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DERMATOLOGIA ESTÉTICA
LASER DE ÉRBIO:YAG
DRA. CLAUDIA M. PIDAL, DR. LUIS M. MANSILLA, DR. VICTOR RIOS
DIREITOS AUTORAIS PERTENCENTES AOS AUTORES. É PROIBIDA SUA REPRODUÇÃO TOTAL OU
PARCIAL.
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ÍNDICE
Introdução ao laser de Érbio:YAG ................................................................................... 4
Característica do Érbio:YAG .......................................................................................... 4
Pulsos longos versus pulsos curtos ............................................................................... 5
Conceitos importantes sobre pele e envelhecimento .................................................... 7
Alterações morfológicas das camadas devido ao envelhecimento: ............................. 8
Classificação dos tratamentos a laser por nível de ablação......................................... 11
1. Técnicas não ablativas: ........................................................................................ 11
2. Técnicas pouco ablativas ......................................................................................... 11
3. Técnicas ablativas de profundidade média ............................................................. 11
4. Técnicas excisionais ................................................................................................. 11
5. Técnicas ablativas pixeladas .................................................................................... 11
Tratamentos com laser de Érbio:YAG ........................................................................... 12
1‐ Tratamentos não ablativos........................................................................................ 13
2‐ Procedimentos pouco ablativos de grandes superfícies da pele (ULTRA LIGHT,
LIGTH) ............................................................................................................................. 15
3‐ Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida .................................................... 18
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado.PS01 ................................................. 19
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado.RO4 .................................................. 21
Técnica de varredura com VSP, MSP Micropeeling (véu de noiva).RO4 .................... 22
4‐ Tratamentos corporais .............................................................................................. 23
Regiões corporais: ....................................................................................................... 23
Pescoço e região supraclavicular: ............................................................................... 23
Região anterior do pescoço: ....................................................................................... 24
Região posterior do pescoço e supraclavicular:.......................................................... 24
Tórax: ........................................................................................................................... 24
Região mamária: ......................................................................................................... 25
Tórax posterior (costas): ............................................................................................. 26
Região anterior do abdome: ....................................................................................... 27
Região do ombro, axila e braço:.................................................................................. 28
Região do antebraço e mão: ....................................................................................... 28
Região glútea: .............................................................................................................. 29
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Região da coxa............................................................................................................. 30
5‐ Tratamento de estrias ............................................................................................... 31
6‐ Tratamentos ablativos e excisionais ......................................................................... 33
A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas ................................ 33
B. Ablação de grandes superfícies na pele .................................................................. 38
Região da testa e espaço entre as sobrancelhas: ....................................................... 41
Região perioral: ........................................................................................................... 41
Região periocular: ....................................................................................................... 42
Região dorsal da mão: ................................................................................................. 42
Região ântero‐lateral do pescoço: .............................................................................. 43
Resurfacing de face completa: .................................................................................... 43
Resurfacing de cicatrizes de acne ............................................................................... 44
C. Excisão de lesões na pele e mucosas ...................................................................... 46
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Manual de Aplicações Clínicas
do Laser de Érbio:YAG
Introdução ao laser de Érbio:YAG
Com as diversas e indiscutíveis vantagens do laser de Érbio:YAG no rejuvenescimento
facial, a versatilidade desse comprimento de onda permite ampliar os tratamentos ao
resto da pele do corpo todo utilizando a variação de determinados parâmetros
(energia, frequência e duração do pulso), sendo possível realizar todos tipos de
tratamentos que se acomodam às necessidades de cada paciente, optando por
procedimentos não ablativos para focar na obtenção do estímulo do colágeno e
tensionamento da pele, e outros de tipo ablativo que permitem remover em forma de
peeling a laser todo tipo de irregularidades.
A última geração de aparelhos de Érbio:YAG de maior potência, maior spot, bem como
os novos modos SMOOTH e técnicas pixeladas de microspots, permitem além de
reduzir os tempos de realização em grandes regiões corporais, obter resultados
excepcionais com pouco ou nenhum período de recuperação do paciente.
Característica do Érbio:YAG
Diferentes tipos de laser utilizados na medicina possuem afinidade por elementos
contidos no corpo. Essa afinidade faz com que a luz laser emitida se detenha quando
os encontra, e a energia luminosa se transforma principalmente em descarga térmica.
Caso o laser não encontre esse elemento afim (quer seja água, sangue, melanina etc.)
ele continua avançando dentro do corpo.
O laser de Érbio:YAG se caracteriza por sua grande afinidade com a água. Isso significa
que quando o feixe do laser de Érbio atinge a pele (que possui grande conteúdo
aquoso) encontra nela uma “barreira de contenção”. Isso se traduz em ablações muito
superficiais que removem apenas poucos mícrons em profundidade. Graças a essa
propriedade, observamos que quando esse laser é utilizado para remover tecido, é
fácil regular a profundidade da sua ação. Caso se deseje atingir maior profundidade de
remoção, bastará repetir sua ação na mesma região, criando dessa maneira uma
ablação camada por camada de forma muito controlada.
Para poder alcançar a ablação do tecido, o laser deve ter os parâmetros necessários
para que esse processo de microexplosão seja realizado. Caso a energia selecionada
seja baixa demais, o laser não conseguirá alcançar o ponto em que vaporiza a água
contida no tecido no qual se está trabalhando. Chamamos isso de “limiar de ablação”.
Abaixo desse limiar, não temos vaporização e a energia luminosa se transforma apenas
em calor, que se dispersa no tecido. Quando o limiar de ablação é ultrapassado, a
maior parte da energia gerada pelo laser é consumida durante a vaporização, e,
portanto, há pouca dispersão de calor no tecido circundante.
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Pulsos longos versus pulsos curtos
Esta nova geração de lasers de Érbio:YAG permite que o operador selecione a duração da
emissão de cada pulso ou disparo (chamada de Largura de Pulso). Esse tempo (que dura
apenas microssegundos) pode ser ajustado entre
100 e 1500 us. Ao reduzir o tempo de duração de
um disparo (Pulso Muito Curto e Pulso Curto) a Pulsos curtos
energia viaja no feixe de luz em forma mais
compacta, e isso cria maiores picos de potência.
Esses picos de potência fazem com que a ablação
seja alcançada facilmente. Por outro lado, quanto
mais longos forem os pulsos selecionados (Pulso Pulsos medianos
Longo e Pulso Extra Longo) a energia estará mais
dispersa e menos concentrada, o que faz com
que, por não serem criados picos de potência,
seja mais difícil alcançar a ablação do tecido e,
portanto, veremos maior dispersão do calor. Em Pulsos longos
suma, os pulsos longos tendem a produzir mais
calor e menos ablação, enquanto os pulsos curtos são frios e criam altos picos de potência
que produzem a ablação com maior facilidade.
Densidade de energia ou fluência
Outro conceito importante está relacionado à concentração da luz laser ao entrar em
contato com o tecido. Depois que o sistema emite uma dose de energia, esta viaja até o
paciente por meio do braço articulado do aparelho. Antes de chegar ao paciente, ela passa
pela peça manual, que contém uma óptica que determinará se a luz viajará em forma
colimada, ou seja, como um feixe reto e paralelo, ou se a luz se concentrará como quando
é interceptada com uma lupa. Caso a luz saia emitida da peça manual em forma colimada,
o tamanho do spot criado não dependerá da distância entre a peça manual e o tecido alvo,
uma vez que se a aproximamos ou afastamos, o tamanho do ponto ou spot permanecerá
do mesmo tamanho. Esse é o caso típico dos apontadores de laser vermelhos utilizados
para indicar a longa distância. Quando a óptica da peça manual concentra a luz, isso faz
com que os feixes se cruzem, formando um cone onde a luz se concentrará. O menor
ponto do cone é denominado ponto focal. Quando a peça manual está distante do tecido
no ponto focal, o feixe de luz está em sua maior concentração. Fora desse ponto, ao
afastar a peça manual do tecido, veremos que o ponto aumenta cada vez mais de
tamanho. À medida que isso ocorre, o laser perde a concentração de sua energia. Essa
concentração é a que denominamos densidade de energia ou fluência. Geralmente a
medimos em Joules/cm2. A densidade de energia é fundamental para poder regular os
efeitos que o laser terá na região de tratamento. Uma densidade de energia baixa não
permitirá realizar ablações e apenas gerará calor puro. Ao reduzir o tamanho do spot, a
densidade de energia aumentará, o calor aumentará e, uma vez superado o limiar de
ablação, terá início o processo ablativo. Para garantir que a densidade de energia não
oscile durante os tratamentos, a peça manual é equipada com uma haste distanciadora
que ajuda o operador a manter sempre a mesma distância entre a peça manual e o tecido
a tratar. A prática permitirá que o operador facilmente varie a descarga térmica no tecido
simplesmente mudando essa distância entre a peça manual e o tecido.
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Frequência (Hertz)
Os lasers de Érbio:Yag são sistemas que não emitem a luz de forma contínua, sendo
esta gerada em forma de pulsos curtos e espaçados entre si. A velocidade em que
esses pulsos são emitidos pode ser regulada pelo painel de controle do aparelho. Para
medir essa velocidade de disparo, utilizamos uma unidade de medida que contempla
quantos disparos serão realizados em um segundo. Chamamos a isso de Hertz (Hz).
Exemplos: 1 Hz = 1 disparo por segundo, 5 Hz = 5 disparos por segundo. Quanto maior
a quantidade de Hertz, podemos cobrir uma área do corpo em menos tempo, já que
podemos deslocar a peça manual mais rapidamente. Deslocar a peça manual com
rapidez tem a desvantagem de que o operador perde o controle da precisão com que
trabalha. Conforme o operador vai adquirindo confiança e experiência nesse
deslocamento, ele pode ir gradualmente aumentando essa velocidade de trabalho. O
laser de 3 Joules da Fotona possui uma velocidade de até 20 repetições por segundo
(20Hz), o que supera as necessidades do operador experiente.
Sobreposição de spots (pontos).
Para cobrir uma área de trabalho, é preciso deslocar a peça manual à medida em que
sai cada disparo emitido pelo laser. Cada disparo
emitido terá então um spot contíguo, e em seguida
outro, e assim sucessivamente. Em geral, os spots
contíguos devem ser disparados com uma leve
sobreposição. Isso permite que toda a área seja 0%
coberta pelos círculos criados em cada disparo. Em
alguns tratamentos em que se deseje aumentar a
temperatura criada, podem ser feitos disparos
mais sobrepostos ou empilhados (o que equivale a
efetuar um disparo duplo na região sobreposta).
Medimos essa sobreposição em porcentagem. 20%
Sobrepor 0% implica que os spots se tocam, mas
não se sobrepõem. 20% é uma sobreposição leve e
depois 50, 60 ou 70% são muito altas. Ao utilizar o
laser em altas repetições, é difícil poder manter a
sobreposição homogênea. Devido à suavidade com
a qual o Érbio opera, isso raramente cria um 50%
problema, mas é possível notar uma leve
vermelhidão temporária do tecido na área onde a sobreposição foi muito alta.
Modo Smooth
O Dualis XS conta com um exclusivo sistema de emissão de pulsos denominado Modo
Smooth.
Nesse tipo especial de emissão laser, o aparelho emite um rápido trem de vários pulsos
100% sobrepostos. Sendo esses pulsos de longa duração individual e com pouco espaço de
tempo entre eles, podemos gerar um profundo depósito térmico na pele. Como os pulsos
são de longa duração, eles não geram ablação, mas depositam calor. Esse calor profundo,
mas controlado, é especialmente indicado para obter duas funções. Em primeiro lugar,
tem a particularidade de agir produzindo contração do tecido, o que permite um efeito
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imediato de tensionamento da pele. Além disso, graças à agressão calórica profunda
causada, ocorrerá o processo de dano do colágeno existente, que traz associada a
resposta reparadora do corpo de gerar novo colágeno (colagenogênese).
Filtro Pixelado
Um novo acréscimo a esta última geração de aparelhos laser é a inclusão de um filtro de
luz acoplável à peça manual que permite transformar um grande spot de vários milímetros
de diâmetro em uma grande quantidade de pontos muito pequenos (pixels).
Spot completo Spot pixelado
Como toda a energia emitida não chega ao tecido já que foi “filtrada”, são utilizadas
potências mais altas para compensar a perda ocasionada. O importante a destacar é
que essa nova forma de distribuir a luz nos permite obter diferentes reações no tecido
que não podem ser obtidas pelos spots completos convencionais.
Em primeiro lugar, um spot pixelado é menos agressivo que um spot completo, visto
que a energia foi fracionada em micro colunas de grande energia em que cada coluna
(microspot ou pixel) está rodeada por uma pequena área não tratada. Isso permite que
o calor intensivo e profundo que é transmitido por cada pequeno pixel esteja rodeado
por uma área fria não tratada que pode absorver essa temperatura evitando
superaquecimentos, mas oferecendo bons resultados de contração do tecido. Isso nos
permite utilizar níveis de energia muito altos sem causar lesão no paciente e com
resultados cosméticos imediatos. Além disso, caso seja utilizado um spot pixelado para
remover tecido, pode‐se observar que o processo de recuperação do paciente é muito
mais rápido, já que o tecido pode se reconstruir mais facilmente criando pontes de
cicatrização nos pequenos pontos de cada pixel.
Conceitos importantes sobre pele e envelhecimento
A pele recobre toda a superfície externa do corpo, apresenta duas camadas que se
diferenciam por sua função, aspecto histológico e origem embrionária. A camada
externa ou epiderme é formada por um epitélio estratificado e de origem ectodérmica.
A camada mais espessa subjacente, a derme, é tecido conjuntivo de origem
mesodérmica. Sob as duas camadas, encontramos uma camada subcutânea, a
hipoderme, que ancora a pele às estruturas músculo‐aponeuróticas subjacentes
(SMAS).
A epiderme é a parte mais externa e é constituída por um epitélio escamoso que tem
uma espessura de 0,4 a 1,5 mm. É formada por 4 camadas, e nela podemos encontrar
4 tipos celulares: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de
Merkel.
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A derme representa um tecido fibroelástico, formado por uma rede de colágeno e fibras
elásticas. A derme também contém redes vasculares dispostas paralelamente à superfície
cutânea que estão conectadas entre si por vasos verticais. Na derme, podemos encontrar
fibras (colágenas, elásticas e reticulares), células (fibroblastos, mastócitos e macrófagos),
elementos vasculares, neurais e anexos (pelos, glândulas écrinas, apócrinas e sebáceas). A
derme pode ser dividida em duas partes: a derme papilar ou superficial e a derme reticular
ou média. A derme papilar localizada abaixo das papilas dérmicas e a região subpapilar
tem muitos vasos e fibras de reticulina. A derme reticular é mais rica em colágeno e fibras
elásticas. O fibroblasto é a célula mais presente e tem como missão a fabricação dos
elementos fibrosos da derme, especialmente o colágeno. A pele, graças à organização das
fibras colágenas, apresenta zonas onde a elasticidade normal da pele é exercida com
menos força. As linhas que se formam nessas zonas são chamadas de linhas de menor
tensão da pele ou linhas de Langer. Normalmente, correspondem às rugas e são
perpendiculares à contração dos músculos da região. As incisões eletivas devem seguir as
linhas de Langer para que a cicatriz seja mais favorável.
A hipoderme é a camada subcutânea da pele, é composta por tecido conjuntivo frouxo
que é a continuação em profundidade da derme. Suas fibras colágenas e elásticas se
continuam diretamente com as da derme e correm em todas as direções. Conforme as
regiões do corpo e a nutrição do organismo, na camada subcutânea se desenvolve um
número variável de células adiposas. Essas células podem atingir uma espessura de 3 cm
ou mais no abdome, mas em outras áreas como as pálpebras, a camada subcutânea não
contém células adiposas. O estrato subcutâneo é percorrido por numerosos vasos
sanguíneos e troncos nervosos; contêm muitas terminações nervosas.
A pele está ancorada de forma diferente nas distintas regiões anatômicas. Na região facial
e cervical ao denominado Sistema Músculo‐Aponeurótico Superficial (SMAS), no resto do
corpo a outras estruturas do sistema osteoarticulomuscular. Essas ancoragens podem ser
firmes ou frouxas e são importantes para que os fenômenos calóricos produzam a tensão
desejada. Em regiões como a suprazigomática, a pele se encontra intimamente aderida ao
SMAS, enquanto na infrazigomática, a união é frouxa. Na região condroesternal é firme, e
é frouxa em regiões como a face interna do braço e coxa.
