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I - APRESENTAÇÃO

O presente relatório consiste no Sistema de Esgotamento Sanitário da Vila União – Lagoa


do Opaia, sub-bacia CE-03, município de Fortaleza, conforme solicitação da Procuradoria
Geral de Justiça, através do processo nº 8007.000221/2007-60 de 09/01/2007.

O projeto contempla uma rede de coleta que encaminha o esgoto para uma Estação
Elevatória de Esgoto (EEE) projetada, que depois é recalcado para um coletor tronco a ser
ampliado de acordo com o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana
de Fortaleza. Vale ressaltar que o presente projeto somente é viável com a ampliação do
coletor tronco existente que recebe contribuição da EE-1 (Estação Elevatória-1) localizada
na sub-bacia CE-03.

Este projeto constitui-se de volume único incluindo:

- Relatório Geral, Memorial de Cálculo, Orçamento, Especificações Técnicas, Projeto


Elétrico e Peças Gráficas.

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II – ÍNDICE

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................................... 11

2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO PROJETO .......................................................... 14

2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSO .............................................................................................. 14

3 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA..................................................... 17

3.1 ESTIMATIVA POPULACIONAL ......................................................................................... 17

3.2 VAZÕES DE PROJETO................................................................................................... 17

3.3 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO ....................................................................................... 19

3.3.1 Rede Coletora ........................................................................................... 19

3.3.2 Estação Elevatória de Esgoto (EEE)............................................................. 20

3.3.3 Transiente hidráulico no emissário ........................................................... 21

4 ESTUDO DE ALTERNATIVAS.................................................................................... 24

4.1 ALTERNATIVA 1 ........................................................................................................ 24

4.2 ALTERNATIVA 2 ........................................................................................................ 24

4.3 ALTERNATIVA 3 ........................................................................................................ 24

4.4 ALTERNATIVA 4 ........................................................................................................ 25

4.5 ALTERNATIVA 5 (ADOTADA PARA PROJETO) ..................................................................... 25

5 PROJETO DA SOLUÇÃO ADOTADA ........................................................................ 27

5.1 REDE COLETORA DE ESGOTO ......................................................................................... 27

5.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO (EEE)......................................................................... 27

6 ANEXOS...................................................................................................................... 29

4
7 ORÇAMENTO ............................................................................................................. 31

8 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .................................................................................. 33

8.1 DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................. 33

8.1.1 Projeto ...................................................................................................... 33

8.1.2 Execução do Trabalho............................................................................... 33

8.2 SERVIÇOS TÉCNICOS ................................................................................................... 35

8.2.1 Locação e Nivelamento de Rede de Esgoto/Emissário ............................... 35

8.3 SERVIÇOS PRELIMINARES .............................................................................................. 39

8.3.1 Trânsito e Segurança ................................................................................ 39

8.4 MOVIMENTO DE TERRA ............................................................................................... 48

8.4.1 Compactação em Valas ............................................................................. 52

8.5 ESGOTAMENTO E DRENAGEM ........................................................................................ 55

8.5.1 Esgotamento com bombas........................................................................ 55

8.5.2 Rebaixamento de lençol freático - ponteiras filtrantes.............................. 57

8.5.3 Rebaixamento de lençol freático - com poços .......................................... 58

8.5.4 Rebaixamento de lençol freático de barreiras até 30m² ............................ 59

8.6 ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES .................................................................................. 59

8.6.1 Estocagem ................................................................................................ 60

8.6.2 Manuseio e transporte .............................................................................. 60

8.6.3 Considerações específicas ........................................................................ 61

8.6.4 Assentamento de tubo .............................................................................. 62

8.7 PAVIMENTAÇÃO ........................................................................................................ 65

5
8.7.1 Retirada de pavimentos, meio-fios e sarjetas ........................................... 66

8.7.2 Recomposição de pavimentos, meio-fios e sarjetas com reaproveitamento

total do material ................................................................................................... 67

8.8 INSTALAÇÕES DE PRODUÇÃO ........................................................................................ 68

8.8.1 Montagem Mecânica ................................................................................. 69

8.8.2 Instalação de Equipamentos de Movimentação de Cargas......................... 70

8.8.3 Instalação de equipamento em canalizações............................................. 72

8.8.4 Instalação de Válvula ou Registro.............................................................. 73

8.8.5 Junta Gibault ............................................................................................. 74

8.8.6 Montagem de Tubulação........................................................................... 75

8.8.7 Instalação Elétrica ..................................................................................... 76

9 PROJETO ELÉTRICO ................................................................................................. 81

10 CREA - ART ................................................................................................................ 83

11 PEÇAS GRÁFICAS ..................................................................................................... 85

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III - RESUMO DO PROJETO

Informações do Projeto
Projeto

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO – LAGOA DO OPAIA

Projetista Programa

OTHAVIO LUIS DE SOUSA – ENGº PROJETISTA GPROJ/CAGECE

Município Sub-bacia Data de elaboração do Projeto

FORTALEZA CE-03 JUNHO/2007

Valor do Orçamento Data do Orçamento Responsável pelo Orçamento

MAIO/2013 GEATE

Dados da População
Método de
Taxa de Ano de Início do População Inicial Ano Final de População Final
Estimativa Alcance do Projeto
Crescimento Projeto de Projeto Projeto de Projeto
Populacional
1,09% - 2008 a
Crescimento 2010
20 anos 2008 5055 hab 2028 5509 hab
geométrico 0,47% - 2010 a
2028

Observações A população inclui residências e instituições

Vazões de Projeto
VAZÃO (L/s) VAZÃO (m³/h)
ANO
Mínima Média Máxima Mínima Média Máxima

2008 3,75 7,50 14,99 13,50 27,00 53,95

2018 3,98 7,96 15,81 14,32 28,65 56,92

2028 4,17 8,34 16,50 15,01 30,02 59,39

Ligações Domiciliares e Intradomiciliares


Discriminação Implantação
Ligações Domiciliares 850

Ligações Intra-domiciliares 848

Rede Coletora
Sub-bacias Diâmetro (mm) Etapas de Implantação Extensão (m) Material

150 4035,14
ÚNICA Única PVC
200 8,65

TOTAL 4043,79

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Estação Elevatória de Esgoto
Quant. Bombas Q (L/s) Hman (m) Potência (CV)
Elevatória Tipo
Ativas Reserva 1ª Etapa 2ª Etapa 1ª Etapa 2ª Etapa 1ª Etapa 2ª Etapa

EE Submersível 1 1 15,81 16,50 18,67 19,29 10 15

Linha de Recalque
Localização
Elevatória Vazão de projeto Material Diâmetro Extensão
Montante Jusante

Coletor tronco a ser


EE Rede 16,50 L/s DEFOFO 150 mm 1057 m
ampliado

8
Croqui

COLETORTRONCO
ASERAMPLIADO

EMISSÁRIO

EEE

REDE
VILAUNIÃO
LAGOADOOPAIA

9
Considerações Iniciais

10
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente projeto contempla o sistema de esgotamento sanitário para 3860 habitantes
localizados ao sul da lagoa do Opaia no Bairro Vila União. Atualmente os esgotos
produzidos por esta população são lançados nas galerias pluviais direcionadas à lagoa, o
que acarreta na poluição e eutrofização do manancial.

A primeira alternativa levantada foi o escoamento do esgoto da rede projetada para o PV


existente na Rua Varig esquina com Avenida Lauro Vieira Chaves. Porém a rede projetada
chegaria ao ponto de lançamento com profundidade maior que a do PV existente. Além
disso, alguns trechos da rede existente na Rua Varig apresentariam lâmina líquida acima do
limite máximo permitido de 75% com o incremento de vazão da área de projeto.

Em seguida se cogitou a possibilidade de escoar o esgoto da rede projetada diretamente


para a estação elevatória existente que fica próxima à lagoa do Opaia. Porém a rede
projetada chegaria ao penúltimo PV (poço de visita) a montante da estação com 0,59 m de
profundidade a mais. Essa alternativa só é possível se houver o rebaixamento dos dois
últimos poços de visita a montante, do sistema preliminar de tratamento e do poço de
sucção. Além disso, os trechos de 150 mm existentes na Rua Varig deveriam ser
substituídos por tubulações de 200 mm e também rebaixados. Mesmo adaptando a EE-1
com novas dimensões e substituindo os coletores da rua Varig, as bombas e a linha de
recalque, o coletor tronco existente não suportaria o incremento de vazão.

A terceira alternativa analisada foi a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto


(ETE) na praça localizada entre a Avenida Lauro Vieira Chaves e a lagoa do Opaia, próximo
à Rua Deocleciano Cavalcante. Porém uma das diretrizes atuais da Gerência de Projetos é
evitar a “pulverização” de ETE’s, já que o presente projeto atende a uma vazão pequena.

Outra possibilidade seria a construção de uma EEE no mesmo local onde ficaria a ETE
anteriormente citada, em que a linha de recalque da EEE iria até a Estação Elevatória
Reversora do Cocó. Contudo a extensão total do emissário seria demasiadamente grande
para atender uma vazão pequena. Além disso, os gastos energéticos com conjuntos motor-
bomba de potência elevada seriam significativos para atender à longa linha de recalque.

A alternativa adotada para o presente projeto foi a implantação de uma EEE que leva o
esgoto para um coletor tronco que necessita ser duplicado e esta ampliação está prevista no
Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana de Fortaleza. O coletor
tronco existente direciona o esgoto bruto para a Estação Reversora do Cocó, que depois vai
11
para a Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos Sanitários de Fortaleza (EPC) para
posterior disposição oceânica.

12
Caracterização da Área de
Projeto

13
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO PROJETO

2.1 Localização e acesso

A área de projeto do esgotamento sanitário se localiza no Bairro Vila União, entre a lagoa do
Opaia e a pista do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza-CE. Os coletores
principais ficam na Avenida Lauro Vieira Chaves e o ponto de ligação deles é próximo a uma
praça às margens da lagoa. Um dos coletores principais tem início em frente à delegacia de
polícia civil e outro coletor começa na esquina da Avenida Lauro Vieira Chaves com Rua
José Leandro. Estes coletores recebem esgoto dos coletores secundários da região limitada
pela Rua Castelo Branco e pela Travessa Feliz e da região limitada pela Travessa João
Bosco e pelas ruas João Bosco, Adonias Lima e José Leandro.

Um dos acessos para a região é pela Avenida Luciano Carneiro (que corta a Avenida
Borges de Melo) indo à direção sul até cruzar a linha ferroviária. O acesso continua na curva
vizinha ao muro do Aeroporto passando na Praça Brigadeiro Eduardo Gomes ou Praça do
Vaqueiro (antigo aeroporto) até chegar à Avenida Lauro Vieira Chaves (Figura 1).

Figura 1 – Mapa de situação da área de projeto para esgotamento sanitário

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A EEE localiza-se na Avenida Lauro Vieira Chaves, perto da Rua Deocleciano Cavalcante e
ao lado de uma praça existente. O emissário passa pela Avenida Lauro Vieira Chaves e
pelas ruas Varig, Gonçalo Souto e Helvécio Monte (Figura 2). O ponto de lançamento da
linha de recalque é na Rua Helvécio Monte esquina com Rua João Câmara, local do coletor
tronco a ser ampliado.

Figura 2 – Mapa indicativo da EEE e do emissário

15
Elementos para Concepção do
Sistema

16
3 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA

3.1 Estimativa Populacional

A estimativa populacional de projeto foi calculada através de progressão geométrica de


acordo com a projeção do Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana
de Fortaleza. As taxas de crescimento adotadas foram as relacionadas ao Bairro Vila União.
Considerou-se 4,25 habitantes por casa de 1 pavimento (de acordo com o Plano Diretor) e
8,5 habitantes por casa duplex (1 família por pavimento). A área de projeto possui 743 casas
de 1 pavimento e 105 casas duplex. As populações estimadas estão apresentadas na
Tabela 1.

Tabela 1 – Populações de projeto


Ano Taxa de crescimento (a. a.) Período de abrangência da taxa População
2008 - - 4050
2010 1,09% 2005 – 2010 4139
2018 0,47% 2010 – 2021 4297
2028 0,47% 2010 – 2021 4504

Para o dimensionamento da rede coletora foi adotado horizonte de projeto de 20 anos


(2008-2028). Para os cálculos da EEE, considerou-se a 1ª etapa em 2018 e 2ª etapa em
2028.

Com relação à escola inserida na área de projeto, o número total de pessoas que a
freqüentam é de 970 (funcionários e alunos) e, de acordo com informações da Secretaria
Municipal de Educação (SME), não existe previsão de ampliação para a escola. Por isso,
considerou-se que a população circulante da escola será a mesma para fim de plano.

O distrito policial que será atendido pelo presente projeto tem capacidade para 20 presos e
trabalham 15 policiais. De acordo com informações do próprio distrito não há previsão de
ampliação para a delegacia, logo se considerou o número total de presos e funcionários o
mesmo para fim de plano do projeto.

3.2 Vazões de Projeto

Para o cálculo das vazões consideraram-se também as contribuições de uma delegacia e de


uma escola. No caso da delegacia, considerou-se consumo per capita previsto para
alojamento provisório e edifício público. Os valores de consumo per capita para delegacia e

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escola foram baseados na literatura técnica. No caso da população residencial, adotou-se o
valor de consumo per capita recomendado no Plano Diretor para a sub-bacia do Cocorote.

