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incêndios
Eraldo de Jesus Argôlo
Curso Técnico em
Segurança do Trabalho
Prevenção e combate a
incêndios
Eraldo de Jesus Argôlo
Curso Técnico em
Segurança do Trabalho
Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
Eraldo de Jesus Argôlo Jailson Miranda
1.Competência 01 | Compreender a Diferença entre Fogo e Incêndio bem como as Funções dos
Aparelhos Extintores de Princípios de Incêndios na Execução para a Extinção do Incêndio no Período
Inicial ........................................................................................................................................... 7
Referências ................................................................................................................................ 45
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A norma regulamentadora - NR-23 dispõe de informações e orientações acerca da
proteção e combate a incêndios. Entretanto, a norma não traz necessariamente medidas de
prevenção que possam diminuir ou eliminar a causa de um incêndio.
O objetivo da norma regulamentadora - NR-23 é proteger as pessoas, o patrimônio e
combater um incêndio ou início de incêndio, uma vez que o fato já tenha sido desencadeado. Por isso
ela é chamada de Proteção Contra Incêndios, ou Proteção e Combate a Incêndios.
Já na norma ABNT NBR 15219:2020 especifica os requisitos e procedimentos para a
elaboração, implantação e manutenção de um plano de emergência contra incêndio, para proteger
a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.
Nesta disciplina de prevenção e combate a incêndios, você estudante terá a oportunidade
de estudar e se capacitar, para pôr em prática o uso adequado das diversas técnicas de prevenção e
combate a incêndios, através dos conhecimentos teóricos das técnicas de prevenção contra
incêndios, na hora de agir com calma e racionalidade sempre que houver início de fogo, extinguindo-
o e/ou solicitando ajuda ao Corpo de Bombeiros Militar, através do telefone (193).
E ai?! Você está pronto para estudar sobre as questões relacionadas a prevenção e
combate a incêndios? Acredito que sim!
Ah, mas antes, vamos conhecer um pouco do Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico do Estado de Pernambuco (COSCIP). Leia e acesse o link do Saiba Mais.
Bons Estudos!
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, agora conheça a finalidade, abrangência e a competência
do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado de Pernambuco
(COSCIP), que consta no Decreto Estadual do Estado nº 19.644 aprovado em
13 de março de 1997, alterado em 2018 e publicado em 2021. Acesse o link
abaixo:
http://www.bombeiros.pe.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=9c1a301
7-31a5-4c2d-a288-c0b6a8f66fd3&groupId=8302907
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1.Competência 01 | Compreender a Diferença entre Fogo e Incêndio bem
como as Funções dos Aparelhos Extintores de Princípios de Incêndios na
Execução para a Extinção do Incêndio no Período Inicial
Agora que você já ouviu o Podcast da Competência 1, prossiga com os seus estudos da
teoria e conceito de Fogo, Incêndio e Chama.
O planeta terra foi formado há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, no início foi uma
massa incandescente, logo o fogo, era elemento constituinte, após milhões de anos entrou em um
processo de resfriamento, dando o surgimento as camadas das rochas (ROSA, 2015; FONSECA, 2019).
O homem coexistiu com o fogo desde que apareceu, aprendeu a controlar para transformar plantas
e animais em comida, minerais em moedas, artefatos ou joias, aquecimento em clima de temperatura
baixa e na iluminação do ambiente, enfim ao longo da história humana o fogo contribui para
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sobrevivência e desenvolvimento dos processos industriais e tecnológicos (ROSA, 2015; SANTO,
2020).
Fogo é o resultado do controle de uma reação de queima, conhecida como reação de
combustão (NUNES; CONTREIRAS, 2018). Diariamente no preparo de café a base de água, cozimento
de feijão ou arroz, entre outros alimentos é possível ter exemplos do controle da temperatura de
aquecimento da reação de combustão (fogo), ao girar para acender ou apagar a válvula de controle
ou botão da chama do fogão a gás de cozinha (MABOM – CIURB, 2020). Na física ou química o
processo sinônimo do fogo é Combustão (MABOM – CIURB, 2020). Combustão é uma reação química
de oxidação rápida, exotérmica, na qual ocorre a liberação de calor ou liberação de luz e calor, entre
alguma substância e o oxigênio (O2). Há combustão sem chama que ocorre entre substâncias nas
quais há pouco carbono (FRIEDMAN, 1998; FARADAY, 2003; TURNS, 2013; MABOM – CIURB, 2020).
A chama é a visualização da reação de combustão, é a luz liberada no processo de queima
(MABOM – CIURB, 2020). A cor da chama fornece informação do seu nível de energia; na cor azul a
chama atinge um maior nível de energia do que quando está na cor vermelha ou amarela (ARNALICH,
2015; MABOM – CIURB, 2020).
O fogo fora de controle, pode vir a se transformar num incêndio (do latim incendíum) de
grandes proporções, aquecendo o ambiente e deformando ou transformando seus materiais que não
estavam destinados para a queima (PORTUGAL, 2014, p.18; SOUZA et al, 2016; SILVA; BELINE, 2018).
O incêndio tem o potencial de causar a morte, lesões e danos materiais, ambientais, pessoais e sociais
(SOUZA et al, 2016; SILVA; BELINE, 2018; MABOM – CIURB, 2020). Segundo Gomes (2014), a NBR
13860 define “ incêndio é o fogo fora de controle” e pela Norma Internacional ISO 8421-1 “ incêndio
é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e espaço”.
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1.1.1 Triângulo do fogo
Estudante, você tem o conhecimento dos três elementos que componha o triângulo do
fogo? Veja a seguir.
De acordo com Portugal (2014) o ser humano atual tem o conhecimento das principais
técnicas de combate ao fogo. A teoria do triângulo do fogo foi inicialmente criada para explicar a
composição do fogo, e afirmava que era possível acabar ou impossibilitar a evolução das fases iniciais
do fogo só por meio da remoção de um dos três elementos: combustível, comburente (oxigênio
gasoso - O2) e fonte de ignição (calor). Veja a representação!
