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CONCURSO:
GESTÃO DA QUALIDADE/FERRAMENTAS............................................................................................01
NORMA ISO 9.001.................................................................................................................................27
FRASE: Lembre-se de que cada dia que você deixa de treinar, ou de se dedicar ao treinamento significa um dia mais distante
da realização de seus sonhos.
Bernardinho
1. Inspeção – a garantia da qualidade era certificada através do controle em massa de 100% dos produtos, ocorrendo o
controle por amostragens em casos muito específicos, sem uma estruturação adequada. Essa técnica era possível, pois a
maioria dos produtores eram artesãos e as empresas não tinham uma grande capacidade de produção. Nesse período, o
controle da qualidade limitava-se à inspeção e às atividades restritas, como contagem, classificação pela qualidade e reparos.
2. Controle estatístico da qualidade – surgiu em meados de 1931, tendo como referência Walter Andrew Shewhart, que deu
um caráter científico à prática da busca da qualidade. Nesse período, o controle da qualidade no processo produtivo passa a
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ocorrer mediante procedimentos estatísticos, utilizando mecanismos como a amostragem. Porém, assim como na era da
inspeção, a qualidade ainda era pensada de forma sistêmica, com envolvimento de todos.
3. Garantia da qualidade – surge após a II Guerra Mundial, tendo como referência William Edwards Deming e Joseph M.
Juran. A proposta passa a ser por uma preocupação com a qualidade desde o projeto de desenvolvimento, envolvendo todos
os funcionários, de todos os níveis hierárquicos, além de fornecedores e clientes. A ideia é manter e aperfeiçoar as técnicas
clássicas da qualidade.
4. Gestão estratégica da qualidade (gestão da qualidade total) – nas últimas duas décadas, a qualidade passa a ser uma
preocupação estratégica da organização, incorporando e ampliando as propostas que surgiram nos anos 50. Contudo, nesse
momento, a preocupação com a qualidade envolve todos os pontos do negócio, sendo fator elementar na manutenção das
atividades da empresa.
O que é Qualidade?
De acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra “qualidade” deriva do latim qualitate e significa atributo, condição natural
ou propriedade pela qual algo ou alguém se individualiza, distinguindo-se dos demais. A palavra também pode expressar o
grau de perfeição, precisão ou conformidade a certo padrão. Em outras palavras, como afirma o Dicionário Aurélio, é a
maneira de ser de algo ou alguém, sua superioridade ou excelência.
A maioria das pessoas concorda que qualidade é aquilo que produz satisfação, que está relacionada a um preço justo, a um
produto que funciona corretamente e a um serviço prestado de forma a superar as expectativas de quem dela faz uso.
(VERGUEIRO, 2002. 52p.).
A partir dessa definição, Vergueiro (2002), afirma que a qualidade aplicada ao ambiente organizacional, a qualidade é um dos
atributos de um produto ou serviço.
A Norma Brasileira ABNT NBR ISO 9000 define qualidade como “grau no qual um conjunto de características inerentes
satisfaz a requisitos”. Ou seja, para que um produto ou serviço tenha qualidade, é fundamental saber a quem ele se destina e
qual a sua expectativa.
A qualidade de uma organização, portanto, dependerá do grau de satisfação de seus clientes com relação aos produtos ou
serviços que ela oferece. Para atender ao cliente, uma organização, seja ela uma indústria, uma prestadora de serviço ou um
órgão governamental, reúne uma série de recursos como mão de obra, matéria-prima, equipamentos, conhecimento, tempo
etc. Por meio de processos específicos, esses recursos são transformados no produto ou no serviço solicitado pelo cliente.
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A organização e o controle desses processos são o que irá garantir o nível de qualidade desse produto. A proposta de um
Sistema de Gestão da Qualidade é exatamente esta: identificar, organizar e gerenciar os processos de uma organização, a fim
de garantir a qualidade de seus produtos e/ou serviços.
Qualidade é “satisfação do cliente”. Porém, a obtenção da qualidade total só é possível através de uma visão sistêmica de
todos os agentes envolvidos em qualquer processo produtivo (bens e serviços). São eles: o próprio cliente, que é o agente
que deflagra todo o processo, e para onde todas as etapas deste processo devem estar focadas; O acionista; Os
fornecedores; Os empregados, que são os agentes responsáveis em produzir e fornecer a qualidade que o cliente deseja,
merecendo, portanto, que a empresa tenha uma política de recursos humanos bem desenvolvida; e a comunidade.
(REZENDE, 2010).
A qualidade de um produto ou serviço está diretamente ligada à satisfação total do consumidor. A satisfação total do
consumidor é à base de sustentação da sobrevivência de qualquer empresa. Essa satisfação do consumidor deve ser buscada
nas duas formas, defensiva e ofensiva. A satisfação na forma defensiva se preocupa em eliminar os fatores que desagradam o
consumidor, por meio da retro alimentação das informações do mercado, já a satisfação na forma ofensiva, busca antecipar
as necessidades do consumidor e incorporar esses fatores no produto ou serviço. (FALCONI, 1989)
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No entanto, os conceitos do ciclo PDCA foram lapidados e difundidos pelo seu discípulo Deming.
W. Edwards Deming
O estudo da qualidade tornou-se mais evidente a partir das ideias do americano William Edwards Deming no começo do
século XX. Apesar de ter nascido nos EUA, Deming não conseguiu fazer sua proposta ser difundida naquele país, pois os
norte-americanos vendiam tudo o que produziam, logo não sentiam os efeitos da falta de qualidade de seus produtos.
Contudo, o Japão era um país quase destruído em decorrência da II Guerra Mundial, assim acolheu e difundiu as ideias de
Deming, tornando-se, em pouco tempo, referência em qualidade e tecnologia.
Somente a partir dos anos 70-80 que os Estados Unidos passaram a dar importância aos escritos da qualidade de Deming,
fruto da alta competitividade dos produtos japoneses.
Ele baseava sua abordagem no uso de técnicas estatísticas, onde o principal objetivo era reduzir custos e aumentar a
produtividade e qualidade. Com efeito, Deming apresentou quatorze princípios, ou pontos, para a gestão, que descrevem o
caminho para a qualidade total. São eles:
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Método PDCA
• Método de controle de processos desenvolvido pelo americano Shewhart na década de 30 e divulgado por Deming no
Japão, como uma das ferramentas da qualidade, que visa a melhoria contínua (Kaizen) dos processos de trabalho.
• O método PDCA é utilizado nas organizações para gerenciar os processos internos de forma a garantir o alcance das metas
estabelecidas, usando as informações como fator de direcionamento das decisões.
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• P (Plan – planejar): definir o que se quer, estabelecer metas para manter e para melhorar e métodos para alcançar as
metas (itens de controle do processo).
• D (Do – executar/fazer): tomar a iniciativa, educar e treinar e fazer conforme o planejado, registrando as informações;
• C (Check – verificar): monitorar e medir a execução (a partir dos registros) com o planejado;
• A (Action – agir): tomar ações corretivas (ou de melhoria) para resultados não alcançados, para melhorar o desempenho do
processo e retomar o modelo PDCA.
Joseph M. Juran
Conforme apresentamos acima, a qualidade, conforme o conceito proposto por Joseph Moses Juran, é a adequação à
finalidade e ao uso. Essa definição está alinhada à perspectiva da qualidade baseada no usuário em que um produto de
qualidade é aquele que atende aos padrões e preferências do usuário.
Juran foi o primeiro a aplicar os conceitos de qualidade à estratégia empresarial, em vez de meramente associá-la à
estatística ou aos métodos de controle total da qualidade. Juntamente com Deming, foi um dos principais responsáveis pelo
movimento da qualidade no Japão.
Nessa linha, propôs uma trilogia que compõe os pontos fundamentais para a gestão da qualidade: planejamento, controle e
melhoria.
Planejamento: é a preparação para encontrar as metas de qualidade em que serão identificados os consumidores e
suas necessidades;
Controle: é usado para evitar ou corrigir eventos indesejáveis ou inesperados, conferindo estabilidade e
consistência. É o processo de encontro das metas de qualidade estabelecidas durante as operações; e
Melhoria: processo de melhoria contínua da qualidade por meio de mudanças planejadas, previstas e controladas.
Philip B. Crosby
Para Crosby a qualidade significa a conformidade com as especificações, de acordo com as necessidades dos clientes. Seus
estudos relacionam-se com os conceitos de ―zero defeito e de ―fazer certo desde a primeira vez.
Este autor afirma que a insatisfação com o serviço ou produto final de uma organização constitui um ―problema de
qualidade. Esse problema, porém, é apenas um sintoma do que está ocorrendo no interior da organização. Assim, ele traçou
o ―perfil da organização problema.
Para ele a prevenção é muito mais eficaz do que as técnicas não preventivas, como inspeção, teste e controle da qualidade.
Além disso, traçou, assim como fez Deming, 14 passos para a melhoria da qualidade, que devem ser encarados como um
processo perseguido continuamente.
Kaoru Ishikawa
Nascido no Japão em 1915, Ishikawa gradou-se em Química Aplicada na Universidade de Tóquio e foi professor e consultor
de empresas.
Ishikawa também contribui para o modelo japonês na formulação do Controle da Qualidade por toda a Empresa. Além de,
ajudar a difundir as ferramentas e técnicas de analise e solução de problemas e gerenciamento de rotina, em especial as sete
ferramentas da qualidade que são utilizadas pelos Círculos de Controles da Qualidade.
DICA DO HERON
Círculo de controle de qualidade é um pequeno grupo de funcionários que voluntariamente se une para conduzir atividades
de controles de qualidade dentro da mesma área de trabalho. A motivação básica do CCQ é a participação.
Genichi Taguchi
Taguchi nasceu no Japão em 1924 e formou-se em Engenharia e Estatística. Diferente dos demais gurus, Taguchi focou a
atividade de projeto e não na produção como os outro, pois ele acreditava que a única forma de satisfazer o cliente era criar
produto de qualidade robusta, onde propôs técnicas de projeto de experimento e função perda da qualidade.
No conceito de perda da qualidade a redução das perdas não está diretamente relacionada com a conformidade às
especificações, mas com a redução da variabilidade em torno do valor-alvo, como mostra a figura.
Em termos gerais há quatro conceitos de qualidade atribuídos a Taguchi:
A qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das inspeções. Os melhoramentos devem
ocorrer na fase de desenho de um produto ou processo e continuar durante a fase de produção. A falta de
qualidade não pode ser melhorada através da tradicional inspeção.
Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relação as metas. O produto deve ser desenhado de forma
robusta e imune aos fatores ambientais não controláveis. Devem ser especificados os valores para os parâmetros
críticos e assegurado que a produção satisfaz essas metas com o mínimo desvio.
A qualidade não deve ser baseada no desempenho ou características do produto. Isso faz variar o seu preço e/ou
mercado, mas não a qualidade. O desempenho e as características do produto podem estar relacionados com a
qualidade, mas não são a base da qualidade. Pelo contrário o desempenho é uma medida das capacidades do
produto.
Os custos da qualidade devem ser medidos em função dos desvios do desempenho do produto. Isto inclui custos do
retrabalho, inspeção, garantias, devoluções e substituições.
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Qualidade total
Perceba que o conceito de qualidade total implica no atendimento às necessidades do cliente. Contudo, vai além, pois com a
incorporação de práticas de qualidade, a organização deverá diminuir os custos de produção, fruto da eliminação do
desperdício. Com isso, aumenta-se a eficiência e, por fim, os lucros da empresa.
Ademais, a gestão da qualidade total (Total Quality Management – TQM) atribui às pessoas, e não somente aos gerentes e
dirigentes, a responsabilidade pelo alcance dos padrões de qualidade. Nessa linha, cada pessoa da instituição deve exercer o
controle de qualidade do produto. Com isso, as práticas de controle de qualidade ocorrem de maneira descentralizada e
coletiva, ao contrário do controle burocrático que é rígido, unitário e centralizador.
Devemos destacar que, na qualidade total, deve ocorrer uma preocupação não somente com a satisfação dos clientes
externos, mas também dos clientes internos. Para explicar melhor esse conceito, devemos entender os clientes externos
como os clientes finais de um processo, ou seja, as pessoas ou organizações que devem ser atendidas ao final do processo.
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Para encerrar o assunto, vamos apresentar os princípios da gestão da qualidade constantes da NBR ISO 9004:2000, que
foram desenvolvidos para serem utilizados pela Alta Direção para dirigir a organização à melhoria de desempenho.
a) foco no cliente: organizações dependem de seus clientes e, portanto, convém que entendam as
necessidades atuais e futuras do cliente, atendam aos requisitos e procurem exceder as suas expectativas;
b) liderança: líderes estabelecem a unidade de propósitos e o rumo da organização. Convém que eles criem e
mantenham um ambiente interno no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de
atingir os objetivos da organização;
c) envolvimento de pessoas: pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização e seu total
envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização;
d) abordagem de processo: um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os
recursos relacionados são gerenciados como um processo;
e) abordagem sistêmica para a gestão: identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados, como
um sistema, contribui para a eficácia e eficiência da organização no sentido desta atingir seus objetivos;
f) melhoria contínua: convém que a melhoria contínua do desempenho global da organização seja seu objetivo
permanente;
g) abordagem factual para tomada de decisões: decisões eficazes são baseadas na análise de dados e de
informações; e
h) benefícios mútuos nas relações com os fornecedores: uma organização e seus fornecedores são
interdependentes e uma relação de benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos em agregar valor.
Segundo a NBR, o uso com sucesso dos oito princípios de gestão por uma organização resultará em benefícios para as partes
interessadas, tais como melhoria no retorno financeiro, criação de valor e aumento de estabilidade.
Melhoria contínua
A melhoria contínua deriva da filosofia japonesa do kaizen (kai – mudança; zen – bom), significando um aprimoramento
contínuo e gradual na maneira como as coisas são feitas na organização, envolvendo a participação de todos os membros.
Nesse contexto, vejamos os ensinamentos do mestre Chiavenato (2012, p. 272):
A melhoria contínua é uma técnica de mudança organizacional suave e ininterrupta centrada nas atividades em grupo das
pessoas. Visa à qualidade dos produtos e serviços dentro de programas a longo prazo, que privilegiam a melhoria gradual e o
passo a passo por meio da intensiva colaboração e participação das pessoas. Trata-se de uma abordagem incremental e
participativa para obter excelência na qualidade dos produtos e serviços a partir das pessoas.
Através dessa filosofia, as mudanças não ocorrem de forma abrupta, mas aos poucos, de forma incremental, prevendo que
os funcionários melhorem suas atividades dia após dia. Nesse contexto, o aprimoramento organizacional deve ser contínuo e
gradual. Com efeito, a consequência desse aprimoramento poderá ser visto pelo aumento da qualidade dos produtos e
serviços oferecidos, aumento da eficiência, eliminação de custos, aumento da satisfação dos clientes, etc. Ademais, a filosofia
do kaizen foi pioneira ao destacar a importância das pessoas e das equipes com sua participação e conhecimentos.
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Segundo Williams (1995) As ferramentas devem ser usadas para controlar a variabilidade, que é a quantidade de diferença
em relação a um padrão, sendo que a finalidade das ferramentas é eliminar ou reduzir a variação em produto e serviço.
Para manter os processos estáveis e com um nível de variação mínimo, usa-se duas estratégias:
a- Padronização dos processos da empresa.
b- Controlar a variabilidade dos processos envolvendo as ferramentas adequadas, visando a sua redução.
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Para analisar a variabilidade nos processos, podemos utilizar várias ferramentas, sendo que as citadas a seguir não são as
únicas, mas são as mais utilizadas.
As sete Ferramentas são: Fluxograma; Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe ou causa e efeito); Folhas de Verificação;
Diagramas de Pareto; Histogramas; Diagrama de Dispersão e Cartas de Controle.
1. Fluxograma;
O fluxograma é um diagrama utilizado para representar a sequência dos processos, através de símbolos gráficos. Os símbolos
proporcionam uma melhor visualização do funcionamento do processo, ajudando no seu entendimento. No gerenciamento
de processos, tem como objetivo garantir a qualidade e aumentar a produtividade, através da documentação do fluxo das
atividades, utilizando diversos símbolos diferentes para identificar os diferentes tipos de atividades.
Aplicações do Fluxograma:
Melhora a compreensão do processo de trabalho.
