BNDES - ResDir-3685-2020

Classificação: Documento controlado até a data de aprovação – Sigilo Empresarial (conforme OS PRESI nº 01/2015 - BNDES)
Restrição de acesso: Empresas do Sistema BNDES, Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União
Unidade Gestora: Grupo de Trabalho instituído pela Portaria PRESI 051/2020 - BNDES
RESOLUÇÃO DIR Nº 3685 /2020 - BNDES
Assunto: Aprovação de normas e procedimentos para as contratações relativas

à estruturação de projetos e de medidas de desestatização.
Interessado: Empresas integrantes do Sistema BNDES.
Referência: Informação Padronizada n.º 01 GT 051/2020, de 09/10/2020.
Endossando parecer do Relator, a Diretoria do BNDES, no uso das

atribuições que lhe confere art. 19, 1, b, do Estatuto Social do BNDES, aprovado em
Assembleia Geral Extraordinária de 20/02/2017 e publicado no Diário Oficial da
União (D.O.U.) em 21/03/2017, e alterações,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar normas e procedimentos para as contratações relativas à

estruturação de projetos e de medidas de desestatização, conforme disposto a
seguir.
CAPÍTULO I
POSICIONAMENTO INSTITUCIONAL
Art. 2º A prestação pelo BNDES de serviços destinados à estruturação de projetos e

parcerias e de medidas de desestatização e a correspondente contratação de
terceiros são atividades empresariais estratégicas para a instituição, conforme
planejamento estratégico aprovado pelo Conselho de Administração, por meio da
Decisão CA n.º 63/2018 - BNDES, e constituem um dos seus objetivos sociais,
conforme seu Estatuto Social e a legislação vigente.
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§1o As atividades citadas no “caput” são estratégicas para o posicionamento

institucional do BNDES, estão inseridas no seu plano de negócio, integram sua
carteira de produtos, constituem fonte de receita e de oportunidade de originação de
negócios, devendo, portanto, serem desenvolvidas de acordo com as melhores
práticas de mercado para maximizar a eficiência do BNDES.
§2o As contratações relacionadas a estruturações de projetos e medidas de

desestatização são intrínsecas à atividade de estruturação e, portanto, estratégicas
para viabilizar com eficiência a atuação do BNDES, sendo o procedimento seletivo
constante nesta Resolução o adequado para sua materialização.
§3o Conforme incisos I e II do §3º do art. 28 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de

2016, as contratações com terceiros nessas circunstâncias pelo BNDES deverão
seguir o regime de direito privado, respeitados os princípios que regem a
administração pública e os termos desta Resolução.
§4º O BNDES poderá contratar mediante o arranjo jurídico mais adequado para o
projeto e sua própria eficiência, firmando contratos com empresas, entidades ou
profissionais, individualmente ou em consórcio, de acordo com as práticas de
mercado.
§5º Sempre que compatível com os objetivos do projeto e com os interesses do

cliente, as atividades tratadas nesta Resolução deverão ser desenvolvidas com foco
na originação de negócios futuros para o BNDES, observadas as políticas
institucionais e a governança para as respectivas operações.
§6º Poderão, sempre que possível, ser buscadas experiências no cenário

internacional, de forma a atrair as soluções e possibilidades que promovam a melhor
contribuição para a reestruturação econômica nacional e modernização da
infraestrutura no país, ampliando sua competitividade e reforçando a capacidade
empresarial nos diversos setores da economia.
CAPÍTULO II
PROCEDIMENTO
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Seção I – Disposições de caráter geral
Art. 3º Para os fins deste Regulamento consideram-se:
I. Cadastro de Consultores: banco de dados que reúne as informações e/ou

avaliação de consultores especializados aptos a participar dos procedimentos de
contratação previstos neste regulamento.
II. Cliente: pessoa jurídica de direito público ou de direito privado responsável,

por força da legislação ou de contrato, pelo pagamento ao BNDES da remuneração
pela estruturação do projeto e/ou pelo ressarcimento dos gastos efetuados com as
contratações decorrentes dos processos seletivos regulados por esta Resolução.
III. Comissão de Avaliadores Técnicos (CAT): Comissão responsável, dentre

outras atividades previstas neste Regulamento, pelos julgamentos, análises técnicas
e condução dos procedimentos de seleção, devendo ser composta por, pelo menos,
3 (três) profissionais, permitida a participação de membros externos, assegurada a
maioria de empregados efetivos do BNDES.
IV. Comissão de Cadastro: Comissão responsável, dentre outras atividades

previstas neste Regulamento, pela inclusão, avaliação, gestão e exclusão de
interessados no Cadastro de Consultores, devendo ser composta por, pelo menos,
3 (três) profissionais, permitida a participação de membros externos, assegurada a
maioria de empregados efetivos do BNDES.
V. Comissões: CAT e Comissão de Cadastro.

