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INTRODUÇÃO
2
1
A Microrregião de Ituiutaba é formada por seis municípios: Cachoeira Dourada,
Capinópolis, Gurinhatã, Ipiaçú, Santa Vitória e Ituiutaba, esta última, caracterizando-se
como cidade-pólo. Fonte: < http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/territorio/>, 2002.
5
Estes, por sua vez, exercem uma polarização regional muito intensa
sobre os demais centros urbanos; um processo que poderíamos denominar
de “vampirismo” 2 , diante da força com que atraem, para si, fluxos de todas
as ordens, principalmente populacional, informacional e capital. Todavia,
Uberlândia tem se sustentado como “Carro-Chefe”, liderando como espaço
de atração nos setores de educação, saúde, comércio, indústria,
telecomunicação, entre outros.
Posto que a distância entre os centros urbanos tem sido cada vez
menos um empecilho diante dos investimentos nos transportes e nas
comunicações no território nacional e, particularmente, em Minas Gerais, é
certo que os fluxos, especialmente os populacionais, tenderiam a
direcionar-se para centros mais distantes e mais equipados.
4
O termo “Tijucano” refere-se ao morador de Ituiutaba; surgiu em função do nome do
rio Tijuco, que banha o município.
14
15
CAPÍTULO 1
6
A idéia de se construir uma futura capital Federal foi expressa formalmente pela
primeira vez, no art. 3º da 1ª Constituição Republicana do país, em 24 fev. 1891. Art. 3º
- Fica pertencendo à União no planalto central da República, uma zona de 14.000
quilômet ros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a
futura Capital Federal.
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Para saber mais sobre o assunto ver: VESENTINI (1986).
20
1968 11,2
1969 10,0
1970 8,8
1971 12,0
1972 11,1
1973 14,0
1974 9,5
1975 5,6
Coelho (2001) tem uma leitura diferente; segundo esse autor, a crise
nacional partiu da decisão do Governo Federal em manter a mesma política
monetária expansionista após o choque do petróleo, quando outros países
adotaram uma política antiinflacionária e medidas de contenção do
consumo da matéria-prima.
8
Entre 1966 e 1970, o país teve vários governos: 1966 – Mal. Castelo Branco; 1966/ 68
– Mal. Costa e Silva; 1969 – Junta Militar (ministros militares provisórios); 1970/73 –
Gal.Emílio G. Médici.
28
9
O governador Rondon Pacheco foi criado em Uberlândia – Triângulo Mineiro/Alto
Paranaíba/MG, onde iniciou sua carreira política.
29
cultura que irá nos interessar particularmente nesse estudo, por sua
importância regional na Microrregião de Ituiutaba, teve seu cultivo
realizado em uma escala limitada até a década de 1920, visto que os
métodos rotineiros utilizados não geravam grandes produtividades.
10
Um alqueire mineiro equivale a 4,84 hectares.
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Décadas No
Leite in
Arroz Milho Algodão Feijão cabeças
natura (l)
bovinos
1950 38.720 23.232 16.940 8.712 200.000 -
32
Cultivos Santa
Ituiutaba Capinópolis Tupaciguara 1 2 Total
(ton.) Vitória
O volume foi tão alto que Ituiutaba não teve armazéns suficientes
para estocar os grãos, tendo aquela safra de ser estocada em outras cidades.
O órgão que adquiriu a produção foi a Comissão de Financiamento de
11
Gurinhatã e Ipiaçú são distritos de Ituiutaba nesse período, e Cachoeira Dourada
encontrava-se em fase emancipação.
12
O município de Tupaciguara pertence à Microrregião de Uberlândia.
34
13
Sobre o assunto ver BRANDÃO, 1989.
37
14
As informações originais foram pesquisadas por Guimarães (1990) In: Congresso das
Associações Comerciais do Estado de Minas Gerais. Correspondência recebida. op. cit,
livro 39, 1962.
42
Décadas
Municípios
1960 (ton.) 1970 (ton.)
