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IFRJ • 2016
Edital nº44/2016
Etapa da Prova Escrita
EPF-22
Português; Espanhol
2. Confira o seu nome, identidade e inscrição na Folha de Respostas das questões objetivas.
3. Será excluído do Concurso o candidato que efetuar qualquer registro, que possa identificá-lo,
no Caderno de Questões e na Folha de Respostas.
7. Responda nos espaços destinados a cada questão. NÃO utilize o verso. NÃO serão fornecidas
folhas extras para as respostas.
8. Utilize apenas as 05 (cinco) últimas folhas para os rascunhos, que também serão recolhidas.
9. NENHUMA folha deve ser destacada durante a realização das provas. O candidato poderá levar
somente o Quadro de Respostas (rascunho), da prova objetiva de Legislação e Ética, desde que
seja destacado pelo aplicador.
10. O candidato somente poderá retirar-se da sala após decorridos 60 (sessenta) minutos do início
da prova.
11. Os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer na sala e entregar juntos a prova ao fiscal,
assim que a concluírem ou ao final do tempo de duração previsto para a sua realização.
12. É permitido o uso de lápis, caneta azul ou preta, com corpo transparente, régua transparente,
borracha e compasso.
13. É permitido o uso de lápis apenas para rascunho. Utilize caneta esferográfica azul ou preta para
as respostas.
14. Ao final da prova, entregue este caderno, contendo todas as folhas sem destacá-las.
QUESTÃO 01 (2 pontos)
Analise as afirmativas abaixo, sobre ética e moral, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Ética é a ciência que normatiza os comportamentos humanos, sendo definida por meio de leis
específicas.
( ) Qualquer cidadão poderá provocar a atuação da Comissão de Ética Pública, visando à apuração de
infração ética imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.
( ) A comissão de ética, prevista no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, encarrega-se de orientar e aconselhar acerca do tratamento com as pessoas e
com o patrimônio público.
A sequência correta é
a) V, V, V, V, F.
b) F, F, V, F, F.
c) V, V, F, V, V.
d) F, F, V, F, V.
e) F, V, V, V, V.
QUESTÃO 02 (2 pontos)
Um servidor público, ainda em estágio probatório, presenciou um ato contrário ao interesse público
por parte de seu superior imediato. A fim de preservar o clima organizacional da instituição, ele se
omitiu em denunciar tal ato. Sua atitude é considerada
b) certa, porque ele se encontra em estágio probatório e qualquer denúncia é nula por direito.
c) certa, porque o Regulamento Institucional permite denúncias apenas com a presença de, no míni-
mo, duas testemunhas oculares.
d) errada, porque é dever do servidor público comunicar de imediato a seus superiores todo e qual-
quer ato contrário ao interesse público, exigindo providências cabíveis.
e) errada, porque o Código de Ética do Servidor Público proíbe expressamente a denúncia de um supe-
rior hierárquico por seu subalterno. A denúncia só teria cabimento se realizada por um de seus pares.
De acordo com as disposições constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º
9.394/1996), analise as afirmativas, a seguir, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( ) Ainda que a base curricular nacional deva ser a mesma para a Educação Básica de todos os Es-
tados brasileiros, é permitido, aos estabelecimentos escolares, complementar seu currículo com
partes diversificadas que abarquem o contexto sociocultural dos educandos.
( ) A diversidade étnico-racial deve ser valorizada como objeto de estudo e prática social nos diferen-
tes níveis de ensino.
( ) Em seu art. 14, a LDB determina que os sistemas de ensino definam normas de gestão demo-
crática do ensino público da Educação Básica mediante as orientações políticas nacionais. Para
que essas sejam efetivadas, deverá ser respeitado o princípio da responsabilidade, o qual indica a
exclusiva participação do corpo técnico na elaboração do projeto político-pedagógico.
( ) As instituições federais de educação têm o direito de optar por qualquer modelo de gestão da
educação.
( ) As instituições do sistema federal de ensino deverão garantir, aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, a inclusão em cur-
sos/turmas regulares, contando com currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organi-
zação específicos, para atender suas necessidades.
A sequência correta é
a) F, V, V, F, F, V.
b) V, F, F, V, V, F.
c) V, F, V, F, V, V.
d) F, F, F, F, F, F.
e) V, V, V, V, V, V.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases- LDB nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a educação
escolar compõe-se de:
QUESTÃO 05 (2 pontos)
Analise as afirmativas a seguir e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( ) A acumulação de cargos, conforme a Lei nº 8.112/90, ainda que lícita, fica condicionada à com-
provação da compatibilidade de horários.
