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EXERCÍCIO 03: SEMINÁRIO DE PROJETO DE PESQUISA

PREÂMBULOS REFERENCIAIS DO PROJETO DE PESQUISA

Anna Karoline Oliveira Santiago1

REFERÊNCIAS À CERCA DO OBJETO DE ESTUDO (CIDADES DE PEQUENO PORTE):

As cidades estão em constante transformação, portanto, é preciso considerar que a


conceituação de pequenas cidades ainda é um processo em desenvolvimento diante dos desafios
epistemológicos que não se limitam apenas a dimensão da cidade em extensão ou densidade
populacional, mas também por outros fatores como infraestrutura, serviços e equipamentos ofertados,
bem como da função econômica, entre outros. Além disso, o processo de transformação de uma cidade
também conduz essas classificações, através de uma abordagem contextual e qualitativa dos aspectos
históricos, culturais e característicos da identidade territorial, analisando a evolução dessas cidades ao
longo do tempo que influenciaram na sua formação e desenvolvimento urbano, para assim,
compreender sua classificação, conforme Carlos (1999) nos mostra:

Em síntese, o espaço geográfico é o produto, num dado momento, do estado da


sociedade, portanto, um produto histórico; é resultado da atividade de uma série de
gerações que através de seu trabalho acumulado tem agido sobre ele, modificandoo,
transformando-o, humanizando-o, tornando-o um produto cada vez mais distanciado
do meio natural. Suas relações com a sociedade se apresentam de forma diversa sob
diferentes graus de desenvolvimento (CARLOS, 1999, P. 32).

Esse espaço geográfico a qual Carlos (1999) se refere, pode se equivaler a escala municipal
que se trata da menor unidade político-administrativa do Brasil, onde as sedes distritais administrativas
são designadas como cidades. Assim, Corrêa (2011, p. 6) recorre às funções adminitrativas de um
município para definir que:

A pequena cidade é, assim, antes de mais nada, um núcleo dotado da função de sede
municipal. Reconhecemos que inúmeras vilas e povoados têm funções urbanas, mas
o padrão dominante diz respeito à presença da função político-administrativa. Ser
sede municipal significa certo poder de gestão de um dado território, o município, para
o qual a presença de instituições e serviços públicos, além do acesso a tributos
estaduais e federais tornam-se essenciais. Associada a essa função político-
administrativa, seja de forma causal ou em conseqüência, há atividades econômicas
vinculadas à produção e circulação de mercadorias e à prestação de serviços.
(CORREA, 2001)

Dessa maneira, antes de conceituar as cidades de pequeno e médio-porte é preciso


compreender o município e, a partir da escala municipal, investigar quais os mecanismos de controle
social existentes nos instrumentos de planejamento e políticas públicas que viabilizam a infraestrutura

1
Mestranda PPGPROCIDADE Projeto e Cidade (FAV/UFG). Contato: karoline@discente.ufg.br.
urbana nessas pequenas cidades, muitas das quais, possuem complexas relações urbanas e rurais
com ecossistemas pouco artificializados em um cenário distante das realidades metropolitanas.
As grandes extensões adensadas e impermeabilizadas nas áreas metropolitanas, fazem com
que haja frequentemente maior atenção a como lidar com esses desastres naturais nas grandes
cidades. Entretanto, é fundamental ressaltar que as cidades de pequeno e médio porte também sofrem
efeitos substanciais, muitas vezes sem medidas adequadas para atenuar estes problemas. Essas
áreas podem sofrer graves efeitos de inundação, necessitando de uma abordagem mais completa e
focada no planejamento urbano para lidar com esses problemas com os instrumentos possiveis de
acordo com as particularidades de cada cidade. Silva et al (2022) evidencia a necessidade de que as
soluções para aumentar a resiliência e a sustentabilidade, em todo o espectro urbano, devam também
ser dedicados à compreensão e resolução desses problemas nas cidades pequenas.

