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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA


DISCIPLINA: PRÁTICAS CLÍNICAS || E BIOSSEGURANÇA
DOCENTE: WILLIAM DA SILVA COIMBRA

EMANUELLE SIQUEIRA PIMENTEL - 600877137


JUCIMARA DO CARMO SANTOS – 600881713
JAQUELINE DOS SANTOS ARAUJO DE OLIVEIRA - 600865159
DAMIANA CRISTINA MARQUES - 600802951

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO


NOS IDOSOS HOSPITALARES

SÃO GONÇALO
2023
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EMANUELLE SIQUEIRA PIMENTEL - 600877137
JUCIMARA DO CARMO SANTOS – 600881713
JAQUELINE DOS SANTOS ARAUJO DE OLIVEIRA - 600865159
DAMIANA CRISTINA MARQUES - 600802951

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO


NOS IDOSOS HOSPITALARES

Trabalho apresentado à disciplina de Práticas


Clínicas 2 e Biossegurança do curso de
Enfermagem da Universidade Salgado de
Oliveira, para obtenção de nota de VT.

Prof. WILLIAM DA SILVA COIMBRA

SÃO GONÇALO
2023

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SUMÁRIO
Introdução ..................................................................................................................... 4
Metodologia ................................................................................................................... 4
Resultados .................................................................................................................... 5
Conclusão...................................................................................................................... 9
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 9
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Introdução

As LP são classificadas em estágios de acordo com a camada da pele que foi


acometida. A LP estágio 1 refere-se a uma área delimitada de hiperemia não
branqueável na pele; na LP estágio 2 há exposição da derme; a LP estágio 3 atinge o
tecido subcutâneo; a LP estágio 4 acomete os tecidos mais profundos, como fáscia,
músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso; no estágio não classificável, uma
capa de necrose recobre o leito da ferida, não sendo possível classificá-la; a LP
tissular profunda trata-se de uma área de descoloração vermelho escura, marrom ou
púrpura, persistente e que não embranquece. A LP pode ainda ocorrer em membrana
mucosa e/ou em associação a dispositivo médico. (LIMA et,. Al 2020).
A prevenção das LP tem sido apontada como um indicador de qualidade, não
só do serviço de saúde como também da assistência de Enfermagem na UTI. Os
pacientes que ficam internados numa Unidade de Terapia Intensiva, muitas vezes já
possuem um risco alto para desenvolver LP e estão mais vulneráveis a vários tipos de
alterações na pele. (FECHER et,. Al 2022).

Portanto, é necessário e relevante que se reconheçam os fatores específicos


que os coloquem em risco a fim de que se forneça subsídios para a análise e
determinação das intervenções mais apropriadas contribuindo dessa forma para o
planejamento e implementação de ações voltadas à prevenção desse agravo.
(FARIAS et,. al 2022).

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa científica, realizada nas seguintes bases de dados:


LILACS e BDENF, no período de 2017 até 2022, na qual utilizou os seguintes
descritores: protocolos de enfermagem, assistência de enfermagem, lesão por
pressão.
Os critérios de inclusão: textos completos dos últimos 5 anos, com busca em
10 artigos, pesquisas em seres humanos e artigos em português. Os critérios de
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exclusão foram: revisão literária, teses, dissertações, texto completo indiponíveis.

Resultados

Realizado levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual de Saúde, onde


foram encontrados artigos científicos em português publicados em periódicos e depois
de estudados, foram listados e descritos de maneira objetiva no quadro abaixo.

Título do artigo/ Objetivo(s) Principais resultados Conclusão


Autor/ Ano
Fatores de risco o Analisar Quinze artigos foram Torna-se cada vez
para desenvolvimento a produção científica selecionados, de um mais clara a
de lesão por pressão acerca universo de importância de
em idosos: revisão da prevenção de lesõe 618 publicações, com prevenir a lesão por
integrativa. s por pressão em idos predomínio de estudos pressão, observando
os, identificando transversais e as condições
Ana Patricia do Egito os fatores internacionais. clínicas, identificando
Cavalcanti de Farias; predisponentes para o A análise identificou que os fatores de risco,
Ronaldo Bezerra de seu surgimento. a idade avançada, realizando
Queiroz. 2022. presença de intervenção precoce
comorbidades, a fim de que seja
má nutrição, minimizada
imobilidade, tempo prolo sua incidência melho
ngado de internação rando com isso
configuram-se a qualidade de
como fatores de risco. vida do idoso.
Avaliação de risco Avaliar Do total de 202 idosos, Destaca-se a
para lesão por pressão o risco para lesão por 27,7% (n=56) foram importância de
e fatores associados pressão e fatores classificados avaliar e monitorar
em idosos internados. associados como risco baixo, 14,4% o risco do idoso em
em idosos internados. (n=29) moderado e desenvolver lesões c
Grden, Clóris Regina 17,3% (n=35) onsiderando as
Blanski; Julek, alto risco para alterações
Luciana; Ivastchesche desenvolver lesão por tegumentares
n, Taís; Cabral, pressão. oriundas
Luciane Patrícia do envelhecimento e
Andreani; Reche, os fatores
Péricles associados
Martim; Bordin, descritos(AU).
Danielle. 2021
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Lesão por pressão em Identificar A prevalência de lesão Os resultados do