Alterações morfológicas das camadas devido ao envelhecimento:
Este órgão, o maior do corpo, começa a perder sua firmeza, textura e umidade natural
por volta dos 25 anos devido à passagem do tempo, poluição ambiental,
superexposição ao sol, desidratação, cafeína, tabaco e até mesmo estresse, ocorrendo
alterações morfológicas em cada uma de suas camadas e na aderência aos planos
músculo‐aponeuróticos.
Alterações epidérmicas:
Espessamento da camada córnea com desidratação e ressecamento,
provocando diminuição do brilho e lisura característicos da pele jovem.
Diminuição da renovação celular do estrato granuloso, com encurtamento ou
desaparecimento das papilas e diminuição das projeções das células basais em
direção à derme.
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Alterações na síntese de melanina com dispersão a camadas mais superficiais
da epiderme e da derme (manchas cutâneas).
Alterações dérmicas:
Diminuição da atividade dos fibroblastos com menor produção de colágeno.
Aumento das ligações cruzadas resultando em fibras espessadas e pouco
flexíveis.
Diminuição da circulação sanguínea principalmente na derme papilar onde
terminam numerosos capilares.
Atrofia das glândulas sebáceas com consequente desidratação do estrato
córneo da epiderme.
Alterações hipodérmicas:
Assim como a derme, esta camada sofre a perda das propriedades viscoelásticas, o que
causa:
Diminuição da fixação da pele ao sistema músculo‐aponeurótico superficial.
Deslocamentos da gordura própria da região.
Alterações nas linhas de tensão (LANGER)
As fibras colágenas e elásticas não apresentam uma disposição aleatória, mas ao
contrário, formam linhas regulares de tensão. Estas recebem o nome de linhas de
Langer. São linhas ou rugas naturais com mínima tensão linear. Encontram‐se
perpendiculares aos músculos subjacentes, que as determinam ao se contrair.
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Ação do Érbio sobre as camadas da pele
O laser de Érbio YAG nos permite agir sobre as diferentes camadas da pele para
melhorar as alterações produzidas pelo envelhecimento, seja gerando impulsos
calóricos em direção à derme, impulsos destinados a ablacionar as diferentes camadas
da epiderme e/ou combinando ambos em um mesmo procedimento.
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Classificação dos tratamentos a laser por nível de ablação
A flexibilidade do novo laser de Érbio:YAG permite que regulemos com muita precisão
a sua ação sobre a pele, sendo então possível realizar diversos tipos de tratamentos
que vão desde os não ablativos até os ablativos de profundidade média e excisionais.
Então, dividiremos os procedimentos em:
1. Técnicas não ablativas.
2. Técnicas pouco ablativas.
3. Técnicas ablativas de profundidade média.
4. Técnicas excisionais.
5. Técnicas ablativas pixeladas.
1. Técnicas não ablativas:
Não ablativas em SP, LP, SPOT COMPLETO.
Não ablativas pixeladas/fracionadas com SMOOTH PULSE.
Os procedimentos a laser não ablativos têm como finalidade estimular a contração e a
produção de novo colágeno, a fim de recuperar a tensão da pele.
2. Técnicas pouco ablativas
Estes procedimentos baseiam‐se na capacidade do laser de Er:YAG de ablacionar
camada por camada a epiderme com precisão micrométrica, alcançando a renovação
da superfície ao eliminar as primeiras camadas de pele espessadas pela exposição ao
sol (fotoenvelhecimento) que produzem uma alteração na luminosidade e frescor da
pele. São ideais para realizar em pacientes que começam a notar o surgimento de
pequenas manchas e rugas.
3. Técnicas ablativas de profundidade média
Nestes procedimentos, a ablação chega às camadas mais profundas da epiderme,
chegando até a derme papilar. Exigem preparação do paciente, sua recuperação é
mais lenta que a das mencionadas anteriormente e estão destinadas a pacientes em
que o dano epidérmico é notável.
4. Técnicas excisionais
São ideais para eliminar lesões pediculadas ou císticas em que utilizamos o laser como
bisturi.
5. Técnicas ablativas pixeladas
Esta técnica inovadora de micropontos permite que a pele saudável contígua aos
pontos ablacionados ajude na rápida recuperação das zonas irradiadas.
A seguir, descreveremos os protocolos que, de acordo com nossa experiência,
abrangem grande parte dos tratamentos necessários em cada região anatômica.
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Tratamentos com laser de Érbio:YAG
Graças às inovações tecnológicas incorporadas nesta nova geração de sistema laser,
não apenas foi ampliado o espectro de suas aplicações, mas melhorou radicalmente a
qualidade do trabalho realizado, a velocidade de recuperação do paciente, a segurança
e o controle do operador e a satisfação dos pacientes.
Para maximizar esses resultados, é importante aplicar parâmetros e técnicas de
trabalho adequados conforme o tipo de pele e a patologia a tratar.
Tipos de tratamentos
Para efeitos puramente didáticos, classificamos os tipos de tratamentos a realizar em
grandes grupos que têm uma metodologia comum, para depois descrever dentro de
cada tipologia de tratamento os detalhes e conselhos necessários pertinentes a cada
área anatômica ou patologia a resolver.
Esses grupos de estudo são:
1. Tratamentos não ablativos.
Orientados à contração e ao estímulo da produção de novo colágeno.
2. Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida.
Identificamos especialmente este grupo em razão de sua alta demanda e manejo
específico da área anatômica. Com eles, são obtidas a eliminação e redução de
rugas, melhora do tônus, textura e brilho da pele, eliminação de manchas, redução
dos poros e um rejuvenescimento perceptível desde o primeiro tratamento.
3. Tratamentos corporais.
Representa um segmento ainda não explorado e com incríveis oportunidades para
desenvolvimento da prática, tanto em pacientes novos como já existentes na
consulta.
4. Tratamento de estrias
A grande quantidade de pacientes que ainda não obteve satisfação para este
problema cosmético tão comum poderá finalmente encontrar melhoras
significativas desde o início de seu tratamento.
5. Tratamentos ablativos e excisionais
Apresentamos um resumo detalhado de todas as patologias que por seu caráter
exigem um procedimento mais profundo para otimizar os resultados.
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1‐ Tratamentos não ablativos
Princípios gerais:
As primeiras alterações da pele produzidas pelo fotoenvelhecimento ou alterações
hormonais na pré‐menopausa se caracterizam por: perda da luminosidade, diminuição
da elasticidade, da tensão, alterações na textura (poros dilatados e aparecimento de
manchas e rugas finas.
Essas alterações provocam mudanças estéticas que denunciam o envelhecimento da
pele de todo o corpo, principalmente em zonas expostas como o rosto.
Os procedimentos a laser não ablativos têm como finalidade estimular a contração
e a produção de novo colágeno, devendo para tanto ser realizadas séries de cinco a
seis procedimentos, um por semana, com a finalidade de sobrepor os estímulos
calóricos utilizando densidades de energia muito abaixo do limiar de ablação.
São ideais para pacientes jovens ou de qualquer idade em que se observem as
características antes mencionadas. Também podem ser realizados como pré‐
tratamento para estimular o colágeno e depois realizar a ablação de rugas médias ou
profundas, ou como manutenção após tratamentos ablativos.
Esses procedimentos podem ser realizados não apenas no rosto, mas em qualquer
região anatômica como: pescoço, mãos, braços, abdome, glúteos, coxas, colo, etc.
Podem ser realizados em qualquer época do ano e em fototipos morenos (Fototipo IV
– VI).
As características físicas do laser de Érbio YAG permitem realizar tratamentos não
ablativos na região periocular ao contrário de outros comprimentos de onda que, em
razão de sua penetração, NÃO podem ser utilizadas devido ao risco de causar lesão
ocular.
Técnicas NÃO ABLATIVAS EM SP com spot completo
Preparação do paciente (pré‐laser)
Não requer preparação prévia em nenhum fototipo.
Anestesia:
É utilizada anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma fina camada 15 a
30 minutos antes do procedimento, sem a necessidade de cobrir a região com
filme.
Técnica cirúrgica:
Princípios gerais:
‐ Por ser um procedimento não ablativo, não é preciso realizar a antissepsia da
pele da região a tratar.
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.
‐ Configuração do aparelho.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança em todos os funcionários da
sala de cirurgia.
Descreveremos a técnica aplicada de acordo com a região anatômica.
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Técnica cirúrgica para a região do rosto:
Região da testa:
1. Inicia‐se na região malar verticalmente desde a borda externa da órbita até a
costeleta subindo até a cauda da sobrancelha.
2. São realizadas várias passadas na região do pé de galinha.
3. Realiza‐se o procedimento 1 novamente.
4. É varrida a região da testa desde a sobrancelha até a implantação do cabelo
verticalmente
5. O procedimento é repetido sobre as rugas horizontais da região da testa e as
verticais do espaço entre as sobrancelhas na mesma direção da ruga.
Região da pálpebra superior:
1. Inicia‐se varrendo a região desde a implantação das sobrancelhas até a borda
ciliar em forma arqueada seguindo a direção das fibras do músculo orbicular as
pálpebras, repetindo o procedimento três a quatro vezes. É importante esticar
a pálpebra desde os cílios para baixo para expor toda a pele da região e não
permitir que o paciente abra o olho.
Região da pálpebra inferior:
1. Inicia‐se varrendo a região desde a margem orbitária inferior até a borda ciliar
em forma arqueada seguindo a direção das fibras do músculo orbicular as
pálpebras, repetindo o procedimento quatro vezes.
Região nasal:
1. Realiza‐se a varredura de toda a região incluindo a ponta, realizando várias
passadas verticalmente.
Região das bochechas:
1. Inicia‐se na região malar verticalmente desde o arco zigomático até a margem
do maxilar inferior até o sulco nasogeniano, repetindo a varredura 4 vezes.
2. É percorrido todo o sulco nasogeniano realizando de 3 a 5 passadas.
Região perioral:
1. Varre‐se horizontalmente toda a região perioral realizando 4 passadas.
2. Delineia‐se toda a borda vermelha do lábio, avançando alguns milímetros sobre
a mucosa labial, realizando três a quatro passadas.
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Quadro de parâmetros de aplicação na região do rosto. RO4
Modo Spot (mm) Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
SP 12 350‐400 10 ‐12 Sobreposição (50%)
Sempre se deve utilizar o distanciador. Manter o distanciador afastado da
pele, aproximadamente ½ cm.
A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à
região tratada. O procedimento é totalmente indolor.
Cuidados pós‐laser
Pós‐laser imediato
‐ Imediatamente após o fim do procedimento, deve‐se aplicar creme com
corticoide em toda a superfície tratada.
Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar médios ou altos.
Comentários:
As mudanças na pele são sutis e vão se evidenciando no decorrer das sessões,
observando‐se:
Recuperação da luminosidade
Mudanças na textura.
Atenuação de manchas.
Diminuição da profundidade de rugas finas.
Elevação da borda vermelha do lábio e marcação e elevação do filtro.
Diminuição do aspecto “Olhos cansados” devido ao aumento da tensão da pele
das pálpebras.
Efeito tensor em todo o rosto “Lifting”.
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É caracterizado por uma rápida recuperação, 48‐72 horas aproximadamente, podendo
ser repetido a cada 30‐45 dias, motivo pelo qual o chamamos de Renovação ULTRA
LIGTH de fim de semana.
Podem ser realizados no rosto, particularmente indicados na região periocular
(palpebral) devido à sua pouca agressividade térmica e em regiões como pescoço,
colo, abdome, braços, mãos, glúteos para conquistar a desejada aparência de pele
jovem.
Podem ser realizados em qualquer época do ano e em fototipos morenos utilizando
posteriormente fatores de proteção solar total.
Com esses procedimentos, conseguimos realizar um tratamento anti‐idade
minimamente invasivo que permite a recuperação e manutenção da juventude da
pele sem a necessidade de interromper as atividades de trabalho.
Possuem um efeito duplo, ablativo e ao mesmo tempo estímulo da produção de
colágeno.
Em fototipos IV‐V, iniciar sempre com 1 única passada (ULTRA LIGHT) até
conhecer a resposta da pele.
Preparação do paciente (pré‐laser)
É recomendável a realização de uma limpeza de pele prévia e a utilização de vitamina
C tópica.
Nos procedimentos ULTRA LIGTH e LIGHT em fototipos morenos, é recomendável
utilizar ácido glicólico a 5% ou ácido mandélico a 10% com ácido kójico a 2‐4% de 15 a
30 dias antes do procedimento a laser, uma vez por dia à noite. Durante o dia, utilizar
proteção solar máxima (Photoderm Max FPS 100).
Anestesia:
Utiliza‐se anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa
1 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme.
Técnica cirúrgica:
Princípios gerais:
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%.
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.
‐ Configuração do aparelho.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os
funcionários da sala de cirurgia.
A técnica aplicada de acordo com a região anatômica é a mesma mencionada nos
procedimentos não ablativos, mudando os parâmetros de utilização.
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de
localizar as áreas já tratadas.
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com
gaze embebida em solução fisiológica.
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___________________________________________________________
Quadro de parâmetros de aplicação na região do rosto.RO4
Sempre se deve utilizar o distanciador, apoiando‐o suavemente sobre a pele.
A direção do feixe de luz laser deve ser o mais perpendicular possível à região
tratada. Na região palpebral, utilizar a luz piloto em baixa intensidade.
A diferença entre LIGTH E ULTRALIGTH depende do número de passadas)
ULTRALIGTH: 1 ‐ 2 PASSADAS
LIGTH: 3 - 4 PASSADAS
Cuidados pós‐laser
Pós‐laser imediato
‐ Imediatamente após o fim do tratamento, deve‐se aplicar creme com antibiótico
e corticoide (Diprogenta em creme ou similar) em toda a superfície tratada.
Imediatamente aplicar vaselina em quantidade abundante e cobrir com máscara
de gaze hidrofílica molhada em solução fisiológica
‐ Gel de aloe vera, calêndula ou creme hidratante podem ser aplicados após 48 horas.
Cuidados pós‐laser
‐ Para aumentar a sensação de frescor, podem‐se colocar máscara de gaze hidrofílica
embebida em solução fisiológica e sobre ela máscara de gel gelado ou bolsas de gelo.
‐ Após 24 h, limpa‐se a região com gaze embebida em solução fisiológica removendo
muito suavemente os resíduos teciduais aderidos, cobrindo novamente a superfície
com creme antibiótico / corticoide. Continuar colocando vaselina em quantidade
abundante. É IMPORTANTE QUE A PELE NÃO FIQUE SECA.
‐ Este procedimento é repetido no segundo e terceiro dias.
‐ Não se expor ao sol por 48 a 72 horas.
‐ Evitar duchas com água muito quente sobre a região tratada.
‐ Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar altos (FPS 100).
Comentários:
As mudanças na pele são notáveis e vão se evidenciando no decorrer das sessões,
observando‐se:
Recuperação da luminosidade
Mudanças importantes na textura.
Atenuação dos poros dilatados e/ou pontos pretos.
Atenuação de manchas.
Diminuição da profundidade de rugas finas.
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___________________________________________________________
3‐ Tratamentos faciais de recuperação ultrarrápida
Introdução:
Começaremos enumerando uma série de conceitos anatômicos, dividindo o rosto em
regiões que por suas características sofrem alterações importantes com o passar do
tempo.
No plano sagital, o rosto é dividido em cinco partes
iguais, que equivalem cada uma ao diâmetro do olho,
embora não exista um grau perfeito de simetria facial,
as alterações morfológicas (manchas, cicatrizes, rugas,
etc.) que provocam assimetrias não são vistas como um
traço de beleza. “Segundo a opinião de médicos e
filósofos, a beleza do corpo humano se baseia na
proporção simétrica de seus membros”. Policleto.
A altura facial é dividida em três partes iguais:
ETAPAS DO TRATAMENTO
Preparação do paciente (pré‐laser)
É recomendável a realização de uma limpeza de pele prévia e a utilização de vitamina
C tópica.
Em fototipos morenos, é prudente utilizar ácido glicólico a 5% ou ácido mandélico a 10
%, sozinho ou combinado com ácido Kójico a 2‐4% de 15 a 30 dias antes do
procedimento a laser, uma vez por dia à noite. Durante o dia, aplicar proteção solar
máxima (FPS 100).
Anestesia:
Utiliza‐se anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula:
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%,
aplicando uma camada espessa 1 hora antes do procedimento e cobrindo a região
com filme.
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___________________________________________________________
Técnica cirúrgica:
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%. (opcional).
‐ O paciente não deve estar utilizando nenhum tipo de maquiagem
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica
gelada.