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1.1.2 Tetraedro do fogo
Estudante, você sabe os quatro elementos que componha o tetraedro do fogo? Veja a
seguir.
Então, estudante, tenho certeza que você gostou e entendeu este assunto
referente aos Conceitos de Fogo, Incêndio e Chama. Para ampliar e consolidar
um pouco mais os seus conhecimentos sobre o tetraedro do fogo acessem o
link e assista ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=bdAZt0-sm7A
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O combustível é toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão, podendo ser
sólido, líquido e gasoso, sendo que o sólido e o líquido na fase inicial da queima sofre primeiro um
processo de decomposição denominado de Pirólise, que o transformam em um gás pelo calor e
depois se inflamam, como exemplo: madeira, papel, carvão, plásticos, fibras vegetais, metais
(alumínio, magnésio, titânio, zircônio, etc.), metais não alcalinos (sódio, potássio, etc.),
hidrocarbonetos formados por átomos de carbono e hidrogênio, derivados do petróleo como:
gasolina, álcool, éter, óleo diesel, gás metano, gás liquefeito do petróleo – GLP – gás de cozinha
(propano e butano etc), e hidrogênio gasoso – (H2) (ROSA, 2015; FONSECA, 2019; MABOM – CIURB,
2020).
Combustível líquido, como por exemplos a gasolina, álcool, éter, tinta, benzina e
solventes necessitam que ocorra primeiro a vaporização (mudança de estado físico do líquido para
vapor) para que exista o fogo (combustão) (ROSA, 2015).
Como características os líquidos não possuem forma própria, se adequam de acordo com
o recipiente que a contém, quando derramados, se espalham e acumulam nas partes mais baixas das
superfícies de contato. Os líquidos inflamáveis em sua maior parte são voláteis (que desprende gases
inflamáveis à temperatura ambiente), e flutuam sobre a água por serem mais leves, sendo que os
hidrocarbonetos (compostos orgânicos formados por átomos de carbono e hidrogênio) derivados de
petróleo têm pouca solubilidade na água, entretanto líquidos como álcool e acetonas (solventes
polares), têm uma grande solubilidade, isto é podem ser diluídos em água até um ponto em que a
mistura deixe de se inflamar (SIMIANO; BAUMEL, 2013; ROSA, 2015). Já os líquidos inflamáveis não
voláteis, desprendem gases inflamáveis à temperatura maior do que a temperatura ambiente, como
por exemplo óleo, graxas entre outros (SIMIANO; BAUMEL, 2013; CPNSP, 2017).
• Combustível gasoso: Como por exemplos o gás de hidrogênio, gás metano e etano,
gás liquefeito do petróleo – GLP – gás de cozinha (propano e butano, etc) e acetileno, já se encontram
em suspensão e dispersos no ambiente que estão armazenados, podendo se inflamar rapidamente
com o aumento da temperatura (ROSA, 2015).
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fogo, sendo o mais conhecido o oxigênio gasoso – O2, e sob determinadas condições o cloro gasoso
– Cl2 (CPNSP, 2017; FONSECA, 2019; MABOM – CIURB, 2020).
1.1.3 Proporcionalidade
Estudante, você sabe que existe uma proporcionalidade para formação do fogo
(combustão)?
Então, a proporcionalidade para formação do fogo (combustão), ocorre quando há
combinação dos três elementos, o CALOR OU FONTE DE IGNIÇÃO, COMBURENTE (Oxigênio – O2) e o
COMBUSTÍVEL em parte proporcionais, ocorrendo o que chamamos de mistura ideal (FONSECA,
2019; MABOM – CIURB, 2020).
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Caro(a) estudante você sabe como se classificam, então, as misturas?
As misturas se classificam em:
• Mistura Pobre: quando o OXIGÊNIO se apresenta acima da dosagem
necessária para ocorrer a combustão.
• Mistura Rica: quando o COMBUSTÍVEL se apresenta acima da dosagem
necessária para ocorrer a combustão.
• Mistura Ideal: é quando os três elementos, o CALOR OU FONTE DE
IGNIÇÃO, COMBURENTE (Oxigênio – O2) e o COMBUSTÍVEL se
encontram na mesma dosagem para a combustão. (FONSECA, 2019;
MABOM – CIURB, 2020)
Existe então para cada combustível gasoso os limites da sua mistura ideal, esses são
chamados de limites de inflamabilidade ou explosividade, a qual varia de acordo com a substância
considerada e que somente dentro desse intervalo de concentração ocorrerá a combustão (queima)
do combustível (NUNES; CONTREIRAS, 2018).
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COMBUSTÍVEL LIMITES DE INFLAMABILIDADE
LII (%) LSI (%)
Hidrogênio 4,0 7,5
Monóxido de carbono 12,5 74,0
Propano 2,1 9,5
Acetileno 2,5 82,0
Gasolina (vapor) 1,4 7,6
Éter (vapor) 1,7 48,0
Álcool (vapor) 3,3 19,0
Quadro 01 – Tabela do limite de inflamabilidade.
Fonte: (GRIMWOOD E DEMEST, 2003).
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Saiba Mais!
Caro(a) estudante imagino que você já tenha lido o termo inflamável volátil e
não volátil. Mas o que é volatilidade, quando se fala em incêndio? Agora você
pode ampliar e consolidar um pouco mais os seus conhecimentos sobre a
volatilidade acessando o link e assistindo ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=iNJqQdLVE6Y
Estudante, você sabe que existe uma classificação para os combustíveis, em função da
sua volatilidade?
Os combustíveis podem ser classificados como sendo voláteis e não voláteis (FONSECA,
2019; MABOM – CIURB, 2020):
• Combustível volátil: ocorre quando, à temperatura ambiente o combustível passa a
liberar vapores inflamáveis. Exemplos: gasolina, nafta, éter, hexano, tolueno, benzeno, etc.
