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ISSN 0103-5150
Fisioter. Mov., Curitiba, v. 30, n. 3, pág. 527-536, jul./set. 2017
Licenciado sob uma Licença Creative Commons
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-5918.030.003.AO11

Assistência prestada por fisioterapeutas da


atenção primária à saúde a pacientes após AVC

Assistência do fisioterapeuta da atenção primária a


indivíduos pós-acidente vascular cerebral

Christina Danielli Coelho de Morais Faria, Danielle Campos Araújo,


Bárbara Paula de Barros Carvalho-Pinto*

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil

[R]

Abstrato
Introdução: As deficiências motoras, prevalentes em indivíduos com AVC, requerem reabilitação fisioterapêutica (TF). Na
atenção básica do Sistema Único de Saúde, os PT fazem parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Objetivo:
Descrever o atendimento de TP a pacientes com AVC em uma unidade básica de saúde. Métodos: Foram analisados os
prontuários de todos os pacientes com AVC (n = 44; 69,23 ± 13,12 anos) identificados pelos profissionais de saúde. Utilizando
o reconhecimento de palavras-chave, foi realizada análise de frequência dos serviços oferecidos pelo PT. Os indivíduos foram
classificados de acordo com a Escala de Rankin Modificada. Resultados: Nos 44 prontuários, 45,5% continham a descrição
do atendimento prestado por algum profissional do NASF e 36,4% do atendimento do PT. Os cuidados de TP foram prestados
no domicílio do sujeito (94,2%) e no posto de saúde (5,8%). As práticas de TF foram identificadas como: orientação (93,8%),
avaliação (87,5%), exercícios (50%), acompanhamento (37,5%), encaminhamento para outro serviço ou para alunos de TP
(18,8%) e encaminhamento para outros profissionais do NASF (12,5%). A maioria dos sujeitos foi classificada como portadora
de deficiência leve/moderada. Conclusão: A minoria dos prontuários possuía registro de atendimento pelo NASF PT. A maioria
dos atendimentos ocorreu no domicílio do sujeito, o que revela uma prática voltada para o atendimento individual. A orientação
foi comum, o que ilustra que na atenção básica há um foco no empoderamento para o autoaperfeiçoamento da saúde. O
acompanhamento não foi comum, apesar das diretrizes clínicas afirmarem que os indivíduos com AVC devem ser monitorados
pelo menos uma vez ao ano pela equipe de reabilitação.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Fisioterapia. AVC.

* CDCMF: Doutor, e-mail: cdcmf@ufmg.br


DCA: BS, e-mail: danni.campos@hotmail.com
BPBCP: MS, e-mail: bita_fisio@hotmail.com

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Faria CDCM, Araújo DC, Carvalho-Pinto BPB.


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Resumo

Introdução: Deficiências motoras são prevalentes após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), necessitando de
atendimento fisioterápico (AF). Na atenção básica (AB) do Sistema Único de Saúde, os fisioterapeutas fazem
parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Objetivo: Descrever o perfil da RF do NASF aos
indivíduos pós-AVC usuários da AB. Methods: Os prontuários de todos os indivíduos pós-AVC (n=44) foram
analisados. Com o reconhecimento de palavras-chave, realizou-se análise de frequência das condutas do AF.
Em seguida, os indivíduos ficaram com medo quanto à autopercepção de saúde e incapacidade (Escala Modificada de Rankin).
Resultados: A maioria avaliou sua saúde como razoável ou ruim (61%) e 31,8% tolerava várias. Apesar disso,
apenas 45,5% dos prontuários apresentaram registro de atendimento do NASF, sendo o AF o mais frequente:
36,4% receberam AF, com um total de 35 atendimentos. Desses, 94,2% foram em domicílio, contemplando as
seguintes condutas: orientação (93,8% dos casos), avaliação (87,5%), tratamento (50%), acompanhamento
(37,5%), encaminhamento a outro serviço ou para acadêmicos de fisioterapia (18,8%) e encaminhamento a
outro profissional do NASF (12,5%). Conclusão: Apesar de ser o profissional do NASF com atendimento mais
frequente, uma minoria dos prontuários apresentou registro de AF. Os atendimentos ocorreram, principalmente,
em domicílio, revelando que a prática profissional pauta-se em atendimentos individualizados.
A grande voz de orientação ilustra que a fisioterapia na AB contempla o empoderamento como cuidado à saúde.
O acompanhamento foi uma prática pouco frequente, apesar de estabelecer em guias clínicos que indivíduos
pós-AVC devem ser acompanhados pelo menos periodicamente pela equipe de reabilitação.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Fisioterapia. Acidente Vascular Cerebral.