( ) O docente, em regime de Dedicação Exclusiva, não poderá acumular cargos, estendendo-se a
proibição a empregos ou funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas e socie-
dades de economia mista.
( ) A exoneração de ofício dar-se-á a juízo da autoridade competente.
( ) Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com
ou sem mudança de sede.
( ) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar suspende a prescrição até a
decisão final, proferida por autoridade competente.
( ) O processo disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases: denúncia, inquérito administrativo e
julgamento.
( ) O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a res-
tituí-las, integralmente, no prazo de 10 (dez) dias.
( ) Nos termos do artigo 102 da Lei nº 8112/90, não é considerado como de efetivo exercício o afas-
tamento para desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Fede-
ral, inclusive para promoção por merecimento.
A sequência correta é
a) V, V, V, F, V, F, F, F.
b) F, F, F, V, V, V, F, V.
c) V, F, F, V, V, F, V, V.
d) F, V, V, V, F, F, V, F.
e) V, V, V, V, V, V, V, V.
A criação dos Institutos Federais pode ser considerada um marco na construção de uma rede
estruturada para a educação profissional e tecnológica. Também, a integração das diferentes ins-
titucionalidades de educação profissional federal (universidade tecnológica, centros de educação
profissional e tecnológica, escolas técnicas e escolas agrotécnicas) objetivou o desenvolvimento
da pesquisa aplicada e da extensão tecnológica, tendo como foco contribuir para o desenvolvi-
mento local e regional do território em que cada unidade está instalada.
A resposta deverá ser dissertativa, objetiva, clara, legível e obedecer rigorosamente ao espaço
determinado.
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Texto I
PRONOMES RELATIVOS
São os que se referem a um termo anterior chamado antecedente.
[...]
Cujo, sempre com função adjetiva, reclama, em geral, antecedente e consequente expressos e expri-
me que o antecedente é possuidor do ser indicado pelo substantivo a que se refere:
Ali vai o homem cuja casa comprei.
BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006, p. 141.
Texto II
“A baixíssima estatística de emprego do cujo e sua ocorrência limitada quase exclusivamente a gêne-
ros textuais mais monitorados tornam obrigatório o ensino das construções com esse pronome,
uma vez que sua utilização não pode ser aprendida naturalmente, no convívio com a família e com
outros membros da comunidade, como acontece com a grande maioria das regras gramaticais que
cada indivíduo aprende na infância, ouvindo as outras pessoas falarem. Aprender a usar o pronome
cujo é aprender, na prática, uma regra “estrangeira”, que não pertence ao vernáculo, e quem vai en-
sinar precisa ter sempre isso na consciência.”
BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2011, p. 905.
Texto III
AUTOR DO ‘RAP DO SILVA’, BOB RUM CELEBRA 20 ANOS DE CARREIRA COM APRESENTAÇÃO NO
RÉVEILLON DO PISCINÃO DE RAMOS
Aos 45 anos, funkeiro que começou a frequentar os bailes apenas para dançar há muito já deixou de
ser ‘só mais um Silva cuja estrela não brilha’
Nem todo mundo se ligou na história de Moisés Osmar da Silva. Aos 45 anos, esse funkeiro, que co-
meçou a frequentar os bailes apenas para dançar, há muito já deixou de ser “só mais um Silva cuja
estrela não brilha”. Prestes a completar duas décadas de carreira, marca que será celebrada em 2015
com um projeto multiplataforma, a vida do MC Bob Rum não seguiu o ritmo tortuoso cantado nos
versos de seu maior sucesso, o “Rap do Silva” (1995), mas é ao som deste clássico que ele pretende
fazer o público vibrar durante a chegada do ano novo no Piscinão de Ramos.
— Foi um sucesso que ficou marcado para sempre. O Rap do Silva é um desabafo, dos tempos em
que os jovens iam para os bailes para brigar. Fiz a música para pedir a paz e, felizmente, aquele tempo
passou. É uma página virada no funk. É uma pena que hoje não haja mais canções de protesto como
essa — lamenta o ex-recepcionista da Telerj, recém formado em Administração.
Descreva um plano de trabalho docente com estratégias pedagógicas para o ensino do uso da con-
junção cujo (e suas variações).
Utilize os Textos III e IV acima transcritos como material para uso em sala de aula e exponha para que
reflexões sobre a Língua Portuguesa os discentes poderão ser encaminhados a partir desse corpus.
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Texto I
(...) a visão da obra machadiana em dois momentos, cujo divisor de águas seriam as Memórias
Póstumas de Brás Cubas, compreende-se melhor se atribuída a uma reestruturação original da
existência operada pelo homem que, se havia muito perdera as ilusões, ainda não encontrara a
forma ficcional de desnudar as próprias criaturas, isto é, ainda não aprendera o manejo do dis-
tanciamento.