• Combustível não volátil: ocorre quando, à temperatura ambiente o combustível não
passa a liberar vapores inflamáveis. Exemplos: óleo combustível, óleo lubrificante, óleo diesel,
querosene, etc.
Caro(a) estudante imagino que você já tenha lido ou ouvido falar dos termos pontos de
fulgor, combustão, temperatura e ignição (autoignição). Mas o que seriam esses termos, quando se
fala em incêndio?
• Ponto de fulgor (ºC): O Ponto de fulgor, também pode ser denominado na
bibliografia, como sendo Ponto de inflamação ou Flash Point (ROSA, 2015; MABOM – CIURB, 2020).
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Menor temperatura na qual o produto pode começar a formar quantidades de vapores
que se inflamam na presença de uma chama (ARGOLO, 2017; PETROBRAS, 2021). De acordo com a
Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (2016), os líquidos inflamáveis são líquidos,
misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão (como por exemplo
tintas, vernizes e lascas, etc.) são capazes de produzir vapor inflamável a temperatura de 60°C, em
ensaio de vaso (recipiente) fechado, ou de até 65°C, em ensaio de vaso (recipiente) aberto, é normal
que estas temperaturas sejam referidas como sendo o ponto de fulgor (NETO, 2022).
A Norma Regulamentadora – NR 20, específica que se o ponto de fulgor do líquido for
menor do que 60°C pode ser considerado como sendo um líquido inflamável. Se o ponto de fulgor
estiver variando entre 60°C a 93°C é considerado como sendo um líquido combustível. A volatilidade
dos combustíveis líquidos pode ser classificada, como sendo líquidos inflamáveis, que têm o ponto
de fulgor abaixo dos 38°C (como por exemplo: gasolina, álcool e acetonas) e líquidos combustíveis,
que têm o ponto de fulgor acima dos 38°C (como por exemplo: óleos lubrificantes e vegetais,
glicerina) (SIMIANO; BAUMEL, 2013). O óleo diesel é um produto inflamável, medianamente tóxico,
volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte característico (FRAZÃO, 2015;
ARGOLO, 2017). A especificação mínima do ponto de fulgor para o óleo diesel é de 38°C (CNT, 2012;
ANP, 2014; ARGOLO, 2017). A seguir você pode ver um esquema didático do Ponto de fulgor,
simulando em três momentos.
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caso, mesmo que se elimine a fonte inicial de ignição, o fogo (combustão) continuará acesso (ROSA,
2015; MABOM – CIURB, 2020).
A seguir você pode ver um esquema didático do ponto de combustão, simulando em
três momentos.
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autoignição é utilizado quando não há fonte de ignição direta externa. Essas condições podem ocorrer
quando há irradiação térmica em combustíveis não inflamados contidos em tanques expostos a um
incêndio; como exemplo, pode-se citar o aquecimento de óleo de fritura em uma frigideira até que
de forma súbita entre em ignição pelo contato com o ar (FRIDEMAN, 1998; GRIMWOOD E DEMEST,
2003; NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION, 2004, 2005; QUINTIEREROSA, STAUFFER, DOLAN E
NEWMAN, 2008; DAVID SCHOTTKE, NFPA, IAFC, 2014; MABOM – CIURB, 2020).
A seguir você pode ver um esquema didático da Temperatura de Ignição, simulado em
três momentos (GRIMWOOD E DEMEST, 2003; ENGENHARIASAFETY, 2017).
Autoignição pode ser provocada pelo o uso de fontes externas, como chamas ou fagulhas,
sendo uma ignição pilotada. Sobre condições ideais todos combustíveis inflamáveis tem o mesmo
valor de Temperatura de Ignição e de Temperatura de Autoignição. Entretanto, o termo autoignição
é utilizado quando não há fonte de ignição direta externa. Essas condições podem ocorrer quando há
irradiação térmica em combustíveis não inflamados contidos em tanques expostos a um incêndio;
como um exemplo, pode-se citar o aquecimento de óleo de fritura em uma frigideira até que de
forma súbita entre em ignição pelo contato com o ar (FRIDEMAN, 1998; GRIMWOOD E DEMEST, 2003;
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION, 2004, 2005; QUINTIEREROSA, STAUFFER, DOLAN E
NEWMAN, 2008; DAVID SCHOTTKE, NFPA, IAFC, 2014; MABOM – CIURB, 2020).
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1.1.6 Slop-Over, Boil-Over e Bleve
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Saiba Mais!
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido os Conceitos
de Slop-Over, Boil-Over e Bleve. Agora você pode ampliar e consolidar
um pouco mais os seus conhecimentos. Veja um vídeo que mostra o
perigo de “Jogar Água na Gordura Quente. Pode Por Fogo Na Sua
Casa”. Acesse o link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=AUHFT1hzFNg
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região anódica e a redução ocorre na região catódica (LIENGEN et al., 2014; FRAZÃO, 2015; EPA, 2016;
ARGOLO, 2017).
Viva: há produção de calor e chamas luminosas ou incandescentes.
Muito viva: há velocidade elevada, em torno de 300 m/s, produção de calor e chama.
Exemplo: queima da pólvora química ou negra das munições.
Instantânea: há velocidade superior a 300 m/s, e atinge de forma rápida, toda a massa
do combustível. Exemplo: explosão ou detonação de dinamites (artefato explosivo à base de
nitroglicerina).
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido os Conceitos dos
Pontos de fulgor, combustão, temperatura e ignição (autoignição). Agora você
pode ampliar e consolidar um pouco mais os seus conhecimentos sobre como
o vapor combustível pode causar uma explosão, acessando o link e assistindo
ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=0Ob3UKROaSg
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• Convecção: Ocorre através da circulação de um meio transmissor gasoso ou líquido.
Como por exemplo quando se aquece a água, é possível ver um movimento do fluxo de bolha, no
interior do próprio líquido, de baixo para cima (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2013).
• Irradiação (ou radiação): Ocorre por meio de ondas caloríficas que atravessam o ar,
irradiadas de corpos em chamas. Como por exemplo a energia transmitida do sol para o planeta terra
(MABOM – CIURB, 2020).