Os desastres sempre evidenciam os problemas estruturais causados pela falta de


planejamento urbano, e as cidades de pequeno porte não ficam de fora. Elas são
complementares à rede urbana, porém são extremamente dependentes de serviços
especializados, e precisam com frequência convergir o fluxo para cidades maiores.
Cidades de pequeno porte possuem dinâmicas diferentes e relações singulares, com
conteúdos urbanos próprios. Elas protagonizam o desenvolvimento local, possuindo
por vezes economia industrial, agrícola, turística ou de serviços, desempenhando
papel importante no processo de urbanização. No Brasil esse padrão de cidade é
maioria e por isso é importante olhar para elas. (SILVA et al., 2022)

REFERÊNCIAS À CERCA DO SUJEITO DE ESTUDO (BACIA DO RIO CORRENTE E MUNICÍPIOS


DE SANTA MARIA DA VITÓRIA E SÃO FÉLIX DO CORIBE NO OESTE DA BAHIA):

Apesar dos rios serem percursores na construção das cidades da bacia do rio Corrente e dos
abundantes atributos paisagísticos naturais na região do Oeste da Bahia, a urbanização extensiva
impulsionada após a construção de Goiânia e Brasília, trouxe impactos negativos ao meio ambiente
com a expansão das redes modais rodoviárias. Além das estruturas de rede urbana, há também as
relações econômicas predominantes da região e dessa forma, o processo de urbanização no Oeste da
Bahia e formação dessas pequenas cidades foi possível pois “[...] enquanto a cana-de-açúcar, o fumo
e os cultivos alimentares se expandiam na região do Recôncavo Baiano e da orla marítima, no interior
a pecuária, o algodão e as lavouras de subsistência abriam novas fronteiras agrícolas.” (LEÃO, 1989,
p.90 apud. SANTOS, Sueli Almeida dos, 2021, p.71).
Para além das fronteiras agrícolas, a partir da década de 60, o então governador estadual da
Bahia, Luiz Viana Filho inicia a construção da rodovia federal BR-349, ligando o centro de Santa Maria
da Vitória e Correntina ao Centro-Oeste do país, além da “construção da rodovia estadual BA- 172 que
articula os centros de Santa Maria, São Félix do Coribe, Coribe e Cocos”. (SANTOS, 1989, p.85) e
abertura de vias vicinais que interligam os municípios da região provocaram a desativação de antigas
rotas e passagens de tropeiros, contribuindo para o aparecimento de áreas de ocupação subnormal às
margens do Rio Corrente, decorrente do estabelecimento de retirantes oriundos da zona rural.
A expansão das redes modais rodoviárias e a desapropriação da Companhia de Navegação
do São Francisco (FRANAVE) feita pelo Estado no final da década de 80 durante a ditadura militar,
contribuíram para a gradativa redução das navegações fluviais e consequentemente um
enfraquecimento das atividades portuárias no rio Corrente. Com isso, ribeirinhos, estaleiros, remeiros
e armazéns deixaram o local, depois de décadas do comércio fluvial. (SANTOS, 2016).
De acordo com Miranda (2002), a partir da década de 80, com o enfraquecimento das
atividades portuárias, a extração de pedra, areia e calcário nas margens do rio passou a ser uma das
principais atividades econômicas nos municípios, ocasionando em um crescimento populacional
intensivo nas margens dos rios, que caracteriza o processo histórico de urbanização dos municípios de
Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe, segundo Mariano (1984).
O município de Santa Maria da Vitória, situado na região Oeste da Bahia, surge através do
então arraial de Brejo do Espírito Santo pertencente ao antigo município de São José de Carinhanha.
As primeiras casas a ocuparem as margens do rio Corrente “[...] eram circundadas por frondosas
gameleiras e dependiam economicamente dos escambos comerciais por enjolos (canoas ligadas por
travessas de madeiras), especialmente de rapaduras, trazidas do arraial, mantendo fortes relações
comerciais com o antigo município de Rio das Éguas.” (MARIANO, 1984, p.3).
Segundo o IBGE (1958), ainda em 1850 é instaurada as primeiras embarcações para o
transporte de mercadorias e animais, trazidas pelo artificie André Affonso de Oliveira, seus
descendentes e correligionários, impulsionando o crescimento do arraial para o entreposto comercial.
Através de uma lei provincial de 08 de junho de 1880, com a mudança da sede do antigo município de
Nossa Senhora da Glória do Rio das Éguas para o Porto de Santa Maria, ocorre a elevação de porto
para vila de Santa Maria do Rio Corrente. Com a ampliação da navegação do rio Corrente, a vila de
nome Porto de Santa Maria do Rio Corrente por suas atividades econômicas dependerem do porto
fluvial, transformou-se em um distrito administrativo em 1909, dada as intensas atividades comerciais
e a instalação de sua primeira gestão pública pela figura de um Intendente político.
Já o município de São Félix do Coribe possui uma formação mais recente, sendo inicialmente
uma propriedade rural controlada por uma família de latifundiários. Segundo Santos (2016), em 1958,
o município de Carinhanha perde parte do seu território para a elevação do município de Cocos e assim,
Santa Maria da Vitória foi desmembrada. O distrito Rio Alegre de Santa Maria assim chamado pelo
Decreto Estadual de 1933 até 1943, foi emancipado em 1958, tornando-se o município de Coribe
(IBGE, 2016 apud. Santos (2016). Com a emancipação de Coribe, há uma disputa entre as regiões
pela Fazenda São Félix.