Introdução Em 2012, o Ministério da Saúde aprovou a Portaria MS/


GM nº 665 referente à Linha de Cuidados em AVC (17).
A prevalência de AVC é muito alta, particularmente em Essa portaria possibilitou o acompanhamento ambulatorial
países em desenvolvimento como o Brasil (1) em que a após a alta hospitalar, incluindo aspectos de reabilitação,
incidência de AVC continua aumentando na crescente atendimento domiciliar especializado e reinserção social
população idosa. Esta situação pode levar a um aumento do paciente pós-AVE.
mais significativo na prevalência de sobreviventes de AVC
(1 - 5). A maioria dos sobreviventes de AVC exibe algum Essas vias assistenciais apontam para a necessidade de
grau de incapacidade (6, 7), como deficiências motoras (8 - um cuidado integrado e contínuo e para a importância de
10). Portanto, é fundamental que esses pacientes sejam disponibilizar esse cuidado nos diferentes níveis de atenção
atendidos por equipes de reabilitação, principalmente à saúde, pois tais níveis são essenciais para o fluxo
fisioterapeutas (11 - 13). adequado de atendimento (17).
A reabilitação de pacientes com AVC deve ser precoce A Atenção Básica (AB), que é a principal porta de
e abrangente (14, 15). De acordo com guias clínicos (11, entrada do sistema de saúde e ponto de comunicação com
16), a reabilitação pós-AVC deve ser iniciada na fase toda a Rede de Atenção à Saúde (18), caracteriza-se por
aguda, durante a internação, assim que quaisquer ameaças um conjunto de ações de saúde que englobam promoção
à vida forem abordadas. Após a fase aguda, sabe-se que da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento,
os melhores resultados clínicos são obtidos quando os reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde ,
pacientes encaminhados para reabilitação são avaliados visando à assistência integral à saúde da população de sua
e, posteriormente, tratados por uma equipe coordenada e área de abrangência (17). No caso dos Caminhos de
interdisciplinar. Recomenda-se que os sobreviventes de Cuidados para AVC, o CM não se limita a eventos agudos
AVC sejam tratados por equipes interdisciplinares fora do (17). Os doentes com AVC devem receber cuidados
ambiente hospitalar e preferencialmente em casa. Para integrais, que não se restrinjam à prescrição de
tornar esta situação uma realidade, serviços comunitários medicamentos, mas envolvam a prestação de cuidados por
com recursos disponíveis para reabilitação pós-AVC uma equipa interdisciplinar, a promoção do autocuidado e
precisam ser oferecidos (16). do cuidado partilhado, a estratificação de risco e o
acompanhamento próximo dos “superiores” pacientes de risco”. Quando os p

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alta hospitalar, a equipe de Saúde da Família (SF) da Unidade Métodos