idosos hospitalizados: em idosos hospitalizad por pressão foi de presente estudo
prevalência, risco e os a prevalência e os 16,8%. Pelo qui- evidenciaram que
associação com a riscos para quadrado houve a prevalência para le
capacidade funcional. o desenvolvimento de l evidências que quanto são por
esão por pressão, maior o grau de pressão estava
Barbosa, Daniel Sued além de verificar dependência do idoso, próxima a média dos
Campos; Faustino, a associação com cau maior estudos
Andréa Mathes. 2021. sas clínicas e a probabilidade do com idosos nas
capacidade funcional. mesmo desenvolver mesmas condições.
a lesão por pressão. Em se tratando das
Sendo também condições de
apontado que capacidade funcional
os idosos classificados foi observado que
como fortemente quanto maior o grau
dependentes tiveram de dependência
maior prevalência de les do idoso, maior
ões graves. foi probabilidade de
o mesmo
desenvolver
a lesão na pele.
Contudo destaca-se
que mesmo aqueles
considerados
independentes para
o autocuidado apres
entaram lesão por
pressão. (AU)

Medicamentos e sua Identificar os tipos Ocorreu a análise dos Os tipos


relação com o de medicamentos mai 48 prontuários de pacie de medicamentos m
desenvolvimento de s utilizados ntes idosos acamados ais utilizados
lesão por pressão em por idosos hospitalizad que se encontravam nos idosos deste
idosos hospitalizados. os e relacioná-los com internados na Unidade estudo estavam
o risco de desenvolvim de Terapia diretamente
Lopes, Thaynara ento de lesão por Intensiva e enfermaria. relacionados às
Ferreira; Fernandes, pressão. A média de idade alterações
Bruna Karen desses idosos foi de 75 no sistema
Cavalcante; Alexandre anos com presença de circulatório do idoso
, Solange 54,2%
Gurgel; Farias, do sexo masculino e
Fernanda Silva; Day, 45,8% do sexo feminino.
Thayná Desse total,
Cândido; Freitas, os fármacos que mais
Maria Célia de. 2020 apareceram e tem
relação com
o desenvolvimento da le
são são os anti-
hipertensivos, analgésic
os, diuréticos, drogas
vasoativas e antibiótico.
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Risco de lesão por Avaliar Verificou-se que 64,3% A utilização


pressão em idosos o risco de idosos instit dos idosos possuíam ris de escalas preditivas
com comprometimento ucionalizados com co de desenvolver LP, e como as de Braden e
na realização de comprometimento 57,1% eram de Katz
atividades diárias. na realização das dependentes para proporciona parâmet
Vieira, Vanete atividades realizar cinco ou mais ros para
Aparecida de de vida diárias (AVDs) AVDs. Quanto maior a o enfermeiro planejar
Souza; Santos, desenvolverem lesão independência cuidados com
Mariana Diniz por pressão (LP). para desenvolvimento d a pele de modo
Costa; Almeida, e individualizado,
Amanda do AVDs, menor o risco de visando
Nascimento; Souza, desenvolver UP (rs = - a segurança e bem-
Cristiane Chaves 0,74; p < 0,05). estar
de; Bernardes, dos idosos institucion
Mariana Ferreira Vaz alizados.
Gontijo; Mata, Luciana
Regina Ferreira da.
2018.
Gerador de alta Investigar os efeitos Os três participantes O uso do gerador
frequência no no tratamento de Lesõ eram idosos, portátil de AF foi
tratamento de lesão es Por Pressão (LPP) sedentários e efetivo
por pressão em sobre o tamanho hipertensos. Dois no tratamento de
idosos. e tempo de cicatrizaçã sofreram Acidente LPPs
Almeida, Rafael o, com a utilização do Vascular nos idosos participan
de; Giacomolli, gerador de Encefálico (AVE) e tes desta pesquisa.
Cristiane Maria alta frequência (AF), um, traumatismo raquim
Hagemann; Coelho, em idosos acometidos edular. Nos com AVE,
Edina por doenças neurológi ocorreu cicatrização co
Linassi; Bittencourt, cas. mpleta das LPPs e no
Vivian Lemes outro, redução da área
Lobo; Callegaro, da LPP de 64,5%.
Carine
Cristina; Stumm, Eniva
Miladi Fernandes.
2017.
Lesões por pressão Investigar Participaram Observou-se
relacionadas a os conhecimentos e cu 18 enfermeiros que fragilidades
dispositivos médicos idados desenvolvidos desenvolvem apresentadas
na prática clínica de por enfermeiros de assistência em unidades pelos enfermeiros qu
enfermeiros. uma instituição hospita de atendimento anto a identificação e
Soldera, lar em relação à idosos. Dentre estes, avaliação clínica
Daniela; Girondi, às lesões por pressão 61,2% compreende a desse tipo
Juliana Balbinot relacionadas terminologia lesão por de lesão de pele,
Reis; Hammerschmidt, a dispositivos pressão relacionada caracterizando a
Karina Silveira de médicos. a dispositivo médico, necessidade de
Almeida; Amante, mas metade dos instrumentalização
Lúcia entrevistados dos profissionais.
Nazareth; Ouriques apresentam fragilidades (AU).
Neta, Eluze Luz. em conhecimentos relac
2021. ionados
a prevenção deste tipo
de lesão.
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Risco de lesões por Analisar os fatores Observaram-se Evidenciou-se que