A fazenda surge em 1901 com a chegada da família Castro na margem direita


do rio Corrente que por anos foi anexada à área urbana de Santa Maria, por
serem cidades "gêmeas",mas que após a elevação de Coribe à cidade,
tornou-se parte administrativa do município até a década de 80, quando a
população solicita a emancipação justificada pela intensa ocupação desde a
década de 70. Em junho de 1989, São Félix do Coribe é emancipada
(LUQUINI, 2015).

O conjunto de desmembramentos e rupturas administrativas segundo Santos (1989, p.130) foi


motivado por “[...] interesses oligárquicos das políticas locais para se apropriarem da canalização de
recursos públicos gerados dos impostos desses novos centros administrativos”. Por consequência,
esses centros se tornaram dispersos, fragmentados, com redes urbanas simples em relação a
configuração territorial pela incipiente população, além de precárias conexões estritamente fluviais e
estradas rústicas. (IBGE,1958).

REFERÊNCIAS À CERCA DA PROBLEMÁTICA (INFRAESTRUTURA URBANA E INUNDAÇÕES):

As inundações e os impactos causados pela ausência de planejamento e de dispositivos de


drenagem são parte de uma problemática das infraestruturas urbanas nos municípios avaliados. Esses
episódios ocorrem a cada década e são realidade nos municípios até os dias de hoje sendo
ocasionados pelas fortes chuvas que aumentam a vazão nos riachos das duas cidades ou ainda pelo
rompimento das barragens e centrais hidrelétricas.
É necessário contudo entender que o aumento do nível do rio em função do caudal que ele
suporta, faz parte do processo natural do ciclo hidrológico das águas. Isso significa dizer que todo curso
hídrico apresenta um ou mais leitos: o menor leito do rio ocorre quando há baixa precipitação durante
o regime de estiagem, enquanto o maior leito do rio ocorre em regimes de cheia. Nesse leito, o rio
costuma ocupar às margens construídas e não vegetadas durante as enchentes. Tucci (2005) nos
mostra que as ocupações nas margens consideradas áreas de risco, reduzem a cobertura vegetal que
atua no escoamento dessas águas urbanas que, sem ter por onde ser drenada, aumenta sobremaneira
a velocidade das águas pluviais e este impacto altera os cursos naturais, prejudicando a recarga natural
do lençol freático.
Segundo Tucci (2012), as medidas adotadas para o projeto de drenagem urbana podem ser
definidas como estruturais e medidas não-estruturais. As medidas não estruturais são parâmetros
adotados através de instrumentos da legislação urbanística como o zoneamento do Plano Diretor
Urbano, Lei do Parcelamento do Solo Urbano, Uso e Ocupação, Código de Obras e Edificações,
previsão de cheias, seguro de inundação, entre outras legislações de ordenamento territorial. Estes
instrumentos estabelecem princípios em códigos, normas e leis para viabilizar a proposta de drenagem,
sendo necessário expor as condições de ocupação e regimentar a apropriação do espaço urbano. Já
as medidas estruturais, de acordo com Tucci (2012) são aquelas que possibilitam modificar o sistema
com o desenvolvimento de alguma técnica construtiva que tem como principal finalidade administrar as
cheias e diminuir os riscos de deslizamentos nos sistemas de infraestrutura convencional.
As infraestruturas urbanas podem ser definidas como: “o conjunto de sistemas, equipamentos
e serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas” (ZMITROWICZ; NETO, 1997, p. 13).
É a partir das infraestruturas convencionais que se torna possível usufruir das políticas-administrativas
da cidade, incluindo seu próprio gerenciamento. No contexto de intensa impermeabilização do solo, e
sabendo dos impactos que as infraestruturas convencionais causam no sistema de drenagem urbana
e recursos hídricos, é necessário pensar também na infraestrutura verde tanto como uma medida não
estrutural, por se tratar de uma diretriz a ser seguida, quanto como uma técnica estrutural que concilia
a integração da natureza com a cidade de forma não convencional.