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2015, p. 187.
Texto II
ai então, empacou o jumento em que eu vinha montado; fustiguei-o, ele deu dois corcovos, depois
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mais três, enfim mais um, que me sacudiu fora da sela, e com tal desastre, que o pé esquerdo me
ficou preso no estribo; tento agarrar-me ao ventre do animal, mas já então, espantado, disparou pela
estrada afora. Digo mal: tentou disparar, e efetivamente deu dois saltos, mas um almocreve, que ali
estava, acudiu a tempo de lhe pegar na rédea e detê-lo, não sem esforço nem perigo. Dominado o
bruto, desvencilhei-me do estribo e pus-me de pé.
— Olhe do que vosmecê escapou, disse o almocreve.
E era verdade; se o juramento corre por ali fora, contundia-me deveras, e não sei se a morte não esta-
ria no fim do desastre; cabeça partida, uma congestão, qualquer transtorno cá dentro, e lá se me ia a
ciência em flor. O almocreve salvara-me talvez a vida; era positivo; eu sentia-o no sangue que me agi-
tava o coração. Bom almocreve! Enquanto eu tornava à consciência de mim mesmo, ele cuidava de
consertar os arreios do jumento, com muito zelo e arte. Resolvi dar-lhe três moedas de ouro das cinco
que trazia comigo; não porque tal fosse o preço da minha vida, — essa era inestimável; mas porque
era uma recompensa digna da dedicação com que ele me salvou. Está dito, dou-lhe as três moedas.
— Pronto, disse ele, apresentando-me a rédea da cavalgadura.
— Daqui a nada, respondi; deixa-me, que ainda não estou em mim...
— Ora qual!
— Pois não é certo que ia morrendo?
— Se o jumento corre por aí fora, é possível; mas, com a ajuda do Senhor, viu vosmecê que não
aconteceu nada.
Fui aos alforjes, tirei um colete velho, em cujo bolso trazia as cinco moedas de ouro, e durante esse
tempo cogitei se não era excessiva a gratificação, se não bastavam duas moedas. Talvez uma. Com
efeito, uma moeda era bastante para lhe dar estremeções de alegria. Examinei-lhe a roupa; era um
pobre-diabo, que nunca jamais vira uma moeda de ouro. Portanto, uma moeda. Tirei-a, via-a reluzir
à luz do sol; não a viu o almocreve, porque eu tinha lhe voltado as costas; mas suspeitou-o talvez,
entrou a falar ao jumento de um modo significativo; dava-lhe conselhos, dizia-lhe que tomasse juízo,
que o “senhor doutor” podia castigá-lo; um monólogo paternal. Valha-me Deus! até ouvi estalar um
beijo: era o almocreve que lhe beijava a testa.
— Olé! exclamei.
— Queira vosmecê perdoar, mas o diabo do bicho está a olhar para a gente com tanta graça...
ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1992, p. 51-2.
Texto III
Capitu quis que lhe repetisse as respostas todas do agregado, as alterações do gesto e até a pirueta,
que apenas lhe contara. Pedia o som das palavras. Era minuciosa e atenta; a narração e o diálogo,
tudo parecia remoer consigo. Também se pode dizer que conferia, rotulava e pregava na memória
a minha exposição. Esta imagem é porventura melhor que a outra, mas a ótima delas é nenhuma.
Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. Se ainda o
não disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na alma do leitor, à força
de repetição.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: O Globo, 1997, p. 67-8.
Explique os recursos estéticos de distanciamento que Machado de Assis utiliza em algumas obras
a partir da publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, os quais lhe permitem “desnudar as
próprias criaturas”, conforme observado por Alfredo Bosi. Identifique manifestações e consequências
desses recursos nos excertos de dois dos seus principais romances, destacados nos Textos II e III.
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“Podemos dizer que a proposta pedagógica dos Institutos Federais rompe com o modelo de
formação taylorista/ fordista (SCHWARTZ; DURRIVE, 2007) para uma prática mais preocupada com a
intervenção de uma realidade cada vez mais plural e flexível. [...] Tal modelo de instituição pressupõe
um protagonismo por parte dos seus sujeitos em prol de Projetos Pedagógicos mais articulados.
[...] Dessa questão, está nossa preocupação com a formação do docente concursado dos Institutos
Federais, atuante no ensino superior e nos demais níveis de ensino, porque cada cenário implica
relações discursivas diferenciadas.”
