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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
NATAL - RN
2022
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Ata de aprovação
ii
Agradecimentos
Este trabalho não poderia ser concluído sem a ajuda de diversas pessoas as
quais presto minha homenagem:
Agradeço aos meus pais, Antônio Alcir de Freitas e Augusta Bernardete Lopes
de Freitas, por sempre me motivar e apoiar em todas as minhas escolhas na vida.
Agradeço aos meus irmãos, Antônio Alcir de Freitas Junior e Albher Jhordão
Lopes de Freitas, por toda ajuda e apoio, e por sempre estarem dispostos a me ajudar.
Agradeço ao Prof. Dr. Ricardo Alex Dantas da Cunha, por ter permitido utilizar
seus estudos práticos como parâmetros de comparação, e por toda ajuda prestada ao
decorrer do trabalho.
Agradeço aos meus amigos da faculdade, por sempre estarem ao meu lado
nessa caminhada, nos bons e maus momentos.
Por fim, a agradeço a UFRN, aos seus servidores e a todos os docentes, que
contribuíram para que eu conseguisse a realização dessa minha formação acadêmica.
iii
Lista de Ilustrações
Figura 2.7 - Exemplo prático de aplicação do MEF: a) Divisão das malhas e aplicação
de forças externas; b) Resultados dos campos de tensões normais; c) Deformação da
malha ........................................................................................................................ 12
Figura 3.1 - Dimensões dos Corpos de provas sem variação geométrica: a) LFV; b)
LHKV ......................................................................................................................... 19
Figura 3.2 - Dimensões dos Corpos de provas com variação geométrica: a) LFV; b)
LHKV ......................................................................................................................... 19
vi
Figura 3.4 - Disposição das camadas de compósitos nos laminados: a) LFV; b) LHKV
.................................................................................................................................. 21
Figura 3.10 - Exemplificação dos locais de aplicação das restrições dos apoios na
modelagem computacional........................................................................................ 27
Figura 3.11- Discretização das regiões de impacto dos laminados pós-impacto ...... 29
Figura 3.13- Localização dos nós analisados ao fim das simulações: a) CP sem furo;
b) CP com furo; c) CP pós-impacto ........................................................................... 31
Figura 3.14 - Disposição dos extensômetros nos corpos de prova para o ensaio de
flexão em quatro pontos sem furo ............................................................................. 32
Figura 4.1 - Distribuição do campo de tensões para o laminado de fibra de vidro (LFV)
modelado como ortotrópico e sem furo central ......................................................... 34
Lista de Tabelas
Tabela 3.3 - Valores das cargas externas aplicadas nos ensaios de flexão ............. 27
CP – Corpo de Prova
E – Módulo de elasticidade
G - Módulo de cisalhamento
σ – Tensão
σ1 – Tensão Longitudinal
ε – Deformação
ε1 – Deformação Longitudinal
- Coeficiente de Poisson
x
Sumário
Ata de aprovação............................................................................................. i
Agradecimentos .............................................................................................. ii
Abstract ......................................................................................................... iv
Sumário .......................................................................................................... x
1 Introdução .................................................................................................... 1
5 Conclusões ................................................................................................ 50
1 Introdução
Segundo Neto (2015), a geometria da peça tem sido outro ponto que também
influencia de forma significativa no comportamento da resistência dos materiais,
inclusive dos compósitos. A presença de descontinuidades geométricas como, por
exemplo, um furo, acaba produzindo uma mudança no campo de tensões.
Concentrando essas tensões, pode inclusive levar a falha do compósito. Por isso, a
presença de concentração de tensões também é um fator que demanda atenção e
necessita de estudos no desenvolvimento dos projetos com estes materiais
compostos.
desses materiais, o ensaio de tração e o ensaio de flexão com três (Figura 1.1) ou
quatro pontos (CALLISTER, 2007).