Básica de Saúde (UBS) deve ser notificada para realizar seu
acompanhamento (17). Foi realizado um estudo descritivo transversal
Com o objetivo de apoiar a inserção na rede de serviços da com pacientes com AVC da Atenção Primária à
equipe da SF e garantir a assistência contínua e integral aos Saúde (APS) do SUS (área de abrangência das
pacientes, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à UBS do distrito sanitário norte de Belo Horizonte ).
Saúde da Família (NASF), por meio da Portaria GM nº 154. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
Concretizou a inserção do fisioterapeuta na AB como integrante da Universidade Federal de Minas Gerais/
da equipe do NASF (19). Os usuários da atenção básica Brasil (UFMG) e Secretaria Municipal de Saúde
identificam os fisioterapeutas como um importante membro da de Belo Horizonte (CAAE: 14038313.4.0000.5149.
equipe de reabilitação, pois facilitam o acesso aos serviços A coleta de dados ocorreu entre maio de 2013 e maio de 2014,
fisioterapêuticos e a ampliação da atenção integral à saúde (20). durante dois dias. No primeiro dia, foram coletados dados dos
prontuários dos pacientes da Unidade Básica de Saúde;
enquanto no segundo dia os dados foram coletados durante
uma visita domiciliar.
O objetivo geral do tratamento fisioterapêutico de pacientes
com AVC é restabelecer as funções e/ou minimizar as
incapacidades existentes, permitindo que os pacientes retornem Amostra
ao seu estado de atividade anterior e participem novamente
da vida social (12). Além disso, como profissionais de saúde, Participaram do estudo todos os pacientes com AVC que
os fisioterapeutas devem focar na prevenção de incapacidades atenderam aos critérios de inclusão e foram identificados pela
e doenças, bem como na promoção da funcionalidade e saúde equipe da SF ou NASF como usuários da UBS. Os critérios de
(6, 7, 11 - 13, 16, 19, 20). Especificamente no nível da Atenção inclusão foram pacientes com idade igual ou superior a 20
Básica, o fisioterapeuta deve atuar de acordo com suas anos, com diagnóstico clínico de AVC primário ou recorrente
diretrizes: trabalho interdisciplinar e intersetorial, educação há mais de seis meses e devidamente registrado em prontuário,
permanente em saúde dos profissionais e da população, residentes na área de abrangência da UBS, usuários do SUS
desenvolvimento da ideia de território, holismo, participação cadastrados na UBS de referência e identificados por um
social, educação popular, promoção da saúde e humanização trabalhador da UBS. Todos os participantes que optaram por
( 21). Intervenções diretas dos fisioterapeutas do NASF aos participar assinaram um documento de consentimento informado.
usuários e familiares podem ocorrer, mas devem ocorrer
sempre na forma de encaminhamentos e após discussão dos
profissionais responsáveis pelo caso. A prestação de cuidados Procedimentos de coleta de dados
diretos e individualizados por um fisioterapeuta só ocorrerá
quando for absolutamente necessário. Devem também ter-se As informações sobre o estudo foram primeiramente
em atenção as diferentes tipologias de intervenção no território , apresentadas ao gestor e aos membros da equipe da UBS.
como o desenvolvimento de projetos de saúde, apoio a grupos, Para identificar os pacientes com AVC, um membro da equipe
trabalho educativo e inclusão social. Todas as tarefas devem de pesquisa participava pelo menos uma vez por mês das
ser executadas em coordenação com as outras equipes (21). reuniões da equipe da UBS. Uma vez identificados os pacientes
como pacientes com AVC, seus prontuários da UBS seriam
analisados e, então, convidados a participar do estudo. Aqueles
que, juntamente com seus cuidadores, optaram por participar
Com o objetivo de investigar como se dá a assistência do estudo foram avaliados para afasia motora ou sensitiva, e
continuada à saúde do paciente com AVC, considerando o triados na função cognitiva usando o Mini-Mental State
que está estabelecido nos Caminhos de Cuidado ao AVC e Examination (MEEM) e corte com base no nível de escolaridade
nas diretrizes do NASF, bem como as responsabilidades do (22, 23 , 24). Pacientes sem qualquer tipo de afasia e com
fisioterapeuta como profissional de saúde e membro da função cognitiva adequada (22, 23, 24) foram entrevistados
equipe de reabilitação, este estudo teve como objetivo para confirmar os dados contidos em seus prontuários e
descrever o perfil da assistência prestada pelos fisioterapeutas autoavaliaram sua saúde (autopercepção de saúde)
do NASF aos usuários da atenção primária com AVC no
Sistema Único de Saúde (SUS). (25). No caso dos demais pacientes, seu cuidador

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verificaram os dados retirados de seus prontuários e Resultados

foi realizada autoavaliação de saúde.


Todos os pacientes foram classificados por nível de A primeira análise identificou 66 potenciais participantes do
comprometimento usando a Escala de Rankin Modificada (MRS) estudo . Após análise dos prontuários, constatou-se que 13,6% (n =
(26). A MRS é uma das medidas de funcionalidade /comprometimento 9) não apresentavam diagnóstico clínico de AVC (apesar de terem
mais amplamente utilizadas em pacientes com AVC. Sua versão sido identificados por um membro da equipe de Saúde da Família
traduzida para o português brasileiro apresenta boa validade e como portador de AVC); 9% (n = 6) não eram cadastrados na UBS
confiabilidade (27). Todos os dados foram coletados por um único (pois só visitavam a UBS para retirar os medicamentos prescritos e,
pesquisador/fisioterapeuta e auxiliado por outro pesquisador. Ambas portanto, não possuíam prontuário); 4,5% (n = 3) não residiam mais
as pesquisadoras foram previamente treinadas quanto às tarefas. na área de abrangência da unidade (um paciente mudou-se para o
interior e dois sujeitos foram institucionalizados); e 3% (n = 2)
No que diz respeito aos dados contidos nos prontuários , primeiro faleceram. Dois pacientes optaram por não participar do estudo.
foram coletados aqueles dados associados à caracterização da Assim, no total, 44 sujeitos foram incluídos no estudo.
amostra, a saber: idade, dados clínicos relacionados ao AVC como
número de episódios, tipo, lado acometido e tempo de evolução. Em
seguida, foram coletados dados para a caracterização do perfil do
atendimento prestado pelos fisioterapeutas do NASF: local onde os Conforme demonstrado na Tabela 1, a maioria dos participantes
pacientes eram atendidos e tipos de intervenções realizadas era do sexo feminino (54,5%), com idade média de 69,2 ± 13,1 anos
(orientações, que consistiam, por exemplo, em explicações sobre e tempo médio de evolução do AVC de 67 ± 66,5 meses.