REFERÊNCIAS À CERCA DOS TEMAS CORRELATOS DE ESTUDO (CIDADES RESILIENTES,


SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA E CIDADES SENSÍVEIS À ÁGUA):
De acordo com Silva et al. (2022), a resiliência urbana é: “[...] a capacidade de um sistema de
suportar choques no seu funcionamento de mercado, ou mesmo na sua estrutura ambiental, sem
comprometer a eficiência da distribuição de recursos.” (PERRINGS, Charles. 2010, p. 662 apud. SILVA,
et al. 2022, p. 4).
Portanto conceito de cidades resilientes, utiliza práticas da infraestrutura verde surge como
contraposição às infraestruturas cinzas por uma abordagem estratégica da paisagem para a
conservação dos espaços públicos. Através de intervenção simples e de baixo impacto ambiental, a
infraestrutura verde utiliza técnicas com recursos naturais para devolver a massa vegetativa retirada
do solo em decorrência da urbanização. Dessa maneira, a inserção de tecnologias verdes requalifica
as paisagens urbanas e a infraestrutura básica adequada para o seu funcionamento, tornando as
cidades resilientes para “[...] absorver impactos e manter suas funções ou propósitos, isto é, sobreviver
ou persistir em um ambiente com variações, incertezas. Pensar de forma sistêmica permite ter um
“pensamento resiliente”. (HERZOG, 2013, p. 75).

As práticas convencionais de engenharia de recursos hídricos voltadas para


a coleta, canalização e armazenagem temporária do escoamento superficial
da água da chuva geralmente exacerbam as enchentes a jusante, a
degradação da qualidade da água, a perda de habitats e a estabilidade dos
sistemas, devido ao volume acumulado e à velocidade dos fluxos de
descarga. O escoamento superficial coletivo erode córregos e rios existentes,
resultando em margens extremamente íngremes e sujeitas a erosão e
sedimentação constantes. A perda da infiltração e da recarga dos lençóis
freáticos na bacia hidrográfica do entorno combina com o rebaixamento dos
níveis normais da água no sistema de tributários, também rebaixando o lençol
freático e deixando de alimentar os córregos durantes os períodos de seca.
(FARR, Douglas, 2013).