Neste sentido, como descrito por Dias (2019), a análise numérica via MEF se
mostra uma técnica bastante versátil, podendo ser utilizada em estudos nos mais
variados campos, resolvendo problemas não lineares nas áreas de instabilidade
estrutural, de sistemas dinâmicos, termodinâmicos, sistemas de mecânica da fratura,
de conformação mecânica, entre outras, e uma boa alternativa para a análise do
comportamento mecânico de materiais compósitos.
3
2 Revisão Bibliográfica
Nesse capítulo se faz uma breve revisão contendo explicações teóricas sobre
os principais temas abordados no corrente trabalho. Foi descrita a definição e
classificação de materiais compostos, também comumente chamados de materiais
compósitos, uma vez que este foi à matéria prima utilizado nos corpos de provas
bases para o presente trabalho. Apresenta-se, ainda, breves conceitos sobre o
Método de Elementos finitos (MEF), ferramenta selecionada para simulações
computacionais dos ensaios experimentais de flexão de quatro pontos em placas.
Também foi realizada uma breve conceituação sobre fatores de concentradores de
tensão.
Essas fases devem ser no mínimo duas e em escala macroscópica. Uma das
fases sempre deverá ser contínua, denominada matriz, e envolverá as demais fases
do compósito, denominadas de fases dispersas. Em geral, a segunda fase não são
continuas, e são encontradas principalmente na forma de partículas e fibras. A
quantidade e a geometria no qual essa fase dispersa encontra-se no compósito
interferem de forma direta nas propriedades desse material final (CALLISTER, 2007).
5
O vidro tem sido bastante adotado como fibra por ser um material amplamente
disponível, de fabricação econômica, sendo capaz de formar um plástico reforçado
(com vidro) com diversas formas de fabricação e por ser uma fibra relativamente forte,
produzindo um compósito com alta resistência. No entanto, a aplicação desse tipo de
compósito possui algumas limitações, tais como: não possui uma rigidez tão elevada,
a ponto de ser utilizadas em projetos de membros estruturais de aviões e pontes, por
exemplo, ou ainda, a limitação da temperatura de serviço de até aproximadamente
200C (CALLISTER, 2007).
7
Figura 2.7 - Exemplo prático de aplicação do MEF: a) Divisão das malhas e aplicação de
forças externas; b) Resultados dos campos de tensões normais; c) Deformação da malha
Fonte: Azevedo (2003)
compósito reforçado por fibras podem suportar tensões e deflexões com valores
próximos aos encontrados em placas de aço. Além disso, observaram a influência do
processo de fabricação do laminado na alteração significativa do comportamento
mecânico das placas de material compósito.
Com o MEF, por fim, Vilhena, et al. (2019) alcançaram resultados com tensão
máxima de 8,56 MPa, 10,93 MPa e 10,67 MPa para as piaçavas de 5 mm, 10 mm e
15 mm, respectivamente. Com isso, ao término do trabalho, chegaram à conclusão de
que a simulação se apresentou bastante confiável para a realização de análises desse
compósito, para tal situação. A Figura 2.8 representa a simulação de elementos finitos
dessa viga produzida com material compósito, reproduzida pelos autores.
Figura 2.10 - Gráfico de obtenção do fator de concentração de para uma barra retangular,
com furo central, submetida à flexão
3 Materiais e métodos
Figura 3.1 - Dimensões dos Corpos de provas sem variação geométrica: a) LFV; b) LHKV
Figura 3.2 - Dimensões dos Corpos de provas com variação geométrica: a) LFV; b) LHKV
Tanto para o laminado de fibra de vidro quanto para o laminado híbrido, todas
as camadas foram orientadas na posição a zero graus no software em relação ao
sistema de coordenadas local. Tendo em vista que, por serem tecidos, suas
propriedades transversais podem ser aproximadas às longitudinais em ângulos de 90º
e seus complementares.
Figura 3.4 - Disposição das camadas de compósitos nos laminados: a) LFV; b) LHKV
Figura 3.5 - Empilhamento das camadas dos compósitos na entrada de dados do Marc™:
a) LFV; b) LHKV
produzidas através do modo automático para a simulação dos CPs com e sem furo.