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uma delas. Isso porque, quando você pensa em combater incêndios, é comum imaginar extintores e
mangueiras, não é mesmo? No entanto, poucas pessoas sabem que há diferentes tipos de fogo e,
para combatê-los, é preciso conhecê-los.
Tendo como principal objetivo realizar um melhor combate a incêndio, de forma
eficiente e segura, e com a utilização do agente extintor correto para cada agente combustível, a
associação Norte-Americana (NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION – NFPA), classificou os
incêndios de acordo com o material combustível neles envolvidos (ROSA, 2015; MABOM – CIURB,
2020). Existem 6 classes de incêndios, de acordo com o tipo de combustível. A seguir você tem o
quadro com a classificação dos incêndios e o tipo de extintor.
OBS: O Incêndio de Classe E: queima de materiais radioativos, como urânio, césio, etc. (NEOIPSUM, 2021).
Nesses casos você deve ligar para o corpo de bombeiros (193) e logo após isso você deve se afastar do local
do incêndio, o mais rápido possível. Lembre-se com radiação não se brinca!
Cuidados gerais:
Agora que você já conhece todas, as classes de incêndio, e sabe como proceder em
cada uma, é importante saber como alcançar êxito no emprego dos equipamentos de combate ao
fogo.
Para alcançar os melhores resultados, observe os seguintes pontos:
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É preciso ter extintores portáteis na sua empresa para combater o fogo desde o início;
Os extintores devem ser distribuídos adequadamente e passar por manutenções
periódicas e ter o devido treinamento para o manejo de aparelhos na extinção de incêndio;
Só devem ser utilizados extintores de incêndio, mangueiras e hidrantes que obedeçam
às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e
Qualidade Industrial (INMETRO);
Independentemente da área ocupada, a unidade predial deve possuir no mínimo dois
extintores para cada pavimento;
Os equipamentos de combate ao fogo devem ser colocados em locais de fácil
visualização, devidamente sinalizados e onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu
acesso.
Caro (a) estudante, agora que você conhece a diferença entre fogo e incêndio, bem como
as funções dos aparelhos extintores de princípios de Incêndios na execução para a extinção do
incêndio no período inicial. Leia as perguntas a seguir, e postem suas respostas e comentários no
fórum desta competência 1 no AVA.
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2.Competência 02 | Entender as Formas de Propagação do Calor, as
Especificidades de cada Agente Extintor, bem como as Características de
Incêndios em Área Verde, finalizando com o Estudo acerca dos Gases
Liquefeitos de Petróleo (GLP)
Caro(a) estudante, na Competência 1 você aprendeu, que só há incêndio se existir fogo
(combustão). Além da importância de conhecer as características dos materiais combustíveis e quais
as demais influências que pode transformar o fogo (combustão) em um incêndio de grandes
proporções.
Nesta Competência 2 da disciplina de Prevenção e combate a incêndios, você irá estudar
como o descontrole do fogo (combustão) em vegetação, que pode provocar um grande incêndio
florestal e apresentar características próprias. Também será abordado, nesta Competência 2, ações
e características dos agentes extintores, bem como ações preventivas com os Gases Liquefeitos de
Petróleo (GLP) e apresentações de dispositivos tecnológicos bastante utilizados na Extinção do
Incêndio. Mas antes de prosseguir com a leitura, recomendo que você ouça o Podcast da
Competência 2.
Agora que você já ouviu o Podcast desta Competência 2, perceba que você como futuro
técnico em segurança do trabalho irá atuar na Prevenção e combate a incêndios. Mas você já ouviu
falar ou presenciou algum incêndio em mata (vegetação)? Como se deve agir diante desses casos?
Quais as atitudes adequadas de Combate a incêndios, nessas situações de riscos? O que se pode fazer
para Prevenção de incêndio florestal?
Os incêndios são grandes ameaças para os ecossistemas de mata e floresta plantada,
natural ou nativa, isto é, para o sistema que inclui os seres vivos (animal e vegetal) e o ambiente (solo,
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água e ar), com suas características físico-químicas e as inter-relações entre ambos, em todo planeta
terra (TORRES; LIMA; et al, 2020). Estes podem acabar com florestas inteiras, além de destruir a
biodiversidade (conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes em determinada região),
impulsionar processos erosivos e de degradação do solo, o que pode provocar transformação dos
solos, a partir de etapas de desgaste, transporte e sedimentação das rochas ou do próprio solo,
alterando o ciclo hidrológico (a existência e o movimento contínuo da água sobre, dentro e acima da
Terra) (TORRES; LIMA et al, 2020).
Os incêndios em mata e florestas são diferentes dos incêndios urbanos (nas cidades),
podendo ser geralmente, de difícil acesso de pessoas e de veículos de combate a incêndios,
aglomeração de grandes quantidades de materiais combustíveis, temperatura altíssimas e velocidade
de propagação variável (FONSECA, 2019). Também deve ser levado em consideração as dificuldades
existentes no local do incêndio, tais como declividade do terreno (tangente da inclinação da superfície
do terreno em relação à horizontal, ou seja, é a relação entre a diferença de altura entre dois pontos),
entre outros, obstáculos presentes nos cenários como o vento e o longo período de estiagem (período
de tempo seco, sem chuva), que pode aumentar de forma considerável o combate do incêndio,
chegando a vários dias ou meses para ser controlado ou extintos. Os métodos de extinção do fogo ou
incêndios em mata e florestas, usam os já descritos anteriormente (retirada do material,
resfriamento, abafamento e quebra de reação em cadeia), mas podendo ser de forma mais ampla e
integradora (FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020). A seguir você tem quatro fotos do combate
a incêndio em florestas.