“No ensino de línguas, inaugurou-se a era do pós-método [...] Defende-se a ideia de uma intuição
pedagógica, baseada na visão do professor sobre a realidade em que ele atua. Impor a esse professor
um método com o qual ele não se identifica pode resultar em um ensino mecânico, rotinizado [...] e
sem condições de produzir os resultados esperados.”
LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. O ensino de outra(s) língua(s) na contemporaneidade: questões conceituais e metodológicas. In: LEFFA,
V. J.; IRALA, V. B. Uma espiadinha na sala de aula: ensinando línguas adicionais no Brasil. Pelotas: EDUCAT, 2014, p. 29.
“Em uma perspectiva contemporânea, qualquer proposta de educação escolar que busca resultados
satisfatórios exige uma reflexão aprofundada sobre por que aprender na escola, quais aprendizagens
a escola tem o compromisso de promover, quais conhecimentos, diferentes e complementares aos
que aprendemos na vida cotidiana e profissional, são de sua responsabilidade tratar em sala de aula.”
PRADO, V. V.; LANGE, C. P.; SCHLATTER, M.; GARCEZ, P. M. O ensino de línguas adicionais na educação de jovens e adultos:
quando a aula de inglês pode fazer a diferença. In: LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. Uma espiadinha na sala de aula: ensinando
línguas adicionais no Brasil. Pelotas: EDUCAT, 2014, p. 137.
En el histórico de la enseñanza de lenguas extranjeras en las escuelas técnicas federales brasileñas fue
muy recurrente la presencia del abordaje de lenguas para fines específicos como eje teórico-práctico
de planificación de clases para grupos de Enseñanza Secundaria. A partir, conteste:
a) Reflexione críticamente sobre la relación entre la enseñanza de lenguas para fines específicos y
la enseñanza de español como lengua adicional en el escenario de los Institutos Federales. (10
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Nuestra Ciudad
Antonio Toca
19 de Noviembre de 2016
La crisis del agua sólo se entiende cuando se abre la llave y no fluye nada. Esa crisis puede ser
temporal; como es cada vez más frecuente en muchas zonas de nuestra ciudad, o una que se prolon-
gue tanto que resulte en graves conflictos sociales. Esta semana, en la colonia Cuauhtémoc, vi —en
una misma cuadra— dos pipas de agua abasteciendo un edificio de oficinas y un restaurante. Ésa es
señal de una crisis temporal, lo grave es que indica una severa situación futura que como se analiza
en un reciente estudio: …sitúa a la metrópoli en una condición de inestabilidad e incertidumbre…
por su alta vulnerabilidad a desastres ecológicos en proceso y en el futuro (De Alba F. El agua en tiem-
pos de incertidumbre. Cámara de Diputados / Cesop/ Universidad Autónoma Metropolitana-C, 2016)
Como todas las crisis, la del agua sólo se ha hecho evidente de manera gradual. Actualmente, el pro-
blema no es para el que la tiene y desperdicia, sino para el que no la tiene, o la tiene condicionada.
Dotar de agua a 21 millones de habitantes no es algo que se resuelva fácilmente, pero eso se complica
más si el consumo por persona en el Valle de México es más alto que los promedios internacionales.
Por eso se necesita concebir a la zona metropolitana no sólo como territorio, sino como una región
mayor, que incluye fuentes de abastecimiento, y ese aspecto implica la participación de los gobiernos
del Estado de México y de nuestra ciudad. Para atender el problema, que rebasa fronteras políticas,
es imprescindible que la Comisión Metropolitana funcione y logre acuerdos entre gobiernos, y los
actores sociales y políticos. De no hacerlo, es previsible que aumenten las crisis, los conflictos o la
ingobernabilidad.
Aunque el abasto de agua potable es un problema mundial, no se le ha dado la importancia
que merece.
Los organismos internacionales del agua son relativamente recientes; el World Water Council
se fundó en 1996 y es la red mundial más importante. Tiene más de 300 miembros y agrupa al sector
académico, público, y privado —que es el más numeroso: compañías constructoras, industriales y de
servicios.
En el Foro Mundial del Agua, celebrado en México (2006), José Angel Gurría, secretario ge-
neral de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos, señaló que sólo 5% de la
asistencia oficial para el desarrollo es asignado al agua, y que hacía falta un aumento en el financia-
miento.
La declaración final del foro reconoció la importancia del agua para el desarrollo sostenible y
destacó la necesidad de incluir el agua y el saneamiento entre las prioridades de los procesos nacio-
nales. Esa declaración era bien intencionada, y nada más.
