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Primeiros Socorros

Eraldo de Jesus Argôlo


Fabiana Roberta Alves de Matos Batista

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2020
Primeiros Socorros
Eraldo de Jesus Argôlo
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

2.ed. | Maio de 2021


Professor(es) Autor(es) Catalogação e Normalização
Eraldo de Jesus Argôlo Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista
Diagramação
Revisão Jailson Miranda
Eraldo de Jesus Argôlo
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Coordenação de Curso Renata Marques de Otero
Druzila Maria Lustosa da Cunha Manoel Vanderley dos Santos Neto

Coordenação Design Educacional Coordenação Geral


Deisiane Gomes Bazante Maria de Araújo Medeiros Souza
Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Izabela Pereira Cavalcanti
Jailson Miranda Escola Técnica Estadual
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Descrição de imagens Gerência de Educação a distância


Sunnye Rose Carlos Gomes
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6

1.Competência 01 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os Procedimentos de Atendimento Pré-


Hospitalar nos Casos De Acidentes ........................................................................................................ 8

1.1 Condutas gerais em primeiros socorros ................................................................................................... 10

1.2 Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR) ............................................................. 16

1.3 Desmaio .................................................................................................................................................... 23

1.4 Convulsão .................................................................................................................................................. 25

1.5 Ataque cardíaco ........................................................................................................................................ 27

1.6 Derrame: Acidente vascular cerebral (AVC) ............................................................................................. 28

1.7 Fratura óssea............................................................................................................................................. 28

1.8 Picada de animais peçonhentos ............................................................................................................... 31

1.8.1 Insetos .................................................................................................................................................... 31

1.8.2 Aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas ................................................................................................ 32

1.8.3 Cobra ...................................................................................................................................................... 35

2.Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento Pré-Hospitalar de


Emergência ........................................................................................................................................... 38

2.1 Hemorragia ............................................................................................................................................... 38

2.2 Queimadura .............................................................................................................................................. 43

2.3 Corpo estranho e asfixia ........................................................................................................................... 49

2.3.1 No olho ................................................................................................................................................... 49

2.3.2 No ouvido ............................................................................................................................................... 52

2.3.3 No nariz .................................................................................................................................................. 52

2.3.4 Objetos engolidos .................................................................................................................................. 52

2.4 Choque elétrico ......................................................................................................................................... 55

2.5 Intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas ...................................................................... 58


2.6 Doenças infectocontagiosas ..................................................................................................................... 61

2.6.1. Dengue, Zica, Chikungunya e Mayaro: doenças febris que te faz se contorcer (FIOCRUZ.BR, 2020;
MÉDICOS SEM FRONTERIAS; 2020). ............................................................................................................... 61

2.5.3 Infecções transmitidas pelo sangue ...................................................................................................... 64

2.5.4. Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados ................................................................................ 65

Conclusão ............................................................................................................................................. 76

Referências ........................................................................................................................................... 77

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 81

Eraldo de Jesus Argôlo .................................................................................................................................... 81

Fabiana Roberta Alves de Matos Batista ........................................................................................................ 81


Introdução
Estimado Estudante (a),
Bem-vindo à disciplina de primeiros socorros do curso Técnico em Segurança do Trabalho!
Neste material, você irá estudar como Conhecer e Selecionar Adequadamente os
Procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar nos Casos De Acidentes, assim como Utilizar os
Acessórios e Técnicas para o Atendimento Pré-Hospitalar de Emergência. Primeiramente, é
importante salientar, para o fato de que o e-book sozinho não é capaz de contemplar todos os tipos
de acidentes possíveis, nos locais de trabalho ou no dia a dia, e este está sujeito a frequentes
atualizações e revisões. Entretanto no cotidiano de trabalho laboral, você pode evitar a maioria dos
acidentes, os quais se caracterizam por serem qualquer acontecimento, desagradável ou infeliz, que
envolva dano, perda, sofrimento ou morte, pois é de vital importância que todo profissional tenha
conhecimento de como agir e aplicar medidas de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de Vida
(SBV) em situações de acidentes de urgência e emergência. Sendo assim, para cada tipo de situação
de acidentes de urgência e emergência deve-se sempre utilizar de forma adequada os conhecimentos
das técnicas de salvamento de vítima de acidentes ou de mal súbito.
Nesta disciplina de primeiros socorros, você estudante terá a oportunidade de estudar e
se capacitar, para pôr em prática o uso adequado das diversas técnicas de primeiros socorros, através
dos conhecimentos teóricos das técnicas de salvamento. Esta disciplina contempla duas
competências, onde, na 1ª semana (Competência 1), você irá estudar quais os atributos e
responsabilidades de um prestador de socorro e como atuar em situações de Reconhecimento
imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR), desmaio, convulsão, fratura e picada de animais
peçonhentos.
Na 2ª semana (Competência 2), será abordado sobre as sintomatologias (estudo e
interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente) e as condutas
em casos de vítima acometida por hemorragia, queimadura, corpo estranho e asfixia, choque elétrico,
intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas e doenças infectocontagiosas (Dengue, Zica,
Chikungunya e Mayaro, Infecções transmitidas pelo sangue – HIV e pandemia do Novo Coronavírus -
Covid-19, gripes e resfriados). A proveito para chamar atenção para as doenças infectocontagiosas
que apesar de não serem considerados como casos comum de acidentes, nos tempos atuais estão
acometendo muitas vítimas na sociedade.

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Para que isso seja possível, você futuro Técnico de Segurança do Trabalho, deverá se
empenhar ao seu máximo durante os seus estudos, para que os mesmos possibilitem a você ser um
profissional capaz na hora de agir sem medo para diminuir o sofrimento de uma vítima, evitar
complicações futuras e até mesmo salvar vidas. Recomendo a você estudante conhecer como
funciona na íntegra todo o curso e sempre, realizar as atividades semanais das competências,
avaliação da disciplina, participação nos fóruns de dúvidas e discussões, participação nos debates dos
destaques, participação no chat, etc.
Mãos à obra. Em busca de realizar seus sonhos?
Desejo a todos bons estudos e sucesso!

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Competência 01

1.Competência 01 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os


Procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar nos Casos De Acidentes
Caro(a) estudante seja bem-vindo à primeira semana da disciplina de primeiros socorros!
Nesta 1ª semana (Competência 1), você irá estudar às medidas gerais que possibilitam
um técnico de segurança do trabalho atuar como socorrista (aquele que prestará os primeiros
socorros à vítima), quais os atributos e responsabilidades de um prestador de socorro e como atuar
em situações de desmaio, convulsão, fratura e picada de animais peçonhentos. Para isto o mesmo
deverá sempre está em alerta, diante de um cenário de acidente, onde deverá tomar, decisões e
cuidados apropriados de como agir e aplicar medidas de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de
Vida (SBV) em situações de acidentes de urgência e emergência. Lembrando que, sempre que estiver
diante destes tipos de cenários de acidentes, você deverá atentar aos detalhes do fato ocorrido, e,
por fim, tomar decisões e cuidados, tendo como princípio inicial a sua própria saúde, integridade
física e mental como socorrista e depois assistência prestada à vítima de acidentes ou de mal súbito.
Os procedimentos de primeiros socorros, ou o Suporte Básico de Vida (SBV) é um
conjunto de medidas e procedimentos técnicos, cujo o objetivo é de manter o atendimento de vida
à vítima de acidentes, mal súbito ou uma situação que possa levar à vítima a uma morte súbita, que
provoca dor no peito e falta de ar devido a uma parada cardíaca; é essencial o socorro da vítima até
a chegada da equipe de emergência hospitalar, que deve ser rápido (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018; FERREIRA; GARCIA, 2001). Estes procedimentos de primeiros socorros permitem reconhecer os
primeiros sinais vitais da vítima de acidentes ou de mal súbito, assim como os sintomas de síndrome
coronariana aguda (SCA) que pode ser causado por um infarto agudo no coração, acidente vascular
cerebral (AVC) que é o rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia e outro caso
citamos o (OVACE) obstrução de vias áreas por corpo estranho, provocada por engasgamento. Deve-
se incluir as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) ou reanimação cardiorrespiratória (RCR)
nas vítimas de parada cardiorrespiratória e manobras de desobstrução de vias aéreas por corpo
estranho (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005).
Os procedimentos de emergências têm como objetivos manter as funções dos sinais vitais
(pressão arterial e batimentos cardíaco) e evitar o agravamento dos hematomas (machucados) ou
sintomas (perda da memória, contrações musculares intensas e tontura) da vítima ferida,

8
Competência 01

inconsciente ou em perigo de "risco de morte" ou, melhor ainda, "correr o risco de morrer", até que
ela receba assistência qualificada de um profissional da área da saúde. Este atendimento de
emergência, deve ser imediato e realizado por uma pessoa preferencialmente habilitada, isto é o
socorrista (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; FERREIRA; GARCIA, 2001).
De acordo com o dicionário Aurélio (2010), Urgência é a “qualidade do que é urgente;
necessidade imediata; aperto”. Em termos médicos (clínicos) uma emergência médica ocorre quando
há uma situação que não pode ser adiada, como machucado grave ou doença, que necessita ser
resolvida rapidamente por atendimento médico imediato, pois se houver demora, põe em risco a
sobrevivência da vítima ferida (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005).
Emergência é a circunstância que se faz necessária a intervenção imediata. Em situações
de emergência médica, a avaliação do machucado ou doença, deve ser realizada com um
atendimento médico imediato, objetivo e eficaz, pois é uma situação ou problema que põe em causa
a sobrevivência da vítima ferida (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; GIGLIO-JACQUEMOT, 2005).
Logo em breve, será abordado a respeito de como atuar em situações de acidentes de
urgência e emergência de algumas afecções como convulsão, desmaio, fratura e picadas de animais
peçonhentos. Principalmente, como elas atuam no corpo humano, quais os sinais e sintomas que a
vítima pode vir a apresentar e a conduta correta de primeiros socorros que se deve aplicar no
atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima de um acidente ou de um mal súbito, visando
sempre a “recuperação rápida” e “diminuição do sofrimento da vítima”.