Gurinhatã - 192
Ipiaçú - 626
Santa Vitória 6 72
Tabela 7 – Brasil: empréstimos do Governo Federal concedido entre 1968 – 1975 (1000
toneladas).
16
Anos Soja (t) Milho (t) Arroz (t) Outros (t) Total (t)
16
1968 – 1974: foi um período em que o crédito e a quantidade estocada de arroz
ultrapassaram a de outros produtos. Após 1974, o crédito e a quantidade estocada de
soja ultrapassaram a de arroz.
46
CAPÍTULO 2
17
Sobre a história de Ituiutaba, consultar: 1- IBGE, Enciclopédia dos Municípios. Rio
de Janeiro, IBGE, 1959. 2- PREFEITURA MUNICIPAL DE ITUIUTABA. O
Centenário. Fundação Cultural de Ituiutaba: Ituiutaba, 2001. 126p. (Revista especial
de aniversário).
18
O nome Tijuco também é encontrado como “Tejuco” em algumas referências
50
Em 1839, foi criada a “Paróquia São José do Tijuco” pela Lei n o 138,
tornando-se distrito. No núcleo urbano, moradias iam sendo construídas ao
redor da capela. Após o desmembramento da Paróquia São José do Tijuco
da Nossa Sra. do Carmo do Prata em 1866, foi criada a Freguesia de São
José do Tijuco. Somente em 1901, pela Lei no 319, ocorreu a
municipalização, cujo nome foi Vila Platina. Nesse tempo, o núcleo urbano
já tomava formas de vilarejo.
de João Gomes Pinheiro; ambos elaboraram o traçado das ruas do que seria
a futura cidade de Ituiutaba, auxiliaram na construção das primeiras
19
edificações, pontes e plantações .
19
Informações obtidas na Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de
Ituiutaba, 2002.
20
Informações obtidas no SEBRAE-MG. Sistema de Informações mercadológicas
municipais . Ituiutaba, diagnóstico municipal. Belo Horizonte: SEGRAC, 1995.
21
I : Rio; Tuiu : Tijuco; Taba : Povoação.
52
Figura 6
Fonte : IBGE Ituiutaba, 2002. Org. : OLIVEIRA, B. S., Ago./2002.
23
Entrevista concedida pelo Sr. secretário da Secretaria Municipal de Abastecimento de
Ituiutaba, em ago. de 2002.
Esses migrantes vinham iludidos, acreditando ser Ituiutaba “um
grande Eldorado”, um lugar pródigo de delícias e riquezas, a terra de
oportunidades onde existia trabalho para todos. (SILVA, 1997).
Para se ter uma idéia, entre 1950 a 1960, Ituiutaba era a cidade do
Triângulo Mineiro que apresentava maior taxa de crescimento da população
urbana (14,02%), segundo informação de Freitas (1985).
Total
25
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITUIUTABA. (Org.). O centenário . Ituiutaba:
Gráfica Ituiutaba, 2001. 126 p. Edição especial - ao qual não informa a data exata.
69
Além dos cereais, o leite também segurava uma fatia do mercado para
si. Pode-se dizer que havia uma “simbiose” entre a agricultura e a pecuária
nesse período.
Grau de Grau de
Décadas 1950 urbanização 1960 urbanização
(%) (%)
Total 53.240 68.218
População
10.113 30.698
urbana 12,5 19,0
População
43.127 37.520
rural
Por essa lei, conforme Zoccoli (2001), a família que não tivesse
moradia e cuja renda fosse o salário mínimo poderia adquirir o lote e pagar
à prefeitura em até 60 meses, sem juros e sem correção. Foi uma lei que
serviu de modelo para outros municípios e que facilitou o acesso à moradia
para os recém chegados do campo.
Data da venda 1 o
Bairros Proprietários
Terreno
número de novos loteamentos na década de 1960, até porque boa parte das
famílias direcionaram-se para os loteamentos irregulares da cidade.
