O filme “E SEU NOME É JONAS” retrata a vida de Jonas, uma criança
surda diagnosticada com retardo mental, apesar de ter todas as outras funções do corpo humano perfeitas. Por esse motivo foi obrigado a conviver os primeiros anos de sua vida num hospital psiquiátrico, após seus pais descobrirem a sua verdadeira deficiência, resolveram tirá-lo do lugar e a partir deste momento, precisaram buscar novas técnicas para fazer com que ele conseguisse desenvolver-se.
A obra é passada na época que a surdez e a língua de sinais ainda
estavam ganhando espaço no mundo, por isso, notam-se as dificuldades enfrentadas pelo protagonista ao ser inserido no meio social, sem nenhum amparo psicológico ou emocional. Com o filme, é capaz de entender a difícil relação inicial entre as pessoas e surdos.
A família de Jonas representa a sociedade, pois não tem noção da
realidade dele e apesar de saber qual a sua deficiência, recusam-se a dar o tratamento adequado, influenciados e desesperados tentam a todo custo incluí- lo e transformá-lo em um garoto “normal” “igual” a todos os outros, o que claramente é impossível, pois ele é uma criança que precisa ser incluído na sociedade, mas sendo respeitado e acolhido, tendo um processo de aprendizagem diferenciado e próprio para uma pessoa surda, entender que a forma de aprender e ensinar é um processo longo e delicado, que exige dedicação e responsabilidade afetiva.
Diante disse, pode-se “sentir” na pele, por um instante, o que uma
criança surda chega a passar, enfrentando o preconceito e a ignorância das pessoas. A tristeza, solidão e o desespero sentindo por Jonas ao tentar procurar formas de ser compreendido mostram a falta de comunicação e a importância com a língua de sinais para mediar essa relação.
O filme mostra que devemos sair daquilo que achamos cômodo e
procurar adaptarmos ao universo de inclusões, em especial as surdas, que o período de querer esconder aqueles considerados “diferentes”, acabou e que a inclusão se faz necessária para melhoria humana.