Os parâmetros de dimensionamento utilizados foram os seguintes:

 Consumo per capita residencial (qr).............................................................200 L/hab.d

 Consumo per capita da escola (qe)................................................................50 L/hab.d

 Consumo per capita da delegacia (qd)...........................................................80 L/hab.d

 Coeficiente de retorno (c)........................................................................................0,80

 Coeficiente do dia de maior consumo (K1)...............................................................1,20

 Coeficiente da hora de maior consumo (K2)............................................................1,50

 Coeficiente de consumo mínimo horário (K3)..........................................................0,50

 Taxa de infiltração (Tinf)................................................................................0,25 L/s.km

As vazões e taxas de contribuição foram calculadas a partir das seguintes equações:

c × Pr × q r
Vazão média: Q med = (L/s)
86400

Tinf × L rede
Vazão inicial de projeto: Q i = K 2 × Q med ,i + + Q i ,e + Q i ,d (L/s)
1000

Tinf × L rede
Vazão final de projeto: Q f = K 1 × K 2 × Q med , f + + Q f ,e + Q f , d (L/s)
1000

K 2 × Q med ,i Tinf
Taxa de contribuição linear para início de plano: T xi = +
L rede 1000 (L/s.m)

K 1 × K 2 × Q med , f T inf
Taxa de contribuição linear para final de plano: T xf = + (L/s.m)
L rede 1000

Onde:

Pr = população residencial (hab);

Lrede = extensão total da rede coletora (m);

c × Pi ,e × q e
Q i ,e = (vazão pontual inicial de contribuição da escola em L/s);
86400

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c × Pi , d × q d
Q i ,d = (vazão pontual inicial de contribuição da delegacia de polícia em L/s);
86400

c × P f ,e × q e
Q f ,e = (vazão pontual final de contribuição da escola em L/s);
86400

c × P f ,d × q d
Q f ,d = (vazão pontual final de contribuição da delegacia de polícia em L/s);
86400

Pi,e = número de funcionários e alunos da escola para início de plano;

Pi,d = capacidade de presos e número de funcionários da delegacia para início de plano;

Pf,e = número de funcionários e alunos da escola para final de plano;

Pf,d = capacidade de presos e número de funcionários da delegacia para final de plano.

Para o cálculo da estação elevatória foram consideradas as vazões máximas para 10 e 20


anos de horizonte de projeto.

3.3 Considerações de Projeto

3.3.1 Rede Coletora

Utilizou-se o software CESG 2001 versão 7.3.3. para o traçado da rede coletora e seu
cálculo hidráulico.

Para o dimensionamento da rede foram adotados os seguintes critérios de


dimensionamento:

Regime hidráulico de escoamento: as redes coletoras de esgoto foram projetadas para


funcionar como conduto livre em regime permanente e uniforme, de modo que a
declividade da linha de energia seja equivalente à declividade da tubulação e igual à
perda de carga unitária;

Vazões mínimas: a NBR 9649 da ABNT recomenda que a rede seja dimensionada para
uma vazão mínima de 1,5 L/s, correspondente ao pico instantâneo de vazão
decorrente da descarga de um vaso sanitário, devendo este valor ser adotado nos
casos em que a vazão real sejá inferior;

Diâmetro mínimo: foi adotado o diâmetro de 150mm, considerando se tratar de rede


pública;

Declividade mínima: adotada conforme preconiza a norma, de forma que cada trecho da
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rede, desde início de plano, atinja a uma tensão trativa igual ou superiora 1,0 Pa. Para
um coeficiente de Manning n = 0,013, a declividade mínima é dada por:

Equação 1: Declividade mínima I min = 0 ,0055 × Qi −0 , 47


onde: Qi: vazão jusante do trecho em início de plano, em L/s;

Imin: declividade mínima, em m/m.

Declividade máxima: A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha


velocidade de tubulação igual a 5,0m/s, para a vazão final de plano, podendo ser
obtida para o coeficiente de manning n = 0,013 a equação:

Equação 2: Declividade máxima I max = 4 ,65 × Qf −0 ,67


Lâmina d' água máxima: tendo em vista o tipo de regime adotado (conduto livre), a
necessidade de ventilação e imprevisões quanto às flutuações do nível de esgoto,
projeta-se as redes de forma que a lâmina fique no máximo 75% do diâmetro da
tubulação;

Velocidade crítica: constitui-se parâmetros para estabelecimento da lâmina máxima de


esgoto. No caso da velocidade final ser superior à velocidade crítica, a lâmina passará
a ser 50% do diâmetro. A velocidade crítica é definida por:

Equação 3: Velocidade crítica: Vc = 6 g × RH

onde:
Vc: velocidade crítica, em m/s;
g: aceleração da gravidade, em m/s²;
RH: raio hidráulico, em m.

3.3.2 Estação Elevatória de Esgoto (EEE)

Para o dimensionamento da EEE foram adotados os seguintes critérios de


dimensionamento:

Diâmetro da tubulação de recalque: foi determinada através da fórmula de Bresse, como


aproximação inicial. Contudo, foram observados os seguintes critérios em função da
velocidade de escoamento (CRESPO, Patrício Gallegos. Elevatórias nos Sistemas de
Esgotos. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001):

 Linhas curtas e/ou altura de recalque baixa: 2,0 < v < 2,5m/s;

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 Linhas compridas e/ou altura de recalque elevada: 0,60 < v < 1,0m/s

 Condições intermediárias: 1,0 < v < 2,0m/s

Segundo o autor, uma linha de 500m deverá ser dimensionada para uma
velocidade entre 0,60 e 1,0m/s.

Velocidade no recalque: deverá ficar entre 0,60 a 3,0m/s, em função das condições da
linha de recalque, conforme explicitado no item (a);

Rotação: o limite superior recomendado é de 1.800rpm;

NPSH (Net positive succion head): a instalação da bomba deverá disponibilizar um


NPSHd acima do requerido (NPSHr)pela bomba na ordem de 1,6m;

Tempo de ciclo: constitui-se intervalo de tempo entre duas partidas sucessivas do motor
da bomba. A SABESP adota tempo de 10min para motores de até 300 cv, sendo
necessária a consulta para os fabricantes com valores acima disto;

Tempo de detenção média: relação entre o volume efetivo e a vazão média de início de
plano afluente ao poço de sucção, cujo valor não deverá ultrapassar 30 minutos;

Submergência (S): altura a ser estabelecida entre o nível mínimo d' água e a entrada da
tubulação de forma a evitar a formação de vórtices. A norma preconiza que seu valor
deverá ser S =2,5 D, sendo (D) o diâmetro da tubulação de sucção, e nunca menor
que 0,50m.

O dimensionamento ainda consiste em verificar se a estrutura projetada necessitará de


instalações contra transientes hidráulicos, especificamente golpe de aríete.

Para minimizar os efeitos do golpe de aríete nas instalações de recalque podem ser
tomadas, dentre outras, as seguintes medidas de proteção:

Limitação da velocidade nas tubulações;

Instalação de válvulas de retenção de fechamento controlado;

Emprego de tubulações capazes de resistir à sobrepressão;

Construção de chaminés de equilíbrio para absorção do golpe, permitindo oscilação da


água.

3.3.3 Transiente hidráulico no emissário

Como a linha de recalque possui aproximadamente 1 km, foi necessário realizar o

21
cálculo dos transientes hidráulicos para detectar os limites de subpressão e
sobrepressão. Para a realização destes cáculos utilizou-se o software DYAGATS.

22
Estudo de Alternativas

23
4 ESTUDO DE ALTERNATIVAS

4.1 Alternativa 1

A primeira alternativa cogitada foi o escoamento do esgoto da rede projetada para o PV


existente na Rua Varig esquina com Avenida Lauro Vieira Chaves. Porém a rede projetada
chegaria ao ponto de lançamento com 4,0 m de profundidade (ver ANEXOS) e, de acordo
com o cadastro da Cagece, o PV inicial da Rua Varig tem 0,50 m de profundidade. Mesmo
construindo uma EEE para diminuir a profundidade, não é viável lançar o esgoto no PV
existente da Rua Varig. De acordo com verificação feita na rede existente da Rua Varig (ver
ANEXOS) com relação ao incremento de vazão, alguns trechos apresentaram lâmina líquida
acima do limite máximo permitido de 75%.

4.2 Alternativa 2

Em seguida foi estudada a possibilidade de escoar o esgoto da rede projetada diretamente


para a EE-1 existente na sub-bacia CE-03, localizada na Rua Livreiro Gualter e próxima à
lagoa do Opaia. Pelos cálculos realizados a rede projetada chegaria ao penúltimo PV (poço
de visita) a montante da EE-1 com 0,59 m de profundidade a mais (ver ANEXOS). Essa
alternativa só seria possível se houvesse o rebaixamento dos dois últimos poços de visita a
montante, do sistema preliminar de tratamento e do poço de sucção. Além disso, os trechos
de 150 mm existentes na Rua Varig deveriam ser substituídos por tubulações de 200 mm e
também rebaixados. Os conjuntos motor-bomba atualmente utilizados na EE-1 não podem
ser aproveitados, pois o tempo de intermitência entre partidas é abaixo do tempo crítico de
projeto (ver ANEXOS). Haveria também a necessidade de aumentar o diâmetro da linha de
recalque existente devido ao aumento da perda de carga. Mesmo adaptando a EE-1 com
novas dimensões e substituindo os coletores da rua Varig, as bombas e a linha de recalque,
o coletor tronco existente não suportaria o incremento de vazão.

4.3 Alternativa 3

A terceira alternativa analisada foi a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto


(ETE) na praça localizada entre a Avenida Lauro Vieira Chaves e a lagoa do Opaia, próximo
à Rua Deocleciano Cavalcante. Porém uma das diretrizes atuais da Gerência de Projetos é
evitar a “pulverização” de ETE’s, já que o presente projeto atende a uma vazão pequena.

24
4.4 Alternativa 4

Outra possibilidade seria a construção de uma EEE no mesmo local onde ficaria a ETE
anteriormente citada, em que a linha de recalque da EEE iria até a Estação Elevatória
Reversora do Cocó. Contudo a extensão total do emissário seria demasiadamente grande
para atender uma vazão pequena. Além disso, os gastos energéticos com conjuntos motor-
bomba de potência elevada seriam significativos para atender à longa linha de recalque.

4.5 Alternativa 5 (adotada para projeto)

A alternativa adotada para o presente projeto foi a implantação de uma EEE que leva o
esgoto para um coletor tronco que necessita ser duplicado e esta ampliação está prevista no
Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana de Fortaleza. O coletor
tronco existente direciona o esgoto bruto para a Estação Reversora do Cocó, que depois vai
para a Estação de Pré-Condicionamento de Esgotos Sanitários de Fortaleza (EPC) para
posterior disposição oceânica.

Foi feita verificação do incremento de vazão no coletor tronco existente na sub-bacia CE-03
e o coletor apresentou lâmina d’água acima de 75% em vários trechos (ver ANEXOS). Além
disso, a verificação realizada para a vazão atual também apresentou lâmina d’água, em
alguns trechos, acima do limite permitido. Por isto, este projeto é viável somente com a
ampliação deste coletor tronco existente.

Para os cálculos da população que contribui atualmente para o coletor tronco existente
utilizou-se o número de economias da bacia de contribuição do coletor até a Av. Eduardo
Girão.

25
Projeto da Solução Adotada

26
5 PROJETO DA SOLUÇÃO ADOTADA

5.1 Rede coletora de esgoto

A rede coletora possui extensão total aproximada de 4044 m, o material é de PVC e a rede
será implantada em etapa única (20 anos de horizonte de projeto). A planilha do
dimensionamento da rede coletora está apresentada no item ANEXOS.

5.2 Estação Elevatória de Esgoto (EEE)

A EEE foi projetada para horizonte de projeto de 10 anos (2018) e 20 anos (2028). A
estação consta de sistema preliminar de tratamento, poço de sucção, conjunto de bombas e
linha de recalque.

No início do sistema preliminar de tratamento existem duas grades (média seguida de fina)
para remoção de sólidos grosseiros, que devem ser limpas constantemente para evitar o
acúmulo de sujeira e, conseqüentemente, o afogamento do canal das grades. A caixa de
areia possui seção retangular com 2 (dois) canais, serve para reter sólidos inertes e também
deve ser limpa periodicamente. Para o correto funcionamento do dispositivo, o revezamento
dos canais é essencial. Enquanto um canal está em utilização, o outro (já saturado) deve
estar fechado para retirada de areia por parte do operador. Por último tem-se a calha
Parshall para medição de vazão. As dimensões obtidas na unidade preliminar estão
apresentadas no item ANEXOS.

O poço de sucção possui dimensões que atendem ao mesmo tempo às necessidades de


projeto e à operacionalidade do sistema. As bombas de projeto são submersíveis, sendo
uma ativa e outra para reserva e rodízio. As características do poço de sucção e das
bombas estão mostradas no item ANEXOS.

A linha de recalque é de DEF°F° com diâmetro de 150 mm. No início da linha está previsto
um reservatório hidropneumático horizontal de 1000 L. Nos pontos mais baixos estão
previstos registros de descarga. No ponto mais alto do emissário está prevista uma ventosa
tríplice para esgoto. Os cálculos do transiente hidráulico com as variações de pressão estão
apresentados no item ANEXOS.

27
Anexos

28
6 ANEXOS
Erro! Vínculo não válido.

29
Orçamento

30
7 ORÇAMENTO

31
Especificações Técnicas

32
8 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
As especificações técnicas abaixo foram retiradas do Manual de Encargos da CAGECE.

8.1 Disposições Gerais

8.1.1 Projeto

A contratada fica obrigada a cumprir integralmente os projetos, plantas, detalhes e todos os


elementos que deles possam ser interpretados e deduzidos, bem como as modificações
e/ou complementações que forem impostas pela CAGECE.

As obras deverão ser executadas rigorosamente de acordo com os desenhos e detalhes dos
projetos, e em nenhuma hipótese, serão aceitas da contratada alegações de exageros e
excesso de formalismo para justificar o não cumprimento destas exigências.

Em caso de divergências entre os elementos de projeto, caberá à contratada comunicá-las à


CAGECE, única competente para as providências e correções cabíveis.

Nas divergências entre cotas e suas dimensões na escala, deverão prevalecer as cotas;
entre desenhos de escalas diferentes, deverá prevalecer a maior escala; em outros tipos de
divergências, prevalecerá a decisão da CAGECE.

A contratada deverá manter no canteiro de obra, em bom estado e conservação e pelo


tempo que durar os serviços tantos jogos de plantas quantos forem necessários, inclusive
cópias de quantitativos, contratos e especificações, sem ônus à CAGECE. Uma via do
projeto completo deverá ficar reservada à fiscalização e ao pessoal do órgão financiador da
obra.