‐ Configuração do aparelho.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os
funcionários da sala de cirurgia.
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de
localizar as áreas já tratadas.
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com
gaze embebida em solução fisiológica gelada para aumentar o nível de conforto do
paciente.
Para atingir os objetivos, o tratamento pode ser realizado em três etapas, de acordo
com o paciente.
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, para gerar um trem de pulsos
calóricos que estimulem a colagenogênese da região e produzam uma somatória de
retrações nas regiões aplicadas. A quantidade de energia e passadas dependerá das
características da pele de cada região.
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, para gerar um importante
efeito calórico em regiões que por suas características provocarão as tensões
necessárias para levantar a pele de regiões contíguas.
ETAPA 3:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP (véu de noiva) para
obter uma ablação muito superficial com pouco efeito calórico e gerar
fundamentalmente brilho, lisura e atenuação das manchas.
ETAPA 1
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado.PS01
Na primeira sessão e sobretudo em fototipos morenos, começar com menor
densidade de energia (Fluência) para avaliar a resposta da pele. Nesses fototipos
começar a primeira sessão com 2,4 – 2,50 J/cm2 e em fototipos claros com 2,6‐2,8
J/cm2 para avaliar a resposta do paciente e, caso seja necessário, aumentar esses
valores em 10% na próxima sessão. Caso o resultado seja satisfatório, manter os
mesmos parâmetros.
Colocar na peça manual R04 o prolongamento pixelado e conectar o distanciador
número 2 (de menor a maior).
PARÂMETROS LASER
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___________________________________________________________
20
___________________________________________________________
Região perioral:
A pele é espessa, mas com numerosas terminações nervosas sensoriais,
recomendamos avaliar o limiar de dor.
1. Varre‐se horizontalmente toda a região perioral realizando duas a três passadas.
2. Delineia‐se toda a borda vermelha do lábio avançando alguns milímetros sobre
a mucosa labial, realizando duas a três passadas.
ETAPA 2
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado.RO4
Retirar o adaptador pixelado da peça manual.
PARÂMETROS LASER
1. O estímulo calórico da pele da região da implantação pilosa na região da testa e
temporal provocarão a elevação da pele da região suprazigomática,
melhorando notavelmente os pés de galinha. (terço superior da face).
2. O estímulo da região pré‐ e retroauricular ajudarão a elevar a pele da região
das bochechas e a atenuar o sulco nasogeniano. (terço médio)
3. O estímulo da margem dos ramos horizontal e ascendente da mandíbula
gerarão tensão da pele do piso da boca (papada) e realinham a margem
mandibular. (terço inferior)
Especificações para cada área anatômica
Região da testa e temporal
Realizar apenas uma passada na região pilosa atrás da testa seguindo
perpendicularmente desde a linha de implantação, até bem atrás da região temporal e
coronal. O érbio não agirá sobre o cabelo, mas recomendamos separá‐lo em cada
passada e mantê‐lo afastado da boca da peça manual.
Realizar o mesmo procedimento na região das costeletas e na região supra‐auricular.
Região pré‐ e retroauricular
Diminuir a densidade de energia e realizar uma passada em cada área.
Margem mandibular
Continuar com a mesma energia que na região anterior e realizar duas passadas, uma
sobre a borda anterior e outra sobre a borda inferior.
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___________________________________________________________
ETAPA 3
Técnica de varredura com VSP, MSP Micropeeling (véu de noiva).RO4
PARÂMETROS LASER
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP‐
12 600 8‐10 Sobreposição 20%
MSP
O modo VSP –MSP permite que realizemos uma varredura com pouco efeito calórico
para poder ablacionar as camadas mais superficiais.
Realizar duas passadas começando no terço superior, continuando com o médio e o
inferior
Cuidados pós‐laser
Pós‐laser imediato
‐ Imediatamente após a finalização das três etapas, deve‐se aplicar creme com
antibiótico e corticoide em toda a superfície tratada.
‐ Colocar vaselina em quantidade abundante e cobrir com máscara de gaze
hidrofílica molhada.
‐ Gel de aloe vera, calêndula ou creme hidratante podem ser aplicados após 48
horas.
‐ Para aumentar a sensação de frescor, podem‐se colocar máscara de gaze
hidrofílica embebida em solução fisiológica e sobre ela máscara de gel gelado ou
bolsas de gelo.
‐ Após 24 h, limpa‐se a região com gaze embebida em solução fisiológica
removendo muito suavemente os resíduos teciduais aderidos (caso existam),
cobrindo novamente a superfície com creme antibiótico / corticoide.
‐ Continuar colocando vaselina em quantidade abundante. É IMPORTANTE QUE A
PELE NÃO FIQUE SECA.
‐ Continuar com Diprogenta (creme) una vez ao dia, durante cinco dias.
‐ Não se expor ao sol por 48 a 72 horas.
‐ Evitar duchas com água muito quente sobre a região tratada.
‐ Em seguida, devem ser indicados fatores de proteção solar altos (FPS 100).
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___________________________________________________________
4‐ Tratamentos corporais
Regiões corporais:
Classificamos as regiões corporais como unidades estéticas em razão de suas
características anatômicas específicas em:
Pescoço e região supraclavicular.
Tórax:
Região torácica ântero‐superior (Colo).
Região mamária.
Região torácica posterior (costas)
Abdome:
Região Abdominal supra‐ e infraumbilical.
Membro superior:
Região do ombro, axila e braço.
Região do antebraço.
Mão.
Membro inferior:
Região glútea.
Coxa.
Joelho e perna.
Tornozelo e pé.
Preparação do paciente (pré‐laser)
Não exigem preparação prévia, é recomendável em peles muito secas hidratação com
cremes e ingerir de dois a três litros de líquidos uma semana antes.
Anestesia:
Utiliza‐se anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa
1 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme.
Técnica cirúrgica:
Princípios gerais:
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20% (opcional)
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica gelada.
‐ Configuração do aparelho.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os
funcionários da sala de cirurgia.
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de
localizar as áreas já tratadas.
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com
gaze embebida em solução fisiológica gelada.
Pescoço e região supraclavicular:
No pescoço, o músculo esternocleidomastoideo divide duas regiões em que a pele tem
23
___________________________________________________________
características específicas.
Uma anterior de forma triangular com vértice inferior delimitada acima (base)
pelos ramos horizontais do osso maxilar inferior (mandíbula), e dos lados pela
borda anterior do músculo esternocleidomastoideo e cujo vértice corresponde
ao manúbrio do esterno.
Uma posterior também de forma triangular vertical compreendida entre a
borda posterior do músculo esternocleidomastoideo e o trapézio, de vértice
superior (apófise mastoide) e base inferior que se continua com a região
supraclavicular também de forma de triângulo horizontal entre a clavícula à
frente, o trapézio por trás e de vértice externo (acrômio).
Região anterior do pescoço:
Princípios gerais:
A pele desta região é muito fina e delicada, devido à escassa quantidade de apêndices
cutâneos. As células subcutâneas, a gordura e o músculo cutâneo do pescoço, em
virtude da gravidade e da perda de elasticidade decorrente do envelhecimento, levam
à formação da papada, aumento da profundidade das pregas horizontais e surgimento
do sulco medial por separação do platisma.
Região posterior do pescoço e supraclavicular:
Princípios gerais:
A pele desta região é mais espessa, de aspecto áspero e enrugada principalmente na
região supraclavicular. As células subcutâneas são escassas e estão aderidas à
aponeurose cervical superficial.
ETAPAS DO TRATAMENTO
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 realizar 2‐3 passadas na
região posterior (por trás do esternocleidomastoideo), e continuar com a região
anterior desde a margem mandibular até a borda inferior clavicular. É IMPORTANTE
QUADRICULAR A REGIÃO E EFETUAR A VARREDURA HORIZONTALMENTE.
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, RO4 apenas uma passada sem
sobrepor na face anterior e posterior da clavícula, e uma passada na região de
implantação pilosa retroauricular.
ETAPA 3:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP (véu de noiva) para
obter brilho, lisura e atenuação das manchas. Realizar apenas uma passada em toda a
região.
Tórax:
Região torácica ântero‐superior (Colo).
24
___________________________________________________________
Esta região em forma de retângulo irregular está limitada acima pela linha que passa
pela borda inferior das clavículas e manúbrio do esterno, abaixo pela linha que passa
pela parte superior das mamas, e nas laterais pela linha axilar anterior.
Princípios gerais:
A pele desta região é fina, com poucos apêndices cutâneos, áspera, muito fotoexposta,
geralmente com quantidade abundante de manchas, perda importante da
luminosidade e rugas na região intermamária. A região mais interna tem escasso
tecido celular subcutâneo e está fortemente aderida ao maciço condrocostal, a região
externa apresenta o músculo cutâneo do pescoço em suas inserções torácicas por cima
do peitoral maior. Também se encontram os ligamentos de Cooper e Gilardés que
desde a mama vai se inserir na clavícula.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas.
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1, duas passadas em toda
a região incorporando a pele da região intermamária que geralmente apresenta rugas
verticais.
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, RO4 uma passada na região
clavicular para gerar tensão, SEM SOBREPOSIÇÃO! Lembrar que ali se inserem todos
os ligamentos que em parte sustentam a pele e a mama.
ETAPA 3:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP., MSP (véu de noiva)
Realizar apenas uma passada em toda a região, incorporando a parede superior do
ombro.
Região mamária:
Esta região inclui toda a pele que recobre a glândula mamária e suas regiões
adjacentes: interna ou esternal, externa ou axilar, superior ou peitoral e inferior ou
costal. A mama está apoiada em seus dois terços internos sobre o músculo peitoral
maior e em seu terço externo na parede externa ou axilar sobre o músculo serrátil.
Princípios gerais:
A pele que recobre a mama é muito fina e delicada, e constitui com o ligamento
suspensório as únicas sustentações da glândula, geralmente não fotoexposta, e que
devido ao aumento de tamanho devido à amamentação, obesidade, efeito da
gravidade e diminuição da tensão por causa do envelhecimento, apresenta alterações
importantes: perda acentuada da turgidez (mamas pendentes), surgimento de estrias,
achatamento dos mamilos.
A pele das regiões vizinhas se caracteriza por:
25
___________________________________________________________
A região superior está aderida ao músculo peitoral maior e cutâneo do pescoço, a
interna ao maciço esterno condrocostal, a externa à aponeurose do serrátil maior e da
axila e a inferior à caixa torácica.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em 1 ou várias
etapas de acordo com o tipo de paciente.
ETAPA 1:
TÉCNICA NÃO ABLATIVA A SPOT COMPLETO EM SP OU LP.
PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
10-15.
SP 12 1-1,1 10-12 MANTER O
DISTANCIADOR
LP 12 1-1,1 10-12 AFASTADO DA PELE
4-5 cm
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 em todas as paredes
que circundam a mama para gerar um importante efeito calórico com a finalidade
de tensionar ainda mais a pele da mama. (mamas de tamanho grande).
ETAPA 3:
Técnica com modo SP, TÉCNICA ULTRA LIGHT. (apenas peles claras com
fotodano)
Tórax posterior (costas):
Região lombar‐dorso‐cervical
Agregamos à região posterior do tórax, a região posterior do pescoço (nuca) e
abdome, já que em seu conjunto constituem uma unidade estética.
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___________________________________________________________
Essa região de forma mais ou menos retangular inclui toda a região posterior do
pescoço, tórax e abdome. Está limitada acima pela linha que passa pela borda superior
dos músculos trapézios e pela linha de implantação do cabelo na nuca, abaixo pela
borda superior das cristas ilíacas e dos lados pela linha axilar posterior.
Princípios gerais:
A pele que recobre essa extensa região é espessa e está aderida ao plano músculo
aponeurótico, em caso de fotoexposição apresenta manchas em sua região superior e
é uma das regiões onde se apresenta a acne ativa ou suas sequelas cicatriciais.
ETAPAS DO TRATAMENTO
O objetivo é gerar lisura, brilho e diminuir poros, por ser uma região com cicatrizes de
acne ou outras lesões (verrugosas) ver o capítulo de ablação de pequenas superfícies.
ETAPA 1:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP para obter uma ablação muito
superficial com pouco efeito calórico. Realizar duas passadas em toda a região, uma
em linha vertical e outra horizontal, sem retirar os resíduos teciduais entre cada
passada para melhor visualização da área tratada.
Região anterior do abdome:
Supra‐ e infra‐abdominal
Em forma de ¾ de cilindro nesta região consideramos: um plano superior passa pelo
apêndice xifoide do esterno e se estende para os lados até a caixa torácica, uma linha
inferior que passa pelas cristas ilíacas, as espinhas ilíacas ântero‐superiores, a prega
inguinal (arcada crural) e o púbis, dos lados continua em direção à região lombar‐
dorso‐cervical até uma linha vertical que passa pela borda externa dos músculos
paravertebrais.
Um plano horizontal que passa pelo umbigo divide a região em supraumbilical e
infraumbilical.
Princípios gerais:
A pele que recobre a região supraumbilical é medianamente espessa, as células
subcutâneas e o panículo adiposo são menores que na infraumbilical e os
músculos e suas aponeuroses formam uma parede resistente.
A pele da região infraumbilical é mais fina, o subcutâneo e o panículo adiposo
são maiores e a parede músculo‐aponeurótica é por sua disposição anatômica
menos resistente, por isso, nessa região encontramos com frequência estrias e
flacidez. Também é uma região com mais sensibilidade principalmente quando
nos aproximamos da prega inguinal e da região suprapúbica.
ETAPAS DO TRATAMENTO
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1, três passadas em toda
a região, com Fluência de 3 J/cm2. Quadricular a região e efetuar o
tratamento horizontalmente
27
___________________________________________________________
Técnica de micropeeling a laser com modo SP, para obter uma ablação muito
superficial com efeito calórico médio e gerar tensionamento de toda a região e uma
melhora em sua textura. O tema de manejo de estrias e cicatrizes, tão comuns nessa
região, será tratado de forma específica mais adiante.
Região do ombro, axila e braço:
Esta região inclui toda a pele que recobre desde a inserção do deltoide na clavícula,
acrômio e espinha da omoplata, toda a região axilar e as regiões ântero‐interna e
póstero‐externa do braço até o cotovelo.
Princípios gerais:
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em:
A pele na região do ombro (região deltoide) e a externa e posterior do braço
está aderida ao plano músculo‐aponeurótico, é espessa e de pouco panículo
adiposo.
A pele da região axilar e a interna e anterior do braço é mais frouxa, fina e não
está aderida aos planos profundos. O subcutâneo e o panículo adiposo são
importantes e por isso aparece flacidez notável.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em duas etapas.
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, duas‐três passadas na região deltoide,
anterior e posterior do braço e duas passadas na região interna. Será observada
melhora da flacidez na face interna do braço.
ETAPA 2:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP realizando duas passadas por
todo o braço.
Região do antebraço e mão:
Esta região inclui toda a pele que recobre desde a articulação do cotovelo até os
dedos.
Princípios gerais:
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em:
A pele na região posterior do antebraço está aderida ao plano músculo‐
aponeurótico, está muito fotoexposta, motivo pelo qual é frequente o
surgimento de manchas. A pele das costas da mão é muito fina e apresenta
poucos apêndices cutâneos, está muito fotoexposta e apresenta com
frequência manchas de fotoenvelhecimento.
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___________________________________________________________
A pele da região anterior do antebraço é mais frouxa, fina e não está aderida
aos planos profundos, está menos fotoexposta.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas.
ETAPA 1:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP‐ MSP, para obter uma ablação muito
superficial com pouco efeito calórico e gerar fundamentalmente brilho e lisura.
Realizar duas passadas completas na região.
O manejo de remoção de manchas, tão características dessa região, será
especificamente tratado no capítulo de tratamentos ablativos.
Região glútea:
Está limitada acima por uma linha horizontal que passa pela borda superior das cristas
ilíacas, abaixo por uma linha inferior que passa pela prega glútea e dos lados por uma
linha vertical convexa que passa pelas cristas ilíacas e pelo trocânter maior.
Princípios gerais:
Por suas características anatômicas específicas, dividiremos a região em:
A pele na região superior aderida aos músculos que se inserem na crista ilíaca.
A pele da região inferior com abundante tecido subcutâneo e panículo adiposo
que está relacionada principalmente com o músculo glúteo maior. Devido a
essas características, é comum a formação de estrias e celulite.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Para atingir os objetivos desejados, devemos realizar o procedimento em três etapas.