Mostra os passos para a realização do trabalho.
Cria normas de padrão de trabalho.
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Para montar o diagrama de Ishikawa, faz parte do procedimento reunir as pessoas em time para realizar um brainstorming
(tempestade de ideias) de forma a levantar as causas raízes que originam um problema. Em virtude desta função, o diagrama
de Ishikawa também pode ser denominado como diagrama de causa e efeito. O diagrama, quando elaborado, assemelha-se
a uma espinha-de-peixe, motivo pelo qual ele também é conhecido por este nome.
O diagrama espinha-de-peixe é uma das 7 ferramenta da qualidade utilizada para o gerenciamento do controle de qualidade
e sua composição leva em consideração de que as causas do problemas podem ser classificadas em 6 tipos diferentes de
causas principais que afetam os processos (Método, Máquina, Medida, Meio Ambiente, Mão-de-Obra, Material). Justamente
pelo motivo da denominação das 6 causas principais iniciarem com a letra M, também pode ser chamado de 6M’s. Podemos
visualizar isto na Figura abaixo:
3. Folhas de Verificação;
Folha de Verificação são formulários planejados nos quais os dados coletados são preenchidos de forma fácil e concisa.
Registram os dados dos itens a serem verificados, permitindo uma rápida percepção da realidade e uma imediata
interpretação da situação, ajudando a diminuir erros e confusões.
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5. Histogramas;
Os histogramas são usados para mostrar a frequência com que algo acontece. Por exemplo, em um caso onde fosse
necessário mostrar de forma gráfica a distribuição de altura de estudantes de uma escola, uma das maneiras mais adequadas
para isso seria fazê-lo por meio de um histograma.
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Um histograma é uma ferramenta de análise e representação de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência
que permite distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude e simetria
na distribuição dos dados.
6. Gráfico de dispersão
Os Diagramas de dispersão ou Gráficos de Dispersão são representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em
um gráfico, uma em função da outra. Assim, os diagramas de dispersão são gráficos que permitem a identificação entre
causas e efeitos, para avaliar o relacionamento entre variáveis.
O diagrama de dispersão é também utilizado como ferramenta de qualidade. Um método gráfico de análise que permite
verificar a existência ou não de relação entre duas variáveis de natureza quantitativa, ou seja, variáveis que podem ser
medidas ou contadas, tais como: sinergia, horas de treinamento, intenções, número de horas em ação, jornada,
intensidades, velocidade, tamanho do lote, pressão, temperatura, etc.
O diagrama de dispersão é a etapa seguinte do diagrama de causa e efeito, pois verifica-se se há uma possível relação entre
as causas, isto é, nos mostra se existe uma relação, e em que intensidade.
Nesta − forma, o diagrama de dispersão é usado para se verificar uma possível relação de causa e efeito. Isto não prova que
uma variável afeta a outra, mas torna claro se a relação existe e em que intensidade Na pratica muitas vezes temos a
necessidade de estudar a relação de correspondência entre duas variáveis.
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7. Gráfico de Controle
Os gráficos de controle servem para medirmos a variabilidade de um processo. Através da determinação de limites mínimos
e máximos de “tolerância”, podemos analisar o comportamento de um processo específico.
No caso a seguir, teríamos o número de defeitos em um processo Y em cada mês. Sempre que o processo mostrar um
comportamento atípico, como nos meses de fevereiro e setembro, por exemplo, devemos analisar o funcionamento do
processo com mais rigor.
Portanto, esse gráfico nos mostra se existe algum fator influenciando de modo especial a qualidade. Quando os valores
estiverem dentro da faixa entre o limite inferior e o limite superior, poderíamos dizer que o processo está “sob controle”.
8. Estratificação
A estratificação é uma ferramenta da qualidade que tem por objetivo separar os dados levantados em grupos distintos, como
por exemplo, estratificação por local, por data, por turno, por tipo, etc. A estratificação permite analisar os dados
separadamente para descobrir onde realmente está a verdadeira causa de um problema.
A ferramenta de estratificação tem como função analisar os dados para buscar oportunidades de melhoria, sempre utilizada
nos casos cujos dados mascaram os fatos reais. Isto geralmente ocorre quando os dados registrados provêm de diferentes
fontes, mas são tratadas igualmente sem distinção.
Consiste no desdobramento ou separação dos dados coletados em grupos e subgrupos, objetivando uma análise mais
detalhada. Normalmente, os fatores 6M já citados, são categorias naturais para a estratificação de dados. Tais categorias são
denominadas variáveis de estratificação.
O processo de estratificação deve direcionar a análise para os pontos em que, provavelmente, encontram-se as causas. Os
dados podem ser estratificados tantas vezes quantas forem necessárias, até se chegar à raiz do problema.
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Aplicações
Analisar dados com o objetivo de encontrar oportunidades de melhorias;
Dividir os dados em categorias ou características importantes com o objetivo de direcionar ações corretivas;
Separar os dados de modo a expor padrões latentes;
Buscar identificar origens diferentes e, assim, direcionar a sua solução;
Focalizar os dados em subgrupos para analise dos seus efeitos;
Pesquisar os caminhos que contribuem com maior intensidade na identificação de um problema;
9. Matriz GUT
Considerada uma ferramenta da gestão da qualidade para identificar, observar, analisar e buscar soluções para os
problemas e desafios da empresa, a Matriz GUT busca priorizar os problemas de maneira a tratar os mais urgentes antes
que os demais. Afinal, problemas existirão vários no dia a dia de uma empresa, mas solucionar todos ao mesmo tempo será
impossível.
É por isso que deve existir uma priorização para que os mais urgentes não sejam deixados de lado (e acabem tornando-se
muito prejudiciais à organização) enquanto os menos urgente são resolvidos.
Estas avaliações são importantíssimas para o bom uso da Matriz GUT e devem ser avaliadas com muita cautela e riqueza de
detalhes, pois cada uma destas respostas interfere diretamente nos resultados desta ferramenta.
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DMAIC
Com uma metodologia disciplinada, o Seis Sigma utiliza ferramentas estatísticas clássicas organizadas em um método de
solução de problemas e seguindo um rigoroso modelo, o DMAIC, que garante uma sequência ordenada, lógica e eficaz no
gerenciamento dos projetos.
O DMAIC é um modelo formado de cinco fases que guiam as atividades necessárias e empregadas na abordagem Seis Sigma
para a melhoria dos processos e que tem pro objetivo estruturado, a definição dos problemas e situações que serão
melhoradas, a medição para obtenção das informações e dados, a análise da informação coletada, a obtenção de melhorias
nos processos e o controle dos mesmos.
Cada letra desta sigla tem um significado bem definido, os quais são respectivamente, Define (Definição - D), Measure
(Medição - M), Analyze (Análise - A), Improve (Melhoria - I) e Controle (Controle - C). (SANTOS; MARTINS, 2003)
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Define the problem (Definir): definição do problema a partir de opiniões de consumidores e objetivos do projeto;
Measure key aspects (Medir): mensurar os principais aspectos do processo atual e coletar dados importantes;
Analyse the data (Analisar): analisar os dados para investigar relações de causa e efeito. Certificando que todos os
fatores foram considerados, determinar quais são as relações. Dentro da investigação, procurar a causa principal
dos defeitos;
Improve the process (Melhorar): melhorar e otimizar o processo baseada na análise dos dados usando técnicas
como desenho de experimentos, poka-yoke ou prova de erros, e padronizar o trabalho para criar um novo estado de
processo. Executar pilotos do processo para estabelecer capacidades;
Control (Controlar): controlar o futuro estado de processo para se assegurar que quaisquer desvios do objetivo
sejam corrigidos antes que se tornem em defeitos. Implementar sistemas de controle como um controle estatístico
de processo ou quadro de produções, e continuamente monitorar os processos.
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11. Brainstorming
O Brainstorming é conceituado como tempestade de ideias. É um processo coletivo onde as pessoas lançam ideias de forma
livre, não devendo haver críticas e devendo acontecer no menor espaço de tempo possível.
Esta ferramenta é definida como um processo destinado à criação de ideias/sugestões criativas, que possibilitem exceder os
limites e os paradigmas dos membros de uma determinada equipe (OLIVEIRA, 1996).
Esta conceituação tem o intuito de expandir e delinear ideias, porém com um enfoque pré-estabelecido. As ideias são
originais de uma atmosfera sem inibições. O Brainstorming busca pela diversidade de opiniões, partindo de um processo
baseado na criatividade e da interação de um determinado número de pessoas (JUNIOR, 2006).
Ainda na teoria do autor, o Brainstorming é dividido em três fases:
Clareza e objetividade na apresentação do assunto, problema ou situação.
Geração e documentação das ideias.
Análise e seleção das ideias.
Outro método de difundir ideias é feito através do Brainwriting, conhecido também como Brainstorming fechado, sua única
diferença é que as opiniões dos participantes são fornecidas por escrito. As ideias dos participantes não são expostas, o que
reduz o risco de críticas e inibições, as fases do Brainwriting são muito semelhantes às fases do Brainstorming.
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Esta ferramenta é extremamente útil para as empresas, uma vez que elimina por completo qualquer dúvida que possa surgir
sobre um processo ou sua atividade. Em um meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência de dúvidas
agiliza e muito as atividades a serem desenvolvidas por colaboradores de setores ou áreas diferentes. afinal, um erro na
transmissão de informações pode acarretar diversos prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar atento à essas questões
decisivas, e o 5W2H é excelente neste quesito!
Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H (onde exlui-se o “H” referente ao “How much”) e o
mais recente 5W3H (onde inclui-se o “H” referente ao “How many”, ou Quantos). Todas elas podem ser utilizadas
perfeitamente dependendo da necessidade do gestor, respeitando sempre as características individuais.
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13. PROGRAMA 5S
O conceito de 5S possui como base as cinco palavras japonesas cujas iniciais formam o nome do programa. As palavras
são Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que migradas para o Português foram traduzidas como “sensos”, visando não
descaracterizar a nomenclatura do programa. São eles: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de
saúde e senso de autodisciplina.
O 5S é um programa de gestão de qualidade empresarial desenvolvido no Japão que visa aperfeiçoar aspectos como
organização, limpeza e padronização.
O 5S normalmente é implementado como um plano estratégico para que alguns aspectos fundamentais da empresa
comecem a apresentar melhorias rumo à qualidade total.
A metodologia possibilita desenvolver um planejamento sistemático, permitindo de imediato maior produtividade,
segurança, clima organizacional e motivação dos funcionários, com consequente melhoria da competitividade organizacional.
Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é
necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do
próprio 5S.
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Após a conclusão do ciclo PDCA, é necessária a padronização das melhorias atingidas, e isso é possível através do uso do ciclo
SDCA, que possui suas etapas similares ao PDCA, mas voltadas à manutenção das regras e processos já alcançados na
resolução de problemas com o PDCA.
A primeira diferença entre eles é que, enquanto o ciclo PDCA é utilizado para potencializar os resultados da empresa ou de
determinado setor a partir da alteração ou criação de padrões, o SDCA tem a função de manter os resultados no mesmo
patamar.
As etapas S e P do SDCA e PDCA, respectivamente, representam mais uma grande diferença entre os dois métodos.
A fase S — que significa “standart”, em inglês — se refere à padronização dos objetivos iniciais, a fim de fazer a manutenção
dos resultados. Já a etapa P significa planejamento estratégico da metodologia, sendo subdividida em quatro passos:
identificação do problema, análise do problema, análise do processo e plano de ação.
Campos (2004) determina que a primeira fase do SDCA é a (Standardize) ou fase de recordação do procedimento e trabalho
regularizado, ou seja, é uma espécie de manutenção da rotina alcançada, descrevendo do que se trata, como e porque deve
ser aplicada. Na segunda fase, de execução (Do), os colaboradores devem ser treinados sobre as novas regras e
procedimentos. Na fase de checagem e auditoria das regras (Check), que devem ser realizadas por auditores externos à
organização, de forma a garantir que todas sejam seguidas rigorosamente. A quarta e última fase do SDCA é a fase de
aperfeiçoamento dos processos e regras já estabelecidos (Action), através das sugestões e ideias de todos da equipe,
possibilitando assim a implantação de uma cultura participativa e voltada à melhoria contínua.
Vale ressaltar que, embora sejam utilizados em momentos diferentes, os ciclos servem de complemento um para o outro —
ou seja, só é possível investir em novas melhorias por meio do PDCA após os objetivos principais estarem estáveis.
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A ferramenta permite encontrar a causa primária do problema, de modo que se pode determinar o que aconteceu, por que
aconteceu e descobrir o que fazer para reduzir a probabilidade de que isso aconteça novamente (LIKER, 2004).
A razão é que geralmente quando indagados sobre o que causa um problema, o ser humano tende a culpar alguma coisa ao
invés de raciocinar e realmente procurar a causa. Geralmente diz-se que no primeiro porquê temos um sintoma, no segundo
porquê temos uma desculpa, no terceiro um culpado, no quarto uma causa e no quinto uma causa raiz (LIKER, 2004).
Os cinco porquês pode ser usado de forma independente ou como parte de um diagrama de causa e efeito. O diagrama
ajuda você a explorar todas as causas potenciais ou reais, que resultam em uma falha ou problema. Depois de ter
estabelecido todas as entradas no diagrama de causa e efeito, você pode usar a técnica de cinco porquês para detalhar as
causas.
EXERCÍCIOS:
01. (CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo ) Entre outras formas possíveis de definição, qualidade pode
ser corretamente conceituada como conformidade às exigências.
( ) Certo ( ) Errado
02. Considerando os principais teóricos da gestão da qualidade, a afirmativa “A qualidade deve ter como objetivo as
necessidades do usuário, presentes e futuras” é atribuída a:
A) Juran.
B) Feigenbaum.
C) Deming.
D) Crosby.
E) Chiavenato.
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03. Entre as ferramentas de controle da qualidade, aquela que permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais
de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos é o
A) Diagrama de Pareto.
B) Histograma.
C) Diagrama de Causa-Efeito.
D) Gráfico de Dispersão.
E) Fluxograma.
04. As organizações que possuem uma gestão da qualidade utilizam-se de ferramentas da qualidade para a melhoria
contínua. Quando se necessita colher dados baseados na observação amostral com o objetivo de definir um modelo,
deve-se utilizar:
A) Histograma.
B) Diagrama de Dispersão.
C) Folha de Verificação.
D) Carta de Tendência.
E) Diagrama de Pareto.
05. Sobre o método PDCA, analise os itens a seguir, classificando-os como certos ou errados. Após, escolha a opção
correta.
I. A fase de execução do planejado também implica a formação e o treinamento dos colaboradores para a correta
realização das metas estipuladas.
II. Na terceira etapa do ciclo PDCA, é preciso analisar os fatores que influenciam o problema, bem como identificar suas
possíveis causas.
III. A última etapa consiste na comparação dos resultados alcançados com os resultados pretendidos.
IV. O PDCA é um método de trabalho sistêmico no qual a busca pela melhoria de processos ocorre de forma contínua.
V. Pode-se definir o plano de ação como o produto de todo o processo relacionado à primeira etapa.
A) I, IV e V.
B) II, III e IV.
C) I e V.
D) II, IV e V.
E) I, III, IV e V.
06. O Programa 5S, criado no Japão, foi disseminado como ferramenta para promover bons hábitos no ambiente de
trabalho, como forma de melhorar a produtividade. Entre os cinco “sensos", inserem-se,
A) organização e limpeza.
B) rapidez e disciplina.
C) benevolência e cooperação.
D) responsabilidade e comprometimento.
E) hierarquia e respeito.
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A) folha de verificação
B) mapa de processo
C) matriz de priorização
D) diagrama espinha de peixe
08. Ao analisar a viabilidade de implementação da faixa reversível na avenida Brasil, foi solicitado ao agente de
administração que apresentasse os horários de maior pico de utilização da via, no período da manhã. Para
demonstrar estes horários, o agente de administração utilizou um gráfico de barras conforme apresentado na Figura
01: Utilização da via, a seguir:
A) histograma
B) Pareto
C) controle
D) dispersão
09. O denominado Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo da Melhoria Contínua,
A) analisa os processos com vistas a realizá-los de maneira otimizada, envolvendo as etapas de planejamento, execução,
controle e avaliação.
B) é um instrumento de gerenciamento de projetos, que contempla planejamento, desenvolvimento, controle e
atualização.