VI. Critérios de Participação: requisitos de participação no processo seletivo,
que definirão os destinatários das RFPs.
VII. Critérios de Habilitação: requisitos eliminatórios de conteúdo técnico,

econômico, fiscal ou jurídico.
VIII. Especificações Técnicas: documento que contém a descrição do objeto a

ser contratado de forma clara e objetiva, com suas especificações e metas, e que
servirá de base para as propostas dos participantes e para a execução contratual.
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IX. IP – Informação Padronizada: documento do BNDES por meio do qual

serão levadas à deliberação da alçada competente, entre outras, as propostas de
abertura do processo seletivo, bem como de cadastramento e ranqueamento de
interessados para futuros processos dessa natureza, conforme as exigências
previstas no presente Regulamento.
X. Matriz de Riscos: documento que explicita as condições do

compartilhamento dos riscos entre o BNDES e os contratados, que deve ser enviado
junto com a RFP.
XI. Propostas Comerciais: documento apresentado pelos participantes do

processo seletivo que deverá conter o valor ofertado para a execução do objeto a
ser contratado, de acordo com as condições disponibilizadas na RFP.
XII. Propostas Técnicas: documento apresentado pelos participantes que deverá

conter os elementos necessários para a realização das Especificações Técnicas e
demais condições relativas à proposta técnica, cujo julgamento pode ser
classificatório e/ou eliminatório.
XIII. Solicitação de Informações – Request for Information (RFI): instrumento

que visa obter informações sobre as consultorias especializadas atuantes em
determinado mercado, integrantes ou não do Cadastro de Consultores, com o
objetivo de colher subsídios para instruir futuros procedimentos de contratação
previstos neste Regulamento.
XIV. Solicitação de Propostas – Request for proposal (RFP): documento pelo

qual o BNDES convoca interessados para a participação no processo seletivo
previsto neste Regulamento e que apresenta as Especificações Técnicas ou sua
representação resumida, bem como regula o procedimento a ser realizado,
estabelecendo condições de participação e seleção, bem como a minuta do contrato
a ser celebrado entre as partes.
XV. Unidade Demandante: Unidade Fundamental ou Unidade Administrativa

Principal do Sistema BNDES que propõe a realização do processo seletivo,
responsável, dentre outras atividades previstas neste Regulamento, pela elaboração
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das Especificações Técnicas, da IP com o enquadramento e proposição do processo

e demais definições necessárias ao seu processamento.
Art. 4º Todo o processo seletivo previsto nesta Resolução orientar-se-á pelos

princípios da instrumentalidade procedimental, celeridade, impessoalidade,
economicidade, e buscará a maximização da eficiência da contratação para o
BNDES e para o cliente.
§1o As decisões, comunicados, pareceres, análises técnicas e jurídicas e demais

atos das Comissões e/ou de quaisquer dos atores atuantes no processo deverão ser
materializadas em atas em meio físico ou em qualquer meio eletrônico idôneo,
inclusive por meio de correio eletrônico, assegurado o registro nos arquivos do
procedimento para fins de auditoria e controle.
§2o As decisões, comunicados, pareceres, análises técnicas e jurídicas e demais

manifestações das Comissões e/ou de quaisquer atuantes no processo deverão ser
objetivas e poderão ser materializadas de maneira sucinta, concentrando-se nos
pontos mais relevantes objeto da manifestação exteriorizada.
§3º Em qualquer fase do processo, quando se mostrar vantajosa para o BNDES, a

critério das Comissões, poderão ser realizadas diligências e sanatórias de eventuais
vícios, sendo permitida a juntada de documentos novos em qualquer momento ou
fase procedimental.
§4º A diligência não será obrigatória, notadamente em casos de ausência da entrega

de documentos capazes de comprovar de plano os requisitos exigidos nas
Especificações Técnicas.
§5º Na composição da CAT:
I – deverá haver a participação de profissionais de pelo menos 2 (duas) áreas

distintas;
II – é vedada a participação do gestor do futuro contrato, do seu subordinado

imediato e do superior imediato;
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III – é vedada a participação de mais de um membro da gerência responsável pelo

projeto.
Seção II - Das atribuições
Art. 5º Os profissionais que atuarem no processo seletivo, inclusive os que não

pertecerem aos quadros do Sistema BNDES, deverão cumprir as disposições do
Código de Ética do Sistema BNDES, da Política Corporativa Anticorrupção do
Sistema BNDES e demais políticas e normas que estabeleçam condutas no âmbito
da instituição.
Art. 6º Cabe à CAT:
I – conduzir o procedimento competitivo, realizar as análises e respectivas decisões

sobre os documentos apresentados pelos participantes, incluindo, mas não se
limitando, as propostas técnicas, propostas comerciais, qualificação técnica e
econômico-financeira, conforme o caso;
II – elaborar as respostas a questionamentos, bem como a quaisquer incidentes

relativos ao respectivo procedimento;
III – submeter a conclusão do procedimento à Superintendência da Unidade

Demandante;
IV – praticar os demais atos que lhe forem atribuídos pelo responsável pela Unidade
Demandante do Sistema BNDES.
§1º Cabe ao Presidente da CAT, admitida a delegação das funções abaixo

elencadas:
I - presidir e coordenar as reuniões, bem como lavrar atas com deliberações;
II – solicitar a manifestação dos membros (Avaliadores Técnicos) por qualquer meio

de comunicação, inclusive eletrônico;
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III – coordenar as medidas e atos necessários ao processamento, julgamento e

encerramento do processo seletivo.
§2º As análises e decisões da CAT serão justificadas e as notas por ela conferidas
poderão ser obtidas por meio da média aritmética das notas atribuídas por cada
membro ou mediante consenso entre os seus membros.
§3º As análises e decisões técnicas das Comissões são atribuições próprias

exclusivas, vedada toda e qualquer ingerência no seu mérito ou conteúdo,
assegurada, contudo, a possibilidade de solicitação de esclarecimentos ou
complementações por qualquer unidade integrante da governça interna do BNDES.
§4º Cabe à Comissão de Cadastro atribuições correlatas às da CAT, devidamente

adequadas ao procedimento de formação do cadastro.
Art. 7º Cabe à Unidade Demandante que propuser o processo seletivo:
I – elaborar as Especificações Técnicas;
II – definir os critérios de participação, habilitação e de julgamento,

justificadamente;
III - fornecer o apoio técnico necessário às atividades da CAT e Comissão de