exercícios domiciliares, posicionamento adequado do leito e uso de Em relação à autopercepção de saúde, dos 44 pacientes, dois não
dispositivos auxiliares de marcha); avaliação fisioterapêutica — que falavam por estarem traqueostomizados , cinco apresentavam afasia
orienta a tomada de decisão clínica; tratamento fisioterapêutico — motora e/ou sensitiva e um apresentava diagnóstico de demência
definido como intervenções realizadas diretamente pelo fisioterapeuta, grave. Assim, 18,2% (n = 8) dos participantes não conseguiram
como exercícios supervisionados durante o tratamento; autoavaliar sua saúde. Dos 36 pacientes que conseguiram
acompanhamento — caracterizado como dois ou mais atendimentos; autoavaliar sua saúde, 47% (n = 17) consideraram “razoável”,
encaminhamento para outro serviço de saúde; encaminhamento aos enquanto 14% (n = 5) classificaram como “ruim”.
alunos de graduação em fisioterapia da UFMG; encaminhamento
para outro profissional do NASF. Para a coleta dos dados foi utilizada Todos os 44 participantes foram avaliados quanto ao seu grau de
uma ficha de avaliação previamente elaborada. No caso específico comprometimento. A maioria dos pacientes 31,8% (n = 14) apresentou
da variável utilizada para determinar os tipos de intervenção comprometimento moderado enquanto 20,5% (n = 9) apresentou
realizados pelos fisioterapeutas do NASF, os dados foram coletados comprometimento leve (Tabela 1).
da seguinte forma: os prontuários dos profissionais foram lidos e
analisados para identificar palavras-chave associadas a cada uma Tabela 1 - Variáveis clínicas e demográficas
das categorias descritas anteriormente. Variáveis n = 44
Sexo, % (n)
Fêmea 54,5 (24)

Foi calculada a frequência de cada categoria.


Homens 45,5 (20)
Idade (anos), média (DP) 69,23 (13,12)
Episódios de AVC, % (n)
Um episódio 68,2 (30)
Procedimentos de análise de dados
Dois ou mais episódios 31,8 (14)
Tipo de curso, % (n)
O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a isquêmico 68,2 (30)
normalidade das variáveis quantitativas. Todos eles foram
hemorrágico 18.2 (8)
normalmente distribuídos. Assim, utilizou-se mediana e desvio padrão Sem informação no prontuário/ 13.6 (6)
para a análise estatística descritiva . Para análise descritiva das Não sabe informar
variáveis categóricas, foi realizada análise de frequência. Todas as Envolvimento à parte, % (n)
análises estatísticas foram realizadas com o software estatístico Certo 52 (23)
SPSS® for Windows, versão 17.0, (SPSS Inc., Chicago, Illinois, Esquerda
45,5 (20)
Ambos os lados 2.3 (1)
EUA).

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Tabela 1 - Variáveis clínicas e demográficas Assistente social 5%

Variáveis n = 44
Autopercepção de Saúde, % (n) Terapeuta ocupacional 15%

Muito mal 11 (4)


Ruim 14 (5) Terapeuta da fala 35%

Razoável 47 (17)
Bom 9 (3) Nutricionista 40%

Muito bom 9 (3)


Ótimo Fisioterapeuta 80%
11 (4)
Nível de deterioração*, % (n)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Sem deficiência 15,9 (7)
Comprometimento leve 20,5 (9)
Figura 2 - Percentual de atendimento domiciliar de cada
Comprometimento moderado 31,8 (14) profissional do Núcleo de Apoio à Saúde da Família a
Comprometimento acentuado 15,9 (7) pacientes com AVC segundo prontuários da unidade básica
Comprometimento grave 15,9 (7) de saúde.

Nota: * Escala de Rankin modificada.