C) consiste em uma metodologia de avaliação de desempenho individual, vinculada a um projeto de constante
desenvolvimento e aprimoramento.
D) corresponde a método de gestão corporativa com dinâmicas de capacitação e aprendizagem.
E) é um programa de excelência em gestão pública introduzido no âmbito da reforma voltada à implantação do modelo
gerencial.
10. Determinada instituição não alcançou as metas planejadas e agora busca as causas fundamentais a fim de prevenir a
repetição dos efeitos indesejados. Essa fase do PDCA é denominada:
A) Plan – Definir metas e métodos.
B) Do – Executar as tarefas e coletar dados.
C) Act – Agir corretivamente ou padronizar.
D) Check – Verificar os resultados da tarefa executada.
E) Do – Educar e treinar.
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11. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo) O ciclo PDCA (plan, do, check, act) é uma ferramenta utilizada para
melhoria contínua da organização, entretanto, não há, na aplicação desse instrumento, feedback relativo às atividades
desenvolvidas.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
01 02 03 04 05 06
C C C C A A
07 08 09 10 11 12
A A A C E E
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ATENÇÃO
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é um conjunto de elementos interligados, integrados na organização, que funciona
como uma engrenagem para atender à Política da Qualidade e os objetivos da empresa, tornando visível nos produtos e
serviços e atendendo as expectativas dos clientes.
O SGQ é uma ferramenta que traz controle e padronização dos processos e também permite a medição da eficácia das ações
tomadas. Tudo com foco na satisfação do cliente e na busca da melhoria contínua dos processos.
Um programa de gestão da qualidade bem implementado e bem gerenciado proporciona à alta direção segurança para
tomar decisões.
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) tem o objetivo de verificar todos os processos da empresa e como esses processos
podem melhorar a qualidade dos produtos e serviços frente aos clientes.
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Ferramentas da Qualidade
Na década de 60, o teórico e engenheiro Kaoru Ishikawa desenvolveu as 7 ferramentas da qualidade, com as quais é possível
propor soluções para problemas que afetem os processos produtivos de uma empresa. Estes métodos devem ser conhecidos
por todos os colaboradores e funcionários, fazendo parte também dos programas de treinamento.
2. Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe): Expressa de modo simples e fácil a série de possíveis causas para um problema.
3. Folha de Verificação: Tabelas utilizadas para coleta e análise de dados referentes a um problema.
5. Histograma: Diagrama de barras que representa a frequência dos dados. É um caminho fácil para avaliar a distribuição dos
mesmos.
7. Cartas de controle: Gráfico utilizado para determinar se um processo irá produzir serviços com propriedades mensuráveis
e consistentes.
Normas ISO
Na gestão da qualidade, a ISO 9000 é o conjunto composto pelas normas ISO 9000, 9001, 9004 e 19011. Elas podem ser
aplicadas em diversos tipos de organização: indústrias, empresas, instituições e afins, e se referem apenas, a qualidade dos
processos da organização, e não dos produtos ou serviços. Esse grupo de normas descreve regras relacionadas a
implantação, desenvolvimento, avaliação e continuidade do Sistema de Gestão da Qualidade. Elas tornaram-se oficiais a
partir do ano de 1987, baseada em normas britânicas, e desde então, vem sofrendo revisões.
Empresas que aplicam as normas ISO 9000 tem uma vantagem adicional, pois tem maior credibilidade frente aos seus
clientes e concorrentes.
Norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido. O organismo internacional
de normalização é uma organização não governamental e seu nome é International Organization for Standardization (ISO).
O prefixo ISO utilizado em todas as suas normas deriva do prefixo grego isos, que significa mesmo, igual. A série de normas
ISO 9000 é um conjunto de normas e diretrizes internacionais para sistemas de gestão da qualidade e tem obtido reputação
mundial como a base para o estabelecimento de sistemas de gestão da qualidade.
Segundo Mello et al. (2009), a norma ISO 9000 é conhecida como norma genérica de sistema de gestão. Segundo a ABNT
(2000), genérico significa que a mesma norma pode ser aplicada a qualquer tipo de organização, grande ou pequena, seja
qual for seu produto, inclusive quando ele é na verdade um serviço, em qualquer setor de atividade, e seja qual for seu meio
de negócio, podendo ser uma administração pública ou um departamento do governo.
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ABNT
ABNT é a sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins-lucrativos que se destina a
padronizar as técnicas de produção feitas no país.
A normalização técnica dos produtos científicos e tecnológicos documentais é fundamental para a total e ampla
compreensão e identificação dos mesmos.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas foi fundada em 28 de setembro de 1940, e consiste em um dos membros
fundadores da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização – ISO).
PROVA
A ISO é uma entidade de padronização e normatização, e foi criada em Genebra, na Suíça, em 1947.
A ISO tem como objetivo principal aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos, como normas técnicas,
classificações de países, normas de procedimentos e processos, e etc. No Brasil, a ISO é representada pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
A ISO promove a normatização de empresas e produtos, para manter a qualidade permanente. Suas normas mais conhecidas
são a ISO 9000, ISO 9001, ISO 14000 e ISO 14064. As ISO 9000 e 9001 são um sistema de gestão de qualidade aplicado em
empresas, e ISO 14000 e ISO 14064 são um sistema de gestão ambiental.
ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade - Exigências. A norma ISO 9001 descreve as exigências relativas a um
sistema de administração da qualidade para o uso com fins contratuais ou de certificação. É um conjunto de
obrigações que a empresa deve obedecer. (Requisitos e Princípios)
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ATENÇÃO
Essa revisão eliminou as normas NBR ISO 8402:1994, NBR ISO 9001:1994, NBR ISO 9002:1994 e NBR ISO 9003:1994, sendo
que as três últimas foram consolidadas em uma única norma, a NBR ISO 9001:2000.
NBR ISO 9002: A norma ISO 9002 é usada por companhias as quais a ênfase está na produção e na instalação. Esta
norma da qualidade pode ser utilizada por uma empresa cujos produtos já foram comercializados, testados,
melhorados e aprovados. Desta forma, há a possibilidade de a qualidade do produto ser alta. Estas companhias
focalizam seus esforços para a qualidade na conservação e no melhoramento dos sistemas da qualidade existentes,
em lugar de desenvolverem sistemas da qualidade para um produto novo. (Produção e Instalação)
NBR ISO 9003: A norma ISO 9003 é dirigida para companhias nas quais sistemas abrangentes da qualidade podem
não ser importantes ou necessários, como, por exemplo, as fornecedoras de mercadorias, nestes casos, a inspeção e
o ensaio final do produto seriam suficientes. (Sistema de Qualidade – Modelo de Inspeção)
ISO 9004: sistemas de gestão da qualidade - Linhas diretivas para a melhoria do desempenho. Esta norma, prevista
para uso interno e não com fins contratuais, versa principalmente sobre a melhoria contínua dos desempenhos.
(Linhas de orientação para melhoria do desempenho - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO)
ISO 19011 - possui as diretrizes para auditorias de sistema de gestão.
A ISO 9000 possui várias versões. As que expõem os fundamentos do sistema de gestão da qualidade, no Brasil, estão
associadas à Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e formam a sigla ABNT NBR ISO 9000. O conjunto de normas
e técnicas são de aplicação em instituições, que buscam a gestão da qualidade, confiança nos fornecedores, qualidade do
produto, satisfação do cliente, etc.
Na ISO 9000:2008, tínhamos 8 Princípios, e na nova versão, ISO 9000:2015, este foram alterados e sintetizados em 7
princípios.
Vamos comparar as duas versões no quadro abaixo:
a) Foco no cliente: todo sistema de gestão da qualidade busca intensificar o foco no cliente com o objetivo de aumentar sua
satisfação. Esse objetivo tem que ficar claro para que toda a organização saiba da importância de realizar suas atividades.
b) Liderança: a atitude de liderar mudanças, ações e resultados torna a pessoa um líder, sem, necessariamente, ser um
gerente ou um chefe de equipe. Liderar a Qualidade é de suma importância para garantir que o sistema de gestão da
qualidade não falhe.
c) Engajamento das pessoas: em cada atividade e resultado é necessário o apontamento da relação direta com a qualidade;
assim tornar-se-á mais nítido a importância da qualidade numa organização.
d) Abordagem de processo: a fim de aumentar a satisfação do cliente, a norma faz uso da abordagem de processo no
desenvolvimento, implementação, e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da qualidade. A padronização acontece
quando se estabelece processos e estes são seguidos, visando a satisfação dos clientes. O ciclo PDCA é utilizado para gerir os
processos e o sistema, sempre com foco na mentalidade de risco, tirando proveito das oportunidades e prevenindo
resultados indesejáveis.
e) Melhoria: as organizações estão sempre em busca de soluções para aumentar os resultados. Melhoria esta que se estende
desde a melhoria da empresa como um todo, dos produtos e vai até a melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade.
As melhorias são essenciais para o gerenciamento de pessoas e processos.
f) Tomada de decisão baseada em evidências: “as decisões com base na análise e avaliação de dados e informações são mais
propensas a produzir resultados desejados”. Monitorar e medir os processos são atividades que devem ser feitas
continuamente por todos que fazem parte de uma organização. A partir do monitoramento e medição, fazem-se análises das
evidências e dos números para tomadas de decisão.
g) Gestão de relacionamento: a ISO 9001:2015 dá uma ênfase nas partes interessadas como um todo. É importante existir
uma relação mútua benéfica entre todas as partes interessadas e etapas do processo extraindo o melhor das relações, para
que a organização consiga crescer e manter uma parceria com todos que agregam valor à organização, desde clientes até a
sociedade.
Portanto, o foco no cliente é inter-relacionado com a liderança. A liderança envolve o engajamento das pessoas abordando
todos os processos. Abordar os processos torna possível tomar decisões baseando-se em evidências. As evidências
proporcionam melhorias. E as melhorias são essenciais para que os relacionamentos sejam bem gerenciados.
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Conceitos
As organizações privadas ou públicas, quer queiram ou não, podem ser vistas como um conjunto de processos. Todo
processo deve ter, no mínimo, entrada, processamento e saída. Os produtos mais típicos da saída são: bens, serviços e
informações.
É no “processamento” que estão concentradas as atividades do processo.
Atenção → O processo existe em todas as empresas – de forma bem definida ou de forma fragmentada (ainda que as
empresas não consigam visualizá-lo e defini-lo como tal).
Atenção → O valor é o cliente quem atribui, reconhecendo sua importância e demonstrando disposição em pagar o preço
estabelecido.
Um processo compreende uma série de atividades, racionalmente sequenciais e inter-relacionadas, que devem ser
executadas para se obter determinado resultado pretendido. É um modo de transformar insumos em produtos para atender
a necessidade de algum cliente. O processo inicia com a identificação de uma necessidade e termina com a entrega do
produto (bem ou serviço) ao cliente.
Na visão de Thomas Davenport “o processo é uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço,
com um começo e um fim, inputs e outputs claramente identificados”. Segundo o mesmo autor, tais atividades são
estruturadas com a finalidade de agregar valor às entradas (inputs), resultando em um produto para um cliente.
PROVA:
Desta maneira, todo tipo de trabalho importante em uma organização faz parte de algum processo. Não existe produto ou
serviço fornecido sem que exista um processo organizacional por trás.
Harrington define processo como a utilização de recursos da empresa para oferecer resultados objetivos aos seus clientes.
Assim sendo, o processo seria um fluxo de trabalho, em que existiriam os inputs (materiais, informação, equipamentos, etc.)
que seriam trabalhados, de forma a agregar valor. Desta forma, o fluxo resultaria em uma série de outputs (produtos e
serviços desejados pelos clientes).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
01. Leia a frase a seguir e assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. ____________ é a sequência ou
conjunto de atividades organizadas que transformam os insumos de um Sistema em resultados.
A) Descrição de cargo
B) Avaliação de desempenho
C) Processo
D) Fluxograma
E) Organograma
GABARITO:
01 – C
Portanto, cada atividade destas pode agregar valor ou não ao processo, pois um erro ou demora em uma destas acabará por
prejudicar o cliente.
Assim, quando pensamos em processo temos de entender que estas atividades estão interligadas e que não adianta uma
delas ser muito bem feita se outra for deficiente.
Desta forma, a gestão por processos implica uma ênfase em “como” o produto ou serviço é feito, ao contrário do foco no
“quê” é feito, característica das organizações tradicionais.
Assim, é possível afirmar que toda vez que tivermos um conjunto de atividades e tarefas sendo executadas de forma
integrada para produzir um produto (bem ou serviço) com vistas a atender necessidades de clientes – teremos um processo
– seja ele reconhecido ou não, nominado ou não, compreendido como tal ou não.
ATENÇÃO:
De acordo com Nunes,
“O modelo de organização orientado por processos passou a ser considerado como alternativa mais adequada para
promover uma maior efetividade organizacional. O pressuposto foi o de que nessa forma de organização ocorresse uma
eliminação de barreiras dentro da empresa, possibilitando a visualização da organização como um todo e uma maior inter-
relação entre os diferentes agentes da cadeia de valor (cliente, fornecedor, executores do processo)”
Cadeia de Valor
Cadeia de Valor, para Michael Porter, é o conjunto de atividades tecnológicas e econômicas distintas que uma organização
utiliza para entregar produtos e serviços aos seus clientes.
Cada uma dessas atividades (produção, distribuição, comercialização etc.) deve entregar algum “valor”. Quanto mais valor
agregado, mais competitiva fica a empresa. Este é um conceito relacionado com a vantagem competitiva.
ATENÇÃO:
A Cadeia de Valor de Michael Porter é um modelo que ajuda a analisar atividades específicas através das quais as empresas
criam valor e vantagem competitiva. Ou seja, é um conjunto de atividades que uma organização realiza para criar valor para
os seus clientes. A maneira como as atividades dessa cadeia são realizadas determina os custos e afeta os lucros.
Shank e Govindarajan (1997, p. 62) destacam que “a estrutura da cadeia de valor é um método para se dividir a cadeia –
desde as matérias-primas até os consumidores finais – em atividades estratégicas relevantes a fim de se compreender o
comportamento dos custos e as fontes de diferenciação”.
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A análise de custos da cadeia de valor é essencial para que uma empresa defina sua estratégia competitiva. Nesse contexto,
Shank e Govindarajan (1997, p. 66) enfatizam que: “uma empresa pode aumentar sua lucratividade não apenas
compreendendo sua cadeia de valor – do projeto à distribuição – mas também compreendendo como as atividades de valor
da empresa encaixam-se nas cadeias de valor dos fornecedores e clientes”. Assim afirmam:
A estrutura da cadeia de valor destaca como os produtos de uma empresa se encaixam na cadeia de valor do comprador;
sob esta estrutura, fica logo aparente que porcentagem os custos do produto da empresa representam nos custos totais do
comprador. Estas informações podem ser muito úteis para encorajar a empresa e o comprador a trabalharem juntos em
atividades de redução de custos.
Observando as respectivas definições, a estrutura da cadeia de valor mostra como os produtos e serviços de uma empresa se
adequam na cadeia de valor do comprador. Quanto à estrutura, caso o total dos custos dos produtos de uma empresa elo da
cadeia represente uma porcentagem significativa nos custos totais do seu comprador, tais informações podem ser muito
úteis para encorajar a empresa vendedora e o comprador a trabalharem juntos em atividades de redução de custos;
consequentemente, obtendo resultados significativos para ambas as empresas.
Em se tratando de cadeia de valor, Shank e Govindarajan (1997) sugerem uma metodologia própria para se construir,
analisar e utilizar uma cadeia. Tal metodologia divide-se em três etapas:
a) Identificar a cadeia de valor, identificando custos, receitas e ativos às atividades de valor;
b) Diagnosticar os direcionadores de custos regulando as atividades de valor;
c) Desenvolver vantagem competitiva através do controle dos custos abrangidos pela cadeia de valor.
Quanto ao escopo da cadeia de valor, observa-se a existência de um consenso na literatura. Por exemplo: Miranda (2002),
Shank e Govindarajan (1997), Porter (1989) e Hansen e Mowen (2001) afirmam que a cadeia de valor de uma empresa vai
muito além da identificação e controle das atividades de valor da própria organização, pois uma cadeia completa está
agregada de outras cadeias de valores, como as dos fornecedores e do próprio comprador, formando um sistema de valores.