Todos os aspectos particulares do projeto, as omissões e as obras complementares dele


não constantes serão sempre especificados, detalhados e desenhados pela CAGECE.

8.1.2 Execução do Trabalho

Aspectos gerais

Os serviços a serem executados deverão obedecer, no geral, ao projeto e suas alterações,


relação quantitativa dos serviços, além do exposto nas especificações e normas brasileiras.
A contratada deverá executar os serviços empregando mão-de-obra habilitada e técnicas e
materiais rigorosamente enquadrados nas especificações estabelecidas.

33
Correrão às expensas da contratada e sem direito a qualquer indenização ou prazo, não só
a demolição e conseqüente reconstituição de qualquer obra ou instalação realizada
inadequadamente, como ainda, se for o caso, a substituição de material inadequado ou de
má qualidade. A contratada deverá efetuar todos os entendimentos necessários com a
empresa concessionária de distribuição de energia e com órgãos federais, estaduais e
municipais competentes, ou outros que se fizerem necessários, à execução de ligação de
energia elétrica. Quando houver necessidade de execução de serviços de desmatamento, a
contratada deverá entrar em contato com os órgãos responsáveis, estaduais ou federais,
para providenciar as licenças necessárias. Também é de responsabilidade da contratada a
obtenção de autorizações dos órgãos competentes para rompimento de pavimentos de rua,
alteração de tráfego, remanejamento de interferências, etc.

Andamento do serviço

Antes do início de qualquer serviço referente à obra, deverão estar reunidos e organizados
no local de trabalho todo o pessoal, materiais, equipamentos, acessórios e ferramentas
necessárias e suficientes para garantir sua execução e a continuidade da obra sem
interrupção dentro da melhor técnica até sua conclusão.

A CAGECE tem pleno direito e autoridade para suspender unilateralmente os serviços por
meio que julgar conveniente, quando forem suscitados motivos técnicos, de segurança e
outros que justifiquem tal procedimento. A suspensão dos serviços será pelo tempo que a
CAGECE julgar conveniente e somente com sua autorização poderão ser reiniciados sem
prejuízos e nem acréscimo de despesas à CAGECE.

A contratada não poderá executar nenhum serviço sem a autorização prévia da CAGECE,
salvo os de emergência, necessários à estabilidade ou segurança da obra, de edificações
vizinhas, do pessoal nela envolvido, do público e do funcionamento normal dos serviços
públicos, considerados essenciais. Tais serviços somente serão aceitos como de
emergência se assim forem caracterizados posteriormente pela CAGECE.

Os serviços de emergência, assim caracterizados posteriormente ou previamente


autorizados pela CAGECE, serão qualificados e medidos de acordo com a qualificação de
mão-de-obra e quantidade de materiais e equipamentos utilizados, sempre dentro das
especificações, normas e procedimentos da CAGECE.

Todo trabalho noturno não programado inicialmente, mas conseqüente de atraso do

34
cronograma, será considerado, para efeito de faturamento, como executado nos horários
normais de trabalho. Correrão por conta exclusiva da contratada os acréscimos das
despesas e eventuais prejuízos. Caberá à contratada solicitar a permissão às autoridades
competentes para a realização de trabalhos noturnos ou em horários especiais. O horário e
a execução de trabalhos noturnos ou em horários especiais deverão obrigatoriamente ser
autorizados pela CAGECE.

Equipamento e ferramenta

A contratada é obrigada a colocar no canteiro da obra o equipamento mínimo previsto no


Edital de Licitação, tantas vezes quanto necessário, em ônus para a CAGECE. Nos casos
de se constatar que, para o cumprimento do cronograma, há necessidade de equipamentos
adicionais, a contratada será obrigada a tal complementação sem nenhum ônus adicional
para a CAGECE. A CAGECE poderá impedir a operação de qualquer equipamento que não
atender às necessidades de produção e às condições exigidas no edital de licitação e/ou
contrato, devendo a contratada retirá-lo do canteiro imediatamente após a notificação da
CAGECE.

As ferramentas deverão ser apropriadas ao uso a que se destinam, sendo proibido o


emprego das defeituosas ou improvisadas. As ferramentas defeituosas deverão ser
retiradas do serviço, a fim de sofrerem reparos ou serem substituídas.

8.2 Serviços Técnicos

8.2.1 Locação e Nivelamento de Rede de Esgoto/Emissário

Devidamente autorizado pela CAGECE, estando definidos os trechos a executar, dar-se-á


prioridade aos serviços de topografia e locação da obra.

Para medição de distâncias, além da utilização dos métodos tradicionais (com as


precauções consagradas), poderão ser utilizados aparelhos do tipo Distomat (raio
infravermelho) ou laser, com as devidas precauções. Altamente recomendável a utilização
da ESTAÇÃO TOTAL pela sua precisão e rapidez.

Para medição de ângulos, deverá ser usado equipamento (teodolito ou estação total) que
permita a leitura de ângulo com precisão de 10 segundos.

Dever-se-á efetuar o nivelamento geométrico de 2ª ordem, com erro de fechamento a 10mm

35
vezes raiz quadrada de L, sendo L a distância nivelada e contra-nivelada em quilômetros, os
piquetes deverão ser implantados a cada 20 (vinte) metros.

Analisando os trechos considerados como problemáticos a CAGECE indicará eventuais


alterações de cotas dos coletores, naquele e/ou em outros trechos ainda não liberados, para
permitir o esgotamento das casas, funcionamento da rede e para atender às boas técnicas
de construção.

Por ocasião do nivelamento geométrico, deverão ser adensados os referenciais plani-


altimétricos, consistindo na cravação de marcos de madeira de lei, ou de concreto (traço
1:2:3), de dimensões 3x3x30cm, em locais protegidos e de fácil acesso, distantes entre si
em aproximadamente 200 metros. Deve-se cravar 25cm e os 5cm restantes deverão ser
pintados de amarelo e numerados. No centro dos marcos deverá estar uma tacha, que será
nivelada.

As RN (referências de nível) existentes deverão ser verificadas. Os marcos e as RN


corrigidas deverão ser indicadas para correção, que visualizam a rede coletora em
execução.

Dever-se-á escolher o processo de locação que achar mais conveniente e que atenda às
condições técnicas.

Caso o processo de locação seja através de gabarito ou cruzeta, deverão ser indicados os
elementos necessários à locação (altura do gabarito ou da cruzeta a ser utilizada).

Caso a locação seja efetuada através de outro processo, previamente aprovado pela
CAGECE, deverá ser providenciado o necessário, de forma que a CAGECE possa verificar
os elementos de locação.

O cadastro técnico da rede de esgotamento executado deverá ser apresentado em tinta


nankim no copiativo da planta planimétrica (ou planialtimétrica cadastral), escalas 1:2000 ou
1:1000, fornecida pela CAGECE, para visualizar o andamento das obras. Deverão ser
apresentados a localização dos poços de visita (círculo de 3mm de diâmetro), aspecto das
canaletas executadas, localização e aspecto dos ramais prediais executados e o número ou
código que identifique cada trecho pela folha de cadastro correspondente. Estas normas
deverão ser complementadas com as NORMAS GERAIS de cadastro da CAGECE,
disponíveis na Gerência de Cadastro (GECAD) e, em caso de divergências entre estas aqui
descritas e as da GECAD, essas últimas prevalecerão.

36
Estão descritos, a seguir, os processos de locação convencionais:

No processo da cruzeta deverão constar os elementos:

 Cota do terreno (piquete) – (CT)

 Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo) – (CP)

 Cota do coletor (geratriz superior externa do tubo) – (CC)

 Cota do bordo superior da régua – (CR)

 Declividade – (i)

 Diâmetro interno mais espessura da parede do tubo – (o + e)

 Altura da cruzeta a ser utilizada – (C)

 Altura do bordo superior da régua em relação ao piquete – (H)

Para se assentar com a cruzeta, deverá ser observado:

1) Réguas perfeitamente instaladas e pintadas em cores de bom contraste, para permitir


melhor “visada” do assentador. As réguas deverão estar distantes entre si no máximo 20
(vinte) metros.

2) Coloca-se o pé da cruzeta sobre a geratriz externa superior do tubo, junto a bolsa. O


homem que segura a cruzeta deve trabalhar com um bom nível de pedreiro junto à
cruzeta para conseguir a sua verticalidade.

3) O encarregado da turma faz a visada procurando com o seu raio tangenciar as duas
réguas instaladas e a cruzeta que está sobre um dos tubos. A tangência ou não do raio
visual sobre os três indicará se o tubo está ou não na posição correta; o primeiro tubo a
assentar deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para montante.

Processo dos gabaritos que deverão constar os seguintes elementos:

 Cota do terreno (piquete) – (CT)

 Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo) – (CP)

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 Cota do bordo superior da régua – (CR)

 Declividade – (i)

 Altura do gabarito a ser utilizado – (G)

 Profundidade da geratriz inferior interna do tubo – (P)

 Altura da borda superior da régua em relação ao piquete – (H)

Para se assentar com o gabarito, deverá ser observado:

1) Réguas perfeitamente instaladas, distantes entre si o máximo 10 (dez) metros, com o


objetivo de diminuir a catenária.

2) Pelos pontos das réguas que não dão o eixo da canalização estica-se um alinha de
nylon, sem emenda, bem retesada.

3) Coloca-se o pé do gabarito sobre a geratriz interna inferior ao lado da bolsa, fazendo-se


coincidir a marca do gabarito com a linha esticada. A coincidência da marcação com a
linha de nylon indicará se o tubo está ou não na posição correta. O primeiro tubo a
assentar deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para montante.

As informações das tubulações deverão ser obtidas no campo no ato do seu assentamento,
nos padrões exigidos pela norma interna relativa ao cadastro técnico. Para levantamento de
informações para o cadastramento utilizar os procedimentos das normas em vigor, sem a
qual a fiscalização as invalidará.

Toda tubulação assentada relativa a ampliação ou implantação de rede de distribuição,


adutora, sub-adutora serão cadastradas e desenhados os croquis de amarração (nós) em
nanquim sobre o formulário padronizado em papel vegetal no formato A4 (210mm x 294mm)
como também a atualização do caminhamento em cópia das plantas cadastrais (escala
1:2000) fornecida pela CAGECE.

Deverá ser também efetuado o cadastro dos injetamentos efetuados e na planta de detalhe
(nó) constar todo o detalhamento do nó, inclusive com relação ao nó existente.

É obrigado o fornecimento das plantas de detalhes de cadastro, por trechos


correspondentes a 100m por testada de cada quadra, paralelamente a execução dos

38
serviços, conforme padrões adotados pela CAGECE referente a norma interna para
elaboração de planta de detalhes de nós.

Dever-se-á inicialmente proceder a execução da locação e nivelamento de acordo com o


projeto e demais exigências, deixando visíveis para conferência da fiscalização e da equipe
do cadastro técnico, os marcos orientadores do referido serviço.

O cadastro para adutora seguirá os mesmos padrões do cadastro de rede de distribuição,


mas deverá ser apresentado amarração dos trechos, peças especiais, registro, etc, no
mínimo 3 (três) pontos superficiais, segundo o plano horizontal, e a 2 (dois) pontos no
sentido vertical (um superficial e outro coincidente com a geratriz inferior do tubo ou
conexão) em intervalos de 50m (cinqüenta metros).

Não será procedida a medição e, conseqüentemente, não haverá liberação de fatura para
pagamento, se a contratada não apresentar os cadastros de trechos executados.

Todos os cadastros devem ser submetidos à aprovação da divisão de cadastro técnico, que
dará seu recibo com carimbo e data no respectivo termo de entrega, significando com isso a
aprovação da padronização do cadastro técnico.

A liberação da fatura para pagamento dar-se-á mediante o Termo de Entrega de Cadastro


devidamente assinada pela Divisão de Cadastro e pela Divisão de Obras.

8.3 Serviços Preliminares

8.3.1 Trânsito e Segurança

Nas áreas públicas afetadas pela construção das obras, como nas áreas privadas, tanto em
relação à tráfego de veículo ou de pessoas, deverá ser providenciado junto aos órgãos
competentes as respectivas liberação e aprovação necessárias, seja para as sinalizações
e/ou para o tráfego, sem ônus para a contratada.

Em locais necessários, deverão ser providenciados passadiços, passarelas, cercas de


proteção e tapumes ou outros sistemas de segurança, desde que seja necessário, e de
acordo com a FISCALIZAÇÃO e as especificações da obra, ficando a CONTRATADA com a
responsabilidade exclusiva do fornecimento e dos serviços de transporte, construção,
montagem, desmontagem e remoção.

39
A CONTRATADA deverá tomar as providências necessárias para prevenir possíveis aciden-
tes, assumindo total responsabilidade nessas ocorrências. A CONTRATANTE se eximirá de
toda e qualquer responsabilidade sobre eventuais acidentes.

Tapume

Os tapumes serão empregados no isolamento da área necessária ao serviço, impedindo a


entrada de pedestres e facilitando a visualização da obra a distância. Poderão ser de
madeira ou metálicos. Serão constituídos de chapas de compensado ou aglomerado,
madeira ou chapa metálica.

Nos casos de proteção de valas, os tapumes serão dispostos ao longo da mesma. A critério
da FISCALIZAÇÃO, serão colocados tapumes em um ou em ambos os lados da vala. As
valas no meio da rua, obrigatoriamente, deverão ser protegidas em ambos os lados.

Para proteção de cavas, os tapumes serão dispostos ao longo do seu perímetro.

A CONTRATADA se obrigará também a cumprir as determinações dos órgãos municipais


sobre a utilização de tapumes.

Os tapumes deverão permanecer no local enquanto necessário, a critério da


FISCALIZAÇÃO.

Os tapumes contínuos serão caracterizados pela continuidade da proteção, não havendo


espaço entre as peças, enquanto que os descontínuos serão caracterizados pela
descontinuidade da proteção, com espaço livre entre peças equivalente ao comprimento de
uma peça.

