UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – DEGEO

MICHELL SALOMÃO MARIOTO RESENDE

RESENHA DO FILME “E SEU NOME É JONAS”

São João del-Rei

2015
 MICHELL SALOMÃO MARIOTO RESENDE

RESENHA DO FILME “E SEU NOME É JONAS”

Trabalho apresentado à disciplina Língua Bra-

sileira de Sinais (LIBRAS), do curso de Li-
cenciatura em Geografia da Universidade Fe-
deral de São João del-Rei.

Orientador: Prof. Simone Gonçalves

São João del-Rei

2015
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 E Seu Nome é Jonas. Direção: Rich EUA, 1979.ard Michaels. EUA,1979. 1 DVD
(100 min).

Lançado nos EUA no ano de 1979, o filme “E Seu Nome é Jonas” (And your name is
Jonah), retrata o dilema vivido pelo personagem principal, ao qual o título faz referência.
A princípio diagnosticado erroneamente com retardo mental, Jonas é um garoto com
todas as suas características cognitivas preservadas, faltando-lhe apenas o desenvolvimento de
uma linguagem para servir como um canal para o desenvolvimento de suas habilidades.
Ao ter ciência do verdadeiro diagnóstico da criança em questão, seus pais retiram-na da
clínica onde este era tratado e passam a fazer uso de novas técnicas para que este consiga se
desenvolver sócio psicologicamente de maneira saudável.
Ao procurar uma clínica que trata deficientes auditivos, a mãe de Jonas é desaconselhada
pelos tutores ali presentes a utilizar métodos para desenvolvimento da comunicação através de
sinais com ele afim de que este consiga a desenvolver técnicas para leitura labial e aplicar esta
técnica como medida de comunicação padrão.
Ao longo da referida obra audiovisual fica evidente o transtorno que é enfrentado pelo
personagem principal em virtude do meio social em que este encontra-se inserido. Logo ao
chegar em uma festa Jonas é abordado por diversos parentes de uma só vez, fazendo-o diversas
indagações, neste momento o áudio é retirado e a câmera fica posicionada de maneira estraté-
gica, simulando a visão do personagem, em função demonstrar a interpretação da realidade pelo
menino. Em uma outra cena Jonas e seus parentes encontram-se dançando ao som de uma mú-
sica, no momento que a música se finaliza todos param, exceto o referido personagem, que pela
ausência de percepção de sons continua seus movimentos dançantes, causando certo descon-
forto entre os presentes e colocando-o em evidência.
Pelo fato de o tratamento que até então encontra-se sendo aplicado ao personagem não
surtir efeito este continua a ser alvo de preconceitos, inclusive por parte de seu pai, que não
consegue compreender sua deficiência e acaba abandonando a casa após inúmeras tentativas
fracassadas de inserção do garoto em grupos sociais.
Sempre presente e sempre buscando métodos de interação com Jonas, sua mãe procurou
o auxílio da mãe de uma outra criança surda e passou a ter contato com mais pessoas surdas,
inclusive com as que defendiam a comunicação por meio de linguagem de sinais. A mãe de
Jonas é convidada para uma festa em clube de surdos onde tem os primeiros contatos com a
linguem de sinais e passa a ter um maior interesse. A partir do momento que esta passa a ter

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confiança no novo método de comunicação se opõe ao sistema de ensino adotado pela escola
em que Jonas encontrara matriculado no momento.
Nas cenas finais do filme Jonas já possui intimidade com a linguagem de sinais conse-
guindo compreender o mundo a partir da utilização da referida forma de comunicação.
A partir da análise da obra audiovisual, torna-se evidente a importância de se trabalhar
a linguagem de sinais com os deficientes auditivos, afim de que desta forma estes possam inte-
ragir socialmente e desenvolver suas habilidades de forma normal.

Michell S. M. Resende é aluno do curso de licenciatura em Geografia pela Universidade Fe-

deral de São João del-Rei (UFSJ)