Segundo Herzog (2009), com o objetivo de reduzir os impactos ambientais, os serviços


ecossistêmicos começaram a ser introduzidos no planejamento urbano como uma infraestrutura não
apenas complementar, mas estrutural à paisagem, sendo absolutamente importante integrar a
infraestrutura verde às cidades para mitigar os problemas urbanos, como uma maneira de controlar e
prevenir os efeitos das enchentes, erosões do solo e inundações. Herzog (2009) discorre também sobre
a importância dos planos de arborização para a implantação de Soluções baseadas na Natureza (SbN),
pois destaca-se a sua participação na redução de processos erosivos, além da capacidade de qualificar
um microclima. Segundo Valente e Cavalcanti (2022, p.10): “O termo “Soluções baseadas na Natureza
(SbN)” é um conceito guarda-chuva que engloba diversas técnicas e soluções que visam restaurar e
manejar os ecossistemas urbanos fortemente alterados”.
Para o alcance de projetos sustentáveis incorporando SbN na formação de microclimas que
minimizem os impactos da urbanização, é necessário também recorrer aos mecanismos legais que
indicam medidas a serem adotadas também na regularização fundiária, fundamental para o estudo das
densidades ocupacionais, áreas vulneráveis ocupadas, uso do solo e implantação da captação de água
da chuva nos lotes urbanos. O debate do ordenamento territorial, planejamento urbano e projetos de
infraestrutura precisa ser percursor dessas mudanças para que consequentemente, as cidades possam
se tornar mais resilientes à ocorrência de chuvas intensas, num contexto de mudança climática,
acontecendo frequentemente. Segundo Farr (2013):
Contrastando com os sistemas convencionais de coleta e canalização,
podemos direcionar o escoamento superficial da água para sistemas de
biorretenção que são projetados para reduzir o fluxo de energia e limpar,
direcionar e infiltrar no solo a água oriunda das superfícies impermeáveis
vizinhas. Os sistemas de biorretenção adequados para contextos urbanos
incluem valas de drenagem gramada, biodigestores, poços secos, bacias de
detenção ou retenção naturalizadas e outros elementos especialmente
projetados, como canteiros centrais, canteiros com árvores e floreiras. No
caso das valas de drenagem gramada e dos biodigestores, materiais porosos
como areia ou pedregulho geralmente são instalados sob 45 ou 60 cm de
húmus controlado, para facilitar o armazenamento temporário e a percolação
ao solo. A filtração e a absorção da água podem ser
aprimoradas por meio da incorporação de uma boa densidade de plantas
nativas com raízes profundas, que também auxiliam na remoção de
poluentes. A consequente redução no volume de água escoada
superficialmente ajuda a proteger e melhorar os sistemas aquáticos de toda
a região. (FARR, Douglas, 2013).

Para superar esses desafios, os arquitetos Mostafavi e Doherty (2014) se questionam: “Como uma
cidade, com todos os seus mecanismos de consumo – o modo como devora sua energia, sua demanda
insaciável por alimentos – pode ser ecológica?” (MOSTAFAVI, Mohnsen; DOHERTY, Gareth, 2014,
p.125). Muitas soluções surgem deste questionamento, podendo tratar-se das técnicas de
infraestruturas verdes, do conceito de cidades resilientes, ou das cidades sensíveis à água que
convivem em harmonia com o seu ecossistema, sem, contudo, inviabilizar a cidade. É necessário “[...]
encarar a fragilidade do planeta e de seus recursos como uma oportunidade para investigar novas
possibilidades arquitetônicas, e não como uma forma de legitimação técnica para promover soluções
convencionais. (MOSTAFAVI, Mohnsen; DOHERTY, Gareth, 2014).
Para isso, Herzog (2013) nos mostra o que fazer:

A estratégia para que a drenagem urbana seja resiliente deve ser a de


procurar mimetizar os processos naturais por meio de um planejamento
sistêmico, mudando do paradigma de tentativa de controle para o do convívio
com os fluxos e processos naturais. Deve-se planejar de forma integrada a
drenagem para toda a bacia hidrográfica com uma infraestrutura verde
multifuncional que infiltre as águas no local onde caem, com maiores áreas
permeáveis e arborizadas; desconectar e minimizar as áreas impermeáveis;
deter as águas de escoamento superficial retardando a sua entrada no
sistema de drenagem e possibilitando infiltração; reter as águas ao longo da
bacia hidrográfica em lagos naturalizados e alagados construídos, para evitar
o escoamento e sobrecarga nas áreas mais baixas; e manter a conexão dos
fluxos superficiais e subsuperficiais. (HERZOG, 2013)
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