Sinalização de trânsito

Quando houver necessidade de desvio de tráfego para execução das obras, a


CONTRATADA fará os contatos necessários com o órgão responsável, sob aprovação e
assistência da CON-TRATANTE, com a antecedência necessária.

Qualquer obra que implique em desvio do trânsito ou redução da área de circulação deverá
ser executada após prévia aprovação do órgão competente, que deverá ser consultado
através de carta acompanhada da planta propondo as alterações necessárias, onde serão
indicadas todas as informações julgadas imprescindíveis ao estudo e à implantação de
sinalização preventiva e complementar, necessárias ao impedimento ou à circulação no

40
local da obra e nas zonas atingidas por seus efeitos.

A CONTRATADA tomará todas as providências que julgar necessárias para prevenir


possíveis acidentes que possam ocorrer por falta ou deficiência de sinalização e/ou proteção
das valas, assumindo total responsabilidade nessas ocorrências. A CONTRATANTE se
exime de toda e qualquer responsabilidade sobre eventuais acidentes.

A sinalização dos obstáculos será feita em atendimento às normas, especificações e


simbologias do Conselho Nacional de Trânsito e do órgão municipal competente.

A Fiscalização poderá solicitar a ampliação da sinalização já instalada, se for julgada que


está deficiente para o volume dos serviços em execução e que possa comprometer a
qualidade e segurança dos serviços ora em execução.

Principalmente à noite, os dispositivos de iluminação e alerta, devem apresentar


visivelmente à distância, a indicação de bloqueios.

A sinalização, portanto, deve estar associada a dispositivos visuais e sonoros nos padrões
ideais e legais.

A quantidade de equipamentos para sinalização será em função da intensidade e direção do


tráfego.

Placas de advertência:

Todas as obras previstas ou projetadas em vias públicas e que representem obstáculo à


livre circulação e à segurança de veículos e pedestres no leito da via devem ser precedidas
de sinalização preventiva de advertência. Os bloqueios são classificados conforme a área
que impedem e sua posição na via. Esse bloqueio é feito por meio de placas de advertência,
em condições que permitam o fluxo de trânsito sem risco de acidentes para veículos e
pedestres.

 Pista fechada a 50m

Adverte aos motoristas do fechamento à sua frente da pista pela qual trafega, com desvio à
direita e à esquerda. Deve ser utilizada nos casos de fechamento total da via e deve ser
colocada do lado direito da via e fixada em suportes ou em cavaletes.

41
 Desvio à direita a 50m/ Desvio à esquerda a 50m

Adverte aos motoristas da existência, à frente, de desvio obrigatório a direita ou a esquerda,


conforme o caso.Deve ser utilizada para indicar desvio único e obrigatório, não podendo ser
utilizada quando houver mais de uma opção. Deve ser instalada antes do desvio, no lado
direito da via. Placa Padrão 100 x 66,6 cm.

 Pista estreita a 50m

Adverte aos motoristas da existência, à frente, de circulação obrigatória em pista estreita.


Deve ser utilizada quando o estreitamento da pista deixar somente uma faixa livre à
circulação, tornando obrigatória a fila única. Deve ser colocada no lado direito da pista,

42
antes do local onde a circulação se faz em fila única. Placa Padrão 100 x 66,6 cm

 Cuidado obra na via transversal

Adverte aos motoristas da existência de obra na via transversal, comunicando aos mesmos
para tomar cuidado ao realizar a conversão. Deve ser utilizada nas aproximações das
transversais para que o veículo, ao fazer a conversão, não colida com os tapumes e/ou
barreiras, por falta de visibilidade. Será colocada no local direito do fluxo de veículos,
anterior à transversal onde se processa a obra. Placa Padrão 100 x 66,6 cm.

 Atenção mão dupla a 50m

Adverte aos motoristas da existência, à frente, de pista de rolamento com faixas de tráfego

43
com fluxos opostos. Deve ser utilizada nos casos em que o fechamento de uma das pistas
não permite o desvio do tráfego para as vias transversais e paralelas, obrigando que os
veículos circulem pela outra pista, transformando esta pista de mão única em uma via
reduzida de mão dupla. Deve ser colocada do lado direito da pista desobstruída, anterior ao
local onde se processa o fluxo com direções opostas. Placa Padrão 100 x 66,6 cm.

 Tapume - Fluxo desviado à direita/ Fluxo desviado à esquerda

Serão utilizados para cercar o perímetro das obras a serem executadas nas vias da zona
central, como também no início das demais obras, nos casos de fechamento da via.

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 Barreiras - Fluxo desviado à direita/ Fluxo desviado à esquerda

Serão utilizadas para cercar as laterais das obras, complementando a sinalização dos
tapumes. Deve ser de madeira, ter a largura mínima de 30cm e ser colocada em pontaletes
de sustentação a uma altura de 70 cm do leito da via, medidos entre a base da placa e o
pavimento, conforme figuras abaixo.

Os pontaletes de sustentação devem ser firmados no solo com toda a segurança e ter a
altura mínima de 1,10 m desde a base (ao nível do pavimento) até o topo.

 Cones e Balizadores

São usados para canalizar suavemente o fluxo do tráfego na direção desejada ou para
delimitar áreas pelas quais não se pode trafegar. Devem ser dispostos de maneira a formar
um conjunto linear, que dê a impressão de continuidade ao motorista. Os cones, devido à
sua leveza, podem mudar de posição ou virar. Convém portanto, sempre que possível,
marcar sua posição na pista possibilitando facilmente recolocá-lo na posição original.

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 Dispositivos luminosos

Serão usados para indicar durante a noite, a trajetória dos trechos em obra. Serão
instalados sobre os tapumes e/ou barreiras em intervalos iguais ao comprimento das peças.
Devem-se utilizar semáforos constituídos por caixas, em metal ou madeira, com 30 cm de
largura por igual altura, fixados por suportes com 40 cm de comprimento, com quatro visores
laterais em vidro ou plástico de cor vermelha, ficando a parte inferior aberta para refletir o
feixe de luz para o solo, de forma a iluminar as placas de barragem e dimensionar a obra. A
parte superior deve ser fechada e pintada de cor branca. A iluminação deve ser feita por
lâm-padas elétricas brancas, de intensidade igual ou superior a 100 watts, fixadas na parte
inferior e superior da caixa do semáforo, em frente aos visores.

46
 Suportes da sinalização

São equipamentos destinados a fixação das placas de sinalização da obra. Terão sua
estrutura feita em madeira, metal ou fibra de vidro e serão pintados de branco fosco. Serão
colocados nas proximidades da obra, no lado direito do sentido do fluxo da via,
comunicando com antecedência aos motoristas e pedestres, das ocorrências adiante.

47
8.4 Movimento de Terra

MATERIAL DE 1ª CATEGORIA

a) Solo arenoso: agregação natural, constituído de material solto sem coesão, pedregulhos,
areias, siltes, argilas, turfas ou quaisquer de suas combinações, com ou sem componentes
orgânicos. Escavado com ferramentas manuais, pás, enxadas, enxadões;

b) Solo lamacento: material lodoso de consistência mole, constituído de terra pantanosa,


mistura de argila e água ou matéria orgânica em decomposição. Removido com pás, baldes,
“drag-line”;

As escavações serão feitas de forma a não permitir o desmoronamento. As cavas deverão


possuir dimensões condizentes com o espaço mínimo necessário ali desenvolvido.

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O material escavado será depositado a uma distância das cavas que não permita o seu
escorregamento ou enxurrada.

As paredes das cavas serão executadas em forma de taludes, e onde isto não seja possível
em terreno de coesão insuficiente, para manter os cortes aprumados, fazer escoramentos.

As escavações podem ser efetuadas por processo manual ou mecânico de acordo com a
conveniência do serviço. Não será considerada altura das cavas, para efeito de classificação
e remuneração.

Qualquer tipo de escavação poderá ser executada manual ou mecanicamente, mediante


aprovação pela CAGECE do método proposto pela contratada. Se autorizada a escavação
mecânica, todos os danos causados à propriedade, bem como levantamento e reposição de
pavimentos além das larguras especificadas, serão da responsabilidade da contratada. Os
equipamentos a serem utilizados deverão ser adequados aos tipos e profundidades de
escavação. Na falta destes, a fiscalização poderá permitir o uso de outro tipo de
equipamento. Esta liberalidade não justificará atrasos no cronograma da obra. Além disso,
no caso de escavação de vala, a eventual necessidade de rebaixamento do terreno para se
atingir a profundidade desejada, oriunda de utilização de equipamento inadequado, não será
remunerada pela CAGECE. Desta forma, os serviços serão considerados como se fossem
executados de maneira normal e de acordo com as larguras especificadas.

As valas deverão ser escavadas com a largura definida pela seguinte fórmula:

L = D + SL + X + Y

Onde:

L = largura da vala, em m.
D = valor correspondente ao diâmetro nominal (DN) da tubulação, em m.
SL = valor correspondente à sobrelargura para área de serviço, em m, conforme tabela I.
X = valor igual a 0,10 m, a ser considerado somente em valas com escoramento.
Y = acréscimo correspondente a 0,10 m, para cada metro ou fração que exceder a
profundidade de 2 m. De 4 até 6m acrescentar 20cm na largura

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Tabela 8-1: Sobrelargura De Valas (Sl)

TIPO DE MATERIAL TIPO DE JUNTA SL(m)

FERRO DÚCTIL DN 50 A 100 ELÁSTICA 0,40

FERRO DÚCTIL DN 150 ELÁSTICA 0,45

FERRO DÚCTIL DN 200 A 300 ELÁSTICA 0,40

FERRO DÚCTIL DN 350 A 600 ELÁSTICA 0,45

FERRO DÚCTIL DN 700 A 1200 ELÁSTICA 0,90

NOTA: Em tubulações de ferro dúctil com juntas travadas ou mecânicas e de aço com juntas
soldadas ou travadas, a largura da vala será a mesma determinada para junta elástica.
Admitir-se-á abertura de "cachimbos" nos locais das juntas, com dimensões compatíveis às
necessidades do serviço, mediante prévia aprovação da fiscalização.

As valas deverão ser escavadas segundo a linha do eixo, sendo respeitado o alinhamento e
as cotas indicadas em projetos. Tanto para a distribuição de água como para a coleta de
esgotos, as valas abertas com dimensões inferiores às definidas serão medidas pelas
dimensões reais executadas. No caso de excesso nas dimensões definidas, estas somente
serão medidas, se justificadas pela contratada e aprovadas formalmente pela fiscalização
através de registro no DO (Diário de Obras), recomendando-se a anexação, ao processo de
medição, de documentos comprobatórios, tais como: laudos, fotos e outros. Quanto à
extensão máxima de abertura de valas, devem-se considerar as condições locais de
trabalho, o trânsito, o tempo necessário à progressão contínua das obras e a necessidade
de serviços preliminares. Qualquer excesso de escavação ou depressão do fundo da vala,
proveniente de erro na escavação, deverá ser preenchido com areia, pó-de-pedra ou outro
material de boa qualidade, aprovado pela fiscalização e sem ônus para a CAGECE.

As valas deverão ser abertas e fechadas no mesmo dia, principalmente nos locais de
grande movimento, travessias de ruas e acessos, de modo a garantir condições de
segurança ao tráfego de veículos e pedestres. Em casos extremos, quando as valas ficarem
abertas por mais de um dia, deverão ser feitos passadiços provisórios nos acessos de
veículos e pedestres. Neste caso, toda a extensão da vala deverá ser convenientemente
sinalizada e protegida.

Todos os serviços de escavação não em valas deverão obedecer, rigorosamente, às cotas e


perfis previstos no projeto. Nas cavas a serem executadas, admitir-se-á um acréscimo de

50
até um metro para cada lado, ou no raio, sobre as dimensões projetadas como espaço
liberado para área de serviço.

Em solos turfosos e/ou sem suporte, as escavações deverão ser feitas até que se atinjam
um solo de boa qualidade. Nestes casos as cotas definidas nos projetos serão obtidas
através de reaterro com material importado.

Caso necessário, serão feitos esgotamentos ou drenagens de modo a garantir a


estabilidade do solo.

Nas escavações em solos de pouca coesão, para permitir a estabilidade das paredes da
escavação e garantir a segurança, a critério da fiscalização, admitir-se-ão taludes inclinados
a partir da cota superior da tubulação obedecendo ao ângulo de atrito natural do material
que está sendo escavado. Caso este recurso não se aplique, por inviabilidade técnica ou
econômica, serão utilizados escoramentos nos seus diversos tipos, conforme o caso exigir.

Os serviços de escavação poderão ser executados manual ou mecanicamente. A definição


da forma como serão executadas as escavações ficará a critério da FISCALIZAÇÃO e/ou
projeto em função do volume, situação da superfície e subsolo, posição das valas e rapidez
pretendida para a execução dos serviços, e outros pareceres técnicos julgados pertinentes.

Os materiais escavados reaproveitáveis para o reaterro, sempre que possível, deverão ser
depositados junto ao local de reaterro. Caso não seja possível, os materiais serão
transportados para local aprovado pela fiscalização e depositados sem compactação, visto
que, para o retorno do mesmo ao local de aplicação, será paga somente a parcela relativa à
carga, transporte e descarga.

O material retirado (exceto rocha, moledo e entulho de calçada) será aproveitado para
reaterro, devendo-se, portanto, depositá-lo em distância mínima de 0,40m da borda da vala,
de modo a evitar o seu retorno para o interior da mesma. A terra será, sempre que possível,
colocada só de um dos lados da vala.

Quando a escavação for mecânica, as valas deverão ter o fundo regularizado manualmente,
antes do assentamento da tubulação.

Para a interrupção de vias urbanas de movimento acentuado e rodovias, será solicitada,


pela firma EMPREITEIRA, autorização para sua interrupção, aos órgãos competentes.