Encaminhamento para outro profissional da Família
Centro de Apoio à Saúde
12,5%
Encaminhamento para alunos de graduação
Verificou-se que a maioria dos prontuários (54,5%, n = em fisioterapia da UFMG
18,8%

24) não continha registro de tratamento/acompanhamento Encaminhamento para outro serviço 18,8%

por profissional do NASF após a alta. Dos 45,5% (n = 20) Seguir 37,5%

que possuíam algum tipo de registro, 65% (n = 13) foram exercícios 50,0%

atendidos inicialmente no NASF por um fisioterapeuta Avaliação 87,5%


(Figura 1). Considerando todos os registros de atendimentos Orientação 93,8%
realizados pela equipe do NASF, constatou-se que os 0% 20% 40% 60% 80% 100%

pacientes foram atendidos por cinco dos oito profissionais


Nota: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais/Brasil.
de saúde que compõem a equipe interdisciplinar, sendo
que 80% desses atendimentos foram realizados por Figura 3 - Percentual de atendimentos realizados pelo
fisioterapeutas n = 16) por a (Figura 2). Os fisioterapeutas fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família a
foram os únicos integrantes da equipe do NASF que pacientes com AVC segundo o prontuário da unidade básica
atenderam mais da metade dos pacientes. de saúde.
Nos 20 prontuários analisados constatou-se que os
fisioterapeutas realizaram um total de 35 atendimentos .
A caracterização dessas sessões revelou que a maioria Discussão
(94,2%, n = 33) foram atendimentos domiciliares e que os
serviços mais realizados pelos fisioterapeutas do NASF Este estudo descreve o perfil da assistência prestada
foram orientação (em 93,8% dos casos) e avaliação pelos fisioterapeutas do NASF aos usuários da atenção
fisioterapêutica (87,5% dos atendimentos). casos), básica após AVC no SUS, que, em sua maioria,
enquanto o serviço menos comum foi o encaminhamento autopercebem sua saúde como “regular” a “ruim” e
para outro profissional do NASF (12,5%) (Figura 3). apresentam grau de comprometimento leve a moderado.
Menos da metade dos prontuários de pacientes com AVC
15%
continham registros de atendimentos realizados pelos
profissionais do NASF: apenas cinco dos oito profissionais
que compunham a equipe de saúde do NASF registravam informações nos pro
20%
Os fisioterapeutas foram os membros da equipe do NASF
65% que primeiro atenderam e cuidaram da maioria dos
pacientes, mas essa informação foi documentada em
apenas um terço dos prontuários de pacientes com AVC.
Fisioterapeuta Terapeuta da fala Nutricionista
A maioria das sessões de fisioterapia ocorria na casa dos
Figura 1 - Percentual do primeiro atendimento ao paciente pacientes, e o serviço mais comum prestado pelos
com AVC categorizado por profissional do NASF segundo fisioterapeutas era a orientação,
prontuário da unidade básica de saúde.