Caro (a) estudante imagine que você esteja agora diante de uma situação de
acidente de uma vítima que foi picada por um animal peçonhento como cobra,
aranha, escorpião entre outros e que apresentou uma convulsão ou um desmaio.
Você saberia tomar às decisões corretas de primeiros socorros, visando a
“recuperação rápida” e “diminuição do sofrimento da vítima” de acidentes ou de
mal súbito?

Agora você irá estudar nessa 1ª semana (Competência 1) esses conhecimentos de


medidas gerais de primeiros socorros e em casos específicos de Reconhecimento imediato da Parada
Cardiorrespiratória (PCR), desmaio, convulsão, fratura e picada de animais peçonhentos como os
insetos, aranhas, escorpiões, abelhas, lacraias, lagartas, taturanas e cobras entre outros.

9
Competência 01

1.1 Condutas gerais em primeiros socorros

Nesta primeira semana (Competência 1) da disciplina de primeiros socorros, é de


fundamental importância compreender que às medidas gerais de primeiros socorros em situações de
acidentes de urgência e emergência, são procedimentos que devem ser aplicados a uma pessoa em
perigo ou risco de vida, visando manter, controlar, mitigar e monitorar seus sinais vitais, evitando
assim o agravamento, a “hospitalização longa“ ou “morte“ da vítima acidentada, até que ela receba
assistência definitiva de profissionais especialistas da área da saúde como os médicos e enfermeiros
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). A eficiência das aplicações
dos primeiros socorros é fundamental para a “recuperação rápida” e a diferença entre “vida e morte”
da vítima.

Os sinais vitais como a pressão arterial, pulso, temperatura, respiração e dor,


são sinais vitais que devem ser mantidos, controlados e monitorados, pois sua
ausência ou alteração pode indicar grave irregularidade temporária ou
permanente no funcionamento do organismo (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ,
2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

É recomendado que sempre após as condutas de primeiros socorros terem sido


realizadas, independentemente da condição da vítima acidentada, ou seja, por mais que ela aparente
estar bem, é necessário orientá-la a procurar um serviço especializado hospitalar ou clínica de
atendimento de emergência como as Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), para que sejam
realizados por profissionais especializados da área da saúde como os médicos e enfermeiros,
avaliações e exames mais aprofundados dos sinais vitais de todos os processos que ocorrem dentro
do organismo da vítima acidentada (SAUDE.GOV.BR,2020; MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018).
Você não deve temer ou entrar em pânico diante de uma situação de acidente de urgência
e emergência. Todo socorrista deve atender com serenidade, compreensão e confiança, pois como
primeiro passo, é fundamental passar uma sensação de calma e de controle da situação, visando
tranquilizar a vítima de acidentes ou de mal súbito. Você deve ter sempre em mente que, às medidas
gerais de primeiros socorros, são realizadas para salvar vidas, através da diminuição do sofrimento e

10
Competência 01

complicações futuras, como a “hospitalização longa “ou “morte “da vítima de acidentes ou de mal
súbito.
Caro(a) estudante chamo atenção para o fato de que os acidentes comuns do dia a dia ou
no ambiente de trabalho, não deveriam ocorrer com muita frequência, mas de uma forma geral estes
são um dos mais sérios problemas de saúde pública. Para você que irá atuar como profissional em
Segurança do Trabalho, tem como prioridade, tornar os ambientes insalubres (alto grau de perigos e
riscos) em ambiente salutar (baixo grau de perigos e riscos), através da aplicação e fiscalização das
Normas Regulamentadoras de segurança às (NR`S) podendo mitigar ou controlar as situações de
perigo ou riscos de acidentes, tornando os ambientes de trabalho mais salutar possível (MUNIZ,
2019). Lembrando que caso venha a ocorrer uma situação de acidente de urgência e emergência, a
empresa deverá ter um profissional ou uma equipe de socorristas capacitados, para agirem em
socorro às vítimas acidentadas. Estes procedimentos básicos para casos de emergências de primeiros
socorros, é bastante eficaz, pois evita gerar angústia, questionamentos sobre a capacidade individual
ou coletiva de conseguir mitigar o problema (sinistro ou acidente) e o medo na hora de atuar e
resolver uma situação de acidente de urgência e emergência (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES;
MOREIRA, 2018).
De acordo com os Aspectos Legais dos Primeiros Socorros, é sua obrigação moral, atuar
como socorrista, pois preexiste uma responsabilidade intrínseca com a função de Técnico de
Segurança do Trabalho e não pode deixar ou parar de socorrer, após iniciar o atendimento de socorro
(MUNIZ, 2019).
Apenas com a atitude de ligar para o Serviço de Atendimento de Médico de Urgência -
SAMU (192) solicitando o socorro, se manter calmo, bem como, acalmar a vítima e procurar ajuda, já
é uma forma de estar prestando atendimento à vítima acidentada. É como já foi falado, você com os
conhecimentos das condutas de primeiros socorros, pode salvar vidas (MUNIZ, 2019; SOUSA;
SIMÕES; MOREIRA, 2018).

Infelizmente, a omissão de socorro e a falta de atendimento básico de primeiros


socorros eficaz, são os principais motivos do sofrimento e complicações futuras,
como a “hospitalização longa“ ou “morte“ da vítima de acidentes ou de mal
súbito. ( SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019, SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

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Competência 01

Visando um atendimento de emergência eficaz, que não venha a agravar ainda mais a
saúde da vítima acidentada e nem do próprio sinistro (acidente), o socorrista deverá ter um
conhecimento teórico e treinamento prático das técnicas de salvamento, inteirar-se do ocorrido com
tranquilidade e rapidez, verificar os riscos para si próprio e para a vítima acidentada, e por fim nunca
se arriscar pessoalmente diante do sinistro (acidente) (BRASIL.GOV, 2020; MUNIZ, 2019; SOUSA;
SIMÕES; MOREIRA, 2018).

Prestador de socorro: Pessoa leiga (não habilitada), mas com o mínimo de


conhecimento capaz de prestar atendimento à uma vítima até a chegada do
socorro especializado.
Socorrista: Titulação utilizada dentro de algumas instituições, sendo de caráter
funcional ou operacional, tais como: Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha
Brasileira, Brigadas de Incêndio, etc. (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019;
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

Durante um atendimento de primeiros socorros e análise do quadro da gravidade da


vítima acidentada, deve-se sempre procura checar com bastante atenção tudo que se nota ao
examinar uma vítima, como os sinais vitais da pressão arterial, pulsação, alteração de temperatura
do corpo (frio ou quente), respiração e dor, além de outros aspectos visíveis que a pele ou as
pálpebras dos olhos pode a vim apresentar, como hematomas, palidez, suor frio e turvação visual,
além do mais todos os sintomas ou às anomalias do organismo da vítima, como pôr exemplos
náuseas, vômitos e tonturas, também deve ser observado (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018).
Observe as condutas gerais de primeiros socorros (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES;
MOREIRA, 2018):
• Quando se aproximar da vítima, verifique se há condições seguras para a prestação
do socorro, e se o local não apresenta mais riscos de acidentes, como por exemplo:
Fios elétricos soltos e desencapados; vazamento de gás; máquinas funcionando
(JANDAIADOSUL, 2015). É fundamental ter muita atenção nesta etapa, pois a
segurança do socorrista ou prestador de socorro precisa estar em primeiro lugar,
para não haver o risco de que ele venha a ser mais uma vítima acidentada;
• Avaliar o local do acidente;

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Competência 01

• Manter a calma e usar bom senso para organizar as ideias e conseguir atuar;
• Proteger a vítima do perigo.
• É importante transmitir para a vítima acidentada tranquilidade, confiança e
segurança, sempre mantê-lo informado que o serviço especializado está a caminho;
• Ligar para um atendimento especializado, como o SAMU que visualizamos a
ambulância na imagem a seguir (Na maioria das regiões do Brasil, os telefones de
emergência: SAMU – 192; Bombeiros – 193 e Polícia Militar – 190);
• Usar os conhecimentos e técnicas adquiridos sobre primeiros socorros;
• Agir rapidamente, porém dentro de seus limites e sem “pular” etapas;
• Não tentar fazer sozinho mais do que é possível, aceitar e até mesmo solicitar a
colaboração de outras pessoas. Em muitas situações será complicado agir sozinho;
• Saber improvisar, com os recursos disponíveis; procurar usar Equipamentos de
proteção individual – EPI como luvas de PVC ou borracha, óculos, viseiras de
segurança, máscaras, calçados de couro (botas ou sapatos) com ou sem biqueira de
aço, botas de PVC, vestimentas ou fardamentos (calça, camisa, batas ou jaleco do
tipo hospitalares), entre outros, para evitar contato direto com sangue ou outras
secreções.
• Afastar os curiosos.