ETAPA 1:
TÉCNICA NÃO ABLATIVA A SPOT COMPLETO EM SP OU LP.
PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
10-15.
SP 12 1-1,1 10-12 MANTER O
DISTANCIADOR
LP 12 10-12 AFASTADO DA PELE
4-5 cm
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___________________________________________________________
Técnica de micropeeling a laser com modo SP, ULTRA LIGHT (caso haja fotodano)
para conseguir uma ablação muito superficial com efeito calórico médio e gerar
tensionamento de toda a região e uma melhora em sua textura. O tema de manejo de
estrias e cicatrizes, tão comuns nessa região, será tratado de forma específica mais
adiante.
Região da coxa
Tem como limite superior, à frente a prega inguinal (arcada crural), por trás a prega
glútea, sendo o inferior um plano que passa pela articulação do joelho.
Podemos considerar uma região anterior e uma posterior:
Região anterior: Esta região tem como limite externo o músculo tensor da
fáscia lata e como limite interno o músculo reto interno, o músculo sartório,
que se insere por cima na espinha ilíaca ântero‐superior e por baixo na face
interna da tíbia, cruza diagonalmente toda a região dividindo‐a em dois
triângulos.
1. Um externo (triângulo do quadríceps) de vértice superior na espinha onde a
pele e a aponeurose estão intimamente aderidas, com escassez de células e
panículo adiposo.
2. Um interno de vértice inferior e cuja base corresponde à prega inguinal
onde a pele é mais fina, a aponeurose é muito menos resistente e o
panículo adiposo é maior.
Uma posterior de menor complexidade anatômica (região isquiosural) que se
estende desde a prega glútea até a região posterior do joelho onde pele e
aponeurose formam uma parede resistente.
Região anterior da coxa:
Princípios gerais:
É no triângulo interno que encontramos as maiores alterações na pele e no panículo
adiposo, a escassa resistência aponeurótica origina flacidez e gordura localizada.
ETAPAS DO TRATAMENTO
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PSO1 duas passadas aplicadas à região
ântero‐externa e posterior da coxa e uma passada na região interna. Será observada
melhora da flacidez na face interna da perna.
ETAPA 2:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP realizando duas passadas por
todas as regiões da coxa.
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___________________________________________________________
5‐ Tratamento de estrias
A pele é formada por camadas. Na derme, as fibras de elastina (responsáveis pela
elasticidade) e as de colágeno (responsáveis por dar firmeza), o que permite que a pele
se acomode de maneira natural às variações de volume no corpo e inclusive tolerar
estiramentos relativamente grandes em curto período de tempo; no entanto, tem um
limite e sofre rupturas internas ao ser estirada excessivamente.
As estrias atróficas são cicatrizes ou marcas que a princípio são de cor rosa, depois
vermelhas e por fim brancas nacaradas; não doem, embora às vezes apresentem leve
ardor ou prurido.
Ocorrem principalmente quando:
Se engorda e emagrece em períodos breves.
Gravidez.
Em períodos em que há mudanças hormonais, como puberdade ou
menopausa.
Em programas agressivos de preparação física (como levantamento de
peso) ou devido ao uso de esteroides utilizados para ganhar massa
muscular.
Em tratamentos prolongados com corticoides.
Estão associadas a antecedentes familiares.
As regiões corporais em que ocorrem com mais frequência são:
Abdome
Região glútea.
Coxas.
Mamas.
Braços.
São de forma linear, bordas irregulares, podem medir vários centímetros de
comprimento e sua largura é variável. Essa última medida é fundamental para
determinar a quantidade de sessões e as expectativas de melhora do tratamento.
Essas verdadeiras cicatrizes atróficas ocorrem devido à ruptura das fibras e são
perpendiculares às linhas de tensão de Langer.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Preparação do paciente (pré‐laser)
Não exigem preparação prévia, é recomendável em peles muito secas hidratação com
cremes e a ingestão de dois a três litros de líquidos uma semana antes.
Anestesia:
Utiliza‐se anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula
Lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%, aplicando uma camada espessa
1/2 hora antes do procedimento, cobrindo a região com filme em forma de faixa.
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___________________________________________________________
Técnica cirúrgica:
Princípios gerais:
‐ Antissepsia da pele da região a tratar com clorexidina a 20%.
‐ Remover o filme e o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.
‐ Configuração do aparelho.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os
funcionários da sala de cirurgia.
É conveniente não retirar os resíduos teciduais durante o procedimento com o fim de
localizar as áreas já tratadas.
Finalizado o procedimento, retirar todos os resíduos teciduais com muito cuidado com
gaze embebida em solução fisiológica.
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, PS01 cobrindo caso seja
possível toda a largura da estria e percorrê‐la em todo o seu comprimento, realizado
entre 3 ou 6 passadas, conforme o fototipo.
Spot Densidade de
Modo Frequência (Hz) Observações
(mm) energia (J/cm2)
A quantidade de passadas
SMOOTH 12 2,8 ‐ 3,0 1 ‐1,5
dependerá do fototipo
NAS MAMAS, EFETUAR APENAS 2‐3 PASSADAS COM BAIXA FLUÊNCIA
ETAPA 2:
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP apenas em casos de hipercromia
nas bordas da estria.
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP
12 600 8‐10 Sobreposição (20%)
MSP
ETAPA 3:
Técnica de varredura com modo SP, em toda a região para gerar tensionamento.
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
SP 12 1000 ‐1200 8‐10 Sobreposição (20%)
Objetivos do tratamento:
Melhorar a textura da pele e, portanto, sua elasticidade.
Homogeneizar a diferença de nível entre o sulco da estria e a pele adjacente.
Melhorar a pigmentação da região hipocrômica (cor branca perolada).
Melhorar a fibrose adjacente.
32
___________________________________________________________
Fácil aplicação.
Acessível a qualquer região do corpo.
Mínima possibilidade de efeitos colaterais.
Que não incapacite a paciente, podendo continuar suas atividades.
6‐ Tratamentos ablativos e excisionais
Nesta especialidade, as aplicações mais importantes desse comprimento de onda
podem ser divididas em técnicas ablativas e excisionais. Nas primeiras, utilizamos a
varredura para remover pele e tecidos não desejados, enquanto nas excisionais
aproveitamos a opção de corte e coagulação para eliminar lesões pediculadas ou
císticas.
Também agruparemos as lesões de acordo com a profundidade e extensão, uma vez
que a preparação do tecido e os parâmetros e equipamentos utilizados são bastante
similares.
Desenvolveremos:
A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas.
B. Ablação de grandes superfícies na pele.
C. Excisão de lesões na pele e mucosas.
A. Ablação de lesões de superfície pequena na pele e mucosas
Princípios gerais:
Em todas as lesões de pele e mucosas, é preciso confirmar previamente a benignidade
por meio de seu estudo por dermatoscopia ou biópsia.
Nas lesões pigmentadas (melasma, máculas, etc.) é conveniente determinar a
localização do pigmento por meio do estudo com lâmpada de Wood. O pigmento
pode ser apenas epidérmico, caso em que a vaporização conseguirá seu
desaparecimento total. Caso a localização do pigmento seja mais profunda,
comprometendo também a derme (dermo‐epidérmico), a mancha se clareará, mas
ficará uma região levemente pigmentada cuja intensidade de cor dependerá de sua
localização nos diferentes estratos dérmicos. Isso é importante devido às expectativas
do paciente e permite que falemos claramente sobre o que se pode esperar do
método.
Preparação do paciente (pré‐laser): exige tratamento especial prévio da região
com despigmentantes ou antivirais, principalmente nos fototipos escuros.
Preparação do campo cirúrgico: a antissepsia da região a ablacionar deve ser
realizada com Hibiscrub (clorexidina) evitando outras substâncias como Pervinox,
álcool iodado, álcool etílico, que seja por sua cor ou seu efeito inflamável, podem
provocar diminuição da ação desse comprimento de onda ou irritação do tecido.
33
___________________________________________________________
Anestesia: é utilizada anestesia tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte
fórmula: lidocaína a 10%, Norcaína a 5% e Procaína a 5%, aplicada de forma
generosa, no mínimo uma hora antes do procedimento, cobrindo a região com
filme. Podemos utilizar também anestesia local infiltrativa com lidocaína a 1‐2%, o
que permite economizar tempo na preparação e a utilização de maior energia no
procedimento. Em geral, o paciente está mais satisfeito com a anestesia tópica.
Técnica cirúrgica:
‐ Retirar o filme.
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.
‐ Configuração do aparelho: os parâmetros de utilização serão descritos de
acordo com cada uma das pequenas lesões.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os
funcionários da sala de cirurgia.
‐ Quando a vaporização é iniciada, o assistente deve segurar o tubo de aspiração
da bomba de sucção com filtro o mais próximo possível da região em
tratamento.
Cuidados pós‐operatórios: a região é coberta com creme antibiótico e gaze
durante 1 a 2 dias, mantendo o tratamento antibiótico sem oclusão por 7 a 10 dias
até a epitelização completa. O eritema pode durar até 3‐4 semanas, devendo‐se
evitar a fotoexposição.
Técnica cirúrgica de acordo com o tipo de lesão e região anatômica.
Verrugas vulgares em geral:
A ablação deve ser realizada camada por camada em forma circular até chegar ao leito
da lesão e à equiparação com a pele adjacente (levá‐la ao plano epidérmico). Os
resíduos são retirados periodicamente com gazes embebidas em solução fisiológica,
para permitir a melhor visualização e ablação das camadas inferiores. Ao chegar ao
leito da lesão, ocorre sangramento, que é controlado utilizando o modo de coagulação
de duas formas:
a) Afastando a peça manual (desfocalizando) da região tratada nos mesmos
parâmetros utilizados.
b) Mudando o parâmetro da máquina utilizando pulsos longos (LP, VLP).
Nesse tipo de lesões, a ablação deve ser estendida até a margem periférica da lesão
(margem de segurança) para evitar que a latência viral leve à replicação da lesão.
Verrugas vulgares plantares:
Basicamente, são tratadas da mesma forma que as anteriores, porém utilizando altas
densidades de energia em frequência muito baixa devido à espessura da epiderme. É
preciso obter uma cratera profunda e ampla, com margem de segurança de maior
extensão (aproximadamente 10 mm) de menor profundidade.
34
___________________________________________________________
Verrugas periungueais:
Os resultados são excelentes sem danificar a matriz ungueal.
Vaporização com peça manual R04
A frequência (quantidade de disparos por segundo) será determinada pelo limiar de
tolerância à dor de cada paciente, de modo que é conveniente iniciar o procedimento
com frequência muito baixa e ir aumentando‐a conforme a resposta do paciente.
Caso seja utilizada anestesia infiltrativa, podem‐se utilizar energia e frequência
maiores, reduzindo a duração do procedimento.
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___________________________________________________________
Lesões benignas da pele na região periocular:
Xantelasmas.
Milia.
Cistos.
Nevos epidérmicos.
Máculas senis.
Papilomas.
Siringomas.
Nesta região, podem ser vaporizadas todas as lesões benignas da pele, lembrando que
como a epiderme é muito fina, a vaporização deve ser suave, camada por camada,
começando com baixa energia e frequência, coagulando caso seja necessário
desfocalizando a peça manual.
Em caso de lesões de tamanho e espessura grandes nesta região, recomendamos
realizar o procedimento até aplanar a lesão e, caso sobre uma pequena saliência, alisá‐
la suavemente.
Quadro de parâmetros para lesões benignas perioculares
Lesões benignas no resto da face:
Lentigo senil.
Milia.
Nevo epidérmico.
Melasma.
Verrugas planas.
Queratose actínica.
Queratose seborreica.
Siringomas
36
___________________________________________________________
Nas demais regiões anatômicas da face, a epiderme é mais espessa, o que permite a
utilização de maior energia, com maior número de passadas até chegar ao resultado
necessário.
Em geral, a cicatrização é rápida, de 7 a 12 dias, conforme o número de passadas
utilizadas, o eritema pode durar 3‐6 semanas dependendo do tipo de lesão tratada.
A vaporização com laser de Er. YAG é um procedimento minimamente invasivo, indolor
e com resultados estéticos excelentes.
Quadro de parâmetros para lesões benignas na face
Ablação de lesões benignas na mucosa labial e gengival:
A última geração de laser de Er:YAG, graças à incorporação da tecnologia VSP (pulsos
variáveis quadrados) e com o aumento do intervalo de frequência, permite tanto na
vaporização quanto no corte uma coagulação eficaz indispensável para o tratamento
das mucosas.
Podemos tratar:
Leucoplasias.
Queilite actínica.
Papilomas.
Melanose.
Aftas.
Épulis.
Herpes labial.
Papilomas.
Quadro de parâmetros laser para lesões benignas na mucosa labial e gengival
37
___________________________________________________________
Alisamento suave da
Melanose SP 3 300‐500 3‐7
periferia para equiparar
Margem de segurança de
Aftas SP 3‐5 250‐400 3‐7
2 a 3 mm
Margem de segurança de
Herpes labial SP 3‐5 300‐400 3‐5
2 a 3 mm
B. Ablação de grandes superfícies na pele
Princípios gerais:
Em grandes superfícies, a avaliação do paciente é de vital importância, devemos obter um
histórico médico detalhado, com todos os antecedentes gerais e locais. A avaliação do biotipo
e fototipo da pele determina a preparação, os parâmetros cirúrgicos e os cuidados pós‐laser.
Biotipo:
Pele seca: exige boa hidratação e umectação.
Pele oleosa: exige uma boa limpeza da região a tratar antes da cirurgia e tratamento
de focos ativos de acne.
Peles sensíveis: tomar precauções extremas com relação às medicações pré‐ e pós‐laser.
Fototipo: determinará o tipo de tratamento e sua duração.
Contraindicações:
Colagenopatias.
Antecedentes de cicatrização anormal (cicatrizes hipertróficas – queloides).
Infecção bacteriana ou herpética ativa.
Peelings profundos.
HIV.
Tratamento oral prévio com Roacutan (Isotretinoína). Este medicamento utilizado
no tratamento da acne ativa produz atrofia dos apêndices cutâneos, e, portanto,
recomenda‐se esperar 2 anos desde a última administração para iniciar o
tratamento a laser.
Drogas imunossupressoras.
Diabetes descompensada.
Pacientes com alterações psicológicas.
Implantes com materiais de preenchimento definitivos.
Preparação do paciente: Ao contrário das ablações de pequenas superfícies em
que geralmente não é necessário tratamento especial com despigmentantes e
antivirais, nas grandes superfícies, o sucesso do tratamento baseia‐se em grande
medida na boa preparação do paciente. Isso será especificamente descrito.
Preparação do campo cirúrgico: a antissepsia da região a ablacionar deve ser
realizada com Hibiscrub (clorexidina), evitando outras substâncias como Pervinox,
álcool iodado, álcool etílico, que seja por sua cor ou seu efeito inflamável, podem
provocar diminuição da ação desse comprimento de onda ou irritação do tecido.
Recomendamos a utilização de roupa cirúrgica estéril.
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Resurfacing (rejuvenescimento)
Preparação do paciente (pré‐laser):
‐ Tomar diariamente 500 mg de vitamina C, durante uma semana.
‐ Não utilizar produtos com aspirina ou ibuprofeno.
‐ Em pacientes sem antecedentes de infecção herpética, tomar 800 mg de
Aciclovir por dia dividido em duas administrações, começando 3 dias antes da
cirurgia.
‐ Em pacientes com antecedentes de infecção herpética, tomar 1200 mg de
Aciclovir por dia dividido em três administrações, começando 10 dias antes da
cirurgia.
‐ O paciente deve comparecer no dia da cirurgia sem nenhum tipo de
maquiagem.
Preparação do paciente com pele clara (Fototipo I e III)
De 7 a 15 dias antes, aplicar AHA (ácido glicólico a 5%) 1 ou duas vezes por dia ou ácido
retinoico a 0,025% em creme 1 vez por dia. É conveniente a aplicação de vitamina C
tópica em nanosferas e a fotoproteção com protetor solar total.
Preparação do paciente com pele MORENA (Fototipo IV e V)
De 30 a 60 dias antes, aplicar Hidroquinona a 4% em creme 2 vezes por dia, e AHA
(ácido glicólico a 5%) 1 ou 2 vezes por dia ou ácido retinoico a 0,025% em creme 1 vez
por dia. Outra fórmula muito recomendável é a combinação de ácido mandélico a 10%
com ácido kójico a 2‐4%. É conveniente a aplicação de vitamina C tópica em nanosferas
e a fotoproteção com protetor solar total.
