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COMUNICAÇÃO DA PRESIDÊNCIA
TC-001.581/2023-6
Plano de Auditoria Interna
(Paint 2023 - 024)
Senhores Ministros,
Senhora Procuradora-Geral,
ANEXO
PLANO DE AUDITORIA INTERNA (PAINT)
2023/2024
I. INTRODUÇÃO
No âmbito do Tribunal de Contas da União (TCU), compete à Secretaria de Auditoria Interna
(Seaud) as atribuições inerentes ao sistema de controle interno previsto no art. 74 da Constituição
Federal.
Segundo a Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021, a auditoria interna governamental consiste
em atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, com vistas a agregar valor e melhorar
as operações da organização, contribuindo, assim, para o alcance dos objetivos da instituição e o
fortalecimento da gestão, mediante a aplicação de abordagem sistemática e disciplinada para avaliar os
atos e processos de governança, gestão, gerenciamento de riscos e controles internos.
A referida norma prevê ainda que a auditoria interna busque aderência aos padrões de
auditoria e de ética profissional reconhecidos internacionalmente e aplicáveis ao setor público.
O planejamento de auditoria interna destina-se a examinar áreas, temas e objetos com maior
exposição a ameaças que possam afetar a capacidade de a organização realizar seus objetivos. O
resultado dessa fase é a construção do Plano de Auditoria Interna (Paint), com a organização dos
trabalhos prioritários previstos para o período de abril de 2023 a março de 2024.
A Seaud é vinculada à Presidência do TCU, a quem deve encaminhar previamente o plano,
nos termos do art. 63, inciso III, da Resolução-TCU nº 347, de 12 de dezembro de 2022.
A aprovação do Paint compete ao Plenário, conforme o art. 13, §3º, da
Resolução - TCU nº 320, de 12 de agosto de 2020, que dispõe sobre a política de governança
organizacional do TCU.
II. METODOLOGIA
O presente Paint foi elaborado conforme as diretrizes previstas no Manual da Seaud,
instituído pela Portaria-TCU nº 70, de 9 de maio de 2022, considerando as seguintes informações:
a. auditorias determinadas pelo controle externo ou impostas por normativos;
b. objetivos estratégicos e ações/prioridades do plano de gestão;
c. processos internos de gerenciamento de riscos e outros materiais produzidos sobre riscos
institucionais;
d. sugestões das secretarias-gerais acerca de temas ou áreas do Tribunal passíveis de
trabalho de avaliação pela Seaud; e
e. sugestões dos próprios servidores da Seaud, com base em experiências resultantes de
auditorias anteriores.
Além desses elementos, como contribuição para a coerência entre ação interna e exigência
externa, para fins do exercício pelo Tribunal da liderança pelo exemplo, o planejamento incluiu uma
análise da Lista de Alto Risco (LAR) na Administração Pública Federal, publicada pelo TCU em 2022,
com busca de temas identificados com especial atenção pelo Controle Externo em relação à
Administração Pública.
Também se procurou trazer para reflexão parte do aprendizado obtido nos procedimentos da
auditoria financeira nas contas de 2022, uma vez que o avanço na aplicação do método próprio permitiu
reforçar certas percepções de risco.
Outros aspectos considerados foram as prioridades apresentadas pelo Ministro-Presidente
como norteadores da gestão do Tribunal para o período de 2023-2024, em especial a busca da
consensualidade na solução e prevenção de conflitos, transformação digital e promoção da saúde mental.
O plano resulta da análise das informações obtidas no processo de planejamento, apoiados
em critérios de risco, materialidade, relevância e oportunidade dos objetos auditáveis, diante do contexto
atual da unidade de auditoria interna do TCU.
Serão realizados os trabalhos de Auditoria, Monitoramento e Acompanhamento Especial
adiante especificados.
III. AUDITORIAS
a. auditoria financeira integrada com conformidade para certificação referente à Prestação
de Contas do TCU relativa ao exercício de 2023, na forma da regulamentação pertinente;
b. auditoria de conformidade para avaliação da regularidade das rubricas da folha de
pagamento de ativos e de inativos do TCU;
c. auditoria de conformidade para avaliação do cumprimento do dever de prestar contas
pelo TCU;
d. auditoria para avaliação dos riscos de imagem resultantes de eventual recebimento
indevido de benefícios assistenciais por pessoa ligada ao TCU;
e. auditoria operacional para avaliação da efetividade dos controles do processamento e
contabilização de transações da folha de pagamento, com vistas à melhoria da prevenção, detecção e
correção de atos e registros; e
f. auditoria operacional na Segurança da Informação do TCU, com foco na capacidade de
prevenção e resposta a ataque cibernético.
IV. MONITORAMENTOS
a. verificação do andamento das medidas necessárias à implantação de processo integrado
de continuidade de negócios, orientado aos riscos mais elevados, com liderança clara e envolvimento de
todos os atores internos cuja participação seja conveniente (TC-007.908/2022-9); e
b. continuidade do monitoramento da implementação de rubrica específica a ser absorvida
pelos reajustes futuros concedidos aos servidores que recebem o pagamento de quintos de função
considerado indevido, com fundamento em decisões judiciais que não transitaram em julgado, em
cumprimento ao Acórdão nº 8.985/2020-2ª Câmara (TC-033.478/2020-1).
V. ACOMPANHAMENTOS ESPECIAIS
a. consequências da redução do quadro de pessoal do TCU;
b. gestão de contratos de maior materialidade e criticidade;
c. riscos relativos à vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
d. sobreposições de esforços e de atribuições nas Secretarias do TCU;
e. adequação das instalações físicas das unidades regionais localizadas nos estados ao novo
modelo (Representações);
VI. DIRETRIZES
Na condução dos trabalhos, desde que não exista suspeita de fraude ou grave irregularidade,
a atuação da Seaud será orientada em princípios que busquem a agilidade, com maior dinamismo e
tempestividade no tratamento dos achados de auditoria interna, devendo:
a. atuar com foco nos resultados para o TCU, com interação dinâmica, efetiva, pessoal e
frequente com auditados e demais interessados;
b. fragmentar os trabalhos em etapas de geração de valor imediato, com comunicações
intermediárias dos resultados; e
c. expedir recomendações nas questões consensuais, delas dando-se ciência à Presidência,
de maneira dinâmica.