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Economia Competitiva

Modelo de Negócios

Economia Verde
Resíduos Sólidos
A administração dos resíduos gerados no processo de produção e consumo representa um
grande desafio na nova economia. Para integrar soluções ao que é proposto para o futuro,
é preciso uma visão ainda mais ampla sobre a questão.

O conceito de “responsabilidade compartilhada”, presente na Política Nacional de


Resíduos Sólidos (PNRS), pede forte empenho coletivo para a sua aplicação. O
comprometimento de todas as partes envolvidas deve ser pleno – do poder público, a partir
da constituição de legislação eficiente; da iniciativa privada, com a oferta de pesquisas e
desenvolvimento de tecnologias em sistemas para a eliminação e a correta destinação dos
resíduos sólidos; e da sociedade, com ações ambientalmente corretas e cobrança de
aplicação das leis.

A indústria é a principal utilizadora de recursos naturais e vem oferecendo diversas


soluções para reintegrar os resíduos resultantes das suas atividades ao processo
produtivo. A constituição de acordos setoriais que indiquem o percurso mais adequado
para cada tipo de resíduo é viável e ainda permite aprimorar regulamentações específicas.

Além da preocupação com o processo produtivo e a busca por soluções para a substituição
de insumos, as empresas têm a capacidade de influenciar o comportamento do consumidor
– considerando-se aqui não apenas o cliente final, mas também o consumidor corporativo
de bens e serviços e os responsáveis pelas compras públicas. Criar práticas de consumo e de
destinação de resíduos mais sustentáveis, desse ponto de vista, é mandatório. Cada ator
deve assumir o seu papel para que soluções como reciclagem, reaproveitamento, coleta e
logística reversa sejam eficazes.

Biodiversidade
O respeito pela biodiversidade tem merecido atenção de cientistas e estudiosos em todo o
mundo. Dados comprovam que as medidas já adotadas para a preservação da diversidade
natural estão aquém da real necessidade de controle da exploração das fontes naturais. Há
registros de perda de 35% dos mangues do planeta, de extinção total de florestas em 25
países e de degradação de 50% das áreas úmidas da Terra, bem como de 30% dos recifes de
corais, que chegaram a um ponto em que é impossível sua recuperação. A participação da
iniciativa privada cresce. Segundo estudo da consultoria McKinsey, 53% dos CEOs das
grandes empresas se preocupam com perdas da biodiversidade, o que indica que as
organizações devem trabalhar no sentido de identificar seus impactos negativos e como
neutralizá-los, gerenciar riscos e mapear oportunidades.

A questão ambiental pede, também, maior atenção de políticas públicas voltadas à


conservação das florestas. Ainda é embrionário o processo de harmonização das atividades
exploratórias, que pode ser incrementado com mecanismos de compensação, ainda não
previstos no Código Florestal Brasileiro, e o desenvolvimento do valor econômico e dos
ativos das florestas. Mesmo assim, os especialistas se mostram otimistas, tendo em vista
que o Brasil é o país que mais reduziu emissões de carbono relacionadas ao desmatamento e
segue com a meta de desmatamento zero até 2020.

Mudanças Climáticas
Foi a preocupação com o meio ambiente que iniciou a discussão sobre a necessidade de
mudar os processos produtivos e os hábitos de consumo. As mudanças climáticas serviram
de termômetro para sinalizar que os padrões de produção e consumo atuais são
insustentáveis.

Desde então, medidas relacionadas à redução de emissões de gases devem estar atreladas a
todo e qualquer plano de sustentabilidade. Entretanto, é nas mudanças de padrões de
consumo e produção que se encontram as reais soluções para a questão.

A preocupação com a sustentabilidade ambiental ultrapassa os efeitos do aquecimento


global e pede uma abordagem mais sistêmica e abrangente sobre os limites dos recursos
naturais e os impactos das atividades humanas nos ecossistemas.

A crescente absorção pelas empresas do conceito de “economia verde”, que engloba e vai
além do conceito de “economia de baixo carbono”, sinaliza a conscientização da iniciativa
privada.

Mas toda a sociedade deve participar da mudança. E isso só será possível com uma agenda
positiva e a manutenção de permanentes diálogos que tragam novos caminhos e soluções
para o problema.

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