51
As valas só poderão ser reaterradas depois que o assentamento da tubulação for aprovado
pela fiscalização. O recobrimento deverá ser feito alternadamente, de ambos os lados do
tubo, evitando-se o deslocamento do mesmo e danos nas juntas. O material a ser utilizado
no reaterro, até 30cm acima da geratriz superior do tubo, não deverá conter pedras, detritos
vegetais ou outros materiais que possam afetar os tubos quando sobre eles for lançado,
bem como deverá ser de textura homogênea. Quando o material escavado for inconveniente
ao reaterro, a critério da fiscalização, deverá ser substituído por material de boa qualidade, e
será denominado reaterro com empréstimo ou com material adquirido.

No caso de áreas onde houver necessidade de aterros, o solo a ser utilizado deverá vir,
preferencialmente, de áreas próximas de corte; materiais orgânicos ou contaminados com
restos orgânicos (raízes, folhas, etc) ou entulhos de qualquer tipo (resto de demolições,
matacões, madeira, etc) não são aceitáveis devido ao baixo suporte, alta compressibilidade,
volume, deterioração, etc. O material de aterro na origem deve ter características
previamente estudadas visando conhecimento do tipo de solo, quantidade disponível,
homogeneidade, capeamento a ser descartado, compactação, umidade, suporte,
expansibilidade e compressibilidade, entre outras.

O aterro/reaterro de cavas refere-se à reposição dos materiais escavados a mais, para


permitir a construção de obras enterradas ou semi-enterradas, tais como reservatórios,
estações de tratamento, fundações, etc.

Sempre que preciso, a CONTRATADA deverá fazer sondagens complementares a fim de


obter as informações necessárias.

A CONTRATANTE se exime de toda e qualquer responsabilidade sobre eventuais


acidentes.

Todas as etapas devem ser previamente aprovadas pela FISCALIZAÇÃO.

8.4.1 Compactação em Valas

A compactação de aterros/reaterros em valas será executada manualmente, em camadas


de 20 cm, até uma altura mínima de 30 cm acima da geratriz superior das tubulações,
passando então, obrigatoriamente, a ser executada mecanicamente com utilização de
equipamento tipo "sapo mecânico", também em camadas de 20cm.

Quando o desmonte de rocha ultrapassar os limites fixados, a contratada deverá efetuar o

52
aterro de todo o vazio formado pela retirada do material, adotando as mesmas prescrições
técnicas. O volume em excesso não será considerado, para efeito de pagamento.

Os defeitos surgidos na pavimentação executada sobre o reaterro, causados por


compactação inadequada, serão de total responsabilidade da contratada.

O processo a ser adotado na compactação de valas, bem como as espessuras máximas


das camadas, está sujeito à aprovação da fiscalização. As eventuais exigências de
alteração do processo de trabalho não significarão ônus adicionais à CAGECE.

Dependendo das dimensões do aterro, do tipo de solo, do grau de compactação que se


queira obter, a compactação em cavas poderá ser feita através de soquetes, sapos
mecânicos, placas vibratórias, pé de carneiro, rolos, etc.

Quando o desmonte de rocha ultrapassar os limites fixados, a contratada deverá efetuar o


aterro de todo o vazio formado pela retirada do material, adotando as mesmas prescrições
técnicas. O volume em excesso não será considerado, para efeito de pagamento.

O processo a ser adotado na compactação de cavas, bem como as espessuras máximas


das camadas, está sujeito à aprovação da fiscalização. As eventuais exigências de
alteração do processo de trabalho não significarão ônus adicionais à CAGECE.

Considera-se necessária a compactação mecânica, em cavas, sempre que houver a adição


de solo adquirido ou substituição. Basicamente é um processo de adensamento de solos,
através da redução dos índices de vazios, para melhorar seu comportamento relativo à
capacidade de suporte, variação volumétrica e impermeabilização.

A seqüência normal dos serviços deverá atender aos itens específicos abaixo:

a) lançamento e espalhamento do material, procurando-se obter aproximadamente a


espessura solta adotada;

b) regularização da camada de modo que a sua espessura seja 20 a 25% maior do que a
altura final da camada, após a compactação;

c) homogeneização da camada pela remoção ou fragmentação de torrões secos, material


conglomerado, blocos ou matacões de rocha alterada, etc.;

d) determinação expedita da umidade do solo, para definir a necessidade ou não de

53
aeração ou umedecimento do solo, para atingir a umidade ótima;

e) compactação ou rolagem, utilizando-se equipamento adequado com o número de


passadas suficientes para se atingir, em toda camada, o grau de compactação desejado.

Na Tabela II, a seguir, estão definidas as espessuras máximas de camadas e o tipo de


equipamento a ser utilizado de acordo com o tipo de solo.

No caso de aterro sobre encostas, o solo deverá ser escarificado, produzindo-se ranhuras
acompanhando as curvas de nível. Quando o projeto definir o grau de compactação do solo,
ou quando a fiscalização assim o determinar, deverá ser executado o controle tecnológico;

Tabela 8-2: EQUIPAMENTOS E ESPESSURAS MÁXIMAS PARA COMPACTAÇÃO MECÂNICA

ESPESSURA MÁXIMA
PESO
EQUIPAMENTO TIPO DE SOLO
(T)
(compactada e em cm)

Pé de carneiro estático 20 40 Argila e silte

Mistura de areia com silte e


Pé de carneiro vibratório 30 40
argila

Mistura de areia com silte e


Pneumático leve 15 15
argila

Pneumático pesado 35 35 Praticamente todos

Vibratório com redes Areia, cascalho, material


30 50
metálicas lisas granular

Liso metálico estático 20 10 Material granular, brita

Grade (malhas) 20 20 Material granular ou bloco

Combinados 20 20 Praticamente todos

1) Uma vez verificado que os materiais provenientes das escavações das valas, ou ainda,
dos materiais de demolição não possuem a qualidade necessária para reaproveitamento,

54
classificando-se como imprestáveis, a FISCALIZAÇÃO determinará a imediata remoção
para local apropriado, chamado então de “bota-fora”.

2) Poderemos, também, ter a necessidade de remoção de material de escavação para


futuro reaproveitamento, apenas está sendo afastado da área de trabalho com distância até
500 metros por conveniências técnicas dos serviços, mas autorizado pela FISCALIZAÇÃO.

Para ambos os casos, os serviços consistem na carga, transporte e descarga dos materiais
removidos, ficando a critério da Fiscalização a autorização do volume. A distância admitida
para lançamento será de até 5km.

8.5 Esgotamento e Drenagem

Sempre que ocorrer o aparecimento de água nas escavações, proveniente de chuvas, lençol
freático, vazamentos em tubulações, etc, deverá ser esgotada a vala ou a cava a fim de
garantir a continuidade da obra e a estabilidade das paredes da escavação.

A água esgotada deverá ser conduzida para a galeria de águas pluviais ou vala mais
próxima, se necessário por meio de calhas ou condutos, a fim de evitar alagamento das
superfícies vizinhas e local de trabalho.

Em caso de esgotamento de valas onde será assentada a tubulação, o bombeamento se


prolongará pelo menos até que os materiais que compõem a junta e o berço atinjam o ponto
de estabilização e sejam executados os testes de qualidade. O mesmo procedimento deve
ser adotado em esgotamento de cavas, onde sejam executados serviços cuja qualidade
possa ficar comprometida com a presença de água.

A contratada deverá dispor de equipamentos, em quantidade suficiente e com capacidade


de vazão adequada, precavendo-se, desta forma, contra paralisações fortuitas da obra.

Os equipamentos deverão ser dimensionados, operados e mantidos pela contratada,


adequadamente, de forma a que promovam eficiente esgotamento. A fiscalização poderá
intervir no referido dimensionamento, em qualquer fase da obra.

8.5.1 Esgotamento com bombas

As bombas centrífugas são acionadas por motor a combustão ou elétrico. Estas bombas
devem ser de construção especial para recalcar água contendo areia, lodo e outros sólidos

55
em suspensão. Devem ser portáteis, auto-escorvantes e construídas para atender a grandes
alturas de sucção e pequenas alturas de recalque.

As bombas com capacidade de vazão de até 20.000 L/h, são do tipo:

a) centrífugas:

- com motores elétricos (comuns ou submersíveis);

- com motores à explosão (diesel ou gasolina).

b) alternativas:

- com motores elétricos;

- com motores à explosão (diesel ou gasolina).

Durante o decorrer dos trabalhos deve-se providenciar a drenagem e esgotamento das


águas pluviais e de lençol, de modo a evitar que estes causem danos à obra.

Será utilizado este sistema sempre que o serviço não seja demorado a ponto de evoluir para
desmoronamento de barreiras.

É aconselhável somente para serviços de barreiras em solos de boa consistência.

Abrange a instalação e retirada dos equipamentos submersos, tipo FLIGHT, ferramentas e


mão-de-obra. Deve-se ser tomado cuidado nas instalações elétricas do equipamento, a fim
de evitar descarga elétrica no meio do líquido onde os profissionais estão a serviço.

O esgotamento deve ser ininterrupto até alcançar condições de trabalho de assentamento, e


a água retirada deve ser encaminhada à galeria de águas pluviais, a fim de evitar
alagamento das superfícies vizinhas ao local de trabalho. Deve-se evitar também que a
água do esgotamento corra pela superfície externa dos trechos já assentados, ou retorne ao
ponto inicial em esgotamento.

Deve-se colocar no fundo da vala no esgotamento, brita para suporte da bomba, a fim de
evitar o carreamento de areia para o seu motor.

56
8.5.2 Rebaixamento de lençol freático - ponteiras filtrantes

Este sistema consiste na cravação de ponteiras ao longo das valas, tubos coletores de
passagem do fluído captado pelas ponteiras, um sistema composto de bomba de vácuo,
cilindro receptor, e bomba centrífuga.

O sistema WELL-POINT consiste, pois, na colocação de ponteiras filtrantes em


profundidade adequada no lençol d’água para levá-la a um nível inferior a zona mais
profunda da escavação. Evitar-se, assim, o colapso dos taludes das valas encharcadas.

A vantagem deste método é o trabalho realizado a seco, sem ocorrência de carreamento de


material para dentro das valas, deixando o solo coeso e com as mesmas características
primitivas de resistência.

Deve-se estudar o espaçamento ideal e a profundidade das ponteiras filtrantes.

A cravação das ponteiras deve-se ser efetuado por jateamento direto de água com uso de
bomba de alta pressão.

Tem-se bom rendimento se estas ponteiras filtrantes forem lançadas e encaminhadas em


tubo PVC 6” ou 8”, e colocação de cascalho na boca da ponteira.

O funcionamento do sistema só pode ser deslocado quando concluído o assentamento e


garantido sua fixação através do reaterro, a fim de evitar levantamento dos tubos.

A Contratada deverá prover e evitar irregularidades das operações do rebaixamento,


controlando e inspecionando o equipamento com equipe técnica permanente, 24hs no local
da obra.

A ligação de energia do equipamento à rede da concessionária local, ficará sob a


responsabilidade da contratada.

A seqüência de instalação de um sistema de rebaixamento é a seguinte:

1. retirada de pavimentação, se houver;

2. fazer sondagem do local verificando o tipo de solo (para definição se as ponteiras devem
ser encamisadas ou não), nível do lençol freático e o nível de escavação da obra,
obtendo-se, desta forma, a necessidade do rebaixamento;

57
3. dimensionamento das bombas de vácuo, coletores e ponteiras filtrantes necessários para
o perfeito funcionamento do sistema;

4. cravação das ponteiras filtrantes através de jateamento de água sob pressão (caminhão
pipa ou reservatório, bomba, mangueira flexível);

5. instalação do coletor geral ou barrilete geral no qual as ponteiras filtrantes são


interligadas através de mangotes flexíveis e transparentes;

6. instalação do conjunto de rebaixamento no qual o barrilete é interligado;

7. início de operação do sistema;

8. verificação visual do eficiente funcionamento de todas as ponteiras (as ponteiras não


podem pegar ar).

Obs.1: o rebaixamento deve ser iniciado, no mínimo, seis horas antes do começo dos
trabalhos.

Obs.2: conforme a profundidade das escavações da obra, pode haver a necessidade do uso
de mais de um estágio de rebaixamento.

8.5.3 Rebaixamento de lençol freático - com poços

Tubo de aço

Este processo de rebaixamento consiste na perfuração de poço, com diâmetro de 0,30 m ou


0,40 m, utilizando-se o método hidráulico-rotativo através de perfuratrizes. No interior do
poço são colocados tubos de aço, com diâmetro externo inferior ao do poço perfurado,
sendo o espaço entre o tubo e o poço preenchido com material granular. O tubo de aço
deverá funcionar em sua extremidade inferior como um filtro obturado na base, sendo a
parte perfurada envolvida por uma tela de malha. O rebaixamento da água do lençol é
obtido através da instalação de uma bomba do tipo submersível.

Utiliza-se este método de rebaixamento em terrenos constituídos de silte e areia, desde que
seja eficiente e mais econômico que o método de ponteiras filtrantes.

A locação, o número e o espaçamento dos poços, comprimento dos filtros e a potência das
bombas dependem da natureza do solo e do volume de água a ser esgotado.

58
Devem ser observados os mesmos cuidados quanto ao carregamento de materiais do solo
submetido a rebaixamento, preconizados no método por ponteiras filtrantes.

Tubo de concreto

Este processo de rebaixamento consiste na escavação de poço revestido com tubos de


concreto simples, com diâmetro de 0,60 m ou 0,80 m. A profundidade da escavação deverá
ser tal que propicie um rebaixamento mínimo de 0,30 m abaixo da fundação da obra, o que
deverá ser controlado por piezômetros. O rebaixamento da água do lençol freático é obtido
através do recalque da mesma por meio de um conjunto moto-bomba que pode ser
horizontal ou submerso.

A locação, o número e o espaçamento dos poços, bem como a potência do conjunto,


dependem da natureza do solo e do volume de água a ser esgotado.

