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GUIA PRÁTICO DE APLICAÇÕES EM

DERMATOLOGIA ESTÉTICA

LASER DE ÉRBIO:YAG 
 
DRA. CLAUDIA M. PIDAL, DR. LUIS M. MANSILLA, DR. VICTOR RIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS AUTORAIS PERTENCENTES AOS AUTORES. É PROIBIDA SUA REPRODUÇÃO TOTAL OU 
PARCIAL. 
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ÍNDICE 
Introdução ao laser de Érbio:YAG ................................................................................... 4 
Característica do Érbio:YAG .......................................................................................... 4 
Pulsos longos versus pulsos curtos ............................................................................... 5 
Conceitos importantes sobre pele e envelhecimento .................................................... 7 
Alterações morfológicas das camadas devido ao envelhecimento: ............................. 8 
Classificação dos tratamentos a laser por nível de ablação......................................... 11 
1.  Técnicas não ablativas: ........................................................................................ 11 
2. Técnicas pouco ablativas ......................................................................................... 11 
3. Técnicas ablativas de profundidade média ............................................................. 11 
4. Técnicas excisionais ................................................................................................. 11 
5. Técnicas ablativas pixeladas .................................................................................... 11 
Tratamentos com laser de Érbio:YAG ........................................................................... 12 
1‐ Tratamentos não ablativos........................................................................................ 13 
2‐  Procedimentos  pouco  ablativos  de  grandes  superfícies  da  pele  (ULTRA  LIGHT, 
LIGTH) ............................................................................................................................. 15 
3‐ Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida .................................................... 18 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado.PS01 ................................................. 19 
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado.RO4 .................................................. 21 
Técnica de varredura com VSP, MSP Micropeeling (véu de noiva).RO4 .................... 22 
4‐ Tratamentos corporais .............................................................................................. 23 
Regiões corporais: ....................................................................................................... 23 
Pescoço e região supraclavicular: ............................................................................... 23 
Região anterior do pescoço: ....................................................................................... 24 
Região posterior do pescoço e supraclavicular:.......................................................... 24 
Tórax: ........................................................................................................................... 24 
Região mamária: ......................................................................................................... 25 
Tórax posterior (costas): ............................................................................................. 26 
Região anterior do abdome: ....................................................................................... 27 
Região do ombro, axila e braço:.................................................................................. 28 
Região do antebraço e mão: ....................................................................................... 28 
Região glútea: .............................................................................................................. 29 

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Região da coxa............................................................................................................. 30 
5‐ Tratamento de estrias ............................................................................................... 31 
6‐ Tratamentos ablativos e excisionais ......................................................................... 33 
A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas ................................ 33 
B. Ablação de grandes superfícies na pele .................................................................. 38 
Região da testa e espaço entre as sobrancelhas: ....................................................... 41 
Região perioral: ........................................................................................................... 41 
Região periocular: ....................................................................................................... 42 
Região dorsal da mão: ................................................................................................. 42 
Região ântero‐lateral do pescoço: .............................................................................. 43 
Resurfacing de face completa: .................................................................................... 43 
Resurfacing de cicatrizes de acne ............................................................................... 44 
C. Excisão de lesões na pele e mucosas ...................................................................... 46 

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Manual de Aplicações Clínicas 
do Laser de Érbio:YAG  
 

Introdução ao laser de Érbio:YAG 
Com as diversas e indiscutíveis vantagens do laser de Érbio:YAG no rejuvenescimento 
facial, a versatilidade desse comprimento de onda permite ampliar os tratamentos ao 
resto  da  pele  do  corpo  todo  utilizando  a  variação  de  determinados  parâmetros 
(energia,  frequência  e  duração  do  pulso),  sendo  possível  realizar  todos  tipos  de 
tratamentos  que  se  acomodam  às  necessidades  de  cada  paciente,  optando  por 
procedimentos  não  ablativos  para  focar  na  obtenção  do  estímulo  do  colágeno  e 
tensionamento da pele, e outros de tipo ablativo que permitem remover em forma de 
peeling a laser todo tipo de irregularidades. 
 
A última geração de aparelhos de Érbio:YAG de maior potência, maior spot, bem como 
os  novos  modos  SMOOTH  e  técnicas  pixeladas  de  microspots,  permitem  além  de 
reduzir  os  tempos  de  realização  em  grandes  regiões  corporais,  obter  resultados 
excepcionais com pouco ou nenhum período de recuperação do paciente. 

Característica do Érbio:YAG 
Diferentes  tipos  de  laser  utilizados  na  medicina  possuem  afinidade  por  elementos 
contidos no corpo. Essa afinidade faz com que a luz laser emitida se detenha quando 
os encontra, e a energia luminosa se transforma principalmente em descarga térmica. 
Caso o laser não encontre esse elemento afim (quer seja água, sangue, melanina etc.) 
ele continua avançando dentro do corpo.  
O laser de Érbio:YAG se caracteriza por sua grande afinidade com a água. Isso significa 
que  quando  o  feixe  do  laser  de  Érbio  atinge  a  pele  (que  possui  grande  conteúdo 
aquoso) encontra nela uma “barreira de contenção”. Isso se traduz em ablações muito 
superficiais  que  removem  apenas  poucos  mícrons  em  profundidade.  Graças  a  essa 
propriedade,  observamos  que  quando  esse  laser  é  utilizado  para  remover  tecido,  é 
fácil regular a profundidade da sua ação. Caso se deseje atingir maior profundidade de 
remoção,  bastará  repetir  sua  ação  na  mesma  região,  criando  dessa  maneira  uma 
ablação camada por camada de forma muito controlada.  
Para  poder  alcançar  a  ablação  do  tecido,  o  laser  deve  ter  os  parâmetros  necessários 
para  que  esse  processo  de  microexplosão  seja  realizado.  Caso  a  energia  selecionada 
seja  baixa  demais,  o  laser  não  conseguirá  alcançar  o  ponto  em  que  vaporiza  a  água 
contida no tecido no qual se está trabalhando. Chamamos isso de “limiar de ablação”. 
Abaixo desse limiar, não temos vaporização e a energia luminosa se transforma apenas 
em  calor,  que  se  dispersa  no  tecido.  Quando  o  limiar  de  ablação  é  ultrapassado,  a 
maior  parte  da  energia  gerada  pelo  laser  é  consumida  durante  a  vaporização,  e, 
portanto, há pouca dispersão de calor no tecido circundante.   
 

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Pulsos longos versus pulsos curtos 
Esta nova geração de lasers de Érbio:YAG permite que o operador selecione a duração da 
emissão de cada pulso ou disparo (chamada de Largura de Pulso). Esse tempo (que dura 
apenas microssegundos) pode ser ajustado entre 
100 e 1500 us. Ao reduzir o tempo de duração de 
um  disparo  (Pulso  Muito  Curto  e  Pulso  Curto)  a  Pulsos curtos
energia  viaja  no  feixe  de  luz  em  forma  mais 
compacta,  e  isso  cria  maiores  picos  de  potência. 
Esses picos de potência fazem com que a ablação 
seja alcançada facilmente. Por outro lado, quanto 
mais  longos  forem  os  pulsos  selecionados  (Pulso  Pulsos medianos
Longo e Pulso Extra Longo) a energia estará mais 
dispersa  e  menos  concentrada,  o  que  faz  com 
que,  por  não  serem  criados  picos  de  potência, 
seja  mais  difícil  alcançar  a  ablação  do  tecido  e, 
portanto,  veremos  maior  dispersão  do  calor.  Em  Pulsos longos
suma,  os  pulsos  longos  tendem  a  produzir  mais 
calor e menos ablação, enquanto os pulsos curtos são frios e criam altos picos de potência 
que produzem a ablação com maior facilidade.  
 
Densidade de energia ou fluência 
Outro  conceito  importante  está  relacionado  à  concentração  da  luz  laser  ao  entrar  em 
contato com o tecido. Depois que o sistema emite uma dose de energia, esta viaja até o 
paciente por meio do braço articulado do aparelho. Antes de chegar ao paciente, ela passa 
pela  peça  manual,  que  contém  uma  óptica  que  determinará  se  a  luz  viajará  em  forma 
colimada, ou seja, como um feixe reto e paralelo, ou se a luz se concentrará como quando 
é interceptada com uma lupa. Caso a luz saia emitida da peça manual em forma colimada, 
o tamanho do spot criado não dependerá da distância entre a peça manual e o tecido alvo, 
uma vez que se a aproximamos ou afastamos, o tamanho do ponto ou spot permanecerá 
do mesmo tamanho. Esse é o caso típico dos apontadores de laser vermelhos utilizados 
para indicar a longa distância. Quando a óptica da peça manual concentra a luz, isso faz 
com  que  os  feixes  se  cruzem,  formando  um  cone  onde  a  luz  se  concentrará.  O  menor 
ponto do cone é denominado ponto focal. Quando a peça manual está distante do tecido 
no  ponto  focal,  o  feixe  de  luz  está  em  sua  maior  concentração.  Fora  desse  ponto,  ao 
afastar  a  peça  manual  do  tecido,  veremos  que  o  ponto  aumenta  cada  vez  mais  de 
tamanho.  À  medida  que  isso  ocorre,  o  laser  perde  a  concentração  de  sua  energia.  Essa 
concentração  é  a  que  denominamos  densidade  de  energia  ou  fluência.  Geralmente  a 
medimos  em  Joules/cm2.  A  densidade  de  energia  é  fundamental  para  poder  regular  os 
efeitos  que  o  laser  terá  na  região  de  tratamento.  Uma  densidade  de  energia  baixa  não 
permitirá realizar ablações e apenas gerará calor puro. Ao reduzir o tamanho do spot, a 
densidade  de  energia  aumentará,  o  calor  aumentará  e,  uma  vez  superado  o  limiar  de 
ablação,  terá  início  o  processo  ablativo.  Para  garantir  que  a  densidade  de  energia  não 
oscile durante os tratamentos, a peça manual é equipada com uma haste distanciadora 
que ajuda o operador a manter sempre a mesma distância entre a peça manual e o tecido 
a tratar. A prática permitirá que o operador facilmente varie a descarga térmica no tecido 
simplesmente mudando essa distância entre a peça manual e o tecido. 
 

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Frequência (Hertz) 
Os  lasers  de  Érbio:Yag  são  sistemas  que  não  emitem  a  luz  de  forma  contínua,  sendo 
esta  gerada  em  forma  de  pulsos  curtos  e  espaçados  entre  si.  A  velocidade  em  que 
esses pulsos são emitidos pode ser regulada pelo painel de controle do aparelho. Para 
medir essa velocidade de disparo, utilizamos uma unidade de medida que contempla 
quantos  disparos  serão  realizados  em  um  segundo.  Chamamos  a  isso  de  Hertz  (Hz). 
Exemplos: 1 Hz = 1 disparo por segundo, 5 Hz = 5 disparos por segundo. Quanto maior 
a quantidade de Hertz, podemos cobrir uma área do corpo em menos tempo, já que 
podemos  deslocar  a  peça  manual  mais  rapidamente.  Deslocar  a  peça  manual  com 
rapidez tem a desvantagem de que o operador perde o controle da precisão com que 
trabalha.  Conforme  o  operador  vai  adquirindo  confiança  e  experiência  nesse 
deslocamento, ele pode ir gradualmente aumentando essa velocidade de trabalho. O 
laser de 3 Joules da Fotona possui uma velocidade de até 20 repetições por segundo 
(20Hz), o que supera as necessidades do operador experiente. 
 
Sobreposição de spots (pontos). 
Para cobrir uma área de trabalho, é preciso deslocar a peça manual à medida em que 
sai  cada  disparo  emitido  pelo  laser.  Cada  disparo 
emitido terá então um spot contíguo, e em seguida 
outro, e assim sucessivamente. Em geral, os spots 
contíguos  devem  ser  disparados  com  uma  leve 
sobreposição.  Isso  permite  que  toda  a  área  seja  0%
coberta pelos círculos criados em cada disparo. Em 
alguns  tratamentos  em  que  se  deseje  aumentar  a 
temperatura  criada,  podem  ser  feitos  disparos 
mais sobrepostos ou empilhados (o que equivale a 
efetuar  um  disparo  duplo  na  região  sobreposta). 
Medimos  essa  sobreposição  em  porcentagem.  20%
Sobrepor  0%  implica  que  os  spots  se  tocam,  mas 
não se sobrepõem. 20% é uma sobreposição leve e 
depois 50, 60 ou 70% são muito altas. Ao utilizar o 
laser em altas repetições, é difícil poder manter a 
sobreposição homogênea. Devido à suavidade com 
a  qual  o  Érbio  opera,  isso  raramente  cria  um  50%
problema,  mas  é  possível  notar  uma  leve 
vermelhidão temporária do tecido na área onde a sobreposição foi muito alta.  
 
Modo Smooth 
O Dualis XS conta com um exclusivo sistema de emissão de pulsos denominado Modo 
Smooth. 
Nesse tipo especial de emissão laser, o aparelho emite um rápido trem de vários pulsos 
100% sobrepostos. Sendo esses pulsos de longa duração individual e com pouco espaço de 
tempo entre eles, podemos gerar um profundo depósito térmico na pele.  Como os pulsos 
são de longa duração, eles não geram ablação, mas depositam calor. Esse calor profundo, 
mas  controlado,  é  especialmente  indicado  para  obter  duas  funções.  Em  primeiro  lugar, 
tem a particularidade de agir produzindo contração do tecido, o que permite um efeito 

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imediato  de  tensionamento  da  pele.  Além  disso,  graças  à  agressão  calórica  profunda 
causada,  ocorrerá  o  processo  de  dano  do  colágeno  existente,  que  traz  associada  a 
resposta reparadora do corpo de gerar novo colágeno (colagenogênese).  
 
Filtro Pixelado 
Um novo acréscimo a esta última geração de aparelhos laser é a inclusão de um filtro de 
luz acoplável à peça manual que permite transformar um grande spot de vários milímetros 
de diâmetro em uma grande quantidade de pontos muito pequenos (pixels).  
 
 
 
 
 
  Spot completo Spot pixelado
 
Como toda a energia emitida não chega ao tecido já que foi “filtrada”, são utilizadas 
potências mais altas para compensar a perda ocasionada.  O importante a destacar é 
que essa nova forma de distribuir a luz nos permite obter diferentes reações no tecido 
que não podem ser obtidas pelos spots completos convencionais. 
Em primeiro lugar, um spot pixelado é menos agressivo que um spot completo, visto 
que a energia foi fracionada em micro colunas de grande energia em que cada coluna 
(microspot ou pixel) está rodeada por uma pequena área não tratada. Isso permite que 
o calor intensivo e profundo que é transmitido por cada pequeno pixel esteja rodeado 
por  uma  área  fria  não  tratada  que  pode  absorver  essa  temperatura  evitando 
superaquecimentos, mas oferecendo bons resultados de contração do tecido. Isso nos 
permite  utilizar  níveis  de  energia  muito  altos  sem  causar  lesão  no  paciente  e  com 
resultados cosméticos imediatos. Além disso, caso seja utilizado um spot pixelado para 
remover tecido, pode‐se observar que o processo de recuperação do paciente é muito 
mais  rápido,  já  que  o  tecido  pode  se  reconstruir  mais  facilmente  criando  pontes  de 
cicatrização nos pequenos pontos de cada pixel.  
 

Conceitos importantes sobre pele e envelhecimento 
A  pele  recobre  toda  a  superfície  externa  do  corpo,  apresenta  duas  camadas  que  se 
diferenciam  por  sua  função,  aspecto  histológico  e  origem  embrionária.  A  camada 
externa ou epiderme é formada por um epitélio estratificado e de origem ectodérmica. 
A  camada  mais  espessa  subjacente,  a  derme,  é  tecido  conjuntivo  de  origem 
mesodérmica.  Sob  as  duas  camadas,  encontramos  uma  camada  subcutânea,  a 
hipoderme,  que  ancora  a  pele  às  estruturas  músculo‐aponeuróticas  subjacentes 
(SMAS). 

A epiderme é a parte mais externa e é constituída por um epitélio escamoso que tem 
uma espessura de 0,4 a 1,5 mm. É formada por 4 camadas, e nela podemos encontrar 
4  tipos  celulares:  queratinócitos,  melanócitos,  células  de  Langerhans  e  células  de 
Merkel. 

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A derme representa um tecido fibroelástico, formado por uma rede de colágeno e fibras 
elásticas. A derme também contém redes vasculares dispostas paralelamente à superfície 
cutânea que estão conectadas entre si por vasos verticais. Na derme, podemos encontrar 
fibras (colágenas, elásticas e reticulares), células (fibroblastos, mastócitos e macrófagos), 
elementos vasculares, neurais e anexos (pelos, glândulas écrinas, apócrinas e sebáceas). A 
derme pode ser dividida em duas partes: a derme papilar ou superficial e a derme reticular 
ou  média.  A  derme  papilar  localizada  abaixo  das  papilas  dérmicas  e  a  região  subpapilar 
tem muitos vasos e fibras de reticulina. A derme reticular é mais rica em colágeno e fibras 
elásticas.  O  fibroblasto  é  a  célula  mais  presente  e  tem  como  missão  a  fabricação  dos 
elementos fibrosos da derme, especialmente o colágeno. A pele, graças à organização das 
fibras  colágenas,  apresenta  zonas  onde  a  elasticidade  normal  da  pele  é  exercida  com 
menos  força.  As  linhas  que  se  formam  nessas  zonas  são  chamadas  de  linhas  de  menor 
tensão  da  pele  ou  linhas  de  Langer.  Normalmente,  correspondem  às  rugas  e  são 
perpendiculares à contração dos músculos da região. As incisões eletivas devem seguir as 
linhas de Langer para que a cicatriz seja mais favorável.  

A  hipoderme  é  a  camada  subcutânea  da  pele,  é  composta  por  tecido  conjuntivo  frouxo 
que  é  a  continuação  em  profundidade  da  derme.  Suas  fibras  colágenas  e  elásticas  se 
continuam  diretamente  com  as  da  derme  e  correm  em  todas  as  direções.  Conforme  as 
regiões  do  corpo  e  a  nutrição  do  organismo,  na  camada  subcutânea  se  desenvolve  um 
número variável de células adiposas. Essas células podem atingir uma espessura de 3 cm 
ou mais no abdome, mas em outras áreas como as pálpebras, a camada subcutânea não 
contém  células  adiposas.  O  estrato  subcutâneo  é  percorrido  por  numerosos  vasos 
sanguíneos e troncos nervosos; contêm muitas terminações nervosas.  

A pele está ancorada de forma diferente nas distintas regiões anatômicas. Na região facial 
e cervical ao denominado Sistema Músculo‐Aponeurótico Superficial (SMAS), no resto do 
corpo a outras estruturas do sistema osteoarticulomuscular. Essas ancoragens podem ser 
firmes ou frouxas e são importantes para que os fenômenos calóricos produzam a tensão 
desejada. Em regiões como a suprazigomática, a pele se encontra intimamente aderida ao 
SMAS, enquanto na infrazigomática, a união é frouxa. Na região condroesternal é firme, e 
é frouxa em regiões como a face interna do braço e coxa.  
 
Alterações morfológicas das camadas devido ao envelhecimento: 
Este órgão, o maior do corpo, começa a perder sua firmeza, textura e umidade natural 
por  volta  dos  25  anos  devido  à  passagem  do  tempo,  poluição  ambiental, 
superexposição ao sol, desidratação, cafeína, tabaco e até mesmo estresse, ocorrendo 
alterações  morfológicas  em  cada  uma  de  suas  camadas  e  na  aderência  aos  planos 
músculo‐aponeuróticos. 

Alterações epidérmicas: 
 Espessamento  da  camada  córnea  com  desidratação  e  ressecamento, 
provocando diminuição do brilho e lisura característicos da pele jovem.  
 Diminuição  da  renovação  celular  do  estrato  granuloso,  com  encurtamento  ou 
desaparecimento das papilas e diminuição das projeções das células basais em 
direção à derme.  

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 Alterações na síntese de melanina com dispersão a camadas mais  superficiais 
da epiderme e da derme (manchas cutâneas). 

Alterações dérmicas: 
 Diminuição  da  atividade  dos  fibroblastos  com  menor  produção  de  colágeno. 
Aumento  das  ligações  cruzadas  resultando  em  fibras  espessadas  e  pouco 
flexíveis.  
 Diminuição  da  circulação  sanguínea  principalmente  na  derme  papilar  onde 
terminam numerosos capilares.  
 Atrofia  das  glândulas  sebáceas  com  consequente  desidratação  do  estrato 
córneo da epiderme. 

Alterações hipodérmicas: 
Assim como a derme, esta camada sofre a perda das propriedades viscoelásticas, o que 
causa:  
 Diminuição da fixação da pele ao sistema músculo‐aponeurótico superficial. 
 Deslocamentos da gordura própria da região.  
 Alterações nas linhas de tensão (LANGER) 
As  fibras  colágenas  e  elásticas  não  apresentam  uma  disposição  aleatória,  mas  ao 
contrário,  formam  linhas  regulares  de  tensão.  Estas  recebem  o  nome  de  linhas  de 
Langer.  São  linhas  ou  rugas  naturais  com  mínima  tensão  linear.  Encontram‐se 
perpendiculares aos músculos subjacentes, que as determinam ao se contrair.  

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Ação do Érbio sobre as camadas da pele 
O  laser  de  Érbio  YAG  nos  permite  agir  sobre  as  diferentes  camadas  da  pele  para 
melhorar  as  alterações  produzidas  pelo  envelhecimento,  seja  gerando  impulsos 
calóricos em direção à derme, impulsos destinados a ablacionar as diferentes camadas 
da epiderme e/ou combinando ambos em um mesmo procedimento. 