Total
Datas de
Décadas Bairros
aprovação % Sobre o
N o Absoluto
Total
Independência 30/03/54
Guimarães 19/12/62
1960 3 20
Satélite Andradina 21/11/63
Pirapitinga 10/08/64
Total 15 100
CAPÍTULO 3
79
27
Artigo publicado na Revista Acaiaca, 1957. p. 73-74.
83
de uma atividade também lucrativa, sem grandes riscos e que não exigisse
muita mão-de-obra.
[...] este fato gerou pressões por parte dos fazendeiros para que
o Estado subsidiasse a modernização da agricultura, alegando os
resultados práticos desastrosos do Estatuto. [...] a partir da
década de 1970 até meados de 1983, o financiamento subsidiado
para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, visando
substituir os trabalhadores rurais, assumiu um papel
fundamental no processo de modernização da agricultura
brasileira. (p. 67)
a) Endividamento bancário
c) Desvantagem mercadológica
Toneladas/décadas
Cidades
1960 1970 1980 1996
Ituiutaba 529 1768 1225 3240
Cachoeira Dourada - 117 609 4000
Capinópolis 506 1318 5503 13206
Ipiaçú - 628 446 4810
Santa Vitória 5152 72 12 240
Gurinhatã - 192 149 296
Fonte : Censo Agrícola de 1960. IBGE. Minas Gerais. Censo Agropecuário de 1970 e
1980. IBGE. Minas Gerais. Site < www.ibge.gov.br > em out. 2002. Org.: OLIVEIRA, B.
S., Jul./2002.
94
Se, por um lado, o campo foi o lócus que concentrou maior parte da
população regional (e nacional) até 1970, a partir dessa década, o fluxo
populacional ganhou nova direção, dessa vez, para os centros urbanos.
29
SEBRAE/MG. Sistema de informações mercadológicas municipais – Ituiutaba
diagnóstico municipal. Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 1995. 178 p. – Este trabalho foi o
resultado de várias pesquisas realizadas no município de Ituiutaba entre diversos
setores (agropecuarista, meeiros, parceiros, comerciantes e consumidores), onde cada
um deles participou com um número diferenciado de entrevistados como método próprio
do SEBRAE.
99
A raça jérsei [...] é um gado que sente muito o clima nosso aqui,
clima quente; então o gado tem problemas de adaptação. Por
isso que as rezes de pele escura não deram resultados, mas a
Nestlé já sabia disso também, porque ela aconselhava os
produtores a fazer o cruzamento; também começou aqui a
profissão de conserva de alimento para o fornecimento na seca.
Na época em que a Nestlé entrou aqui, não tinha pasto né, daí
ela começou a fazer silagem de milho, capim elefante, o farelo
da soja e, mais pra frente, a ração concentrada . (Informação
verbal 3 0 )
30
Entrevista concedida pelo Sr. Manuel Junqueira Vilela em ago. de 2002.
102
31
Valor informado no Sindicato dos Produtores Rurais em agosto de 2002, período em
que o salário mínimo se encontrava a R$200,00.
104
Data de Data de
Bairros Bairros
Aprovação Aprovação
N o aproximado Ano de
L ocalização Construtoras
casas/apto. construção
Figura 13
Fonte : Secretaria de Planejamento, Prefeitura Municipal de Ituiutaba, Out. 2002. Org.:
OLIVEIRA, B. S., 2002.
Data de Data de
Bairros Bairros
Aprovação Aprovação
32
O abairramento passou a ocorrer após 1970 com a aprovação da Lei Municipal N o
1362/1970, em que ocorreu a regularização pela prefeitura, de todos os loteamentos
abertos irregularmente em Ituiutaba.
112
33
Tema que será abordado no capítulo 4.
115
Figura 17
Fonte : Pesquisa de campo. Out./2002. Org.: OLIVEIRA, B. S, 2002.
festas religiosas, tais como folia de reis, festa junina, terços (“quarto de
Santa Luzia”), novenas, benzições, também fazem parte do cotidiano desse
povo.