8.5.4 Rebaixamento de lençol freático de barreiras até 30m²

Este sistema consiste na cravação de ponteiras ao longo de uma barreira circular, visando o
rebaixamento de lençol, sistema Well-Point, de um serviço isolado ou deslocamento de um
todo. Tais serviços podem ser: execução de poços de visitas para esgoto; caixas
pitométricas; caixas de registros; vazamento de tubulação de água; obstrução ou recalque
de tubulação de esgoto, enfim, outros serviços cujas áreas de interrupção possa ser até
30m².

O serviço Well-Point consiste, pois, na colocação de ponteiras filtrantes, em profundidade


adequada no lençol d’água para levá-lo a um nível inferior a zona mais profunda da
escavação. Evita-se assim o colapso dos taludes das valas encharcadas.

A vantagem deste emprego é a realização do trabalho a seco, sem ocorrência de


carreamento de material para dentro das barreiras.

Deve-se estudar o melhor espaçamento e a profundidade ideal das ponteiras filtrantes.

As demais instruções de instalação e funcionamento do sistema são as mesmas referidas


no ESGOTAMENTO DE VALA, desde que não referidas nesta descrição.

8.6 Assentamento de Tubulações

A execução de serviços em rede de água e esgotos deverá atender os projetos e as


59
determinações da fiscalização, levando-se em conta o cumprimento do cronograma e da
programação de trabalho pré-estabelecido.

8.6.1 Estocagem

Toda a tubulação deverá ser retirada da embalagem em que veio do fornecedor, salvo se a
estocagem for provisória para fins de redespacho. O local escolhido para estocagem deve
ter declividade suficiente para escoamento das águas da chuva, deve ser firme, isento de
detritos e de agentes químicos que possam causar danos aos materiais das tubulações.

Recomenda-se não depositar os tubos diretamente sobre o solo, mas sim sobre proteções
de madeira, quer sob a forma de estrados, quer sob a forma de peças transversais aos
eixos dos tubos. Essas peças preferencialmente terão rebaixos que acomodem os tubos, os
chamados berços, e terão altura tal que impeçam o contato das bolsas ou flanges, com o
terreno. Quando da utilização de berços, a separação máxima entre eles será de 1,5 m..
Quando da utilização de estrados, devem ser tomadas precauções de modo a que as bolsas
ou flanges não sirvam de apoio às camadas superiores.

É proibido misturar numa mesma pilha tubos de materiais diferentes ou, sendo do mesmo
material, de diâmetros distintos. Camadas sucessivas de tubos poderão ou não ser
utilizadas, dependendo do material e do diâmetro dos mesmos. Explicitamente por material
temos as seguintes indicações: O tempo de estocagem deve ser o menor possível, a fim de
preservar o revestimento da ação prolongada das intempéries. No caso de previsão de
estocagem superior a 120 (cento e vinte) dias, deverá ser providenciada cobertura para as
tubulações, sendo o ônus da contratada.

8.6.2 Manuseio e transporte

Todo manuseio de tubulação deve ser feito com auxílio de cintas, sendo aceito o uso de
cabos de aço com ganchos especiais revestidos de borracha ou plástico para tubulação de
ferro dúctil. Excepcionalmente poderão ser movidos manualmente, se forem de pequeno
diâmetro. Admite-se também o uso de empilhadeira, com garfos e encontros revestidos de
borracha, no caso de descarga de material. Os tubos não poderão ser rolados, arrastados
ou jogados de cima dos caminhões, mesmo sobre pneus ou areia.

Os danos causados no revestimento externo dos tubos, por mau manuseio, deverão ser
recuperados antes do assentamento, às expensas da empreiteira.

60
ANEL DE BORRACHA E ACESSÓRIOS

Os artefatos de borracha que compõem alguns dos tipos de junta devem ser estocados ao
abrigo do sol, da umidade, da poeira, dos detritos e dos agentes químicos. A temperatura
ideal de armazenagem é entre 5º e 25º C. De acordo com as normas brasileiras, os anéis de
borracha têm prazo de validade para utilização, o qual deverá ser observado rigorosamente.

Os acessórios para junta flangeada, que são adquiridos separadamente da tubulação


devem ser armazenados separadamente por tamanhos, ao abrigo das intempéries e da
areia. No caso de juntas mecânicas cada uma deve ser estocada completa.

CONEXÕES

As conexões de pequeno diâmetro, em especial as de PVC e PEAD, são entregues pelos


fornecedores em embalagens específicas por diâmetro e tipo de conexão. Recomenda-se
que a estocagem seja feita dentro das embalagens originais. As conexões de diâmetros
maiores devem ser estocadas separadamente por tipo de conexão, material e diâmetro,
cuidando-se com as extremidades das peças. Conexões de junta tipo ponta bolsa, com
diâmetro igual ou superior a 300 mm e as cerâmicas, independentemente do diâmetro,
devem ser estocadas com as bolsas apoiadas ao solo.

8.6.3 Considerações específicas

Os elementos de uma canalização formam uma corrente na qual cada um dos elos tem a
sua importância. Um único elemento mal assentado, uma única junta defeituosa podem
constituir-se num ponto fraco que prejudicará o desempenho da canalização inteira. Por isso
recomenda-se:

a) verificar previamente se nenhum corpo estranho permaneceu dentro dos tubos;

b) depositar os tubos no fundo da vala sem deixá-los cair;

c) utilizar equipamento de potência e dimensão adequado para levantar e movimentar os


tubos;

d) executar com ordem e método todas as operações de assentamento, cuidando para não
danificar os revestimentos interno e externo e mantendo as peças limpas (especialmente
pontas e bolsas);

61
e) verificar freqüentemente o alinhamento dos tubos no decorrer do assentamento. Utilizar
um nível também com freqüência;

f) calçar os tubos para alinhá-los, caso seja necessário, utilizando terra solta ou areia,
nunca pedras;

g) montar as juntas entre tubos previamente bem alinhados. Se for necessário traçar uma
curva com os próprios tubos, dar a curvatura após a montagem de cada junta, tomando o
cuidado para não ultrapassar as deflexões angulares preconizadas pelos fabricantes;

h) tampar as extremidades do trecho interrompido com cap, tampões ou flanges cegos, a


fim de evitar a entrada de corpos estranhos, cada vez que for interrompido o serviço de
assentamento.

Os equipamentos de uma tubulação (registros, válvulas, ventosas, juntas de expansão e


outros) serão aplicados nos locais determinados pelo projeto, atendendo-se ao disposto
para a execução das juntas em tubulações, no que couber, e às recomendações e
especificações dos fabricantes. Devem ser alinhados com mais rigor do que a tubulação em
geral. No caso de necessitarem de apoios através de ancoragem, ver o item 0902.

No caso de ser equipamento com juntas diferentes das da tubulação, ou que sejam
colocados fora do eixo longitudinal da mesma (para os lados, para cima ou para baixo), o
pagamento de seu assentamento será feito de acordo com o Grupo 14 - Instalações de
Produção.

Nos itens a seguir estão descritos os procedimentos para execução dos diversos tipos de
juntas, de acordo com o tipo de tubo. São instruções básicas que, a critério da fiscalização,
poderão sofrer pequenas modificações na forma de execução.

8.6.4 Assentamento de tubo

O tipo de tubo a ser utilizado será o definido em projeto. Na execução dos serviços deverão
ser observadas, além destas especificações, as instruções dos fabricantes, as normas da
ABNT e outras aplicáveis.

Visto que a maioria destes serviços será executada em áreas públicas, deverão ser
observados os aspectos relativos à segurança dos transeuntes e veículos; bem como os
locais de trabalho deverão ser sinalizados de modo a preservar a integridade dos próprios

62
operários e equipamentos utilizados. Deverão ser definidos e mantidos acessos alternativos,
evitando-se total obstrução de passagem de pedestres e/ou veículos.

O assentamento da tubulação deverá seguir concomitantemente à abertura da vala. No


caso de esgotos, deverá ser executado no sentido de jusante para montante, com a bolsa
voltada para montante. Nas tubulações de água, a bolsa preferencialmente deve ficar
voltada contra o fluxo do líquido. Sempre que o trabalho for interrompido, o último tubo
assentado deverá ser tamponado, a fim de evitar a entrada de elementos estranhos.

A descida dos tubos na vala deverá ser feita mecanicamente ou, de maneira eventual,
manualmente, sempre com muito cuidado, estando os mesmos limpos, desimpedidos
internamente e sem defeitos. Cuidado especial deverá ser tomado com as partes de
conexões (ponta, bolsa, flanges, etc.) contra possíveis danos.

Na aplicação normal dos diferentes tipos de materiais, deverá der observada a existência ou
não de solos agressivos à tubulação e as dimensões mínimas e máximas de largura das
valas e recobrimentos exigidos pelo fabricante e pela fiscalização.

O fundo da vala deverá ser uniformizado a fim de que a tubulação se assente em todo o seu
comprimento, observando-se inclusive o espaço para as bolsas. Para preparar a base de
assentamento, se o fundo for constituído de solo argiloso ou orgânico, interpor uma camada
de areia ou pó-de-pedra, isenta de corpos estranhos e que tenha uma espessura não
inferior a 10 cm. Se for constituído de rocha ou rocha em decomposição, esta camada
deverá ser não inferior a 15 cm. Havendo necessidade de calçar os tubos, fazê-lo somente
com terra, nunca com pedras.

A critério da fiscalização, serão empregados sistemas de ancoragem nos trechos de


tubulação fortemente inclinados e em pontos singulares tais como curvas, reduções, tês,
cruzetas, etc. Os registros deverão ser apoiados sobre blocos de concreto de modo a evitar
tensões nas suas juntas. Serão utilizados também sistemas de apoio nos trechos onde a
tubulação fique acima do terreno ou em travessias de cursos de água, alagadiços e zonas
pantanosas. Os sistemas de ancoragem e de apoio deverão ser de concreto. Tais sistemas
poderão, de acordo com a complexidade, ser definidos em projetos específicos. Especial
atenção será dada à necessidade de escoramento da vala, bem como a sua drenagem.

Os tubos deverão ser sempre assentados alinhados. No caso de se aproveitarem as juntas


para fazer mudanças de direção horizontal ou vertical, serão obedecidas as tolerâncias

63
admitidas pelos fabricantes. As deflexões deverão ser feitas após a execução das juntas
com os tubos alinhados.

Nas tubulações (água e esgoto) deverá ser observado um recobrimento mínimo final de
0,40m nos passeios e 0,90 m nas ruas, da geratriz superior do tubo.

A distância da tubulação em relação ao alinhamento do meio-fio deverá ser, na medida do


possível, mais próxima de 0,70 m para água e 1,50 m para esgoto.

Nos serviços de assentamento de tubulações de esgoto, a liberação de um trecho pela


CAGECE se dará pela aprovação da Nota de Serviço - NS, ou das informações contidas em
impresso próprio, quando o processo de locação não for através de gabarito, de cruzeta, ou
misto gabarito/cruzeta. Ficará a cargo da contratada a preparação dos elementos
necessários à locação, que serão verificados e autorizados pela CAGECE.

Para o assentamento de tubos, utilizando-se o Processo das Cruzetas (ver desenho nº 1),
deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) instalar perfeitamente as réguas que deverão ser pintadas em cores de bom contraste,
para permitir melhor visada do assentador. As réguas deverão estar distantes entre si no
máximo 10,00 m;

b) colocar o pé da cruzeta sobre a geratriz externa superior do tubo junto à bolsa. O homem
que segura a cruzeta deve trabalhar com um bom nível esférico junto a mesma para
conseguir a sua verticalidade;

c) fazer a visada procurando tangenciar as duas réguas instaladas e a cruzeta que está
sobre um dos tubos. A tangência do raio visual sobre os três pontos indicará que o tubo está
na posição correta. O primeiro tubo a assentar deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com
esta voltada para montante.

Para o assentamento de tubos, utilizando-se o Processo de Gabaritos (ver desenho nº 2),


deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) instalar perfeitamente as réguas, distantes entre si no máximo 10,00 m, com o objetivo de


diminuir a catenária;

b) esticar uma linha de nylon, sem emenda, bem tencionada, pelos pontos das réguas que
indicam o eixo da canalização;

64
c) colocar o pé do gabarito sobre a geratriz interna inferior do tubo no lado da bolsa,
fazendo coincidir a marca do gabarito com a linha esticada. A coincidência da marcação
com a linha de nylon indicará se o tubo está na indicação correta. O primeiro tubo a ser
assentado deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para montante.

Para assentamento de tubos, utilizando-se o Método Misto Gabarito/Cruzeta (ver desenho


nº 3) deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) instalar os gabaritos com régua fixada e nivelada em relação ao piquete a cada 20 m ou


nos pontos de mudança de declividade ou direção (PV’s, CI’s, CP’s);

b) passar a linha de nylon, bem tencionada e sem emenda, sobre a régua nivelada para
evitar catenária. Esta linha servirá como alinhamento de vala e conferência do
assentamento dos tubos;

c) utilizar, no fundo da vala, outra linha de nylon no mesmo alinhamento da superior para
servir de alinhamento dos tubos;

d) assentar os tubos conferindo-os com a cruzeta que será assentada sobre os tubos e
passando-a junto a linha superior para verificação das cotas.

Utilizam-se gabaritos com ponteiras de FG de diâmetro ½ ” ou ¾” com 2 m de comprimento,


réguas pintadas e com furos para evitar deformações. Nas ponteiras utilizam-se fixadores
móveis para altura das réguas e para fixar a própria régua. Utiliza-se cruzeta em alumínio ou
madeira contendo, em suas extremidades, um semicírculo no diâmetro do tubo
correspondente e uma pequena barra para visualização junto a linha de nylon, bem como
nível esférico para conseguir sua verticalidade.

8.7 Pavimentação

As pavimentações e proteções do solo serão executadas em conformidade com os projetos,


ou a critério da fiscalização, tendo em vista a estabilidade e segurança dos terrenos,
construções e propriedades vizinhas. Estes serviços deverão proporcionar condições
adequadas para escoamento superficial, ou absorção pelo terreno, de águas de chuvas, de
maneira que não ocorram erosões e vazios de subsolo.