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Recomendamos utilizar apenas as TÉCNICAS ULTRA LIGHT nestes
fototipos.
Técnica cirúrgica de acordo com a região anatômica
Princípios gerais:
A técnica é dividida em duas partes
1) Ablação da ruga: é realizada linearmente sobre o ombro da ruga evitando o vale,
em passadas sucessivas até conseguir o nivelamento da superfície.
2) Varredura de toda a superfície tratada em baixa densidade de energia a fim de
obter ablação mínima com transmissão calórica para estimular o colágeno.
É importante entender que o laser de Er:YAG é muito seguro, visto que a ablação
camada por camada de poucos mícrons por passada permite o controle preciso em
extensão e profundidade.
O laser de Er:YAG é seguro para o operador e o paciente.
O aspecto relevante é saber quando NÃO se deve continuar tratando uma
determinada área:
O primeiro sinal é um avermelhamento da pele, caso isso não seja observado, não
se vaporizou profundamente o bastante para produzir melhora, sabe‐se que se está
na derme quando a pele assume uma cor vermelha intensa.
O segundo sinal é quando não se vê mais a ruga.
O terceiro sinal é ver o sangue fluir, interrompendo o procedimento nesse
momento, já que se está na derme subpapilar.
O número de passadas necessárias depende:
Da espessura da epiderme.
Da profundidade da ruga.
Dos parâmetros utilizados (energia e frequência).
Da sobreposição dos disparos (overlapping)
Da destreza e velocidade de deslocamento da mão do operador.
Recomendamos inicialmente começar com baixa energia e frequência utilizando os
distanciadores acoplados à peça manual.
Não ablacionar sem os distanciadores
Lembre‐se de que com o laser de Er:YAG, você tem a opção de realizar tratamentos
com intervalos de 60 dias.
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Região da testa e espaço entre as sobrancelhas:
1. Tanto as rugas horizontais da testa quanto as verticais do espaço entre as
sobrancelhas e as localizadas sobre o arco da sobrancelha devem ser ablacionadas
linearmente de ponta a ponta em passadas sucessivas até conseguir o nivelamento.
Nas rugas que penetram na sobrancelha, a ablação deve ser continuada levemente
até a borda da implantação pilosa para obter um bom resultado estético.
2. A varredura é realizada em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento,
de toda a superfície, com baixa densidade de energia com a finalidade de equiparar
toda a área e produzir o estímulo do colágeno.
Quadro de parâmetros de aplicação na região da testa e espaço entre as sobrancelhas
Região perioral:
Para obter um resultado estético melhor desta região, deve‐se ablacionar uma
superfície de forma triangular que inclui nas laterais 1 cm por fora de cada sulco
nasogeniano e cuja base se encontra 1 cm abaixo da região mentoniana.
1. São trabalhadas as rugas situadas no lábio superior, em seguida as do lábio inferior,
de forma linear, ultrapassando um pouco a borda vermelha do lábio.
2. A borda vermelha do lábio é ablacionada delineando todo seu contorno (2 a 3
passadas)
3. É trabalhado o sulco nasogeniano de ambos os lados desde a raiz nasal até a
comissura labial.
4. Realiza‐se a varredura em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento, de
toda a superfície, com baixa densidade de energia a fim de equiparar toda a área e
produzir o estímulo do colágeno
Quadro de parâmetros de aplicação na região perioral
41
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Região periocular:
Inclui as duas regiões palpebrais, desde a sobrancelha até a margem infraorbitária e
por fora se estende até a borda do nascimento do cabelo na região da têmpora.
1. Ablacionar as rugas radiais que vão desde o canto externo do olho até a têmpora
(pé de galinha), de forma linear, de ponta a ponta em passadas sucessivas até
obter o nivelamento.
2. Ablacionar as rugas da pálpebra inferior que têm forma semicircular, seguindo sua
direção.
3. As rugas da pálpebra superior devem ser trabalhadas muito suavemente, devido à
pouca espessura da epiderme.
4. Ablacionar as rugas da região dorsal e asas do nariz.
5. É realizada a varredura em bandas paralelas, evitando as regiões de sangramento,
de toda a superfície, com baixa densidade de energia a fim de equiparar toda a
área e produzir o estímulo do colágeno
Quadro de parâmetros de aplicação na região periocular
Região dorsal da mão:
Esta região se caracteriza pela epiderme pouco espessa e pequena quantidade de
apêndices cutâneos, de modo que a ablação das máculas deve ser suave, sem nunca
chegar ao sangramento, deve ser interrompida ao chegar a um leve eritema.
Recomenda‐se realizar o tratamento em mais de uma sessão com intervalos de 30
(técnica ULTRA‐LIGHT) a 45 dias (técnica LIGHT).
1. É realizada uma ablação suave em toda a superfície do dorso perpendicularmente
aos tendões extensores dos dedos, desde a articulação do punho até o nascimento
dos dedos e desde a borda cubital à radial em bandas paralelas com pouca
sobreposição (overlapping 20%). Os resíduos teciduais são retirados com gaze
embebida em solução fisiológica apenas ao terminar a varredura. Essa varredura
servirá para ablacionar, equiparar a superfície e estimular o colágeno.
2. Caso haja máculas senis, estas são ablacionadas suavemente até obter uma
discreta diminuição do tom. (Resista à tentação de removê‐las em uma sessão)
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___________________________________________________________
Quadro de parâmetros de aplicação na região dorsal da mão
Região ântero‐lateral do pescoço:
Esta é uma região com epiderme muito fina e apêndices cutâneos muito escassos em
que os resultados são observados em longo prazo, depois de várias sessões. Deve ser
realizada com técnicas Ultra‐Light ou Light (ver capítulo anterior).
Resurfacing de face completa:
Por ser uma superfície muito extensa e para aproveitar ao máximo o efeito da
anestesia tópica, recomendamos ir retirando o filme por região a trabalhar, deixando
as demais cobertas.
Há duas formas de realizá‐lo de acordo com as preferências do cirurgião:
1. Região por região, começando por testa, periocular, perioral.
2. Primeiro uma hemiface, e depois a outra.
Conselhos úteis:
Embora na vaporização com laser de Er.YAG não seja indispensável retirar os
resíduos teciduais em cada passada, aconselho removê‐los com gaze embebida em
solução fisiológica gelada periodicamente para comprovar os resultados e depois
secar a região com gaze.
À medida que a ablação das regiões for sendo finalizada, é conveniente cobri‐las
com gaze embebida em solução fisiológica gelada. Isso evita que a pele se seque
com o consequente ardor, proporcionando conforto ao paciente.
Cuidados pós‐laser
Pós‐laser imediato
‐ Imediatamente após o fim da cirurgia, deve‐se aplicar creme antibiótico /
corticoide em toda a superfície ablacionada.
‐ Curativo oclusivo Second Skin 24 a 48hs, fixado com malhas tubulares, para
permitir umectação ótima durante o pós‐laser imediato.
‐ Para aumentar a sensação de frescor, podem ser colocadas bolsas de gelo
sobre a malha tubular.
‐ Analgésicos em caso de dor, Cetorolaco sublingual.
‐ Após 24 h, o Second Skin é retirado e a região é limpa com gaze embebida em
solução fisiológica removendo muito suavemente os resíduos teciduais
aderidos cobrindo novamente a superfície com creme antibiótico / corticoide.
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___________________________________________________________
Pós‐laser durante as duas primeiras semanas
‐ A partir deste momento, a paciente fará seu próprio curativo todos os dias da
seguinte forma:
‐ Limpeza com gaze embebida em água estéril removendo muito suavemente os
resíduos aderidos que costumam apresentar cor parda e cobrir apenas com
creme com antibióticos.
‐ É de vital importância a umectação permanente da região tratada com cremes
vaselinados (petrolatos) ou água termal (Avene, Vichy).
‐ Esses cuidados são mantidos até a epitelização completa, que ocorre em 7 a 10 dias.
‐ Deve continuar utilizando antivirais até a epitelização (7 a 10 dias)
‐ A partir da epitelização, pode ser utilizada maquiagem líquida (não em pó)
comum ou de camuflagem (cor verde).
‐ Evitar a fotoexposição utilizando protetores solares (Photoderm Max, creme ou
gel, FPS 100, proteção total).
Pós‐laser a partir da terceira semana
‐ A partir da terceira semana, caso haja tendência à hiperpigmentação, utiliza‐se
Hidroquinona a 4%, ou ácido Kójico a 2% em creme como despigmentantes
misturados com ácido glicólico a 5%, uma a duas vezes ao dia. Também é muito
útil, principalmente em fototipos morenos e em países tropicais, o uso
doméstico de ácido mandélico a 8‐10%.
‐ No consultório cosmetológico, pode ser realizado um peeling de ácido
mandélico a 15‐30%.
‐ Continuar a utilização de proteção solar total até o terceiro mês.
Manutenção:
‐ O paciente recupera seu aspecto normal em cerca de um mês, recomendamos
a consulta com cosmetóloga treinada para conservar a pele nova obtida. Os
cuidados são:
‐ NÃO se expor ao sol por 3 meses.
‐ Utilizar alta fotoproteção diária.
‐ O uso de retinoides, aha e bhas, antioxidantes como a vitamina A, E e C são
recomendáveis na manutenção dos resultados obtidos.
‐ Utilizar produtos cosméticos para peles sensíveis.
‐ Recomenda‐se o uso de um produto de cada vez, porque essa pele de bebê
pode apresentar irritação devido aos cosméticos.
Resurfacing de cicatrizes de acne
Preparação do paciente (pré‐laser)
São as mesmas que para o resurfacing, tendo em conta que antes do tratamento a
laser devem ser tratados os focos de acne ativa.
Técnica cirúrgica
É dividida em duas partes:
1. Ablação das cicatrizes: devemos ter em conta que as cicatrizes apresentam
grandes variações de forma e tamanho:
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___________________________________________________________
‐ Cicatrizes de forma circular (poço): Ablacionar as bordas em forma circular do
poço para fora evitando o fundo, fazendo de uma a três passadas com spot
pequeno (maior densidade de energia), depois com um spot maior chegar a um
suave nivelamento sem chegar à derme profunda.
‐ Cicatrizes anfractuosas (tipo “ice pick”): Ablacionar seguindo a borda irregular
(ombro) em passadas sucessivas, uma a três passadas com spot pequeno
nivelando suavemente com spot maior.
‐ Realiza‐se a varredura em bandas paralelas, evitando as regiões de
sangramento, de toda a superfície, com baixa densidade de energia a fim de
equiparar toda a área e produzir o estímulo do colágeno.
Este é um trabalho artesanal em que a destreza e paciência do cirurgião
ablacionando uma a uma as cicatrizes obtêm a melhora cosmética. Os scanners
não são recomendados porque não distinguem a borda do fundo.
A variação da profundidade das cicatrizes faz com que o tratamento precise ser
realizado em várias sessões com intervalos de 60‐90 dias.
Quadro de parâmetros de aplicação em cicatrizes de acne
45
___________________________________________________________
Técnica cirúrgica
Utiliza‐se anestesia tópica, 1 hora antes, cobrindo a região com um filme para aumentar a
absorção. No caso de pacientes ansiosos, administra‐se Lorazepam 2 mg sublingual.
Para o desbridamento, são utilizadas altas densidades de energia em baixa frequência
realizando microperfurações sobre as bandas fibrosas e a vaporização das aderências,
varrendo toda a superfície lesionada para conseguir seu alisamento.
Em lesões de grande extensão e/ou espessura, devem ser realizados sucessivos
tratamentos com um intervalo de 60 a 90 dias até atingir o desbridamento total e o
melhor nivelamento.
No pós‐laser, a região é coberta com antibióticos e corticoides em creme com curativo
oclusivo.
Conclusão
A vaporização com laser de Érbio YAG proporciona uma nova alternativa no
tratamento das sequelas de queimaduras, com excelente resultado cosmético e
funcional devido à liberação de pontes fibrosas, alisamento das superfícies,
recuperação da elasticidade e equiparação da coloração.
C. Excisão de lesões na pele e mucosas
Em qualquer lesão conforme a necessidade do cirurgião de conservar a peça para
histopatologia, pode‐se utilizar a peça manual RO4 em modo de corte como se fosse
um bisturi a laser.
As vantagens mais significativas do corte a laser são:
‐ Mínima necrose coagulativa nas bordas da amostra, o que é importante para a
avaliação histopatológica.
‐ Ausência de suturas, isso se deve à propriedade de não produzir necrose
térmica e estimular a produção de colágeno.
‐ Até mesmo em procedimentos que exijam maior profundidade, a cicatrização é
rápida e com excelente resultado cosmético.
‐ Pode ser realizada com anestesia tópica ou infiltrativa.
‐ Por ter efeito esterilizante, é possível trabalhar em lesões infectadas.
‐ A coagulação é excelente.
Técnica cirúrgica
Em modo de corte, a peça manual R04 deve ser posicionada muito próxima (1‐1,5mm)
da região a tratar sem tocá‐la.
Quadro de parâmetros para excisão de pele e mucosa
46
___________________________________________________________
Coagulação
A coagulação pode ser realizada de diferentes maneiras:
1. Desfocalizar a peça manual afastando‐a para aumentar o spot, diminuindo assim a
densidade de energia.
2. Trabalhando em SP, utilize a seguinte regra para saber com que energia o aparelho
deve ser configurado:
Diâmetro do spot ao quadrado x 10 = Energia (mJ) a utilizar
Exemplos de coagulação em SP
Diâmetro spot Spot 2 Spot 2 x 10 = Energia Frequência
3 9 9x10 = 90 mJ 10 a 15 Hz
5 25 25x10 = 250 mJ 10 a 15 Hz
7 49 49x10 = 490 mJ 10 a 15 Hz
3. Utilizar pulsos longos (VLP): utilizam‐se os pulsos longos porque geram mais calor,
e são ideais para coagular lesões que foram vaporizadas ou excisionadas em
grande profundidade (> 3‐4 mm).
Parâmetros de coagulação com peça manual R04
47
___________________________________________________________
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, para gerar um trem de
pulsos calóricos que estimulem a colagenogênese da região e produzam uma
somatória de retrações nas regiões aplicadas. A quantidade de energia e de
passadas dependerá das características da pele de cada região.
ETAPA 2:
Técnica de modo SMOOTH sem filtro pixelado, para gerar um importante efeito
calórico em regiões que, por suas características, provocarão as tensões
necessárias para levantar a pele de regiões contíguas.
ETAPA 3:
___________________________________________________________
Técnica de micropeeling a laser com modo VSP, MSP para obter uma ablação
muito superficial com pouco efeito calórico e gerar fundamentalmente brilho,
lisura e atenuação das manchas.
PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot Frequência
Modo de energia Observações
(mm) (Hz)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
dependerá da área anatômica
SMOOTH 12 2,4 – 3 1-1,5
e do fototipo
(ver abaixo)
PARÂMETROS LASER
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
SMOOTH 12 1,6-1,8 1-1,5 dependerá da área
anatômica
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP/
12 600 8-10 Sobreposição (20%)
MSP
5- Tratamento de estrias
ETAPA 1:
Técnica de modo SMOOTH com filtro pixelado, cobrindo se possível toda a largura
da estria e percorrê-la em todo o seu comprimento, realizado entre 3 ou 4 passadas.
Densidade
Spot
Modo de energia Frequência (Hz) Observações
(mm)
(J/cm2)
A quantidade de passadas
SMOOTH 12 2,5 - 3,0 1-1,5
dependerá do fototipo
ETAPA 2:
2
___________________________________________________________
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
VSP
12 600 8-10 Sobreposição (20%)
MSP
ETAPA 3:
Técnica de varredura com modo SP, em toda a região para gerar tensionamento.
Spot
Modo Energia (mJ) Frequência (Hz) Observações
(mm)
SP 12 1000 -1200 8-10 Sobreposição (20%)
3
___________________________________________________________
periferia.
4
___________________________________________________________
Exemplos de coagulação em SP
5
MANUAL DO USUÁRIO
1
ÍNDICE
Segurança do laser ....................................................................................................................... 4
Guia geral ..................................................................................................................................... 4
Introdução ao tratamento a laser de pelos indesejados e veias .................................................... 7
Ideia básica do tratamento a laser ......................................................................................... 7
Terminologia de laser e definições ......................................................................................... 7
Absorção da luz laser no tecido tratado ................................................................................. 8
Eliminação a laser dos pelos ......................................................................................................... 9
2
Angiomas de pequena extensão........................................................................................... 24
Técnicas trascutâneas em membros .............................................................................................. 25
ONICOMICOSE ............................................................................................................................ 26
TRATAMENTO DE ACNE ATIVA ................................................................................................... 27
REJUVENESCIMENTO FACIAL NÃO ABLATIVO ............................................................................. 27
3
Segurança do laser
Todos os lasers de Nd:YAG da Fotona são unidades de Classe IV e são potencialmente perigosos tanto para
o paciente quanto para o usuário. As características de segurança detalhadas estão descritas no Manual do
Operador, entregue com cada unidade.
