Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LITERATURA E DANÇA
Música nas Actividades de Enriquecimento Curricular
A história do ballet começou há 500 anos atrás em Itália, mas a história da dança começou muito antes,
sendo impossível precisar quando, como e porquê o Homem dançou pela primeira vez.
Nas pinturas rupestres há quem distinga pinturas de homens a dançar seja para agradar ou apaziguar os
deuses, para pedir chuva, celebrar uma festa…; no Antigo Testamento, existem relatos da dança de
David em veneração da Arca da Aliança; nos Mistérios de Elêusis da antiga Grécia eram celebradas
danças rituais e iniciáticas; no antigo Egipto, as danças eram também de índole religiosa e baseavam-se
nos mitos dos deuses.
Durante o período da República Romana, a dança decaiu um pouco, mas foi retomada pelo Império
Romano, chegando mesmo a ser praticada por mulheres das classes altas.
Nos primeiros tempos do cristianismo, as igrejas incluíam danças nos seus rituais, que foram proibidas
mais tarde, na Idade Média, pelo seu carácter sensual e feminino. Os inquiridores da Igreja consideravam
a dança como uma das provas da identidade das bruxas e dos feiticeiros.
Assim, a dança perde, no mundo ocidental, o seu cariz religioso, místico e ritual.
No séc. XIII, a dança-espectáculo encontra as suas primeiras intrigas dramáticas e surge a Dança
Metrificada – em que o corpo seguia as indicações de uma métrica musical que mudava.
O século seguinte é marcado pela crise (crise da Igreja, crise económica e militar e a Guerra dos Cem
Anos, sem esquecer a Peste Negra) e surge a Dança Macabra (provavelmente do árabe makhbar que
significa cemitério). A dança continua a evoluir e surge um novo género que determinará a forma futura
do ballet-teatro Momo ou Mascherate (Mascarada) – uma dança burlesca em que os participantes estão
mascarados. As tensões políticas e as guerras do séc. XVI ditam o aparecimento do ballet de corte, um
poderoso meio de propaganda da monarquia ("Ballet Cómico da Rainha", 1581, considerado o primeiro
ballet).
Com Jean-Baptiste Lully surge a comédia-ballet e com André Campra a ópera-ballet (Les Indes
Galantes é a obra-prima deste género).
Pas de Quatre
Pág.
Meloteca 2008 | Música nas AEC | Formadora Marta Santos Costa | www.meloteca.com
MÚSICA CLÁSSICA, LITERATURA E DANÇA
Segue-se um período de decadência da dança na Europa, que não é sentida pela Rússia onde
Tchaikovsky compõe para os grandes ballets imperiais russos:
O Quebra-Nozes (1892)
Baseado no conto O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos, de E.T.A. Hoffmann.
Música de Pyotr Ilych Tchaikovsky e coreografia de Marius Petipa.
Surge então Serge Diaghilev e o Ballet Russo (companhia de ballet emigrada da Rússia a trabalhar em
Paris, 1909 a 1929). Entre as suas contratações estão nomes como o espanhol Pablo Picasso, o francês
Henri Matisse, o poeta e cineasta francês Jean Cocteau e bailarinos como Anna Pavlova, Tamara
Karsavina, George Balanchine e Vaslav Nijinski e compositores como Debussy, Ravel, Satie, Strauss,
Prokifiev, Respighi, Poulenc…e Stravinsky que compõe, entre outros, O Pássaro de Fogo (1910),
Petrouchka (1911) e A Sagração da Primavera (1913).
D. Quixote
A grande criação do espanhol Miguel Cervantes, que se propunha ridicularizar os livros de cavalaria,
transformada em bailado, em 1869, com música de Léon Minkus.
Romeu e Julieta
Balanchine
Literatura infantil transportada para a dança (Branca de Neve, Pinóquio, Aladino e a Lâmpada Mágica,
Feiticeiro de Oz.).
3
Pág.
Meloteca 2008
Meloteca 2008 | Música nas AEC | Formadora Marta Santos Costa | www.meloteca.com