Figura 01 - Ambulância do SAMU.


Fonte: https://www.e-farsas.com/samu-informa-acrescente-aa-emergencia-no-seu-celular.html
Descrição: A imagem mostra uma ambulância do SAMU, nas cores vermelho e branco e com sirene, parada em um
estacionamento.

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Competência 01

Caro(a) estudante, ao discar para o Serviço de Atendimento de Médico de Urgência -


SAMU (192) solicitando o socorro, você está ligando para uma central de regulação, onde se
encontram os profissionais treinados para realizar o atendimento e médicos que darão as orientações
de primeiros socorros por telefone. Estes profissionais definem o tipo de atendimento, o tipo de
ambulância e equipe adequada a cada caso de urgência (BRASIL.GOV, 2020; SOUSA; SIMÕES;
MOREIRA, 2018). Nos casos graves, será enviada uma USA (Unidade de Suporte Avançado), com
Médico e Enfermeiro, que avisa ao hospital público mais próximo, da urgência da continuidade do
atendimento (SAUDE.GOV.BR, 2020; WEBDICIONARIO, 2020).
Chamamos atenção, que durante o atendimento de primeiros socorros e análise do
quadro da gravidade da vítima, não deverá ser fornecido medicamentos de forma alguma e as
condutas invasivas ou imprudentes não devem ser realizadas. A finalidade do atendimento de
primeiros socorros é preservar a vida, restringir os efeitos da lesão e promover a recuperação da
vítima!
Observe as condutas gerais para a remoção e resgate de vítima de acidentes ou de mal
súbito:
Pode-se adotar como regra básica, a não remoção da vítima do local do acidente (sinistro)
até que todo o processo de remoção tenha sido devidamente organizado, isto é, se tenha acesso a
um veículo do Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192). No entanto a remoção
de emergência e urgência deverá ser feita se: Houver perigo de incêndio ou incêndio (fogo intenso);
Presença de materiais perigosos ou explosivos; O local do acidente oferecer perigo a vítima ou ao
socorrista; A ambulância não puder chegar ao local (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
A Norma Regulamentadora de segurança – NR 07, estabelece a obrigatoriedade de
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO,
com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores
(GUIATRABALHISTA, 2020). A Norma Regulamentadora de segurança – NR 07, em seu item 7.5.1
preconiza que todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, isto é, o grau e tipo
de risco que atividade de produção industrial está classificada. O material deve ser guardado ou

14
Competência 01

mantido em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para utilizá-lo (GUIATRABALHISTA,
2020).
A Norma Regulamentadora de segurança – NR 32, estabelece que Serviço de Saúde seja
“qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população como às unidades
de atendimentos (centro de saúde, ambulatório de convênio, etc) ou Unidade de Pronto Atendimento
(UPA)” (TRABALHO.GOV, 2020). As UPAs funcionam 24h e são integrantes do componente hospitalar
fixo (SAUDE.GOV.BR, 2020).

Caro(a) estudante, gostaria que neste momento respondesse. Quais são os


materiais ou utensílios de primeiros socorros? Caso você precisasse realizar um
atendimento a uma vítima de acidente, quais são os materiais ou utensílios que
você acharia que seria necessário conter em uma caixa de primeiros socorros?

Na Caixa de primeiros socorros podem ter vários itens (materiais ou utensílios) mantidos
limpos e secos, mas alguns devido a sua importância não podem faltar, pois são considerados
fundamentais para realizar um atendimento a vítima de acidente, como por exemplos: sabão neutro,
açúcar, saco plástico, algodão, gaze, esparadrapo, compressa de gaze, curativos adesivos, tesoura,
atadura, soro fisiológico, luvas de látex, pinça, lente de aumento (lupa), lanterna pequena e pilhas
reservas, fósforos, manta térmica, pacote de gelo químico, termômetro oral e retal e talas para
imobilização, de tamanhos variados (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013; UNIFENAS, 2007).

Figura 02 - Caixa de primeiros socorros.


Fonte: https://www.americanas.com.br/produto/34840358/maleta-caixa-primeiros-socorros-de-medicamentos
Descrição: A imagem mostra uma maleta branca com gaze, esparadrapo, algodão e outros materiais para prestação de
primeiros socorros.

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Competência 01

1.2 Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR)

Caro(a) estudante, você sabe fazer um reconhecimento imediato da parada


cardiorrespiratória (PCR)? Alguma vez na vida você já apresentou ou presenciou
alguém se sentindo mal, devido à falta de ar (oxigênio) nos pulmões?

O Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR), ocorre quando o


coração não consegue bombear sangue suficiente para manter o cérebro e demais órgãos
funcionando. A pessoa fica inconsciente e sem respiração (falta de ar ou oxigênio), faz-se necessária
a reanimação cardiopulmonar precoce, com ênfase na combinação da ventilação artificial com
compressões torácicas externas sobre o peito da vítima e rápida desfibrilação com uso do
desfibrilador externo automático (DEA) (EXTRA.GLOBO, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
As condutas gerais de primeiros socorros a vítima de parada cardiorrespiratória – (PCR),
(MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018):

• Diagnóstico inicial da vítima:


Verifique se:
A vítima está consciente?
A vítima apresenta pulso?
A vítima está respirando?
A via aérea da vítima está desobstruída?

• As novas diretrizes da Associação Americana do Coração (American Heart Association


– AHS; 2015) sugere a sequência:

1. Massagem cardíaca; 2. Desobstrução de vias aérea; 3. Boa ventilação.

16
Competência 01

PASO A PASO DA MASSAGEM CARDÍACA

Figura 03 - Passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca).


Fonte: (EXTRA.GLOBO, 2020).
Descrição: A imagem mostra o passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca), onde
temos no item 2, uma socorrista telefonando para o SAMU (192) e verificando se a vítima não respira e não reage.

17
Competência 01

Figura 04 – Continuação do passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem cardíaca).
Fonte: (EXTRA.GLOBO, 2020).
Descrição: A imagem mostra a continuação do passo a passo para a realização de compressões torácicas (Massagem
cardíaca), onde temos no item 4, uma socorrista com os braços, palmas das mãos e dedos estendidos e posicionados na
linha mamilar (sobre o peito) da vítima, para realizar a compressões torácicas.

Segundo o novo protocolo de salvamento de vítimas de parada cardíaca da Associação


Americana do Coração (American Heart Association – AHS; 2015), inclui só apenas a compressão
torácica e não mais a respiração boca a boca (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

• Abra as vias aéreas, só em casos de urgência e emergência clínica (SOUSA; SIMÕES;


MOREIRA, 2018).

Em caso de vítima de PCR clínica, fazer a hiperextensão do pescoço (Inclinação da Cabeça


e Elevação do Queixo) da vítima; em caso de vítima de PCR pós trauma (depois do PCR), NUNCA fazer
a hiperextensão do pescoço da vítima; colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e a outra com
as pontas dos dedos na mandíbula; a mão que estiver espalmada na testa será a responsável pela
maior parte da força, apenas para apoio e direção (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

18
Competência 01

Figura 05 – Situação de primeiros socorros de abertura das vias aéreas.


Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: A imagem representa duas situações (A e B), primeira (A) mostra um manequim representando uma vítima
com dificuldade de respirar, a segunda (B) mostra as mãos de um socorrista realizando uma abertura das vias aéreas,
onde um manequim (vítima) está deitado de frente do socorrista, que coloca as mãos sobre a cabeça da vítima, para
realizar a “manobra da mandíbula”.

• Abertura de via aérea em casos de trauma

Para abertura de via aérea em casos de trauma, o socorrista deverá se colocar atrás da
cabeça da vítima, apoiando os cotovelos sobre a superfície na qual ela está deitada. Se a boca da
vítima permanecer fechada, o queixo e o lábio inferior dever ser retraídos com o auxílio dos
polegares. A “manobra da mandíbula” é indicada só quando há SUSPEITA DE TRAUMA da coluna
cervical (músculos do pescoço) com a base do crânio (cabeça). Deve-se realizar sem dorso (flexão ou
movimentação excessiva do tronco e cabeça). Se após fazer estas medidas a respiração não voltar
espontaneamente, deve-se continuar a sequência do atendimento (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018;
SZPILMAN, 2010).

Figura 06 – Situação de primeiros socorros de abertura das vias aéreas em casos de trauma.
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: A imagem representa uma situação de abertura das vias aéreas em casos de trauma, onde mostra um

19
Competência 01

manequim (vítima) com dificuldade de respirar e dois socorristas com as mãos realizando uma abertura das vias aéreas
em casos de trauma, o manequim (vítima) está deitado de frente dos socorristas, que coloca as mãos sobre a cabeça da
vítima, para realizar a “manobra da mandíbula com elevação do queixo e com estabilização de coluna”.

• Verifique se há respiração (espere 3-5 segundos)


• Ventilação artificial: É a técnica de ventilação de emergência que pode salvar vidas.
Você pode realizar a ventilação artificial utilizando às máscaras de Bolso, Ambu e
Ressucitation face Shield.

Figura 07 – Modelos de máscara utilizadas para realizar ventilação artificial.