As seguintes etapas devem ser incluídas:
‐ PROTEÇÃO OCULAR – Todas as pessoas presentes na sala de cirurgia devem utilizar proteção
específica de segurança para os olhos. A luz proveniente do laser pode causar lesões na córnea e na
retina caso não seja utilizada a proteção adequada. A proteção do olho deve ter coberturas laterais e
ser utilizada sob prescrição de óculos.
‐ REFLEXOS – A luz laser se reflete facilmente e é preciso tomar precauções para garantir que o raio
não esteja direcionado a superfícies brilhantes.
‐ RISCOS ELÉTRICOS – O interior do laser Fotona apresenta exposição a alta voltagem e exposição à
radiação laser invisível. Apenas o pessoal técnico treinado em segurança elétrica e laser está
autorizado a realizar a manutenção interna.
Guia geral
OBSERVAÇÃO:
A Fotona não indica aos profissionais médicos como tratar seus pacientes. Este manual fornece as
informações que o profissional pode considerar úteis para o estabelecimento de seus próprios protocolos de
tratamento. Cada profissional deve considerar que o tratamento a laser não é uma ciência exata;
portanto, podem surgir problemas, mesmo que todo o manual seja devidamente utilizado.
As seguintes perguntas devem ser feitas aos pacientes antes do tratamento:
1. O paciente está utilizando alguma medicação que possa causar fotossensibilidade? Consulte as drogas
que podem causá‐la na lista anexa.
2. A pele do paciente sofreu exposição direta à luz solar nas três semanas anteriores ao tratamento?
3. Você avaliou adequadamente o tipo de pele do paciente? Favor consultar o quadro de classificação de
Fitzpatrick.
4. Você levou em conta a etnia do paciente? Ele/ela pode aparentemente ter pele de tipo III, mas ter
ancestrais étnicos que poderiam indicar o contrário.
5. Os spots ou marcas de teste são realizados primeiramente no nível baixo recomendado e posteriormente
aumentados, depois de observar que não ocorrem efeitos adversos?
Para peles de tipo escuro, esperar no mínimo 24 horas para avaliar a reação da pele. Em alguns casos, você
pode não observar reação alguma durante uma semana. Avaliar cuidadosamente antes do tratamento.
4
As instruções abaixo devem ser seguidas antes de iniciar o tratamento a laser:
Caso o paciente apresente uma queimadura solar, ele/ela deve ser orientado(a) a não se expor ao
sol, utilizar um creme clareador ou descolorante e um bloqueador solar. Retornar para o
tratamento quando o bronzeado tiver desaparecido.
Em pacientes com histórico de herpes simples ou genital deve‐se prescrever um medicamento
antiviral oral (por exemplo: Zovirax), começando a administrá‐lo no dia anterior ao tratamento.
Foram relatados casos de reativação de herpes simples e genital após o tratamento a laser. Por isso,
esse pré‐tratamento é especialmente importante ao tratar a parte superior do lábio e a virilha ou
linha do biquíni.
É importante depilar a região com lâmina antes do tratamento a laser (tanto para a eliminação dos
pelos quanto para o tratamento de veias). Caso a extremidade externa do pelo esteja presente, o
laser será disparado em direção a ela, o que pode causar queimadura na pele.
A unidade de resfriamento da pele reduz a dor durante o tratamento. Por isso, em muitos casos o
tratamento pode ser realizado sem anestesia. Para os pacientes muito sensíveis ou para o
tratamento de áreas sensíveis, pode‐se aplicar anestesia tópica (por exemplo: creme EMLA).
OBSERVAÇÃO:
Recomenda‐se fortemente testar as pequenas áreas onde o tratamento será aplicado, antes de trabalhar
regiões maiores. Isso é muito importante para as peles de tipo IV, V e VI. Caso surja edema confluente, hipo‐
ou hiperpigmentação, a fluência deve ser reduzida.
Classificação de Fitzpatrick*
Tipo I: Branco, sempre se queima, nunca se bronzeia
Tipo II: Branco, geralmente se queima, dificilmente se bronzeia
Tipo III: Branco, às vezes se queima, bronzeado médio
Tipo IV: Marrom moderado, raramente se queima, bronzeia‐se com facilidade
Tipo V: Marrom escuro, muito raramente se queima, bronzeia‐se muito
facilmente
Tipo VI: Negro, não se queima, bronzeia‐se muito facilmente
* Fitzpatrick, TB, ARCH DERM, 1998
Tabela 1: Classificação dos tipos de pele
5
Tabela: Drogas que podem causar fotossensibilidade**
6
Introdução ao tratamento a laser de pelos indesejados e veias
Ideia básica do tratamento a laser
A ideia básica do tratamento a laser é destruir o tecido demarcado sem danificar o tecido adjacente e as
estruturas que devem ser mantidas em estado viável. Com o propósito de alcançar tal efeito, devem ser
selecionados os parâmetros laser adequados, tais como comprimento de onda, duração do pulso, fluência,
etc. É necessário ter conhecimento de como o laser trabalha e interage com a região demarcada, para
poder realizar a seleção adequada dos parâmetros. A eliminação eficaz dos pelos e o tratamento de veias
exigem um entendimento lógico da interação da luz laser com o tecido humano.
Terminologia de laser e definições
Comprimento de onda do laser [nm]
A luz laser pode ser considerada como ondas periódicas de energia que viajam pelo espaço (o comprimento
de onda se refere à distância física entre cristas de ondas sucessivas no raio de luz laser). As ondas laser
médicas típicas são: 1064 nm (infravermelho próximo), 2940 nm (infravermelho médio) etc. Apenas as
ondas laser de 400 nm a 700 nm são visíveis.
Energia de pulso do laser [J]
Se o laser está trabalhando no modo pulso, a energia de pulso do laser é um parâmetro mais seguro que o
de potência do laser. A energia é medida em Joules.
Potência do laser [W]
A potência do laser se refere à medida em que a energia é gerada pelo laser. A potência do laser de 1 Watt
significa que 1 Joule de energia é emitido em 1 segundo.
Duração do pulso [ms]
A duração do pulso e sua largura são sinônimos que se referem ao comprimento temporal do pulso do
laser, isto é, o tempo durante o qual o laser emite a energia atual.
Pico de potência
O pico de potência se refere ao nível de potência durante um pulso de laser individual.
Pico de potência = Energia do pulso / Duração do pulso
Para a operação do laser no modo pulso, com um pulso por segundo e um pulso de duração de 100µs, o
pico de potência pode ser calculado como 10.000 W.
Medida do spot do raio de luz laser [mm]
A medida do spot do raio de luz laser se refere ao diâmetro do raio de luz na região demarcada. Mudando
essa medida, ao mesmo tempo em que se toma cuidado para que a energia do pulso de laser se mantenha
constante, pode‐se mudar a fluência de energia substancialmente e influenciar no mecanismo básico de
interação do raio de luz laser com o tecido (aquecimento, ablação, vaporização).
Fluência [J/cm2]
A fluência se refere ao valor de energia (J) entregue na área tratada. É denominada: dose de energia ou
densidade de energia.
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Fluência = Energia/Área Área = 3,14 x r2 r = diâmetro da marca/2
Intervalo de repetição [Hz]
Os lasers médicos são geralmente operados em um modo de pulso repetitivo. Os pulsos de laser são
emitidos periodicamente a uma medida de pulso, como 10 pulsos por segundo. Um termo comumente
utilizado para pulsos por segundo é o Hertz (Hz).
Coeficiente de absorção
Uma das características mais importantes do tecido demarcado é sua capacidade de absorver a luz laser. O
valor da energia absorvida versus o total de energia utilizada é chamado de coeficiente de absorção.
Coeficiente de absorção = Energia absorvida / Energia laser.
O coeficiente de absorção depende fortemente do tipo de comprimento de onda do laser.
Tempo de relaxamento térmico
O tempo de relaxamento térmico (TRT) é um dos parâmetros cuja compreensão pelo usuário é mais
importante. Para seu uso prático, o TRT pode ser definido como o tempo que um objeto demora para
esfriar de 100°C a 50°C.
A regra é que um objeto pequeno esfria mais rápido que um objeto maior do mesmo material e da mesma
forma, o que significa que uma demarcação menor apresenta um tempo mais curto de relaxamento
térmico. Esse fato é importante quando o tecido precisa ser aquecido a uma temperatura desejada em um
nível de fluência adequado. Se a largura do pulso for longa demais, o tecido começará a esfriar por si
mesmo, por condução térmica, antes que se complete um pulso, causando um efeito clínico negativo. O
segundo parâmetro que deve ser levado em consideração ao estimar o TRT é a forma do tecido demarcado.
Uma esfera (células da pele) com 360 graus de superfície da área de resfriamento esfria mais rápido que um
cilindro (folículos do cabelo). Isso permite que o folículo do cabelo retenha seu calor, ao passo que a célula
da pele pode esfriar a si mesma com maior eficácia. Por esse motivo, os parâmetros podem ser
selecionados para destruir o folículo sem causar dano à pele. Para as estruturas pequenas demarcadas,
recomenda‐se uma duração de pulso curta e uma fluência alta.
Absorção da luz laser no tecido tratado
A energia da luz laser é absorvida pela região tratada e geralmente é convertida em calor. Quando o cabelo
e as veias são irradiados com a luz laser, há três principais cromóforos que servem como elementos
absorventes: melanina, oxihemoglobina e desoxihemoglobina. Na Figura 1, é mostrada a absorção espectral
para todos os três cromóforos. O coeficiente mais alto de absorção, a quantidade mais alta de energia laser,
é absorvido nos cromóforos que têm um efeito mais drástico. Obviamente, a quantidade de cromóforos na
área em que foi aplicado o laser afeta também o resultado final do tratamento.
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Coeficiente de absorção (1/cm)
Nd:Rubi Diodo
Desoxihemoglobina
Oxihemoglobina
Melanina
Água
Fig. 1: Coeficiente de absorção para melanina, oxihemoglobina e desoxihemoglobina
É evidente que a quantidade de cromóforos no tecido demarcado é muito importante ao selecionar os
parâmetros de tratamento. Por exemplo, é necessária uma fluência mais alta para o pelo com poucos
cromóforos (pelo claro) em comparação ao que contém uma grande quantidade de cromóforos (pelo
escuro). O problema se apresenta quando o paciente tem uma quantidade similar de melanina na pele e
esta se converte em uma região tratada competidora. Uma vez que a pele não pode tolerar a energia
aplicada, essa competição geralmente causa hiperpigmentação, bolhas e/ou presença de crostas ou cascas.
Eliminação a laser dos pelos
Até poucos anos atrás, a depilação da região com lâmina, arrancamento dos pelos não desejados, depilação
com cera e eletrólise eram os únicos métodos de eliminação. No início de 1990, foi publicado o primeiro
relato sobre o uso de energia laser para a destruição seletiva dos folículos e, desde meados de 1990, a
eliminação a laser dos pelos passou a ser o método “padrão ouro” para tal propósito.
A eliminação por laser é obtida de dois modos diferentes: Fototermólise seletiva e Fototermólise
homogênea.
O princípio de fototermólise seletiva baseia‐se no dano térmico seletivo de um objetivo pigmentado realizado
com a fluência suficiente de um comprimento de onda, preferencialmente absorvida por esse alvo, sendo sua
entrega realizada em um tempo menor ou igual ao tempo de relaxamento térmico desse alvo.
O principal problema que acompanha este método é a competição entre a melanina presente no pelo
(região demarcada) e a melanina presente na epiderme. A luz laser é, neste caso, não apenas absorvida no
pelo, mas também na camada superior da pele, o que pode levar a efeitos indesejáveis como
9
hipopigmentação, hiperpigmentação ou queimaduras. Muitos desses efeitos podem ser evitados
utilizando o resfriamento superficial da pele e com a seleção cuidadosa dos parâmetros de tratamento
(fluência, duração do pulso). No entanto, este método continua representando um risco significativo para
tipos de pele escuros.
O processo de fototermólise seletiva é típico para o comprimento de onda mais curto (rubi 694 nm,
alexandrita 755 nm, diodo 810 nm). É necessário um resultado direto da fototermólise seletiva, para os
spots de tamanho grande, devido à enorme quantidade de energia que se perde por meio da absorção e
dispersão nas camadas superiores da epiderme. Os comprimentos de onda mais longos (Nd:YAG 1064 nm)
baseados na fototermólise homogênea não são tão dependentes da medida do spot para obter uma boa
penetração.
A fototermólise homogênea se baseia no fato de que a energia laser age no volume de tecido justo,
homogeneamente. Tamanho aquecimento de todas as estruturas do tecido da pele afeta primeiro as
células divididas rapidamente com alto metabolismo celular. As células do bulbo do pelo em fase anágena
(período de crescimento ativo estável, alta atividade metabólica) pertencem a um grupo de células de
crescimento e são, por isso mesmo, muito mais sensíveis ao calor que o resto das células. Esse fenômeno
natural preserva o rendimento do tecido enquanto ao mesmo tempo também o dano irreversível do
folículo piloso. Por outro lado, devido à baixa absorção em melanina, a competição entre a pele e o
pigmento do pelo é excluída, o que faz com que esse método seja superior para os tipos de pele escuros.
É importante saber que, em alguns casos, foi relatado um aumento inicial no número de pelos, após o
primeiro tratamento. Acredita‐se que esse aumento seja devido à sincronicidade do tratamento induzido do
ciclo do pelo, resultando em simultâneo anágeno nos folículos afetados. O aumento inicial se reduzirá
rapidamente nos próximos tratamentos.
Biologia do pelo
O pelo é um anexo dérmico encontrado em quase todas as partes do corpo humano, com exceção das
palmas das mãos, plantas dos pés e lábios. Os pelos que recobrem a maior parte do corpo são finos, de
baixa coloração, com exceção das áreas cobertas por pelos terminais, que são grossos, pigmentados e se
encontram sobre o couro cabeludo e as sobrancelhas. Os pelos podem se tornar terminais quando são
estimulados por andrógenos (hormônios sexuais masculinos), especialmente no rosto, costas, abdome,
tórax, axilas e genitais na etapa da puberdade. Também podem se tornar terminais com o passar dos anos.
O número de folículos capilares presentes na pele é fixado no nascimento.
O eixo do cabelo é composto pela proteína “queratina”, e esta é produzida na parte mais baixa do folículo,
ou do bulbo. A parte média do folículo contém a abertura para a glândula sebácea, a união do músculo, e
uma área mais fina na bainha protetora da raiz chamada bulbo, que se acredita que contenha a base das
células importantes para a regeneração do folículo capilar. A melanina é produzida no bulbo e se concentra
no eixo do pelo velo na parte superior do bulbo. Dependendo da espessura da pele, o bulbo pode chegar a
uma profundidade de 7 mm sob a pele no tecido subcutâneo. Ativamente em crescimento ou em estado
anágeno, os folículos capilares são mais longos e profundos, enquanto nos folículos que saem do
adormecimento, o bulbo é muito mais superficial.
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Ciclo de crescimento capilar
O pelo humano cresce em padrões de ciclos contínuos, o que inclui períodos de fase anágena, catágena e
telógena.
CATÁGENA
(fase de transição)
2-4 semanas
ANÁGENA
(fase de crescimento)
3-4 meses ou anos
TELÓGENA
(fase de repouso)
2-5 meses
Fig. 2: Ciclo de crescimento do pelo
A fase anágena é um período de crescimento ativo, estável, de alta atividade metabólica, divisão rápida
das células do bulbo matriz e de diferenciação. Esta fase é composta por sete etapas:
Etapa I – interação da papila capilar com a área da curvatura, disparando a papila de crescimento, aumenta
a atividade metabólica.
Etapa II – o bulbo do pelo velo começa a descer até a derme entre a bainha folicular vazia, a matriz do
bulbo começa a envolver a papila e começa a diferenciação dos componentes foliculares.
Etapa III – as células da matriz do bulbo alcançam a diferenciação de todos os componentes celulares.
Etapa IV – a matriz de melanócitos se reativa e a distribuição da melanina começa novamente.