Caberá à CONTRATADA manter contatos com o Órgão Competente, a fim de conseguir a


liberação necessária com vistas ao rompimento da pavimentação existente, devendo a

65
mesma arcar com todo o ônus necessário na obtenção da licença.

Quaisquer reclamações ou solicitações de proprietários, entidades e Órgãos


Governamentais, relativos a danos ou prejuízos de qualquer natureza e decorrentes dos
trabalhos executados durante a construção, devem ser prontamente atendidas pela
CONTRATADA.

Quando os serviços forem relativos a pavimentos, meio-fios e sarjetas existentes, deverão


ser recompostas as características anteriores, entregues perfeitamente limpas, livres de
entulhos e material excedente, salvo determinações da fiscalização.

8.7.1 Retirada de pavimentos, meio-fios e sarjetas

Antes de qualquer obra em ruas pavimentadas, passeios ou trechos de rodovias, a


contratada deverá tomar prévio conhecimento da natureza dos serviços a serem
executados, objetivando as providências necessárias à retirada e posterior reconstrução do
pavimento.

A contratada deverá proceder ao rompimento da pavimentação, utilizando-se de meios


mecânicos ou manuais, adequados ao tipo de pavimento existente. No caso de remoção de
asfalto ou concreto, o rompimento deverá ser feito com marteletes pneumáticos dotados de
ferramentas de corte apropriada ou máquina de corte. A remoção dos demais tipos de
pavimentos será manual.

O material retirado reaproveitável deverá ser armazenado de forma a que não impeça o
tráfego de veículos e pedestres. O armazenamento dar-se-á preferencialmente junto a vala,
do lado oposto àquele onde será depositado o material escavado, formando pilhas regulares
ou então, depositado em caçambas. No caso de não haver condições de armazenamento
junto a vala, o material removido e reaproveitável deverá ser depositado em local
conveniente, aceito pela fiscalização.

A contratada será a única responsável pela integridade e conservação dos materiais


reempregáveis, os quais, em qualquer caso, serão reintegrados ou substituídos, de modo
que as reconstruções fiquem de acordo com as pré existentes. Em todas as operações
envolvidas no levantamento dos pavimentos, deverão ser observadas as precauções
necessárias para o máximo reaproveitamento dos materiais.

No caso da recomposição de pavimentos, meio-fios e sarjetas sem reaproveitamento do

66
material, os serviços serão considerados, para efeito das especificações subseqüentes,
como se fossem execução.

8.7.2 Recomposição de pavimentos, meio-fios e sarjetas com reaproveitamento total


do material

A recomposição do pavimento deverá ser iniciada logo após a conclusão do reaterro


compactado e regularizado. Caso não seja possível recompor o pavimento de pistas de
rolamento imediatamente após a conclusão do reaterro, e sendo necessário abri-lo ao
tráfego, poderá ser utilizado, provisoriamente, revestimento em concreto simples, com a
concordância da fiscalização e das autoridades competentes. Quando da ocorrência de tais
serviços, os mesmos deverão ser pagos conforme item específico. A contratada deverá
providenciar as diversas recomposições, reconstruções ou reparos de qualquer natureza, de
modo a tornar o executado igual ao que foi removido, demolido ou rompido. Na
recomposição de qualquer pavimento, seja no passeio ou na pista de rolamento, deverão
ser obedecidos o tipo, as dimensões e a qualidade do pavimento encontrado.

No caso de pavimentos especiais, ou que extrapolem as determinações municipais, a


fiscalização definirá os procedimentos cabíveis. A reconstrução do pavimento implica na
execução de todos os trabalhos correlatos e afins, tais como recolocação de meios-fios,
tampões, "bocas de lobo" e outros, eventualmente demolidos ou removidos para execução
dos serviços.

A reconstrução do pavimento deverá acompanhar o assentamento da tubulação, de forma a


permitir a reintegração do tráfego no trecho acabado. O pavimento, após concluído, deverá
estar perfeitamente conformado ao greide e seção transversal do pavimento existente, não
sendo admitidas irregularidades ou saliências a pretexto de compensar futuros abatimentos.
As emendas do pavimento reposto com o pavimento existente deverão apresentar perfeito
aspecto de continuidade. Se for o caso, deverão ser feitas tantas reposições quantas forem
necessárias, sem ônus adicional para a CAGECE, até que não haja mais abatimentos na
pavimentação.

Pedra tosca

As peças deverão ser assentadas sobre camada de areia de 15 cm de espessura, das


bordas da faixa para o centro e, quando em rampa, de baixo para cima. Serão comprimidas
por percussão através de martelo de calceteiro.

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No assentamento, as faces da superfície serão cuidadosamente escolhidas, entrelaçadas e
bem unidas de forma a que não coincidam juntas vizinhas. O rejuntamento consistirá no
espalhamento de uma camada de areia seca e limpa sobre as peças assentadas, para
preenchimento dos vazios ou com argamassa de cimento e areia grossa traço 1:3.

Meio-fio - Sarjeta de concreto pré-moldada

As peças serão assentadas obedecendo ao alinhamento, perfil e dimensões preexistentes,


sobre camada de areia de 5 cm de espessura. As peças serão comprimidas através de
soquete de madeira e rejuntadas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3 em volume.

Meio-fio de concreto pré-moldada

Deverão ser obedecidas as mesmas especificações do item “Meio-fio - Sarjeta de concreto


pré-moldada”.

Meio-fio de pedra

Deverão ser obedecidas as mesmas especificações do item “Meio-fio - Sarjeta de concreto


pré-moldada”.

8.8 Instalações de Produção

Para a execução dos serviços objeto deste grupo, a contratada deverá dispor de pessoal
especializado, ferramentas e equipamentos apropriados a diversos tipos de serviços. A
assunção de parte dos serviços por terceiros só será possível mediante a aprovação prévia
pela fiscalização, ainda assim, a supervisão continuará de responsabilidade direta da
contratada, cabendo a ela todo e qualquer ônus decorrente de desídia, atraso, mau uso ou
má realização dos serviços. A indicação dos equipamentos, peças e acessórios advém das
necessidades peculiares de cada sistema, as quais são expressas e formuladas em projeto
específico, que revela as características técnicas dos equipamentos.

A execução da obra deverá obedecer integral e rigorosamente aos projetos, memoriais,


detalhes fornecidos e as normas, especificações e métodos aprovados, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Deverão ser seguidos os manuais, as
especificações e as orientações do(s) fabricante(s) do(s) equipamento(s), de modo a
preservar as garantias dadas sobre o(s) mesmo(s).

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Os materiais e equipamentos fornecidos pela CAGECE ou pela contratada, com a
antecedência necessária ao cumprimento do cronograma estabelecido, deverão ser
certificados quanto à sua adequação ao projeto. O armazenamento na obra deverá ser em
local apropriado, definido em conjunto com a fiscalização, de forma a que não haja
possibilidade dos materiais e equipamentos sofrerem danos ou ações que possam causar
defeitos ou alterações na sua forma original. As partes não revestidas não deverão entrar
em contato com o solo, recomendando-se a construção de estrados de madeira ou sacos de
areia. Cuidados especiais deverão ser tomados para manter a integridade dos
revestimentos, pinturas e elementos não metálicos, sempre em consonância com as
recomendações dos fabricantes. O transporte, carga e descarga, também deverão ser
executados com os cuidados necessários.

Na programação para a execução dos serviços, entre outros, deverão também ser
observados os seguintes aspectos:

a) determinação da fase adequada da obra para a instalação parcial ou total dos


equipamentos;

b) disponibilidade dos recursos materiais e humanos e local de armazenamento;

c) posição dos equipamentos em relação ao lay out projetado;

d) posição dos equipamentos em relação a outros componentes da instalação.

A fiscalização poderá impugnar, a seu critério, os equipamentos mecânicos da contratada


que sejam inadequados e impróprios às condições de montagem.

8.8.1 Montagem Mecânica

As instalações deverão ser entregues a CAGECE em perfeitas condições de funcionamento,


devendo ser consideradas todas as particularidades de cada equipamento e os seguintes
aspectos:

a) posicionamento correto: verificação adequada da verticalidade, nivelamento,


alinhamento, controle de planos, eliminação de empenamentos e tomadas precisas.
Um posicionamento irregular terá como conseqüências o aparecimento de
solicitações, movimentos e esforços prejudiciais à vida útil e ao funcionamento do
equipamento, dificuldades de operação, etc.;

69
b) fixação do equipamento: os que tiverem funcionamento dinâmico devem apresentar,
através de sua fixação, estabilidade, apoio, ausência de vibrações prejudiciais e
posicionamento estável. Os de funcionamento estático deverão receber na sua
fixação, apoio, posicionamento estável, rigidez e solidariedade com a estrutura;

c) acoplamento: poderá ser entre equipamentos ou entre equipamentos e outros


componentes da instalação. Deve-se observar a concentricidade das partes,
paralelismo das faces, balanceamento, espaçamento e alinhamento adequados e
correção dos sistemas de acoplamento. Quando forem utilizados parafusos, deverão
ser apertados o necessário para a função que se propõem;

d) encaixes: devem ser executados de forma a proporcionar a fixação do grau de


liberdade necessário;

e) ajustes: deverão se enquadrar nos limites aceitos e toleráveis, normalmente


indicados nos manuais;

f) medidas complementares: lubrificação, vedação, refrigeração, drenagem,


realimentação, regulagem, proteção, pintura, isolamentos e instalação de força;

g) Os parafusos, porcas e arruelas não deverão receber nenhuma demão de pintura,


especialmente nas roscas. A extensão de rosca excedente, de qualquer parafuso,
após o aperto final, não deverá ser maior que a espessura da porca adjacente.

8.8.2 Instalação de Equipamentos de Movimentação de Cargas

a) Instalação de monovia

Será instalada conforme indicação de projeto e especificação do fabricante. Por ocasião da


concretagem da estrutura em que será instalada a monovia, deverão ser deixados parafusos
chumbadores ou resguardada a possibilidade de sua fixação.

No posicionamento da monovia deve ser observado o seu perfeito alinhamento e ajustes


nos pontos de fixação através de calços ou acertos na estrutura, para conseguir o
nivelamento desejado. Após nivelada e ajustada, a monovia deverá ser fixada em definitivo,
através do travamento dos parafusos chumbadores. Complementando a instalação, deve-se
colocar o carro que sustentará a talha; os “stop”, nas extremidades da monovia e pendurar a
talha no carro móvel.

70
Finalmente devem-se proceder aos retoques necessários tanto na pintura de proteção como
no acabamento, lubrificar a talha e o carro, verificar funcionamento do conjunto e fazer prova
de carga.

b) Instalação de ponte rolante

Preliminarmente, deve-se verificar se o equipamento está de acordo com o projeto e


especificação do fabricante. A colocação deve ser feita com base no projeto, observando-se
cuidadosamente as medidas de referência.

A ponte rolante será fixada à estrutura de concreto armado. Por ocasião da concretagem,
devem ser consideradas situações relacionadas à sua instalação, tais como, deixar
parafusos chumbadores ou locais apropriados para sua fixação.

O posicionamento, o ajuste e a fixação devem ser executado conforme as orientações a


seguir:

 posicionar os trilhos, observando que eles fiquem perfeitamente


alinhados e ajustados nos pontos de fixação, através de calços e acertos da
estrutura, visando deixá-los perfeitamente nivelados;

 posicionar a viga da ponte depois de fixar os trilhos, fazendo com que


as suas rodas se encaixem perfeitamente sobre eles;

 providenciar os ajustes e fixar os trilhos definitivamente através do


travamento dos chumbadores e colocar os “stop” nas extremidades dos
trilhos;

 colocar o carro (“troley”) sobre as vigas da ponte rolante e providenciar


os ajustes necessários;

 colocar os “stop” nos trilhos do carro;

 providenciar a instalação elétrica que deverá ser feita por pessoal


qualificado, com fiscalização da CAGECE.

Complementando a instalação, pendurar a talha no carro móvel, verificar a pintura e os


retoques necessários, tanto de proteção como acabamento; lubrificar os pontos necessários
(rodas, talha, carro móvel), verificar o funcionamento e providenciar a prova de carga.

Nota: o posicionamento, o ajuste e a fixação da ponte rolante deverão ser feitos por pessoal

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especializado, com supervisão de um fiscal mecânico da CAGECE.

c) Instalação de talha

A talha normalmente é utilizada como acessório de monovias e pontes rolantes. Em casos


específicos, pode ser aplicada isoladamente. Preliminarmente, deve-se verificar se o
equipamento está de acordo com o projeto e especificações do fabricante. Seu
posicionamento requer que a estrutura metálica, de concreto ou de madeira, seja projetada
para receber e suportar a talha com a respectiva carga.

Normalmente a talha deverá ser fixada pelo gancho que a compõe em outro gancho ou olhal
que esteja fixado solidamente à estrutura. Após instalada, deverá ser lubrificada, verificada
quanto ao seu funcionamento e executada a prova de carga.

8.8.3 Instalação de equipamento em canalizações

Este item engloba a maior parte dos equipamentos utilizados para prevenção dos efeitos
dos transientes hidráulicos, conhecidos geralmente como “golpe de aríete”.

a) Válvula de retenção

Deve ser instalada sempre na posição indicada no projeto, observando-se o sentido do fluxo
marcado por uma seta no corpo da mesma.

Quando o equipamento for flangeado ou entre flanges sua colocação deve ser criteriosa,
dando aperto aos parafusos em posições diametralmente opostas, com torquímetro, visando
equalizar as tensões.

b) Ventosa

Podem ser de simples ou de duplo efeito. A primeira pode ser rosqueada (diâmetro até 1 ½”)
ou flangeada (DN 50) e a segunda é sempre flangeada. No caso de serem ventosas
flangeadas as observações contidas no item anterior quanto a aperto de parafusos são
válidas.

As ventosas devem ser instaladas dentro de uma caixa de alvenaria (ver Grupo 9) visando a
sua proteção contra ações externas.