Fonte: (ESCOLAELECTRA, 2010).
Descrição: A foto mostra três modelos de máscara utilizadas para realizar ventilação artificial, a primeira é uma Máscara
de bolso, a segunda é uma Máscara de Ambu e a terceira máscara de Resuscitation face shield.

• Técnica de ventilação com Ambu


Escolher a máscara facial compatível com o rosto da pessoa, evitando produzir
vazamento, mesmo se aplicadas de forma correta; conectar o Ambu à fonte de oxigênio; estabilizar
a coluna cervical com joelhos; aplicar pressão na máscara em direção à face do indivíduo, com o
polegar e o dedo indicador; apreender a mandíbula com o restante dos dedos e tracioná-la
anteriormente de forma a abrir a via respiratória; realizar a extensão da cabeça, se não houver
contraindicação; aplicar pressão no reservatório com a outra mão, de modo a oferecer o volume do
reservatório em um segundo; e após permitir a expiração, manter a frequência respiratória indicada
para o caso (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2016).

20
Competência 01

Figura 08 – Técnica para ventilação com respirador manual, utilizando reservatório e máscara facial.
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: A imagem representa uma situação demonstração da Técnica para ventilação com respirador manual,
utilizando reservatório e máscara facial, onde mostra um manequim (vítima) com dificuldade de respirar, posicionado
na frente de um socorrista ajoelhado, que está com a mão direita sobre a face da vítima e a esquerda sobre uma
Máscara de Ambu, realizando uma ventilação artificial.

O Desfibrilador Externo Automático – DEA, é um equipamento eletrônico portátil, cujo a


função é identificar o ritmo cardíaco (pulsação), realiza a leitura automática por pás adesivas que são
fixadas no tórax da vítima. É recomendado que o socorrista faça um curso de Suporte Básico em
parada cardíaca. Após ligado, ele dá instruções verbais para serem executadas. Identifica
automaticamente o ritmo cardíaco normal e as arritmias (anormais) potencialmente letais (de morte)
(Fibrilação Ventricular- FV e Taquicardia Ventricular- TV) (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018). O DEA é bastante usado nos PCRs de adultos, com ritmo inicial de Fibrilação Ventricular (FV)
ou Taquicardia Ventricular (TV) com ausência de pulsação, portador de desfibrilação precoce e
necessidade da compressão torácica. Nesta situação, se você for habilitado e tiver à sua disposição o
DEA, recomendo utilizá-lo (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018). A seguir as etapas
recomendadas durante atualização do aparelho DEA.

1. Posicionar as placas no tórax do paciente, conforme a indicação nelas existente; 2. Ligar


o aparelho, ele fará uma análise da situação da vítima e dará as instruções como: a) continue as
compressões ou; b) compressões ineficientes (isso quer dizer que precisa de mais vigor e velocidade)
ou; c) afaste-se, para que o equipamento efetue o choque (ANVISA, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018).

21
Competência 01

Figura 09 – Foto de manequim (Boneco adulto) com o Desfibrilador Externo Automático fixadas no tórax – DEA.
Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: Boneco adulto com o Desfibrilador Externo Automático fixadas no tórax – DEA usados nos treinamentos
práticos de Parada Cardiorrespiratória - (PCR).

Figura 10 – Imagem anatômica do coração.


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: Imagem anatômica do coração, mostrando uma condução sanguínea normal.

Figura 11 – Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) normal.


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) normal, mostrando os sinais de ritmo
normal.

22
Competência 01

Figura 12 – Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) anormal.


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: Imagem do resultado da análise de Taquicardia Ventricular (TV) anormal, mostrando os sinais de ritmo
anormal.

Figura 13 – Imagem do resultado da análise de Fibrilação Ventricular- FV (anormal).


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: Imagem do resultado da análise de Fibrilação Ventricular- FV (anormal), mostrando os sinais de ritmo
anormal.

ATENÇÃO: O DEA NÃO FUNCIONARÁ EM CASO DE PARADA


CARDIORRESPIRATÓRIA - PCR, ele só funciona em casos de fibrilação ventricular
- FV e taquicardia ventricular - TV. Portanto, após a análise do ritmo cardíaco, se
ele não comandar um choque, inicie e mantenha a massagem cardiaca, até a
chegada de uma equipe de emergência (Sousa; Simões; Moreira, 2018).

1.3 Desmaio

Caro(a) estudante, alguma vez na vida você já apresentou ou presenciou alguém


com as seguintes sintomatologias de desmaio como: escurecimento da visão,
suor abundante, palidez, falta de forças, relaxamento muscular, pulso fraco,
respiração superficial e perda da consciência?

A maior parte das pessoas ou já apresentou ou presenciou alguém com as sintomatologias


de desmaio propriamente dito ou pelo menos uma sensação de que estaria prestes a desmaiar.

23
Competência 01

O desmaio pode ocorrer repentinamente ou precedido de sinais de avisos como a perda


dos sentidos, tontura, ver pontos escuros, náuseas, palidez e sudorese; o desfalecimento que em
geral não ultrapassa uns cinco minutos. Um indivíduo pode vim a desmaiar devido a fatores
emocionais, quando o fluxo sanguíneo ou oxigênio para o cérebro é interrompido e falta de glicose.
Dentre as muitas causas que geram estes fenômenos sintomatológicos de desmaio, pode-se citar o
excesso de calor, a fadiga e o jejum prolongado (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018
UNICAMP, 2013).
Observe as condutas gerais de primeiros socorros a vítima de desmaio (MUNIZ, 2019;
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013):
• Afaste a vítima de local que proporcione perigo, como escadas e janelas;
• Sente-a, abaixe a cabeça e faça leve pressão na nuca para baixo ou deite-a de barriga
para cima e eleve as pernas acima do tórax, para que a cabeça fique mais baixa em
relação ao restante do corpo e o cérebro receba um aporte sanguíneo maior, como
se observa na imagem a seguir;
• Vire a cabeça da vítima de lado para facilitar a respiração e evitar que a aspiração de
secreções que possam sufocar.
• Afrouxe as roupas da vítima para melhorar a circulação e mantenha o local arejado;
• Quando a vítima retomar a consciência, não permita que se levante sozinha por, pelo
menos por 10 minutos, oriente a vítima a permanecer sentada, antes de ficar em pé,
para evitar um novo desmaio;
• Não é recomendado sacudir a vítima para despertá-la de forma brusca e nem jogar
água no rosto sobre ela, pois pode causar afogamento por falta de reflexos.
• Caso ela demore para despertar, chame por ajuda e ligue para o serviço de
emergência de saúde (SAMU – 192) e siga corretamente as recomendações.

24
Competência 01

Figura 14 - Conduta em situação de desmaio.


Fonte: https://md.uninta.edu.br/geral/primeirossocorros/#/frequencia-respiratoria
Descrição: A imagem mostra uma vítima de desmaio sentada em uma cadeira com a cabeça baixa, realizando uma leve
pressão na nuca.

Figura 15 - Conduta em situação de desmaio.


Fonte: https://firstaid2015.wordpress.com/2015/10/29/perda-subita-de-consciencia-lipotimia/
Descrição: A imagem mostra uma prestadora de socorro colocando as pernas de uma vítima de desmaio, que está
deitada no chão de barriga para cima, em cima de uma cadeira.

Caso a vítima de desmaio não esteja como os seus sentidos recuperados em


torno de 5 minutos, pegue um copo e faça uma mistura, com um pouco de água
e muito açúcar e depois coloque abaixo da língua da vítima. O açúcar contém
glicose, que deverá fornecer energia para o organismo da vítima acidentada.

1.4 Convulsão

Caro(a) estudante, você já presenciou, assistiu em vídeos de internet ou televisão, e até


mesmo ter ouvido relatos de pessoa em crises de convulsão. Esta pessoa pode apresentar durante
uma crise inúmeras contrações involuntárias de vários músculos do corpo, causadas por alterações

25
Competência 01

nas funções cerebrais. Em geral as crises de convulsão não duram mais do que cinco minutos e têm
início súbito, baixo índice de mortalidade (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019).
As crises de convulsão nas crianças, pode esta relacionadas na maioria das vezes a
epilepsia (afecção que se manifesta por crises de perda da consciência) e altas temperaturas. Mas
também pode ser provocada por outros fatores como a desidratação grave, tumores cerebrais,
intoxicação ou reação a medicamentos e a hipoglicemia severa que é um distúrbio provocado pela
baixa concentração de glicose no sangue, esta substância glicose (é um carboidrato (açúcar) do tipo
monossacarídeo de fórmula molecular: C6H12O6) é a principal fonte de energia para os organismos
vivos, encontrada em plantas e nos seus frutos (SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019).
Os sinais e sintomas da convulsão geralmente estão relacionados a → sensação de “dejà
vu”, inconsciência, perda da memória, contrações musculares intensas, dentes cerrando, grande
produção de saliva. A vítima de convulsão, também poderá vir a ter vômito, urina e defecação
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MUNIZ, 2019).

A vítima de convulsão pode ter sensação de dejà vu antes de convulsionar. A


sensação de dejà vu pode leva a vítima de convulsão, ter a sensação de ver locais
estranhos, se tornarem familiares ou quando a vítima sempre que sente um
gosto ou cheiro estranho (MUNIZ, 2019). Quando essa sensação de dejà vu
ocorre, ela já sabe que pode sofrer uma convulsão.