Texto 2
MEDIOAMBIENTE / BRASIL
“ORO LÍQUIDO”: PREOCUPANTE ESCASEZ DE AGUA EN SAN PABLO A CAUSA DEL CAM-
BIO CLIMÁTICO
Agua reutilizada una y otra vez, riego de césped restringido, duchas de no más de cinco mi-
nutos… La falta de agua empieza a ser más frecuente, mientras la población recurre a estrategias.
La falta de agua, algo que en las grandes urbes suena como lejano en el tiempo y el espacio,
se instaló en el día a día de los habitantes de San Pablo, el estado más rico de Brasil. En 68 ciudades
de esta región en la que viven más de 44 millones de personas, entre ellas su capital, San Pablola
escasez del elemento que en las redes sociales ya se menciona como el “nuevo oro” afecta cada vez
más al día a día de sus habitantes, que recurren a variadas estrategias para poder bañarse, limpiar o
cocinar.
“Normalmente el agua se corta siempre de noche. Yo llego a las 21:00 (horas) y ya no hay más
hasta la mañana (siguiente)“, dijo el comerciante Marco Aurélio Ferreira. Los testimonios ratifican
los resultados de un estudio del instituto Datafolha divulgado recientemente: el 60 por ciento de los
habitantes de la ciudad y sus alrededores sufrieron cortes de agua una o más veces en los últimos 30
días.
La Compañía de Saneamiento Básico del Estado de Sao Paulo (Sabesp) no habla de raciona-
miento de agua y solo admite un “posible incremento de incidentes por escasez”. “Sabesp entiende
que la medida de racionamiento penalizaría a la población”, expresó la empresa, citada por la agen-
cia DPA en referencia a los periodos fijos de interrupción del suministro. Pero para los usuarios, los
cortes de agua son un racionamiento de facto.
“Estamos en este racionamiento desde enero. Siempre en el periodo de la noche no hay agua,
y cuando viene, viene sin presión y no llena el depósito (…) Cuando llamamos a Sabesp, nos dicen
que (el corte) es por mantenimiento“, afirmó un vecino de la zona norte de Sao Paulo. Las autorida-
des adjudican la crisis hídrica a la falta de lluvias asociada a las altas temperaturas, que provocan un
incremento en el consumo. Con la sequía, el nivel de la principal reserva de agua de la capital y su
región metropolitana -el sistema Cantareira- se ubicó el 21 de octubre en su mínimo histórico: 3.3 por
ciento.
No obstante, diversas entidades, entre ellas la Organización de las Naciones Unidas (ONU),
rechazaron que la única causa de la crisis sea la falta de lluvias. “El culpable parece ser siempre San
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En comunidades de Somotillo, mujeres y niñas que van en busca de agua llevan más de cinco meses con dificultades para
obtenerla. LA PRENSA/ J. TORRES
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“A indissociabilidade entre língua e cultura é cada vez mais visível no mundo globalizado, no qual
urge uma educação intercultural, em que língua e cultura caminhem lado a lado como fatores fun-
damentais na promoção de uma convivência compartilhada no planeta.”
BARROS, F. R.G.; MOREIRA, G. L.; PONTES, V. O. A interculturalidade no ensino de espanhol como língua estrangeira. In:
GOMES, A. T.; PONTES, V. O. Espanhol no Brasil: perspectivas teóricas e metodológicas. Curitiba: CRV, 2015, p. 34
“Não se espera, portanto, que alunos e professores mudem suas posturas sem que tenham que tra-
balhar, arduamente, sobre seus conceitos e seus valores. E é por isso mesmo que García Martínez et
alii (2007, p. 134) chamam a atenção para o fato de que “a interculturalidade bem entendida começa
por nós mesmos”, com a eliminação de nossos preconceitos e os estereótipos que construímos sobre
os demais. Muito mais do que mudar os alunos, entendo que é preciso mudar os professores. Ou for-
mar professores de línguas estrangeiras que sejam mais abertos e que, em lugar de apenas “tolerar”
a diferença, queiram receber esse outro como se recebe a um amigo, mas um amigo com quem “não
temos receio de partilhar as nossas dúvidas, incertezas, emoções, desejos, inseguranças”, conforme
ressalta Mendes (2007, p. 138).
PARAQUETT, M. Multiculturalismo, interculturalismo e ensino/aprendizagem de espanhol para brasileiros. In: BARROS, C.S.;
COSTA, E.G.M. (org.). Espanhol: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010, v. 16,
p. 148, Coleção Explorando o Ensino.
Reflexione sobre el rol del profesor en una educación lingüística intercultural y sobre cómo las tec-
nologías digitales de la comunicación e información pueden contribuir para dicha perspectiva de
trabajo en el aula de español.
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Quadro de Respostas
(Rascunho)
Legislação e Ética
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