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Classificação dos tratamentos a laser por nível de ablação 
A flexibilidade do novo laser de Érbio:YAG permite que regulemos com muita precisão 
a  sua  ação  sobre  a  pele,  sendo  então  possível  realizar  diversos  tipos  de  tratamentos 
que vão desde os não ablativos até os ablativos de profundidade média e excisionais. 
 
Então, dividiremos os procedimentos em: 
1. Técnicas não ablativas. 
2. Técnicas pouco ablativas. 
3. Técnicas ablativas de profundidade média. 
4. Técnicas excisionais. 
5. Técnicas ablativas pixeladas. 

1. Técnicas não ablativas:  
Não ablativas em SP, LP, SPOT COMPLETO. 
Não ablativas pixeladas/fracionadas com SMOOTH PULSE. 
Os procedimentos a laser não ablativos têm como finalidade estimular a contração e a 
produção de novo colágeno, a fim de recuperar a tensão da pele. 

2. Técnicas pouco ablativas 
Estes  procedimentos  baseiam‐se  na  capacidade  do  laser  de  Er:YAG  de  ablacionar 
camada por camada a epiderme com precisão micrométrica, alcançando a renovação 
da superfície ao eliminar as primeiras camadas de pele espessadas pela exposição ao 
sol  (fotoenvelhecimento)  que  produzem  uma  alteração  na  luminosidade  e  frescor da 
pele.  São  ideais  para  realizar  em  pacientes  que  começam  a  notar  o  surgimento  de 
pequenas manchas e rugas. 

3. Técnicas ablativas de profundidade média 
Nestes  procedimentos,  a  ablação  chega  às  camadas  mais  profundas  da  epiderme, 
chegando  até  a  derme  papilar.  Exigem  preparação  do  paciente,  sua  recuperação  é 
mais lenta que a das mencionadas anteriormente e estão destinadas a pacientes em 
que o dano epidérmico é notável. 

4. Técnicas excisionais 
São ideais para eliminar lesões pediculadas ou císticas em que utilizamos o laser como 
bisturi. 

5. Técnicas ablativas pixeladas 
Esta  técnica  inovadora  de  micropontos  permite  que  a  pele  saudável  contígua  aos 
pontos ablacionados ajude na rápida recuperação das zonas irradiadas.  
  
A  seguir,  descreveremos  os  protocolos  que,  de  acordo  com  nossa  experiência, 
abrangem grande parte dos tratamentos necessários em cada região anatômica.  

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Tratamentos com laser de Érbio:YAG  
Graças  às  inovações  tecnológicas  incorporadas  nesta  nova  geração  de  sistema  laser, 
não apenas foi ampliado o espectro de suas aplicações, mas melhorou radicalmente a 
qualidade do trabalho realizado, a velocidade de recuperação do paciente, a segurança 
e o controle do operador e a satisfação dos pacientes.  
Para  maximizar  esses  resultados,  é  importante  aplicar  parâmetros  e  técnicas  de 
trabalho adequados conforme o tipo de pele e a patologia a tratar. 
  
Tipos de tratamentos 
Para efeitos puramente didáticos, classificamos os tipos de tratamentos a realizar em 
grandes  grupos  que  têm  uma  metodologia  comum,  para  depois  descrever  dentro  de 
cada tipologia de tratamento os detalhes e conselhos necessários pertinentes a cada 
área anatômica ou patologia a resolver. 
 
Esses grupos de estudo são: 
 
1. Tratamentos não ablativos. 
Orientados à contração e ao estímulo da produção de novo colágeno. 
 
2. Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida. 
Identificamos especialmente este grupo em razão de sua alta demanda e manejo 
específico  da  área  anatômica.  Com  eles,  são  obtidas  a  eliminação  e  redução  de 
rugas, melhora do tônus, textura e brilho da pele, eliminação de manchas, redução 
dos poros e um rejuvenescimento perceptível desde o primeiro tratamento. 
  
3.  Tratamentos corporais. 
  Representa um segmento ainda não explorado e com incríveis oportunidades para 
desenvolvimento  da  prática,  tanto  em  pacientes  novos  como  já  existentes  na 
consulta.    
 
4.  Tratamento de estrias 
A  grande  quantidade  de  pacientes  que  ainda  não  obteve  satisfação  para  este 
problema  cosmético  tão  comum  poderá  finalmente  encontrar  melhoras 
significativas desde o início de seu tratamento. 
 
5.  Tratamentos ablativos e excisionais 
  Apresentamos  um  resumo  detalhado  de  todas  as  patologias  que  por  seu  caráter 
exigem um procedimento mais profundo para otimizar os resultados.   

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1‐ Tratamentos não ablativos 
Princípios gerais: 
As  primeiras  alterações  da  pele  produzidas  pelo  fotoenvelhecimento  ou  alterações 
hormonais na pré‐menopausa se caracterizam por: perda da luminosidade, diminuição 
da  elasticidade,  da  tensão,  alterações  na  textura  (poros  dilatados  e aparecimento  de 
manchas e rugas finas. 
  
Essas  alterações  provocam  mudanças  estéticas  que  denunciam  o  envelhecimento  da 
pele de todo o corpo, principalmente em zonas expostas como o rosto. 
Os procedimentos a laser não ablativos têm como finalidade estimular a contração 
e a produção de novo colágeno, devendo para tanto ser realizadas séries de cinco a 
seis  procedimentos,  um  por  semana,  com  a  finalidade  de  sobrepor  os  estímulos 
calóricos utilizando densidades de energia muito abaixo do limiar de ablação. 
São  ideais  para  pacientes  jovens  ou  de  qualquer  idade  em  que  se  observem  as 
características  antes  mencionadas.  Também  podem  ser  realizados  como  pré‐
tratamento para estimular o colágeno e depois realizar a ablação de rugas médias ou 
profundas, ou como manutenção após tratamentos ablativos.  
Esses  procedimentos  podem  ser  realizados  não  apenas  no  rosto,  mas  em  qualquer 
região  anatômica  como:  pescoço,  mãos,  braços,  abdome,  glúteos,  coxas,  colo,  etc. 
Podem ser realizados em qualquer época do ano e em fototipos morenos (Fototipo IV 
– VI). 
 
As características físicas do laser de Érbio YAG permitem realizar tratamentos não 
ablativos na região periocular ao contrário de outros comprimentos de onda que, em 
razão de sua penetração, NÃO podem ser utilizadas devido ao risco de causar lesão 
ocular. 

Técnicas NÃO ABLATIVAS EM SP com spot completo 
Preparação do paciente (pré‐laser) 
Não requer preparação prévia em nenhum fototipo. 
 Anestesia:  
É  utilizada  anestesia  tópica  em  creme  ou  gel,  recomendando  a  seguinte  fórmula 
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma fina camada 15 a 
30  minutos  antes  do  procedimento,  sem  a  necessidade  de  cobrir  a  região  com 
filme. 
 Técnica cirúrgica: 
Princípios gerais:  
‐ Por ser um procedimento não ablativo, não é preciso realizar a antissepsia da 
pele da região a tratar. 
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem 
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração do aparelho. 
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança em todos os funcionários da 
sala de cirurgia. 
  
Descreveremos a técnica aplicada de acordo com a região anatômica.

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Técnica cirúrgica para a região do rosto: 
Região da testa: 
1. Inicia‐se na região malar verticalmente desde a borda externa da órbita até a 
costeleta subindo até a cauda da sobrancelha. 
2. São realizadas várias passadas na região do pé de galinha. 
3. Realiza‐se o procedimento 1 novamente. 
4. É  varrida  a  região  da  testa  desde  a  sobrancelha  até  a  implantação  do  cabelo 
verticalmente 
5. O procedimento é repetido sobre as rugas horizontais da região da testa e as 
verticais do espaço entre as sobrancelhas na mesma direção da ruga. 
 
Região da pálpebra superior: 
1. Inicia‐se varrendo a região desde a implantação das sobrancelhas até a borda 
ciliar em forma arqueada seguindo a direção das fibras do músculo orbicular as 
pálpebras, repetindo o procedimento três a quatro vezes. É importante esticar 
a  pálpebra  desde  os  cílios  para  baixo  para  expor  toda  a  pele  da  região  e  não 
permitir que o paciente abra o olho. 
 
Região da pálpebra inferior: 
1. Inicia‐se varrendo a região desde a margem orbitária inferior até a borda ciliar 
em  forma  arqueada  seguindo  a  direção  das  fibras  do  músculo  orbicular  as 
pálpebras, repetindo o procedimento quatro vezes. 
 
Região nasal: 
1. Realiza‐se  a  varredura  de  toda  a  região  incluindo  a  ponta,  realizando  várias 
passadas verticalmente. 
 
Região das bochechas: 
1. Inicia‐se na região malar verticalmente desde o arco zigomático até a margem 
do maxilar inferior até o sulco nasogeniano, repetindo a varredura 4 vezes. 
2. É percorrido todo o sulco nasogeniano realizando de 3 a 5 passadas. 
 
Região perioral: 
1. Varre‐se horizontalmente toda a região perioral realizando 4 passadas. 
2. Delineia‐se toda a borda vermelha do lábio, avançando alguns milímetros sobre 
a mucosa labial, realizando três a quatro passadas. 

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Quadro de parâmetros de aplicação na região do rosto. RO4 
 
Modo  Spot (mm)  Energia (mJ)  Frequência (Hz)  Observações 
SP   12  350‐400  10 ‐12  Sobreposição (50%) 

Sempre se deve utilizar o distanciador. Manter o distanciador afastado da 
pele, aproximadamente ½ cm. 
A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à 
região tratada. O procedimento é totalmente indolor. 

 
Cuidados pós‐laser 
  
Pós‐laser imediato 
‐ Imediatamente  após  o  fim  do  procedimento,  deve‐se  aplicar  creme  com 
corticoide em toda a superfície tratada. 
 
Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar médios ou altos. 
 
Comentários: 
As  mudanças  na  pele  são  sutis  e  vão  se  evidenciando  no  decorrer  das  sessões, 
observando‐se: 
 
 Recuperação da luminosidade 
 Mudanças na textura. 
 Atenuação de manchas. 
 Diminuição da profundidade de rugas finas. 
 Elevação da borda vermelha do lábio e marcação e elevação do filtro. 
 Diminuição do aspecto “Olhos cansados” devido ao aumento da tensão da pele 
das pálpebras. 
 Efeito tensor em todo o rosto “Lifting”. 
 
 

2‐  Procedimentos  pouco  ablativos  de  grandes  superfícies  da  pele 


(ULTRA LIGHT e LIGTH) 
Princípios gerais 
Estes  procedimentos  baseiam‐se  na  capacidade  do  laser  de  Er.  YAG  de  ablacionar 
camada por camada a epiderme com precisão micrométrica, obtendo a renovação da 
superfície  ao  eliminar  as  primeiras  camadas  de  pele  espessadas  pela  exposição  solar 
(fotoenvelhecimento) que causam alteração na luminosidade e frescor da pele. 
São ideais para realizar em pacientes que começam a notar o surgimento de pequenas 
manchas e rugas. 

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É caracterizado por uma rápida recuperação, 48‐72 horas aproximadamente, podendo 
ser  repetido  a  cada  30‐45  dias,  motivo  pelo  qual  o  chamamos  de  Renovação  ULTRA 
LIGTH de fim de semana. 
Podem  ser  realizados  no  rosto,  particularmente  indicados  na  região  periocular 
(palpebral)  devido  à  sua  pouca  agressividade  térmica  e  em  regiões  como  pescoço, 
colo,  abdome,  braços,  mãos,  glúteos  para  conquistar  a  desejada  aparência  de  pele 
jovem.  
Podem  ser  realizados  em  qualquer  época  do  ano  e  em  fototipos  morenos  utilizando 
posteriormente fatores de proteção solar total. 
 
Com esses procedimentos, conseguimos realizar um tratamento anti‐idade 
minimamente invasivo que permite a recuperação e manutenção da juventude da 
pele sem a necessidade de interromper as atividades de trabalho. 
 
Possuem  um  efeito  duplo,  ablativo  e  ao  mesmo  tempo  estímulo  da  produção  de 
colágeno. 
Em  fototipos  IV‐V,  iniciar  sempre  com  1  única  passada  (ULTRA  LIGHT)  até 
conhecer a resposta da pele. 
 
Preparação do paciente (pré‐laser) 
É recomendável a realização de uma limpeza de pele prévia e a utilização de vitamina 
C tópica. 
 
Nos  procedimentos  ULTRA  LIGTH  e  LIGHT  em  fototipos  morenos,  é  recomendável 
utilizar ácido glicólico a 5% ou ácido mandélico a 10% com ácido kójico a 2‐4% de 15 a 
30 dias antes do procedimento a laser, uma vez por dia à noite. Durante o dia, utilizar 
proteção solar máxima (Photoderm Max FPS 100). 
 
 Anestesia:  
Utiliza‐se  anestesia  tópica  em  creme  ou  gel,  recomendando  a  seguinte  fórmula 
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa 
1 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme. 
 Técnica cirúrgica: 
Princípios gerais: 
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%. 
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem 
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração do aparelho. 
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os 
funcionários da sala de cirurgia. 
 
A  técnica  aplicada  de  acordo  com  a  região  anatômica  é  a  mesma  mencionada  nos 
procedimentos não ablativos, mudando os parâmetros de utilização. 
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de 
localizar as áreas já tratadas. 
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com 
gaze embebida em solução fisiológica. 

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Quadro de parâmetros de aplicação na região do rosto.RO4 

Modo  Spot (mm)  Energia (mJ)  Frequência (Hz)  Observações 


SP  12  1000‐1200  5 ‐10  Sobreposição (20%) 

Sempre se deve utilizar o distanciador, apoiando‐o suavemente sobre a pele. 
A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à região 
tratada. Na região palpebral, utilizar a luz piloto em baixa intensidade.  
A diferença entre LIGTH E ULTRALIGTH depende do número de passadas) 
ULTRALIGTH: 1 ‐ 2 PASSADAS 
LIGTH: 3 - 4 PASSADAS

Cuidados pós‐laser 
  
Pós‐laser imediato 
‐ Imediatamente após o fim do tratamento, deve‐se aplicar creme com antibiótico 
e  corticoide  (Diprogenta  em  creme  ou  similar)  em  toda  a  superfície  tratada. 
Imediatamente aplicar vaselina em quantidade abundante e cobrir com máscara 
de gaze hidrofílica molhada em solução fisiológica  
‐ Gel de aloe vera, calêndula ou creme hidratante podem ser aplicados após 48 horas. 
 
Cuidados pós‐laser 
‐ Para aumentar a sensação de frescor, podem‐se colocar máscara de gaze hidrofílica 
embebida em solução fisiológica e sobre ela máscara de gel gelado ou bolsas de gelo. 
‐ Após 24 h, limpa‐se a região com gaze embebida em solução fisiológica removendo 
muito suavemente os resíduos teciduais aderidos, cobrindo novamente a superfície 
com  creme  antibiótico  /  corticoide.  Continuar  colocando  vaselina  em  quantidade 
abundante. É IMPORTANTE QUE A PELE NÃO FIQUE SECA. 
‐ Este procedimento é repetido no segundo e terceiro dias. 
‐ Não se expor ao sol por 48 a 72 horas. 
‐ Evitar duchas com água muito quente sobre a região tratada. 
‐ Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar altos (FPS 100). 
 
Comentários: 
As  mudanças  na  pele  são  notáveis  e  vão  se  evidenciando  no  decorrer  das  sessões, 
observando‐se: 
 
 Recuperação da luminosidade 
 Mudanças importantes na textura. 
 Atenuação dos poros dilatados e/ou pontos pretos. 
 Atenuação de manchas. 
 Diminuição da profundidade de rugas finas. 

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3‐ Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida 
Introdução: 
Começaremos enumerando uma série de conceitos anatômicos, dividindo o rosto em 
regiões  que  por  suas  características  sofrem  alterações  importantes  com  o  passar  do 
tempo. 
 
 
No  plano  sagital,  o  rosto  é  dividido  em  cinco  partes 
iguais,  que  equivalem  cada  uma  ao  diâmetro  do  olho, 
embora  não  exista  um  grau  perfeito  de  simetria  facial, 
as  alterações  morfológicas  (manchas,  cicatrizes,  rugas, 
etc.) que provocam assimetrias não são vistas como um 
traço  de  beleza.  “Segundo  a  opinião  de  médicos  e 
filósofos,  a  beleza  do  corpo  humano  se  baseia  na 
proporção simétrica de seus membros”. Policleto. 
 
 
 
A altura facial é dividida em três partes iguais: 

1. O  terço  superior,  que  compreende  a 


testa incluindo as sobrancelhas.  
2. O terço médio, que inclui desde a parte 
inferior das sobrancelhas até a base do 
nariz.  
3. O  terço  inferior  abrange  desde  a  base 
do nariz até o queixo. 

 
ETAPAS DO TRATAMENTO 

Preparação do paciente (pré‐laser) 
É recomendável a realização de uma limpeza de pele prévia e a utilização de vitamina 
C tópica. 
Em fototipos morenos, é prudente utilizar ácido glicólico a 5% ou ácido mandélico a 10 
%,  sozinho  ou  combinado  com  ácido  Kójico  a  2‐4%  de  15  a  30  dias  antes  do 
procedimento  a  laser,  uma  vez  por  dia  à  noite.  Durante  o  dia,  aplicar  proteção  solar 
máxima (FPS 100).  
 
 Anestesia:  
Utiliza‐se anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula: 
 Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, 
aplicando uma camada espessa 1 hora antes do procedimento e cobrindo a região 
com filme. 

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 Técnica cirúrgica: 
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%. (opcional). 
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem 
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica 
gelada.  
‐ Configuração do aparelho. 
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os 
funcionários da sala de cirurgia. 
 
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de 
localizar as áreas já tratadas. 
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com 
gaze  embebida  em  solução  fisiológica  gelada  para  aumentar  o  nível  de  conforto  do 
paciente. 
 
Para atingir os objetivos, o tratamento pode ser realizado em três etapas, de acordo 
com o paciente.  
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, para gerar um trem de pulsos 
calóricos  que  estimulem  a  colagenogênese  da  região  e  produzam  uma  somatória  de 
retrações  nas  regiões  aplicadas.  A  quantidade  de  energia  e  passadas  dependerá  das 
características da pele de cada região. 
ETAPA 2: 
Técnica  de  modo  SMOOTH  sem  filtro  pixelado,  para  gerar  um  importante 
efeito  calórico  em  regiões  que  por  suas  características  provocarão  as  tensões 
necessárias para levantar a pele de regiões contíguas. 
ETAPA 3: 
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP (véu de noiva) para 
obter  uma  ablação  muito  superficial  com  pouco  efeito  calórico  e  gerar 
fundamentalmente brilho, lisura e atenuação das manchas. 
 
ETAPA 1 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado.PS01 
Na  primeira  sessão  e  sobretudo  em  fototipos  morenos,  começar  com  menor 
densidade  de  energia  (Fluência)  para  avaliar  a  resposta  da  pele.  Nesses  fototipos 
começar  a  primeira  sessão  com  2,4  –  2,50  J/cm2  e  em  fototipos  claros  com  2,6‐2,8 
J/cm2  para  avaliar  a  resposta  do  paciente  e,  caso  seja  necessário,  aumentar  esses 
valores  em  10%  na  próxima  sessão.  Caso  o  resultado  seja  satisfatório,  manter  os 
mesmos parâmetros.  
Colocar  na  peça  manual  R04  o  prolongamento  pixelado  e  conectar  o  distanciador 
número 2 (de menor a maior). 

PARÂMETROS LASER 

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___________________________________________________________

Spot  Densidade de  Frequência 


Modo  Observações 
(mm)  energia (J/cm2)  (Hz) 
A quantidade de passadas 
SMOOTH  12  2,4 –2,8  1‐1,5  dependerá da área anatômica e 
do fototipo (ver abaixo) 
Especificações para cada área anatômica 
 
Região da testa: 
A pele espessa e intimamente aderida ao SMAS permite que realizemos várias passadas. 
1. Varre‐se a região da testa desde a cauda da sobrancelha até a implantação do 
cabelo verticalmente. 
2. Varre‐se toda a região da testa verticalmente. 
3. O procedimento é repetido sobre as rugas horizontais da região da testa e as 
verticais do espaço entre as sobrancelhas na mesma direção da ruga. 
4. São realizadas duas a três passadas na região do pé de galinha. 
 
Região da pálpebra superior: 
A  pele  é  muito  fina;  recomendamos  apenas  uma  passada  na  primeira  sessão  e 
observar a resposta. 
1. Inicia‐se varrendo a região desde a implantação das sobrancelhas até a borda 
ciliar em forma arqueada seguindo a direção das fibras do músculo orbicular as 
pálpebras. É importante esticar a pálpebra desde os cílios para baixo para expor 
toda a pele da região. Realizar apenas uma passada na primeira sessão. 
 
Região da pálpebra inferior: 
1. Inicia‐se varrendo a região desde a margem orbitária inferior até a borda ciliar em 
forma arqueada seguindo a direção das fibras do músculo orbicular as pálpebras. 
 
Região nasal: 
A  pele  é  espessa  e  está  aderida  a  planos  musculares,  sendo  possível  realizar  várias 
passadas, principalmente na região dos ossos próprios do nariz, para obter tensão e 
levantamento da ponta. 
1. Realiza‐se  a  varredura  de  toda  a  região  incluindo  a  ponta,  desde  esta  até  a 
glabela verticalmente, realizando três passadas. 
 