Tendo em vista que estas análises numéricas consideraram um comportamento linear
elástico dos dois compósitos, não houve a necessidade da realização de teste de
malha.
Figura 3.7 - Malhas dos corpos de provas no Marc™: a) sem descontinuidade geométrica;
b) com descontinuidade geométrica
Essa discretização foi importante tendo em vista que estes laminados foram
submetidos ao ensaio de flexão e, neste caso, o campo de tensões e de deformações
não apresentam um comportamento constante na direção dessa espessura, e sem as
interações na direção Z, o resultado numérico não teria o mesmo comportamento do
apresentado no ensaio experimental.
Na Tabela 3.3, pode ser observado os valores das cargas externas aplicadas
durante os ensaios experimentais (Cunha, 2020). Sendo: LFV-SF o laminado de fibra
de vidro (11 camadas) sem furo; LFV-CF o laminado de fibra de vidro com furo; LHKV-
SF o laminado híbrido kevlar/vidro sem furo; LHKV-CF o laminado híbrido kevlar/vidro
com furo; LHKV-77 o laminado híbrido kevlar/vidro pós-impacto de 77 J; e, LHKV-101
o laminado híbrido kevlar/vidro pós-impacto de 101 J.
Tabela 3.3 - Valores das cargas externas aplicadas nos ensaios de flexão
Laminado Força [N]
LFV-SF 219,20
LFV-CF 360,61
LHKV-SF 1.660,23
LHKV-CF 1.860,77
LHKV-77 1.414,30
LHKV-101 1.506,10
Fonte: Cunha (2020)
Figura 3.10 - Exemplificação dos locais de aplicação das restrições dos apoios na
modelagem computacional
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
28
Por isso, foi proposto a inclusão de três regiões em torno do furo de impacto na
modelagem dos compósitos. A primeira sendo uma região entre o furo e um círculo
com diâmetro de 36 mm, representando a área mais próxima do impacto com maior
nível de dano. A segunda região representada por um anel com diâmetro interno de
36 mm e externo de 76 mm, representou uma área com um dano menor que a
primeira. Por fim, uma terceira região entre o círculo de 76 mm de diâmetro e o
restante do CP que seria uma região livre do dano provocado pelo impactador,
denominada de região sem impacto para o decorrente trabalho.
Na Figura 3.11, é ilustrado como ficou a discretização dos modelos dos CPs
para a simulação das amostras de tecido híbrido kevlar/vidro pós-impacto. A primeira
região ao redor furo, com 36 mm, recebeu uma malha mais refinada em razão da
descontinuidade geométrica, ou seja, uma região de concentração de tensões. A
segunda região foi definida através da seleção de elementos que estariam dentro do
anel com diâmetro interno de 36 mm e externo de 76 mm. Dessa forma, com a
inclusão dessas três regiões, procurou-se representar a transferência de dano
causada pelo impacto de uma forma simples, porém consistente.
Xu et al. (2019). Tais complexidades não costumam ocorrer dentro da região linear
elástica e também não correspondem aos objetivos deste trabalho de final de curso.
A seleção dos nós avaliados para saída desses resultados numéricos deu-se
seguindo os locais especificados por Cunha (2020) para a obtenção dos seus
resultados experimentais através da colagem de extensômetros. Na Figura 3.13, é
mostrado os locais dos nós selecionados para cada um dos tipos de corpo de prova
ensaiado, tanto do LFV quanto do LHKV, através dos círculos azuis destacados em
cada um dos casos.