Etapa V – o eixo emerge do cone capilar e cresce ao longo do pelo velho que se desprende geralmente
antes da etapa VI
11
Etapa VI – o novo pelo emerge desde a superfície da pele
Etapa VII – fase de crescimento estável até chegar a catágeno
Fig. 3: Etapas anágenas
A fase catágena é o período relativamente breve de 2 a 4 semanas da degradação do folículo do pelo que
precede o restante do período.
A fase telógena é um período de completa inatividade.
Em geral, a duração de cada fase depende da área do corpo. A diferença na duração das fases relacionada à
localização do pelo no corpo humano pode ser significativa – desde algumas semanas até alguns anos.
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Tabela de crescimento dos pelos
Profundidade
% % Variação
No de No total aprox. de
Pelos em Pelos Duração do Duração do de
Área do corpo Folículos de folículos
Telógeno em Telógeno Anágeno cresciment
por cm2 folículos terminais
(repouso) Anágeno o diário
anágenos
1 milhão
no total
Couro
13 85 3‐4 meses 2‐6 anos 350 0,35 mm na cabeça 3‐5 mm
cabeludo
e couro
cabeludo
4‐8
Sobrancelhas 90 10 3 meses 0,16 mm 2‐2,5 mm
semanas
4‐8
Orelhas 85 15 3 meses
semanas
Bochechas 30‐50 50‐70 880 0,32 mm 2‐4 mm
13
Tratamento a laser de veias
Os lasers são utilizados para tratar veias desde a década de 1970, mas os resultados foram inconsistentes e
muito dependentes da cor da pele. Devido à introdução de um novo comprimento de onda e uma duração
de pulso variável, o tratamento a laser de veias tornou‐se seguro e mais eficaz. Dois princípios são aplicados
no tratamento de veias, similares ao da remoção de pelos: a fototermólise seletiva e a homogênea.
Enquanto o método de fototermólise seletiva é utilizado para os vasos avermelhados superficiais,
fototermólise homogênea é uma ferramenta ideal para as veias maiores, mais profundas e estabelecidas.
Fototermólise seletiva Fototermólise homogênea
Coagulação da camada Coagulação uniforme da veia
superior, sem
penetração em direção
ao centro
Fig. 4: Fototermólise seletiva (a) e homogênea (b) dos vasos sanguíneos
A Figura 4 mostra que o sangue nos vasos maiores é aquecido mais uniformemente em comparação ao
comprimento de onda que é absorvido no sangue (hemoglobina, oxihemoglobina), desse modo, é criada
uma proteção de sangue coagulado na margem superior do vaso, e por isso mesmo, mantém‐se uma
grande porção da região tratada sem ser afetada. Esse efeito não ocorre quando se utiliza um comprimento
de onda que não é absorvido em um cromóforo. A pele aquecida homogeneamente afeta os vasos
sanguíneos, porque o sangue contém proteínas com fator específico de coagulação que são sensíveis a
temperaturas entre 52 e 55 graus e cerca de 10 graus menos que os exigidos para a coagulação das
estruturas circundantes.
Resumindo, o sucesso do tratamento a laser de veias requer:
Comprimento de onda capaz de penetrar até a profundidade suficiente para alcançar a veia
Energia suficiente para atingir a coagulação
A duração do pulso, seu comprimento suficiente e justo para coagular a veia sem danificar a pele ou
o tecido circundante (relacionado ao tempo de relaxamento térmico)
14
Tratamento com laser de Nd:YAG de pulso longo
A Fotona oferece vários modelos de pulso longo em laser de Nd:YAG. O comprimento de onda de Nd:YAG
apresenta baixa absorção em cromóforos da pele (melanina, desoxihemoglobina, oxihemoglobina), e por
isso, apenas uma pequena porção da energia laser se perde durante a penetração na camada profunda da
pele, onde os elementos alvo (veias, bulbo capilar) estão localizados. A baixa competição com os
cromóforos na pele ajuda a preservar a epiderme da hipo‐ e hiperpigmentação. Essa característica é muito
importante ao tratar as peles de tipo III e superiores. Além disso, para alcançar a proteção máxima da
epiderme, a Fotona recomenda fortemente o uso do resfriamento da pele durante o tratamento.
Pré‐tratamento recomendado
Durante a primeira consulta, o profissional médico ou o técnico autorizado deve:
Discutir a modalidade de tratamento com laser de Nd:YAG da Fotona com o paciente.
Desqualificar os pacientes que se submeteram a exposição solar ou bronzeamento artificial no
mínimo três semanas antes do tratamento.
Obter o histórico detalhado do paciente, incluindo as modalidades de tratamentos prévios e
determinar a conveniência para o tratamento.
Determinar as expectativas do paciente e explicar as limitações, e também que a remoção dos pelos
exigirá uma série de tratamentos.
Explicar que pode ocorrer certo desconforto durante o tratamento e pode surgir eritema/edema
temporário após o tratamento.
Explicar que pode haver o risco (embora raramente) de reações adversas como mudanças na
textura e pigmentação da pele, que geralmente são temporárias.
Preparação da pele para o tratamento
A área da pele a ser tratada deve ser limpa e seca. Deve estar sem loções, perfumes, maquiagem,
desodorantes, etc. antes do tratamento.
PRECAUÇÃO
Não limpar a pele com etanol!
Os pelos devem ser removidos com lâmina de 6 a 12 horas antes do tratamento.
OBSERVAÇÃO:
Os pelos devem ser cortados rente.
Precauções de segurança
O sistema de alta energia laser foi especificamente desenvolvido para a penetração do tecido
profundo. O laser é capaz de causar danos retinianos graves quando aplicado próximo à
15
superfície dos olhos do paciente.
PRECAUÇÃO
Não utilizar o laser sobre os olhos ou próximo aos olhos do paciente. O uso em qualquer
parte do globo ocular pode causar potencialmente lesão no olho.
Deve‐se utilizar indumentária adequada para a proteção ocular do paciente e dos profissionais que o
operam, para prevenir uma exposição inadvertida dos olhos.
É necessária fluência reduzida para as áreas ao redor de ossos (mãos, tornozelos etc.) ou áreas
sensíveis (parte superior dos lábios, debaixo dos braços, áreas de biquíni, pescoço). As áreas sensíveis
podem ser aliviadas aplicando gelo após o tratamento.
Recomendações pós-tratamento
A aplicação de gelo poderá trazer alívio e reduzir a duração da inflamação. Pode‐se utilizar cortisona
tópica ou creme de aloe vera. Caso haja algum sinal de lesão na epiderme, o paciente pode utilizar
uma pomada antibiótica.
Devem‐se tomar os cuidados necessários para prevenir o trauma na região tratada durante os cinco
dias seguintes ao tratamento. A região tratada não deve ser depilada com lâmina durante esse
período.
A exposição ao sol deve ser evitada, e um bloqueador solar deve ser utilizado durante o período de
tratamento.
Pode‐se aplicar maquiagem, contanto que a pele não esteja lesionada. A maquiagem também servirá
como um bloqueador solar adicional.
Para a remoção dos pelos, o paciente deve retornar após um período de quatro a seis semanas para que a
região tratada seja re‐examinada e a possibilidade de um tratamento adicional seja estudada. Para
tratamentos vasculares, sugerimos a avaliação e a próxima sessão de tratamento em 4‐6 semanas.
Efeitos adversos
De acordo com a experiência, os efeitos adversos são mínimos e temporários, mas os pacientes devem estar
informados sobre eles.
As respostas indesejáveis podem ser:
Pode persistir por alguns dias uma leve cor avermelhada. Esta pode ser facilmente coberta aplicando
maquiagem.
Queimaduras muito superficiais, às vezes com bolhas. Podem chegar a durar 10 dias em média.
Hipo‐ ou hiperpigmentação leve temporária, raramente na face. Em geral, esta desaparece depois de
2‐3 meses.
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DEPILAÇÃO com LASER de Nd:YAG
Parâmetros do tratamento de depilação
Largura de Pulso Largura de Pulso
Tipo de pele.
Fluência Pelo Fino Pelo Grosso
Fototipo
(Pulse Width) (Pulse Width)
Observações da tabela 3:
‐ Iniciar os tratamentos com o valor mais baixo do intervalo e depois aumentar.
‐ À medida que transcorrem as sessões, pode‐se aumentar levemente a fluência, já que conforme o
paciente perde os pelos gradualmente, ele pode aceitar maiores níveis de energia sem apresentar
incômodos. Não ultrapassar os valores máximos mencionados na tabela para evitar complicações
‐ Em pelos muito grossos e profundos, como por exemplo na barba dos homens, podem ser
utilizados pulsos mais longos de 35 ms ou mais.
Esta tabela deve ser utilizada como guia que o ajudará a começar o tratamento de remoção de pelos em
diferentes tipos de pele e espessura do pelo. Os spots de teste devem ser realizados sempre em cada paciente
antes do tratamento, contando com tempo suficiente entre o teste e o tratamento para permitir o surgimento
de qualquer efeito adverso. Em geral, quanto mais escuro o tipo de pele, maior o tempo entre o teste e o
tratamento atual. Haverá o protocolo de segurança para realizar o número de spots de teste sobre o paciente
na área próxima ao local de tratamento atual, e o ideal é aguardar até o dia seguinte para realizar o
tratamento completo. Começar sempre com o spot de teste em baixa energia e aumentá‐la apenas caso não
haja efeitos adversos.
O ponto final clínico do laser de pulso longo de Nd:YAG é um pouco diferente em relação ao de outros lasers
de comprimento de onda mais curto e, portanto, não devem ser utilizados os parâmetros aplicados para outro
tipo de lasers. Estes últimos apresentam alta absorção na melanina da epiderme, o que pode resultar em
edema perifolicular e ao mesmo tempo combinar‐se com um edema total da pele. O pulso longo de Nd:YAG
transfere a maior parte de sua energia na região baixa do folículo capilar para onde está dirigido. Isso ocorre
porque há menos dispersão dos pelos na parte superior da pele. Após o tratamento, os pelos cairão em
aproximadamente duas a três semanas.
Eliminação de pelos com Scanner Fotona
O melhor caminho absoluto para assegurar a cobertura completa, com a quantidade de sobreposição desejada
e com pouca ou nenhuma área sem tratar é utilizar o scanner para cobrir a área. Quando se realiza a
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eliminação de pelos com um único spot, o trabalho se transforma em uma tarefa intensiva, e o erro humano
começa a aumentar. Quando se utiliza um spot circular e os círculos são situados precisamente próximos entre
si, a área tratada contém ilhas indesejáveis de superfícies de pele que não recebem tratamento. Uma
sobreposição parcial de 10% a 20% pode ser necessária para garantir a cobertura total do tecido. É óbvio que é
impossível realizar semelhante trabalho sozinho. Por essa razão, o scanner Fotona é a solução perfeita para o
tratamento uniforme.
Como os spots dos scanners não são disparados de forma contígua, isso reduz também o incômodo resultante
de receber dois disparos contíguos ou sobrepostos que acumulam ainda mais a carga térmica nesse ponto.
Em resumo, um scanner proporciona um tratamento mais rápido, preciso, confortável para o paciente e
relaxado para o operador.
TRATAMENTOS VASCULARES com LASER de Nd:YAG
As aplicações deste comprimento de onda podem ser divididas em técnicas trascutâneas e endovasculares,
dependendo da espessura do vaso a tratar.
Descreveremos as técnicas trascutâneas, comuns à Dermatologia Estética e Flebologia, deixando as
endoluminares para outro capítulo.
Técnicas trascutâneas
Princípios gerais:
É prioritário ter em conta para esta técnica as seguintes considerações:
1. Localização anatômica:
2. Diâmetro do vaso
3. Profundidade
4. Extensão
5. Coloração
6. Fototipos de pele
Localização anatômica:
Lesões na face.
Lesões em membros.
Outras localizações.
Lesões na face:
Nesta região, é importante manejar cuidadosamente os parâmetros para evitar qualquer lesão residual que
possa comprometer a estética.
Lesões em membros:
O estudo da circulação venosa, a continência do sistema valvular das veias profundas e perfurantes, a
atividade laboral, as medidas preventivas e terapêuticas sistêmicas são importantes para atingir as
expectativas desejadas.
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Outras localizações:
As mucosas e outras regiões serão consideradas separadamente.
Diâmetro do vaso:
Determinará os parâmetros a utilizar, já que as veias maiores tendem a exigir menor fluência que as pequenas
e maior largura de pulso.
Extensão:
Determinará o número de sessões necessárias para eliminar a maior quantidade de lesão sem complicações
Coloração:
A resposta imediata e mediata difere de acordo com a coloração do vaso a tratar.
Fototipo de pele:
Determinará os parâmetros a utilizar e a quantidade de sessões para não ter complicações de hipo‐ ou
hiperpigmentação. Em geral nos fototipos mais escuros deve‐se iniciar o tratamento com fluências
menores dentro do intervalo.
Preparação do paciente:
Evitar a exposição solar 15 dias antes.
Utilizar protetor total 15 dias antes, fundamentalmente em lesões no rosto.
Em fototipos escuros e pacientes expostos durante muito tempo à radiação solar, é aconselhável a
utilização de substâncias despigmentantes (Hidroquinona a 4%, Ácido Kójico a 2% ou ácido mandélico a 8‐
10%) 10 a 15 dias antes do procedimento.
Evitar o uso de aspirina, álcool e tabaco.
O paciente deve comparecer no dia do tratamento sem nenhum tipo de maquiagem.
Anestesia:
Em geral, não é necessária a utilização de anestesia. Em caso de pacientes muito sensíveis, utiliza‐se anestesia
tópica em creme ou gel, recomendando a seguinte fórmula: lidocaína a 10%, Norcaína a 10% e Procaína a 5%,
aplicada de forma generosa no mínimo meia hora a uma hora antes do procedimento, cobrindo a região com
um filme.
Preparação da região a tratar:
O mais importante é efetuar a refrigeração da epiderme devido ao efeito calórico do Nd. YAG, evitando
assim o dano térmico e diminuindo o limiar de dor. Recomenda‐se a utilização do sistema de resfriamento por
ar, ou de bolsa de resfriamento.
Técnica:
‐ Retirar o filme (caso tenha sido utilizada).
‐ Remover o gel anestésico com gaze embebida em solução fisiológica.
‐ Configuração do aparelho: os parâmetros de utilização serão descritos de acordo com cada uma das
lesões a tratar.
‐ Não esqueça a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os funcionários.
‐ Recomendamos utilizar lupas e iluminação excelente para visualizar a região a tratar.
Pós‐laser:
Imediatamente após o fim do procedimento, devem‐se aplicar cremes com ATB e corticoides e Aloe vera
em gel gelado.
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Continuar com essa medicação por 7 a 10 dias.
Aplicar resfriamento na região tratada várias vezes ao dia caso haja incômodo e edema.
Caso se formem crostas, NÃO desprendê‐las, mantendo‐as úmidas com vaselina sólida, cremes hidratantes
ou Aloe Vera.
Evitar a exposição solar utilizando protetor solar total (Photoderm Max, FPS 100 R).
Evitar que a água quente toque na superfície tratada durante o banho.
Evitar o uso de aspirina, álcool e tabaco.
Evitar os exercícios ou esportes de alto impacto por 2‐3 dias.
Técnicas trascutâneas no rosto
As lesões vasculares na face são características porque o diâmetro dos vasos é de 0,1 a 1 mm, permitindo
eliminar quase todas as lesões.
Na face, encontramos com frequência as seguintes lesões que podem ser eliminadas com o laser de Nd.YAG:
Telangiectasias
Rosácea
Malformações capilares congênitas de grande extensão
Angiomas de pequena extensão.
Telangiectasias
Princípios gerais
São vasos cutâneos superficiais e de pequeno calibre de 0,1 a 1 mm, podendo apresentar coloração vermelha
brilhante quando são de origem arteriolar, azul quando se originam em vênulas e roxa se são de origem mista.
De acordo com sua forma, podem ser lineares ou simples, arborizadas, papulosas ou aracniformes.
O sinal de eficácia no tratamento varia de acordo com a cor da telangiectasia:
Nas vermelhas o vaso desaparece ou se branqueia imediatamente.
Nas azuis passa a uma cor cinzenta com contornos borrosos, mas pode NÃO desaparecer totalmente.
Nas roxas passa a uma cor azul cinzenta com contornos também borrosos SEM desaparecer totalmente.
Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até atingir a resposta desejada.
Uma vez determinados os parâmetros ótimos, são efetuados os disparos um ao lado do outro, seguindo o
trajeto do vaso (SEM SOBREPOSIÇÃO).