Isso não quer dizer que eles não estejam lá; na verdade, há uma parte
que se tornou pendular, vão estudar ou trabalhar em cidades próximas e
retornam nos fins de semana ou nas férias, a outra parte fica dispersa pela
cidade. Todavia, não há “points” que concentram essa massa jovem, nem a
presença deles pelas calçadas e ônibus da cidade. O desânimo e a falta de
emprego e de melhores oportunidades têm levado jovens a migrar de
Ituiutaba em busca de boas condições de vida.
Fatores localizacionais
Diante disso, o fluxo que passava por Ituiutaba, via BR 365 – São
Simão, reduziu visivelmente. Caminhoneiros que querem ir a GO têm a
opção de seguir direto pela rodovia 153 (São Paulo – MG – GO), passando
125
pelo Trevão (trevo que faz intersecção das BR 153 e 365), ou pela BR 452,
ou ainda seguindo por Catalão-GO, com a vantagem de rodar em rodovias
mais conservadas.
Política “bairrista”
Triângulo
Mineiro/Alto 2.807.970,00 3.279.626,00 4.026.904,00
Paranaíba
Tabela 19 - Microrregião de Ituiutaba: população e taxa de crescimento dos municípios, 1970 – 2000.
Idade Habitantes %
Banana 24 33 45 -
Sorgo - 30 - 1.000
Produção bovinos
34
Segundo informações da FIEMG, o Pontal do Triângulo compõem-se de quinze
municípios que foram inscritos: 1 – Araporã; 2 – Cachoeira Dourada; 3 – Campina Verde;
4 – Canápolis; 5 – Capinópolis; 6 – Carneirinho; 7 – Centralina; 8 – Gurinhatã; 9 – Ipiaçú;
10 – Ituiutaba; 11 – Iturama; 12 – Limeira do Oeste; 13 – Santa Vitória; 14 – São
Francisco de Sales; 15 – União de Minas.
140
Contudo é preciso ressaltar que essa visão ambiental está um pouco fora
da realidade, uma vez que o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba tem sido
exemplo pioneiro do uso da soja e que o resultado tem gerado impactos
ambientais, havendo a necessidade de usar cada vez mais corretivos nos solos,
agrotóxicos, novas formas de manejos para combater pragas, erosões e
assoreamento.
Nesse sentido, com a instalação de mais uma usina, a cana passa a pagar
uma renda melhor do que a soja e o boi, e grande parte dos pequenos
arrendatários que trabalham naquela região com cultivo de grãos, tem
procurado as terras de Ituiutaba, visto que não conseguem concorrer com os
grandes.
CAPÍTULO 4
Carlos (1992) admite que a rede urbana pode ser considerada como
forma sócio-espacial de realização do ciclo de exploração 3 5 da grande cidade
sobre o campo e centros menores, onde há relação de inter-relação entre a
grande cidade, os pequenos centros e o campo.
Para Corrêa (1989, p. 71), a rede pode ser considerada como uma forma
espacial através da qual suas funções urbanas se realizam. Trata-se das
funções de comercialização de produtos rurais, produção industrial, vendas
varejistas, prestação de serviços diretos, entre outras, as quais se reportam
aos processos sociais dos quais “a criação, apropriação e circulação do valor
excedente constitui-se no mais importante, ganhando características na
estrutura capitalista”.
Diante disso, para entender uma rede, é necessário levar em conta uma
dada região e as cidades que aí se distribuem em alguns tipos caracterizados
por certo papel econômico mais ou menos influenciados pela história; a
inserção geográfica dessas cidades em sua região vai repercutir na maneira
pela qual elas cumprem seus papeis com relação a esta última.
