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57.TCC - (C) Manutenção Centrada em Confiabilidade Como Suporte Na Revisão Do Plano de Manutenção (2021)
57.TCC - (C) Manutenção Centrada em Confiabilidade Como Suporte Na Revisão Do Plano de Manutenção (2021)
DAVID MOTA
Sapucaia do Sul
2021
ii
DAVID MOTA
Sapucaia do Sul
2021
iii
DAVID MOTA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
III
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 3
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................... 4
3.5.3 Confiabilidade............................................................................................................... 12
4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 18
6 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo está dividido em oito partes, onde serão abordados assuntos introdutórios
relacionados aos tipos de manutenção, falhas, indicadores e métodos de análises e, em seguida,
terão foco em confiabilidade.
operando com um defeito já detectado e é possível planejar a manutenção antes que ocorra a
falha, e a manutenção corretiva emergencial ocorre quando o ativo falha e não foi possível
realizar o planejamento da atividade (PINTO e XAVIER, 2012).
Na fase (2) vida útil, ocorrem falhas casuais que são as aleatórias e inesperadas. Neste
período, a taxa de falha se mantém constante atingindo os menores pontos da curva, conforme
Figura 2. Fatores externos são determinantes para a ocorrência de falha nesta fase, como
vibração, temperatura, impactos mecânicos e sobrecargas. A manutenção preditiva é indicada
neste ponto da curva, tendo em vista que temperatura e vibração são causas de falha neste
período; logo, por meio de monitoramento, é possível evitá-las. Para a redução destas
ocorrências também é necessário prever no projeto situações adversas, como aumento de carga
na operação e, assim, projetar equipamento mais resistente. Todavia, não se deve desconsiderar
intervenções corretivas nessa fase. (DIAS, 2001; WUTTKE e SELLITTO, 2008; SELLITTO,
2005).
Na fase (3) desgaste, como o próprio nome já diz, ocorrem falhas por desgaste. É a fase
onde a taxa de falha cresce constantemente em relação ao tempo, conforme mostrado na Figura
2. Neste período, a falha ocorre devido ao equipamento manifestar desgaste nos seus
componentes que surgem com o tempo causados pela sua operação. Diversos são os fatores que
promovem o desgaste, como degradação mecânica, corrosão, fadiga, atrito, dentre outros. A
manutenção preventiva é o método mais conveniente neste período, realizando a troca dos
componentes e os ajustes necessários num período cíclico. Entretanto, deve-se realizar uma
estimativa em termos econômicos da viabilidade em realizar as preventivas, reformar o
equipamento ou descartá-lo, tendo em vista que, nesta fase, é possível realizar a previsão de
vida útil do equipamento no que diz respeito à confiabilidade. (DIAS, 2001; WUTTKE e
SELLITTO, 2008; SELLITTO, 2005).
3.3 Função
que levam em consideração outros aspectos, como segurança, meio ambiente, controle de
qualidade, economia e estética (MOUBRAY, 2000).
3.4 Falha
O TMEF (Tempo Médio Entre Falhas) e TMPR (Tempo Médio Para Reparo) são
indicadores de referência que são calculados pelo somatório da média aritmética de
11
(1)
(2)
onde: TEF é o Tempo Entre Falhas, TPR é o Tempo Para o Reparo e N é o Número de
ciclos.
O TMEF indica o intervalo entre o fim de uma falha e o início de outra e tem a finalidade
de eliminar uma falha potencial. O TMPR é a média de tempo que a equipe leva para realizar a
manutenção, onde também são levadas em consideração as manutenções corretivas e
preventivas (PINTO e XAVIER, 2012).
3.5.2 Disponibilidade
(3)
Onde D é a disponibilidade.
12
3.5.3 Confiabilidade
3.5.4 Custos
que envolvem a depreciação dos equipamentos; e induzidos, quando uma falha do setor de
manutenção influencia no caixa da empresa (PINTO e XAVIER, 2012).
3.6 Criticidade
O FMEA, do inglês Failure Mode and Effect Analysis, é uma ferramenta que permite
identificar os riscos que um determinado processo possui e auxiliar na redução e prevenção de
ocorrências de falhas de um ativo ou componente, visando o aumento da confiabilidade do
processo. Isso se dá por meio de uma minuciosa análise dos modos e efeitos de falhas,
identificando qual tipo de ação deve ser tomada para impedi-las (BASTO, 2017).
Modo de falha é definido como a forma que se apresenta o defeito e como o
componente deixa de desempenhar sua função. É intrínseco para cada item, tendo em vista que
cada componente tem suas particularidades de funcionamento, de projeto e estão expostos a
diferentes tipos de situações. Efeito de falha é definido como a consequência de uma falha.