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A propagação dos incêndios, pode estar relacionada a várias condições, como o clima,
relevo (formas da superfície de um planeta), a umidade relativa e ventos, etc., assim como a
vegetação do local, que pode ser do tipo que libera seivas (resinas) inflamáveis, como por exemplo
as árvores perenifólias. Esta vegetação pode facilmente se inflamar, através de um incêndio natural
(queda de raios de tempestades), intencional ou imprudente (descartes de ponta de cigarro acesa)
(FONSECA, 2019). A seguir você tem uma foto de um incêndio, que queimou árvores preciosas e ameaçadas
de extinção.
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2.1. Partes dos Incêndios em Mata e Floresta
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Descrição da figura: Imagem didática de Partes dos Incêndios em Mata e Floresta. O vento se desloca
para parte direita, em cima, onde estão a cabeça do incêndio e o ponto do foco (chamas intensas, nas cores vermelho e
laranja). Outras partes são: dedo. Flanco direito, retaguarda. O formato lembra uma mão.
Agora que você já tem uma boa ideia, de todas as partes dos Incêndios em mata e floresta,
é importante saber a diferença dos tipos de combustíveis presentes na área de atuação, visando
melhorar a estratégia de combater os incêndios florestais. Veja, a seguir os tipos de combustíveis.
Combustíveis leves ou de Queima Rápida: São os mais fáceis de queimar; permitem
propagação rápida do fogo. Como por exemplo: Gramas secas, folhas mortas, arbustos e gravetos
(FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020).
Combustíveis Pesados ou de Queima Lenta: Queimam de forma lenta, devido ao volume
e umidade; são mais difíceis de entrarem em combustão, porém, caso isso ocorra, pode queimar por
um longo tempo. Como por exemplo: Troncos e galhos (FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020).
Combustíveis Verdes: Vegetação em crescimento, são de difíceis combustão, porém, são
capazes de produzirem fogo (combustão) de grande proporção de volume. Como por exemplo:
Eucalipto, pinheiro e cedro (FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020).
Então, você entendeu, que os incêndios em mata e floresta ocorrem sobre a presença de
diferentes tipos de combustíveis. Mas quais são os fatores de propagação de incêndio? Veja a seguir:
Condições Meteorológicas:
a) Vento: favorece a rápida propagação do incêndio, pois fornece mais oxigênio ao fogo
(combustão). Caso o vento ocorra de forma forte, favorece a rápida propagação do incêndio, pois
fornece mais oxigênio ao fogo (combustão). Pode também movimentar as centelhas (fagulhas) das
chamas, e iniciar focos secundários.
• Provoca mudança rápida e sem aviso no sentido e direção do fogo, que pode colocar
em risco a segurança das pessoas atuantes no combate e o controle do incêndio.
• Durante o dia na presença da luz do sol, o ar tende a subir pelos vales e aclives,
inclinação de terreno, ladeira, considerada de baixo para cima. Já a noite, com o solo fresco
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(resfriado), o vento inverte o sentido, fazendo com que o incêndio desça os vales e declives (leve
inclinação para baixo percebida num terreno ou solo; declividade).
• Os combustíveis secos, queimam melhor e mais rápido.
b) Temperatura: Combustíveis expostos ao calor do sol (radiação solar), ficam pré-
aquecidos e queimam com mais rapidez.
• A temperatura do solo influi no movimento (sentido e direção) do ar. A temperatura
elevada do incêndio, pode levar os bombeiros a exaustão.
c) Umidade: Menor umidade do ar (qualidade ou estado do que está impregnado de
vapor de água ou levemente molhado), maior será a velocidade de queima dos combustíveis. Os
combustíveis leves tendem a umedecer mais rápido e não são capazes de gerar calor suficiente para
promover o fogo (combustão) nos combustíveis pesados.
Topografia do Terreno:
a) Aclive: inclinação de terreno, ladeira (considerada de baixo para cima).
• O fogo tende a se propagar com mais rapidez no sentido de baixo para cima, isto é, da
parte mais baixa para a mais alta, devido à presença de maior quantidade de combustíveis e dos gases
quentes na parte de cima do terreno.
b) Declive: leve inclinação para baixo percebida num terreno ou solo; declividade.
• A propagação do fogo se comporta de forma lenta, devido está posicionado no sentido
contrário aos combustíveis. Em declives íngremes (extremamente inclinado com relação ao plano
horizontal; difícil de subir ou descer), troncos de árvores podem rolar no sentido e direção do fogo.
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido os fatores de
propagação de incêndio em área verde. Agora você pode ampliar e
consolidar um pouco mais os seus conhecimentos, acessando os links
abaixo. Veja dois vídeos: 1) Entenda como são formados os incêndios
florestais. 2) Estiagem aumenta quantidade de incêndios florestais em
São Paulo.
Link: 1: https://www.youtube.com/watch?v=iwhUekuDVIk
Link: 2: https://globoplay.globo.com/v/9660660/
30
No primeiro vídeo é apresentado porque as combinações de vento, vegetais e relevo
influência na propagação dos incêndios florestais. Já no segundo vídeo é mostrado porque a falta de
chuva, somado com a imprudência dos seres humanos, favorecem o aparecimento de incêndios de
grandes vegetações.
Atenção! “Artigo (42) do código penal brasileiro diz que é crime fabricar, vender,
transportar e soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas “ (Lei 9.605, de 12 fevereiro
de 1998).
Você entendeu, que nas matas existem diferentes tipos de combustíveis, os quais podem
alimentar um incêndio de grande proporção. E este pode vim a se propagar de forma descontrolada,
sob a influência das condições meteorológicas e topografia do terreno. Já a classificação dos incêndios
é muito importante, pois auxilia nas estratégias de combate da extinção do incêndio. Mas como você
pode classificar os incêndios em mata e floresta? Veja, a seguir.
• Incêndio Subterrâneo: Ocorre quando existe fogo (combustão) abaixo do solo,
onde está localizado o combustível subterrâneo (húmus, raízes e turfas), de textura fina, compacto e
isolado da atmosfera. O incêndio ocorre de forma lenta, sem chamas e pouca fumaça, mas de difícil
extinção e alta intensidade de calor e poder de destruição.