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enquanto o serviço menos comum por eles prestado foi o receber cuidados. No entanto, todos os casos notificados e aqueles
encaminhamento para outro profissional do NASF. que a equipe da SF teve conhecimento por meio de informações
A primeira questão importante a ser discutida é o alto percentual do ACS ou por demanda espontânea foram discutidos com a
de pacientes que foram inicialmente identificados pelos equipe do NASF para avaliação das necessidades de cuidado dos
profissionais do NASF como pacientes com AVC, mas que na pacientes, conforme preconizado nos Caminhos de Cuidado ao AVC (17).
realidade não tinham esse diagnóstico. Isso nos leva a questionar Isso era discutido uma vez por mês nas reuniões conjuntas entre
a perspicácia e até mesmo o nível de compreensão do AVC por os integrantes da equipe do SF ou do NASF. Os achados
parte desses profissionais e dos usuários da UBS. Esse resultado destacam a importância da notificação de alta hospitalar para o
pode sugerir que o contrário também ocorreu, ou seja, que os adequado monitoramento e acompanhamento dos pacientes com
usuários de UBS com AVC podem não ter sido identificados como AVC, conforme preconizado nas Linhas de Cuidados para o AVC
tal pelos profissionais de saúde da UBS . A falta de conhecimento (17).
sobre AVC entre os membros da equipe de SF pode contribuir para O perfil clínico da amostra do estudo é semelhante ao de
a prestação de cuidados inadequados. Neves e cols. (28) realizaram estudos anteriores realizados com usuários de AVC do SUS (29,
uma pesquisa de campo com profissionais de saúde sobre as 30). Ribeiro e cols. (29) também relataram uma distribuição
dificuldades, dúvidas e a importância de receber orientações sobre homogênea de homens (47,9%) e mulheres (52,1%), a maioria
como cuidar de pacientes com AVC. Constataram que a maioria com 60 anos ou mais (73,6%), com média de idade de 63,3 anos.
dos profissionais (85%) não seguia diretrizes, guias ou manuais de Além disso, seus achados foram semelhantes aos deste estudo
orientações para o atendimento ao paciente com AVC. em relação ao lado do AVC (44,3% direito e 41,4% esquerdo).
Costa e cols. (30) avaliaram as características clínicas dos
A não utilização de tais documentos foi atribuída a pacientes e, assim como neste estudo, constataram que o AVC
o desconhecimento de sua existência. Além disso, constatou-se isquêmico foi a etiologia mais comum. O fato de os pacientes
que, à medida que os profissionais conhecem mais sobre outras (13,6% neste estudo) não terem informações sobre o tipo de AVC
áreas de cuidado ao paciente com AVC, conseguem aplicar seus em seus prontuários e não serem capazes de fornecer essas
conhecimentos relacionados à condição geral, o que leva a um informações durante as visitas domiciliares também foi relatado por
aprimoramento de suas habilidades profissionais (28). Portanto, o Paixão (31). Esses resultados evidenciam grandes falhas no
treinamento e a educação em AVC para profissionais de saúde registro das informações referentes aos pacientes no sistema de
devem ser planejados e implementados no SUS. informação da unidade, podendo indicar uma lacuna na qualidade
da informação e na comunicação entre os locais de referência e
Problemas de fluxo de pacientes no local do estudo, incluindo contrarreferência do SUS.
o encaminhamento do paciente a um fisioterapeuta do NASF que
costumava auxiliar a equipe de SF, podem justificar o alto A maioria dos participantes deste estudo autopercebeu sua
percentual de pacientes que foram identificados pelos profissionais saúde como “regular” a “ruim”. Arruda e cols. (32) destacam que a
do NASF como pacientes com AVC, mas que na verdade não autopercepção de saúde é um marcador de necessidades de saúde
tiveram tal diagnóstico, bem como a ocorrência do contrário: a que indica como a vida das pessoas é afetada por seu estado de
não identificação de verdadeiros pacientes com AVC. De acordo saúde. Além disso, já foi demonstrado que a autopercepção de
com os Caminhos de Cuidado ao AVC (17), “após a alta hospitalar saúde está significativamente associada ao uso de serviços de
do paciente, a UBS deve ser notificada para acompanhamento e saúde (33). Como mencionado acima, a maioria dos participantes
do estudo apresentou comprometimento leve a moderado. Isso
acompanhar a evolução do paciente”. Além disso, recomenda-se ratifica o perfil apresentado por Schepers et al. (34), que
ainda que “todo atendimento ao paciente seja coordenado pela descreveram pacientes com AVC como portadores de
equipe básica de saúde” e “caso a equipe da UBS seja apoiada comprometimentos crônicos, complexos e heterogêneos que
pelo NASF, os casos dos usuários devem ser discutidos entre as podem resultar em problemas relacionados à funcionalidade . Em
duas equipes para avaliar a necessidade de atendimento conjunto outro estudo (35) que teve como objetivo descrever as atividades
ou eventual ações específicas dos diferentes grupos de reabilitação em pacientes com AVC de Artemisa, Cuba, 43%
profissionais” (17). No local do estudo, a notificação de alta dos participantes do estudo apresentavam prejuízos moderados
hospitalar não ocorreu em todos os casos. As equipes da SF e do de acordo com a MRS (26).
NASF foram notificadas sobre as condições de saúde de alguns Embora a maioria dos pacientes deste estudo autoavaliasse
pacientes pelos agentes comunitários de saúde (ACS) ou quando sua saúde como “regular” a “ruim” e mais de 30% da amostra fosse
eles ou seus familiares/cuidadores compareceram espontaneamente composta por indivíduos com comprometimento grave a
a um dos serviços de saúde para moderadamente grave, verificou-se que mais