Cadastro;
IV – divulgar atos do processo seletivo, bem como prestar todas as informações que
vierem a ser solicitadas pelos órgãos judiciais e administrativos;
V – manter arquivo dos processos seletivos;
VI - submeter às unidades competentes as matérias que lhe forem encaminhadas

pela CAT;
VII - submeter às unidades competentes a conclusão do procedimento;
VIII - indicar os membros da CAT.
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Art. 8º Cabe ao Departamento Jurídico que atende à Unidade Demandante que

propuser o processo seletivo:
I – prestar a assessoria jurídica até o momento de aprovação da abertura do

processo seletivo ou do cadastro de consultores (fase interna);
II – emitir manifestação jurídica prévia à abertura dos processos de contratação e

cadastro;
III – prestar a assessoria jurídica nos procedimentos de que trata o art. 11.
Parágrafo único. Caberá à Superintendência da Área Jurídica 2 (AJ2) a aprovação

das minutas-padrão de RFP, contrato e demais documentos jurídicos dos
procedimentos seletivos e dos contratos regidos por este Regulamento, admitida a
delegação.
Art. 9º Cabe ao Departamento Jurídico de Licitações e Contratos – AJ1/JULIC:
I - prestar a assessoria jurídica após a aprovação da abertura do procedimento de

contratação ou de cadastro (fase externa);
II – emitir manifestação jurídica prévia à conclusão dos processos de contratação e

cadastro;
III – prestar a assessoria jurídica ao gestor do contrato, no curso da execução

contratual, exceto em relação aos procedimentos do art. 11;
Seção III – Dos impedimentos e sanções
Art. 10. Os autores dos projetos e/ou estudos, na condição de contratados ou

subcontratados, bem como seus controladores, controlados ou coligados, não
poderão participar, direta ou indiretamente, de futura licitação de parceria ou da
composição de sociedade de propósito específico criada para a respectiva
execução.
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Parágrafo único. Deverá constar do contrato de estruturação com os consultores,

além do disposto no caput, limitações sobre o uso de eventuais informações
privilegiadas e sobre sua atuação em situações de potencial conflito de interesses.
Art. 11. Além das penalidades previstas em lei e em contrato, o BNDES poderá
excluir do cadastro e impedir de participar dos processos seletivos por até 5 (cinco)
anos:
I – consultores que prejudicarem o andamento dos procedimentos, inclusive nos

casos em que seja encaminhada documentação notoriamente em desacordo com as
exigências contidas nas RFPs ou que apresentem conduta protelatória, cuja decisão
caberá à Superintendência da Unidade Demandante com base em relato elaborado
pela CAT;
II – os contratados que apresentarem desempenho contratual insatisfatório;
§ 1º Na aplicação das penalidades ou impedimentos de que trata o caput deste

artigo deverá ser assegurado o contraditório e a ampla defesa, e eventual recurso
deverá ser endereçado ao responsável pela decisão recorrida, que, caso não seja
reconsiderada, será encaminhada para o CDEP para decisão em última instância.
§ 2º O disposto no presente artigo não afasta a possibilidade de aplicação

cumulativa das sanções previstas na RFP ou no contrato, como multa e advertência.
§3º O Gestor deverá realizar a avaliação do desempenho dos contratados, de

acordo com o modelo de avaliação aprovado pelo CDEP.
Seção IV – Do valor da contratação e condições da contratação
Art. 12. A Unidade Demandante deverá embasar a adequação dos valores

contratados aos parâmetros de mercado, considerada a complexidade dos estudos
técnicos e da especialização pretendida, prevista nas Especificações Técnicas.
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§1º A estimativa do valor da contratação poderá utilizar como fontes:
I – pesquisa com potenciais prestadores de serviço;
II - contratações similares;
III – editais de concessão ou permissão de serviços públicos, de parceria público-

privada, de arrendamento de bens públicos ou de concessão de direito real de uso,
no tocante os valores de ressarcimento relativos à elaboração de projetos,
levantamentos, investigações e estudos utilizados na licitação, inclusive decorrentes
de Procedimento de Manifestação de Interesse - PMI;
IV – estimativa de custos;
V – preços constantes em catálogos ou outras fontes reconhecidas no mercado;
VI – outros meios idôneos de precificação.
§2º As fontes de pesquisa mencionadas no § 1º poderão ser substituídas por banco

de dados instituído pelo BNDES que contenha preços para serviços relativos à
estruturação de projetos.
§3º A estimativa do valor da contratação deverá ser justificada no momento da