• Incêndio Rasteiro: Ocorre quando existe fogo (combustão) de baixa estatura,
onde está localizado o combustível rasteiro (vegetação rasteira, folhas, troncos caídos e arbustos,
etc.), superfície do piso da floresta; Combustível de biomassa não composta de até 1,80m. É a forma
de incêndio que ocorre com maior frequência, sendo conhecido como incêndio de superfície, de
propagação rápida, muita chamas e calor; relativamente fácil de combater.
• Incêndio Aéreo: Ocorre quando existe fogo (combustão) acima do solo, onde
está localizado o combustível aéreo (galhos, folhas, musgos, etc.) acima de 1,80. É a forma de incêndio
que ocorre normalmente em dias de muito vento e baixa umidade relativa do ar, sendo conhecido
como incêndio de copas. Praticamente incontrolável.
31
• Incêndio Total: Ocorre quando existe a presença de todas as formas de fogo
(combustão) descrita anteriormente acima. A seguir você tem três fotos, nas quais mostram a
classificação dos incêndios em mata e floresta.
Você já entendeu, que a classificação dos incêndios em mata e floresta. Agora, veja os
principais métodos de combate a incêndio em áreas verdes. Chamo sua atenção da necessidade da
criação e ação de um PLANO DE PREVENÇÃO A INCÊNDIO FLORESTAL. Desde as fases iniciais do
projeto, os riscos devem ser avaliados, e todas as precauções para minimizar ou eliminar acidentes
indesejáveis devem ser tomadas.
Segundo o G1. Globo (2021) nos meses de agosto, setembro e outubro - intensifica-se a
"temporada" de queimadas no país. É o período do ano com o maior número de focos detectados
historicamente. Em junho de 2021, a Amazônia teve o maior número de queimadas detectadas para
o mês desde 2007. Em 2020, o número de focos no Brasil subiu 12,73% na comparação com 2019,
segundo dados do Programa Queimadas. No total, o país registrou 222.798 focos em 2020, ante
197.632 no ano anterior. Foi o maior número de focos registrado em uma década. No dia 13 de julho
de 2021, o diretor nacional do Instituto de Meteorologia (Inmet), Miguel Ivan Lacerda de Oliveira,
disse que os dados sobre alertas de queimadas no Brasil deixarão de ser emitidos pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e passarão a ser concentrados e emitidos no "Painel de
32
Monitoramento ao Risco de Incêndio", um novo produto dentro do Sistema Nacional de
Meteorologia (SNM).
Para a conservação das áreas verdes (matas e florestas) é fundamental a criação e ação
de um PLANO DE PREVENÇÃO A INCÊNDIO FLORESTAL. Este plano é diferente de uma ação de um
incêndio urbano, no qual se tem geralmente um maior fornecimento de água e equipamentos e
viaturas do corpo de bombeiros, além do contingente de pessoas como das Forças Armadas Nacional
(Exército, Marinha e Aeronáutica), Defesa Civil e Companhia de abastecimento da água, etc. Já nas
ações de combate e prevenção aos incêndios florestais, deve-se muitas vezes ter que realizar
racionamento do fornecimento de água, por meio do controle do volume de água liberadas pelas
bombas costais (Bomba de combate a incêndio com motor elétrico) (FONSECA, 2019; TORRES; LIMA
et al, 2020). No incêndio florestal, as técnicas especificas de combate e prevenção, segundo
FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020 deverão ser realizadas de acordo com as orientações do
quadro a seguir.
Técnicas Definições
Ataque Direto: Combate direto do fogo (chamas)
dentro do perímetro do incêndio, com uso de
equipamentos, como por exemplo ferramentas
(foices e enxadas), abafador, bomba costal,
viaturas e aeronaves. Realizar só quando o fogo
não estiver muito intenso, com a presença do
corpo de bombeiro ou brigadistas.
Ataque Indireto: Combater o fogo (chamas) a distância do
perímetro do incêndio, quando este for de
grande proporção ou se movimenta de forma
rápida. Realizar o aceiro ou fazer barreiras de
contenção natural, através de estradas,
abafadores, improviso com galhos de matos,
etc., fazendo o incêndio de encontro.
Área raspada do aceiro: retirada da vegetação verde (mata e árvores).
33
Área tombada do aceiro: Derrubar a vegetação verde (mata e árvores) em
direção ao incêndio para diminuir o tamanho do
fogo (chamas).
Fogo de encontro: Usado após a realização do aceiro. É colocado
fogo na área tombada no mesmo sentido e
direção do incêndio, visando alagar o aceiro,
tomando cuidado para não ultrapassar a área do
aceiro.
Quadro 02 – Técnicas especificas de combate e prevenção.
Fonte: (FONSECA, 2019; TORRES; LIMA et al, 2020)
A seguir você tem duas ilustrações que mostram os métodos de combate a incêndio em
áreas verdes. Na primeira é possível observar os bombeiros realizando um ataque direto, com
bombas costais e ferramenta de corte (machado), já na segunda um ataque indireto.
34
Atenção! Na hora de agir deve-se ter calma e racionalidade sempre que houver início de
fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda ao Corpo de Bombeiros Militar através do telefone (193).
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido porque é
necessário ter um PLANO DE PREVENÇÃO A INCENDIO FLORESTAL.
Agora você pode ampliar e consolidar um pouco mais os seus
conhecimentos, acessando o link abaixo. Veja o vídeo sobre como os
Brigadistas fazem trabalho preventivo para evitar queimadas fora de
controle no Tocantins.
Link: https://globoplay.globo.com/v/9635965/
No vídeo as equipes usam fogo controlado para reduzir biomassa de vegetação seca, que
facilita alastramento de incêndios. Na prevenção são feitos trilhas e aceiros de contenção de
incêndios na vegetação.
2.1.5. Rescaldo
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• Se o procedimento do rescaldo não conseguir a extinção total do fogo (combustão),
deve-se permitir que ocorra sob controle a queima total do combustível.