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mais da metade (54,5%) dos prontuários dos pacientes não
e estratégias de empoderamento familiar na AB para ampliar os
continha registro de atendimento por profissional do NASF. E
serviços de saúde. O empoderamento do paciente é usado em
isso apesar de o NASF ser uma iniciativa importante na resposta
atividades de educação em saúde para promover a saúde (37).
ao problema da continuidade na atenção à reabilitação (36).
O fisioterapeuta do BC é um dos profissionais que devem
Uma vez que os Caminhos de Atenção ao AVC (17) recomendam
conduzir essas atividades , promovendo ações que levem a
que “a UBS seja notificada sobre a alta do paciente, para poder
resultados de saúde e mudanças comportamentais individuais
fazer acompanhamento e acompanhamento” e se a equipe for
(38), criando oportunidades para que os pacientes se tornem
apoiada por um NASF, “os casos de pacientes devem ser
cogestores de sua saúde.
discutido com os profissionais do NASF para avaliar a
necessidade de atendimento conjunto ou alguma ação específica
É importante ressaltar que, de acordo com os prontuários ,
dos diferentes grupos profissionais”, esperava-se encontrar pelo
a avaliação fisioterapêutica não foi realizada em todos os
menos uma avaliação devidamente registrada para cada
pacientes. Essa avaliação, no entanto, é uma das
paciente identificado pela equipe de saúde como paciente de
responsabilidades mais importantes dos fisioterapeutas (39),
AVC da UBS, mas isso foi não é o caso aqui.
pois os resultados dessa avaliação são utilizados como base
para a tomada de decisões clínicas, com o objetivo final de
Tendo em vista que a fisioterapia é uma área de reabilitação proporcionar o melhor cuidado possível aos pacientes. É por
muito solicitada no processo de recuperação funcional de meio da avaliação que o fisioterapeuta se torna capaz de traçar
pacientes com AVC (6, 11, 12, 13), é de suma importância que e prescrever metas intervencionistas (39). Assim, a questão
o fisioterapeuta conheça o perfil dos pacientes em sua área de que se coloca é: como eles foram capazes de tomar decisões
abrangência, a fim de mine qual seria o melhor atendimento a clínicas sem antes realizar uma avaliação fisioterapêutica? Ou
esses pacientes. fizeram a avaliação, mas não registraram no prontuário, apenas
Ainda neste estudo, apenas 16 dos 44 prontuários apresentavam a decisão tomada?
registros de atendimento fisioterapêutico, embora grande
número de pacientes tenha sido classificado como tendo Nesse caso, é importante enfatizar a importância do registro
comprometimento moderado. Foi levantada a hipótese de que adequado dos dados relevantes no prontuário do paciente.
os indicadores de funcionalidade e incapacidade não são Devem ser não só preenchidos e organizados de forma a
necessariamente norteadores desses profissionais em sua permitir que outras pessoas encontrem, leiam e identifiquem
sistematização/planejamento da assistência. Se for esse o caso, facilmente os seus autores, mas também abrangentes, objetivos
pode ser que outros indicadores estejam sendo utilizados como e concisos, uma vez que vão ser utilizados por profissionais
referência para planejar a assistência ou então pode ser que, diretamente relacionados com a prestação e gestão de
na realidade, não exista um indicador de referência para realizar assistência, pesquisadores, professores, estudantes de saúde
tal planejamento. Estudos futuros devem abordar esta questão. e pacientes como fonte de dados que lhes permite avaliar a
qualidade da prestação de cuidados de saúde (40, 41). A
Com relação ao perfil da assistência prestada no local Resolução nº 414/2012 do Conselho Federal de Fisioterapia e
do estudo, alguns achados apontam deficiências na Terapia Ocupacional (COFITO) estabelece que “é obrigatório o
qualidade da assistência, enquanto outros evidenciam a registro no prontuário da assistência prestada pelo fisioterapeuta
efetividade dos serviços básicos de saúde. O fato de que a maioria
ao paciente ”. A resolução também especifica quais informações
o fato de os atendimentos serem prestados individualmente devem ser registradas detalhadamente, inclusive aquelas
nos faz questionar se eles eram realmente necessários, visto relacionadas à avaliação fisioterapêutica: II- História clínica:
que a recomendação é que os atendimentos domiciliares sejam queixa principal, hábitos de vida, história atual e pregressa da
realizados apenas em casos extremos (21). Conforme doença, história pessoal e familiar, tratamentos realizados; III -
estabelecido nas diretrizes da AB (21), o fisioterapeuta do NASF Exame clínico/físico : estado de saúde física funcional segundo
pode realizar outros tipos de atendimento, não apenas o semiologia fisioterapêutica; IV - Exames complementares:
atendimento individual. Cabe a esses profissionais desenvolver descrição de todos os exames complementares já realizados e
programas de saúde e apoio a pacientes com necessidades de saúdeaqueles
semelhantes.
solicitados pelo próprio fisioterapeuta; V - Diagnóstico
Nossos resultados mostram que alguns pacientes se e prognóstico fisioterapêutico: descrição do diagnóstico
beneficiaram com esse tipo de intervenção. fisioterapêutico considerando as condições físicas do paciente
O fato de o serviço mais comum prestado pelos
fisioterapeutas ser a orientação revela que esses profissionais
têm feito uso do acompanhamento do paciente