propositura do processo seletivo, podendo ser revista no curso do procedimento no
caso de alteração no escopo ou outra razão superveniente devidamente justificada.
§4º A estimativa do valor da contratação pode ser estipulada como valor máximo da
contratação, e pode ser fixada de acordo com a metodologia que a Unidade
Demandante entender mais adequada, justificadamente.
Art. 13 Conforme as práticas de mercado, a contratação deverá prever o

compartilhamento dos riscos da contratação com os contratados, podendo estipular
remuneração variável em função do sucesso do projeto, devendo as condições
deste compartilhamento serem estipuladas na matriz de riscos e na RFP.
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Art. 14 A critério do BNDES, será admitida a subcontratação de parcelas previstas

nas Especificações Técnicas, desde que o vencedor do processo seletivo assuma a
obrigação pela execução completa e pela coordenação geral dos serviços
subcontratados e que os subcontratados cumpram os requisitos estipulados pelo
BNDES.
Art. 15 Nos casos em que os concorrentes optem por participar mediante

compromisso de formação de consórcio, o BNDES poderá assinar contrato com os
vencedores e iniciar a execução contratual antes da formalização do consórcio na
junta comercial, devendo os pagamentos serem condicionados à referida
formalização.
§1º O interessado não poderá participar do mesmo procedimento por mais de um

consórcio ou em um consórcio e isoladamente.
§2º A RFP deverá regular os termos e exigências relativas à formação do consórcio,

podendo, inclusive, determinar as condições da liderança.
Seção V – Da Abertura e Encerramento Do Processo Seletivo
Art. 16 A abertura do processo seletivo será proposta pela Unidade Demandante por
meio de IP, devendo nela ser explicitados:
I. o objeto e suas especificações técnicas;
II. a estimativa do valor da contratação e das entregas previstas nas

especificações técnicas;
III. a matriz de riscos;
IV. as condições gerais do procedimento, incluindo:
a) critérios de participação e destinatários da RFP, e as respectivas justificativas;
b) critérios de julgamento das propostas técnica e comercial, bem como da

habilitação, com as respectivas justificativas;
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c) os prazos para encaminhamento das propostas;
d) demais documentos a serem apresentados pelos participantes e informações

necessárias ao desenvolvimento e conclusão do processo seletivo; e
e) as principais condições da minuta do contrato; e
V. a indicação dos membros que integrarão a CAT.
Parágrafo único. O material completo referente ao processo seletivo, incluindo as

minutas de RFP e os respectivos anexos, ficará arquivado na Unidade Demandante
à disposição da alçada decisória competente.
Art. 17 O encerramento do processo seletivo será proposto pela Unidade

Demandante por meio de IP que relate os principais atos do procedimento,
acompanhada das atas das decisões dos julgamentos de habilitação e propostas,
dispensada a juntada dos seus respectivos anexos.
Parágrafo único. O material completo referente ao procedimento, incluindo o

conteúdo integral das propostas e questionamentos recebidos, apresentações feitas
pelos participantes, registros de diligências, decisões, comunicados, pareceres,
análises técnicas e jurídicas e demais atos, ficará arquivado na Unidade
Demandante à disposição da alçada decisória competente.
Art. 18 Caberá à Diretoria do BNDES aprovar a abertura e o encerramento do

processo seletivo.
Seção VI – Dos critérios de julgamento e do procedimento
Art. 19 Os processos seletivos de que trata este Regulamento poderão adotar os

critérios de julgamento “menor preço” ou “técnica e preço”, devendo a escolha ser
justificada no momento da sua propositura.
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§1º O critério de julgamento “técnica e preço” poderá ser utilizado quando seja
adequada a avaliação das propostas técnicas dos proponentes e sua ponderação
com os preços ofertados.
§2º O critério de julgamento “menor preço” poderá ser utilizado quando os critérios
de participação e de habilitação técnica sejam suficientes para aferir a qualidade
necessária para a execução do objeto.
§3º No julgamento pelo critério “técnica e preço” o fator preponderante está limitado
a 70% (setenta por cento), justificadamente.
§4º Os critérios de participação, habilitação e pontuação técnica deverão sempre ser

justificados e deverão ser adequados para assegurar a qualidade e eficiência da
contratação, podendo ser estipulados em patamares iguais ou superiores ao objeto
da contratação, e serem relacionados a experiências, certificações e qualificações
reconhecidas no mercado, a metodologias, a qualificação da equipe responsável,
bem como a qualquer outro parâmetro que impacte positivamente na execução
contratual e/ou no projeto.
§5º No julgamento da proposta técnica poderá haver até 5 (cinco) intervalos de

pontuação, vedados arredondamentos.
§6º Os critérios de pontuação técnica poderão ser classificatórios e/ou eliminatórios,

qualitativos e/ou quantitativos.
§7º As propostas técnicas deverão ser julgadas de forma justificada antes da

abertura das propostas comerciais.
§8º O prazo mínimo para apresentação das propostas será de 10 (dez) dias úteis
para “técnica e preço” e de 5 (cinco) dias úteis para “menor preço”, devendo ser
ajustados à complexidade da proposta a ser apresentadas pelos concorrentes.
Art. 20 Somente poderão enviar proposta os consultores para os quais houver sido
remetida a RFP.
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§1º A RFP poderá estipular que cabe exclusivamente ao seu destinatário o papel de
liderança na eventual formação de consórcio.
§2º A RFP regulará as condições sobre a formação de consórcio, podendo permitir