31
Figura 3.13- Localização dos nós analisados ao fim das simulações: a) CP sem furo;
b) CP com furo; c) CP pós-impacto
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Figura 3.14 - Disposição dos extensômetros nos corpos de prova para o ensaio de flexão em
quatro pontos sem furo
Fonte: Cunha (2020)
33
4 Resultados e Discussões
𝜎1 = 𝐸1 𝜀1 Equação (4.1)
34
Figura 4.1 - Distribuição do campo de tensões para o laminado de fibra de vidro (LFV)
modelado como ortotrópico e sem furo central
A partir dos valores da Tabela 4.1, pode ser observado a proximidade dos
valores dos resultados obtidos por Cunha (2020) de forma experimental, e os
resultados obtidos no presente trabalho. Para a tensão longitudinal σ1, os erros
decorrentes dos métodos foram de menos de 1% para ambos os modelos simulados
(material isotrópico e ortotrópico). Para as deformações longitudinais ε1, o erro foi de
cerca de 5,2%, e 9,8% para o modelo isotrópico e ortotrópico, respectivamente. Para
o módulo de elasticidade E1, o erro comparado com o modelo isotrópico ficou um
pouco mais elevado com relação ao erro do modelo ortotrópico, ficando 10,9% e 5,7%,
respectivamente. Ou seja, apesar da configuração ortotrópica de um laminado feita
com um tecido de fibra de vidro, para o caso de uma placa submetida a flexão, foi
possível simulá-lo com um comportamento isotrópico.
Outro ponto importante a ser observado a partir dos resultados da Tabela 4.1
é a questão da similaridade das simulações quando comparados os resultados dos
ensaios com o laminado modelado como isotrópico e ortotrópico. Para todas as
propriedades avaliadas, os erros entre esses dois modelos ficaram abaixo de 5%.
35
Tabela 4.1- Resultados numéricos das simulações e valores experimentais do LFV sem
descontinuidade geométrica
Figura 4.2 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LFV sem descontinuidade geométrica
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Tabela 4.2 - Valores numéricos das propriedades mecânicas utilizados na simulação nos
tecidos híbrido de Kevlar/vidro
Camada de tecido de fibra de kevlar e vidro
E1 7,50 GPa 12 0,60 G12* 5,00 GPa
E2 7,50 GPa 23* 0,05 G23* 1,80 GPa
E3* 6,00 GPa 31* 0,05 G31* 2,20 GPa
Figura 4.3 - Distribuição do campo de tensões para o laminado Híbrido de Kevlar e vidro
(LHKV) sem furo central
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Tabela 4.3 - Resultados numéricos das simulações e valores experimentais do LHKV sem
descontinuidade geométrica
LHKV – SF Erro
σ1 (numérico) 55,21 MPa
0,57%
σ1 (experimental)* 55,53 MPa
ε1 (numérico) 5,58x10-3
17,70%
ε1 (experimental)* 4,74 x10-3
E1 (numérico) 10,30 MPa
7,53%
E1 (experimental) 9,89 MPa
*Valores determinados por Cunha (2020)
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Figura 4.4 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LHKV sem descontinuidade geométrica
Pode-se observar nas Figuras 4.5 e 4.6 a distribuição do campo de tensão para
o CP do LFV (Fig.4.5) e do LHKV (Fig. 4.6), ambos com furo.
O comportamento do campo de tensões para o LHKV com furo, Figura 4.6, deu-
se de forma equivalente ao modo das tensões do LFV, ou seja, também com um
aumento significativo das tensões nas proximidades do furo, principalmente em uma
linha transversal da descontinuidade geométrica. As tensões máximas retornadas da
simulação passaram de cerca de 59 MPa no caso sem furo para 119 MPa no caso
com furo, confirmando a influência da variação geométrica na distribuição das tensões
internas também para os compósitos, em ambos os tipos de laminados estudados.