Para melhor entendimento das respectivas afirmações, a Figura 2 descreve uma cadeia de valor sob a ótica de Porter (1989).
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Antes de conceituar gestão por processos, vale ressaltar que esse termo é chamado de formas diferentes por alguns autores
como, por exemplo, o termo reengenharia de processos, gerenciamento por processos, gerenciamento interdepartamental
de funções, suprassistemas estratégicos, dentre outros.
Alvarenga Netto (2006, p. 27), em um estudo, reuniu diversos conceitos de autores famosos na área e propôs um conceito
abrangente e completo para o termo gestão por processos: “gestão por processos é o enfoque sistêmico de projetar e
melhorar continuamente os processos organizacionais, por pessoas potencializadas e trabalhando em equipe, combinando
capacidades tecnológicas emergentes e sob uma postura filosófica para a qualidade, objetivando a entrega de valor ao
cliente”.
Patching (1994) coloca a gestão por processos como um enfoque de desenvolvimento organizacional que objetiva alcançar
melhorias qualitativas de desempenho nos processos, tomando uma visão objetiva e sistêmica das atividades, estruturas e
recursos necessários para cumprir os objetivos críticos do negócio.
No livro “Gestão Integrada de Processos e da Tecnologia da Informação”, Alvarenga Netto (2006) menciona 3 características-
chave da gestão por processos. São elas: as melhorias contínuas; a necessidade de integração e a tecnologia da informação
(TI) como fator de potencialização. A primeira está ligada à busca de melhorias contínuas a fim de agregar valor ao
produto/serviço. A segunda aborda a necessidade de integração entre as áreas de uma organização mencionando o
problema criado na era Taylor devido a divisão do trabalho nas indústrias. Já a terceira coloca a TI como um fator de grande
potencial para as mudanças organizacionais.
Processo de Negócio
Processo de negócio pode ser definido como um conjunto de atividades existentes em um negócio com o objetivo de gerar
um produto ou serviço. De acordo com Smith e Fingar (Smith, et al., 2003), ao colocar os processos do negócio no centro, as
empresas podem ganhar as habilidades que elas precisam para inovar, reenergizar a performance e agregar valor às
demandas atuais do mercado.
RESUMINDO:
Perceba que os processos de negócio são os mais importantes para a organização, constituindo o cerne de sua existência,
pois eles são responsáveis pelo atendimento das necessidades dos clientes, diferenciando a organização de suas
concorrentes no mercado.
Os processos organizacionais, por sua vez, são aqueles que dão o devido suporte e apoio para que os processos de negócio
possam funcionar bem e agregar valor para os clientes.
Os processos gerenciais, por sua vez, são aqueles relacionados às ações dos gerentes. Trata-se da tomada de decisões
gerenciais pelos gerentes para que a organização possa seguir rumo ao futuro.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
05. O gerente de uma empresa acompanhava todos os processos de forma permanente e percebeu que havia um
problema nas vendas dos produtos. Os clientes demoravam a ser atendidos, e havia atrasos nas entregas. Ele
constatou que não havia nenhum tipo de problema com o abastecimento de produtos das unidades de vendas. Dessa
forma, a falha estava, necessariamente, localizada nos processos
A) horizontais
B) primários
C) de longo prazo
D) simbólicos
E) de apoio
GABARITO: B
• Processo: conjunto de operações (atividades e tarefas) que recebe um insumo, agrega valor e transforma num produto
(bem/serviço) destinado ao atendimento de necessidades dos clientes internos e externos;
• Subprocesso: refere-se a uma parte específica do processo, composto por um conjunto de atividades que demandam
insumos próprios e resultam em subproduto(s) que concorre(m) para o produto final do processo;
• Atividade: é um conjunto de tarefas com procedimentos definidos que descrevem o passo a passo para a execução de
acordo com algum método/técnica. A atividade terá nome próprio, será precedida por um input (entrada) e resultará
num output (saída), num produto parcial que concorre para o produto final do processo.
Atenção → São as atividades que agregam valor ao processo, assim, a cada atividade executada o processo deve adquirir um
valor maior.
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• Tarefa: é a menor divisão do trabalho, exclusivamente operacional, que corresponde ao fazer. É uma partição da
atividade com rotina ou procedimento específico.
Atenção → Nos macroprocessos a visão é geral, sem detalhamentos, nos processos tem-se um nível intermediário de
detalhamento, já para as atividades e tarefas o nível de detalhamento deve ser amplo, de forma a permitir que cada detalhe
importante que compõe o processo possa ser claramente visualizado e compreendido.
DICA DO NINJA!
"Drill down consiste em fazer uma exploração em diferentes níveis de detalhe das informações. Com o Drill Down você pode
“subir ou descer” dentro do detalhamento do dado, como, por exemplo, analisar uma informação tanto diariamente quanto
anualmente, partindo da mesma base de dados.
O Drill-Down ocorre quando o usuário aumenta o nível de detalhe da informação, diminuindo o grau de granularidade.
RESUMO!!!!
Drill Down: Maior Nível Detalhamento
Drill Up: Menor Nível Detalhamento
EXERCÍCIOS:
1 – (CESPE – 2014 – ANATEL - Analista Administrativo - Administração) No que se refere ao gerenciamento de processos de
negócio, no contexto da administração pública, julgue o próximo item.
O refinamento sucessivo de processos, conhecido como drill down, desenvolve-se a partir do contexto mais abstrato, ou
macroprocesso, detalhando-o sucessivamente até a parte mais rica em descrição: a atividade.
GABARITO: ERRADO
Macroprocesso
Processo
Subprocesso
Atividade
Tarefas
QUESTÕES DE CONCURSOS
01. A respeito da gestão de processos, considere:
I. Macroprocesso compreende a visão mais geral do processo, que, em regra, abrange vários processos principais ou
secundários e envolve mais de uma função organizacional.
II. Subprocesso corresponde a uma parte específica do processo, composto por um conjunto de atividades que demandam
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insumos próprios e resultam em subprodutos que concorrem para o produto final do processo.
III. Tarefa é a menor divisão do trabalho, exclusivamente operacional, que corresponde ao fazer, sendo uma partição da
atividade com rotina ou procedimento específico.
Está correto o que consta em:
A) II e III, apenas.
B) II, apenas.
C) I, II e III.
D) I e II, apenas.
E) I e III, apenas.
GABARITO:
01 – C
Gestão de Processos
A Gestão de Processos ou BPM (Business Process Management) é uma abordagem de gestão que refere-se a processos de
negócios como ativos que fortalecem diretamente o desempenho da organização, priorizando a excelência organizacional e a
celeridade dos negócios. Fatores críticos de sucessos na gestão de processos estão relacionados a mudança de atitude das
pessoas e perspectivas de processos para avaliar o desempenho destes na organização, bem como o monitoramento de
desempenho, manutenção e gestão dos ciclos de vida dos processos, todos estes alinhados a definição dos recursos
necessários para tal.
O objetivo deste sistema é padronizar processos corporativos a fim de refinar a produtividade e eficiência. O BPM é visto
como uma aplicação cuja principal meta é medir, analisar e otimizar a gestão de negócios. Dentre seus objetivos, orbitam:
Explorar e mapear processos organizacionais elaborados pela instituição e prover informações sobre estes,
promovendo a padronização e descrevendo-os em manuais;
Apontar, conceber e difundir dentro da organização políticas de melhores práticas em gestão de processos;
Promover o monitoramento e a análise de desempenho dos processos organizacionais perante a construção de
indicadores apropriados;
Instituir melhoramentos ou até mesmo transformação nos processos.
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2 – (CESPE – 2014 – ICMBIO) “A gestão de processos surgiu como alternativa às práticas tradicionais de gestão, que
mantinham o foco na definição das tarefas associadas a cada área funcional da organização.”
3 – (CESPE – 2013 – ANCINE – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Julgue os itens a seguir, acerca de processos e da gestão de
projetos.
Os impactos que a adoção da gestão de processos ocasiona em uma organização incluem a quebra dos silos e feudos da
gestão corporativa tradicional.
GABARITO:
1 - CERTO
2 - CERTO
3 - CERTO
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O gerenciamento de processos do BPM é estabelecido com base em um ciclo de vida que possui seis etapas:
1. Planejamento;
2. Análise;
3. Desenho e modelagem;
4. Implantação;
5. Monitoramento e controle;
6. Refinamento;
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Planejamento.
É a primeira etapa do ciclo de gerenciamento de processos. É aqui que é desenvolvido um plano e uma estratégia dirigida aos
processos da organização, estabelecendo a estratégia e o direcionamento do BPM. O início do plano se dá através do
entendimento das estratégias e metas que são desenhadas para garantir que o cliente perceba valor nos processos de
negócio da organização. A estrutura e o direcionamento dos processos centrados no cliente são baseados no plano.
O planejamento deve assegurar que a abordagem de gestão dos processos de negócio integre a estratégia, as pessoas,
processos e sistemas ao longo dos limites funcionais.
É aqui também que são identificados os papéis e responsabilidades organizacionais de gerenciamento de projetos, o
patrocínio executivo, metas, expectativas quanto à medição do desempenho e as metodologias a serem utilizadas.
Análise.
Após considerar as metas e objetivos desejados, a análise dos processos busca entender os processos atuais, também
chamados de AS IS (do inglês - "como é" - em oposição aos processos a serem implementados no futuro, chamados de TO BE
"como será"), no contexto das metas e objetivos desejados.
Segundo o Guia de Gestão de Processos de Governo do GesPública, a análise reúne informações oriundas de planos
estratégicos, modelos de processo, medições de desempenho, mudanças no ambiente externo e outros fatores, a fim de
compreender os processos no escopo da organização como um todo. Nessa etapa são vistos alguns pontos como: objetivos
da modelagem de negócio, ambiente do negócio que será modelado, principais stakeholders e escopo da modelagem de
processos relacionados com o objetivo geral.
A análise dos processos leva em conta diferentes metodologias para facilitar as atividades de identificação do contexto e de
diagnóstico da situação atual, que constituem o foco desta etapa.
QUESTÕES DE CONCURSOS
33 – (CESPE – 2018 – EBSERH - Assistente Administrativo) No que concerne a noções de gestão de processos, julgue o item
subsequente.
O espaço de melhoria de um processo corresponde à diferença entre a situação atual (as is) e a situação desejada (to be).
GABARITO: 33 – C
Desenho e modelagem.
O desenho esta focado sobre o desenho intencional e cuidadoso dos processos de negócio que entregam valor ao cliente. É
no desenho que se definem as especificações dos processos de negócio, de modo que fique claro o quê, quando, onde, quem
e como o trabalho será realizado.
Conforme consta no Guia CBOK, o desenho dos processos trata da
"criação de especificações para processos de negócio novos ou modificados dentro do contexto dos objetivos de negócio,
objetivos de desempenho de processo, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas, recursos de
dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos internos e externos".
Sobre a modelagem do processo, o Guia de Gestão de Processos de Governo do GesPública afirma o seguinte:
Já a modelagem de processo é definida como "um conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de um
processo de negócio existente ou proposto", tendo por objetivo "criar uma representação do processo em uma perspectiva
ponta-a-ponta que o descreva de forma necessária e suficiente para a tarefa em questão". Alternativamente chamada de
fase de "identificação", a modelagem pode ser também definida como "fase onde ocorre a representação do processo
presente exatamente como o mesmo se apresenta na realidade, buscando-se ao máximo não recorrer à redução ou
simplificação de qualquer tipo".
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O Guia CBOK ressalta, no entanto, que a modelagem de processos pode ser executada tanto para o mapeamento dos
processos atuais como para o mapeamento de propostas de melhoria. (...)
Implementação.
Para a realização das atividades de implementação, subentende-se que as fases anteriores criaram e aprovaram um conjunto
de especificações que podem ser executados sofrendo apenas pequenos ajustes pontuais.
Deste modo, a implementação nada mais é do que a realização do desenho do processo de negócio aprovado. Ela se dá
através de procedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e operacionais.
Monitoramento e controle.
Esta etapa busca fornecer informações-chave de desempenho de processos através de métricas ligadas às metas
estabelecidas e ao valor para a organização. A análise do desempenho realizada nesta etapa pode fazer com que se
desenvolvam atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia.
Refinamento.
Segundo o Guia BPM CBOK, "o refinamento trata aspectos de ajustes e melhorias pós-implementação de processos com base
nos indicadores e informações-chave de desempenho".
Estes ajustes são feitos com base nas informações obtidas por meio da medição e do monitoramento de processos de
negócio.
O Guia de Gestão de Processos de Governo afirma que esta etapa também pode ser chamada de "encenação", revendo o
modelo de processo e implantando as mudanças propostas após o estudo de variados cenários.
Simulação
A simulação incorpora dados estatísticos aos modelos de processos desenhados na etapa anterior, visando à minimização
dos riscos de efeitos indesejáveis quando de sua implantação. Devem ser previstos itens tais como existência ou não de
estoques antes do início dos processos, seus pontos de indução, as distribuições estatísticas e os tempos associados às
transformações, dentre outros.
A partir de tais dados estimados, são gerados cenários alternativos que devem ser avaliados e, quando necessário, induzirão
alterações nos modelos para que sejam o mais próximo do resultado desejado quando de sua implantação.
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Emulação
Nessa etapa são incluídos dados da realidade junto aos dados estimados identificados na fase de simulação. É o momento
em que, por exemplo, são construídas as telas de sistemas automatizados que serão utilizados no processo e é solicitado o
preenchimento das suas informações a uma amostra de pessoas, evitando que requisitos modelados sejam impossíveis de
serem obtidos na prática. É também a fase em que fazemos turmas-piloto de algo que queremos ver funcionando na “vida
real”.
Como no caso da simulação, quaisquer necessidades de ajustes devem ser comunicadas para que os modelos (e os cenários)
sejam alterados e voltem a ser emulados, até que os níveis de qualidade desejados sejam atingidos.
Encenação
Fase do ciclo de gestão de processos que representa a “vida real” dos processos modelados, simulados e emulados, ou seja, é
a única etapa que não se pode faltar durante a execução de um trabalho (ela ocorre, quer o processo tenha sido modelado
/simulado / emulado ou não). Portanto, se desejarmos reduzir ou eliminar os riscos de algum efeito que não desejamos
observar em nosso processo, é importante realizarmos boas modelagens, simulações e emulações, porém nunca perdendo
de vista as exigências que as partes envolvidas no processo possuem – caso contrário boa parte de nosso esforço pode ser
desconsiderada face à velocidade requerida pela realidade.
Mapeamento de Processos
Para que possamos melhorar um processo necessitamos antes conhecê-lo. Desta maneira, precisamos analisar o processo,
de forma a entender o fluxo de trabalho envolvido, quais são os setores e pessoas envolvidas e as decisões que devem ser
tomadas durante o processo.
Portanto, o trabalho de “entender” e visualizar um processo de trabalho é chamado de mapeamento de processos. Este
trabalho é executado, normalmente, através de uma ferramenta chamada de fluxograma, que será analisada
posteriormente.
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Ao mapearmos um processo, este será descrito desde o início, de forma a representar cada atividade e decisão envolvida
nele. Desta forma, a pessoa que estiver fazendo o mapeamento deverá compreender os elementos: (fornecedores, entradas,
processo, saídas e clientes) de modo a descrever todos os aspectos do processo.
Entre os benefícios que uma organização pode ter ao mapear seus processos, temos:
Compreender o impacto que o processo tem para a organização e seus clientes;
Entender a relação de dependência entre os setores no processo;
Compreender quais são os “atores” envolvidos no processo;
Analisar se o processo é necessário e se é bem executado;
Propor mudanças no processo;
Identificar quais são os fatores críticos no processo.
· Blueprinting: É uma técnica que permite retratar o processo de serviço, os pontos de contato e as evidências físicas de um
serviço do ponto de vista do cliente. É uma verdadeira "impressão digital" do processo, representando um verdadeiro mapa
das transações em um processo de prestação de serviço.
Segundo Frazzon et al. (2014) "O uso do Service Blueprint surgiu como uma técnica para identificação de pontos de falha no
processo, porém seu uso foi expandido para a área estratégica, pois ele também permite identificar as áreas prioritárias para
o cumprimento dos objetivos operacionais estratégicas da organização (GIANESI; CORREA, 1994). Assim como contribui para
decisões referentes ao posicionamento estratégico da organização de serviços (SHOSTACK, 1987)".