que seja formado consórcio com consultores não integrantes do cadastro.
§3º Caso seja permitida a formação de consórcio com consultores não integrantes
do Cadastro de Consultores, a RFP deverá informar sobre as exigências a serem
por eles cumpridas, cujo julgamento caberá à CAT e os efeitos de eventual
eliminação se estenderão a todos os integrantes do consórcio.
§4º Deverão ser compatibilizadas com as condições nacionais as exigências para a

partipação de consultores estrangeiros nos processos seletivos, podendo ser
admitida a prestação dos serviços mediante parceiro devidamente constituído no
país, conforme estipulado na RFP ou nas condições do cadastramento.
Art. 21 O processo seletivo será iniciado por meio do envio de RFP a pelo menos 5
(cinco) concorrentes, identificados na forma do art. 36.
§1º Desde que não represente riscos qualitativos, operacionais ou financeiros para a
contratação e execução do objeto, deverão ser buscadas alternância e pluralidade
dos destinatários das RFPs e dos consultores contratados, conforme Resolução a
ser expedida pelo CDEP.
§2º A RFP deverá conter a indicação do prazo e da forma para entrega das
propostas, bem como:
I – as especificações técnicas;
II – a minuta do contrato e a matriz de riscos;
III – todos os critérios de julgamento e eventuais pesos de ponderação de notas;
IV – demais informações necessárias ao procedimento e à contratação.
§3º O valor estimado da contratação não será sigiloso, salvo se houver justificativa
em contrário na propositura da contratação.
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§4º A identidade dos destinatários das RFPs e dos concorrentes será sigilosa até o
término do procedimento.
§5º O número de participantes pode ser divulgado no curso do procedimento, a

critério da CAT.
§6º Caso não sejam recebidas pelo menos 3 (três) propostas decorrentes do
primeiro envio de RFPs, a Unidade Demandante deverá reavaliar os critérios de
participação para buscar mais destinatários, salvo nos casos em que a reavaliação
puder comprometer a eficiência da contratação, mediante decisão da respectiva
Superintendência.
Art. 22 Os pedidos de esclarecimentos deverão ser enviados, por escrito, em até 2

dias úteis antes da data designada para a entrega das propostas, e deverão ser
respondidos pela CAT pelo menos 1 (um) dia útil antes da referida data, sendo
divulgado aos demais participantes caso seja produtivo para o procedimento.
Art. 23 A qualquer tempo, a CAT poderá realizar reuniões com os participantes, bem
como solicitar o detalhamento ou correção das propostas, inclusive mediante a
juntada de documentos novos, devendo garantir a isonomia e acostar ata resumida
da reunião aos autos do procedimento.
Art. 24 Caso seja identificada a necessidade de alteração das especificações

técnicas ou em outro documento que altere a substância das propostas, deverá ser
aberta oportunidade para os participantes apresentarem as respectivas alterações,
em prazo considerado razoável pela CAT, que pode ser inferior ao prazo inicial para
apresentação das propostas.
Parágrafo único. A decisão sobre ajustes e alterações no curso do procedimento

poderá ser delegada para a Superintendência da Unidade Demandante.
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Art. 25 Após o julgamento das propostas, a definição da melhor proposta será

realizada após a oportunização de rodada final de preços entre os 3 (três) mais bem
classificados:
I - No critério menor preço, os detentores das 3 (três) melhores propostas comerciais

poderão apresentar nova proposta de preço ou participar de fase de lances,
conforme estipulado previamente na RFP ou decidido pela Unidade Demandante
mediante consulta da CAT, sendo considerada a melhor proposta aquela que
apresentar o menor valor.
II - No critério “técnica e preço”, os 3 (três) mais bem classificados na ponderação

das notas técnica e comercial poderão apresentar nova proposta de preço, sendo
possível, nos termos estipulados na RFP:
a) considerar como melhor proposta aquela que apresentar a melhor nota final
mediante nova ponderação, pelos mesmos pesos originalmente constantes na RFP,
da nota técnica com a nota comercial calculada com base nos preços da rodada
final; ou
b) considerar como melhor proposta aquela que apresentar o menor valor,

independentemente da nota técnica do concorrente.
§1º Caso haja apenas 3 (três) concorrentes, a oportunidade será dada para os dois
concorrentes mais bem classificados.
§2º Caso haja apenas dois concorrentes, a oportunidade será dada a ambos.
§3º O menor valor ofertado pelos concorrentes classificados para esta etapa será
entre eles divulgado.
§4º O prazo para apresentação de nova proposta comercial será estipulado pela
CAT, assegurado o mínimo de 24 (vinte e quatro) horas.
§5º Caso haja empate ou diferença de pontuação menor do que 2% (dois pontos
percentuais) na nota final em relação ao concorrente classificado em terceiro lugar,
prosseguirão para a rodada final todos os concorrentes que se encontrarem nessa
situação.
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§6º A CAT poderá, a seu critério, informar a cada concorrente a sua posição relativa
na classificação: (i) das propostas técnicas, (ii) das propostas comerciais e (iii) das
notas finais, bem como a pontuação final dos concorrentes classificados para a
rodada final, resguardado sempre o sigilo quanto à identidade dos concorrentes.
Art. 26 Caso a proposta mais bem classificada apresente preço final acima do valor
máximo da contratação, a CAT poderá realizar nova rodada final de preços, na
forma do art. 25, com os concorrentes participantes da última rodada, divulgando
entre eles o valor máximo da contratação.
Parágrafo único. Caso o preço final da melhor proposta continue acima do valor
máximo da contratação, a CAT informará à Unidade Demandante, que poderá
submeter o resultado do procedimento à Diretoria do BNDES com a recomendação
de contratação da proposta mais bem classificada.
Art. 27 Após a realização da rodada final de preços, será analisada a habilitação do