Região das bochechas: 
A  pele  tem  espessura  intermediária,  o  estímulo  calórico  da  região  malar 
(infraorbitária)  tem  como  objetivo  o  levantamento  das  comissuras  labiais  e  o 
aplanamento do sulco nasogeniano.  
1. Inicia‐se na região malar verticalmente desde o arco zigomático até a margem do 
maxilar inferior até o sulco nasogeniano, repetindo a varredura duas ou três vezes. 
2. Percorre‐se todo o sulco nasogeniano realizando de 2 a 3 passadas. 
 

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___________________________________________________________

Região perioral: 
A  pele  é  espessa,  mas  com  numerosas  terminações  nervosas  sensoriais, 
recomendamos avaliar o limiar de dor. 
1. Varre‐se horizontalmente toda a região perioral realizando duas a três passadas. 
2. Delineia‐se toda a borda vermelha do lábio avançando alguns milímetros sobre 
a mucosa labial, realizando duas a três passadas. 
 
ETAPA 2 
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado.RO4 
Retirar o adaptador pixelado da peça manual. 
 
PARÂMETROS LASER 

Spot  Densidade de  Frequência 


Modo  Observações 
(mm)  energia (J/cm2) (Hz) 
A quantidade de passadas 
SMOOTH  12  1,8‐2,0  1,0 
dependerá da área anatômica 

1. O estímulo calórico da pele da região da implantação pilosa na região da testa e 
temporal  provocarão  a  elevação  da  pele  da  região  suprazigomática, 
melhorando notavelmente os pés de galinha. (terço superior da face). 
2. O  estímulo  da  região  pré‐  e  retroauricular  ajudarão  a  elevar  a  pele  da  região 
das bochechas e a atenuar o sulco nasogeniano. (terço médio) 
3. O  estímulo  da  margem  dos  ramos  horizontal  e  ascendente  da  mandíbula 
gerarão  tensão  da  pele  do  piso  da  boca  (papada)  e  realinham  a  margem 
mandibular. (terço inferior) 
 

Especificações para cada área anatômica 

Região da testa e temporal 
Realizar  apenas  uma  passada  na  região  pilosa  atrás  da  testa  seguindo 
perpendicularmente desde a linha de implantação, até bem atrás da região temporal e 
coronal.  O  érbio  não  agirá  sobre  o  cabelo,  mas  recomendamos  separá‐lo  em  cada 
passada e mantê‐lo afastado da boca da peça manual. 
Realizar o mesmo procedimento na região das costeletas e na região supra‐auricular. 
 
Região pré‐ e retroauricular 
Diminuir a densidade de energia e realizar uma passada em cada área. 
 
Margem mandibular 
Continuar com a mesma energia que na região anterior e realizar duas passadas, uma 
sobre a borda anterior e outra sobre a borda inferior. 

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___________________________________________________________

ETAPA 3 
Técnica de varredura com VSP, MSP Micropeeling (véu de noiva).RO4 
PARÂMETROS LASER 

Spot 
Modo  Energia (mJ)  Frequência (Hz)  Observações 
(mm) 
VSP‐
12  600  8‐10  Sobreposição 20% 
MSP 

O modo VSP –MSP permite que realizemos uma varredura com pouco efeito calórico 
para poder ablacionar as camadas mais superficiais. 
Realizar  duas  passadas  começando  no  terço  superior,  continuando  com  o  médio  e  o 
inferior 

Cuidados pós‐laser 
  
Pós‐laser imediato 
‐ Imediatamente  após  a  finalização  das  três  etapas,  deve‐se  aplicar  creme  com 
antibiótico e corticoide em toda a superfície tratada.  
‐ Colocar  vaselina  em  quantidade  abundante  e  cobrir  com  máscara  de  gaze 
hidrofílica molhada.  
‐ Gel  de  aloe  vera,  calêndula  ou  creme  hidratante  podem  ser  aplicados  após  48 
horas. 
‐ Para  aumentar  a  sensação  de  frescor,  podem‐se  colocar  máscara  de  gaze 
hidrofílica embebida em solução fisiológica e sobre ela máscara de gel gelado ou 
bolsas de gelo. 
‐ Após  24  h,  limpa‐se  a  região  com  gaze  embebida  em  solução  fisiológica 
removendo  muito  suavemente  os  resíduos  teciduais  aderidos  (caso  existam), 
cobrindo novamente a superfície com creme antibiótico / corticoide.  
‐ Continuar colocando vaselina em quantidade abundante. É IMPORTANTE QUE A 
PELE NÃO FIQUE SECA. 
‐ Continuar com Diprogenta (creme) una vez ao dia, durante cinco dias. 
‐ Não se expor ao sol por 48 a 72 horas. 
‐ Evitar duchas com água muito quente sobre a região tratada. 
‐ Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar altos (FPS 100). 
 
 

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4‐ Tratamentos corporais 
Regiões corporais: 
Classificamos  as  regiões  corporais  como  unidades  estéticas  em  razão  de  suas 
características anatômicas específicas em: 
 
Pescoço e região supraclavicular. 
Tórax: 
Região torácica ântero‐superior (Colo).  
Região mamária. 
Região torácica posterior (costas) 
Abdome: 
Região Abdominal supra‐ e infraumbilical. 
Membro superior: 
Região do ombro, axila e braço.  
Região do antebraço.   
Mão. 
Membro inferior: 
Região glútea.  
Coxa.  
Joelho e perna. 
Tornozelo e pé. 

Preparação do paciente (pré‐laser) 
Não exigem preparação prévia, é recomendável em peles muito secas hidratação com 
cremes e ingerir de dois a três litros de líquidos uma semana antes. 
 
 Anestesia:  
Utiliza‐se  anestesia  tópica  em  creme  ou  gel,  recomendando  a  seguinte  fórmula 
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa 
1 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme. 
 Técnica cirúrgica: 
Princípios gerais:  
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20% (opcional) 
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica gelada.  
‐ Configuração do aparelho. 
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os 
funcionários da sala de cirurgia. 
 
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de 
localizar as áreas já tratadas. 
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com 
gaze embebida em solução fisiológica gelada. 

Pescoço e região supraclavicular: 
No pescoço, o músculo esternocleidomastoideo divide duas regiões em que a pele tem 

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___________________________________________________________

características específicas. 
 Uma anterior de forma triangular com vértice inferior delimitada acima (base) 
pelos ramos horizontais do osso maxilar inferior (mandíbula), e dos lados pela 
borda anterior do músculo esternocleidomastoideo e cujo vértice corresponde 
ao manúbrio do esterno. 
 Uma  posterior  também  de  forma  triangular  vertical  compreendida  entre  a 
borda  posterior  do  músculo  esternocleidomastoideo  e  o  trapézio,  de  vértice 
superior  (apófise  mastoide)  e  base  inferior  que  se  continua  com  a  região 
supraclavicular  também  de  forma  de  triângulo  horizontal  entre  a  clavícula  à 
frente, o trapézio por trás e de vértice externo (acrômio). 

Região anterior do pescoço: 
Princípios gerais: 
A pele desta região é muito fina e delicada, devido à escassa quantidade de apêndices 
cutâneos.  As  células  subcutâneas,  a  gordura  e  o  músculo  cutâneo  do  pescoço,  em 
virtude da gravidade e da perda de elasticidade decorrente do envelhecimento, levam 
à formação da papada, aumento da profundidade das pregas horizontais e surgimento 
do sulco medial por separação do platisma. 

Região posterior do pescoço e supraclavicular: 
Princípios gerais: 
A pele desta região é mais espessa, de aspecto áspero e enrugada principalmente na 
região  supraclavicular.  As  células  subcutâneas  são  escassas  e  estão  aderidas  à 
aponeurose cervical superficial. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 realizar 2‐3 passadas na 
região  posterior  (por  trás  do  esternocleidomastoideo),  e  continuar  com  a  região 
anterior  desde  a  margem  mandibular  até  a  borda  inferior  clavicular.  É  IMPORTANTE 
QUADRICULAR A REGIÃO E EFETUAR A VARREDURA HORIZONTALMENTE. 
ETAPA 2: 
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, RO4 apenas uma passada sem 
sobrepor  na  face  anterior  e  posterior  da  clavícula,  e  uma  passada  na  região  de 
implantação pilosa retroauricular. 
ETAPA 3: 
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP (véu de noiva)  para 
obter brilho, lisura e atenuação das manchas. Realizar apenas uma passada em toda a 
região. 

Tórax: 
Região torácica ântero‐superior (Colo). 

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___________________________________________________________

Esta região em forma de retângulo irregular está limitada acima pela linha que passa 
pela borda inferior das clavículas e manúbrio do esterno, abaixo pela linha que passa 
pela parte superior das mamas, e nas laterais pela linha axilar anterior. 
 
Princípios gerais: 
A pele desta região é fina, com poucos apêndices cutâneos, áspera, muito fotoexposta, 
geralmente  com  quantidade  abundante  de  manchas,  perda  importante  da 
luminosidade  e  rugas  na  região  intermamária.  A  região  mais  interna  tem  escasso 
tecido celular subcutâneo e está fortemente aderida ao maciço condrocostal, a região 
externa apresenta o músculo cutâneo do pescoço em suas inserções torácicas por cima 
do  peitoral  maior.  Também  se  encontram  os  ligamentos  de  Cooper  e  Gilardés  que 
desde a mama vai se inserir na clavícula. 

ETAPAS DO TRATAMENTO 
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas. 
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1, duas passadas em toda 
a região incorporando a pele da região intermamária que geralmente apresenta rugas 
verticais. 
ETAPA 2: 
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, RO4  uma passada na região 
clavicular para gerar tensão, SEM SOBREPOSIÇÃO! Lembrar que ali se inserem todos 
os ligamentos que em parte sustentam a pele e a mama. 
ETAPA 3: 
Técnica  de  micropeeling  a  laser  com  modo  VSP.,  MSP  (véu  de  noiva) 
Realizar  apenas  uma  passada  em  toda  a  região,  incorporando  a  parede  superior  do 
ombro. 

Região mamária: 
Esta  região  inclui  toda  a  pele  que  recobre  a  glândula  mamária  e  suas  regiões 
adjacentes:  interna  ou  esternal,  externa  ou  axilar,  superior  ou  peitoral  e  inferior  ou 
costal.  A  mama  está  apoiada  em  seus  dois  terços  internos  sobre  o  músculo  peitoral 
maior e em seu terço externo na parede externa ou axilar sobre o músculo serrátil. 
 
Princípios gerais: 
A  pele  que  recobre  a  mama  é  muito  fina  e  delicada,  e  constitui  com  o  ligamento 
suspensório  as  únicas  sustentações  da  glândula,  geralmente  não  fotoexposta,  e  que 
devido  ao  aumento  de  tamanho  devido  à  amamentação,  obesidade,  efeito  da 
gravidade e diminuição da tensão por causa do envelhecimento, apresenta alterações 
importantes: perda acentuada da turgidez (mamas pendentes), surgimento de estrias, 
achatamento dos mamilos. 
 
A pele das regiões vizinhas se caracteriza por: 

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___________________________________________________________

A  região  superior  está  aderida  ao  músculo  peitoral  maior  e  cutâneo  do  pescoço,  a 
interna ao maciço esterno condrocostal, a externa à aponeurose do serrátil maior e da 
axila e a inferior à caixa torácica. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em 1 ou várias 
etapas de acordo com o tipo de paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA 1:
 
                                                                                        
TÉCNICA NÃO ABLATIVA A SPOT COMPLETO EM SP OU LP.

PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
10-15.
SP 12 1-1,1 10-12 MANTER O
DISTANCIADOR
LP 12 1-1,1 10-12 AFASTADO DA PELE
4-5 cm
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 em todas as paredes
que circundam a mama para gerar um importante efeito calórico com a finalidade
de tensionar ainda mais a pele da mama. (mamas de tamanho grande).

ETAPA 3:
Técnica com modo SP, TÉCNICA ULTRA LIGHT. (apenas peles claras com
fotodano)
 

Tórax posterior (costas): 
Região lombar‐dorso‐cervical 
Agregamos  à  região  posterior  do  tórax,  a  região  posterior  do  pescoço  (nuca)  e 
abdome, já que em seu conjunto constituem uma unidade estética. 

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___________________________________________________________

Essa  região  de  forma  mais  ou  menos  retangular  inclui  toda  a  região  posterior  do 
pescoço, tórax e abdome. Está limitada acima pela linha que passa pela borda superior 
dos  músculos  trapézios  e  pela  linha  de  implantação  do  cabelo  na  nuca,  abaixo  pela 
borda superior das cristas ilíacas e dos lados pela linha axilar posterior. 
 
Princípios gerais: 
A  pele  que  recobre  essa  extensa  região  é  espessa  e  está  aderida  ao  plano  músculo 
aponeurótico, em caso de fotoexposição apresenta manchas em sua região superior e 
é uma das regiões onde se apresenta a acne ativa ou suas sequelas cicatriciais. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
O objetivo é gerar lisura, brilho e diminuir poros, por ser uma região com cicatrizes de 
acne ou outras lesões (verrugosas) ver o capítulo de ablação de pequenas superfícies. 
ETAPA 1: 
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP para obter uma ablação muito 
superficial  com  pouco  efeito  calórico.  Realizar  duas  passadas  em  toda  a  região,  uma 
em  linha  vertical  e  outra  horizontal,  sem  retirar  os  resíduos  teciduais  entre  cada 
passada para melhor visualização da área tratada. 

Região anterior do abdome: 
Supra‐ e infra‐abdominal 
Em forma de ¾ de cilindro nesta região consideramos: um plano superior passa pelo 
apêndice xifoide do esterno e se estende para os lados até a caixa torácica, uma linha 
inferior  que  passa  pelas  cristas  ilíacas,  as  espinhas  ilíacas  ântero‐superiores,  a  prega 
inguinal  (arcada  crural)  e  o  púbis,  dos  lados  continua  em  direção  à  região  lombar‐
dorso‐cervical  até  uma  linha  vertical  que  passa  pela  borda  externa  dos  músculos 
paravertebrais. 
Um  plano  horizontal  que  passa  pelo  umbigo  divide  a  região  em  supraumbilical  e 
infraumbilical. 
  
Princípios gerais: 
 A pele que recobre a região supraumbilical é medianamente espessa, as células 
subcutâneas  e  o  panículo  adiposo  são  menores  que  na  infraumbilical  e  os 
músculos e suas aponeuroses formam uma parede resistente.  
 
 A pele da região infraumbilical é mais fina, o subcutâneo e o panículo adiposo 
são maiores e a parede músculo‐aponeurótica é por sua disposição anatômica 
menos resistente, por isso, nessa região encontramos com frequência estrias e 
flacidez. Também é uma região com mais sensibilidade principalmente quando 
nos aproximamos da prega inguinal e da região suprapúbica. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1, três passadas em toda 
a  região,  com  Fluência  de  3  J/cm2.  Quadricular  a  região  e  efetuar  o 
tratamento horizontalmente 

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___________________________________________________________

 
Técnica de micropeeling a laser com modo SP, para obter uma ablação muito 
superficial com  efeito  calórico  médio  e  gerar  tensionamento  de  toda  a  região  e  uma 
melhora em sua textura. O tema de manejo de estrias e cicatrizes, tão comuns nessa 
região, será tratado de forma específica mais adiante. 

Região do ombro, axila e braço: 
Esta  região  inclui  toda  a  pele  que  recobre  desde  a  inserção  do  deltoide  na  clavícula, 
acrômio  e  espinha  da  omoplata,  toda  a  região  axilar  e  as  regiões  ântero‐interna  e 
póstero‐externa do braço até o cotovelo. 
 
Princípios gerais: 
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em: 
 A pele na região do ombro (região deltoide) e a externa e posterior do braço 
está  aderida  ao  plano  músculo‐aponeurótico,  é  espessa  e  de  pouco  panículo 
adiposo. 
 A pele da região axilar e a interna e anterior do braço é mais frouxa, fina e não 
está  aderida  aos  planos  profundos.  O  subcutâneo  e  o  panículo  adiposo  são 
importantes e por isso aparece flacidez notável. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em duas etapas. 
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, duas‐três passadas na região deltoide, 
anterior  e  posterior  do  braço  e  duas  passadas  na  região  interna.  Será  observada 
melhora da flacidez na face interna do braço.  
ETAPA 2: 
Técnica  de  micropeeling  a  laser  com  modo  VSP,  MSP  realizando  duas  passadas  por 
todo o braço. 

Região do antebraço e mão: 
Esta  região  inclui  toda  a  pele  que  recobre  desde  a  articulação  do  cotovelo  até  os 
dedos.  
 
Princípios gerais: 
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em: 
 A  pele  na  região  posterior  do  antebraço  está  aderida  ao  plano  músculo‐
aponeurótico,  está  muito  fotoexposta,  motivo  pelo  qual  é  frequente  o 
surgimento  de  manchas.  A  pele  das  costas  da  mão  é  muito  fina  e  apresenta 
poucos  apêndices  cutâneos,  está  muito  fotoexposta  e  apresenta  com 
frequência manchas de fotoenvelhecimento. 

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___________________________________________________________

 A pele da região anterior do antebraço é mais frouxa, fina e não está aderida 
aos planos profundos, está menos fotoexposta. 
 
 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas. 
ETAPA 1: 
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP‐ MSP, para obter uma ablação muito 
superficial  com  pouco  efeito  calórico  e  gerar  fundamentalmente  brilho  e  lisura. 
Realizar duas passadas completas na região. 
O  manejo  de  remoção  de  manchas,  tão  características  dessa  região,  será 
especificamente tratado no capítulo de tratamentos ablativos.  

Região glútea: 
Está limitada acima por uma linha horizontal que passa pela borda superior das cristas 
ilíacas, abaixo por uma linha inferior que passa pela prega glútea e dos lados por uma 
linha vertical convexa que passa pelas cristas ilíacas e pelo trocânter maior. 
 
Princípios gerais: 
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em: 
 A pele na região superior aderida aos músculos que se inserem na crista ilíaca. 
 A pele da região inferior com abundante tecido subcutâneo e panículo adiposo 
que  está  relacionada  principalmente  com  o  músculo  glúteo  maior.  Devido  a 
essas características, é comum a formação de estrias e celulite. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas. 
ETAPA 1:
 
                                                                                        
TÉCNICA NÃO ABLATIVA A SPOT COMPLETO EM SP OU LP.

PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
10-15.
SP 12 1-1,1 10-12 MANTER O
DISTANCIADOR
LP 12 10-12 AFASTADO DA PELE
4-5 cm
 

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Técnica  de  micropeeling  a  laser  com  modo  SP,  ULTRA  LIGHT  (caso  haja  fotodano) 
para  conseguir  uma  ablação  muito  superficial  com  efeito  calórico  médio  e  gerar 
tensionamento de toda a região e uma melhora em sua textura. O tema de manejo de 
estrias  e  cicatrizes,  tão  comuns  nessa  região,  será  tratado  de  forma  específica  mais 
adiante. 

Região da coxa 
Tem  como  limite  superior,  à  frente  a  prega  inguinal  (arcada  crural),  por  trás  a  prega 
glútea, sendo o inferior um plano que passa pela articulação do joelho. 
 
Podemos considerar uma região anterior e uma posterior: 
 Região  anterior:  Esta  região  tem  como  limite  externo  o  músculo  tensor  da 
fáscia  lata  e  como  limite  interno  o  músculo  reto  interno,  o  músculo  sartório, 
que  se  insere  por  cima  na  espinha  ilíaca  ântero‐superior  e  por  baixo  na  face 
interna  da  tíbia,  cruza  diagonalmente  toda  a  região  dividindo‐a  em  dois 
triângulos.  
1. Um externo (triângulo do quadríceps) de vértice superior na espinha onde a 
pele e a aponeurose estão intimamente aderidas, com escassez de células e 
panículo adiposo. 
2. Um  interno  de  vértice  inferior  e  cuja  base  corresponde  à  prega  inguinal 
onde  a  pele  é  mais  fina,  a  aponeurose  é  muito  menos  resistente  e  o 
panículo adiposo é maior. 
 Uma  posterior  de  menor  complexidade  anatômica  (região  isquiosural)  que  se 
estende  desde  a  prega  glútea  até  a  região  posterior  do  joelho  onde  pele  e 
aponeurose formam uma parede resistente. 

Região anterior da coxa: 
Princípios gerais: 
É no triângulo interno que encontramos as maiores alterações na pele e no panículo 
adiposo, a escassa resistência aponeurótica origina flacidez e gordura localizada. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
ETAPA 1: 
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 duas passadas aplicadas à região 
ântero‐externa e posterior da coxa e uma passada na região interna. Será observada 
melhora da flacidez na face interna da perna.  
ETAPA 2: 
Técnica  de  micropeeling  a  laser  com  modo  VSP,  MSP  realizando  duas  passadas  por 
todas as regiões da coxa. 
 
 

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5‐ Tratamento de estrias
A  pele  é  formada  por  camadas.  Na  derme,  as  fibras  de  elastina  (responsáveis  pela 
elasticidade) e as de colágeno (responsáveis por dar firmeza), o que permite que a pele 
se  acomode  de  maneira  natural  às  variações  de  volume  no  corpo  e  inclusive  tolerar 
estiramentos relativamente grandes em curto período de tempo; no entanto, tem um 
limite e sofre rupturas internas ao ser estirada excessivamente. 

As  estrias  atróficas  são  cicatrizes  ou  marcas  que  a  princípio  são  de  cor  rosa,  depois 
vermelhas e por fim brancas nacaradas; não doem, embora às vezes apresentem leve 
ardor ou prurido.  

Ocorrem principalmente quando: 

 Se engorda e emagrece em períodos breves.  
 Gravidez.  
 Em  períodos  em  que  há  mudanças  hormonais,  como  puberdade  ou 
menopausa.  
 Em  programas  agressivos  de  preparação  física  (como  levantamento  de 
peso)  ou  devido  ao  uso  de  esteroides  utilizados  para  ganhar  massa 
muscular.  
 Em tratamentos prolongados com corticoides. 
 Estão associadas a antecedentes familiares. 