• Confirmar se o aceiro está limpo. Cortar, abafar ou apagar com água, troncos ou galhos
que possam ainda liberar brasas, faíscas ou fagulhas (centelhas) fora do perímetro do aceiro.
• Eliminar focos de fogo (combustão) esparsos (espalhados). Colocar espalhados todo o
material incandescente (em brasa acesa) que não puder ser eliminado com jatos de água ou abafado
com terra para dentro do perímetro, isto é, caso seja necessário, enterrá-lo.
• Os combustíveis do tipo roliços devem ser colocados em posição que não permitam a
sua movimentação por rolagem para fora do perímetro do aceiro.
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido porque é necessário
realizar o Rescaldo. Agora você pode ampliar e consolidar um pouco mais os
seus conhecimentos, acessando o link abaixo. Veja o vídeo “Incêndio de
grandes proporções atingiu o Parque Nacional das Emas, no estado de Goiás
no mês de julho de 2021”.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/07/13/incendio-de-
grandes-proporcoes-atinge-o-parque-nacional-das-emas.ghtml
Caro(a) estudante, como são cozinhados os seus alimentos na sua casa? Você pode utilizar
o gás para cozinhar alimentos no fogão. Mas você sabe o que é o gás de cozinha? Quais os compostos
químicos que o componha? Agora veja a seguir, algumas informações sobre o gás de cozinha.
O “gás de cozinha é composto por propano e butano, etc.”, como é conhecido
popularmente o gás liquefeito de petróleo por causa de sua utilização principal na cocção de
alimentos (cozimento de alimentos), é uma das frações mais leves do petróleo e sua queima é muito
36
limpa, com baixíssima emissão de poluentes, asfixiante, inodoro (sem cor) e 1,5 mais denso que o ar
(PETROBRAS, 2021).
Por causa dessas características, ele é utilizado em ambientes fechados, como na cozinha
da sua casa, ou em aplicações industriais sensíveis a poluentes, como na fabricação de vidros,
cerâmicas e alimentos (PETROBRAS, 2021).
Saiba Mais!
Agora você pode ampliar e consolidar um pouco mais os seus
conhecimentos, acessando os links abaixo. Veja os vídeos “GLP-Gás
Liquefeito de Petróleo (FUNDACENTRO, 2013) ” e “As Fichas de Informações
de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ do “gás liquefeito - GLP”
(PETROBRAS, 2021) ”.
Link: 1:
https://www.youtube.com/watch?v=8NRc3EvdeTM&list=RDCMUCv6b_M_B
etBE3j559pusKtQ&index=1
Link: 2: https://www.vibraenergia.com.br/sites/default/files/2021-
08/seguranca-g%C3%A1s-liquefeito-GLP.pdf
37
2.3 Instalação, Placas e Discos de sinalização dos extintores
Você já deve ter visto, placas e disco de sinalização dos extintores nas paredes dos
edifícios residências, industriais, shopping center, entre outros. Mas como deve ser instalado e
sinalizados. Veja agora, os procedimentos recomendados no Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico do Estado de Pernambuco (COSCIP).
A instalação e sinalização de extintores deve estar de acordo com padrões exigidos
pela norma NBR 13434:2004, seguindo a referência de confecção, cores, dimensões e outras
especificações técnicas. Para garantir a segurança contra incêndios, a instalação e sinalização de
extintores deve ser em locais de alta circulação de pessoas, próximo a porta (nunca atrás), nunca em
escadas, nunca em interior de salas, em locais de fácil acesso, visíveis e sinalizados, de forma
adequada à extinção do tipo de princípio de incêndio a combater, parte superior, no máximo de
1,60m de altura do piso, nunca deve ser instalado diretamente no piso (COSCIP, 2012; FONSECA,
2019). A seguir você tem uma ilustração da Instalação dos Extintores no Pilar.
Às placas e discos de sinalização dos extintores, devem ter sua altura de fixação,
obrigatoriamente de 1,80 metros e elas devem estar imediatamente acima dos equipamentos, além
disso, precisam identificar qual é a substância contida nos extintores para que eles possam ser usados
de acordo com a classe de incêndio ocorrida (COSCIP, 2012; FONSECA, 2019; SANTOS, 2020).
38
(1) Branco: Água e Espuma (2) Amarelo: CO2 (3) Azul: Pó Químico
Figura 14 – Discos de sinalização dos extintores.
Fonte: http://www5.chesf.gov.br/Anexos/PB-SBRH-002-2014.pdf
Descrição da figura: Discos de sinalização dos extintores. (1) Disco do extintor de Água, nas cores
vermelho, branco e preto. (2) Disco do extintor de CO2, nas cores amarela, vermelho e preto. (3) Disco do extintor Pó
Químico, nas cores azul, branco e vermelho.
Caro(a) estudante, você sabia que “Quando falamos em projetos de incêndio, um dos
primeiros dispositivos em que pensamos é o sprinkler”? Os Sprinklers são equipamentos de
prevenção, pertencentes ao sistema fixo de proteção contra incêndios (NBR 10897:2020) e se diferem
um do outro por várias razões (FONSECA, 2019). Veja a seguir alguns exemplos de tipos de Sprinklers,
tais como a cor da ampola e as diferentes temperaturas associadas para cada cor.
39
Figura 16 – Sinalização de emergência.
Fontes: http://www.extin.co.mz/?it=category_grid_product&co=103
Descrição da figura: Sinalização de emergência (nas cores verde, vermelho, azul e branco).
Para terminar, chamo atenção de que nos projetos de incêndio, podem ser incluídos
inúmeros equipamentos e acessórios, tal como a porta corta-fogo - PCF, que é um dos equipamentos
de segurança essenciais contra incêndio, assim como os extintores. Também chamada de porta de
emergência, atua como um bloqueador, ela é resistente contra chamas, impede a passagem de fogo
ou fumaça para outros compartimentos e facilita a rota de fuga das pessoas do local. É um
equipamento essencial de prevenção e combate a incêndio. Veja a seguir um catálogo com fotos de
equipamentos, usados por brigadistas e bombeiros durante a ação de combate a incêndio.