40
Tabela 4.4 - Resultados numéricos das simulações e valores experimentais do LFV e LHKV
com descontinuidade geométrica
LFV - CF LHKV - CF
-
Isotrópico Ortotrópico Ortotrópico
σ1 (experimental)* 62,76 MPa 66,01 MPa
σ1 (numérico) 62,73 MPa 62,63 MPa 65,73 MPa
Erro 0,05% 0,21% 0,42%
ε1 (experimental)* 3,62x10-3 6,16x10-3
ε1 (numérico) 3,12x10-3 3,24x10-3 7,32x10-3
Erro 14,12% 10,53% 18,77%
*Valores determinados por Cunha (2020)
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Figura 4.7 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LFV com descontinuidade geométrica
Figura 4.8 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LHKV com descontinuidade geométrica
Tabela 4.5 - Valores numéricos das propriedades mecânicas utilizados na simulação nos
tecidos híbrido de Kevlar/vidro pós-impacto de 77 J
77 J
THKV 36 mm 76 mm Sem impacto
E1 3,80 GPa 5,50 GPa 7,50 GPa
E2 3,80 GPa 5,50 GPa 7,50 GPa
E3 3,00 GPa 4,50 GPa 6,00 GPa
12 0,60 0,60 0,60
23 0,05 0,05 0,05
31 0,05 0,05 0,05
G12 5,00 GPa 5,00 GPa 5,00 GPa
G23 1,80 GPa 1,80 GPa 1,80 GPa
G31 2,20 GPa 2,20 GPa 2,20 GPa
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Tabela 4.6 - Valores numéricos das propriedades mecânicas utilizados na simulação nos
tecidos híbrido de Kevlar/vidro pós-impacto de 101 J
101 J
THKV 36 mm 76 mm Sem impacto
E1 4,00 GPa 5,00 GPa 7,50 GPa
E2 4,00 GPa 5,00 GPa 7,50 GPa
E3 3,00 GPa 4,00 GPa 6,00 GPa
12 0,60 0,60 0,60
23 0,05 0,05 0,05
31 0,05 0,05 0,05
G12 5,00 GPa 5,00 GPa 5,00 GPa
G23 1,80 GPa 1,80 GPa 1,80 GPa
G31 2,20 GPa 2,20 GPa 2,20 GPa
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
Tabela 4.7 - Resultados numéricos das simulações e valores experimentais do LHKV pós-
impacto de 77 J e 101 J
77 J
- 36 mm 76 mm sem impacto
σ1 (numérico) 41,26 MPa 51,44 MPa 69,06 MPa
σ1 (experimental)* 42,05 MPa 50,13 MPa 68,00 MPa
Erro 1,89% 2,63% 1,55%
101 J
- 36 mm 76 mm sem impacto
σ1 (numérico) 51,55 MPa 57,37 MPa 85,20 MPa
σ1 (experimental)* 50,92 MPa 56,52 MPa 83,65 MPa
Erro 1,24% 1,50% 1,86%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
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Outro ponto que pode ser observado com o baixo percentual dos erros é a
questão da aproximação para representar os efeitos do impacto com a variação
apenas do módulo de elasticidade (E1 e E2), que se deu de forma bastante satisfatória,
tornando-se uma alternativa simplificada para estudos que necessitem levar em
consideração os danos residuais provenientes de impactos.
compósito ensaiado por Cunha (2020), com uma queda brusca e logo em seguida
uma subida acentuada. Porém, de maneira similar ao caso anterior, tal divergência do
comportamento entre os resultados numéricos e o experimental não acarretou erros
significativos. O comportamento similar entre os gráficos em praticamente toda a
extensão das curvas de tensões em função das deformações mostra a eficiência do
modelo com diferentes rigidezes adotado nas simulações via MEF.
Figura 4.11 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LHKV pós-impacto de 77 J
Figura 4.12 - Comparação dos gráficos numérico e experimental para o comportamento das
tensões em função das deformações para o LHKV pós-impacto de 101 J
5 Conclusões
Para todos os modelos de LFV com e sem furo, que foram simulados como
isotrópico e ortotrópico, pode ser observado a similaridade dos resultados. Esse
resultado valida e justifica a possibilidade da utilização desta hipótese de tratar os
modelos de placas feitas de um único tecido como isotrópicos, para diminuição da
complexidade na representação dos materiais, com baixo ganho de percentual de
erro.
Quando comparados as simulações dos dois tipos de CPs, com e sem furo de
um mesmo laminado, os resultados numéricos mostraram valores maiores tanto de
51
6 Referências Bibliográficas
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Method for Flexural Properties of Unreinforced and Reinforced Plastics and Electrical
Insulating Materials by Four-Point Bending. USA. 2017.
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54
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