  As regiões corporais em que ocorrem com mais frequência são: 

 Abdome 
 Região glútea. 
 Coxas. 
 Mamas. 
 Braços. 
 
São  de  forma  linear,  bordas  irregulares,  podem  medir  vários  centímetros  de 
comprimento  e  sua  largura  é  variável.  Essa  última  medida  é  fundamental  para 
determinar a quantidade de sessões e as expectativas de melhora do tratamento. 
 
Essas  verdadeiras  cicatrizes  atróficas  ocorrem  devido  à  ruptura  das  fibras  e  são 
perpendiculares às linhas de tensão de Langer. 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
Preparação do paciente (pré‐laser) 
Não exigem preparação prévia, é recomendável em peles muito secas hidratação com 
cremes e a ingestão de dois a três litros de líquidos uma semana antes. 
 Anestesia:  
Utiliza‐se  anestesia  tópica  em  creme  ou  gel,  recomendando  a  seguinte  fórmula 
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa 
1/2 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme em forma de faixa. 

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 Técnica cirúrgica: 
Princípios gerais:  
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%. 
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração do aparelho. 
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os 
funcionários da sala de cirurgia. 
 
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de 
localizar as áreas já tratadas. 
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com 
gaze embebida em solução fisiológica. 
 
ETAPA 1: 
Técnica  de  modo  SMOOTH  com  filtro  pixelado,  PS01  cobrindo  caso  seja 
possível toda a largura da estria e percorrê‐la em todo o seu comprimento, realizado 
entre 3 ou 6 passadas, conforme o fototipo. 

Spot  Densidade de 
Modo  Frequência (Hz)  Observações 
(mm)  energia (J/cm2) 
A quantidade de passadas 
SMOOTH  12  2,8 ‐ 3,0  1 ‐1,5 
dependerá do fototipo 
NAS MAMAS, EFETUAR APENAS 2‐3 PASSADAS COM BAIXA FLUÊNCIA 
ETAPA 2: 
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP apenas em casos de hipercromia 
nas bordas da estria. 
 
Spot 
Modo  Energia (mJ)  Frequência (Hz)  Observações 
(mm) 
VSP 
12  600  8‐10  Sobreposição (20%) 
MSP 
 
ETAPA 3: 
Técnica de varredura com modo SP, em toda a região para gerar tensionamento. 
 
Spot 
Modo  Energia (mJ)  Frequência (Hz)  Observações 
(mm) 
SP  12  1000 ‐1200  8‐10  Sobreposição (20%) 

Objetivos do tratamento: 
 Melhorar a textura da pele e, portanto, sua elasticidade. 
 Homogeneizar a diferença de nível entre o sulco da estria e a pele adjacente. 
 Melhorar a pigmentação da região hipocrômica (cor branca perolada). 
 Melhorar a fibrose adjacente. 

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 Fácil aplicação. 
 Acessível a qualquer região do corpo. 
 Mínima possibilidade de efeitos colaterais. 
 Que não incapacite a paciente, podendo continuar suas atividades. 
 
 

6‐ Tratamentos ablativos e excisionais 
Nesta  especialidade,  as  aplicações  mais  importantes  desse  comprimento  de  onda 
podem  ser  divididas  em  técnicas  ablativas  e  excisionais.  Nas  primeiras,  utilizamos  a 
varredura  para  remover  pele  e  tecidos  não  desejados,  enquanto  nas  excisionais 
aproveitamos  a  opção  de  corte  e  coagulação  para  eliminar  lesões  pediculadas  ou 
císticas. 
Também agruparemos as lesões de acordo com a profundidade e extensão, uma vez 
que a preparação do tecido e os parâmetros e equipamentos utilizados são bastante 
similares.  
 
Desenvolveremos: 
A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas. 
B. Ablação de grandes superfícies na pele. 
C. Excisão de lesões na pele e mucosas. 
 

A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas 
Princípios gerais: 
Em todas as lesões de pele e mucosas, é preciso confirmar previamente a benignidade 
por meio de seu estudo por dermatoscopia ou biópsia. 
Nas  lesões  pigmentadas  (melasma,  máculas,  etc.)  é  conveniente  determinar  a 
localização  do  pigmento  por  meio  do  estudo  com  lâmpada  de  Wood.  O  pigmento 
pode  ser  apenas  epidérmico,  caso  em  que  a  vaporização  conseguirá  seu 
desaparecimento  total.  Caso  a  localização  do  pigmento  seja  mais  profunda, 
comprometendo  também  a  derme  (dermo‐epidérmico),  a  mancha  se  clareará,  mas 
ficará uma região levemente pigmentada cuja intensidade de cor dependerá de sua 
localização nos diferentes estratos dérmicos. Isso é importante devido às expectativas 
do  paciente  e  permite  que  falemos  claramente  sobre  o  que  se  pode  esperar  do 
método. 

 Preparação  do  paciente  (pré‐laser):  exige  tratamento  especial  prévio  da  região 
com despigmentantes ou antivirais, principalmente nos fototipos escuros. 
 Preparação  do  campo  cirúrgico:  a  antissepsia  da  região  a  ablacionar  deve  ser 
realizada com Hibiscrub (clorexidina) evitando outras substâncias como Pervinox, 
álcool iodado, álcool etílico, que seja por sua cor ou seu efeito inflamável, podem 
provocar diminuição da ação desse comprimento de onda ou irritação do tecido. 

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___________________________________________________________

 Anestesia: é utilizada anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte 
fórmula:  lidocaína  a  10%,  Norcaína  a  5%  e  Procaína  a  5%,  aplicada  de  forma 
generosa,  no  mínimo  uma  hora  antes  do  procedimento,  cobrindo  a  região  com 
filme. Podemos utilizar também anestesia local infiltrativa com lidocaína a 1‐2%, o 
que permite economizar tempo na preparação e a utilização de maior energia no 
procedimento. Em geral, o paciente está mais satisfeito com a anestesia tópica. 
 Técnica cirúrgica:  
‐ Retirar o filme.  
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração  do  aparelho:  os  parâmetros  de  utilização  serão  descritos  de 
acordo com cada uma das pequenas lesões.  
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os 
funcionários da sala de cirurgia. 
‐ Quando a vaporização é iniciada, o assistente deve segurar o tubo de aspiração 
da  bomba  de  sucção  com  filtro  o  mais  próximo  possível  da  região  em 
tratamento. 
 Cuidados  pós‐operatórios:  a  região  é  coberta  com  creme  antibiótico  e  gaze 
durante 1 a 2 dias, mantendo o tratamento antibiótico sem oclusão por 7 a 10 dias 
até a epitelização completa. O eritema pode durar até 3‐4  semanas, devendo‐se 
evitar a fotoexposição.  
 

Técnica cirúrgica de acordo com o tipo de lesão e região anatômica. 

Verrugas vulgares em geral:  
 
A ablação deve ser realizada camada por camada em forma circular até chegar ao leito 
da  lesão  e  à  equiparação  com  a  pele  adjacente  (levá‐la  ao  plano  epidérmico).  Os 
resíduos  são  retirados  periodicamente  com  gazes  embebidas  em  solução  fisiológica, 
para  permitir  a  melhor  visualização  e  ablação  das  camadas  inferiores.  Ao  chegar  ao 
leito da lesão, ocorre sangramento, que é controlado utilizando o modo de coagulação 
de duas formas: 
a) Afastando  a  peça  manual  (desfocalizando)  da  região  tratada  nos  mesmos 
parâmetros utilizados. 
b) Mudando o parâmetro da máquina utilizando pulsos longos (LP, VLP). 
Nesse tipo de lesões, a ablação deve ser estendida até a margem periférica da lesão 
(margem de segurança) para evitar que a latência viral leve à replicação da lesão. 

Verrugas vulgares plantares:  
Basicamente, são tratadas da mesma forma que as anteriores, porém utilizando altas 
densidades de energia em frequência muito baixa devido à espessura da epiderme. É 
preciso  obter  uma  cratera  profunda  e  ampla,  com  margem  de  segurança  de  maior 
extensão (aproximadamente 10 mm) de menor profundidade. 

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___________________________________________________________

Verrugas  localizadas  na  região  ântero‐lateral  do  pescoço,  supraclavicular, 


esternocostoclavicular, costas das mãos 
Deve ser realizada a vaporização suave, sem chegar ao sangramento, pois nesta região 
anatômica,  a  diminuição  de  apêndices  cutâneos  faz  com  que  o  processo  de 
cicatrização seja mais lento e o eritema mais prolongado. 

Verrugas periungueais: 
Os resultados são excelentes sem danificar a matriz ungueal. 

Vaporização com peça manual R04 

Tipo de lesão  Modo  Spot  Energia  Frequência  Observações 


(mm)  (mJ)  (Hz) 
Margem de segurança 
Verrugas vulgares  SP  3‐5  300‐500  3‐8 
pequena (3‐5 mm) 
Margem de segurança 
Verrugas plantares SP  1,5‐3  400‐800  2‐5 
ampla (10 mm) 
Verrugas  Margem de segurança 
SP  1,5‐3  300‐500  2‐5 
periungueais  permitida pela lesão 

A  frequência  (quantidade  de  disparos  por  segundo)  será  determinada  pelo  limiar  de 
tolerância à dor de cada paciente, de modo que é conveniente iniciar o procedimento 
com frequência muito baixa e ir aumentando‐a conforme a resposta do paciente. 
 
Caso  seja  utilizada  anestesia  infiltrativa,  podem‐se  utilizar  energia  e  frequência 
maiores, reduzindo a duração do procedimento.  

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Lesões benignas da pele na região periocular: 
Xantelasmas. 
Milia. 
Cistos. 
Nevos epidérmicos. 
Máculas senis. 
Papilomas. 
Siringomas. 
 
Nesta região, podem ser vaporizadas todas as lesões benignas da pele, lembrando que 
como  a  epiderme  é  muito  fina,  a  vaporização  deve  ser  suave,  camada  por  camada, 
começando  com  baixa  energia  e  frequência,  coagulando  caso  seja  necessário 
desfocalizando a peça manual.  
Em  caso  de  lesões  de  tamanho  e  espessura  grandes  nesta  região,  recomendamos 
realizar o procedimento até aplanar a lesão e, caso sobre uma pequena saliência, alisá‐
la suavemente. 

Quadro de parâmetros para lesões benignas perioculares 

Spot  Energia  Frequência 


Tipo de lesão  Modo  Observações 
(mm) (mJ)  (Hz) 
Alisamento suave da 
Xantelasmas   SP  3‐5  300‐400  3‐7 
periferia 
Alisamento suave da 
Milia  SP  1,5‐3  200‐300  2‐5 
periferia. 
Cistos  SP  1,5‐3  300‐400  3‐7  Vaporizar toda a cápsula 
Aplanar, alisamento suave 
Nevos epidérmicos SP  3‐5  300‐500  3‐8 
da periferia 
Alisamento suave da periferia 
Máculas senis  SP  3‐5  250‐350  3‐5  para equiparar a cor e as 
bordas. 
Papilomas. 
SP  3‐5  300‐400  3‐8  Alisamento suave da periferia.
 

Lesões benignas no resto da face: 
Lentigo senil. 
Milia. 
Nevo epidérmico. 
Melasma. 
Verrugas planas. 
Queratose actínica. 
Queratose seborreica. 
Siringomas 
 

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Nas demais regiões anatômicas da face, a epiderme é mais espessa, o que permite a 
utilização de maior energia, com maior número de passadas até chegar ao resultado 
necessário. 
Em  geral,  a  cicatrização  é  rápida,  de  7  a  12  dias,  conforme  o  número  de  passadas 
utilizadas, o eritema pode durar 3‐6 semanas dependendo do tipo de lesão tratada. 
 
A vaporização com laser de Er. YAG é um procedimento minimamente invasivo, indolor 
e com resultados estéticos excelentes. 
 
Quadro de parâmetros para lesões benignas na face 

Spot  Energia  Frequência 


Tipo de lesão  Modo  Observações 
(mm) (mJ)  (Hz) 
Lentigo senil  SP  3‐5  300‐500  3‐7  Alisamento suave da periferia
Nevo epidérmico  SP  3‐5  300‐500  3‐8  Aplanar 
Alisamento suave da periferia 
Melasma  SP  3‐5  300‐500  3‐7 
para equiparar a cor 
Verrugas planas  SP  3  300‐500  3‐7  Alisamento suave da periferia
Queratoses actínicas 
SP  3‐5  300‐500  3‐7  Alisamento suave da periferia
seborreicas. 
Siringoma  SP  1‐1.5  300  3  Passar a derme papilar 
 

Ablação de lesões benignas na mucosa labial e gengival: 
A última geração de laser de Er:YAG, graças à incorporação da tecnologia VSP (pulsos 
variáveis  quadrados)  e  com  o  aumento  do  intervalo  de  frequência,  permite  tanto  na 
vaporização quanto no  corte uma coagulação eficaz indispensável para o tratamento 
das mucosas. 
 
Podemos tratar: 
Leucoplasias. 
Queilite actínica. 
Papilomas. 
Melanose. 
Aftas. 
Épulis.  
Herpes labial. 
Papilomas. 
 
Quadro de parâmetros laser para lesões benignas na mucosa labial e gengival

Spot  Energia  Frequência 


Tipo de lesão  Modo  Observações 
(mm)  (mJ)  (Hz) 
Leucoplasia  SP  3  300‐400  3‐7  Margem de 2 a 3 mm 
Queilite actínica  SP  3‐5  300‐500  3‐8  Aplanar 
Alisamento suave da 
Papiloma  SP  3‐5  300‐500  3‐7 
periferia para equiparar 

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Alisamento suave da 
Melanose  SP  3  300‐500  3‐7 
periferia para equiparar 
Margem de segurança de 
Aftas  SP  3‐5  250‐400  3‐7 
2 a 3 mm 
Margem de segurança de 
Herpes labial  SP  3‐5  300‐400  3‐5 
2 a 3 mm 

B. Ablação de grandes superfícies na pele 
Princípios gerais: 
Em grandes superfícies, a avaliação do paciente é de vital importância, devemos obter um 
histórico médico detalhado, com todos os antecedentes gerais e locais. A avaliação do biotipo 
e fototipo da pele determina a preparação, os parâmetros cirúrgicos e os cuidados pós‐laser. 
 
Biotipo:  
Pele seca: exige boa hidratação e umectação. 
Pele oleosa: exige uma boa limpeza da região a tratar antes da cirurgia e tratamento 
de focos ativos de acne. 
Peles sensíveis: tomar precauções extremas com relação às medicações pré‐ e pós‐laser. 
 
Fototipo: determinará o tipo de tratamento e sua duração. 
 
Contraindicações: 
 Colagenopatias. 
 Antecedentes de cicatrização anormal (cicatrizes hipertróficas – queloides). 
 Infecção bacteriana ou herpética ativa. 
 Peelings profundos. 
 HIV. 
 Tratamento oral prévio com Roacutan (Isotretinoína). Este medicamento utilizado 
no  tratamento  da  acne  ativa  produz  atrofia  dos  apêndices  cutâneos,  e,  portanto, 
recomenda‐se  esperar  2  anos  desde  a  última  administração  para  iniciar  o 
tratamento a laser. 
 Drogas imunossupressoras. 
 Diabetes descompensada. 
 Pacientes com alterações psicológicas. 
 Implantes com materiais de preenchimento definitivos. 
 
 Preparação  do  paciente:  Ao  contrário  das  ablações  de  pequenas  superfícies  em 
que  geralmente  não  é  necessário  tratamento  especial  com  despigmentantes  e 
antivirais, nas grandes superfícies, o sucesso do tratamento baseia‐se em grande 
medida na boa preparação do paciente. Isso será especificamente descrito. 
 Preparação  do  campo  cirúrgico:  a  antissepsia  da  região  a  ablacionar  deve  ser 
realizada com Hibiscrub (clorexidina), evitando outras substâncias como Pervinox, 
álcool iodado, álcool etílico, que seja por sua cor ou seu efeito inflamável, podem 
provocar diminuição da ação desse comprimento de onda ou irritação do tecido. 
Recomendamos a utilização de roupa cirúrgica estéril. 

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 Anestesia:  Pré‐medicação;  Lorazepam  2mg  (Trapax)  sublingual,  Cetorolaco  10mg 


sublingual.  É  utilizada  anestesia  tópica  em  creme  ou  gel,  recomendando  a  seguinte 
fórmula Lidocaína a 10%, Norcaína a 5% e Procaína a 5%, aplicada de forma generosa 
no mínimo uma hora antes do procedimento, cobrindo a região com um filme. 
 Técnica cirúrgica:  
‐ A equipe da sala de cirurgia deve utilizar roupa estéril e máscaras de proteção 
de microporos. 
‐ Retirar o filme.  
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração  do  aparelho:  os  parâmetros  de  utilização  serão  descritos  de 
acordo com cada uma das regiões a ablacionar.  
‐ Não  esquecer  a  colocação  dos  óculos  de  segurança  no  paciente  e  em  toda  a 
equipe da sala de cirurgia. 
‐ Quando a vaporização é iniciada, o assistente deve segurar o tubo de aspiração 
o mais próximo possível da região em tratamento. 
 Cuidados  pós‐operatórios:  são  muito  importantes  e  dependerão  da  região 
anatômica e do tratamento a realizar. 
 
A  dermoablação  com  laser  de  Er:YAG  oferece  uma  técnica  segura,  eficaz  e  sem 
sequelas  cicatriciais  para  o  tratamento  do  fotoenvelhecimento  (elastose  solar)  e 
rejuvenescimento da pele.  

Resurfacing (rejuvenescimento) 
Preparação do paciente (pré‐laser):  
‐ Tomar diariamente 500 mg de vitamina C, durante uma semana. 
‐ Não utilizar produtos com aspirina ou ibuprofeno. 
‐ Em  pacientes  sem  antecedentes  de  infecção  herpética,  tomar  800  mg  de 
Aciclovir por dia dividido em duas administrações, começando 3 dias antes da 
cirurgia. 
‐ Em  pacientes  com  antecedentes  de  infecção  herpética,  tomar  1200  mg  de 
Aciclovir por dia dividido em três administrações, começando 10 dias antes da 
cirurgia. 
‐ O  paciente  deve  comparecer  no  dia  da  cirurgia  sem  nenhum  tipo  de 
maquiagem. 
 
Preparação do paciente com pele clara (Fototipo I e III) 
De 7 a 15 dias antes, aplicar AHA (ácido glicólico a 5%) 1 ou duas vezes por dia ou ácido 
retinoico a 0,025% em creme 1 vez por dia. É conveniente a aplicação de vitamina C 
tópica em nanosferas e a fotoproteção com protetor solar total. 
 
Preparação do paciente com pele MORENA (Fototipo IV e V) 
De  30  a  60  dias  antes,  aplicar  Hidroquinona  a  4%  em  creme  2  vezes  por  dia,  e  AHA 
(ácido glicólico a 5%) 1 ou 2 vezes por dia ou ácido retinoico a 0,025% em creme 1 vez 
por dia. Outra fórmula muito recomendável é a combinação de ácido mandélico a 10% 
com ácido kójico a 2‐4%. É conveniente a aplicação de vitamina C tópica em nanosferas 
e a fotoproteção com protetor solar total. 
 

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Recomendamos utilizar apenas as TÉCNICAS ULTRA LIGHT nestes 
fototipos. 
 

Técnica cirúrgica de acordo com a região anatômica 

Princípios gerais: 
A técnica é dividida em duas partes 
1) Ablação da ruga: é realizada linearmente sobre o ombro da ruga evitando o vale, 
em passadas sucessivas até conseguir o nivelamento da superfície. 
2) Varredura  de  toda  a  superfície  tratada  em  baixa  densidade  de  energia  a  fim  de 
obter ablação mínima com transmissão calórica para estimular o colágeno. 
 
É  importante  entender  que  o  laser  de  Er:YAG  é  muito  seguro,  visto  que  a  ablação 
camada  por  camada  de  poucos  mícrons  por  passada  permite  o  controle  preciso  em 
extensão e profundidade. 

O laser de Er:YAG é seguro para o operador e o paciente. 

O  aspecto  relevante  é  saber  quando  NÃO  se  deve  continuar  tratando  uma 
determinada área: 
 O primeiro sinal é um avermelhamento da pele, caso isso não seja observado, não 
se vaporizou profundamente o bastante para produzir melhora, sabe‐se que se está 
na derme quando a pele assume uma cor vermelha intensa. 
 O segundo sinal é quando não se vê mais a ruga. 
 O  terceiro  sinal  é  ver  o  sangue  fluir,  interrompendo  o  procedimento  nesse 
momento, já que se está na derme subpapilar. 
O número de passadas necessárias depende: 
 Da espessura da epiderme. 
 Da profundidade da ruga. 
 Dos parâmetros utilizados (energia e frequência). 
 Da sobreposição dos disparos (overlapping) 
 Da destreza e velocidade de deslocamento da mão do operador. 

Recomendamos inicialmente começar com baixa energia e frequência utilizando os 
distanciadores acoplados à peça manual. 
 
Não ablacionar sem os distanciadores 
Lembre‐se de que com o laser de Er:YAG, você tem a opção de realizar tratamentos 
com intervalos de 60 dias. 
 