Parâmetros de tratamento
Spot Fluência Largura de Pulso Frequência
Telangiectasias
(mm.) (J/cm2) (ms.) (Hz.)
Faciais 3‐4 90 a 110 20‐25 0,5 a 1
Na região periorbital, é preciso ter extremo cuidado, disparando perpendicularmente sem ultrapassar a
margem óssea.
Na região perioral, deve‐se colocar uma gaze úmida enrolada entre a mucosa labial e os dentes para protegê‐
los.
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Nos vasos que estão salientes na pele (geralmente azuis), deve‐se começar com a menor fluência, pois o
grande acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas).
Número de sessões necessárias:
Em geral, são necessárias 1 a 2 sessões para conseguir os melhores resultados,
com intervalos de 4 a 6 semanas.
Rosácea
Princípios gerais
É uma dermatose crônica muito frequente em mulheres de 40 a 50 anos, de localização centro‐facial (nariz,
bochecha, queixo e testa) produzida por uma hiper‐reatividade vasomotora desencadeada por estímulos
endógenos e ambientais.
O curso evolutivo apresenta diferentes estágios:
Estágio 1: Eritema moderado persistente, telangiectasias escassas.
Estágio 2: Eritema persistente, numerosas telangiectasias, pápulas e pústulas.
Estágio 3: Eritema profundo persistente, telangiectasias densas com cachos vasculares, pápulas, pústulas,
nódulos e edema variável em placas.
Estágio 4: Agregam‐se mais nódulos, edema variável em placas e fimas: rinofima (o mais comum),
gnatofima, mentofima, otofima e blefarofima.
O laser de Nd. YAG é o tratamento preferido nos estágios que apresentam telangiectasias responsáveis pelo
lentidão e obstrução no tecido intersticial. Como resultado da obliteração, o laser melhora significativamente
o eritema, e em estágios avançados, diminuem as fimas (rinofima).
O efeito esterilizante do laser melhora os estágios que apresentam pápulas e pústulas.
O Nd YAG é o tratamento preferido na Rosácea
O tratamento é dividido em:
Tratamento das telangiectasias visíveis.
Tratamento do eritema, pápulas e pústulas.
Tratamento das telangiectasias.
O tratamento é iniciado com três ou quatro disparos sobre o vaso perpendicularmente, um ao lado do outro
sem sobrepô‐los, observando a resposta da pele e o sinal de eficácia (desaparecimento) sobre o vaso tratado.
Os sinais de lesão na pele são as bolhas e a coloração cinzenta.
Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até obter a resposta desejada.
Uma vez determinados os parâmetros ótimos, são efetuados os disparos um ao lado do outro seguindo o
trajeto do vaso.
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Na região periorbital, é preciso ter extremo cuidado, disparando perpendicularmente sem ultrapassar a
margem óssea.
Na região perioral, deve‐se colocar uma gaze úmida enrolada entre a mucosa labial e os dentes para protegê‐los.
Tratamento do eritema, pápulas e pústulas.
Realiza‐se uma varredura sem sobreposição de disparos (overlapping), aumentando o spot e diminuindo a
largura de pulso, evitando as regiões de telangiectasias tratadas.
Spot Fluência Largura de Pulso Frequência
2
(mm.) (J/cm ) (ms.) (Hz.)
Telangiectasias 3‐4 90 a 140 20‐25 0,5 a 1
Varredura 3‐4 90 a 140 20 ‐25 1
(eritema)
Varredura (pústula) 5 a 6 35 a 50 35 a 40 1
Modelos
Dynamis ou
Spectro, usar
spot de 9mm
É muito importante o resfriamento prévio e suficiente de todas as regiões a tratar, pois é uma região
já sensível a alterações vasomotoras e, portanto, devemos ter cautela com as alterações calóricas.
Número de sessões necessárias:
Em geral, são necessárias 2 a 4 sessões para obter os melhores resultados,
com intervalos de 4 a 6 semanas.
Malformações capilares congênitas de grande extensão
Princípios gerais:
Mancha em vinho do Porto (Port Wine Stain): é uma forma especial de nevus flammeus que pode crescer de
forma proporcional com a criança, espessar a superfície cutânea e apresentar um aspecto estético
desagradável. As manchas em vinho do Porto no território de distribuição do nervo trigêmeo podem estar
associadas à Síndrome de Sturge‐Weber, também chamada de Angiomatose Encéfalo‐Trigeminal.
O Nd YAG é uma alternativa terapêutica valiosa no tratamento desta patologia.
Dividimos o tratamento de acordo com a região anatômica a tratar:
Região da testa
Região palpebral
Região das bochechas (geniana), nasal e labial
Região mentoniana
Região da testa:
Recomenda‐se começar por esta região porque temos em toda a sua extensão o reparo ósseo que o osso da
testa nos oferece. O espessamento cutâneo é menor que nas outras áreas, permitindo que testemos a pele e
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ajustemos os parâmetros. Deve‐se evitar efetuar disparos sobre a região superciliar (sobrancelhas) e a raiz do
nascimento do cabelo (lembrar que o Nd. YAG também depila).
É muito importante fazer um quadriculado com caneta de gel branco de 2 cm de lado para demarcar a região
com o propósito de
NÃO sobrepor disparos (overlapping).
O resfriamento da região deve ser permanente
(antes, durante e depois dos disparos). Zimmer.
Começar por um dos quadrados próximos à raiz do cabelo (o menos visível), disparando perpendicularmente,
deixando um espaço entre um disparo e outro, observando a resposta da pele (que não se formem bolhas) e o
sinal de eficácia (avermelhamento ou cor cinzenta escura). Caso a resposta seja adequada, continuar com o
restante dos quadrados também disparando perpendicularmente, deixando um espaço entre um disparo e
outro.
Região palpebral:
Nesta região, as medidas de prevenção e proteção devem ser extremas. Deve ser realizada por cirurgiões laser
muito treinados. A penetração do Nd. YAG pode afetar o globo ocular.
O reparo ósseo periorbital é o limite de segurança para o operador
Região das bochechas (geniana), nasal e labial:
Esta região é onde se observa, em razão da maior densidade dos vasos, o maior espessamento da pele, e por
isso devemos extremar os cuidados e começar pelos menores parâmetros dentro do intervalo, uma vez que o
grande acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas).
É preciso tomar os mesmos cuidados que na região da testa, lembrando‐se de NÃO sobrepor disparos (fazer o
quadriculado para guiar‐se) e o resfriamento conforme descrito na região da testa.
Começar por um dos quadrados próximos à raiz do cabelo (o menos visível) disparando perpendicularmente,
deixando um espaço entre um disparo e outro. Observando com lupa a resposta da pele e o sinal de eficácia.
Caso a resposta seja adequada, continuar com o resto dos quadrados, também disparando da mesma forma.
Na região labial, proteger os dentes e a gengiva com gaze enrolada umedecida na
região gengival e dentária.
Largura de Pulso
Spot (mm.) Fluência (J/cm2) Frequência (Hz.)
(ms.)
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Varredura 4‐5 80 a 100 20‐25 1
Região mentoniana:
Tem as mesmas considerações que a região da testa, devido ao reparo ósseo do maxilar inferior, deve‐se ter
cuidado especial na proteção da gengiva e dos dentes com gaze enrolada umedecida.
Largura de Pulso
Spot (mm.) Fluência (J/cm2) Frequência (Hz.)
(ms.)
Varredura 4‐5 80 a 100 20‐25 1
Número de sessões necessárias:
Em geral, são necessárias aproximadamente 10 sessões para obter os melhores resultados,
com intervalos de 4 semanas.
Angiomas de pequena extensão
Princípios gerais:
São lesões de cor vermelha ou vermelha brilhante em geral de tamanho pequeno que podem se localizar em
qualquer região da pele (hemangioma rubi, nevo rubi). Mais frequentes em fototipos claros e idades avançadas.
Preparação do paciente:
Não exige preparação especial, tomando cuidado fundamentalmente com a exposição solar.
Anestesia:
Com um bom resfriamento, não é necessária a utilização de anestesia tópica.
Preparação da região a tratar:
O mais importante é efetuar a refrigeração da epiderme (antes, durante e depois do tratamento), devido ao
efeito calórico do Nd. YAG, evitando assim o dano térmico e diminuindo o limiar de dor. Recomenda‐se a
utilização do sistema de resfriamento por ar, ou de bolsa de resfriamento.
Técnica cirúrgica:
‐ Configuração do aparelho: os parâmetros de utilização serão descritos de acordo com a região a tratar.
‐ Não esquecer a colocação dos óculos de segurança no paciente e em todos os funcionários.
‐ Recomendamos utilizar lupas e iluminação excelente para visualizar a resposta imediata da região a tratar.
São realizados dois a três disparos de um em um, resfriando a região entre eles,
até obter a mudança de cor, coloração preta. Haverá a formação de uma crosta que
cai posteriormente.
Spot (mm.) Fluência (J/cm2) Largura de Pulso (ms.) Frequência (Hz.)
Angiomas 2 – 3 ou 4 110 a 140 20 0,5
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O spot de 2 mm será utilizado apenas nos angiomas muito pequenos do tamanho de
uma cabeça de alfinete.
Número de sessões necessárias:
Em geral é resolvido em uma ou duas sessões, dependendo do tamanho
Técnicas trascutâneas em membros
Princípios gerais:
O Nd:YAG de pulso longo tem uma vantagem exclusiva no tratamento de veias nas pernas, no fato de que a
energia não é absorvida tão fortemente quanto com outros comprimentos de onda utilizados para tratar essa
condição. Quando a energia é absorvida muito fortemente, o resultado é que ocorre dano na parede superior
da parede do vaso.
É muito mais difícil eliminar um vaso quando só se pode danificar sua parede superior e o resto da parede não
é afetado. A energia do Nd:YAG é absorvida mais lentamente, o que lhe permite atingir um aquecimento mais
homogêneo do sangue, resultando em uma transferência calórica a toda a parede vascular externa. Isso
produz uma melhor oportunidade de obter um fechamento total quando o vaso é tratado. A energia do
Nd:YAG também é capaz de atingir maiores profundidades que as alcançadas por outros comprimentos de
onda mais curtos, e isso permite o tratamento de vasos de localização mais profunda.
Podemos tratar:
Telangiectasias vermelhas, azuis ou rojas.
Vasos de até 3 mm de diâmetro e até 4 mm de profundidade.
Telangiectasias vermelhas, azuis ou roxas.
O tratamento é iniciado com três ou quatro disparos sobre o vaso perpendicularmente, um ao lado do outro
sem sobreposição, observando a resposta da pele e o sinal de eficácia sobre o vaso tratado.
Os sinais de dano na pele são as bolhas e a cor cinzenta.
O sinal de eficácia varia de acordo com a cor das telangiectasias:
Nas vermelhas, o vaso desaparece ou se branqueia.
Nas azuis, passa a uma cor cinzenta com contornos borrosos ou preta, mas pode NÃO desaparecer totalmente.
Nas roxas, passa a uma cor azul cinzenta com contornos também borrosos, mas pode NÃO desaparecer.
Imediatamente após o laser, pode‐se observar na pele um leve edema saliente que segue o trajeto do vaso,
que confere a característica de arranhado de gato.
Os parâmetros para obter o sinal de eficácia sem lesionar a pele devem começar com fluências baixas dentro
do intervalo de utilização, aumentando progressivamente de 10 em 10 J/cm2 até obter a resposta desejada.
Uma vez determinados os parâmetros ótimos, são efetuados os disparos um ao lado do outro seguindo o
trajeto do vaso.
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Largura de Pulso
Telangiectasias Spot (mm.) Fluência (J/cm2) Frequência (Hz.)
(ms.)
Membro inferior 3 ‐ 4 90 a 140 20‐35 1
Nos vasos que estão salientes na pele (geralmente azuis) deve‐se começar com a menor energia, pois o grande
acúmulo calórico produz dano térmico imediatamente (bolhas).
As telangiectasias roxas em cabeça de medusa possuem um vaso central que as nutre. Deve‐se começar
disparando da periferia para o centro com os parâmetros habituais, terminando o procedimento com a
fotocoagulação do vaso central modificando os parâmetros.
Telangiectasias Spot Fluência Largura de Pulso Frequência
em cabeça de medusa (mm.) (J/cm2) (ms.) (Hz.)
Arborizações roxas 3‐4 90 a 140 25‐35 1
Vaso central 4‐6 60 a 100 25 a 40 1
Número de sessões necessárias:
Em geral, são necessárias 2 a 4 sessões para conseguir os melhores resultados, com
intervalos de 4 a 6 semanas.
Vasos de até 3 mm de diâmetro e até 4 mm de profundidade.
Os parâmetros de utilização para a obliteração destes vasos dependem de seu diâmetro, profundidade,
direção, extensão e cor. Às vezes, é difícil conseguir chegar aos parâmetros ótimos sem produzir dano térmico,
e portanto sequelas na pele.
ONICOMICOSE
Técnica de aplicação:
Para minimizar o incômodo do paciente, o ideal é realizar este tratamento com a aplicação simultânea de frio
na pele da região tratada.
Recomenda‐se limar ou rebaixar a unha e diminuir sua espessura para maximizar os resultados.
Este tratamento é realizado com peça manual e não com scanner para melhor controle.
Deve‐se evitar irradiar o laser sobre a matriz ungueal. (apenas 2 passadas).
É recomendável fazer uma sessão por semana, realizando as sessões necessárias (em geral 4) até obter a
eliminação da lesão, sendo que isso pode variar conforme o tipo de fungo.
Largura de Pulso Frequência Número de
Spot (mm.) Fluência (J/cm2)
(ms.) (Hz.) passadas
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2 na totalidade
da unha,
incluindo a pele
Onicomicose 4 40 a 50 40‐50 1 e 2 mais no resto
da lâmina.
(excluindo a
matriz)
TRATAMENTO DE ACNE ATIVA
O Nd:Yag é um laser muito eficaz para tratamento de acne. Como em todos os tratamentos de acne,
recomenda‐se que o paciente tome cuidados cotidianos com a pele. As infecções de acne aumentam o fluxo
sanguíneo com a área afetada; por isso, o laser depositará sua energia, destruindo a bactéria.
Observe que os parâmetros sugeridos para acne são muito similares aos da depilação.
Parâmetros sugeridos em tratamentos de acne.
‐ Realizar com a pele refrigerada
Quando se utiliza peça manual, selecionar SPOT de 5 mm.
Quando se utiliza scanner, o SPOT é de 6 mm.
Quando se utiliza o modelo Spectro ou Dynamis, usar spot de 9 mm.
Largura de pulso (ms) Fluência (J/cm2) Frequência (Hz)
Tipo de pele
Tipo de pele
IV - VI 35 – 45 ms 35 – 45 1,0 – 1,8
Pós‐operatório imediato
‐ Aplicar Diprogenta em creme e protetor solar
Observações
‐ Efetuar sessões com um intervalo de 1‐2 semanas.
‐ Deve‐se realizar a quantidade de sessões necessárias até a remissão das pústulas. Continuar com uma
sessão por mês de manutenção até a normalização da pele.
‐ A manutenção da pele deve ser realizada com uma limpeza de pele a cada 15 ‐ 30 dias
‐ Advertir pacientes do sexo masculino de que o tratamento pode causar a
remoção de pelos.
REJUVENESCIMENTO FACIAL NÃO ABLATIVO
‐ Realizar com a pele refrigerada
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Delimitar com uma caneta de gel branco a margem orbitária para confirmar o limite de não aplicação do
laser, evitando os riscos de complicações oculares graves.
Quando se utiliza peça manual, selecionar SPOT de 5 mm
Quando se utiliza scanner, o SPOT é de 6 mm.
Quando se utiliza o modelo Spectro ou Dynamis, usar spot de 9 mm.
Largura de pulso Frequência
Fluência (J/cm2)
(ms) (Hz)
Tipo de pele
Tipo de pele
Pós‐operatório imediato
‐ Aplicar Diprogenta em creme e protetor solar
Observações
‐ Efetuar sessões com um intervalo de 1‐2 semanas, por um total de 6 sessões
‐ Podem ser realizadas 2 séries de 6 tratamentos por ano
‐ Advertir pacientes do sexo masculino de que o tratamento pode causar a remoção de pelos.
Contraindicações
‐ Colagenopatias
‐ Infecção bacteriana ou herpética ativa
‐ Implantes ou preenchimentos de substâncias definitivas
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ALTA SENSIBILIDADE
SENSIBILIDADE MÉDIA
SENSIBILIDADE BAIXA
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