Essa ferramenta possibilita uma visualização de todo o processo de serviço em um diagrama, especialmente dos encontros
de serviço com o cliente, também chamados de momentos da verdade, onde as evidências físicas da prestação de serviço são
demonstradas, permitindo ainda a separação dos processos primários dos processos de apoio.
· Fluxograma: Esta é uma ferramenta muito utilizada para que se possa visualizar com facilidade o fluxo de ações para que
determinado processo possa ser concluído.
Trata-se de um gráfico que representa o fluxo ou sequencia normal de qualquer trabalho, produto, documento, informação,
etc., utilizando-se de diferentes símbolos que esclarecem o que está acontecendo em cada etapa.
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· Mapofluxograma: O mapofluxograma apresenta o fluxo de movimentação física de um determinado item com base em
uma rotina produtiva preestabelecida. É como um fluxograma de como o material deverá se movimentar no espaço físico
para que o processo seja desempenhado de acordo com o que está previsto no fluxograma.
Assim, o mapofluxograma permite, em conjunto com o fluxograma, o estudo do processo como um todo, tanto do ponto de
vista do conjunto de atividades desempenhadas como da movimentação de material no espaço físico.
· IDEF: (Integration Definition for function Modeling – Definição integrada para modelagem de funções).
Segundo o CBOK, O IDEF é um padrão federal de processamento de informação (FIPS – Federal Information Processing
Standard) desenvolvido pela Força Aérea dos EUA. O IDEF é utilizado para criar uma descrição clara e detalhada de um
processo ou um sistema.
O IDEF 0, mais utilizado da família na modelagem de processo, destina-se a descrever graficamente o processo de
transformação ou produção de um bem ou serviço.
· Mapeamento lean: É o mapeamento realizado com base na técnica do just in time para o processo, seja em manufatura,
seja em serviço, tentando gerar economias ao longo do processamento para um processo enxuto. Sua base é a redução de
desperdícios e de custos, eliminando do processo as atividades que não agregam valor, gerando um fluxo de valor. Por isso a
técnica também é conhecida como mapeamento do fluxo de valor do processo.
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Nível 2, Gerenciado: a gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados de
modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos grupos de trabalho. No
entanto, outras unidades de trabalho que executam tarefas similares podem usar diferentes procedimentos;
Nível 3, Padronizado: os processos padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas pelos
grupos de trabalho, e procedimentos de adaptação são oferecidos para suportar diferentes necessidades do
negócio. Os processos padronizados propiciam uma economia de escala e base para o aprendizado através de meios
comuns e experiências;
Nível 4, Previsível: as capacidades habilitadas pelos processos padronizados são exploradas e devolvidas às
unidades de trabalho. O desempenho dos processos é gerenciado estatisticamente durante a execução de todo o
workflow, entendendo e controlando a variação, de forma que os resultados dos processos sejam previstos ainda
em estados intermediários; e
Nível 5, Otimizado: ações de melhorias pró-ativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os gaps
entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar seus objetivos de negócio.
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OBSERVAÇÃO:
O Guia BPM CBOK versão 3.0, baseado no CMMI (Capability Maturity Model Integration), destaca que os níveis de
maturidade são os seguintes:
Nível 1 - Inicial: Nesse nível, a única coisa que se espera da organização é que o trabalho seja feito para entregar ao
cliente o que ele deseja. O objetivo é motivar as pessoas para que elas realizem o trabalho e entreguem o que o
cliente quer. O sucesso da organização depende dos “heróis”.
Nível 2 - Gerenciado: Nesse nível, são definidos alguns indicadores, métricas e medidas de tempo, capacidade,
custo e qualidade. Busca-se gerenciar o trabalho para que seja possível repetir o procedimento e satisfazer os
compromissos primários dos grupos de trabalho. Esse nível está relacionado à Capacidade de Gestão de Projetos.
Nível 3 - Definido: Nesse nível o processo passar a utilizar indicadores, métricas e medidas de desempenho de
processos ponta a ponta, deixando de lado os “limites funcionais” (limites departamentais). Trata-se de adaptar um
“processo comum” às necessidades dos projetos. O foco está nos clientes.
Nível 4 – Gerenciado Quantitativamente: Nesse nível, são definidos (a partir dos objetivos estratégicos da
organização) indicadores, métricas e medidas de desempenho de processo, bem como o gerenciamento de
desempenho de processos interfuncionais. Está relacionado à capacidade de planejar estatisticamente a qualidade
dos resultados.
Nível 5 – Em Otimização: É o nível de alta maturidade. Nesse nível, o gerenciamento de processos e a medição de
desempenho estão fundidos em um único elemento. A medição direciona o gerenciamento e as estratégias
organizacionais. Os objetivos organizacionais estão conectados ao foco no cliente. Esse nível está relacionado à
capacidade de prevenir defeitos e à capacidade de inovação.
Nível 2 – Processos simulados: Os processos são simulados a partir da introdução de dados estimados (quantidades,
filas, tempos de espera, tempos de transformação, distribuições estatísticas, valores máximo / mínimo / médio, etc)
que nos permitem a criação e a análise de cenários distintos, reduzindo os riscos da implantação e induzindo,
quando necessário, mudanças nos modelos de processos.
Nível 3 – Processos emulados: Os processos são emulados a partir da coexistência de dados da realidade junto aos
dados estimados, permitindo um maior refinamento dos cenários e dos possíveis impactos e, novamente,
minimizando a possibilidade de efeitos indesejáveis.
Nível 4 – Processos encenados: Os processos são realizados conforme os modelos desenhados, simulados e
emulados, e a observação das novas condições exigidas pela realidade induz a permanentes adequações dos
requisitos de processo.
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Nível 5 – Processos interoperados: Os processos são executados e geridos além das fronteiras organizacionais,
promovendo cadeias de valor entre instituições como, por exemplo, no caso da execução de políticas públicas.
EXERCÍCIOS
01. “Processo é uma sequência lógica de operações, atividades ou tarefas, que aplica recursos organizacionais para a
geração de um produto ou serviço que atenda às necessidades de um cliente ou consumidor” (SILVA, 2015). Dadas as
afirmativas a respeito da gestão de processos,
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
02. Conforme apontado pela doutrina especializada, a gestão por processos possibilita que a organização seja vista, não
como um conjunto de departamentos estanques, mas sim como um fluxo contínuo de atividades encadeadas visando
satisfazer a necessidade dos clientes. Nesse contexto, a diferenciação entre os processos principais ou primários e os
secundários, consiste, basicamente, na circunstância de que os
A) secundários são uma sequência lógico-temporal dos principais e agregam valor para o produto ou serviço finais.
B) primários resultam na entrega de algum bem ou serviço ao cliente final, enquanto os secundários são processos
internos.
C) secundários podem ser dispensados no contexto da gestão por processos, eis que não contribuem para a execução dos
principais.
D) principais são de natureza eminentemente gerencial, ligados à estratégia e utilizados na tomada de decisões.
E) secundários são ligados à produção de bens ou serviços e os primários à gestão de pessoas.
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03. Processo pode ser conceituado como um conjunto de meios articulados de forma organizada para alcançar os
resultados pretendidos e, nesse contexto, uma das classificações possíveis é a categorização dos processos como
04. A implementação da Gestão por Processos em uma organização contempla a identificação, gestão, monitoramento e
melhoria dos processos, entendido processo como um conjunto de atividades inter-relacionadas que transforma
insumos (entradas) em produtos (saídas). Entre as ferramentas que fazem parte dessa metodologia pode-se citar
05. Os processos podem ser definidos como um conjunto de meios articulados de forma organizada para atingir os
resultados pretendidos e comportam diversas classificações, dentre as quais:
I. Gerenciais, ligados às estratégias e utilizados na tomada de decisões e na coordenação dos demais processos.
II. Secundários, que correspondem a processos internos e fornecem as condições necessárias para a execução dos
processos principais.
III. Macroprocessos, também denominados principais, que resultam na entrega de bens ou serviços ao cliente final.
A) I e II.
B) I.
C) II.
D) II e III.
E) III.
06. Dentre as técnicas de mapeamento de processos está o [...], que focaliza as necessidades e experiências do cliente,
pois gera evidências tangíveis do serviço. A lacuna é corretamente preenchida por:
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07. Na tabela abaixo estão retratadas algumas ferramentas utilizadas no mapeamento de processos e a respectiva
definição de cada uma delas.
08. ( CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo ) A gestão de processos mantém maior enfoque no produto
ou no serviço oferecido aos clientes da organização, que na forma pela qual o trabalho é realizado.
( ) Certo ( ) Errado
09. ( CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo ) Tendo em vista que há diversos tipos de fluxogramas
passíveis de utilização nas organizações, o gerente deve escolher o modelo de fluxograma que melhor se adapte a sua
forma de conduzir e que, também, seja mais adequado ao processo em estudo.
( ) Certo ( ) Errado
10. ( CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo ) Uma das etapas para se estudar um processo produtivo
consiste no levantamento detalhado de todas as fases do trabalho que cada indivíduo executa na organização.
( ) Certo ( ) Errado
11. (CESPE – 2016 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) No que concerne à gestão de processos nas organizações,
julgue o item subsequente.
No mapeamento de processos, uma das ferramentas mais utilizadas é o fluxograma, que possibilita uma visão geral,
demonstra a forma de relacionamento dos elementos, mostra as entradas e as saídas e favorece a comparação do
processo gráfico com o processo real.
( ) Certo ( ) Errado
12. (CESPE – 2016 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) No que concerne à gestão de processos nas organizações,
julgue o item subsequente.
Na gestão de processos, a menor divisão do trabalho é a tarefa.
( ) Certo ( ) Errado
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13. (CESPE – 2016 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) Julgue o item subsecutivo, a respeito da gestão de projetos e
da gestão de processos.
Os processos primários de uma organização, quando agrupados, tendem a traduzir a cadeia de valor da entidade.
( ) Certo ( ) Errado
14. (CESPE – 2016 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo) Julgue o item subsecutivo, a respeito da gestão de projetos e
da gestão de processos.
Um dos impactos positivos da aplicação de práticas e de tecnologias de apoio ao gerenciamento de processos de
negócio nas organizações é a agilidade na disponibilização de novos serviços e produtos para os clientes.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITOS:
01 02 03 04 05 06 07
C B A B A D A
08 09 10 11 12 13 14
E C C C C C C
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Conceito de Logística
A palavra logística é de origem francesa “logistique”, do verbo grego loger, que significa alojar. O termo é de origem militar e
significa a arte de transportar, abastecer e alojar tropas. Com o passar do tempo, o significado foi se tornando mais amplo,
passando a abranger outras áreas como a gerência de estoques, armazenagem e movimentação. (JOURNET, 1998 apud
GELOG).
Para Novaes (1989), a logística é a ciência que tem por objetivo procurar resolver problemas de suprimentos de insumos ao
setor produtivo (fontes de suprimento, políticas de estocagem, meios de transportes utilizados, etc), problemas de
distribuição de produtos acabados e semiacabados (armazenagem, processamento de pedidos, transferência, distribuição,
etc) e outros problemas logísticos gerais tais como os de localização de instalações de armazéns, processamento de
informações, etc. Tudo isso procurando englobar tanto restrições de ordem espacial (deslocamento de produtos, dos pontos
de produção aos centros de consumo) quanto de ordem temporal (exigência de rígidos prazos de entrega, de níveis de
confiabilidade operacional, etc).
Conceitos
A aplicação da logística pode ser executada nas mais diversas áreas tamanha a importância de seu estudo. É atribuída a
Plowman a primeira definição de logística, segundo Costa (2010, p. 140), a qual seria “a coordenação do movimento de
entrada de materiais, controle de estoques, manipulação de componentes em processo, embalagem, armazenagem e
expedição de produtos acabados”. Segundo Ballou (1999), logística pode ser entendida como o processo de planejar o fluxo
de materiais objetivando a entrega de necessidades na qualidade desejada e no tempo certo, a fim de otimizar recursos de
forma a aumentar a qualidade nos serviços.
Isso significa que a logística é a responsável por toda a cadeia de suprimento, desde a fabricação do produto ou do
fornecimento do serviço até a sua entrega final, destacando-se aqui duas características importantes: a qualidade do produto
entregue ou do serviço efetuado e o tempo dessa entrega. Além disso, a otimização dos recursos envolvidos deve ser
considerada.
Para Christopher (2011), a missão da logística é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para se atingir os níveis
desejados de serviço prestado e de qualidade ao menor custo possível. Ou seja, maximizar qualidade com redução de custo,
tarefa importante para todo e qualquer tipo de instituição, especialmente as públicas.
De acordo com Abreu (2011, p. 87), a logística facilita o “fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria – prima
até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informações que colocam os produtos em movimento, com o
propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável”. Os autores abordam um elemento
de relevância à logística: a informação. Sem as informações necessárias, não é possível planejar, organizar, agilizar,
armazenar, distribuir, enfim, não é possível cumprir as etapas para a garantia da qualidade máxima com custo mínimo. Fluxo
parece ser, também, um termo pertinente ao estudo e entendimento da logística.
Segundo Moura e Beuren (2003), outra conceituação de logística pode ser a definida no Council of Logistics Management –
CLM, de 1999, um encontro internacional promovido no Canadá: “a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja,
implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo de estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de
origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores". O CLM apresenta a ideia de planejamento
aliado ao controle de todo o processo na distribuição de bens, produtos e informações (fluxo).
Ballou (2007, p. 10) coloca que a logística é uma área da administração que tem recebido várias denominações, como
“distribuição física, administração de materiais, gerenciamento de transportes, logística e, recentemente, gerenciamento da
cadeia de suprimentos”. O autor reforça que as atividades a serem geridas podem incluir: “transportes, manutenção de
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estoques, processamento de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, padrões de serviços ao
cliente e produção.”
Por sua vez, Bertaglia (2009) entende que o termo cadeia de abastecimento integrada apresenta uma visão mais ampla do
que a de cadeia logística, pois enquanto o segundo termo é mais limitado à obtenção e movimentação de materiais e à
distribuição física de produtos, o primeiro termo engloba decisões sobre a localização das organizações, distribuição física,
administração de estoque, modo de transporte, fluxo de informações, estimativas e inclusive relacionamentos.
O Council of Logistics Management (Conselho de Gestão Logística), é uma organização, criada em 1962, composta por
gestores logísticos, educadores e profissionais da área, com o objetivo de incentivar o ensino nesse campo e o intercâmbio
de ideias. A definição de logística proposta pelo conselho é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo
eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com
o propósito de atender as exigências dos clientes (BALLOU, 2006).
Conforme Christopher (1999), logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus
canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades, presente e futura, através do atendimento dos pedidos a
baixo custo.
Novaes (1989) afirma que o foco da logística está em conseguir soluções econômicas em que a preocupação com custos
ocupa papel de destaque, embora não seja o único critério a ser considerado.
Dica do Heron
Para finalizar, Robles (2001) denominou os 7C´s (de sete certos) da logística. Segundo o autor, o objetivo da logística é
assegurar a disponibilidade do produto certo, na quantidade certa, na condição certa, no lugar certo, no momento certo,
para o cliente certo, ao custo certo.
Daskin (1995), define a logística como sendo o planejamento e a operação de sistemas físicos (veículos, armazéns, redes de
transporte, etc), informacionais e gerenciais (processamento de dados, teleinformática, processos de controle gerenciais,
etc) necessários para que insumos e produtos vençam condicionantes físicas e temporais de forma econômica.
Para Bowersox e Closs (1996), a logística é definida como o processo de gerir estrategicamente a aquisição, movimentação e
estocagem de materiais, parte de produtos acabados (com os correspondentes fluxos de informações) através da
organização e dos seus canais de marketing, para satisfazer as ordens da forma mais efetiva em custos.
Dicas de concursos
O raio de atuação da logística estende-se por toda a organização, do gerenciamento de matérias-primas até a entrega do
produto final.
Este macrofluxo relaciona os componentes envolvidos na logística com os custos e informações que permeiam a cadeia de
suprimentos.
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Higginson (1993) também aborda este conceito e afirma que o objetivo geral de um sistema de distribuição é atingir níveis
aceitáveis de serviço ao cliente e custo total.
Segundo Melo (2000), o processo de distribuição física, de modo geral, é realizado considerando as seguintes questões:
• Nível de Serviço;
• Armazéns e depósitos;
• Sistemas de Expedição;
• Embalagem;
• Controle de Estoques;
• Ciclo do pedido.