concorrente mais bem classificado e verificado eventual impedimento de contratar.
§1º A habilitação poderá ser julgada, no todo ou em parte, anteriormente ao

momento estipulado no caput, caso a CAT entenda ser mais eficiente para a
contratação.
§2º Caso a habilitação seja julgada ao final do procedimento e o concorrente mais

bem classificado não atenda às exigências definidas na RFP, a CAT concederá
prazo para a regularização da documentação, e, em não sendo a mesma
regularizada, será procedida a análise da habilitação do próximo classificado, e
assim sucessivamente, até a declaração do vencedor.
§3º A seu critério, a CAT poderá prorrogar o prazo previsto no §2º.
§4º A CAT poderá considerar regular a habilitação de concorrente que apresente

inconsistências sanáveis, que deverão ser sanadas antes da assinatura do contrato,
no prazo estipulado pela CAT, sob pena de inabilitação e prosseguimento do
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processo com a análise da habilitação do concorrente classificado na posição

subsequente.
Seção VII – Recurso
Art. 28 A apresentação de recursos quanto aos julgamentos da CAT será admitida:
I. no caso de “técnica e preço”:
a) antes da oportunização da rodada final de preços a que alude o art. 25, no

tocante à pontuação e notas da proposta técnica e da proposta comercial atribuídas
ao próprio concorrente; e
b) ao final do procedimento, no tocante à proposta comercial do próprio concorrente

e do vencedor, bem como sobre o julgamento de habilitação do concorrente
vencedor.
II. no caso de “menor preço”, ao final do procedimento, no tocante à nota da

proposta comercial atribuída ao próprio concorrente e ao vencedor, bem como sobre
o julgamento de habilitação do concorrente vencedor.
§1ºOs participantes serão comunicados do julgamento da CAT através de correio

eletrônico e poderão apresentar recurso em até 2 (dois) dias úteis, motivadamente.
§2º A análise será feita pela CAT e remetida para decisão final da Superintendência
da Unidade Demandante.
§3º Não será será aberto prazo para contrarrazões, salvo decisão da CAT.
§4º A CAT pode antecipar a oportunização de recursos relativos a decisões tomadas

no curso no procedimento.
Seção VIII – Publicidade da documentação e julgamentos
Art. 29 Serão divulgados, antes da fase recursal:
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I – nos procedimentos cujo critério de julgamento for “técnica e preço”,
a) perante o próprio concorrente: a sua pontuação técnica acompanhada das

respectivas justificativas de julgamento da CAT, as suas notas da proposta técnica e
da proposta comercial, para fins do recurso previsto no art. 28, inciso I, alínea a, e, a
título informativo, a nota média e o desvio padrão de cada quesito das pontuações
técnicas; e
b) perante todos os concorrentes: o valor global ofertado pelo concorrente vencedor

e a sua habilitação, para fins do recurso previsto no art. 28, inciso I, alínea b.
II – Nos procedimentos cujo critério de julgamento for “menor preço”, perante todos
os concorrentes, o valor global ofertado pelo concorrente vencedor e a sua
habilitação, para fins do recurso previsto no art. 28, inciso II.
§1º O acesso à documentação de habilitação do concorrente vencedor será

franqueado a qualquer interessado, salvo informações protegidas por sigilo
empresarial, justificadamente.
§2º Ressalvados os casos previstos neste Regulamento, a documentação de

proposta comercial e técnica dos concorrentes e os respectivos julgamentos serão
sigilosos, a fim de preservar informações estratégicas mercadológicas dos
concorrentes e do BNDES.
Seção IX – Da assinatura do contrato
Art. 30 Homologado o procedimento poderá ser formalizado o contrato, salvo se o

concorrente vencedor não estiver com a habilitação regular ou apresente
apontamento que impeça sua contratação, podendo, nesse caso, transcorrido o
prazo estipulado pela CAT para a regularização, o procedimento voltar para análise
da documentação do próximo colocado na ordem de classificação.
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CAPÍTULO III
DEFINIÇÃO DO UNIVERSO DE COMPETIDORES
Art. 31 Deverá ser aberto, em caráter permanente, Cadastro de Consultores visando

inscrever interessados em participar de processos seletivos, nos termos desta
Resolução, salvo nos casos devidamente justificados em que a utilização do
Cadastro existente ou a formação de um novo Cadastro seja inadequada em
decorrência das características do projeto e/ou setor.
§1º O Cadastro de Consultores poderá ser segregado por setores, segmentos,

temas, especialidades, ou outros critérios que se mostrem adequados para os fins a
que se pretende.
§2º O Cadastro de Consultores deverá ser divulgado no portal do BNDES

juntamente com informações atualizadas sobre a carteira de projetos em andamento
e em perspectiva, bem como sobre as exigências para a inscrição.
§3º A relação dos integrantes do cadastro será divulgada no Portal do BNDES,

assegurado o sigilo das suas respectivas avaliações.
§4º A inscrição de consultores interessados deverá ser avaliada pela Comissão de