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estado de saúde, indicando o provável prognóstico realizado na residência do paciente, e o serviço mais comum
fisioterapêutico e incluindo uma estimativa da evolução do prestado pelos fisioterapeutas foi a orientação . No entanto,
caso; VI - Plano terapêutico: descrição dos procedimentos menos da metade dos pacientes com AVC da UBS recebeu
fisioterapêuticos propostos, recursos , métodos e técnicas a atendimento fisioterapêutico.
serem utilizados, bem como a(s) meta(s) terapêutica(s) a Esperamos que nossos achados possibilitem a discussão,
ser(em) atingida(s) e o provável quantitativo de cuidados. o planejamento e a implementação de estratégias assistenciais
Assim, os fisioterapeutas são obrigados a registrar a avaliação pelos profissionais do NASF, principalmente os fisioterapeutas ,
fisioterapêutica no prontuário do paciente (42). e que essas estratégias incluam acompanhamento e cuidados
especificamente direcionados a pacientes com AVC, sejam
Os resultados do presente estudo mostram que apenas baseadas em critérios claramente estabelecidos e atendam as
cinquenta por cento dos casos receberam atendimento recomendações feitas em guias clínicos e os caminhos
fisioterapêutico, com um total de 35 intervenções registradas assistenciais sugeridos pelo Ministério da Saúde.
nos prontuários. Isso nos leva a inferir que o Algumas limitações deste estudo devem ser consideradas:
o atendimento prestado por fisioterapeutas não obteve o fato de os participantes terem sido identificados apenas com
resultados satisfatórios, pois não seguiu a premissa da base nos relatos dos profissionais da SF e do NASF; a falta de
continuidade. Além disso, o acompanhamento não era uma registro adequado em prontuário, embora seja um dever
prática muito comum, embora os guias clínicos atuais obrigatório, e o fato de esses documentos serem os únicos
recomendem que os pacientes com AVC sejam acompanhados utilizados para a coleta de dados; o fato de o perfil da assistência
pelo menos anualmente pela equipe de reabilitação (14, 15). prestada estar intimamente relacionado à formação, formação,
Os encaminhamentos para outros serviços de saúde, para princípios e atitudes dos profissionais, o que não foi analisado
alunos da graduação em fisioterapia da UFMG ou para outros neste estudo.
profissionais do NASF foram, isoladamente, práticas incomuns,
mas em conjunto representaram uma parcela significativa dos
casos. Esses encaminhamentos podem ser vistos como uma Reconhecimentos
transferência de responsabilidade assistencial, que deve ser
feita de forma criteriosa e, segundo o Ministério da Saúde (43), Agradecemos ao Ministério da Saúde/Brasil, à Fundação
deve levar em consideração “a necessidade e indicação clínica de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG,
do cuidado, bem como a gravidade do problema". Diante do à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
exposto, é importante destacar: o quanto é importante para o Superior - CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento
fisioterapeuta conhecer o fluxo da rede dentro do SUS para Científico e Tecnológico ( CNPq ) e Pró-reitoria de Pesquisa da
poder encaminhar adequadamente os pacientes para outros Universidade Federal de Minas Gerais (Pró-reitoria de Pesquisa
serviços de saúde; a necessidade de estreitar vínculos entre da Universidade Federal de Minas Gerais ). Minas Gerais -
as instituições de ensino que oferecem programas de estágio PRPq/UFMG) pelo apoio financeiro.
em BC e profissionais de BC, capacitando adequadamente
estes últimos para atuar junto aos alunos de graduação; o
aprimoramento do trabalho realizado pela equipe multidisciplinar,
garantindo que os diversos profissionais que atuam no NASF
sejam capazes de reconhecer as necessidades dos usuários e
resolver os problemas, de acordo com seus conhecimentos
específicos.
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pacientes com AVC. Os fisioterapeutas foram os integrantes
da equipe do NASF que primeiro atenderam e cuidaram da maioria dos
pacientes. A maioria das sessões de fisioterapia ocorreu

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Recebido em 18/11/2015

Aprovado em 29/11/2016
Aprovado em 29/11/2016

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