CUSTOS LOGÍSTICOS
Os custos logísticos são um fator-chave para estimular o comércio. O comércio entre países e entre regiões de um mesmo
país é frequentemente determinado pelo fato de que diferenças nos custos de produção podem mais do que compensar os
custos logísticos necessários para o transporte entre essas regiões (ROSA, 2007).
Segundo Faria (2003), os custos logísticos podem ser classificados em:
Custos Diretos - aqueles que podem ser diretamente apropriados a cada tipo de objeto, no momento de sua
ocorrência, tal como os custos de transportes de processo de entrega, para determinado cliente.
Custos Indiretos - são os que não podem apropriar diretamente a cada tipo de objeto no momento de sua
ocorrência, tal como os custos com a tecnologia de informação utilizada em um processo logístico que atenda
diversos clientes.
Segundo Martins (2008), alguns custos de natureza predominantemente direta podem ser tratados como Custos Indiretos
considerando a irrelevância, dificuldades de medição ou até mesmo no interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa
em suas informações.
Martins (2008), também classifica os Custos em Fixos e Variáveis:
Custos Fixos – são aqueles cujo montante independe do volume, dentro de determinado limite de produção em
determinado período. Os gastos podem variar nos diversos períodos, mas são constantes em relação ao
comportamento da produção. Brito Jr (2004) acrescenta que na logística, podem ser citados os custos com
armazenagem própria, contemplando a depreciação dos ativos logísticos, os gastos com a mão de obra mensalista e
outros gastos gerais.
Custos Variáveis - são aqueles cujo montante varia acompanhando o volume de atividade, dentro de certo período. Brito Jr
(2004) salienta que conhecer os custos variáveis auxilia em muitas decisões de curto prazo, tal como o ajuste do composto de
produtos em face das condições operacionais e de mercado existentes.
É importante identificar os custos variáveis na logística, pois segundo Brito Jr (2004), o volume é um fator preponderante,
pois se trabalha muito com volumes produzidos, movimentados, transportados, vendidos, distribuídos, etc. A flexibilidade
requerida nos sistemas logísticos é enorme. Muitas vezes os volumes oscilam acentuadamente, sendo este um dos
elementos impulsionadores da terceirização por empresas preocupadas em tornar variáveis seus custos fixos.
Para Ballou (1993), além de decidir se um custo é fixo ou variável, determinar o que são custos reais para um embarque
particular exige a designação arbitrária de custos, mesmo que os custos totais da operação não sejam conhecidos. A razão é
que muitos custos de transporte são indivisíveis.
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ATENÇÃO!!!!!
Nas palavras de Ballou (2006) o conceito de gerenciamento da cadeia de abastecimento começou a ser difundido há pouco
tempo, fazendo referencia à ideia de integração logística. O gerenciamento da cadeia de abastecimento busca evidenciar as
influências mútuas da área de logística que ocorrem entre os setores de marketing, logística e produção dentro de uma
empresa.
A cadeia de suprimentos é um conceito de fluxo desenvolvido, ou seja, que compreende todos os processos logísticos,
iniciando com o contato do fornecedor, a aquisição de insumos e matéria-prima, o abastecimento da produção até a
distribuição de bens para o mercado consumidor, envolvendo transportes, previsão de demanda, gestão de estoques e o
alinhamento de todo esse processo com as estratégias da organização, com um único objetivo, fornecer produtos e serviços
que satisfaçam as necessidades dos clientes (FUNDAÇÃO DOM CABRAL, 2008).
Segundo Pires (2004, p. 58), (...) á gestão da cadeia de suprimento integra todos os processos de negócios desde o usuário
final até os fornecedores originais que providenciam produtos, serviços e informações que adicionam valor para os clientes,
ou seja, a cadeia pode considerada multifuncional, pois abrange interesses de diversas áreas.
Assim, de acordo com o International Center for Competitive Excellence – University of North Caroline, 1994, SCM é a
integração dos processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) que fornecem produtos, serviços e
informações e agregam valor para os consumidores. Um número de importantes diferenças existe entre esta definição de
SCM e a definição de Logística do CLM (Council of Logistic Management) – “Logística é o processo da cadeia de
abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo de bens e serviços e as informações relativas, o ponto de origem
ao ponto, de consumo de maneira eficiente e eficaz, buscando a satisfação das necessidades do cliente”.
Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa e complexa, requerendo a consideração
simultânea de muitos trade-offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc)
pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, trade-offs dentro e entre as organizações no que diz
respeito por exemplo a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser
desenvolvidas dentro da cadeia de suprimentos.
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A natureza dinâmica do meio ambiente de negócios requer gerenciamento para avaliar e monitorar a performance da cadeia
de suprimentos regular e frequentemente. Quando as metas de performances não são alcançadas, o gerenciamento deve
avaliar alternativas, possíveis para a cadeia de suprimentos.
Para reforçar o entendimento do que é SCM e o que é Logística, pode-se citar Bowersox (98) que afirma ser, o “supplychain
um termo que considera uma sequência de compradores ou vendedores trabalhando em conjunto para levar o produto da
origem até a casa do consumidor” e, que a “Logística é o movimento de produtos e, da informação relativa a eles de um lugar
a outro. Isto inclui transporte, armazenagem, movimentação de material, estoques e a informação inerente a tudo isto”. Em
síntese o autor resume que “a Logística é a integração de todas estas partes de uma maneira sequenciada, é algo que
envolve a operação e o Supply Chain (e, por conseguinte seu gerenciamento) é uma estratégia, uma parte maior do negócio”.
“Toda política pública envolve algum tipo de operação logística de suprimentos. O sucesso das políticas, em termos de
eficiência e eficácia, depende da superação de problemas como a demora nos processos de aquisição; elevados custos de
aquisição; aquisição de produtos e serviços inadequados; e perdas ou faltas de materiais de estoque”.
O autor apresenta a relevância da logística no planejamento, implementação e controle de políticas públicas propostas pelo
governo, na medida em que essas políticas representam a ação do Estado com o intuito de alcançar um resultado destinado
a beneficiar a população ou parte dela.
Conforme Vaz e Lotta (2011), são quatro os argumentos a favor da importância da logística aplicada às políticas públicas:
logística é componente essencial da gestão de políticas públicas; as aquisições de bens e serviços são um importante gargalo
na implementação, operação de políticas públicas; o setor público gerencia simultaneamente distintas cadeias de
suprimentos das várias políticas públicas, o que abrange grande possibilidade de integração e otimização de esforços; e,
ainda ao privilegiar a otimização das várias etapas da cadeia de suprimentos com foco no cliente, a abordagem e as
ferramentas da logística contribuem para a ampliação do repertório do gestor público na busca de eficiência e qualidade dos
serviços.
As transformações ocorridas nas últimas décadas em âmbito global permitiram uma reflexão sobre o papel e a dimensão do
Estado na conjuntura contemporânea. Já na promulgação da Constituição Federal de 1988 houve preocupação com o
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A logística aplicada à administração pública permite otimizar recursos por meio do planejamento de ações a serem
executadas com eficiência e eficácia com vistas a garantir o bom uso do dinheiro público. Especialmente em períodos de
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escassez de recursos orçamentários e financeiros torna-se primordial a aplicação da logística. Em termos de pesquisa e
estudos, a área ainda é incipiente no país, necessitando mais atenção.
Sistemas de transporte;
Os Transportes no Brasil reúnem os mais diversos tipos de meios de transportes, ou seja, os terrestres, aquáticos, dutoviários
e aéreos. Entretanto, o transporte mais utilizado no país, seja para o transporte de carga ou de pessoas, é, sem dúvida, o
transporte terrestre rodoviário, realizado pelas estradas e rodovias, por veículos como carro, ônibus, caminhão, dentre
outros.
Os cincos modais de transporte básicos são o ferroviário, o rodoviário, o aquaviário, o dutoviário e o aéreo. A importância
relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, volume de trafego, receita e natureza da
composição do tráfego.
Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um determinado tipo de
mercadorias e outras não. Segue descrição sucinta dos diversos modais.
Os Modais de Transporte
Mas, qual o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário? Para cada rota há uma possibilidade de
escolha, que deve ser feita mediante uma analise profunda de custos, muito além de uma simples análise do custo baseada
em peso por quilometragem (Kg/Km). Para cada ligação no canal logístico, cada modo apresenta vantagens particulares.
A seleção da modalidade de transporte depende de dois fatores primordiais:
A diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo, fator este conhecido.
O custo de transporte entre o centro de produção do produto e o local de consumo, fator que para ser calculado
depende de dois aspectos:
Características das modalidades de transporte: condições da infraestrutura da malha de transportes, condições de operação,
tempo de viagem, custo e frete, mão de obra envolvida e outros.
O transporte representa um dos elementos mais importantes na composição dos custos logísticos de uma empresa. Segundo
BALLOU (1998), o transporte é capaz de absorver entre 33,3 e 66,6% dos custos logísticos totais. Surge, então, a necessidade
de se entender os fundamentos do transporte e sua influência no desempenho logístico da empresa.
Transporte Rodoviário
O transporte rodoviário apresenta baixo custo inicial de implantação, exigindo apenas a construção do leito, uma vez que os
veículos pertencem a terceiros. Trata-se do sistema de transporte mais utilizado no país, apesar de registrar elevado custo
operacional e excessivo consumo de óleo diesel. Possui grande flexibilidade operacional, permitindo acessos a pontos
isolados. Apresenta grande competitividade para o transporte de cargas dispersas, isto é, não concentradas na origem ou no
destino e o de curtas distâncias, onde seu maior custo operacional é compensado pela eliminação de transbordos. O
transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre entre Brasil,
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, firmado em Santiago do Chile, 1989. Esse convênio regulamenta os
direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens entre os países consignatários (MDCI 2002). No Brasil
algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação ruim, aumentando os custos com manutenção dos veículos.
Além disso, a frota é antiga e sujeita a roubo de cargas.
Vantagens
Adequado para custas e médias distâncias;
Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso as cargas;
Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;
O desembaraço na alfândega pode ser feito pela própria empresa transportadora.
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Desvantagens
Custo de fretes mais elevados em alguns casos;
Menor capacidade de carga entre todos os outros modais;
Menos competitivo para longas distâncias.
Com relação à segurança no transporte rodoviário de cargas, tecnologias com rastreamento de veículos por satélite, bloqueio
remoto de combustível, entre outras tecnologias, estão sendo utilizadas por empresas do setor de transporte, visando
reduzir os riscos de transporte. Ocorre que essas tecnologias possuem elevados custos de aquisição, de maneira que grande
parte da frota rodoviária de carga encontra-se à margem dessas inovações.
Transporte Ferroviário
O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela exigência de leitos mais elaborados, como
também pela aquisição simultânea do material rodante, constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo
operacional e pequeno consumo de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário.
Não apresenta grande flexibilidade, operando através de pontos fixos, caracterizados por estações e pátios de carga, sendo
muito competitivo no transporte de cargas com origem e destinos fixos e para longas distâncias, onde os transbordos
realizados na origem e no destino são compensados pelo menor custo do transporte.
O transporte ferroviário na América do Sul também é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional. O transporte
ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos
siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.
Vantagens
Adequados para longas distâncias e grandes quantidades de carga
Menor custo transporte.
Desvantagens
Diferença na largura das bitolas;
Menor flexibilidade no trajeto;
Necessidade maior de transbordo.
Transporte Dutoviário
O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), baseando se na diferença de pressão. Sua utilização privilegia
materiais fluidos, tal como gases, líquidos e sólidos granulares. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo
custo operacional.
Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que são as estações de bombeamento e recalque. No
entanto, o transporte dutoviário registra muita competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes
quantidades de fluidos.
Vantagens
Alta confiabilidade, pois possui poucas interrupções;
Pouco influenciado por fatores metrológicos.
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Desvantagens
Numero limitado de serviço e capacidade.
Transporte Hidroviário ou Aquaviário
O transporte hidroviário apresenta baixo custo de implantação, quando da ocorrência de uma via natural. Tal custo, no
entanto, aumenta bastante se houver necessidade de construção de canais, barragens e eclusas, por exemplo. Seu custo
operacional, pequeno em vias perenes de grande calado, aumenta de maneira sensível em vias de baixo calado e de
utilização sazonal, onde não é possível operar em períodos de seca. Apresenta baixa velocidade operacional e alcance
limitado ao curso natural da via utilizada. Atinge excelente competitividade quando satisfeitas as condições de via natural,
perene e de grande calado.
Vantagens
Custos de perdas e danos são considerados baixos.
Desvantagens
Costuma ser mais lento que o modo ferroviário;
Disponibilidade e confiabilidade são fortemente influenciadas pelas condições metrológicas.
Transporte Aeroviário
O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional. Registra grande flexibilidade e
permite o acesso a pontos isolados do país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias
de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais.
Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo
não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para
mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega.
Vantagens
É o transporte mais rápido
Não necessita embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso)
Os aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de produção
Desvantagens
Menor capacidade de carga
Valor do frete mais elevado que os outros modais
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EXERCÍCIOS
01. A Logística empresarial associa o estudo e a administração dos fluxos de bens e serviços e da informação associada
que os põe em movimento, ou seja, pode-se afirmar que a missão da Logística é:
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02. Para Ballou (2006) e Novaes (2007), as atividades logísticas agregam (ou criam) valor ao produto ou serviços. NÃO
agrega valor às atividades logísticas:
A) Informação.
B) Lugar.
C) Tempo.
D) Qualidade.
E) Posse.
03. A logística tem sua origem em civilizações antigas. A Segunda Guerra Mundial pode ser vista como o berço da
logística moderna. Em relação às noções básicas em administração de materiais e logística, assinale a alternativa
INCORRETA.
A) Logística é sinônimo de transporte, por isso pode se falar em logística rodoviária, ferroviária, hidroviária, dutoviária e
aérea.
B) A logística pode ser conceituada como o processo de planejamento do fluxo de materiais e/ou serviços, objetivando a
entrega dos mesmos para satisfação das necessidades na qualidade desejada e no tempo certo, otimizando recursos e
aumentando a qualidade dos bens e/ou serviços.
C) A logística é uma importante ferramenta empresarial na medida em que busca prover, de forma eficiente, a
lucratividade nos serviços de distribuição ao cliente, no fluxo de materiais dentro da empresa, no planejamento de
compra, passando pelo controle e organização de estoques de matérias-primas e produtos acabados, no planejamento
de controle da produção e no controle de transporte de embalagens.
D) A logística empresarial é responsável por planejar desde a compra da matéria-prima, o armazenamento, a escolha das
embalagens e a forma como o produto e/ou serviço chegará até o cliente. A organização e integração dos setores da
empresa é algo fundamental e de responsabilidade de um profissional da área de logística. Entretanto, nada pode ser
feito se o governo não assumir sua responsabilidade com a infraestrutura viária, que é o suporte para o trabalho da
logística.
04. Considerando (V) para verdadeiro ou (F) para falso, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa que
apresenta a ordem correta.
( ) O Supply Chain Management, ou administração das cadeias de suprimentos, trata-se de uma abordagem mais
estratégica de logística, em que a mesma é percebida como fator de diferenciação para as organizações, a partir da
utilização das tecnologias da informação e da comunicação.
( ) O Supply Chain Management é a integração da organização a partir de uma abordagem da logística como elemento
diferenciador, buscando integrar o ambiente interno com o externo para otimizar processos, possibilitando maior valor
agregado a todas as etapas da cadeia produtiva.
( ) São três os objetivos do Supply Chain Management: redução de custos, adição de valor e gerar vantagem estratégica
para a organização.
A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) V – V – V.
D) F – F – F.
GABARITO:
01 02 03 04
E E A C
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b) administração de recursos humanos – sensível avanço quanto ao elemento humano e nos processos de
trabalho, análise sistêmica da organização e destaque no ambiente laboral;
c) gestão de pessoas – organizações voltadas às pessoas como seu mais valioso componente de capital, recurso
capaz de gerar riquezas.