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima de convulsão (MUNIZ, 2019;


SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018):
• Primeiramente deve-se deitar a vítima para evitar quedas e traumas;
• Remova os objetos da vítima e do ambiente para evitar que ela se machuque;
• Proteja a cabeça da vítima com as mãos, travesseiros ou panos;
• Vire a cabeça da vítima com o objetivo de drenar secreções e promover melhor
abertura das vias aéreas;
• Afrouxe as roupas da vítima, arejar o ambiente e afastar curiosos;
• Reduza a estimulação sensória, como luzes e barulhos;
• Permita que a pessoa descanse após a crise;
• Não colocar a mão (dedos) e sal na boca da vítima;
• Não imobilize os membros da vítima.

26
Competência 01

• Não ofereça água e alimentos logo após a crise.

Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido às condutas gerais


que o prestador de primeiros socorros deve proceder diante de vítima em
estado de convulsão? Agora você pode ampliar um pouco mais o conhecimento
acessando os links destes vídeos abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=c6INfcHX6-E
https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg

1.5 Ataque cardíaco

Um ataque cardíaco ocorre quando há uma redução drástica ou interrupção do sangue a


uma parte do músculo estriado cardíaco que é o tipo de tecido muscular que forma as camadas
musculares do coração, conhecida por miocárdio, essa redução é provocada pela obstrução e
espasmos (contração muscular involuntária) em uma das artérias coronarianas que fornecem sangue
ao coração. As razões da obstrução são os depósitos de gordura ao longo da parede interna da artéria
coronariana, onde ocorre a circulação do sangue nos vasos sanguíneos do músculo cardíaco
miocárdio (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).
Os sinais e sintomas de ataque cardíaco são: Pressão desconfortável, sensação de estar
cheio, aperto, ou dor no centro do peito com duração de 2 minutos ou mais, podendo iniciar e parar;
A dor pode espalhar-se para um dos ombros, pescoço, mandíbula inferior ou braços; fraqueza,
tontura, suor, náusea, respiração curta (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018;
UNICAMP, 2013).
Caro(a) estudante, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de ataque cardíaco
não é muito fácil de reconhecer, mas se você suspeitar que estar diante de uma vítima que
apresentam os sinais e sintomas de ataque cardíaco, é recomendado procurar ajuda médica
imediatamente (SAMU – 192) ao invés de esperar. A remoção da vítima de um ataque cardíaco, não
se faz necessária, a menos que seja para posicioná-la no chão ou assoalho, visto que o atendimento
de primeiros socorros deve ser realizado sobre uma superfície sólida (SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA;
SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).

27
Competência 01

1.6 Derrame: Acidente vascular cerebral (AVC)

O Derrame ou Acidente vascular cerebral (AVC) ocorre por causa de obstrução nas
artérias cerebrais, levando à sintomas que dependem da área do cérebro atingida, mas em geral são:
cefaleias intensas, caracterizada por crises de dor intensa, latejante, que geralmente acomete apenas
um lado da cabeça (mas pode acometer os dois lados); fraqueza ou torpor súbitos na face, braço e
perna de um lado do corpo; perda da consciência; dificuldade para falar ou para entender palavras;
diminuição ou perda da visão, em um só olho; pupilas desiguais; tontura, falta de firmeza nas pernas
ou quedas; dor de cabeça repentina muito forte, e muitas vezes, a pessoa pode desmaiar (TUASAUDE,
2020; SAUDE.GOV.BR, 2020).
Caro(a) estudante, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de derrame não é
muito fácil de reconhecer, mas, se você suspeitar que está diante de uma vítima que apresenta alguns
desses sinais falados anteriormente, é recomendado procurar ajuda médica imediatamente (SAMU
– 192) ao invés de esperar, para evitar sequelas graves, como ficar paralisado ou não falar e, em
alguns casos, podem permanecer para toda a vida, diminuindo a qualidade de vida da pessoa.

1.7 Fratura óssea

A fratura óssea ocorre quando há uma ruptura total ou parcial de qualquer osso, que em
geral pode ser provocado devido à queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o
osso suporta. O primeiro socorro às vítimas de acidente com fraturas óssea, consiste em impedir o
deslocamento das partes quebradas, evitando assim o aumento da gravidade da lesão (MUNIZ, 2019;
UNICAMP, 2013).
A fratura óssea pode ser classificada em:
• Fechada ou interna – sem exposição óssea, a pele fica intacta.
• Aberta ou exposta – o osso está ou esteve exposto, atravessou a pele.
Uma vítima de acidente com fratura óssea pode apresentar em geral a seguinte
sintomatologia → deformações, edema, espasmo da musculatura, feridas, dor à manipulação,
crepitação óssea, incapacidade de movimentação, diminuição da sensibilidade e dormência ou
formigamento, palidez e redução da temperatura no membro afetado (MUNIZ, 2019; UNICAMP,
2013).

28
Competência 01

Edema: acúmulo anormal de líquido nos tecidos do corpo, popularmente


chamado de inchaço (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013).
Espasmo da musculatura: contração involuntária e súbita de um músculo
(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013).
Crepitação óssea: estalido provocado por ossos fraturados (MUNIZ, 2019;
UNICAMP, 2013).

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado fratura óssea


(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013):
• Avaliar a segurança do local;
• Evitar movimentar a área fraturada;
• Expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário o caso retirar ou cortar a roupa);
• Preocupar-se sempre em checar a presença de pulso e sensibilidade próximos ao
local;
• Aplicar compressa fria (reduz o edema, a dor e a progressão do hematoma);
• No caso das entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o local
lesionado;
• No caso das fraturas abertas, controlar eventual hemorragia antes de iniciar a
imobilização;
• Imobilizar a região (fraturas, entorses e luxações) com tala moldável e atadura. O
aparelho de imobilização deve atingir as duas articulações próximas à fratura (acima
e abaixo), visando estabilizar o local lesionado, evitando qualquer movimento da
parte atingida. Amarre as talas com ataduras de forma firme, mas sem apertar;
• Observar a pulsação nas extremidades dos membros, para verificar se a tala não ficou
muito apertada impedindo a circulação;
• Não tentar colocar o osso no lugar;
• Não oferecer alimento ou água à vítima, pela possibilidade de cirurgia;
• Transportar imediatamente a vítima ao atendimento hospitalar.

Abaixo observa-se as imagens que demonstram como realizar algumas imobilizações.

29
Competência 01

Figura 16 - Imobilização do braço.


Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf
Descrição: A imagem mostra um adulto em três momentos. No primeiro demonstrando ele com um pano na cor
vermelha, passado pelo pescoço e envolvendo o braço lecionado e no segundo com uma tala gessada e um pano para
realizar uma imobilização de braço, no terceiro a imobilização feita tendo o segundo pano na cor laranja, passado pelas
costas e envolvendo o braço sustentando a tala.

Figura 17 - Imobilização da mão e do antebraço.


Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf
Descrição: A imagem mostra a imobilização da mão e do antebraço de um adulto em quatro momentos. No primeiro o
braço está apoiado sobre um suporte rígido, no segundo panos na cor azul, envolvem o braço em duas voltas, no
terceiro momento é dado a terceira volta e o suporte em três pontos e no quarto a imobilização está pronta com o
braço devidamente fixado no suporte rígido pôr panos amarrados em três alturas diferentes.

30
Competência 01

Figura 18 - Imobilização da perna.


Fonte: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf
Descrição: A imagem mostra uma vítima com uma imobilização completa do pé e da perna, abordando toda a extensão
dos membros.

Caro(a) estudante, espero que tenha gostado e entendido às condutas gerais


que o prestador de primeiros socorros deve proceder diante de vítima
apresentado fratura óssea. Agora você pode conhecer um pouco da realidade
de situações de fraturas ósseas em um ambiente de trabalho? Acesse o link
abaixo e faça a leitura do artigo científico “Acidentes e agravos à saúde dos
idosos nos ambientes de trabalho”.
https://www.researchgate.net/profile/Maria_Marziale/publication/242165751
_ACCIDENTES_Y_AGRAVIOS_A_LA_SALUD_DE_LOS_ANCIANOS_EN_LOS_AMBIE
NTES_DE_TRABAJO/links/0c96053888eb83ba13000000.pdf?inViewer=0&pdfJs
Download=0&origin=publication_detail

1.8 Picada de animais peçonhentos

Muitas espécies de animais peçonhentos estão presentes na flora brasileira, entre estes
serão destacados no estudo, as espécies de animais peçonhentos como os insetos: aranhas,
escorpiões, abelhas, lacraias, lagartas taturanas e cobras, entre outros. Essas espécies de animais
possuem mecanismos de defesa que contém peçonhas ou venenos, as quais pode causar dor,
intoxicação e, se não houver uma ação imediata de primeiros socorros, a situação pode se agravar
até a morte da vítima infectada (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003).