35
Por ciclo de exploração, entende-se que existem dois, em que, no primeiro, a grande
cidade, “cabeça da rede urbana”, extrai do campo e das cidades menores, via migrações,
força de trabalho, produtos alimentares, matérias-primas, lucros comerciais e renda
fundiária. No segundo ciclo, que realimenta o primeiro, trata-se, portanto, do mesmo
processo, ou seja, a cidade grande exporta para os centros menores e o campo, capitais,
bens, serviços, idéias e valores. (CARLOS, 1992)
147
Segundo esse autor, para caracterizar uma rede, duas categorias devem,
de fato, ser colocadas em evidência: determinar os tipos de cidades que a
região encerra e discriminar as zonas de influência das cidades grandes e
médias, que se constituem como os dois primeiros escalões dessa hierarquia.
Outra questão de que essa teoria trata diz respeito à hierarquia da rede
urbana, questionando o tamanho, as funções econômicas e a localização das
cidades num dado espaço.
Uma das questões que Santos (1996) muito tem discutido trata-se da
urbanização brasileira e da reestruração espacial pela qual temos passado
nesse recente período caracterizado pelo desenvolvimento da ciência,
tecnologia e informação, bem como a “função” que cada centro passa a
assumir na rede.
Esse autor tem sido reconhecido com mérito por muito ter contribuído
para o estudo das redes urbanas no que tange ao caso brasileiro. Sua
preocupação sobre essa temática já ocorre desde a década de 1980.
153
Para esse autor, pode existir rede urbana nos países subdesenvolvidos 3 6 ,
desde que três condições sejam satisfeitas: primeiro, que exista uma economia
de mercado com uma produção que é negociada por outra e que não tenha sido
produzida local ou regionalmente; segundo, a existência de pontos fixos no
território, em que a troca é realizada, ainda que periodicamente; esses pontos
tendem a concentrar outras atividades, tais como aquelas de controle político-
administrativo e ideológico, transformando-se em núcleos de povoamento
composto de diferentes atividades; e a terceira condição refere-se à existência
de um mínimo de articulação entre os núcleos anteriormente referidos, o que
dá origem e reforça a diferenciação entre os núcleos urbanos no que se refere
ao volume e tipo de produtos comercializados, às atividades político-
administrativa, entre outras; e que se traduz em uma hierarquia entre núcleos
urbanos e em especializações funcionais. (CORRÊA, 1989).
37
Hinterlândia caracteriza-se como a área unida social e economicamente a um núcleo
urbano. Em sua grande maioria, esses núcleos são modernos e seus hinterlands são
economicamente independentes, em vez de ser tributários uns dos outros. Geralmente, as
cidades maiores exercem uma influência particularmente intensa sobre as áreas que a
rodeiam, até o ponto de afirmar-se que elas organizam suas hinterlands formando regiões
funcionais. (TAVARES, 2001)
155
Diante disso, a rede urbana brasileira não pode ser mais tratada
exclusivamente por interações do tipo rígida, descrita na teoria
Christalleriana, mas deve incluir também interações de complementariedade
no âmbito da rede urbana, visto que a complexidade da divisão territorial do
trabalho leva a numerosas especializações funcionais, que definem diversos
centros urbanos.
156
Contudo mesmo essas atividades não ficam presas num único pólo
urbano, visto que no atual período, centros de diversos tamanhos
complementam-se e nada impede que esse fluxo populacional consuma
serviços em centros de porte, funções e localizações variadas.
Oliveira e Soares (2000) afirmam que o tema das cidades locais gera
polêmica na pesquisa, já que deixa lacunas diante de estudos empíricos.
Grau de
Municípios Caracterização População
urbanização
Fonte : Oliveira e Soares, 2000. Soares, B. R. et al., 2000. Org.: OLIVEIRA, B. S.,
Dez./2002.
O terreno para sua instalação foi cedido pelo prefeito Samir Tannús; um
total de 55.000 m 2 , e o primeiro vestibular foi realizado em março de 1970
170
Figura 21
Fonte : Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, 2002. Org .: OLIVEIRA, B. S.,
Set./2002.