72
8.8.4 Instalação de Válvula ou Registro

Válvulas são equipamentos que visam proteção e regulagem dos sistemas de produção e
distribuição de água. Deverão ser instaladas obedecendo rigorosamente às determinações
do projeto e as instruções do fabricante. A montagem deverá ser submetida à fiscalização
mecânica da CAGECE. Este item serve para todos os tipos de válvula normalmente usadas
em saneamento, ou seja: gaveta, borboleta, globo, macho, com acionamento direto com
chave "T" ou com volante.

Para fins de orçamento, no caso se serem instaladas válvulas com atuadores elétricos ou
pneumáticos, isso deverá ser explicitado. Dentro do mesmo assunto considera-se que uma
válvula, colocada na continuidade do eixo de uma tubulação, se tiver o mesmo sistema de
acoplamento, não será passível de pagamento em separado. Se, no entanto, alterar o
sistema de acoplamento (por exemplo, junta elástica para flanges), deverá ser considerado
separadamente o pagamento do serviço.

Para montagem de válvulas ou registros flangeados deverá ser verificada a sua locação e o
seu posicionamento, de acordo com o projeto, levando em conta ainda a acessibilidade dos
acionamentos em operação normal e as condições para sua manutenção ou eventual troca.

Antes da montagem deverá ser feita a verificação das condições do flange fixo, onde será
colocada a válvula/registro, cuja face deverá estar obrigatoriamente perpendicular ao eixo
da tubulação, bem como a posição dos furos do flange, visto que o plano vertical do eixo do
tubo deverá passar pelo meio da distância que separa os dois furos superiores. Esta
condição poderá ser verificada com a utilização de nível de bolha aplicado aos dois furos
superiores do flange.

As condições descritas quanto ao flange deverão ser rigorosamente obedecidas, já que não
será permitida a ajustagem por acréscimo de elementos metálicos entre flanges ou
desbastes em superfícies usinadas, o que descaracterizaria as especificações originais de
fabricação das peças. Todos os ajustes que se tornarem necessários por falta de
alinhamento ou nivelamento deverão ser executados nos tubos através de cortes ou
desbastes, desde que autorizado pela fiscalização.

Antes do assentamento da válvula ou registro, a contratada deverá limpar a peça, lubrificar,


acionar o sistema de abertura e fechamento, verificar as condições das sedes de vedações
e as próprias vedações. Este serviço deverá ser executado com o acompanhamento da
fiscalização.

73
As juntas ou anéis de vedação a serem utilizados deverão estar de acordo com as normas
de fabricação dos flanges. Quanto às dimensões e composição do material, estes deverão
estar de acordo com o projeto.

Para a montagem de válvulas é importante que se observe antes o sentido de fluxo para a
compatibilidade dos sistemas de operação e vedação recomendadas pelo fabricante.

O alinhamento da válvula ou registro com a tubulação deverá ser feito através da união dos
flanges sempre de montante para jusante. O posicionamento deverá ser feito
preliminarmente por meio de pinos de montagem e, após observadas as condições de
nivelamento e alinhamento, os pinos deverão ser substituídos um a um alternadamente,
pelos parafusos da conexão.

Antes da conexão deverá ser feito um teste com os parafusos e porcas, verificando as
condições das roscas, do rosqueamento e dos revestimentos superficiais. As arruelas
deverão ser compatíveis com os parafusos em suas dimensões e não será permitida
qualquer conexão sem elas, devendo ser colocada uma de cada lado do flange.

Para o posicionamento da válvula ou registro, no seu local de montagem, a contratada


deverá observar as normas indicadas para levantamento e transporte pelo fabricante,
evitando assim danos em sedes de vedação, vedantes, acionamentos, revestimentos e
outros.

Para evitar tensões diferenciadas nos flanges, danos nas juntas e atingir ideais de vedação,
os parafusos deverão ser apertados em seqüências de dois de cada vez, diametralmente
opostos, graduando, através de torquímetro, o ajuste em pelo menos dois ciclos completos
antes do aperto final. Estando a válvula instalada, limpa e lubrificada, será acionada para
observar suas condições operacionais.

São distinguidos três tipos de acoplamentos: os com junta elástica, os com juntas
flangeadas e os “entre flanges”.

8.8.5 Junta Gibault

Destina-se a ligar duas extremidades lisas de tubulação, e o seu uso facilita a montagem e
desmontagem de canalizações e a retirada de equipamentos.

Na montagem devem ser tomadas as seguintes providências:

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colocar em cada extremidade dos tubos o flange de encaixe da luva central e uma
arruela de borracha e, em seguida, a luva central numa das extremidades;

executar a aproximação dos tubos, deixando uma folga de 10 mm entre as pontas;

deslocar e centralizar a luva para a sua posição em que as extremidades dos tubos
fiquem eqüidistantes, em seu interior;

deslocar as arruelas até encostar na luva, aproximar o flange, colocar os parafusos e


executar a conexão;

apertar os parafusos gradualmente até que se obtenha uma compressão suficiente das
arruelas de borracha.

8.8.6 Montagem de Tubulação

Para montagem de tubulações de barriletes, reservatórios, elevatórias e estações de


tratamento, deverá ser observado, no que couber, o contido no Módulo 9 - Assentamento,
além das orientações de projeto e dos fabricante dos materiais e equipamentos respectivos.
Sempre que o espaço e o desenvolvimento da obra permitam é adequado fazer uma pré-
montagem dos equipamentos e barrilete. Com isso serão identificadas eventuais faltas de
peças, conexões, etc., bem como analisada a quantidade de ferramentas disponíveis, a sua
adequabilidade ao serviço e outras necessidades.

Estando tudo preparado, a montagem poderá ser iniciada, entendendo-se que para todos os
tipos de tubos e conexões, algumas observações são comuns:

a) verificar as peças antes de executar o acoplamento para evitar que apresentem


deformações, cortes, ovalizações ou quaisquer defeitos. Todas as peças devem estar
limpas;

b) usar o torquímetro no caso de apertos de parafusos, pois além de facilitar, garante um


melhor acoplamento das peças;

c) seguir rigorosamente as recomendações dos fabricantes quanto a folgas, tolerâncias e


lubrificantes;

d) observar, conforme projeto, a disposição aeroespacial das peças. Para mantê-las na fase
de montagem devem ser providenciados calços, arrimos, talhas, etc., utilizados de modo
a não forçar a tubulação e os equipamentos.

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Após a conclusão dos serviços, todo elemento auxiliar deverá ser retirado do local.

Ao terminar os trabalhos de um dia, as pontas dos tubos já colocados deverão ser


tamponadas, para evitar entrada de animais, insetos etc.

As uniões serão empregadas quando se desejar que a tubulação seja facilmente


desmontável ou esteja em arranjos fechados. As uniões serão montadas aplicando-se a
pasta de vedação recomendada nas superfícies de vedação e na rosca cilíndrica.

As emendas entre trechos de tubos serão feitas por meio de luvas. As luvas com essa
função não serão indicadas nos projetos. Não obstante, luvas poderão ser usadas
amplamente, a fim de evitar desperdício de tubos.

Quando for necessário curvar tubo de aço ou plástico rígido para efetuar ajustes, por
ventura necessários no campo, as curvas deverão ser feitas por meio de ferramenta
apropriada, com os cuidados necessários para não reduzir a seção interna nem danificar o
acabamento de tubos galvanizados.

O raio mínimo de curvatura admissível corresponderá a 5 (cinco) vezes o diâmetro nominal


do tubo, sendo o raio medido a partir da linha de centro do tubo.

Para tubos e peças de PVC, PVC DEFOFO, RPVC, PRFV, JE, o manuseio deve ser
cuidadoso. Para acoplamento das peças devem ser utilizados os mesmos princípios
expressos no item 7.8 – Assentamento de Tubulações.

8.8.7 Instalação Elétrica

Compreendem todas as instalações destinadas ao fornecimento e utilização da energia


elétrica nas várias unidades da CAGECE, tendo como principal carga a dos motores
elétricos utilizados no bombeamento e tratamento de água e esgoto. Nestas instalações
deverão estar inclusas as interligações dos comandos elétricos dos motores com os
equipamentos e dispositivos de controle, automatização e controle operacional.

Tendo em vista a diversidade de situações operacionais todos os projetos elétricos deverão


estar de acordo com as orientações do Manual de Projetos Elétricos da CAGECE e das
Especificações Técnicas para Fornecimento de Quadros de Comando em Baixa Tensão e
Cubículos em Média e Alta Tensão da CAGECE.

Os principais itens e custos referentes às instalações elétricas podem ser resumidos e

76
agrupados conforme abaixo.

a) Rede de Energia Elétrica

Em função da demanda necessária, da localização específica das unidades e da


disponibilidade da Concessionária de Energia Elétrica local, poderão ser necessários
serviços de ampliação, reforço e execução de redes de energia elétrica.

Os serviços são executados pela Concessionária de Energia Elétrica local após aprovação
do projeto elétrico e solicitação formal com data prevista para ligação, e seus custos serão
cobrados da CAGECE, da Contratada ou do responsável pela execução dos serviços de
instalações elétricas.

Os custos dependem da demanda a ser contratada e das normas do Governo Federal


fixadas pelo DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica).

Dependendo da opção tarifária e para entradas com potência instalada superior a 150 kVA,
é obrigatória a elaboração de Contrato de Fornecimento de Energia Elétrica com a
Concessionária de Energia local.

b) Entrada de Energia Elétrica

Conjunto de materiais e equipamentos localizados dentro da área da CAGECE, para


recebimento da energia elétrica a ser fornecida pela concessionária de energia elétrica local.

As entradas são padronizadas e devem atender Normas Técnicas e Padrões da


concessionária. São executadas a fim de garantir o recebimento, seccionamento, proteção,
medição e rebaixamento da tensão. O dimensionamento é feito em função das cargas e
demandas a serem contratadas, podendo ser em baixa tensão ou em alta tensão.

c) Quadros de Comando em Baixa Tensão e Cubículos em Média e Alta Tensão

São armários metálicos compostos de dispositivos e equipamentos de proteção,


seccionamento, medição, acionamento, controle, sinalização e automatização das cargas
elétricas.

Quanto à aplicação podem ser para uso interno ou externo e quanto à construção podem
ser auto-sustentáveis, sobrepor ou embutidos. Podem ser subdivididos conforme itens
abaixo.

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Cubículos de Medição, Proteção e Seccionamento são utilizados nas entradas de energia
com potência acima de 500 kVA de acordo com a exigência da concessionária de energia
elétrica.

Cubículos de Média Tensão são utilizados para acionamento de motores de média tensão
(2300 a 6600 kV).

Quadros de Comando em Baixa Tensão são utilizados para acionamento de motores de


baixa tensão (127, 220, 280 e 440V).

d) Instalação de Força

A partir da entrada de energia compreendem todos os condutores, eletrodutos, canaletas,


caixas de passagem, conectores e demais materiais utilizados na alimentação de quadros
de comando, cubículos de média tensão, motores e outros equipamentos.

Seu dimensionamento e formas construtivas dependem das cargas, distâncias e situação


física dos equipamentos a serem alimentados.

e) Iluminação

A partir dos quadros de comando compreendem todos os condutores, eletrodutos,


luminárias, interruptores, tomadas, postes, lâmpadas, reatores, ignitores e demais
equipamentos utilizados para a iluminação interna, externa e tomadas das unidades da
CAGECE.

f) Automatização, Sinalização e Controle

Compreendem basicamente a instalação e interligação de emissores, receptores e


transmissores de sinais locais ou a distância, objetivando o controle operacional das
unidades.

Podem ser utilizados relés de nível, pressostatos, manômetros, medidores de vazão e


pressão, rádio (UHF e VHF), linha física, linha privativa (Telemar) e outros.

Devem ser utilizados mourões de concreto ponta virada, com altura útil de 1,80m até a
deflexão de 30º, enterrados 0,70 m e espaçados no máximo 2,50 m, fixados através de
enchimento compactado de concreto não estrutural. A vedação deve ser através de 7 fios de
arame farpado 16 BWG, convenientemente fixados nos mourões e mureta de 70 cm de

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altura útil, com alicerce, baldrame e reboco. Nos pontos de mudança de direção, interrupção
e intermediários de trechos longos, os mourões deverão ser firmados com escoras de
concreto colocadas com inclinação de 45º. Devem ser fixados esticadores para posterior
regulagem dos fios. A pintura de acabamento deve ser com tinta à base de cal.

Esse tipo de cerca deverá ser executado em área de elevatórias, reservatórios, etc, onde se
deseja, mais do que impedir entradas, afastar animais, proporcionando maior segurança aos
nossos empregados.

a) Portão

Deve ser executado com tubos de ferro galvanizado de 2" e tela prensada de arame 2,8
mm, em malha de 5 cm x 5 cm, soldada em quadros de ferro cantoneira de ¾" x ¾" x 1/8".
Sobre cada uma das folhas do portão deve ser aplicado o símbolo da CAGECE, em chapa
de ferro n.º 14, fixado no cruzamento da tubulação de contraventamento, com largura igual a
1/3 da largura da folha.

Para fixação e suporte deve ser executado um pilar de concreto armado com seção mínima
de 20 cm x 30 cm, apoiado sobre blocos, com dimensões tais que permitam a sustentação
adequada do portão. Os pilares que sustentam o portão de duas folhas (veículo), serão
unidos por viga de baldrame com dimensões de 20 cm x 30 cm.

Os pilares devem ser pintados com tinta à base de cal para exteriores cor branca. As peças
metálicas devem ser preparadas e pintadas de acordo com o especificado no Grupo 12. A
pintura de acabamento deverá ser com duas demãos de esmalte sintético, cor azul.

A contratada deve fornecer cadeado com no mínimo 45 mm.

b) Gradil de ferro

É utilizado como complemento dos elementos de vedação. Deverá obedecer às


especificações do projeto.

79
Projeto Elétrico

80
9 PROJETO ELÉTRICO

81
CREA - ART

82
10 CREA - ART

83
Peças Gráficas

84
11 PEÇAS GRÁFICAS

85

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