1.8.1 Insetos

A vítima de picada de insetos peçonhentos como por exemplo às abelhas e formigas, em


geral pode apresentar no local da picada dor, coceira, edema e pápulas. Em casos de maior gravidade,
a vítima pode apresentar reações de caráter sistêmico com a presença de edema das vias

31
Competência 01

respiratórias e consequente insuficiência respiratória aguda, caracterizada pelo aparecimento de


disfunção súbita do sistema respiratório, comandado pelos pulmões, que é responsável por fazer a
troca de gás carbônico por oxigênio no organismo humano (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003).
As condutas indicadas que o prestador de primeiros socorros pode realizar em casos de
vítima de picada de insetos peçonhentos são, a retirada do ferrão com uma pinça e aplicação de gelo
no local. Deve-se tomar uma atenção especial para os casos de picadas múltiplas, pessoas alérgicas e
picadas na boca ou garganta (devido ao risco de asfixia), que necessitam de cuidados especiais e
encaminhamento a serviços especializados do Serviço de Atendimento de Médico de Urgência -
SAMU (192) e hospitais de pronto atendimento de emergência.

Pápulas: pequenas elevações ou lesão sólidas e limitadas na pele, com menos


de 1 cm de diâmetro.
Asfixia: dificuldade ou incapacidade de respirar.

1.8.2 Aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas

Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições
naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de
dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros
(SAUDE.GOV.BR, 2020). A vítima de picada de aranha, lacraias, lagartas e escorpião pode apresentar
náusea, vômito, dor, dormência local, edema e suor abundante. Nos casos que envolva vítima de
picada de aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas, é fundamental que a vítima seja mantida em
repouso e seja imediatamente transportado para uma unidade de serviços especializados do Serviço
de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto atendimento de
emergência para aplicação do soro específico de cada espécie de animal peçonhento, caso seja
necessário. A gravidade do acidente está diretamente relacionada à proporção entre a quantidade
de veneno injetado e a massa corporal da vítima picada (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003).
Se possível, levar ao Serviço de Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou
hospitais o animal peçonhento que provocou o acidente para identificação adequada da espécie.
Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de
(SAUDE.GOV.BR, 2020; MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2016):

32
Competência 01

• Serpentes;
• Escorpiões;
• Aranhas;
• Lepidópteros (mariposas e suas larvas);
• Himenópteros (abelhas, formigas e vespas);
• Coleópteros (besouros);
• Quilópodes (lacraias);
• Peixes peçonhentos e venenosos; (baiacu, bagres, arraias e tubarões)
• Cnidários ou celenterados (filo Cnidaria) (águas-vivas e caravelas).

Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de
envenenar as vítimas.

Figura 19 – Aranha Viúva negra.


Fonte: https://www.hipercultura.com/conheca-as-5-aranhas-mais-venenosas-do-brasil/
Descrição: A imagem mostra uma Aranha Viúva negra de cor marrom com manchas vermelhas sobre um galho de
árvore.

33
Competência 01

Figura 20 – Escorpião.
Fonte: https://www.meusonhar.com.br/sonhar-escorpiao/
Descrição: A imagem mostra um escorpião marrom em um terreno arenoso.

Figura 21 – Lacraia.
Fonte: http://www.vitalbrazil.rj.gov.br/lacraias.html
Descrição: A imagem mostra uma lacraia marrom sobre um tronco de árvore.

34
Competência 01

Figura 22 – Lagarta taturana.


Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/perigo-no-tronco-das-arvores/
Descrição: A imagem mostra uma lagarta taturana verde sobre uma folha de árvore.

1.8.3 Cobra

As picadas de cobras em geral são reconhecidas pela marca dos dentes na pele, pela dor
e pelo edema (lesão) que é formado no local afetado. Toda picada de cobra, mesmo sem qualquer
sintoma, merece atendimento médico em unidades de serviços de saúdes, visando sempre a
identificação da espécie, e caso necessário para uma espécie peçonhenta, o soro de tratamento
antiofídico específico (MUNIZ, 2019; FIOCRUZ, 2003).

Figura 23 – Cobra coral.


Fonte: https://radiofraiburgo.fm.br/crianca-e-picada-por-cobra-coral-enquanto-brincava-com-amigos-em-concordia/

35
Competência 01

Descrição: A imagem mostra uma cobra coral com as cores vermelho, branco e preto em um terreno arenoso.

Caro(a) estudante, agora você pode conhecer um pouco mais sobre acidentes
por animais peçonhentos. Acesse o link abaixo e faça a leitura da reportagem
“Goiás registra mais de 6 mil acidentes por animais peçonhentos em 2018; Saúde
faz alerta”. Fonte: Dia online; Acesso em: 04 de abril de 2019.
Disponível em: https://diaonline.ig.com.br/2019/01/18/goias-registra-mais-de-6-
mil-acidentes-por-animais-peconhentos-em-2018-saude-faz-alerta/

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima de picada de cobras (MUNIZ,


2019; FIOCRUZ, 2003):
• Manter a vítima calma e em repouso (para dificultar a circulação e absorção do
veneno);
• Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de edema
do membro afetado;
• Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
• Realizar um curativo ou cobrir o local com um pano limpo;
• Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro
antiofídico;
• Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o
soro específico. Não se arrisque ou perca tempo caçando o animal.
• Não remover o veneno por meios mecânicos, nem cortar o local da ferida, para fazer
sangria;
• Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue, isso pode causar morte do
tecido local e não é eficaz;
• Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois pode provocar infecção.

Por fim caros(as) estudantes, agora será finalizado a primeira semana (Competência 1) da
disciplina de primeiros socorros. Agora vocês já possuem conhecimentos e estão aptos para prestar
atendimento de primeiros socorros às vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR), desmaio,
convulsão, fraturas e picadas de animais peçonhentos. Nesta primeira semana (Competência 1) foi
possível demonstrar de forma simples que com os conhecimentos das condutas de primeiros

36
Competência 01

socorros, vocês podem ajudar a modificar a cena de um acidente, mitigar ou minimizar as sequelas
negativas temporárias ou permanentes e promover melhoras na qualidade de vida das vítimas de
acidentes.

Caro(a) estudante, agora vá ao AVA e assista a vídeo aula desta primeira


semana (Competência 1)! Nesta será mostrado e ensinado cada passo de um
socorrista no atendimento de primeiros socorros a uma vítima aparentemente
desacordada. Também será falado, a respeito de parada cardiorrespiratória e
todos os seus procedimentos e atualizações.

37
Competência 02

2.Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento


Pré-Hospitalar de Emergência
Nesta segunda semana (Competência 2) da disciplina de primeiros socorros, você irá
estudar mais algumas situações de acidente de urgência e emergência que podem acometer qualquer
pessoa diariamente durante sua jornada de trabalho ou não. Agora você pode estudar as
sintomatologias e as condutas de primeiros socorros em casos de vítima acometida por hemorragia,
queimadura, corpo estranho no olho, no ouvido, no nariz, objetos engolidos que provocam asfixia,
choque elétrico, intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas e doenças
infectocontagiosas (Dengue, Zica, Chikungunya e Mayaro, Infecções transmitidas pelo sangue – HIV
e pandemia do Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados). Você vai poder abordar, entender
e aprender quais as causas, os sinais e sintomas dessas afecções e as condutas de primeiros socorros
que se deve aplicar em cada caso.

Caro(a) estudante, certamente você já sofreu ou presenciou alguma vítima de


queimadura ou hemorragia. Como deve-se agir diante desses casos? Quais as
atitudes adequadas de primeiros socorros nessas situações de acidentes de
vítima de Queimadura ou Hemorragia? O que pode-se fazer para socorrer à
vítima acidentada?

2.1 Hemorragia

A hemorragia é a perda de sangue intenso e rápido, é ocasionado pelo rompimento de


um vaso sanguíneo, podendo ela ser venosa, arterial ou de órgãos (ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018;
FONSECA, 2010). Em um adulto, o volume sanguíneo é de 7% do seu peso corporal (FONSECA, 2010).
Durante a perda de sangue pode ocorrer coagulação do sangue, que é um processo extremamente
importante para a saúde da vítima acidentada, uma vez que evita a perda excessiva de sangue por
hemorragias. No processo de coagulação do sangue, são liberados plaquetas, hemácias e fibrinas para
pausar ou cessar a hemorragia. As plaquetas se modificam tornando pontiagudas para se juntar as
fibrinas e formar um tampão (ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018).
Em situação de acidentes de urgência e emergência de vítima apresentando hemorragia,
é de fundamental importância, que se procure imediatamente controlar ou estancar a hemorragia,

38
Competência 02

devido ao fato de que uma hemorragia abundante e não controlada pode provocar a morte em 3 a 5
minutos da vítima acidentada (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).
A maioria das hemorragias pode envolver mais de um tipo de vaso sanguíneo, que contém
sangue com diferentes tonalidades de vermelho (ELIANE et al., 2019; MUNIZ, 2019).
A hemorragia pode ser classificada quanto ao tipo de vaso sanguíneo que foi acometido
em:
• Arterial – Sangramento esguicha de artérias em jato de coloração vermelho vivo, pois
é rico em oxigênio e a perda de sangue é rápida pela ação do coração e a pressão nas
artérias, dificultando a formação de um coágulo devido a velocidade do fluxo, por
isso as hemorragias arteriais são consideradas as mais perigosas e difíceis de
controlar, a coagulação pode requerer 10 minutos ou mais para coagular (MUNIZ,
2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018).
• Venosa – Sangramento flui das veias lento e contínuo de coloração vermelho escuro,
devido ser pobre em oxigênio. As veias quando lesadas, têm tendência de contrair-
se (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA, 2018).
• Capilar – Sangramento flui dos capilares sanguíneos de forma contínua e discreta).
Pode ser identificado em cortes ou arranhões superficiais. O sangue flui de uma rede
de capilares e quanto maior a área lesada, maior o risco de infecções (MUNIZ, 2019;
ELIANE et al., 2019; TOLDO, 2016; BERGERON, BIZJAK, KRAUSE, 2007).