pressão em idosos no associados associações entre diferentes fatores
domicílio. ao risco de desenvolvi o risco de desenvolvime interferem
Vanderley, Isabel mento de Lesões por nto de Lesão por no risco de desenvol
Cristina Pressão nos idosos at Pressão e vimento de Lesão
Sibalde; Nascimento, endidos pelo Serviço a escolaridade (p=0,001 por
Bárbara Angélica de Atenção Domiciliar. ), renda (p=0,024), idos Pressão nos idosos,
Bispo Fernandes os acamados (p<0,001), sobretudo como
do; Morais, Laís portadores resultado de fatores
Campelo de; Souza, de Síndrome de individuais e
Camilla Valeriano Imobilidade sociais.(AU)
Cazuza de; Santos, (p<0,001), diagnóstico d
Glacineide Cecília e úlcera vascular
dos; Moraes, (p<0,001), Acidente
Germanna Yamina Vascular
Ribeiro de Encefálico (p=0,009)
Sousa; Ehrhardt, e Demência (p<0,001).
Sandra Brotto Furtado.
2021.
Caracterização de Caracterizar Maioria Conhecer as
pacientes com lesões os pacientes com lesõ de idosos, sexo feminin características
de pele hospitalizados es de pele no início e o, média de idade de 67 sociodemográficas e
em unidades de no fim da internação anos, motivo de epidemiológicas
internação clínico- hospitalar. internação vascular dos pacientes com le
cirúrgica. e comorbidades sões de pele,
Stefanello, Rochelli associadas, tempo médi instrumentaliza para
Bernardes; Prazeres, o de internação, 21 dias o planejamento e
Silvana Mara e desfecho de alta implantação da
Janing; Santos, hospitalar. assistência integral e
Fernanda Silva A ferida prevalente foi sistematizada. (AU)
dos; Mancia, Joel a lesão por
Rolim; Leal, Sandra pressão localizada na
Maria Cezar. 2020. região lombo-sacra.
Temperatura da pele Identificar A região A região
de diferentes áreas a temperatura da pele sacral apresentou média sacral apresenta a
corporais de idosos de diferentes áreas de temperatura mais média mais alta
sem risco para lesões corporais alta e o calcâneo direito de temperatura da p
por pressão. de idosos hospitalizad a mais baixa. Não há ele, em relação às
Soares, Rhea os em unidade de diferença áreas mensuradas.
Silvia; Lima, Suzinara clínica cirúrgica na temperatura da pele Há simetria entre os
Beatriz Soares sem risco de entre os lados direito e lados corporais.
de; Eberhardt, Thaís desenvolver lesões po esquerdo nas
Dresch; Silveira, r pressão a partir da escápulas, trocânteres
Lidiana Batista Escala de Braden. e calcâneo; entre os
Teixeira sexos e raças. Quando
Dutra; Pozzebon, mensurada das 900 às
Bruna 1300h,
Rossarola; Rodrigues, a temperatura dos
Liane Rocha; Alves, calcâneos foi menor do
Paulo Jorge Pereira. que quando mensurada
2020. das 1301 às 1700h na
região dos calcâneos.
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Conclusão

A identificação dos sinais da lesão por pressão em serviços de hospitalização


através de protocolos utilizados na assistência de enfermagem evidencia a
competência técnica através do conhecimento técnico/científico e a capacidade de
tomada de decisões, para oferecer assistência de qualidade, evitando sofrimentos,
erros e infecções.
É importante ressaltar sobre a importância de se ter cada vez mais estudos sobre
a atuação do enfermeiro na LPP seja para atendimento pré hospitalar ou intra hospitalar
para uma qualidade assistencial mais elevada.
A necessidade de se desenvolver novos protocolos, novas diretrizes no
atendimento de LPP a esses pacientes podem diminuir a taxa de infecções e de
sequelas oriundas dessas patologias, além de atividades voltadas para a prevenção
desse tipo de agravo.

Referências Bibliográficas

http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/11423/11160
http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/11423/11160
https://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2076/
2564
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/4689/1272
http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewFile/7993/pdf_1
http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/2599/1940
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/110219/22132
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3427/1121
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/244597/38991
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3294/745
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/41643/html

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