As experiências da reforma das políticas e da gestão de recursos humanos no Brasil mostram que os governos se encontram
em fases diferentes em relação ao tema. Esse processo de mudanças ocorre em etapas, começa pelo ajuste, depois pela
implementação de políticas mais consistentes e, por último, pela integração dessas políticas aos objetivos estratégicos da
organização. Demo (2005, p. 4 apud SANTOS, 2009, p. 34), relata em seus estudos que:
A implantação de políticas de gestão de pessoas que preconizam o desenvolvimento e a valorização das pessoas nas
organizações deve trazer corolários como: produção de produtos e serviços inovadores de alta qualidade, bem como
atendimento mais flexível e atencioso porque, teoricamente, um colaborador que se sente atendido, satisfeito e valorizado
tende a realizar suas funções com maior afinco.
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As organizações da administração pública possuem natureza permanente, no entanto, estão submetidas às contínuas
transformações devido às mudanças de governo. Por isso, o grande desafio é manter a estabilidade da organização e
conviver com a mudança. Isso implica desenvolver estratégias de recursos humanos com maior flexibilidade, possibilitando
constituir organizações públicas coerentes e permanentes.
Para Siqueira e Mendes (2009, p. 241), “[…] a modernização da administração pública é um processo contínuo em que
modelos e modismos gerenciais são constantemente implantados na expectativa de que a estrutura governamental possa
atender de modo mais eficiente e eficaz às demandas sociais.”
A administração pública, em especial no que diz respeito à gestão de pessoas, necessita de urgente modernização de
procedimentos e atitudes, sem isso, as tentativas de alcançar o efetivo atendimento ao cidadão ficarão comprometidas. Um
processo de recrutamento deve estar adequado às necessidades da organização; segundo Granjeiro (1997 apud SANTOS,
2009, p. 29), “[…] o maior desafio atualmente, segundo líderes de empresas públicas é o de atrair e manter mão-de-obra de
alta qualidade.”
Apesar de as empresas públicas e privadas serem diferentes em alguns aspectos, sabe-se que em outros possuem situações,
se não iguais, parecidas, principalmente na área de recursos humanos. Em ambas são necessárias pessoas qualificadas e
capacitadas, pois são essas pessoas que colaboram com o sucesso das organizações.
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Gerir pessoas significa conhecer tanto processos operacionais e estratégicos quanto pessoais, pois a maior dificuldade na
gestão de pessoas é a falta de qualificação dos profissionais, além dos baixos investimentos em capacitação.
GESTÃO DE COMPETÊNCIAS
CONCEITOS DE COMPETÊNCIAS
As transformações socioeconômicas ocorridas em todos os setores apresentam novos desafios para as organizações, que
devem desenvolver seus talentos humanos para sua atuação de sucesso. Dutra (2001, p. 45) coloca que:
As organizações estão cada vez mais pressionadas, tanto pelo ambiente externo quanto pelo interno, a investir no
desenvolvimento humano. Elas mesmas percebem a necessidade de estimular o apoio contínuo para o desenvolvimento
das pessoas como forma de conquistar vantagens e de continuar competitivas no mercado. Ao mesmo tempo, os indivíduos
hoje se dão conta de que aperfeiçoar-se é condição sine qua non para sua inserção ou manutenção no mercado de
trabalho.
O conceito competência difere da palavra competência tomada em sentido cotidiano, fora do ambiente corporativo. No
cotidiano, a mesma é abordada para tratar da capacidade de resolver um problema, ou uma habilidade e aptidão. Estas são
atitudes reativas, e não uma característica proativa, e mais abrangente, que este termo assume dentro de um ambiente
organizacional.
Para o sociólogo francês Philippe Zarifian, competência é “tomar a iniciativa e assumir a responsabilidade diante das
situações profissionais com as quais nos deparamos. Consiste em um entendimento prático de situações, que se apoia em
conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que aumenta a diversidade de situações“ Rabechini Jr (2005, p. 67).
A definição de Zarifian é essencial na distinção entre o caráter reativo e o proativo. Competência pressupõe uma ação do
individuo de forma que agregue valor diante de novas situações organizacionais. Carlos Hilsdorf afirma que podemos
compreender melhor a composição do conceito competência através de critérios objetivamente mensuráveis, como
apresenta no exercício proativo e simultâneo de:
1. Saber conceitualmente (qualificação) – conhecimento
2. Saber fazer (experiência funcional) – habilidade
3. Saber agir (capacidade de obter resultados) – atitude
Em suma, competência pode ser compreendida como uma ação assertiva frente a novos desafios. E cada ação gera valor
econômico para a organização e social para o individuo.
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Atualmente as competências encontradas nas organizações agregam valor aos produtos ou serviços, por ela produzidos ou
prestados, mediante a aplicação do conhecimento e informação. O valor econômico é construído através da capacidade cada
individuo.
Conceituação de Competências
As mudanças no ambiente organizacional são originadas da globalização de mercados emergentes, evolução e intensificação
do uso de tecnologias. As pessoas são obrigadas a se adaptarem e acompanharem às novas mudanças, e quanto maior a
complexidade mais recursos são necessários à sua sobrevivência e seu crescimento.
Antes a estas transformações, a Administração de Recursos Humanos surgia da necessidade de considerar a relevância dos
fatores psicológicos e sociais. Para Chiavenatto (2000, p. 20), os Recursos Humanos vieram para contribuir, partindo do
principio de que as pessoas devem ser planejadas e administradas.
Perante este contexto, é necessário que as organizações tenham a visão de que seu funcionário é um colaborador em seu
negocio, que devem ser estimulados e desenvolvidos, através de treinamentos e capacitação. A partir desta premissa,
entramos no campo de habilidades e competências. Toda a equipe deve ser provida de capacidade de contribuir com
habilidades e competências para o alcance dos objetivos.
Em suma, competência significa a qualidade que uma pessoa possui e que é percebida pelos outros, conforme Chiavenato
(2003, p.6). Ele ainda ressalta que não adianta possuir competências, é necessário que as outras pessoas reconheçam sua
existência. As competências podem ser adquiridas ou perdidas, elas evoluem, e são dinâmicas conforme Figura 1.
O termo competência é definido de maneira diferente pelos especialistas. Para Brandão e Guimarães (2001) é o
reconhecimento social sobre a capacidade de alguém de colocar-se sobre determinado assunto ou de forma geral utilizado
para qualificar o indivíduo capaz de realizar determinado trabalho.
Já, para Chiavenatto (2000, p. 166), competências são aquelas características pessoais essenciais para o desempenho da
atividade e que diferenciam o desempenho das pessoas.
Quanto às competências básicas, tudo começa com o conhecimento e este passa a ser útil na organização, precisa ser
aplicado, transformado em ação. O conhecimento leva à habilidade, que é a capacidade de utilizar o conhecimento para
agregar valor.
Deste modo, a competência estaria constituída por várias habilidades. Porém, uma habilidade não “pertence” a determinada
competência, isto que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes.
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Neste ponto, podemos refletir sobre os pilares ou dimensões da competência, conhecidos como „CHA‟: conhecimento,
habilidade e atitude.
O Conhecimento é o saber, os conceitos, e todas as informações adquiridas ao longo da vida. Estas informações
influenciam sobre o julgamento e/ou comportamento.
A Habilidade é o saber fazer, a aplicação do conhecimento. É a capacidade de utilizar os conhecimentos adquiridos
no dia a dia de forma produtiva.
A Atitude, é o querer fazer, é o que nos impulsiona a executar todo o nosso conhecimento e aplicar nossas
habilidades.
De acordo com Rabaglio (2006, p. 23), Conhecimentos, habilidades e atitudes que são os diferencias de cada pessoa e tem
impacto em seu desempenho e consequentemente nos resultados atingidos.
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A adoção da gestão por competências proporciona, dentre outras, as seguintes vantagens (GRAMIGNA, 2002):
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De acordo com Carbone, as empresas têm adotado a gestão por competências como modelo de gestão, visando orientar
seus esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e
organizacional), as competências necessárias à consecução de seus objetivos.
Basicamente, a gestão por competências é um modelo de gestão que, considerando a estratégia da organização como uma
“bússola”, busca identificar e desenvolver as competências necessárias para que ela possa atingir seus objetivos estratégicos.
Dessa maneira, um dos objetivos principais na gestão por competências é conseguir alinhar as competências individuais de
cada funcionário com a estratégia organizacional.
Mapeamento de competências
O mapeamento envolve tanto a identificação das competências necessárias ao alcance dos objetivos institucionais quanto o
levantamento das competências existentes na instituição. A lacuna de competência compreende, portanto, a diferença entre
as competências necessárias e aquelas existentes no contexto organizacional.
O mapeamento de competências faz parte das estratégias dos Recursos Humanos (RH), e sua finalidade é a definição das
aptidões necessárias para cada cargo dentro da empresa. Quando a empresa define corretamente todas as competências ela
consegue demarcar também o que pode esperar de cada colaborador.
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O processo de mapeamento viabiliza a identificação das lacunas mais importantes dentro da organização. Assim, o gestor
terá embasamento para elaborar estratégias e obter os melhores resultados para o bem geral.
Para Carbone et al, (2009) o Mapeamento de Competências tem a finalidade de identificar o gap de competências, ou seja, a
discrepância existente entre as competências necessárias para concretizar a estratégia corporativa e as competências
internas na organização.
Apresentam Brandão e Bahry (2005) o Mapeamento de Competência como sendo de fundamental importância para a
organização, pois é através dele que decorrem as ações para a correção das competências da organização. Ainda destacam,
como passo inicial deste processo, a identificação das competências organizacionais e profissionais necessárias aos objetivos
da organização.
O melhor aproveitamento do Mapeamento de Competências possibilita a verificação e revisão e, também, deve servir de
insumo à consolidação do perfil estabelecido para o cargo, principalmente nas ações que permitam o desenvolvimento e
aprimoramento. O Mapeamento de Competência fornece recursos para o encaminhamento das ações necessárias ao
cumprimento do cargo (COELHO; BORGESANDRADE, 2008).
DICA DO NINJA!!!!!
Considerando, então, que o grau de desenvolvimento das competências pode ser medido e quantificado, é viável realizar
uma análise mais objetiva da situação em que a organização se encontra. A partir desse diagnóstico, comparando-se então o
estado atual com o desejado, é possível planejar melhor as estratégias e investimentos dos recursos públicos a serem
utilizados para aprimorar os CHAs dos servidores para que esses tenham melhores condições de atuar com maior excelência.
Então, após a identificação das competências necessárias ao desempenho efetivo dos integrantes, chega o momento de
medir as lacunas dessas competências e, posteriormente, traçar estratégias efetivas para minimizá-las.
A identificação das competências e a avaliação das lacunas devem ser compreendidas como etapas complementares para o
diagnóstico de competências. Somente após o mapeamento das lacunas será possível sistematizar planos de ação que
minimizem os gaps, considerando quais competências precisam ser desenvolvidas e com que prioridade esse
desenvolvimento deve acontecer.
Para a escolha dos instrumentos que serão utilizados na mensuração dos gaps, devem ser analisadas as possibilidades que a
organização tem de sistematizar ações a partir dos dados coletados. Deve ser verificada ainda a capacidade operacional da
organização em dar respostas que efetivamente aprimorem a atuação da organização e, além disso, que atendam às
expectativas geradas nos integrantes.
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No modelo de gestão por competências, a avaliação é uma ferramenta que auxilia o funcionário a clarear para si mesmo e
para a organização as competências que possui e as que terá de desenvolver ou incrementar. Esse processo deverá sempre
estar alinhado às competências essenciais da própria organização.
A avaliação de desempenho por competências é um importante meio para identificar os potenciais dos funcionários,
melhorar o desempenho da equipe e a qualidade das relações dos empregados e dos superiores e servir de estímulo nos
esforços para alcançar resultados positivos e satisfatórios para o indivíduo e a organização.
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A gestão de competências define as competências e os perfis profissionais necessários à organização e, com base nessas
definições, o planejamento de recursos humanos realiza o dimensionamento e a alocação dos perfis. Por outro lado, a
avaliação de desempenho e de competências analisa o desempenho das pessoas portadoras dos perfis profissionais definidos
e verifica a efetividade, oferecendo insumos para a definição da capacitação continuada.
Pode-se considerar, em suma, que os condicionantes institucionais para a construção desse novo cenário de gestão de
pessoas na administração pública federal estão dados, notadamente pela Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas.
Elementos outros de estrutura e de regulamentação dessas novas diretrizes já podem ser encontrados no arranjo da
administração pública brasileira.
O desenvolvimento de recursos humanos é um processo que além da transmissão de conhecimentos, da criação de atitudes
e dos comportamentos voltados ao desenvolvimento dos próprios indivíduos ou grupo, busca atender aos objetivos
institucionais e estratégicos, possibilitando flexibilidade nas mudanças, além de estimular um ambiente de desenvolvimento
e trabalho participativo.
Para Longo (2009, p. 18 apud DUTRA, 2009), a gestão de recursos humanos deve ser aperfeiçoada a partir dos cidadãos,
porque é da perspectiva da realização dos propósitos das organizações públicas que a gestão de pessoas deve ser observada.
A principal função da administração pública é buscar o bem comum e a satisfação dos cidadãos, isso é possível quando uma
administração pública trabalha com seriedade e transparência.
Segundo Bergue (2007, p. 169), “[…] a avaliação de desempenho na gestão de pessoas pode enfocar: a) as pessoas no
exercício de suas atividades; b) os processos inerentes à área de gestão de pessoas.”
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As pessoas precisam ser avaliadas na atividade e no local em que estão desenvolvendo suas tarefas, devendo ser adequadas
em setores nos quais suas habilidades melhor contribuem na organização e no setor público, e isso deve ser encarado com
seriedade, pois o produto oferecido é o bem coletivo. Nesse sentido, uma gestão de pessoas eficiente é aquela em que as
pessoas utilizam todo seu potencial, tanto em habilidade e competência quanto em atividade e serviço.
Na Administração Pública!!!!!
Podemos dizer que recrutamento é o primeiro passo de um processo de seleção, o que atrai os candidatos interessados que
se enquadram nas exigências iniciais para o preenchimento daquela vaga. O sucesso de uma seleção depende, portanto, de
um bom recrutamento. Depende também de fatores que influenciam diretamente o recrutamento, como o mercado de
trabalho. Quanto maior a oferta de vagas, maior a disputa pelos candidatos.
O fato de os procedimentos de admissão no setor público serem previstos em lei não emperra o seu caráter estratégico e
gerencial, tratando-se, portanto, de um conjunto de características peculiares ao setor, que exige medidas criativas e
diferenciais, que atendam às suas necessidades. Vejamos o contexto dessas ideias.
Ao se referir às mudanças na Gestão de Pessoas do setor público que devem acompanhar a complexidade das exigências
sociais atuais, Marini (2005) diz que o servidor não é mais visto como um recurso produtivo que é selecionado para fazer
tarefas determinadas, adestrado para o cumprimento burocrático, remunerado e avaliado por sua produtividade e
obediência. Isso leva a um processo gerencial de pessoas que considera o recrutamento como invertido, pois os mais
qualificados irão escolher onde trabalhar, corroborando a ideia de Franco (2002).
Marini (2005) acrescenta ainda que a seleção se dá, predominantemente, pelo desejo (mesmo o desejo de satisfazer as
necessidades de sobrevivência, o que não deixa de ser um fator de motivação), pelo temperamento, pelos recursos e pelas
habilidades, com ênfase na criatividade e na capacidade de trabalhar em equipe.
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São elementos que compõem esse macroprocesso: necessidade de servidores, recrutamento e seleção, admissão; além de
dois elementos ainda não citados: estágio probatório, período de adaptação e aprendizagem em que o candidato comprova
estar apto para o cargo; e registro, efetuado com a entrada em exercício.
Processo de Recrutamento
Na Administração Privada!!!!!
Tipos de Recrutamento:
Conforme Corrente (2008) existem três tipos de recrutamento: o interno, o externo e o misto. Eles serão descritos nos
tópicos seguintes.
O recrutamento interno é o meio de ocupar as vagas por intermédio da promoção ou transferências de funcionários que já
atuam dentro da empresa, de modo a valorizar os recursos humanos internos (PONTES, 2008).
Recrutamento Externo
O recrutamento externo é a procura do candidato certo no mercado de trabalho, o que importa é que ele esteja disponível
para a ocupação do cargo na empresa. O recrutamento externo possui vantagens. Dentre elas, podemos citar a possibilidade
de introdução de perfis com novos talentos, o que pode resultar em inovação na composição das equipes de trabalho,
atualização no estilo e nas tendências do mercado (FRANÇA, 2009).