Cadastro.
§5º Caberá ao CDEP aprovar a abertura e todas as condições do procedimento para

a formação e gestão do Cadastro de Consultores.
Art. 32 A IP que propuser a formação do cadastro deverá estipular os critérios para

a inscrição e para a classificação dos consultores, podendo ser classificatórios e/ou
eliminatórios, qualitativos e/ou quantitativos, relativos a qualificação técnica da
empresa e sua equipe, porte, certificações e rankings reconhecidos no mercado,
desempenho em contratos anteriores celebrados com o BNDES ou terceiros, ou
qualquer outro critério que denote qualidade, justificadamente.
§1º A Comissão de Cadastro julgará a inscrição dos interessados conforme os

critérios previamente estipulados, justificadamente.
20
§2º Eventuais classificações do cadastro poderão ser utilizadas para as contratações

futuras como parte ou como totalidade da proposta técnica, bem como critério
técnico eliminatório, de acordo com as necessidades e características dos projetos.
Art 33 O cadastro terá validade de até dois anos, podendo ser revisto
antecipadamente caso sejam alterados os requisitos de inscrição e/ou avaliação, ou
ter a sua validade estendida caso os requisitos permaneçam os mesmos, a critério
da Comissão de Cadastro.
Art 34 O cadastro do consultor poderá ser alterado, suspenso ou cancelado a

qualquer tempo, quando deixar de satisfazer as exigências estabelecidas, por
resultado da avaliação de desempenho contratual, como resultado da aplicação de
sanções, ou ainda mediante outro motivo superveniente, justificadamente.
Art 35 A Comissão de Cadastro enviará ao interessado mensagem informando

acerca da situação cadastral e de eventuais alterações decorrentes de decisões,
cabendo recurso a ser apresentado em até 2 (dois) dias úteis, motivadamente.
Parágrafo único. A análise do recurso será feita pela Comissão de Cadastro e

remetida para decisão final da Superintendência da Unidade Fundamental pertinente
aos serviços de consultoria, conforme tema e segmento de atuação do interessado.
Art 36 Para identificar os destinatários da RFP, deverá ser encaminhadada Request

For Information – RFI para todos os consultores integrantes do cadastro no
respectivo segmento/especialidade contendo informações gerais sobre o projeto em
perspectiva e solicitando suas experiências e qualificações relacionadas.
§1º Caso não haja cadastro para servir de fonte para a RFI do projeto, ela deverá
ser pública e aberta a qualquer interessado, conforme condições a serem expostas
no site do BNDES.
21
§2º As informações fornecidas pelos consultores serão utilizadas para definir os

destinatários da RFP, devendo, para tanto, serem analisadas criticamente pela
Unidade Demandante com base em critérios técnicos devidamente justificados.
§3º Poderão participar do respectivo procedimento de contratação os consultores

que tiverem enviado sua inscrição para o cadastro até a data estipulada na RFI ou
em data fixada no site do BNDES.
§4º Caso a Unidade Demandante entenda adequado o envio da RFP para todos os
consultores inscritos no cadastro no respectivo segmento/especialidade, fica
dispensado o envio de RFI.
§5º Caberá à Superintendência da Unidade Demandante autorizar o envio da RFI e

aprovar seu conteúdo.
§6º O prazo mínimo a ser concedido para resposta à RFI deve ser de 5 (cinco) dias
úteis caso seja restrita aos consultores cadastrados ou de 10 (dez) dias úteis caso
seja aberta a qualquer interessado.
§7º As respostas à RFI podem ser utilizadas para iniciar um cadastro de consultores
ou alimentar um cadastro existente, devendo, para tanto, as informações e
comprovações serem enviadas e analisadas pela Comissão de Cadastro.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 37 Nos casos em que seja inviável a realização de procedimento competitivo

nos termos deste Regulamento, devem ser expostas as justificativas da inviabilidade
e das condições que tornam a contratação nos termos propostos vantajosa para o
BNDES.
Parágrafo único. A alçada decisória será da Diretoria do BNDES,

independentemente do valor.
22
Art. 38 O procedimento de contratação poderá ser revogado a qualquer tempo,

devendo a justificativa constar nos autos.
Art. 39 O processo seletivo ficará disponível a qualquer interessado a partir da sua

homologação, conforme art. 7º, § 3º, da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011,
observadas as exceções previstas neste Regulamento e na legislação.
Art. 40 Deverão ser desenvolvidos sistemas de tecnologia da informação para

registro dos procedimentos de que trata este Regulamento, assegurado acesso aos
órgãos de controle.
Art. 41 O CDEP poderá expedir Resolução visando a complementar a aplicação

deste Regulamento.
§1º O CDEP poderá expedir Resolução visando a regular as disposições aplicáveis

aos contratos de que trata este regulamento.
§2º Caberá ao Diretor da Área Jurídica regular a consolidação institucional dos

entendimentos jurídicos pertinentes aos processos e contratos de que trata este
Regulamento.
Art. 42 Em caso de modificação na nomenclatura das unidades administrativas ou

na estrutura organizacional do BNDES, a presente Resolução permanecerá em
vigor, adequando-se a sua aplicação às novas normas de organização interna.
Art. 43 Na contagem de prazos dos procedimentos deste regulamento exclui-se o

dia do começo e inclui-se o do vencimento.
23
Art. 44 As contratações para oferta pública em ambiente de mercado de capitais

deverão observar os procedimentos operacionais especiais previstos em normativo
próprio do BNDES para contratações semelhantes.
Art. 45 O presente Regulamento entra em vigor na data de sua aprovação.
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2020.