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Região da testa e espaço entre as sobrancelhas: 
1. Tanto  as  rugas  horizontais  da  testa  quanto  as  verticais  do  espaço  entre  as 
sobrancelhas e as localizadas sobre o arco da sobrancelha devem ser ablacionadas 
linearmente de ponta a ponta em passadas sucessivas até conseguir o nivelamento. 
Nas rugas que penetram na sobrancelha, a ablação deve ser continuada levemente 
até a borda da implantação pilosa para obter um bom resultado estético.  
2. A varredura é realizada em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento, 
de toda a superfície, com baixa densidade de energia com a finalidade de equiparar 
toda a área e produzir o estímulo do colágeno. 
 
Quadro de parâmetros de aplicação na região da testa e espaço entre as sobrancelhas 

Spot  Energia  Frequência 


Região da testa  Modo  Observações 
(mm)  (mJ)  (Hz) 
Rugas  SP  3‐5  300‐500  3‐5  Sobreposição (20 %) 
Sobreposição (20 a 
Varredura  SP  5  500  5‐8 
50%) 1‐2 passadas 
 

Região perioral: 
Para  obter  um  resultado  estético  melhor  desta  região,  deve‐se  ablacionar  uma 
superfície  de  forma  triangular  que  inclui  nas  laterais  1  cm  por  fora  de  cada  sulco 
nasogeniano e cuja base se encontra 1 cm abaixo da região mentoniana.  
1. São trabalhadas as rugas situadas no lábio superior, em seguida as do lábio inferior, 
de forma linear, ultrapassando um pouco a borda vermelha do lábio. 
2. A  borda  vermelha  do  lábio  é  ablacionada  delineando  todo  seu  contorno  (2  a  3 
passadas) 
3. É  trabalhado  o  sulco  nasogeniano  de  ambos  os  lados  desde  a  raiz  nasal  até  a 
comissura labial. 
4. Realiza‐se a varredura em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento, de 
toda a superfície, com baixa densidade de energia a fim de equiparar toda a área e 
produzir o estímulo do colágeno 

Quadro de parâmetros de aplicação na região perioral 

Spot  Energia  Frequência 


Região perioral  Modo  Observações 
(mm) (mJ)  (Hz) 
Ultrapassar apenas a borda 
Rugas  SP  3‐5  300‐500  3‐8 
vermelha do lábio 
Borda vermelha  Delinear todo o contorno de 
SP  5  300  3‐5 
dos lábios  ambos os lados 1‐3 passadas
Varredura  SP  5  500  5‐8  Sobreposição de 20‐30% 
 

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Região periocular: 
Inclui  as  duas  regiões  palpebrais,  desde  a  sobrancelha  até  a  margem  infraorbitária  e 
por fora se estende até a borda do nascimento do cabelo na região da têmpora. 
1. Ablacionar as rugas radiais que vão desde o canto externo do olho até a têmpora 
(pé  de  galinha),  de  forma  linear,  de  ponta  a  ponta  em  passadas  sucessivas  até 
obter o nivelamento. 
2. Ablacionar as rugas da pálpebra inferior que têm forma semicircular, seguindo sua 
direção. 
3. As rugas da pálpebra superior devem ser trabalhadas muito suavemente, devido à 
pouca espessura da epiderme. 
4. Ablacionar as rugas da região dorsal e asas do nariz. 
5. É realizada a varredura em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento, 
de  toda  a  superfície,  com  baixa  densidade  de  energia  a  fim  de  equiparar  toda  a 
área e produzir o estímulo do colágeno 
 
Quadro de parâmetros de aplicação na região periocular 

Spot  Energia  Frequência 


Região periocular  Modo  Observações 
(mm)  (mJ)  (Hz) 
Pés de galinha  SP  3‐5  250‐400  3‐5  Chegar até a têmpora 
Chegar a 3 mm da 
Pálpebra inferior  SP  3‐5  250‐400  3‐5 
borda palpebral 
Pálpebra superior  SP  3‐5  200‐300  2‐4  Evitar sangramento 
Varredura  SP  5  500  5‐8  Sobreposição 20% 

Região dorsal da mão: 
Esta  região  se  caracteriza  pela  epiderme  pouco  espessa  e  pequena  quantidade  de 
apêndices cutâneos, de modo que a ablação das máculas deve ser suave, sem nunca 
chegar  ao  sangramento,  deve  ser  interrompida  ao  chegar  a  um  leve  eritema. 
Recomenda‐se  realizar  o  tratamento  em  mais  de  uma  sessão  com  intervalos  de  30 
(técnica ULTRA‐LIGHT) a 45 dias (técnica LIGHT). 
 
1. É realizada uma ablação suave em toda a superfície do dorso perpendicularmente 
aos tendões extensores dos dedos, desde a articulação do punho até o nascimento 
dos  dedos  e  desde  a  borda  cubital  à  radial  em  bandas  paralelas  com  pouca 
sobreposição  (overlapping  20%).  Os  resíduos  teciduais  são  retirados  com  gaze 
embebida em solução fisiológica apenas ao terminar a varredura. Essa varredura 
servirá para ablacionar, equiparar a superfície e estimular o colágeno. 
2. Caso  haja  máculas  senis,  estas  são  ablacionadas  suavemente  até  obter  uma 
discreta diminuição do tom. (Resista à tentação de removê‐las em uma sessão) 
 

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Quadro de parâmetros de aplicação na região dorsal da mão 

Região dorsal da  Spot  Energia  Frequência 


Modo  Observações 
mão  (mm)  (mJ)  (Hz) 
Leve alteração da cor. 
Máculas  SP  3‐5  200‐ 300  3‐5 
Evitar sangramento. 
Sobreposição (20%).  
Varredura  SP  12  1000‐1200 4‐8 
1‐3 passadas. 
 

Região ântero‐lateral do pescoço:
Esta é uma região com epiderme muito fina e apêndices cutâneos muito escassos em 
que os resultados são observados em longo prazo, depois de várias sessões. Deve ser 
realizada com técnicas Ultra‐Light ou Light (ver capítulo anterior). 

Resurfacing de face completa: 
Por  ser  uma  superfície  muito  extensa  e  para  aproveitar  ao  máximo  o  efeito  da 
anestesia tópica, recomendamos ir retirando o filme por região a trabalhar, deixando 
as demais cobertas.  
 
Há duas formas de realizá‐lo de acordo com as preferências do cirurgião: 
1. Região por região, começando por testa, periocular, perioral. 
2. Primeiro uma hemiface, e depois a outra.  
 
Conselhos úteis: 
 Embora  na  vaporização  com  laser  de  Er.YAG  não  seja  indispensável  retirar  os 
resíduos teciduais em cada passada, aconselho removê‐los com gaze embebida em 
solução  fisiológica  gelada  periodicamente  para  comprovar  os  resultados  e  depois 
secar a região com gaze. 
 À  medida  que  a  ablação  das  regiões  for  sendo  finalizada,  é  conveniente  cobri‐las 
com gaze embebida em solução fisiológica gelada. Isso evita que a pele se seque 
com o consequente ardor, proporcionando conforto ao paciente. 

Cuidados pós‐laser 
Pós‐laser imediato 
‐ Imediatamente  após  o  fim  da  cirurgia,  deve‐se  aplicar  creme  antibiótico  / 
corticoide em toda a superfície ablacionada.  
‐ Curativo  oclusivo  Second  Skin  24  a  48hs,  fixado  com  malhas  tubulares,  para 
permitir umectação ótima durante o pós‐laser imediato. 
‐ Para  aumentar  a  sensação  de  frescor,  podem  ser  colocadas  bolsas  de  gelo 
sobre a malha tubular. 
‐ Analgésicos em caso de dor, Cetorolaco sublingual. 
‐ Após 24 h, o Second Skin é retirado e a região é limpa com gaze embebida em 
solução  fisiológica  removendo  muito  suavemente  os  resíduos  teciduais 
aderidos cobrindo novamente a superfície com creme antibiótico / corticoide. 

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Pós‐laser durante as duas primeiras semanas 
‐ A partir deste momento, a paciente fará seu próprio curativo todos os dias da 
seguinte forma: 
‐ Limpeza com gaze embebida em água estéril removendo muito suavemente os 
resíduos  aderidos  que  costumam  apresentar  cor  parda  e  cobrir  apenas  com 
creme com antibióticos. 
‐ É de vital importância a umectação permanente da região tratada com cremes 
vaselinados (petrolatos) ou água termal (Avene, Vichy). 
‐ Esses cuidados são mantidos até a epitelização completa, que ocorre em 7 a 10 dias. 
‐ Deve continuar utilizando antivirais até a epitelização (7 a 10 dias) 
‐ A  partir  da  epitelização,  pode  ser  utilizada  maquiagem  líquida  (não  em  pó) 
comum ou de camuflagem (cor verde).  
‐ Evitar a fotoexposição utilizando protetores solares (Photoderm Max, creme ou 
gel, FPS 100, proteção total). 

Pós‐laser a partir da terceira semana 
‐ A partir da terceira semana, caso haja tendência à hiperpigmentação, utiliza‐se 
Hidroquinona  a  4%,  ou  ácido  Kójico  a  2%  em  creme  como  despigmentantes 
misturados com ácido glicólico a 5%, uma a duas vezes ao dia. Também é muito 
útil,  principalmente  em  fototipos  morenos  e  em  países  tropicais,  o  uso 
doméstico de ácido mandélico a 8‐10%. 
‐ No  consultório  cosmetológico,  pode  ser  realizado  um  peeling  de  ácido 
mandélico a 15‐30%. 
‐ Continuar a utilização de proteção solar total até o terceiro mês.  

Manutenção: 
‐ O paciente recupera seu aspecto normal em cerca de um mês, recomendamos 
a  consulta  com  cosmetóloga  treinada  para  conservar  a  pele  nova  obtida.  Os 
cuidados são: 
‐ NÃO se expor ao sol por 3 meses. 
‐ Utilizar alta fotoproteção diária. 
‐ O  uso  de  retinoides,  aha  e  bhas,  antioxidantes  como  a  vitamina  A,  E  e  C  são 
recomendáveis na manutenção dos resultados obtidos. 
‐ Utilizar produtos cosméticos para peles sensíveis. 
‐ Recomenda‐se  o  uso  de  um  produto  de  cada  vez,  porque  essa  pele  de  bebê 
pode apresentar irritação devido aos cosméticos. 

Resurfacing de cicatrizes de acne 
Preparação do paciente (pré‐laser) 
São  as  mesmas  que  para  o  resurfacing,  tendo  em  conta  que  antes  do  tratamento  a 
laser devem ser tratados os focos de acne ativa. 
 
Técnica cirúrgica 
É dividida em duas partes: 
1. Ablação  das  cicatrizes:  devemos  ter  em  conta  que  as  cicatrizes  apresentam 
grandes variações de forma e tamanho: 

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‐ Cicatrizes de forma circular (poço): Ablacionar as bordas em forma circular do 
poço  para  fora  evitando  o  fundo,  fazendo  de  uma  a  três  passadas  com  spot 
pequeno (maior densidade de energia), depois com um spot maior chegar a um 
suave nivelamento sem chegar à derme profunda. 
‐ Cicatrizes anfractuosas (tipo “ice pick”): Ablacionar seguindo  a borda irregular 
(ombro)  em  passadas  sucessivas,  uma  a  três  passadas  com  spot  pequeno 
nivelando suavemente com spot maior. 
‐ Realiza‐se  a  varredura  em  bandas  paralelas,  evitando  as  regiões  de 
sangramento,  de  toda  a  superfície,  com  baixa  densidade  de  energia  a  fim  de 
equiparar toda a área e produzir o estímulo do colágeno. 
 
Este  é  um  trabalho  artesanal  em  que  a  destreza  e  paciência  do  cirurgião 
ablacionando  uma  a  uma  as  cicatrizes  obtêm  a  melhora  cosmética.  Os  scanners 
não são recomendados porque não distinguem a borda do fundo. 
A  variação  da  profundidade  das  cicatrizes  faz  com  que  o  tratamento  precise  ser 
realizado em várias sessões com intervalos de 60‐90 dias.  
 
Quadro de parâmetros de aplicação em cicatrizes de acne 

Cicatriz de  Spot  Energia  Frequênci


Modo  Observações 
acne  (mm)  (mJ)  a (Hz) 
Cicatrizes  Ablação circular, com spot de 3, 
SP  3‐5  300‐500 3‐8 
redondas  nivelando com spot de 5mm 
Delinear todo o contorno de ambos 
Cicatrizes 
SP  3‐5  300‐500 3‐8  os lados 2‐3 passadas com spot de 
anfractuosas 
3, nivelando com spot de 5. 
Sobreposição de 50‐70% uma ou 
Varredura  SP  5  500  5‐10 
duas passadas. 
 
Cuidados pós‐laser 
Devem ser seguidas as mesmas indicações que para o resurfacing de face completa. 
 
Tratamento com laser de érbio em sequelas cicatriciais pós‐queimaduras 
O tratamento com laser de Érbio YAG em sequelas cicatriciais pós‐queimaduras é uma 
valiosa alternativa na melhora cosmética e funcional dessa patologia. 
A  grande  afinidade  desse  comprimento  de  onda  pela  água  dos  tecidos  nos  permite 
ablacionar  artesanalmente  a  superfície  da  pele,  camada  por  camada,  sem  provocar 
dano térmico. As sequelas mais importantes de queimaduras por agentes químicos ou 
físicos  são  as  cicatrizes  queloides  e/ou  hipertróficas  com  bridas  que  diminuem  a 
mobilidade  da  pele,  do  tecido  subcutâneo  aponeurótico,  limitando  em  alguns  casos 
até a mobilidade articular. O laser de Er.YAG permite o difícil tratamento da liberação 
das pontes fibrosas, melhorando a estética e a mobilidade da região afetada. 
 
Preparação da região 
Em  pacientes  com  peles  escuras  ou  hiperpigmentação  da  região,  aplica‐se 
Hidroquinona a 4% (/creme) com fotoproteção total, 2 vezes por dia entre 10 a 20 dias 
antes  da  ablação  a  laser.  A  utilização  de  Ácido  glicólico  a  5%  é  recomendada  em 
cicatrizes extensas e de grande espessura. 

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___________________________________________________________

Técnica cirúrgica 
Utiliza‐se anestesia tópica, 1 hora antes, cobrindo a região com um filme para aumentar a 
absorção. No caso de pacientes ansiosos, administra‐se Lorazepam 2 mg sublingual. 
Para o desbridamento, são utilizadas altas densidades de energia em baixa frequência 
realizando microperfurações sobre as bandas fibrosas e a vaporização das aderências, 
varrendo toda a superfície lesionada para conseguir seu alisamento.  
Em  lesões  de  grande  extensão  e/ou  espessura,  devem  ser  realizados  sucessivos 
tratamentos  com  um  intervalo  de  60  a  90  dias  até  atingir  o  desbridamento  total  e  o 
melhor nivelamento.  
No pós‐laser, a região é coberta com antibióticos e corticoides em creme com curativo 
oclusivo.  
 
Conclusão 
A  vaporização  com  laser  de  Érbio  YAG  proporciona  uma  nova  alternativa  no 
tratamento  das  sequelas  de  queimaduras,  com  excelente  resultado  cosmético  e 
funcional  devido  à  liberação  de  pontes  fibrosas,  alisamento  das  superfícies, 
recuperação da elasticidade e equiparação da coloração. 
 

C. Excisão de lesões na pele e mucosas 
Em  qualquer  lesão  conforme  a  necessidade  do  cirurgião  de  conservar  a  peça  para 
histopatologia, pode‐se utilizar a peça manual RO4 em modo de corte como se fosse 
um bisturi a laser. 
As vantagens mais significativas do corte a laser são: 
‐ Mínima necrose coagulativa nas bordas da amostra, o que é importante para a 
avaliação histopatológica. 
‐ Ausência  de  suturas,  isso  se  deve  à  propriedade  de  não  produzir  necrose 
térmica e estimular a produção de colágeno. 
‐ Até mesmo em procedimentos que exijam maior profundidade, a cicatrização é 
rápida e com excelente resultado cosmético. 
‐ Pode ser realizada com anestesia tópica ou infiltrativa. 
‐ Por ter efeito esterilizante, é possível trabalhar em lesões infectadas.  
‐ A coagulação é excelente. 
 
Técnica cirúrgica 
Em modo de corte, a peça manual R04 deve ser posicionada muito próxima (1‐1,5mm) 
da região a tratar sem tocá‐la. 
 
Quadro de parâmetros para excisão de pele e mucosa 

Spot  Energia  Frequência 


  Modo  Observações 
(mm)  (mJ)  (Hz) 
VSP  1‐1,5  120‐160  30‐50  Sem contato 
Excisão 
SP  1‐1,5  300‐350  5‐20  Sem contato 
 
Após  a  excisão,  esta  técnica  pode  ser  combinada  à  vaporização  das  bordas  para 
nivelar a superfície. 

46
___________________________________________________________

Coagulação 
A coagulação pode ser realizada de diferentes maneiras: 
1. Desfocalizar a peça manual afastando‐a para aumentar o spot, diminuindo assim a 
densidade de energia. 
2. Trabalhando em SP, utilize a seguinte regra para saber com que energia o aparelho 
deve ser configurado:  

Diâmetro do spot ao quadrado x 10 = Energia (mJ) a utilizar 
Exemplos de coagulação em SP 
 
Diâmetro spot  Spot 2  Spot 2 x 10 = Energia  Frequência 
3  9  9x10 = 90 mJ  10 a 15 Hz 
5  25  25x10 = 250 mJ  10 a 15 Hz 
7  49  49x10 = 490 mJ  10 a 15 Hz 
 
3. Utilizar pulsos longos (VLP): utilizam‐se os pulsos longos porque geram mais calor, 
e  são  ideais  para  coagular  lesões  que  foram  vaporizadas  ou  excisionadas  em 
grande profundidade (> 3‐4 mm). 
 
Parâmetros de coagulação com peça manual R04 

Energia  Densidade de  Frequência 


Modo  Spot 
mJ  energia J/cm2  Hz 
VLP  3  80‐100  1,1‐1,4  10‐15 
VLP  5  100‐140  0,8‐1,1  10‐15 
 
 
Em  qualquer  das  formas  descritas,  deve‐se  apontar  para  a  região  de  sangramento 
ininterruptamente até alcançar a interrupção do sangramento. Depois que se consiga 
o surgimento na superfície da lesão de uma região escura coagulada, esta NÃO DEVE 
SER  RETIRADA  NEM  FRICCIONADA  com  gaze,  uma  vez  que  sua  retirada  elimina  o 
efeito de “tampa” e a região voltará a sangrar. 

47
___________________________________________________________

1- Tratamentos não ablativos COM SP SPOT COMPLETO

Quadro de parâmetros de aplicação na região do rosto, RO4


Modo Spot Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
SP 12 350-450 10-12 Sobreposição (50%)

O distanciador sempre deve ser utilizado. Manter o distanciador a ½ cm da


pele. A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à
região tratada.

2- Procedimentos pouco ablativos de grandes


superfícies na pele (ULTRA LIGHT, LIGTH) RO4

Modo Spot (mm) Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações


SP 12 1000-1200 7 -10 Sobreposição (20%)

O distanciador sempre deve ser utilizado, apoiando-o suavemente sobre a


pele. A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à
região tratada.
A diferença entre LIGTH E ULTRALIGTH depende do número de passadas
ULTRALIGTH: 1 A 2 PASSADAS
LIGTH: 3 A 4 PASSADAS

3- Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida


4- Tratamentos corporais.

ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, para gerar um trem de
pulsos calóricos que estimulem a colagenogênese da região e produzam uma
somatória de retrações nas regiões aplicadas. A quantidade de energia e de
passadas dependerá das características da pele de cada região.
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, para gerar um importante efeito
calórico em regiões que, por suas características, provocarão as tensões
necessárias para levantar a pele de regiões contíguas.
ETAPA 3:
___________________________________________________________

Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP para obter uma ablação
muito superficial com pouco efeito calórico e gerar fundamentalmente brilho,
lisura e atenuação das manchas.

ETAPA 1 – Com filtro pixelado, PSO1

PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot Frequência
Modo de energia Observações
(mm) (Hz)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
dependerá da área anatômica
SMOOTH 12 2,4 – 3 1-1,5
e do fototipo
(ver abaixo)

ETAPA 2 – Sem filtro pixelado e distanciador de 12mm. RO4.

PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
SMOOTH 12 1,6-1,8 1-1,5 dependerá da área
anatômica

ETAPA 3 – RO4 Sem filtro pixelado e distanciador de 12 mm.


Micropeeling (véu de noiva)

Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP/
12 600 8-10 Sobreposição (20%)
MSP

5- Tratamento de estrias
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, cobrindo se possível toda a largura
da estria e percorrê-la em todo o seu comprimento, realizado entre 3 ou 4 passadas.

Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
SMOOTH 12 2,5 - 3,0 1-1,5
dependerá do fototipo

ETAPA 2:

2
___________________________________________________________

Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP apenas em casos de


hipercromia nas bordas da estria.

Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP
12 600 8-10 Sobreposição (20%)
MSP

ETAPA 3:
Técnica de varredura com modo SP, em toda a região para gerar tensionamento.

Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
SP 12 1000 -1200 8-10 Sobreposição (20%)

6- Tratamentos ablativos e excisionais


Verrugas periungueais

Tipo de lesão Modo Spot Energia Frequência Observações


(mm) (mJ) (Hz)
Margem de segurança
Verrugas vulgares SP 3-5 300-500 3-8
pequena (3-5 mm)
Verrugas Margem de segurança
SP 1,5-3 400-800 2-5
plantares ampla (10 mm)
Verrugas Margem de segurança
SP 1,5-3 300-500 2-5
periungueais permitida pela lesão

Lesões benignas da pele na região periocular.