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DICA DO HERON!!!!!!!
O recrutamento interno acarreta três tipos de movimentação:
• promoção: movimentação vertical;
• transferências: movimentação horizontal;
• transferência com promoção: movimentação diagonal.
Recrutamento Misto
No recrutamento misto são abordadas fontes internas e externas de recursos humanos. Trata-se de um processo preferido
pela maioria das organizações, que busca fazer face às desvantagens do recrutamento interno e externo, combinando as
duas opções. Pode ser efetuado de três formas. A primeira como recrutamento externo, seguido de interno. A segunda pode
ser recrutamento interno, seguido de externo. E a terceira forma é através do recrutamento externo e interno
simultaneamente (CORRENTE, 2008).
Na Administração Pública!!!!!
Bergue (2007) cita as seguintes fases do recrutamento no setor público:
Identificação da efetiva necessidade – em que se consideram a análise da estrutura atual, as possibilidades de
realocar pessoas e o redesenho de processos administrativos;
Análise da existência legal de vaga;
Elaboração e publicação do edital de abertura do concurso;
Processo de inscrições; e
Homologação das inscrições – etapa final do recrutamento.
Processo de Seleção
A seleção é um processo que visa à escolha de pessoas adequadas dentre os candidatos recrutados. Este processo ocorre por
intermédio de diversas ferramentas de avaliação e análise e através da comparação de informações (FRANÇA, 2009).
SELEÇÃO é a atividade que busca, dentre os vários candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos
existentes na organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da
organização. Resumidamente, seleção é escolher o melhor candidato para o preenchimento do cargo.
Técnicas de seleção
1. Entrevista de Seleção
2. Provas ou testes de conhecimento ou de capacidade
3. Testes psicológicos
4. Testes de personalidade
5. Técnicas de simulação
Na Administração Pública!!!!!
Sabemos que a admissão no setor público ocorre por meio de concurso.
Concurso público é, pois, o meio utilizado pela Administração Pública para selecionar, de forma impessoal e igualitária,
candidatos a cargos ou a empregos públicos, com exceção dos cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração. O concurso público será de provas ou de provas de títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei (TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL, 2000).
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A entrevista, apesar de largamente utilizada no setor privado, não é recomendada no setor público por causa das suas
características de subjetividade, mas pode ocorrer. As provas utilizadas no concurso público são provas de conhecimento ou
provas de títulos, incluindo nesta segunda modalidade a análise de currículo.
Provas de Conhecimentos
As provas de conhecimento passíveis de serem aplicadas no setor público são: provas práticas, provas escritas (geralmente
eliminatórias) e provas de títulos (geralmente classificatórias).
A prova prática é mais usada em cargos de natureza operacional, servindo também para seleções de cargos administrativos e
para cargos de professores. Por causa da subjetividade que caracteriza esse tipo de prova, Bergue (2007) afirma que ela
deve: ser precedida de critérios objetivos de julgamento; ser realizada por banca examinadora composta de profissionais
capazes de avaliar os candidatos; ter registros de desempenho documentados; e oferecer condições de igualdade, horários e
instrumentos.
A prova escrita pode ter várias formas: dissertações, perguntas fechadas, perguntas abertas etc. As provas de concurso
geralmente são compostas de questões fechadas, cujas respostas constam de um gabarito para correção e transparência do
processo.
Gil (2001) recomenda utilizar testes escritos para cargos com conhecimentos específicos e diz que devem ser evitados
“pacotes” de testes acadêmicos, pois eles não garantem a escolha do melhor candidato. As provas de concurso devem ser
elaboradas por instituições credenciadas, experientes e respeitadas. Cabe à Gestão de Pessoas essa relação de parceria, no
sentido dos resultados estratégicos do processo seletivo.
Prova de Títulos
A prova de títulos, ou análise de currículo, é técnica que não deve ser aplicada sozinha, mas aliada a outras técnicas. No caso
do setor público, alia-se à prova de conhecimentos. Gil (2001) diz que se deve procurar identificar nos currículos:
Competência profissional: buscar os motivos alegados para mudança de emprego se for o caso, e o progresso
profissional do candidato.
Desejo de permanência no emprego e de fazer carreira: denunciado pelos vazios entre os empregos.
Experiência prática.
Adequação ao grupo: candidatos que expressem claramente suas habilidades e conhecimentos. “Noções de
informática” diz pouca coisa.
Vontade de aceitar novos desafios: verificar se as responsabilidades descritas condizem com as requeridas pelos
cargos que o candidato ocupou.
Orientação para melhoria de desempenho: verificar a maneira como o candidato descreve as atividades
desenvolvidas.
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O Processo do Treinamento
Chiavenato (2009) define o treinamento como processo de formação educacional focada no curto prazo aplicado de maneira
sistemática e organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimentos e habilidades. Para Marras (2000) o
treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo que objetiva repassa ou reciclar conhecimentos, habilidades
ou atitudes relacionadas diretamente a execução da tarefa ou otimização do trabalho.
O treinamento é a educação profissional que adapta a pessoa para um cargo ou função. Os objetivos do treinamento são
preparar as pessoas para execução imediata das diversas tarefas do cargo; proporcionar oportunidade para o continuo
desenvolvimento pessoal e mudança de atitude das pessoas. O treinamento provoca mudança no conjunto de
conhecimento, habilidades e atitudes de cada empregado. T&D são diferentes entre si. Para Marras (2002) o treinamento
prepara o home para a realização de tarefas especificas, enquanto um programa de desenvolvimento oferece ao treinando
uma macrovisão do business, preparando-o para voos mais altos, a médio e logo prazos.
O treinamento é um processo sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras e conceitos e atitudes que
busquem a melhoria da adequação entre as características dos empregados e exigências dos papéis funcionais, e o
desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de
torná-las futuros membros da organização. (BOAS; BERNARDES, 2009, p.171).
A grande maioria dos autores, dentre eles Gil (2001), Bolander, Snell e Sherman (2003) e Milkovich e Boudreau (2000),
afirmam que o processo de treinamento possui basicamente quatro grandes etapas: Diagnóstico de treinamento
(levantamento das necessidades), Desenho do programa de treinamentos, execução do treinamento e avaliação dos
resultados. Embora esses autores se refiram a essas etapas como sendo de treinamento, podemos estendê-las, com as
devidas adaptações ao desenvolvimento e à educação, tendo sempre a aprendizagem como processo transversal e como
instrumento.
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Desenvolvimento
Milkovich e Bourdreau (2010) definem o desenvolvimento como um processo de longo prazo que intervém positivamente
nas capacidades dos empregados, bem como em sua motivação, tornando-os figuras valiosas para a empresa, neste
contexto, o desenvolvimento inclui o treinamento, a carreira e outras experiências.
PACHECO et al (2005) definem o desenvolvimento como uma linha de crescimento com diversos estágios, dessa forma,
sempre que um indivíduo conclui um estágio, ele já esta preparado para começar um novo desafio para o seu
desenvolvimento pessoal. Algumas características individuais da pessoa em treinamento (experiência, vivência, percepção,
capacidade de autodesenvolvimento) são de extrema importância para obtenção dos resultados esperados. Por fim, Pacheco
et al (2005) concluem que o desenvolvimento será mais rápido e vantajoso se o colaborador estiver exercendo um cargo de
que ele gosta e tiver aptidão no que faz.
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Nesse ponto, enfatizamos que a avaliação de desempenho na Gestão de Pessoas tem a responsabilidade de enfocar dois
aspectos principais: as pessoas no exercício de suas atividades e os processos relativos à área de Gestão de Pessoas.
Bergue (2007, p. 170) entende que a avaliação do desempenho organizacional será eficaz apenas quando for vinculada ao
desempenho do processo e ao seu resultado final, “[...] porque as pessoas inserem-se nas atividades que compõem os
processos”.
Os gestores têm a responsabilidade de alinhar a avaliação de desempenho às estratégias organizacionais. É comum nas
organizações que não fazem esse alinhamento usá-la com fins limitados e muitas vezes equivocados. Por exemplo, em
algumas organizações ela é utilizada apenas para punir os servidores que não atingem os níveis determinados ou para
promover os que são bem avaliados. Na realidade, o objetivo principal da avaliação de desempenho deve afastar-se de fins
como esses.
Para MARRAS (2000, p. 173) “A avaliação de desempenho (AD) é um instrumento gerencial que permite ao administrador
mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área específicos (conhecimentos, metas,
habilidades etc.)”.
Segundo Chiavenato (1999), a avaliação de desempenho consiste na análise e mensuração sistemática do desempenho de
cada indivíduo na organização, levando em consideração as atividades desempenhadas, as metas estipuladas, os resultados a
serem alcançados e o potencial de desenvolvimento. Nesse processo, é possível julgar quantitativa e qualitativamente as
qualidades e a contribuição do indivíduo na organização.
Entre as diversas possibilidades de uso dos instrumentos de avaliação de desempenho, as mais utilizadas, dependendo da
situação, do ambiente e da perspectiva do gestor, são:
Planejar os recursos humanos;
Recrutar e selecionar novos servidores;
Identificar necessidades de treinamento;
Definir a contribuição de cada servidor para o sucesso da organização;
Descobrir novos talentos e possibilidades de crescimento na organização;
Orientar os servidores sobre o desenvolvimento de suas carreiras na organização;
Subsidiar decisões de promoções e de transferências de acordo com as características dos servidores e de suas
funções; e
Definir políticas de administração salarial ou de compensação.
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Método de Pesquisa de Campo: Este método é pouco utilizado pelas empresas, pois tem um custo elevado e um
resultado demorado, consiste em entrevistas feitas aos supervisores por especialistas que buscam identificar as
necessidades de melhoria no desempenho dos subordinados.
Métodos dos Incidentes Críticos: O método dos incidentes críticos analisa os pontos fortes e fracos dos
colaboradores, deixando de lado pontos intermediários. O objetivo deste método é aproveitar da melhor forma o
ponto forte de cada funcionário e trabalhar seus pontos fracos.
Método de Comparação aos Pares: O método de comparação em pares ou binária consiste em comparar o
desempenho de cada empregado com os demais avaliados. A aplicação é feita de maneira simples, mas seu
resultado não é preciso, pois não consegue identificar de maneira clara as diferenças de cada um em seu trabalho.
Tal método não é muito utilizado pela influência comportamental tanto dos avaliados quantos dos avaliadores.
MÉTODOS MODERNOS
Segundo Souza (2005), uma mudança marcante nos métodos de avaliação é a passagem do avaliado como ser passivo para
ser agente, apresentando característica mais proativa. Além disso, a introdução dos conceitos de Gestão por Competências
levou à criação de novas formas de avaliar as pessoas em uma organização.
CUIDADO!
A autoavaliação é inerente ao processo de avaliação 360 graus. Dessa forma, todas as avaliações baseadas nesse método
devem apresentar a autoavaliação como componente do processo.
Esse método tem como vantagem a redução do efeito Halo, a facilidade de compreensão do processo e a possibilidade de
obtenção de diversas perspectivas sobre o desempenho do avaliado.
Como desvantagem, pode apresentar problemas de autoridade, uma vez que várias pessoas avaliam um funcionário, exige
investimento em tecnologia e treinamento para funcionar e o retorno pode intimidar e provocar ressentimentos no avaliado.
Outro ponto delicado está no fato de que, para implementação da avaliação 360 graus, é necessário que os envolvidos no
processo apresentem bastante maturidade.
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Os principais erros que podem acontecer e que você deve ter em mente para o seu concurso são:
Efeito Halo: É a tendência que uma pessoa pode ter de generalizar avaliações positivas com base em poucos fatores
observados. Há autores que dizem que ele é efeito de generalização (em geral!), desconsiderando o Efeito Horn (que
falarei a seguir). Tenha atenção!
Efeito Horn: É o oposto do efeito Halo. É a tendência que uma pessoa pode ter de generalizar avaliações negativas com
base em poucos fatores observados.
Erro de tendência central: É a tendência que a pessoa pode ter a não atribuir notas nem muito altas nem muito baixas
para um candidato, tendendo sempre a uma avaliação “média”, no meio da escala adotada.
Recência: É o erro que decorre do fato de que as pessoas se lembram mais dos fatos recentes. Se o examinador só anotar
as percepções sobre os candidatos após várias entrevistas, é mais provável que incorra nesse erro. A solução é realizar
anotações frequentes.
Leniência: Este erro decorre da dificuldade do examinador de observar diferenças entre os candidatos, tendendo a
realizar uma avaliação positiva.
Severidade: É o reverso da moeda da leniência. Aqui o avaliador não consegue ver diferenças entre os candidatos,
tendendo a caracterizá-los negativamente.
Contraste: É quando o avaliador erra por se tomar como referência de comparação. A comparação é feita ao avesso: “o
que eu tenho e o candidato não tem”
Similaridade: É o parecido com o contraste. O examinador continua se tendo por referencia, mas busca características
similares a si próprio no candidato.
Tendenciosidade: Trata-se do erro que decorre da avaliação com base em preconceitos ou tendências pessoais do
avaliador. Ex.: Se um candidato chega à entrevista sem fazer a barba pode ser tido como preguiçoso, mesmo que seja um
bom profissional.
Erro de cansaço: O avaliador, quando cansado pela rotina, pode começar a errar na avaliação.
Unilateralidade: Neste erro, o avaliador valoriza aspectos que ele, unilateralmente, julga importantes, mesmo que eles
não o sejam para a organização ou para o trabalho realizado pelo avaliado.
Força do hábito: É o julgamento do avaliado com base em avaliações anteriores que foram feitas. Por força do hábito, as
avaliações atuais terminam sendo baseadas no passado.
Não compreensão dos fatores avaliados / falta de técnica: Se o avaliador não conhecer claramente os fatores de
avaliação, poderá avaliá-los de forma incorreta com base apenas em seu bom senso, gerando distorções no processo por
não discernir informações importantes das irrelevantes.
EXERCÍCIOS:
01. Com relação aos processos de gestão de pessoas nas organizações, julgue os itens seguintes.
As organizações públicas, especialmente da administração pública direta, têm adotado estratégias de recrutamento
misto para atrair candidatos para ocuparem suas vagas. Essa estratégia fortalece os quadros de pessoal, pois dá
oportunidade ampla de concorrência aos interessados.
( ) Certo ( ) Errado
02. Na administração pública, as atividades de gestão de pessoas incluem tanto funções típicas de departamentos de
pessoal como de unidades de administração de recursos humanos. Com referência aos objetivos, aos desafios e às
características da gestão de pessoas, julgue os itens seguintes.
O objetivo típico das unidades de gestão de pessoas consiste em atender interesses de grupos de influência diversos,
como sindicatos e associações de classe e órgãos externos de controle.
( ) Certo ( ) Errado
03. Na administração pública, as atividades de gestão de pessoas incluem tanto funções típicas de departamentos de
pessoal como de unidades de administração de recursos humanos. Com referência aos objetivos, aos desafios e às
características da gestão de pessoas, julgue os itens seguintes.
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As frequentes mudanças no ambiente e nas organizações da administração pública justificam as políticas e as práticas
de gestão de pessoas focadas em objetivos e metas estratégicos de curto prazo.
( ) Certo ( ) Errado
04. As competências de uma organização são muito mais do que a soma dos conhecimentos gerais de cada empregado
individualmente; outros aspectos estão incluídos no conceito de competência organizacional, inclusive no setor
público. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
A) Perenes são competências que têm o papel de distinguir um desempenho superior de um desempenho mediano.
B) Transitórias são competências que, durante um tempo, são importantes para a organização e para as atividades
desenvolvidas, mas que tendem a ser superadas.
C) Declinantes são competências que precisam ser mobilizadas durante processos de mudança, embora sejam pontuais e
menos enfatizadas na estratégia organizacional.
D) Emergentes são competências que podem não ser relevantes para as atividades atuais da organização, mas que, caso se
considerem a estratégia e a visão de futuro, serão enfatizadas posteriormente.
E) Diferenciais são competências de um grupo fundamental de competências organizacionais intimamente relacionadas à
obtenção do desempenho desejado, e que permanecem relevantes para as tarefas ao longo do tempo,
independentemente da direção estratégica da organização.
05. Considerando a gestão por competências e as tendências relacionadas à gestão de pessoas no setor público, assinale
a opção correta.
GABARITO:
01 02 03 04 05 06
E E E D C C
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