Assinado de forma digital por GUSTAVO
HENRIQUE MOREIRA MONTEZANO:01851962760
Dados: 2020.10.20 16:25:18 -03'00'
Gustavo Henrique Moreira Montezano
Presidente
Participaram dessa deliberação,

os seguintes membros da Diretoria:
Gustavo Henrique Moreira Montezano

Ricardo Wiering de Barros
Angela Brandão Estellita Lins
Bianca Nasser Patrocínio
Bruno Laskowsky
Fábio Almeida Abrahão
Saulo Benigno Puttini
Leonardo Mendes Cabral
Petrônio Duarte Cançado
Claudenir Brito Pereira
24

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Classificação: Documento controlado até a data de aprovação – Sigilo Empresarial (conforme OS PRESI nº 01/2015 - BNDES)

RESOLUÇÃO DIR Nº 3685 /2020 - BNDES

Assunto: Aprovação de normas e procedimentos para as contratações relativas

Interessado: Empresas integrantes do Sistema BNDES.

Referência: Informação Padronizada n.º 01 GT 051/2020, de 09/10/2020.

Endossando parecer do Relator, a Diretoria do BNDES, no uso das

Art. 1º Aprovar normas e procedimentos para as contratações relativas à

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Seção I – Disposições de caráter geral

Art. 3º Para os fins deste Regulamento consideram-se:

I. Cadastro de Consultores: banco de dados que reúne as informações e/ou

II. Cliente: pessoa jurídica de direito público ou de direito privado responsável,

III. Comissão de Avaliadores Técnicos (CAT): Comissão responsável, dentre

IV. Comissão de Cadastro: Comissão responsável, dentre outras atividades

V. Comissões: CAT e Comissão de Cadastro.

VII. Critérios de Habilitação: requisitos eliminatórios de conteúdo técnico,

VIII. Especificações Técnicas: documento que contém a descrição do objeto a

RESOLUÇÃO DIR Nº 3685 /2020 - BNDES

IX. IP – Informação Padronizada: documento do BNDES por meio do qual

X. Matriz de Riscos: documento que explicita as condições do

XI. Propostas Comerciais: documento apresentado pelos participantes do

XII. Propostas Técnicas: documento apresentado pelos participantes que deverá

XIII. Solicitação de Informações – Request for Information (RFI): instrumento

XIV. Solicitação de Propostas – Request for proposal (RFP): documento pelo

XV. Unidade Demandante: Unidade Fundamental ou Unidade Administrativa

RESOLUÇÃO DIR Nº 3685 /2020 - BNDES

das Especificações Técnicas, da IP com o enquadramento e proposição do processo

Art. 4º Todo o processo seletivo previsto nesta Resolução orientar-se-á pelos

§1o As decisões, comunicados, pareceres, análises técnicas e jurídicas e demais

§2o As decisões, comunicados, pareceres, análises técnicas e jurídicas e demais

§3º Em qualquer fase do processo, quando se mostrar vantajosa para o BNDES, a

§4º A diligência não será obrigatória, notadamente em casos de ausência da entrega

§5º Na composição da CAT:

I – deverá haver a participação de profissionais de pelo menos 2 (duas) áreas

II – é vedada a participação do gestor do futuro contrato, do seu subordinado

RESOLUÇÃO DIR Nº 3685 /2020 - BNDES

III – é vedada a participação de mais de um membro da gerência responsável pelo

Seção II - Das atribuições

Art. 5º Os profissionais que atuarem no processo seletivo, inclusive os que não

Art. 6º Cabe à CAT:

I – conduzir o procedimento competitivo, realizar as análises e respectivas decisões

II – elaborar as respostas a questionamentos, bem como a quaisquer incidentes

III – submeter a conclusão do procedimento à Superintendência da Unidade

§1º Cabe ao Presidente da CAT, admitida a delegação das funções abaixo

I - presidir e coordenar as reuniões, bem como lavrar atas com deliberações;

II – solicitar a manifestação dos membros (Avaliadores Técnicos) por qualquer meio

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III – coordenar as medidas e atos necessários ao processamento, julgamento e

§3º As análises e decisões técnicas das Comissões são atribuições próprias

§4º Cabe à Comissão de Cadastro atribuições correlatas às da CAT, devidamente

Art. 7º Cabe à Unidade Demandante que propuser o processo seletivo:

I – elaborar as Especificações Técnicas;

II – definir os critérios de participação, habilitação e de julgamento,

III - fornecer o apoio técnico necessário às atividades da CAT e Comissão de

V – manter arquivo dos processos seletivos;

VI - submeter às unidades competentes as matérias que lhe forem encaminhadas