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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 

Emilly Vitória Mota dos Santos

E Seu Nome é Jonas

O filme “E SEU NOME É JONAS” retrata a vida de Jonas, uma criança


surda que foi diagnosticada com retardo mental, apesar de ter todas as outras
funções do corpo humano perfeitas. Por esse motivo foi obrigado a conviver os
primeiros anos de sua vida num hospital psiquiátrico, após seus pais
descobrirem a sua verdadeira deficiência, resolveram tira-lo do lugar e a partir
deste momento, precisaram buscar novas técnicas para fazer com que ele
conseguisse desenvolver-se.

A obra é passada na época que a surdez e a língua de sinais ainda


estavam ganhando espaço no mundo, por isso, nota-se as dificuldades
enfrentadas pelo protagonista ao ser inserido no meio social, sem nenhum
amparo psicológico ou emocional. Com o filme, é capaz de entender a difícil
relação inicial entre as pessoas e surdos.

A família de Jonas representa a sociedade, pois não tem noção da


realidade dele e apesar de saber qual a sua deficiência, recusam-se a dar o
tratamento adequado, influenciados e desesperados tentam a todo custo inclui-
lo e transforma-lo em um garoto “normal” “igual” a todos os outros, o que
claramente é impossível, pois ele é uma criança que precisa ser incluído na
sociedade, mas sendo respeitado e acolhido, tendo um processo de
aprendizagem diferenciado e próprio para uma pessoa surda, entender que a
forma de aprender e ensinar é um processo longo e delicado, que exige
dedicação e responsabilidade afetiva.

Diante disse, pode-se “sentir” na pele, por um instante, o que uma


criança surda chega a passar, enfrentando o preconceito e a ignorância das
pessoas. A tristeza, solidão e o desespero sentindo por Jonas ao tentar
procurar formas de ser compreendido mostram a falta de comunicação e a
importância que tem a língua de sinais para mediar essa relação.

O filme mostra que devemos sair daquilo que achamos cômodo e


procurar adaptarmos ao universo de inclusões, em especial as surdas, que o
período de querer esconder aqueles considerados “diferentes”, acabou e que a
inclusão se faz necessária para melhoria humana.

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