Spot Energia Frequência


Tipo de lesão Modo Observações
(mm) (mJ) (Hz)
Alisamento suave da
Xantelasmas SP 3-5 300-400 3-7
periferia
Alisamento suave da
Milia SP 1,5-3 200-300 2-5
periferia
Vaporizar toda a
Cistos SP 1,5-3 300-400 3-7
cápsula
Nevos Aplanar, alisamento
epidérmicos SP 3-5 300-500 3-8 suave da periferia
Alisamento suave da
periferia para equiparar a
Máculas senis SP 3-5 250-350 3-5
cor e as bordas.
Papilomas. SP 3-5 300-400 3-8 Alisamento suave da

3
___________________________________________________________

periferia.

Lesões benignas no restante da face

Spot Energia Frequência


Tipo de lesão Modo Observações
(mm) (mJ) (Hz)
Alisamento suave da
Lentigo senil SP 3-5 300-500 3-7
periferia
Nevo epidérmico SP 3-5 300-500 3-8 Aplanar
Alisamento suave da
Melasma SP 3-5 300-500 3-7 periferia para equiparar a
cor
Alisamento suave da
Verrugas planas SP 3 300-500 3-7
periferia
Queratoses Alisamento suave da
SP 3 300-500 3-7
actínicas – seborr. periferia
Siringoma SP 1-1.5 300 3 Passar a derme papilar

Ablação de lesões benignas na mucosa labial e gengival

Spot Energia Frequência


Tipo de lesão Modo Observações
(mm) (mJ) (Hz)
Leucoplasia SP 3 300-400 3-7 Margem de 2 a 3 mm
Queilite actínica SP 3-5 300-500 3-8 Aplanar
Alisamento suave da
Papiloma SP 3-5 300-500 3-7
periferia para equiparar
Alisamento suave da
Melanose SP 3 300-500 3-7
periferia para equiparar
Margem de segurança de
Aftas SP 3-5 250-400 3-7
2 a 3 mm
Margem de segurança de
Herpes labial SP 3-5 300-400 3-5
2 a 3 mm

4
___________________________________________________________

Quadro de parâmetros de aplicação em cicatrizes de acne


Spot Energia Frequência
Cicatriz de acne Modo Observações
(mm) (mJ) (Hz)
Ablação circular, com
Cicatrizes
SP 3-5 300-500 3-8 spot de 3, nivelando
redondas
com spot de 5 mm
Delinear todo o
contorno de ambos os
Cicatrizes lados 2-3 passadas
SP 3-5 300-500 3-8
anfractuosas com spot de 3,
nivelando com spot de
5.
Sobreposição de 50-
Varredura SP 5 500 5-10 70% uma ou duas
passadas.

Excisão de lesões na pele e mucosas

Quadro de parâmetros para excisão de pele e mucosa. RO4


Spot Energia Frequência
Modo Observações
(mm) (mJ) (Hz)
VSP-
1-1,5 120-160 30-50 Sem contato
Excisão MSP
1-1,5 300-350 5-20 Sem contato
SP

Diâmetro do spot ao quadrado x 10 = Energia (mJ) a utilizar

Exemplos de coagulação em SP

Diâmetro spot Spot2 Spot2 x 10 = Energia Frequência


3 9 9x10 = 90 mJ 10 a 15 Hz
5 25 25x10 = 250 mJ 10 a 15 Hz
7 49 49x10 = 490 mJ 10 a 15 Hz

Parâmetros de coagulação com peça manual R04


Energia Densidade de Frequência
Modo Spot
mJ energia J/cm2 Hz
LP 3 80-100 1,1-1,4 10-15
LP 5 100-140 0,8-1,1 10-15

5
MANUAL DO USUÁRIO

TRATAMENTOS COM LASER DE


NEODÍMIO:YAG DE PULSO LONGO

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

1
ÍNDICE 

Segurança do laser ....................................................................................................................... 4 

Guia geral ..................................................................................................................................... 4 

Introdução ao tratamento a laser de pelos indesejados e veias .................................................... 7 

  Ideia básica do tratamento a laser ......................................................................................... 7 
  Terminologia de laser e definições ......................................................................................... 7 
  Absorção da luz laser no tecido tratado ................................................................................. 8 
Eliminação a laser dos pelos ......................................................................................................... 9 

  Biologia do pelo .................................................................................................................... 10 


  Ciclo de crescimento capilar ................................................................................................. 11 
Tratamento com laser de Nd:YAG de pulso longo ....................................................................... 15 

  Pré‐tratamento recomendado ............................................................................................. 15 


  Preparação da pele para o tratamento ................................................................................ 15 
  Precauções de segurança ...................................................................................................... 15 
  Recomendações pós-tratamento ........................................................................................... 16 
  Efeitos adversos .................................................................................................................... 16 
DEPILAÇÃO com LASER de Nd:YAG ............................................................................................. 17 

  Eliminação de pelos com Scanner Fotona ............................................................................ 17 


TRATAMENTOS VASCULARES com LASER de Nd:YAG.................................................................. 18 

  Técnicas trascutâneas ........................................................................................................... 18 


  Telangiectasias ..................................................................................................................... 20 
  Rosácea ................................................................................................................................. 21 
  Tratamento das telangiectasias visíveis. .............................................................................. 21 
  Tratamento do eritema, pápulas e pústulas. ....................................................................... 21 
Tratamento das telangiectasias...................................................................................................... 21 
Tratamento do eritema, pápulas e pústulas. ................................................................................. 22 
  Malformações capilares congênitas de grande extensão .................................................... 22 

2
  Angiomas de pequena extensão........................................................................................... 24 
Técnicas trascutâneas em membros .............................................................................................. 25 
ONICOMICOSE ............................................................................................................................ 26 

TRATAMENTO DE ACNE ATIVA ................................................................................................... 27 

REJUVENESCIMENTO FACIAL NÃO ABLATIVO ............................................................................. 27 

3
Segurança do laser
Todos os lasers de Nd:YAG da Fotona são unidades de Classe IV e são potencialmente perigosos tanto para 
o paciente quanto para o usuário. As características de segurança detalhadas estão descritas no Manual do 
Operador, entregue com cada unidade. 
 
As seguintes etapas devem ser incluídas: 
 
‐ PROTEÇÃO  OCULAR  –  Todas  as  pessoas  presentes  na  sala  de  cirurgia  devem  utilizar  proteção 
específica de segurança para os olhos. A luz proveniente do laser pode causar lesões na córnea e na 
retina caso não seja utilizada a proteção adequada. A proteção do olho deve ter coberturas laterais e 
ser utilizada sob prescrição de óculos. 
 
‐ REFLEXOS – A luz laser se reflete facilmente e é preciso tomar precauções para garantir que o raio 
não esteja direcionado a superfícies brilhantes.  
 
‐ RISCOS  ELÉTRICOS  –  O  interior  do  laser  Fotona  apresenta  exposição  a  alta  voltagem  e  exposição  à 
radiação  laser  invisível.  Apenas  o  pessoal  técnico  treinado  em  segurança  elétrica  e  laser  está 
autorizado a realizar a manutenção interna. 
 
 
Guia geral 
OBSERVAÇÃO: 
A Fotona não indica aos profissionais médicos como tratar seus pacientes. Este manual fornece as 
informações que o profissional pode considerar úteis para o estabelecimento de seus próprios protocolos de 
tratamento. Cada profissional deve considerar que o tratamento a laser não é uma ciência exata; 
portanto, podem surgir problemas, mesmo que todo o manual seja devidamente utilizado.  
 
As seguintes perguntas devem ser feitas aos pacientes antes do tratamento: 
 
1.  O  paciente  está  utilizando  alguma  medicação  que possa  causar  fotossensibilidade?  Consulte  as  drogas 
que podem causá‐la na lista anexa. 
 
2. A pele do paciente sofreu exposição direta à luz solar nas três semanas anteriores ao tratamento? 
 
3. Você avaliou adequadamente o tipo de pele do paciente? Favor consultar o quadro de classificação de 
Fitzpatrick. 
 
4.  Você  levou  em  conta  a  etnia  do  paciente?  Ele/ela  pode  aparentemente  ter  pele  de  tipo  III,  mas  ter 
ancestrais étnicos que poderiam indicar o contrário. 
 
5. Os spots ou marcas de teste são realizados primeiramente no nível baixo recomendado e posteriormente 
aumentados, depois de observar que não ocorrem efeitos adversos?  
Para peles de tipo escuro, esperar no mínimo 24 horas para avaliar a reação da pele. Em alguns casos, você 
pode não observar reação alguma durante uma semana. Avaliar cuidadosamente antes do tratamento. 
 

4
As instruções abaixo devem ser seguidas antes de iniciar o tratamento a laser:
 Caso o paciente apresente uma queimadura solar, ele/ela deve ser orientado(a) a não se expor ao 
sol,  utilizar  um  creme  clareador  ou  descolorante  e  um  bloqueador  solar.  Retornar  para  o 
tratamento quando o bronzeado tiver desaparecido. 
 Em  pacientes  com  histórico  de  herpes  simples  ou  genital  deve‐se  prescrever  um  medicamento 
antiviral  oral  (por  exemplo:  Zovirax),  começando  a  administrá‐lo  no  dia  anterior  ao  tratamento. 
Foram relatados casos de reativação de herpes simples e genital após o tratamento a laser. Por isso, 
esse pré‐tratamento é especialmente importante ao tratar a parte superior do lábio e a virilha ou 
linha do biquíni. 
 É importante depilar a região com lâmina antes do tratamento a laser (tanto para a eliminação dos 
pelos quanto para o tratamento de veias). Caso a extremidade externa do pelo esteja presente, o 
laser será disparado em direção a ela, o que pode causar queimadura na pele. 
 A unidade de resfriamento da pele reduz a dor durante o tratamento. Por isso, em muitos casos o 
tratamento  pode  ser  realizado  sem  anestesia.  Para  os  pacientes  muito  sensíveis  ou  para  o 
tratamento de áreas sensíveis, pode‐se aplicar anestesia tópica (por exemplo: creme EMLA). 
 
OBSERVAÇÃO: 
Recomenda‐se fortemente testar as pequenas áreas onde o tratamento será aplicado, antes de trabalhar 
regiões maiores. Isso é muito importante para as peles de tipo IV, V e VI. Caso surja edema confluente, hipo‐ 
ou hiperpigmentação, a fluência deve ser reduzida. 
 
 

Classificação de Fitzpatrick* 
Tipo I:  Branco, sempre se queima, nunca se bronzeia 
Tipo II:  Branco, geralmente se queima, dificilmente se bronzeia 
Tipo III:  Branco, às vezes se queima, bronzeado médio 
Tipo IV:  Marrom moderado, raramente se queima, bronzeia‐se com facilidade 
Tipo V:  Marrom escuro, muito raramente se queima, bronzeia‐se muito 
facilmente 
Tipo VI:  Negro, não se queima, bronzeia‐se muito facilmente 
 
* Fitzpatrick, TB, ARCH DERM, 1998 

Tabela 1: Classificação dos tipos de pele 

5
Tabela: Drogas que podem causar fotossensibilidade** 

Medicamentos para acne: Drogas antipsicóticas

Tretinoína (Retin-A) Clorpromazina (Thorazine)


Flufenazina (Permitil; Prolixin)
Drogas antineoplásicas: Haloperidol (Haldol)
Perfenazina (Trilafon)
Dacarbazina (DTIC-Dome) Piperacetazina (Quide)
Fluoruracila (Fluoroplex) Proclorperazina (Compazine)
Metotrexato (Mexate) Prometazina (Phenergan)
Vinblastina (Veiban) Tioridazina (Mellaril)
Trifluperazina (Stelazine)
Antidepressivos: Triflupromazina (Vesprin)
Trimeprazina (Termaril)
Amitriptilina (Elavil)
Desipramina (Norpramine; Petroban) Diuréticos:
Doxepina (Adapin; Sinequan)
Imipramina (Tofranil) Bendroflumetiazida (Naturetin)
Nortriptilina (Aventyl; Pamelor) Benztiazida (Exna)
Protriptilina (Vivactil) Clorotiazida (Diuril)
Trimipramina (Surmontil) Ciclotiazida (Anhydron)
Furosemida (Lasix)
Antihistamínicos: Hidroflumetiazida (Diucardin)
Hidroclorotiazida (HydroDiuril)
Demeclociclina (Declomycin) Meticlotiazida (Aquatension; Enduron)
Doxiciclina (Vibramycin): Metolazona (Diul; Zaroxolyn)
Griseofulvina (falvicin – U/F) Politiazida(Renese)
Metaciclina (rondomycin) Quinetazona (Hydrornox)
Ácido nalidíxico (NegGram) Triclormetiazida (Metahydrin)
Oxitetraciclinas (Terramycin) Tiazidas (Diuril; HydroDiuril)
Sulfacitina (Renoquid)
Sulfametazina (Neotrizine) Hipoglicemiantes
Sulfametizol (Thiosulfil) :
Sulfametoxazol (Gantanol) Acetohexamida (Dymelor)
Sulfametoxazol-trimetoprima (Bactrim; Cloropropamida (Diabinese; Insulase)
Septra) Tolzamida (Tolinase)
Sulfassalazina (Azulfidine) Tolbutamida (Orinase)
Sulfatiazol
Sulfisoxazol (Gantrisin) Fitoterápico/Orgânico:
Tetraciclinas (Achromyslin; minocin) Hipérico

**Estes medicamentos podem causar Hormonal:


hiperpigmentação, dermatite, ou podem Drogas anticoncepcionais
tornar a área a tratar mais sensível ao Todo tipo de droga hormonal
tratamento a laser. Recomenda-se avaliar a
área da pele primeiro, antes de prosseguir
com o tratamento.

6
Introdução ao tratamento a laser de pelos indesejados e veias  
 Ideia básica do tratamento a laser  
 
A ideia básica do tratamento a laser é destruir o tecido demarcado sem danificar o tecido adjacente e as 
estruturas  que  devem  ser  mantidas  em  estado  viável.  Com  o  propósito  de  alcançar  tal  efeito,  devem  ser 
selecionados os parâmetros laser adequados, tais como comprimento de onda, duração do pulso, fluência, 
etc.  É  necessário  ter  conhecimento  de  como  o  laser  trabalha  e  interage  com  a  região  demarcada,  para 
poder realizar a seleção adequada dos parâmetros. A eliminação eficaz dos pelos e o tratamento de veias 
exigem um entendimento lógico da interação da luz laser com o tecido humano.  

 Terminologia de laser e definições 
 
Comprimento de onda do laser [nm] 
A luz laser pode ser considerada como ondas periódicas de energia que viajam pelo espaço (o comprimento 
de onda  se  refere à distância física entre  cristas  de ondas sucessivas no raio  de luz  laser). As  ondas  laser 
médicas  típicas  são:  1064  nm  (infravermelho  próximo),  2940  nm  (infravermelho  médio)  etc.  Apenas  as 
ondas laser de 400 nm a 700 nm são visíveis. 
 
Energia de pulso do laser [J] 
Se o laser está trabalhando no modo pulso, a energia de pulso do laser é um parâmetro mais seguro que o 
de potência do laser. A energia é medida em Joules.  
 
Potência do laser [W] 
A potência do laser se refere à medida em que a energia é gerada pelo laser. A potência do laser de 1 Watt 
significa que 1 Joule de energia é emitido em 1 segundo.  
 
Duração do pulso [ms] 
A  duração  do  pulso  e  sua  largura  são  sinônimos  que  se  referem  ao  comprimento  temporal  do  pulso  do 
laser, isto é, o tempo durante o qual o laser emite a energia atual.  
 
Pico de potência 
O pico de potência se refere ao nível de potência durante um pulso de laser individual.  
 
Pico de potência = Energia do pulso / Duração do pulso 
 
Para a operação do laser no modo pulso, com um pulso por segundo e um pulso de duração de 100µs, o 
pico de potência pode ser calculado como 10.000 W.   
 
Medida do spot do raio de luz laser [mm] 
A medida do spot do raio de luz laser se refere ao diâmetro do raio de luz na região demarcada. Mudando 
essa medida, ao mesmo tempo em que se toma cuidado para que a energia do pulso de laser se mantenha 
constante,  pode‐se  mudar  a  fluência  de  energia  substancialmente  e  influenciar  no  mecanismo  básico  de 
interação do raio de luz laser com o tecido (aquecimento, ablação, vaporização). 
 
Fluência [J/cm2] 
A  fluência  se  refere  ao  valor  de  energia  (J)  entregue  na  área  tratada.  É  denominada:  dose  de  energia  ou 
densidade de energia.  
 

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Fluência = Energia/Área    Área = 3,14 x r2        r = diâmetro da marca/2 
 
Intervalo de repetição [Hz] 
Os  lasers  médicos  são  geralmente  operados  em  um  modo  de  pulso  repetitivo.  Os  pulsos  de  laser  são 
emitidos  periodicamente  a  uma  medida  de  pulso,  como  10  pulsos  por  segundo.  Um  termo  comumente 
utilizado para pulsos por segundo é o Hertz (Hz). 
 
Coeficiente de absorção 
Uma das características mais importantes do tecido demarcado é sua capacidade de absorver a luz laser. O 
valor da energia absorvida versus o total de energia utilizada é chamado de coeficiente de absorção. 
 
Coeficiente de absorção = Energia absorvida / Energia laser. 
 
O coeficiente de absorção depende fortemente do tipo de comprimento de onda do laser.  
 
Tempo de relaxamento térmico 
O  tempo  de  relaxamento  térmico  (TRT)  é  um  dos  parâmetros  cuja  compreensão  pelo  usuário  é  mais 
importante.  Para  seu  uso  prático,  o  TRT  pode  ser  definido  como  o  tempo  que  um  objeto  demora  para 
esfriar de 100°C a 50°C.  
A regra é que um objeto pequeno esfria mais rápido que um objeto maior do mesmo material e da mesma 
forma,  o  que  significa  que  uma  demarcação  menor  apresenta  um  tempo  mais  curto  de  relaxamento 
térmico. Esse fato é importante quando o tecido precisa ser aquecido a uma temperatura desejada em um 
nível  de  fluência  adequado.  Se  a  largura  do  pulso  for  longa  demais,  o  tecido  começará  a  esfriar  por  si 
mesmo,  por  condução  térmica,  antes  que  se  complete  um  pulso,  causando  um  efeito  clínico  negativo.  O 
segundo parâmetro que deve ser levado em consideração ao estimar o TRT é a forma do tecido demarcado. 
Uma esfera (células da pele) com 360 graus de superfície da área de resfriamento esfria mais rápido que um 
cilindro (folículos do cabelo). Isso permite que o folículo do cabelo retenha seu calor, ao passo que a célula 
da  pele  pode  esfriar  a  si  mesma  com  maior  eficácia.  Por  esse  motivo,  os  parâmetros  podem  ser 
selecionados  para  destruir  o  folículo  sem  causar  dano  à  pele.  Para  as  estruturas  pequenas  demarcadas, 
recomenda‐se uma duração de pulso curta e uma fluência alta. 

 Absorção da luz laser no tecido tratado 
 
A energia da luz laser é absorvida pela região tratada e geralmente é convertida em calor. Quando o cabelo 
e  as  veias  são  irradiados  com  a  luz  laser,  há  três  principais  cromóforos  que  servem  como  elementos 
absorventes: melanina, oxihemoglobina e desoxihemoglobina. Na Figura 1, é mostrada a absorção espectral 
para todos os três cromóforos. O coeficiente mais alto de absorção, a quantidade mais alta de energia laser, 
é absorvido nos cromóforos que têm um efeito mais drástico. Obviamente, a quantidade de cromóforos na 
área em que foi aplicado o laser afeta também o resultado final do tratamento. 
 

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Coeficiente de absorção (1/cm)

Nd:Rubi Diodo

Desoxihemoglobina
Oxihemoglobina
Melanina
Água

Comprimento de onda (nm)

Fig. 1: Coeficiente de absorção para melanina, oxihemoglobina e desoxihemoglobina 

É  evidente  que  a  quantidade  de  cromóforos  no  tecido  demarcado  é  muito  importante  ao  selecionar  os 
parâmetros  de  tratamento.  Por  exemplo,  é  necessária  uma  fluência  mais  alta  para  o  pelo  com  poucos 
cromóforos  (pelo  claro)  em  comparação  ao  que  contém  uma  grande  quantidade  de  cromóforos  (pelo 
escuro). O problema se apresenta quando o paciente tem uma quantidade similar de melanina na pele e 
esta  se  converte  em  uma  região  tratada  competidora.  Uma  vez  que  a  pele  não  pode  tolerar  a  energia 
aplicada, essa competição geralmente causa hiperpigmentação, bolhas e/ou presença de crostas ou cascas.  

 
Eliminação a laser dos pelos 
Até poucos anos atrás, a depilação da região com lâmina, arrancamento dos pelos não desejados, depilação 
com cera e eletrólise eram os únicos métodos de eliminação.  No início de 1990, foi publicado o primeiro 
relato  sobre  o  uso  de  energia  laser  para  a  destruição  seletiva  dos  folículos  e,  desde  meados  de  1990,  a 
eliminação a laser dos pelos passou a ser o método “padrão ouro” para tal propósito. 
 
A  eliminação  por  laser  é  obtida  de  dois  modos  diferentes:  Fototermólise  seletiva  e  Fototermólise 
homogênea. 
O princípio de fototermólise seletiva baseia‐se no dano térmico seletivo de um objetivo pigmentado realizado 
com a fluência suficiente de um comprimento de onda, preferencialmente absorvida por esse alvo, sendo sua 
entrega realizada em um tempo menor ou igual ao tempo de relaxamento térmico desse alvo.   
O  principal  problema  que  acompanha  este  método  é  a  competição  entre  a  melanina  presente  no  pelo 
(região demarcada) e a melanina presente na epiderme. A luz laser é, neste caso, não apenas absorvida no 
pelo,  mas  também  na  camada  superior  da  pele,  o  que  pode  levar  a  efeitos  indesejáveis  como 

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hipopigmentação,  hiperpigmentação  ou  queimaduras.  Muitos  desses  efeitos  podem  ser  evitados 
utilizando o resfriamento  superficial  da  pele e  com a seleção cuidadosa dos parâmetros de tratamento 
(fluência, duração do pulso). No entanto, este método continua representando um risco significativo para 
tipos de pele escuros. 
 