A hemorragia também pode ser classificada em:


• Hemorragia Externa – O sangramento é evidente (SOUSA, 2018). O local do
sangramento pode ser visto, através de solução de continuidade da pele e tecidos
(MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019).
• Hemorragia Interna - É um extravasamento de sangue internamente, provocado por
um rompimento de um vaso sanguíneo dentro do corpo, sem solução de
continuidade da pele e tecidos (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BERGERON, BIZJAK,
KRAUSE, 2007). Sendo assim não visível, podendo ser provocada por diversos
motivos, que em geral é precedido de um trauma fechado, que causou uma

39
Competência 02

compressão forte sem que exista uma lesão externa, como a compressão do tórax
em acidentes automobilísticos e fraturas na pelve (ELIANE et al., 2019; BERGERON,
BIZJAK, KRAUSE, 2007; SILVA; VIANA, 2007; BRENT Q. HAFEN, 2002). Na hemorragia
interna o sangue poderá não sair do corpo, provocando uma situação de risco que
compromete a circulação, porém é difícil de se identificar imediatamente (ELIANE et
al., 2019; SILVA; VIANA, 2007).

Vítima de hemorragia pode apresentar os sinais e sintomas de → dor, pulsação acelerada


e fina, diminuição da temperatura, nível de consciência variável, palidez de pele e mucosas, pele fria
e úmida, extremidade arroxeadas, sede, náuseas, tontura, pupilas dilatadas, costelas fraturadas ou
afundamento no peito e sangue pela boca (junto com o vômito ou saliva), nas fezes e na urina
(MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado hemorragia
externa (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013):
• Proteja suas mãos com luvas látex descartável;
• Se possível, mantenha o local do ferimento em posição mais elevada, acima do nível
do coração e faça compressão, com um pano limpo, como se observa na imagem a
seguir;

Figura 24 - Compressão em hemorragia.


Fonte: http://jetografia.blogspot.com/2014/04/bombeiro-civil-em-acao-hemorragias-e.html
Descrição: A imagem mostra apenas os braços e as mãos de uma vítima de hemorragia e de um prestador de socorro.
Este está com luvas e eleva o braço da vítima ao mesmo tempo que comprime um ferimento na altura do punho.

40
Competência 02

• Se o primeiro pano encharcar rapidamente, coloque outro por cima, facilitando assim
a coagulação e diminuindo o risco de infecção;
• Quando a vítima parar de sangrar, faça um curativo compressivo (cubra o ferimento
com gaze e enrole firmemente com atadura, permitindo a circulação do sangue);
• Se a compressão não for suficiente para estancar sangramentos intensos nos
membros, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso,
impedindo a passagem de sangue para a região afetada;
• Corpos estranhos não devem ser retirados dos ferimentos;
• Nunca aplique substâncias da medicina caseira.

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em vítima apresentado hemorragias


internas (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013):

• Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais da pressão


arterial, pulsação, alteração de temperatura do corpo (frio ou quente), respiração e
dor;
• Coloque compressas frias no local da hemorragia (onde a vítima indicar que sente dor
ou onde foi o trauma);
• Agilize o encaminhamento para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192)
ou hospitais de pronto atendimento de emergência;
• Não ofereça alimentos, nem líquidos à vítima acidentada.
A hemorragia na pele é caracterizada pelo vazamento de sangue na pele ou tecido
subcutâneo, podendo ser classificada pelo tamanho das lesões em petéquias que são pequenos
pontos vermelhos (menores que 2 mm), purpúricas (2 mm a 1 cm) e as equimoses (maiores que um
centímetro) (RIZZATTI; FRANCO, 2001). As equimoses podem ser causadas por uma contusão, área
lesada por uma compressão ou pancada, o que resulta em manchas roxas no corpo. Essas manchas
indicam que houve uma hemorragia na pele. É indicado aplicar compressas de gelo nestes casos para
reduzir o edema e a evolução do hematoma (ELIANE et al., 2019; MARTINS; LUIZA; RODRIGUES,
2009).

41
Competência 02

Epistaxe é o extravasamento de sangue pelo nariz e é relativamente comum, pode se dar


por lesão, altas temperaturas, diminuição da pressão atmosférica, corpo estranho, fratura da base do
crânio e também pode ser sinal de uma crise hipertensiva (ELIANE et al., 2019; CARDOSO, 2003). Se
a epistaxe não foi causada por fratura no crânio, coloque a vítima sentada, inclinada para frente, de
forma que o sangue não seja aspirado. Se for descartada a possibilidade de fratura no nariz é indicado
que faça uma pressão nas narinas e coloque compressas frias na face. Caso o sangramento persista,
encaminhe a vítima para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto
atendimento de emergência (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BRENT Q. HAFEN, 2002). Caso o
sangramento seja causado por uma fratura no crânio, não se deve interromper o fluxo porque isso
aumentaria a pressão intracraniana. Use somente gaze para absorver o sangramento e ligar
imediatamente para o Atendimento de Médico de Urgência - SAMU (192) ou hospitais de pronto
atendimento de emergência (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; BRENT Q. HAFEN, 2002).
Em relação a realização de torniquetes, estes deverão ser utilizados como um último
recurso e, somente, para controlar os sangramentos provocados por ferimentos graves nas
extremidades, quando todos os outros métodos de controle falharem. Lembre-se também que não
se deve aplicar torniquetes sobre áreas de articulação (cotovelos e joelhos). Para aplicar o torniquete
deve-se elevar o membro lesado a nível superior do coração. É utilizado faixas para dar duas voltas
no local acima do ferimento e dar meio nó. Em seguida, posiciona uma vareta, caneta ou um bastão
pequeno no meio do nó e fazer um nó sobre ele e torcer o bastão para aplicar o torniquete. É
importante afrouxar o torniquete a cada 5 a 10 minutos e girar em sentido contrário. Depois de feito
o torniquete, deve ser anotado na testa da vítima ou no membro ferido a hora em que foi feito
seguido da sigla ‘’T’’ ou ‘’TQ’’ (MUNIZ, 2019; ELIANE et al., 2019; CARDOSO, 2003; TOLDO, 2016).

Caro(a) estudante, agora que você já ouviu falar em epistaxe (Sangramento


Nasal), e em torniquete. Ainda possui alguma dúvida? Agora você pode assistir
a primeira vídeo aula desta segunda semana (competência 2) para conhecer,
aprender e discutir mais a respeito da prática desses termos!

42
Competência 02

2.2 Queimadura

Caro(a) estudante, você já parou para pensar qual é o maior e mais sensível
órgão do nosso corpo humano?

Se a sua resposta foi a pele, você a certou!


A pesar da maioria das pessoas não considerar que a pele possa ser um órgão e que ela
desempenhe funções importantíssimas para o funcionamento do organismo como por exemplo:
proteção contra infecções, percepção da sensibilidade, excreção de resíduos, metabolismo da
vitamina D, manutenção da temperatura corporal e da imagem corporal (MUNIZ, 2019; SOUSA;
SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).
Agora caro(a) estudante, depois de abordar esses conhecimentos, pode-se de forma fácil
entender que uma lesão, como a queimadura, neste tecido de revestimento (pele), pode gerar
sequelas negativas temporárias ou permanentes bem graves no funcionamento do nosso corpo
humano, como intensa dor local, que pode causar choque anafilático (dificuldade para respirar) e
levar a vítima à morte, dependendo do estado e da extensão da área atingida.
A queimadura é a lesão provocada por ação de calor ou de outras radiações sobre o
organismo. Pode ser classificada quanto ao seu agente causal como sendo: físico (temperatura →
líquidos ferventes, contato direto com chama, sólidos superaquecidos ou incandescentes, vapores
quentes), (radiação infravermelhas e ultravioletas naturais, emanações radiativas e eletricidade),
químico (Produtos químicos de alta concentração de pureza (PA) como: os ácidos fortes e seus
derivados (ácido sulfúrico (H2SO4) com 98% de pureza (presente nas baterias automotivas), ácido
clorídrico (HCl - 100% puro), ácido fluorídrico (HF - 100% puro), usado em removedores de ferrugem
e ácido nítrico (HNO3 - 100% puro), entre outros, bases fortes (hidróxido de sódio ou soda cáustica
(NaOH - 100% puro) e hidróxido de potássio (KOH - 100% puro) presente nos detergentes, sabões e
cosméticos, entre outros), hipoclorito de sódio (NaClO - água sanitária com alta concentração), álcool
automotivos (etanol e metanol), acetonas, éteres (solventes e tintas), amônia (NH 3) e gasolina
(benzeno, tolueno e xileno), querosene, etc.) e biológico (Animais: lagarta-de-fogo do tipo taturana,

43
Competência 02

água-viva, medusa, etc.; Vegetais: O látex de certas plantas, urtiga, etc.) (MUNIZ, 2019; SOUSA;
SIMÕES; MOREIRA, 2018).

Caro(a) estudante, em geral a gravidade de uma queimadura, vai estar


relacionada ao agente causador, a área do corpo atingida, a extensão e a
profundidade alcançadas.