40
Figura 17 – Equipamentos de combate a incêndio.
Fontes (1): https://www.wordfire.com.br/equipamentos-combate-incendio-preco
Fontes (2): https://pt.slideshare.net/KerginaldoMota/treinamento-de-brigada-de-incndio-39574907
Descrição da figura: Equipamentos de combate a incêndio, de confecção e cores variáveis (metal, couro e plásticos, nas
cores vermelho, amarelo, preta, branca e metálica (aço e bronze).
41
Caro (a) estudante, agora que você conhece como deve ser a Instalação dos Extintores.
Faça uma inspeção do extintor, de um local que você tenha acesso, com um check-list de algumas
perguntas básicas que podem ser usadas nessa tarefa, sugerimos que seja feita essa inspeção, pelo
menos 1 vez por mês. E postem suas respostas e comentários no fórum desta competência 2 no AVA.
Veja a seguir o Check-list:
•Estão nos locais que lhes foram destinados?
•Estão bem visíveis?
•Estão com a sua área e seu acesso livre?
• lacre está intacto?
•Selo de Lacrado do Cilindro?
•Apresentam danos Físicos?
•O manômetro está marcado pressão adequada?
OBS: Agora, que você já realizou o check-list, veja como usar corretamente o extintor de água.
42
Saiba Mais!
Caro(a) estudante, agora você pode ampliar os seus conhecimentos,
acessando o links abaixo. Veja um artigo sobre o “RISCO DE INCÊNDIO,
CAUSAS, PREVENÇÕES E CUIDADOS” e os Sistemas de proteção ativa contra
incêndios. Acesso os links:
Link: 1:
http://bra.ifsp.edu.br/ocs/index.php/concistec/concistec14/paper/download/
235/4
Link: 2: https://neoipsum.com.br/sistemas-de-protecao-ativa-contra-incendio/
43
Conclusão
Como já foi visto em outras disciplinas, os riscos ambientais existem nos mais variados
ambientes de trabalho ou do dia a dia, é de sua obrigação justamente tentar prevenir ou mitigar esses
riscos, como profissional da área de segurança do trabalho.
Mas a tragédia persiste, em que infelizmente, apesar de todos os esforços da equipe, os
acidentes continuarão acontecendo seja por falha de aplicações de medidas eficazes de saúde e
segurança do trabalho, por imprudência dos trabalhadores ou por fatalidades.
Sendo assim, você precisa estar sempre preparado para socorrer pessoas que estejam
dentro do ambiente de trabalho ou não, a qual se encontrem em situações de urgência e emergência.
Depois de adquirir os conhecimentos teóricos desta disciplina, assistindo as vídeos-aulas
e realizando todas as atividades, você estará em um processo de formação para atuar nos
atendimentos iniciais da Prevenção e combate a incêndios de área Urbana e Área Verde (mata e
floresta).
Não tenha medo!
Mantenha a calma!
Caso necessário solicite ajuda ao Corpo de Bombeiros Militar através do telefone (193)!
Aplique os conhecimentos dos quais você se apropriou e amplie o seu repertório com
mais pesquisas.
Agora, você poderá pôr em prática os conhecimentos adquiridos, atuando na mitigação
ou minimização de um incêndio.
44
Referências
ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Apresentação dos resultados dos
Testes de uso experimental e específico de biodiesel e suas misturas com óleo diesel em teores
diversos do autorizados em legislação. Relatório Técnico Nº 03/2014/SBQ/RJ. 25 de março de 2014.
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do mar e diesel S10 BX. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de
Pós-Graduação em Engenharia química. 2017, 160p.
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urbano. (MABOM-CIURB) 1 ed. Belo Horizonte: CBMMG, 2020. 540 p. il. 1. Corpo de Bombeiros
Militar de Minas Gerais. 2. Manual de Bombeiros Militar. 3. Incêndio urbano. 4. CIURB. 5. Combate a
incêndio urbano. I. Sousa, Moisés Magalhães de. II. Falcão, Gustavo Moraes. III. Dias Jr., Dilson Veloso.
IV. Firme, Paulo Henrique Camargos. V. Cruz, João Gustavo de Souza. VI. Grandi, Igor César. VII. Vidal
e Silva, Ágatha Iolanda. VIII. Neves, Weyber Silva. IX. Carvalho, Elen Roberta Costa. X. Lopes, Fabricio
Souza. XI. Andrade, Guilherme Augusto Oliveira de. XII. Costa, Vinicius Ferreira Marcelino. CDD 363.37
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in underground storage tanks with diesel service. U.S. Environmental Protection Agency Office of
Underground Storage Tanks. EPA: 510-R-16-001. Washington. July. 2016.
FARADAY, M. A história química de uma vela. As forças da matéria. Tradução de Vera Ribeiro, 1ª.
ed. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto Editora, 2003.
FLORES, Bráulio Cançado; ORNELAS, Éliton Ataíde; DIAS, Leônidas Eduardo. Fundamentos de
combate a incêndio. Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás. Goiânia - GO. Manual de
Bombeiros. 1 ª ed. 2016, 150p.
FONSECA, Maurício Gomes da. Prevenção e Combate a incêndio: Curso Técnico em Segurança do
Trabalho: Educação a distância / Mauricio Gomes da Fonseca – 2. ed. Recife – PE: Escola Técnica
Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019. 47p.:il. Inclui referências bibliográficas.
Material produzido em agosto de 2017 através de convênio com o Ministério da Educação (Rede e-
Tec Brasil) e a Secretaria de Educação de Pernambuco. 1. Prevenção contra incêndio. 2. Efeitos de
fogo. 3. Primeiros socorros. I. FONSECA, Maurício Gomes da. I. Título.
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registrados em 24 horas. Disponível em: <https://g1.globo.com/mt/mato-
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Minicurrículo do Professor
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