O  processo  de  fototermólise  seletiva  é  típico  para  o  comprimento  de  onda  mais  curto  (rubi  694  nm, 
alexandrita  755  nm,  diodo  810  nm).  É  necessário  um  resultado  direto  da  fototermólise  seletiva,  para  os 
spots de tamanho grande, devido à enorme quantidade de energia que se perde por meio da absorção e 
dispersão nas camadas superiores da epiderme. Os comprimentos de onda mais longos (Nd:YAG 1064 nm) 
baseados na fototermólise homogênea não são tão dependentes da  medida do spot para obter uma boa 
penetração. 
 
A  fototermólise  homogênea  se  baseia  no  fato  de  que  a  energia  laser  age  no  volume  de  tecido  justo, 
homogeneamente.  Tamanho  aquecimento  de  todas  as  estruturas  do  tecido  da  pele  afeta  primeiro  as 
células divididas rapidamente com alto metabolismo celular. As células do bulbo do pelo em fase anágena 
(período  de  crescimento  ativo  estável,  alta  atividade  metabólica)  pertencem  a  um  grupo  de  células  de 
crescimento e são, por isso mesmo, muito mais sensíveis ao calor que o resto das células. Esse fenômeno 
natural  preserva  o  rendimento  do  tecido  enquanto  ao  mesmo  tempo  também  o  dano  irreversível  do 
folículo  piloso.  Por  outro  lado,  devido  à  baixa  absorção  em  melanina,  a  competição  entre  a  pele  e  o 
pigmento do pelo é excluída, o que faz com que esse método seja superior para os tipos de pele escuros.  
 
É  importante  saber  que,  em  alguns  casos,  foi  relatado  um  aumento  inicial  no  número  de  pelos,  após  o 
primeiro tratamento. Acredita‐se que esse aumento seja devido à sincronicidade do tratamento induzido do 
ciclo  do  pelo,  resultando  em  simultâneo  anágeno  nos  folículos  afetados.  O  aumento  inicial  se  reduzirá 
rapidamente nos próximos tratamentos.  

 Biologia do pelo 
 
O  pelo  é  um  anexo  dérmico  encontrado  em  quase  todas  as  partes  do  corpo  humano,  com  exceção  das 
palmas  das  mãos,  plantas  dos  pés  e  lábios.  Os  pelos  que  recobrem  a  maior  parte  do  corpo  são  finos,  de 
baixa coloração, com exceção das áreas cobertas por pelos terminais, que são grossos, pigmentados e se 
encontram  sobre  o  couro  cabeludo  e  as  sobrancelhas.  Os  pelos  podem  se  tornar  terminais  quando  são 
estimulados  por  andrógenos  (hormônios  sexuais  masculinos),  especialmente  no  rosto,  costas,  abdome, 
tórax, axilas e genitais na etapa da puberdade. Também podem se tornar terminais com o passar dos anos. 
O número de folículos capilares presentes na pele é fixado no nascimento. 
 
O eixo do cabelo é composto pela proteína “queratina”, e esta é produzida na parte mais baixa do folículo, 
ou do bulbo. A parte média do folículo contém a abertura para a glândula sebácea, a união do músculo, e 
uma área mais fina na bainha protetora da raiz chamada bulbo, que se acredita que contenha a base das 
células importantes para a regeneração do folículo capilar. A melanina é produzida no bulbo e se concentra 
no eixo do pelo velo na parte superior do bulbo. Dependendo da espessura da pele, o bulbo pode chegar a 
uma profundidade de 7 mm sob a pele no tecido subcutâneo. Ativamente em crescimento ou em estado 
anágeno,  os  folículos  capilares  são  mais  longos  e  profundos,  enquanto  nos  folículos  que  saem  do 
adormecimento, o bulbo é muito mais superficial. 

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 Ciclo de crescimento capilar  
 
O pelo humano cresce em padrões de ciclos contínuos, o que inclui períodos de fase anágena, catágena e 
telógena.  
 
 

CATÁGENA
(fase de transição)
2-4 semanas

ANÁGENA
(fase de crescimento)
3-4 meses ou anos
TELÓGENA
(fase de repouso)
2-5 meses

Fig. 2: Ciclo de crescimento do pelo 

A fase anágena é um período de crescimento ativo, estável, de alta atividade metabólica, divisão rápida 
das células do bulbo matriz e de diferenciação. Esta fase é composta por sete etapas: 
 
Etapa I – interação da papila capilar com a área da curvatura, disparando a papila de crescimento, aumenta 
a atividade metabólica. 
Etapa II – o bulbo do pelo velo começa a descer até a derme entre a bainha folicular vazia, a matriz do 
bulbo começa a envolver a papila e começa a diferenciação dos componentes foliculares. 
Etapa III – as células da matriz do bulbo alcançam a diferenciação de todos os componentes celulares. 
Etapa IV – a matriz de melanócitos se reativa e a distribuição da melanina começa novamente. 
Etapa V – o eixo emerge do cone capilar e cresce ao longo do pelo velho que se desprende geralmente 
antes da etapa VI 

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Etapa VI – o novo pelo emerge desde a superfície da pele 
Etapa VII – fase de crescimento estável até chegar a catágeno 

Fig. 3: Etapas anágenas 

A fase catágena é o período relativamente breve de 2 a 4 semanas da degradação do folículo do pelo que 
precede o restante do período. 
 
A fase telógena é um período de completa inatividade.  
 
Em geral, a duração de cada fase depende da área do corpo. A diferença na duração das fases relacionada à 
localização do pelo no corpo humano pode ser significativa – desde algumas semanas até alguns anos. 
 

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Tabela de crescimento dos pelos 
Profundidade
%  %  Variação 
No de  No total  aprox. de 
Pelos em  Pelos  Duração do Duração do de 
Área do corpo  Folículos  de  folículos 
Telógeno em  Telógeno  Anágeno  cresciment
por cm2  folículos  terminais 
(repouso) Anágeno  o diário 
anágenos 
1 milhão 
no total 
Couro 
13  85  3‐4 meses  2‐6 anos  350  0,35 mm  na cabeça  3‐5 mm 
cabeludo 
e couro 
cabeludo 
4‐8 
Sobrancelhas  90  10  3 meses    0,16 mm    2‐2,5 mm 
semanas
4‐8 
Orelhas  85  15  3 meses         
semanas 
Bochechas  30‐50  50‐70      880  0,32 mm    2‐4 mm 

Barba (queixo)  30  70  10semanas 1 ano  500  0,38 mm    2‐4 mm 

Bigode  35  65  6 semanas 16 semanas 500      1‐2,5 mm 

Axila  70  30  3meses  4 meses  65  0,30 mm    3,5‐4,5 mm 

Tronco          70  0,30 mm    2‐4,5 mm 


12 
Região púbica  70  30  1 mês  70      3,5‐4,75 mm 
semanas 
18
Braços  80  20  13 semanas 80  0,30 mm    2,5‐4 mm 
semanas
24 
Pernas e coxas  80  20  16 semanas 60  0,21 mm    2,5‐4 mm 
semanas 
Tórax  70  30      65  0,35 mm    3‐4,5 mm 
Eletrólise médica e cosmética e Eliminação temporária de pelos, R.N. Richards M.D., G.E. Meharg R.N. Medric Ltd. 
1991 
 
Tabela 2: Tabela de crescimento dos pelos 

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Tratamento a laser de veias 
Os lasers são utilizados para tratar veias desde a década de 1970, mas os resultados foram inconsistentes e 
muito dependentes da cor da pele. Devido à introdução de um novo comprimento de onda e uma duração 
de pulso variável, o tratamento a laser de veias tornou‐se seguro e mais eficaz. Dois princípios são aplicados 
no tratamento de veias, similares ao da remoção de pelos: a fototermólise seletiva e a homogênea.  
 
Enquanto  o  método  de  fototermólise  seletiva  é  utilizado  para  os  vasos  avermelhados  superficiais, 
fototermólise homogênea é uma ferramenta ideal para as veias maiores, mais profundas e estabelecidas.  

Fototermólise seletiva     Fototermólise homogênea 
Coagulação da camada  Coagulação uniforme da veia
superior, sem       
penetração em direção 
ao centro 

Fig. 4: Fototermólise seletiva (a) e homogênea (b) dos vasos sanguíneos 

 
A  Figura  4  mostra  que  o  sangue  nos  vasos  maiores  é  aquecido  mais  uniformemente  em  comparação  ao 
comprimento  de  onda  que  é  absorvido  no  sangue  (hemoglobina,  oxihemoglobina),  desse  modo,  é  criada 
uma  proteção  de  sangue  coagulado  na  margem  superior  do  vaso,  e  por  isso  mesmo,  mantém‐se  uma 
grande porção da região tratada sem ser afetada. Esse efeito não ocorre quando se utiliza um comprimento 
de  onda  que  não  é  absorvido  em  um  cromóforo.  A  pele  aquecida  homogeneamente  afeta  os  vasos 
sanguíneos,  porque  o  sangue  contém  proteínas  com  fator  específico  de  coagulação  que  são  sensíveis  a 
temperaturas  entre  52  e  55  graus  e  cerca  de  10  graus  menos  que  os  exigidos  para  a  coagulação  das 
estruturas circundantes. 
 
Resumindo, o sucesso do tratamento a laser de veias requer: 
 
 Comprimento de onda capaz de penetrar até a profundidade suficiente para alcançar a veia 
 Energia suficiente para atingir a coagulação 
 A duração do pulso, seu comprimento suficiente e justo para coagular a veia sem danificar a pele ou 
o tecido circundante (relacionado ao tempo de relaxamento térmico)  
 
 

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Tratamento com laser de Nd:YAG de pulso longo 
 
A Fotona oferece vários modelos de pulso longo em laser de Nd:YAG. O comprimento de onda de Nd:YAG 
apresenta  baixa  absorção  em  cromóforos  da  pele  (melanina,  desoxihemoglobina,  oxihemoglobina),  e  por 
isso, apenas uma pequena porção da energia laser se perde durante a penetração na camada profunda da 
pele,  onde  os  elementos  alvo  (veias,  bulbo  capilar)  estão  localizados.  A  baixa  competição  com  os 
cromóforos na pele ajuda a preservar a epiderme da hipo‐ e hiperpigmentação. Essa característica é muito 
importante  ao  tratar  as  peles  de  tipo  III  e  superiores.  Além  disso,  para  alcançar  a  proteção  máxima  da 
epiderme, a Fotona recomenda fortemente o uso do resfriamento da pele durante o tratamento. 

 Pré‐tratamento recomendado  

Durante a primeira consulta, o profissional médico ou o técnico autorizado deve: 
 
 Discutir a modalidade de tratamento com laser de Nd:YAG da Fotona com o paciente. 
 
 Desqualificar  os  pacientes  que  se  submeteram  a  exposição  solar  ou  bronzeamento  artificial  no 
mínimo três semanas antes do tratamento. 
 
 Obter  o  histórico  detalhado  do  paciente,  incluindo  as  modalidades  de  tratamentos  prévios  e 
determinar a conveniência para o tratamento. 
 
 Determinar as expectativas do paciente e explicar as limitações, e também que a remoção dos pelos 
exigirá uma série de tratamentos. 
 
 Explicar  que  pode  ocorrer  certo  desconforto  durante  o  tratamento  e  pode  surgir  eritema/edema 
temporário após o tratamento. 
 
 Explicar  que  pode  haver  o  risco  (embora  raramente)  de  reações  adversas  como  mudanças  na 
textura e pigmentação da pele, que geralmente são temporárias.  
 
 Preparação da pele para o tratamento  
 
A  área  da  pele  a  ser  tratada  deve  ser  limpa  e  seca.  Deve  estar  sem  loções,  perfumes,  maquiagem, 
desodorantes, etc. antes do tratamento.  
 
PRECAUÇÃO  
Não limpar a pele com etanol! 
 
Os pelos devem ser removidos com lâmina de 6 a 12 horas antes do tratamento. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Os pelos devem ser cortados rente. 
 
 Precauções de segurança

 O sistema de alta energia laser foi especificamente desenvolvido para a penetração do tecido 
profundo.  O  laser  é  capaz  de  causar  danos  retinianos  graves  quando  aplicado  próximo  à 

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superfície dos olhos do paciente.  
 
PRECAUÇÃO 
Não utilizar o laser sobre os olhos ou próximo aos olhos do paciente. O uso em  qualquer 
parte do globo ocular pode causar potencialmente lesão no olho. 
 
 Deve‐se utilizar indumentária adequada para a proteção ocular do paciente e dos profissionais que o 
operam, para prevenir uma exposição inadvertida dos olhos. 
 
 É  necessária  fluência  reduzida  para  as  áreas  ao  redor  de  ossos  (mãos,  tornozelos  etc.)  ou  áreas 
sensíveis (parte superior dos lábios, debaixo dos braços, áreas de biquíni, pescoço). As áreas sensíveis 
podem ser aliviadas aplicando gelo após o tratamento.   

 Recomendações pós-tratamento

 A aplicação de gelo poderá trazer alívio e reduzir a duração da inflamação. Pode‐se utilizar cortisona 
tópica  ou  creme  de  aloe  vera.  Caso  haja  algum  sinal  de  lesão  na  epiderme,  o  paciente  pode  utilizar 
uma pomada antibiótica.  
 
 Devem‐se tomar os cuidados necessários para prevenir o trauma na região tratada durante os cinco 
dias  seguintes  ao  tratamento.  A  região  tratada  não  deve  ser  depilada  com  lâmina  durante  esse 
período. 
 
 A exposição ao sol deve ser evitada, e um bloqueador solar deve ser utilizado durante o período de 
tratamento. 
 
 Pode‐se aplicar maquiagem, contanto que a pele não esteja lesionada. A maquiagem também servirá 
como um bloqueador solar adicional. 
 
Para  a  remoção  dos  pelos,  o  paciente  deve  retornar  após  um  período  de  quatro  a  seis  semanas  para  que  a 
região  tratada  seja  re‐examinada  e  a  possibilidade  de  um  tratamento  adicional  seja  estudada.  Para 
tratamentos vasculares, sugerimos a avaliação e a próxima sessão de tratamento em 4‐6 semanas. 
 
 Efeitos adversos  
 
De acordo com a experiência, os efeitos adversos são mínimos e temporários, mas os pacientes devem estar 
informados sobre eles. 
 
As respostas indesejáveis podem ser: 
 
 Pode persistir por alguns dias uma leve cor avermelhada. Esta pode ser facilmente coberta aplicando 
maquiagem. 
 Queimaduras muito superficiais, às vezes com bolhas. Podem chegar a durar 10 dias em média. 
 Hipo‐ ou hiperpigmentação leve temporária, raramente na face. Em geral, esta desaparece depois de 
2‐3 meses. 
 
 

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DEPILAÇÃO com LASER de Nd:YAG  

Parâmetros do tratamento de depilação 

Largura de Pulso  Largura de Pulso 
Tipo de pele. 
Fluência  Pelo Fino  Pelo Grosso 
Fototipo 
(Pulse Width)  (Pulse Width) 

I ‐ III  40‐60 J/cm2  10‐15 ms  20‐30 ms 

IV‐V  35‐45 J/cm2  10‐15 ms  20‐30 ms 

VI  30‐35 J/cm2  10‐15 ms  20‐30 ms 


 
Tabela 3: Parâmetros de tratamento de pelos 

Observações da tabela 3: 
‐ Iniciar os tratamentos com o valor mais baixo do intervalo e depois aumentar. 
‐ À medida que transcorrem as sessões, pode‐se aumentar levemente a fluência, já que conforme o 
paciente perde os pelos gradualmente, ele pode aceitar maiores níveis de energia sem apresentar 
incômodos. Não ultrapassar os valores máximos mencionados na tabela para evitar complicações 
‐ Em pelos muito grossos e profundos, como por exemplo na barba dos homens, podem ser 
utilizados pulsos mais longos de 35 ms ou mais.   
 
Esta  tabela  deve  ser  utilizada  como  guia  que  o  ajudará  a  começar  o  tratamento  de  remoção  de  pelos  em 
diferentes tipos de pele e espessura do pelo. Os spots de teste devem ser realizados sempre em cada paciente 
antes do tratamento, contando com tempo suficiente entre o teste e o tratamento para permitir o surgimento 
de  qualquer  efeito  adverso.  Em  geral,  quanto  mais  escuro  o  tipo  de  pele,  maior  o  tempo  entre  o  teste  e  o 
tratamento atual. Haverá o protocolo de segurança para realizar o número de spots de teste sobre o paciente 
na  área  próxima  ao  local  de  tratamento  atual,  e  o  ideal  é  aguardar  até  o  dia  seguinte  para  realizar  o 
tratamento completo. Começar sempre com o spot de teste em baixa energia e aumentá‐la apenas caso não 
haja efeitos adversos. 
 
O ponto final clínico do laser de pulso longo de Nd:YAG é um pouco diferente em relação ao de outros lasers 
de comprimento de onda mais curto e, portanto, não devem ser utilizados os parâmetros aplicados para outro 
tipo  de  lasers.  Estes  últimos  apresentam  alta  absorção  na  melanina  da  epiderme,  o  que  pode  resultar  em 
edema perifolicular e ao mesmo tempo combinar‐se com um edema total da pele. O pulso longo de Nd:YAG 
transfere a maior parte de sua energia na região baixa do folículo capilar para onde está dirigido. Isso ocorre 
porque  há  menos  dispersão  dos  pelos  na  parte  superior  da  pele.  Após  o  tratamento,  os  pelos  cairão  em 
aproximadamente duas a três semanas.  

 Eliminação de pelos com Scanner Fotona  
O melhor caminho absoluto para assegurar a cobertura completa, com a quantidade de sobreposição desejada 
e  com  pouca  ou  nenhuma  área  sem  tratar  é  utilizar  o  scanner  para  cobrir  a  área.  Quando  se  realiza  a 

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eliminação de pelos com um único spot, o trabalho se transforma em uma tarefa intensiva, e o erro humano 
começa a aumentar. Quando se utiliza um spot circular e os círculos são situados precisamente próximos entre 
si,  a  área  tratada  contém  ilhas  indesejáveis  de  superfícies  de  pele  que  não  recebem  tratamento.  Uma 
sobreposição parcial de 10% a 20% pode ser necessária para garantir a cobertura total do tecido. É óbvio que é 
impossível realizar semelhante trabalho sozinho. Por essa razão, o scanner Fotona é a solução perfeita para o 
tratamento uniforme. 
 
Como os spots dos scanners não são disparados de forma contígua, isso reduz também o incômodo resultante 
de receber dois disparos contíguos ou sobrepostos que acumulam ainda mais a carga térmica nesse ponto. 
 
Em  resumo,  um  scanner  proporciona  um  tratamento  mais  rápido,  preciso,  confortável  para  o  paciente  e 
relaxado para o operador. 
 
 
TRATAMENTOS VASCULARES com LASER de Nd:YAG 
 
As  aplicações  deste  comprimento  de  onda  podem  ser  divididas  em  técnicas  trascutâneas  e  endovasculares, 
dependendo da espessura do vaso a tratar. 
 
Descreveremos  as  técnicas  trascutâneas,  comuns  à  Dermatologia  Estética  e  Flebologia,  deixando  as 
endoluminares para outro capítulo. 
 
 Técnicas trascutâneas 
Princípios gerais: 
É prioritário ter em conta para esta técnica as seguintes considerações: 
1. Localização anatômica: 
2. Diâmetro do vaso 
3. Profundidade  
4. Extensão 
5. Coloração 
6. Fototipos de pele 
 
 Localização anatômica: 
Lesões na face. 
Lesões em membros. 
Outras localizações. 
 
Lesões na face: 
Nesta  região,  é  importante  manejar  cuidadosamente  os  parâmetros  para  evitar  qualquer  lesão  residual  que 
possa comprometer a estética. 
Lesões em membros: 
O  estudo  da  circulação  venosa,  a  continência  do  sistema  valvular  das  veias  profundas  e  perfurantes,  a 
atividade  laboral,  as  medidas  preventivas  e  terapêuticas  sistêmicas  são  importantes  para  atingir  as 
expectativas desejadas. 

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Outras localizações: 
As mucosas e outras regiões serão consideradas separadamente. 
 
 Diâmetro do vaso: 
Determinará os parâmetros a utilizar, já que as veias maiores tendem a exigir menor fluência que as pequenas 
e maior largura de pulso.  
 Extensão: 
Determinará o número de sessões necessárias para eliminar a maior quantidade de lesão sem complicações 
 Coloração: 
A resposta imediata e mediata difere de acordo com a coloração do vaso a tratar. 
 Fototipo de pele: 
Determinará  os  parâmetros  a  utilizar  e  a  quantidade  de  sessões  para  não  ter  complicações  de  hipo‐  ou 
hiperpigmentação.  Em  geral  nos  fototipos  mais  escuros  deve‐se  iniciar  o  tratamento  com  fluências 
menores dentro do intervalo. 
 
Preparação do paciente: 
 Evitar a exposição solar 15 dias antes. 
 Utilizar protetor total 15 dias antes, fundamentalmente em lesões no rosto. 
 Em  fototipos  escuros  e  pacientes  expostos  durante  muito  tempo  à  radiação  solar,  é  aconselhável  a 
utilização de substâncias despigmentantes (Hidroquinona a 4%, Ácido Kójico a 2% ou ácido mandélico a 8‐
10%) 10 a 15 dias antes do procedimento. 
 Evitar o uso de aspirina, álcool e tabaco. 
 O paciente deve comparecer no dia do tratamento sem nenhum tipo de maquiagem. 
 