Assim sendo, com uma análise aprofundada das falhas, como ocorrem, porque ocorrem e suas
consequências, é possível determinar qual o melhor tipo de manutenção a ser aplicado em
diversos cenários (SAKURADA, 2001; BASTO, 2017).
Para a aplicação do FMEA, devem ser levados em consideração, também, os seguintes
parâmetros: ocorrência, severidade, detecção de falha e risco, sendo o risco, o resultado do
produto entre ocorrência (Tabela 1), falha (Tabela 2) e detecção (Tabela 3) (HELMAN, 1995).
A ocorrência é definida como na Tabela 1:
Tabela 1: Parâmetros para Ocorrência (ZAIONS, 2003)
Ocorrência
5 – Muito alto (deve ser endereçado imediatamente, acontecerá com muita frequência)
17
Severidade
Detecção
1 – Muito fácil
2 – Fácil
3 – Um pouco fácil
4 – Difícil
5 – Muito difícil
4 METODOLOGIA
Este capítulo está divido em 5 partes, ao qual foi aplicada a Metodologia proposta pelo
trabalho, sendo, então, apresentados os seguintes resultados:
Por meio do banco de dados do TOTVS foi realizado, também, o levantamento do Plano
de Manutenção Preventiva vigente da máquina, conforme Tabela 5:
Tabela 5: Plano de Manutenção Preventiva
Baseando-se nos dados da Tabela 9 em Apêndice I, foi possível aplicar a Equação (2) e
(1) para os cálculos do TMPR e TMEF, respectivamente, e elaborar a Tabela 6.
Tabela 6: TMPR e TMEF
Conforme Tabela 8, considerando que o equipamento opera 16 horas por dia durante 5
dias na semana, quando se analisa o tempo de 16 horas (01 dia), a probabilidade do equipamento
operar sem falhar, considerando os dados do período de 2017 a 2020, é de 85,98%. Entretanto,
quando analisa-se o período de 640 horas (60 dias), que é a periodicidade mínima da
manutenção preventiva, o valor se aproxima de 0%. Dessa forma é possível afirmar que o Plano
de Manutenção do equipamento não é eficaz.
5.4 FMEA
O método utilizado foi o de Leverette (2006), que é resumido por Cheng et al. (2008),
conforme fundamentação teórica. A técnica baseia-se em identificar a função principal do
equipamento, analisar os modos e efeitos de falha (FMEA), selecionar ações de manutenção de
acordo com os modos e efeitos de falha, definir a periodicidade destas ações e atualizar o plano
de manutenção.
Esteira
Troca do sistema de transmissão da esteira transportadora para corrente de rolo ao invés
de correia, devido à sobrecarga que a mesma é submetida. De acordo com Flores e
Gomes (2015) correntes são capazes de transmitir maior potência em locais obstruídos
e de difícil acesso, além de terem pleno funcionamento em locais empoeirados e com
temperaturas elevadas. Os autores ainda expõem as manutenções necessárias para o
sistema de transmissão por corrente:
Lubrificação da corrente
Verificação do ajuste entre eixos
Troca da corrente.
Mesa
Verificação do nivelamento e alinhamento do martelo de forjamento com relação à
mesa.
Sistema Pneumático
Manter atividades do plano de manutenção vigente (alterar periodicidade).
Freio
Desmontagem do conjunto freio/embreagem e verificação de desgaste dos componentes
mecânicos.
Fixadores
Manter atividades do plano de manutenção vigente (alterar periodicidade).
Sistema Hidráulico
Manter atividades do plano de manutenção vigente.
Treinamento técnico sobre montagem e manutenção de unidades hidráulicas.
Sistema Hidráulico
Com relação ao sistema hidráulico, sugere-se manter a periodicidade do plano atual,
devido baixo histórico de falhas.
Revisar cilindros hidráulicos – 60 dias
27
Tendo em vista que a análise foi realizada apenas em OM’s que ocasionaram em parada
do equipamento e o intuito é aprimorar o plano de manutenção, buscando o aumento da
Confiabilidade, não há intervenções consideradas como desnecessárias.
Por intermédio das ações indicadas de acordo com os modos e efeitos de falha e
alterações no equipamento, sugere-se um novo plano de manutenção, incluindo novas
intervenções e alterando a periodicidade das já existentes, baseando-se no histórico de falhas,
conforme Tabela 11 em Apêndice III
28
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
IGBA, Joel; ALEMZADEH, Kazem; ANYANWU-EBO, Ike; GIBBONS, Paul & FRISS, John.
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SAKURADA, E. Y. As técnicas de Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos e Análise
da Árvore de Falhas no desenvolvimento e na avaliação de produtos. 2001.
34
APÊNDICE I – TABELA 9
APÊNDICE II – TABELA 10
Severidade
Ocorrência
Detecção
Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN