dividindo-se em: hipocôndrio direito e esquerdo, flanco direito e esquerdo, fossa ilíaca direita e
esquerda, epigástrio, mesogástrio e hipogástrio e, ao contrário dos outros segmentos do corpo não possui
proteção óssea (DANGELO e FATTINI, 2004; MOORE, 1994).

A parede abdominal é formada por camadas dispostas da região externa para mais interna: pele, tecido
subcutâneo, músculos, tecido extra-peritoneal e peritônio (DANGELO E FATTINI, 2004). Os músculos abdominais
fazem uma pressão sobre os órgãos da região abdominal, assim protegendo-os e mantendo-os no local (JACOB e
FRANCONE, 1990). A parede ântero-lateral do abdômen é constituída, pelos músculos piramidais, músculo reto
abdominal e pelas aponeuroses dos três músculos (oblíquo externo, oblíquo interno, e o transverso do abdômen).
E as partes laterais são constituídas por esses três músculos, parte do músculo ilíaco, e pelos ossos do quadril
(GARDNER, GRAY e O’RAHILLT, 1988).

O tecido epitelial do abdômen desenvolve-se a partir da camada germinativa do embrião, por ser um tecido básico
e simples e tem como funções: revestimento, absorção, secreção, e sensorial sendo que a maioria dos tecidos
são espessos (CORMACK, 1999). Quanto ao número de camadas divide-se entre epitélio simples, epitélio
estratificado e pseudo-estratificado; e quanto à forma das células epiteliais em epitélio pavimentoso, constituído de
células achatadas semelhante aos labirintos de pavimentos, cúbico, onde as células se assemelham a cubos
cilíndricos e sequentemente a colunas verticais. Os epitélios são tecidos que sofrem renovação contínua, por
constituírem células de vida limitada, e isso se da através de mitoses (GUIRRO e GUIRRO, 2002).

Tecido Adiposo Abdominal


O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo onde é possível analisar o predomínio de adipócitos, que
podem ser encontrados de forma isolada ou em pequenos grupos, mais a grande parte deles se distribui pelo
corpo de forma difusa. Em indivíduos que apresentam peso normal, os adipócitos correspondem de 20-25% do
peso corporal na mulher, e 15-20% no homem (BORGES, 2006).

Os adipócitos ou células adiposas permanecem isoladas ou em grupos, no tecido conjuntivo, porém são mais
numerosos no tecido adiposo. Assim que a gordura se acumula, aumenta de tamanho tornando-se células
globosas, que se iniciam em forma de gotículas e após se juntam formando uma gota (GUIRRO e GUIRRO,
2002).

O tecido conjuntivo é formado por fibras de colágeno e reticulares, que são atribuídas pelo organismo, sendo que
as fibras colágenas são mais frequentemente encontradas, mesmo sendo este rico em fibras elásticas. As
reticulares apresentam-se nas formas: curtas, finas e inelásticas (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1999). A grandeza
em material intercelular do tecido conjuntivo é sua característica fundamental; e seu papel básico é sustentar,
interconectar e nutrir outros tecidos (CORMACK, 1999).

Apresenta vários tipos de células separadas, devido a grande quantidade de material intracelular, e pela
substância fundamental amorfa (GUIRRO e GUIRRO, 2002). As células existentes no tecido conjuntivo têm como
nomenclatura: fibroblastos, macrófagos, célula mesenquimatosa indiferenciada, mastócitos, plasmócitos,
leucócitos, e célula adiposa (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1999).

Já o tecido adiposo é caracterizado por armazenar as moléculas de gordura. Neste tecido, grandes quantidades
de gordura são armazenadas, onde é chamado normalmente de gordura tecidual. A principal função do tecido
adiposo é armazenar os triglicerídeos até que se tornem necessários para o suprimento de energia em outras
partes do corpo ou proporcionar isolamento térmico ao organismo. As células do tecido adiposo são os adipócitos,

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ou seja, fibroblastos modificados que armazenam triglicerídeos quase puros em quantidade de até 85% a 95% de
todo o volume celular. Os triglicerídeos no interior dos adipócitos encontram-se geralmente sob a forma líquida
(GUYTON e HALL, 2006).

Existem dois tipos de tecido adiposo identificáveis pela estrutura, localização, cor, função, inervação e
vascularização de suas células, classificados em tecido adiposo amarelo e tecido adiposo pardo. A gordura
amarela é destituída no tecido subcutâneo apresentando diferenças regionais influenciadas pelo sexo e pela
idade. A quantidade de tecido adiposo em um indivíduo é determinada por fatores hereditários e ambientais,
sendo o principal desses a ingestão calórica (BORGES, 2006). Quando existe excesso de ingestão calórica, este
excesso é armazenado em forma de gordura, sendo que esta ingestão pode ser em forma de gordura, proteínas
ou carboidratos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1999).

A gordura corpórea adequada para uma mulher é equivalente a 20-27% do peso corpóreo, sendo que em torno de
12% é denominada de gordura essencial (gordura localizada em regiões específicas, necessária à sobrevivência).
A deposição de gordura é controlada geneticamente, sendo diferente entre homens e mulheres. Na mulher, a
gordura essencial equivale a 5-9% de gordura específica do sexo feminino, sendo localizada nas mamas, região
pélvica e coxas. Já no homem, a gordura corporal equivale 12-15% do peso corporal, sendo que de 4-7% é
gordura essencial. A gordura localizada é uma patologia do tecido gorduroso, em que a gordura se acumula em
locais determinados mais que em outros locais e um dos locais mais atingidos é o abdômen (GUYTON e HALL,
2006).

A gordura abdominal também está associada com moderada secreção de hormônio de crescimento e a um grupo
de fatores de risco para doença cardiovascular, diabetes tipo 2, dislipidemia, resistência insulínica e a estados pró
trombóticos. Entretanto, as mulheres com distribuição de gordura andróide manifestam quadro psicológico de
perda da auto-estima. Os mecanismos fisiopatológicos que justificam o acúmulo de gordura visceral ainda não são
conhecidos, mas múltiplas alterações endócrinas podem estar incluídas, tais como perturbações no
funcionamento dos eixos hipotálamo-hipófise-adrenal, gonadal e somatotrófico (FERNANDES, ALDRIGHI e
ALDRIGHI, 2005).

Sistema Linfático
O sistema linfático é semelhante ao sistema sanguíneo, que está ligado funcional e anatomicamente ao sistema
linfático. Porém no sistema linfático não existe um órgão que bombeia o sangue, mas possui funções importantes,
como o retorno do líquido do interstício para a corrente sanguínea, destruição de partículas estranhas e
microorganismos da linfa, e produção de anticorpos como respostas imunes. O sistema linfático; é composto por
um sistema vascular, constituído por capilares linfáticos, vasos coletores, troncos linfáticos e linfonodos (FIGURA
1) (GUYTON e HALL, 2006).

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