Anestesia: 
Em geral, não é necessária a utilização de anestesia. Em caso de pacientes muito sensíveis, utiliza‐se anestesia 
tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula: lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, 
aplicada de forma generosa no mínimo meia hora a uma hora antes do procedimento, cobrindo a região com 
um filme.  
 
Preparação da região a tratar: 
O mais importante é efetuar a refrigeração da epiderme devido ao efeito calórico do Nd. YAG, evitando 
assim o dano térmico e diminuindo o limiar de dor. Recomenda‐se a utilização do sistema de resfriamento por 
ar, ou de bolsa de resfriamento. 
 
Técnica: 
‐ Retirar o filme (caso tenha sido utilizada).  
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.  
‐ Configuração do aparelho: os parâmetros de utilização serão descritos de acordo com cada uma das 
lesões a tratar.  
‐ Não esqueça a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os funcionários. 
‐ Recomendamos utilizar lupas e iluminação excelente para visualizar a região a tratar. 
 
Pós‐laser: 
 Imediatamente após o fim do procedimento, devem‐se aplicar cremes com ATB e corticoides e Aloe vera 
em gel gelado.  

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 Continuar com essa medicação por 7 a 10 dias.  
 Aplicar resfriamento na região tratada várias vezes ao dia caso haja incômodo e edema.  
 Caso se formem crostas, NÃO desprendê‐las, mantendo‐as úmidas com vaselina sólida, cremes hidratantes 
ou Aloe Vera.  
 Evitar a exposição solar utilizando protetor solar total (Photoderm Max, FPS 100 R). 
 Evitar que a água quente toque na superfície tratada durante o banho. 
 Evitar o uso de aspirina, álcool e tabaco. 
 Evitar os exercícios ou esportes de alto impacto por 2‐3 dias. 
 
 Técnicas trascutâneas no rosto 
As  lesões  vasculares  na  face  são  características  porque  o  diâmetro  dos  vasos  é  de  0,1  a  1  mm,  permitindo 
eliminar quase todas as lesões. 
Na face, encontramos com frequência as seguintes lesões que podem ser eliminadas com o laser de Nd.YAG: 
 
Telangiectasias 
Rosácea 
Malformações capilares congênitas de grande extensão 
Angiomas de pequena extensão. 
 
 Telangiectasias 
 
Princípios gerais 
São vasos cutâneos superficiais e de pequeno calibre de 0,1 a 1 mm, podendo apresentar coloração vermelha 
brilhante quando são de origem arteriolar, azul quando se originam em vênulas e roxa se são de origem mista. 
De acordo com sua forma, podem ser lineares ou simples, arborizadas, papulosas ou aracniformes. 
 
O sinal de eficácia no tratamento varia de acordo com a cor da telangiectasia: 
Nas vermelhas o vaso desaparece ou se branqueia imediatamente. 
Nas azuis passa a uma cor cinzenta com contornos borrosos, mas pode NÃO desaparecer totalmente. 
Nas roxas passa a uma cor azul cinzenta com contornos também borrosos SEM desaparecer totalmente.  
Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro 
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até atingir a resposta desejada. 
Uma  vez  determinados  os  parâmetros  ótimos,  são  efetuados  os  disparos  um  ao  lado  do  outro,  seguindo  o 
trajeto do vaso (SEM SOBREPOSIÇÃO).  
 
Parâmetros de tratamento 
 
Spot  Fluência  Largura de Pulso  Frequência 
Telangiectasias 
(mm.)  (J/cm2)  (ms.)  (Hz.) 
Faciais  3‐4  90 a 110   20‐25  0,5 a 1 

Na  região  periorbital,  é  preciso  ter  extremo  cuidado,  disparando  perpendicularmente  sem  ultrapassar  a 
margem óssea.  
Na região perioral, deve‐se colocar uma gaze úmida enrolada entre a mucosa labial e os dentes para protegê‐
los.  

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Nos  vasos  que  estão  salientes  na  pele  (geralmente  azuis),  deve‐se  começar  com  a  menor  fluência,  pois  o 
grande acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas). 
 
 
 
 
Número de sessões necessárias: 
 
Em geral, são necessárias 1 a 2 sessões para conseguir os melhores resultados,  
com intervalos de 4 a 6 semanas. 

 Rosácea 
 
Princípios gerais 
É uma  dermatose crônica muito  frequente em mulheres  de 40  a 50 anos, de  localização  centro‐facial (nariz, 
bochecha,  queixo  e  testa)  produzida  por  uma  hiper‐reatividade  vasomotora  desencadeada  por  estímulos 
endógenos e ambientais.  
O curso evolutivo apresenta diferentes estágios: 
 Estágio 1: Eritema moderado persistente, telangiectasias escassas. 
 Estágio 2: Eritema persistente, numerosas telangiectasias, pápulas e pústulas. 
 Estágio 3: Eritema profundo persistente, telangiectasias densas com cachos vasculares, pápulas, pústulas, 
nódulos e edema variável em placas.  
 Estágio  4:  Agregam‐se  mais  nódulos,  edema  variável  em  placas  e  fimas:  rinofima  (o  mais  comum), 
gnatofima, mentofima, otofima e blefarofima. 
 
O laser de Nd. YAG é o tratamento preferido nos estágios que apresentam telangiectasias responsáveis pelo 
lentidão e obstrução no tecido intersticial. Como resultado da obliteração, o laser melhora significativamente 
o eritema, e em estágios avançados, diminuem as fimas (rinofima). 
O efeito esterilizante do laser melhora os estágios que apresentam pápulas e pústulas. 
 

O Nd YAG é o tratamento preferido na Rosácea 

O tratamento é dividido em: 
 
 Tratamento das telangiectasias visíveis. 
 Tratamento do eritema, pápulas e pústulas. 
 
Tratamento das telangiectasias. 
 
O tratamento é iniciado com três ou quatro disparos sobre o vaso perpendicularmente, um ao lado do outro 
sem sobrepô‐los, observando a resposta da pele e o sinal de eficácia (desaparecimento) sobre o vaso tratado. 
Os sinais de lesão na pele são as bolhas e a coloração cinzenta.  
Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro 
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até obter a resposta desejada. 
Uma  vez  determinados  os  parâmetros  ótimos,  são  efetuados  os  disparos  um  ao  lado  do  outro  seguindo  o 
trajeto do vaso.  

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Na  região  periorbital,  é  preciso  ter  extremo  cuidado,  disparando  perpendicularmente  sem  ultrapassar  a 
margem óssea.  
Na região perioral, deve‐se colocar uma gaze úmida enrolada entre a mucosa labial e os dentes para protegê‐los.  
Tratamento do eritema, pápulas e pústulas. 
 
Realiza‐se  uma  varredura  sem  sobreposição  de  disparos  (overlapping),  aumentando  o  spot  e  diminuindo  a 
largura de pulso, evitando as regiões de telangiectasias tratadas. 
 
Spot  Fluência  Largura de Pulso  Frequência 
   2
(mm.)  (J/cm )  (ms.)  (Hz.) 
Telangiectasias             3‐4  90 a 140   20‐25  0,5 a 1 
Varredura  3‐4  90 a 140   20 ‐25  1 
(eritema) 
Varredura (pústula)  5 a 6  35 a 50  35 a 40  1 
Modelos 
Dynamis ou 
Spectro, usar 
spot de 9mm 

É muito importante o resfriamento prévio e suficiente de todas as regiões a tratar, pois é uma região 
já sensível a alterações vasomotoras e, portanto, devemos ter cautela com as alterações calóricas. 
 
Número de sessões necessárias: 
 
Em geral, são necessárias 2 a 4 sessões para obter os melhores resultados,  
com intervalos de 4 a 6 semanas. 
 

 Malformações capilares congênitas de grande extensão 

Princípios gerais: 
Mancha em vinho do Porto (Port Wine Stain): é uma forma especial de nevus flammeus que pode crescer de 
forma  proporcional  com  a  criança,  espessar  a  superfície  cutânea  e  apresentar  um  aspecto  estético 
desagradável.  As  manchas  em  vinho  do  Porto  no  território  de  distribuição  do  nervo  trigêmeo  podem  estar 
associadas à Síndrome de Sturge‐Weber, também chamada de Angiomatose Encéfalo‐Trigeminal. 
 
O Nd YAG é uma alternativa terapêutica valiosa no tratamento desta patologia. 
 
Dividimos o tratamento de acordo com a região anatômica a tratar: 
 Região da testa 
 Região palpebral  
 Região das bochechas (geniana), nasal e labial 
 Região mentoniana 
 
Região da testa:  
Recomenda‐se começar por esta região porque temos em toda a sua extensão o reparo ósseo que o osso da 
testa nos oferece. O espessamento cutâneo é menor que nas outras áreas, permitindo que testemos a pele e 

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ajustemos os parâmetros. Deve‐se evitar efetuar disparos sobre a região superciliar (sobrancelhas) e a raiz do 
nascimento do cabelo (lembrar que o Nd. YAG também depila). 
 
 
É muito importante fazer um quadriculado com caneta de gel branco de 2 cm de lado para demarcar a região 
com o propósito de  
NÃO sobrepor disparos (overlapping). 
O resfriamento da região deve ser permanente  
(antes, durante e depois dos disparos). Zimmer. 

Começar por um dos quadrados próximos à raiz do cabelo (o menos visível), disparando perpendicularmente, 
deixando um espaço entre um disparo e outro, observando a resposta da pele (que não se formem bolhas) e o 
sinal de eficácia (avermelhamento ou cor cinzenta escura). Caso a resposta seja adequada, continuar com o 
restante  dos  quadrados  também  disparando  perpendicularmente,  deixando  um  espaço  entre  um  disparo  e 
outro. 

  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2)  Largura de Pulso (ms.)  Frequência (Hz.) 


Varredura  4‐5  80 a 90 20‐25 1 

Região palpebral: 
Nesta região, as medidas de prevenção e proteção devem ser extremas. Deve ser realizada por cirurgiões laser 
muito treinados. A penetração do Nd. YAG pode afetar o globo ocular. 

O reparo ósseo periorbital é o limite de segurança para o operador 

Região das bochechas (geniana), nasal e labial: 
Esta região é onde se observa, em razão da maior densidade dos vasos, o maior espessamento da pele, e por 
isso devemos extremar os cuidados e começar pelos menores parâmetros dentro do intervalo, uma vez que o 
grande acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas). 
 
É preciso tomar os mesmos cuidados que na região da testa, lembrando‐se de NÃO sobrepor disparos (fazer o 
quadriculado para guiar‐se) e o resfriamento conforme descrito na região da testa. 
Começar por um dos quadrados próximos à raiz do cabelo (o menos visível) disparando perpendicularmente, 
deixando um espaço entre um disparo e outro. Observando com lupa a resposta da pele e o sinal de eficácia. 
Caso a resposta seja adequada, continuar com o resto dos quadrados, também disparando da mesma forma.  

Na região labial, proteger os dentes e a gengiva com gaze enrolada umedecida na 
região gengival e dentária. 

Largura de Pulso 
  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2)  Frequência (Hz.) 
(ms.)

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Varredura  4‐5  80 a 100   20‐25  1 

Região mentoniana:
Tem as mesmas considerações que a região da testa, devido ao reparo ósseo do maxilar inferior, deve‐se ter 
cuidado especial na proteção da gengiva e dos dentes com gaze enrolada umedecida.  
 
Largura de Pulso 
  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2)  Frequência (Hz.) 
(ms.) 
Varredura  4‐5  80 a 100 20‐25 1 
 
 
 
Número de sessões necessárias: 
 
Em geral, são necessárias aproximadamente 10 sessões para obter os melhores resultados,  
com intervalos de 4 semanas. 
  
 
 Angiomas de pequena extensão 

Princípios gerais: 
São  lesões  de  cor  vermelha  ou  vermelha  brilhante  em  geral  de  tamanho  pequeno  que  podem  se  localizar  em 
qualquer região da pele (hemangioma rubi, nevo rubi). Mais frequentes em fototipos claros e idades avançadas. 
 
Preparação do paciente: 
Não exige preparação especial, tomando cuidado fundamentalmente com a exposição solar. 
 
Anestesia:  
Com um bom resfriamento, não é necessária a utilização de anestesia tópica.  
  
Preparação da região a tratar:  
O mais importante é efetuar a refrigeração da epiderme (antes, durante e depois do tratamento), devido ao 
efeito  calórico  do  Nd.  YAG,  evitando  assim  o  dano  térmico  e  diminuindo  o  limiar  de  dor.  Recomenda‐se  a 
utilização do sistema de resfriamento por ar, ou de bolsa de resfriamento. 
 
Técnica cirúrgica:   
‐ Configuração do aparelho: os parâmetros de utilização serão descritos de acordo com a região a tratar.  
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os funcionários. 
‐ Recomendamos utilizar lupas e iluminação excelente para visualizar a resposta imediata da região a tratar. 
 
São realizados dois a três disparos de um em um, resfriando a região entre eles, 
até obter a mudança de cor, coloração preta. Haverá a formação de uma crosta que 
cai posteriormente. 
 
  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2) Largura de Pulso (ms.)  Frequência (Hz.)
Angiomas  2 – 3 ou 4  110 a 140 20 0,5 

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O spot de 2 mm será utilizado apenas nos angiomas muito pequenos do tamanho de 
uma cabeça de alfinete. 
Número de sessões necessárias: 

Em geral é resolvido em uma ou duas sessões, dependendo do tamanho 

Técnicas trascutâneas em membros 

Princípios gerais: 
O Nd:YAG de pulso longo tem uma vantagem exclusiva no tratamento de veias nas pernas, no fato de que a 
energia não é absorvida tão fortemente quanto com outros comprimentos de onda utilizados para tratar essa 
condição. Quando a energia é absorvida muito fortemente, o resultado é que ocorre dano na parede superior 
da parede do vaso.  
É muito mais difícil eliminar um vaso quando só se pode danificar sua parede superior e o resto da parede não 
é afetado. A energia do Nd:YAG é absorvida mais lentamente, o que lhe permite atingir um aquecimento mais 
homogêneo  do  sangue,  resultando  em  uma  transferência  calórica  a  toda  a  parede  vascular  externa.  Isso 
produz  uma  melhor  oportunidade  de  obter  um  fechamento  total  quando  o  vaso  é  tratado.  A  energia  do 
Nd:YAG  também  é  capaz  de  atingir  maiores  profundidades  que  as  alcançadas  por  outros  comprimentos  de 
onda mais curtos, e isso permite o tratamento de vasos de localização mais profunda. 
 
Podemos tratar: 
 
 Telangiectasias vermelhas, azuis ou rojas. 
 Vasos de até 3 mm de diâmetro e até 4 mm de profundidade. 
 
Telangiectasias vermelhas, azuis ou roxas. 
 
O tratamento é iniciado com três ou quatro disparos sobre o vaso perpendicularmente, um ao lado do outro 
sem sobreposição, observando a resposta da pele e o sinal de eficácia sobre o vaso tratado. 
Os sinais de dano na pele são as bolhas e a cor cinzenta.  
O sinal de eficácia varia de acordo com a cor das telangiectasias: 
Nas vermelhas, o vaso desaparece ou se branqueia. 
Nas azuis, passa a uma cor cinzenta com contornos borrosos ou preta, mas pode NÃO desaparecer totalmente. 
Nas roxas, passa a uma cor azul cinzenta com contornos também borrosos, mas pode NÃO desaparecer.  
 
Imediatamente após o laser, pode‐se observar na pele um leve edema saliente que segue o trajeto do vaso, 
que confere a característica de arranhado de gato. 

Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro 
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até obter a resposta desejada. 
Uma  vez  determinados  os  parâmetros  ótimos,  são  efetuados  os  disparos  um  ao  lado  do  outro  seguindo  o 
trajeto do vaso.  

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Largura de Pulso 
Telangiectasias  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2)  Frequência (Hz.) 
(ms.) 
Membro inferior  3 ‐ 4  90 a 140  20‐35  1 
 
Nos vasos que estão salientes na pele (geralmente azuis) deve‐se começar com a menor energia, pois o grande 
acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas). 
As  telangiectasias  roxas  em  cabeça  de  medusa  possuem  um  vaso  central  que  as  nutre.  Deve‐se  começar 
disparando  da  periferia  para  o  centro  com  os  parâmetros  habituais,  terminando  o  procedimento  com  a 
fotocoagulação do vaso central modificando os parâmetros. 
 
Telangiectasias  Spot  Fluência  Largura de Pulso  Frequência 
em cabeça de medusa  (mm.)  (J/cm2)  (ms.)  (Hz.) 
Arborizações roxas  3‐4  90 a 140  25‐35  1 
Vaso central  4‐6  60 a 100 25 a 40 1 
 
 
 
 
Número de sessões necessárias: 
 
Em geral, são necessárias 2 a 4 sessões para conseguir os melhores resultados, com 
intervalos de 4 a 6 semanas. 

Vasos de até 3 mm de diâmetro e até 4 mm de profundidade. 
 
Os  parâmetros  de  utilização  para  a  obliteração  destes  vasos  dependem  de  seu  diâmetro,  profundidade, 
direção, extensão e cor. Às vezes, é difícil conseguir chegar aos parâmetros ótimos sem produzir dano térmico, 
e portanto sequelas na pele.  
 
 
ONICOMICOSE 
 
Técnica de aplicação: 
Para minimizar o incômodo do paciente, o ideal é realizar este tratamento com a aplicação simultânea de frio 
na pele da região tratada. 
Recomenda‐se limar ou rebaixar a unha e diminuir sua espessura para maximizar os resultados.  
Este tratamento é realizado com peça manual e não com scanner para melhor controle. 
Deve‐se evitar irradiar o laser sobre a matriz ungueal. (apenas 2 passadas). 
É recomendável fazer uma sessão por semana, realizando as sessões necessárias (em geral 4) até obter a 
eliminação da lesão, sendo que isso pode variar conforme o tipo de fungo. 
 
 
Largura de Pulso  Frequência  Número de 
  Spot (mm.)  Fluência (J/cm2) 
(ms.)  (Hz.)  passadas 

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2 na totalidade 
da unha, 
incluindo a pele 
Onicomicose  4   40 a 50  40‐50  1  e 2 mais no resto 
da lâmina. 
(excluindo a 
matriz) 
 
 
TRATAMENTO DE ACNE ATIVA

O  Nd:Yag  é  um  laser  muito  eficaz  para  tratamento  de  acne.  Como  em  todos  os  tratamentos  de  acne, 
recomenda‐se que o paciente tome cuidados cotidianos com a pele. As infecções de acne aumentam o fluxo 
sanguíneo com a área afetada; por isso, o laser depositará sua energia, destruindo a bactéria. 
Observe que os parâmetros sugeridos para acne são muito similares aos da depilação.   
 
Parâmetros sugeridos em tratamentos de acne. 
‐ Realizar com a pele refrigerada 
 
Quando se utiliza peça manual, selecionar SPOT de 5 mm. 
Quando se utiliza scanner, o SPOT é de 6 mm. 
Quando se utiliza o modelo Spectro ou Dynamis, usar spot de 9 mm. 
   
  Largura de pulso (ms)  Fluência (J/cm2)  Frequência (Hz) 
Tipo de pele       

I – III  40 – 50 ms  40 – 50  1,0 – 1,8 

Tipo de pele
IV - VI 35 – 45 ms 35 – 45 1,0 – 1,8

Pós‐operatório imediato 
‐ Aplicar Diprogenta em creme e protetor solar 

Observações 
‐ Efetuar sessões com um intervalo de 1‐2 semanas. 
‐ Deve‐se realizar a quantidade de sessões necessárias até a remissão das pústulas. Continuar com uma 
sessão por mês de manutenção até a normalização da pele.  
‐ A manutenção da pele deve ser realizada com uma limpeza de pele a cada 15 ‐ 30 dias 
‐ Advertir pacientes do sexo masculino de que o tratamento pode causar a 
remoção de pelos. 
 
 
REJUVENESCIMENTO FACIAL NÃO ABLATIVO 
 
‐ Realizar com a pele refrigerada 

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Delimitar com uma caneta de gel branco a margem orbitária para confirmar o limite de não aplicação do 
laser, evitando os riscos de complicações oculares graves. 
 
                 Quando se utiliza peça manual, selecionar SPOT de 5 mm 
                Quando se utiliza scanner, o SPOT é de 6 mm. 
Quando se utiliza o modelo Spectro ou Dynamis, usar spot de 9 mm. 
 
  Largura de pulso  Frequência 
Fluência (J/cm2) 
(ms)  (Hz) 
Tipo de pele       

I – III  40 – 50 ms  40 – 50  1,0 – 1,8 

Tipo de pele       

IV ‐ VI  35 – 45 ms  35 – 45  1,0 – 1,8 

Pós‐operatório imediato 
‐ Aplicar Diprogenta em creme e protetor solar 
 
Observações 
‐ Efetuar sessões com um intervalo de 1‐2 semanas, por um total de 6 sessões 
‐ Podem ser realizadas 2 séries de 6 tratamentos por ano 
‐ Advertir pacientes do sexo masculino de que o tratamento pode causar a remoção de pelos. 
 
Contraindicações 
‐ Colagenopatias  
‐ Infecção bacteriana ou herpética ativa 
‐ Implantes ou preenchimentos de substâncias definitivas 
 
 
 
 
 

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ALTA SENSIBILIDADE

SENSIBILIDADE MÉDIA

SENSIBILIDADE BAIXA

Fig. 5: Quadro de níveis de sensibilidade em regiões corporais

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