São Paulo fica em terceiro lugar, com uma participação menor que 4%
no período, porém relevante. Cidades tais como Araminas, Ribeirão Preto, São
José do Rio Preto e Votuporanga são algumas que se destacam entre as
177
demais. No entanto, é Minas Gerais o estado que mais dispõe de alunos que se
direcionam para Ituiutaba.
N o de N o de
Especialidade Médica Especialidade Médica
especialistas especialistas
Anatomia patológica 01 Nefrologia 01
Neurologia e
Anestesiologista 05 02
neurocirurgia
Angiologia e Cirurgia
02 Oftalmologia 05
Vascular
Ortopedia e
Cardiologia 04 07
traumatologia
Cirurgia Geral 14 Otorrinolaringologia 03
Cirurgia Plástica 03 Patologia Clínica 01
Clínica Geral 26 Pediatria e Neonatologia 10
Clínica Médica 08 Pneumologia 01
Dermatologia 03 Proctologia 02
Ecocardiografia 02 Psiquiatria 03
Endocrinologia e
01 Radiologia 04
Metabologia
Endoscopia Digestiva 01 Reumatologia 01
Fisiatria 01 Terapia intensiva 01
Ginecologia e Obstetrícia 12
Urologia 03
Medicina do Trabalho 09
Fonte : UNIMED Ituiutaba, 2002. Org .: OLIVEIRA, B. S., Set./2002.
Figura 25
F onte : Secretaria Regional de Saúde de Ituiutaba, 2002. Org.: OLIVEIRA,
B. S., Set./2002.
Por esse motivo, existem lacunas nessa pesquisa que poderão ser mais
bem analisadas num próximo estudo, que diz respeito ao destino/origem real
dos passageiros; se eles realmente residem em Ituiutaba ou vêm de outra
cidade próxima, fazendo baldeação ou simplesmente estão retornando para
suas cidades, bem com se eles têm como destino real a cidade referida no
184
Figura 27
Fonte : Terminal Rodoviário Fernando Alexandre, jul./2002. Org .: OLIVEIRA, B. S.,
2002.
restando um segundo lugar para São Simão, ambas tendo um raio de distância
máximo de 130 Km.
Empresas Cidades
Por outro lado, Goiânia, que divide com São Paulo os consumidores e
comerciantes, certamente por sua proximidade geográfica e custos
relativamente reduzidos, consegue reter um alto fluxo durante todo o ano.
Uma média de 1.000 a 1.200 passageiros/mês, com exceção para os meses de
janeiro e julho, em que o fluxo ultrapassou 1.600.
189
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
191
O mesmo ocorre com a educação superior, ainda que 50% dos alunos
ingressantes sejam da própria Ituiutaba, o restante caracteriza-se como um
público da região e de outros estados interessados naquele serviço. Além do
transporte intermunicipal, um sinônimo do Meio técnico informacional, capaz
de transportar fluxos populacionais a grandes distâncias. Torna-se o elo entre
Ituiutaba e o resto do país, levando o conhecimento da cidade para onde se
destina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
197
______. Manual de geografia urbana . 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1989. 214
p.
SITES
ENTREVISTAS
ANEXOS
4 – Nas décadas de 1970 e 80, foram implantados projetos agropecuários tais como
o POLOCENTRO e o PRODECER na região. A nível local, em que esses projetos
beneficiaram o produtor? Houve incentivos à pecuária?
9 – O Sr. concorda que Ituiutaba tem passado por uma certa estagnação nas últimas
décadas? Por que?
1 – Quando foi fundado o Sindic ato Rural em Ituiutaba e em que ele contribuiu para o
pequeno produtor, o meeiro, o arrendatário e o agregado?
2 – O sindicato teve o papel de repassar ao produtor rural (após 1950) seus direitos e
deveres com relação ao direitos trabalhistas?
3 - Quando iniciou a decadência do arroz na Microrregião de Ituiutaba?
4 – O que pode ter levado a decadência do arroz na região?
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