A subdivisão das camadas da pele são três, como pode ser observado na imagem a seguir,
são elas: epiderme, derme e subcutâneo ou hipoderme (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS,
2016). As queimaduras externas podem ser superficiais, quando há lesão apenas nas camadas da
superfície da pele, ou profundas, quando ocorre a destruição da pele na área atingida. A mesma
vítima acidentada, pode apresentar todos os graus de queimadura na área de destruição (1º grau, 2º
grau, 3º grau e 4º grau). A classificação em graus das queimaduras é uma prática, que pode indica
apenas a profundidade da lesão da pele (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP,
2013).

Figura 25 - Camadas da pele e a classificação em graus das queimaduras.


Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: A imagem mostra a estrutura microscópica da pele através de um corte transversal, onde indica que a
camada mais superficial é a epiderme, a camada intermediária é a derme e a camada mais profunda a hipoderme,
também é mostrado a classificação em graus das queimaduras (1º grau, 2º grau, 3º grau e 4º grau) sobre estas
camadas.

44
Competência 02

Pode-se classificar as queimaduras quanto ao seu grau em:

1º grau – Atinge somente a epiderme.


Caracteriza-se como uma lesão superficial da pele, que pode apresenta dor local, eritema
(vermelhidão) e edema da área atingida, não há formação de bolhas. Muitas vezes este tipo de
queimadura ocorre devido a exposição aos raios solares e por radioatividade (MUNIZ, 2019).

Figura 26 - Queimadura de 1º grau.


Fonte: https://www.mdsaude.com/dermatologia/queimaduras/
Descrição: A imagem mostra a perna de homem adulto com eritema (vermelhidão) de queimadura de 1º grau.

2º grau – Atinge a epiderme e a derme.


Caracteriza-se pela lesão e desprendimento das camadas superficiais mais profundas da
pele, que pode apresenta dor local, eritema (vermelhidão) e flictenas (bolhas). É uma lesão úmida e
às vezes extensas (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).

Figura 27 - Queimadura de 2º grau.


Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/queimadura.html
Descrição: A imagem mostra dedos de uma mão posicionando outra mão com queimadura de 2º grau apresentando
bolhas e áreas de lesão úmida onde as bolhas já se romperam.

3º grau – Atinge epiderme, derme e hipoderme.


Caracteriza-se por apresenta aspecto duro, esbranquiçado, amarelado ou marrom e perda da
sensibilidade local (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).

45
Competência 02

Figura 28 - Queimadura de 3º grau.


Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/queimadura.html
Descrição: A imagem mostra parte de uma perna de um adulto com lesões de queimaduras de 3º grau amareladas e
esbranquiçadas.

4º grau – Atinge ossos e músculos.


Caracteriza-se pela perda da sensibilidade local, podendo atingir todas as camadas da
pele, tecido celular subcutâneos, em certos casos, os músculos profundos, no osso e até chegar à
carbonização da área atingida (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).

Figura 29 – Classificação em graus das queimaduras (1º grau, 2º grau, 3º grau e 4º grau).
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: A imagem mostra um braço de uma vítima com queimaduras múltiplas que apresenta sinais que vão da
vermelhidão do (1º grau), eritema (vermelhidão) e flictenas (bolhas) do (2º grau), aspecto duro na cor marrom do (3º
grau), até a exposição óssea carbonizada (4º grau) nas cores rosas e cinzas.

Pode-se classificar as queimaduras quanto a sua extensão superficiais em (MUNIZ, 2019):

46
Competência 02

• Baixa – menos de 15% da superfície corporal atingida.


• Média – entre 15 e 40% da superfície corporal atingida.
• Alta – mais de 40% da superfície corporal atingida.

Para se determinar a superfície corporal queimada, pode ser utilizada o cálculo da


extensão corporal atingida conforme o método Wallace (Regra dos nove), na qual se divide o corpo
da vítima acidentada em segmentos que valem nove ou múltiplos de nove, no final a superfície
corporal totalizará 100%. Através desse método pode-se contabilizar e ter uma melhor noção da
extensão do corpo que foi atingida ou queimada. A imagem anexa, mostra de acordo com a regra dos
9, como ficaria a divisão do corpo humano (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018;
ESCOLAELECTRA,2010).

Figura 30 - Cálculo da extensão corporal atingida conforme o método Wallace (Regra dos nove).
Fonte: http://colegiodomfeliciano.com.br/professores/monica/files/2015/03/queimados.pdf
Descrição: A imagem mostra o corpo humano adulto de frente e depois de costas e o subdivide em múltiplos de 9 até

47
Competência 02

totalizar 100%. O rosto equivale a 9%, cada face de um braço 4,5% (ou seja, um braço inteiro vale 9%), o tórax 9%, o
abdome 9%, metade das costas 9%, a outra metade das costas com o glúteo mais 9%, a região da genitália 1% e cada
face de uma perna 9% (ou seja, uma perna inteira vale 18%).

Caro(a) estudante, você já entendeu a regra dos nove? Ainda tem alguma
dúvida a respeito da regra dos nove? Agora assista a segunda vídeo aula desta
segunda semana (competência 2) para entender de forma mais detalhada e
prática a colocação dessa regra.

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situações de queimaduras (MUNIZ,


2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; ESCOLAELECTRA, 2010):
• Afaste a vítima da origem da queimadura;
• Resfrie a lesão com água em temperatura ambiente (limita o edema e a lesão
tecidual). Apenas em pequenas queimaduras, pois o frio pode provocar quedas de
temperatura;
• Proteja o paciente com lençóis limpos ou cobertores, em queimaduras extensas
devido à queda de temperatura;
• Remova relógio, pulseira anel e as vestes da vítima (se não estiverem aderidos a
pele);
• Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas,
pois estas substâncias podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a
avaliação da equipe especializada;
• Não estourar as bolhas;
• Não aplicar gelo no local.

Vale ressaltar que queimaduras causadas por produtos químicos geralmente são mais
graves em função da velocidade e capacidade de penetração da substância pela via cutânea (pele),
podendo causar intoxicação por contato. Quando tratar-se de pó químico, o excesso do produto
deverá primeiro ser removido (espanado) antes da aplicação de água em abundância, de modo a
remover ao máximo o agente químico. A roupa da vítima nunca deve ser retirada pela parte superior

48
Competência 02

do corpo e sim recortada, protegendo dessa maneira os olhos e a boca do paciente. Caso pálpebras
e olhos sejam atingidos, a irrigação com água (ou solução fisiológica) deverá ser mantida
constantemente até a chegada ao socorro especializado (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS,
2016).

Caro(a) estudante, em casos de vítimas apresentando queimaduras provocadas


por substâncias químicas, deve-se retirar as roupas contaminadas e lavar o local
com água abundante sem fazer fricção no local e uso de sabão.
Obs: Cuidado com as substâncias químicas em geral, como álcool, acetonas e
ésteres e alguns ácidos e as bases (alcalinas), que podem reagir com água.

2.3 Corpo estranho e asfixia

São considerados corpos estranhos a presença de insetos ou do seu ferrão, espinhos,


pequenos objetos entre outros, que penetram no organismo através de qualquer um dos seus
orifícios (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013). É um tipo de acidente muito comum no dia a dia das
pessoas!

Caro(a) estudante, você se lembra ou ouviu falar de alguma história de uma


pessoa que já teve um inseto vivo dentro do ouvido, levou uma furada de
espinhos entre outros ou uma criança que engoliu uma moeda ou teve um
caroço de feijão dentro do nariz?

Todas essas são situações de riscos, que foram causadas por corpos estranhos! Agora
você irá aprender a como atuar no socorro desses agravos.

2.3.1 No olho

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de corpo estranho no olho


(MUNIZ, 2019; ESCOLAELECTRA, 2010; SILVA; SANTOS; NÓBREGA, 2005):

49
Competência 02

• Pingue algumas gotas de soro fisiológico (solução isotônica em relação aos líquidos
corporais que contem 0,9%, em massa, de Cloreto de sódio (NaCl) em água destilada),
colírio ou coloque água para lavar o olho atingido (MUNIZ, 2019), como se observa
nas imagens a seguir;

Figura 31 - Condutas em casa do corpo estranho no olho.


Fonte: https://www.fotosearch.com/CSP992/k13808361/
Descrição: A imagem mostra um adulto colocando gotas de soro fisiológico (colírio) em um dos olhos.

Figura 32 - Condutas em casa do corpo estranho no olho.


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).
Descrição: A imagem mostra primeiro um adulto lavando os olhos com água corrente e depois ele cobre olhos com
compressa de gaze.

50
Competência 02

Figura 33 – Condutas de lavagem dos olhos com água corrente de chuveiro de emergência lavadora de olhos.
Fonte: https://www.hawsco.com/our-story/smart-innovations/axion-advantage-kit/
Descrição: A imagem mostra uma mulher adulta lavando os olhos com água corrente de chuveiro de emergência
lavadora de olhos.

• Se isso não resolver, cubra os dois olhos com gazes, sem apertar, e procure a
assistência especializada. Na imagem acima observamos como deve ser feita a
oclusão de um olho;
• Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra os dois olhos e procure
a assistência especializada;
• Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por
exemplo, um copo);
• Não esfregue ou aperte os olhos;
• Não tente retirar o corpo estranho com o dedo, algodão, cotonete ou qualquer outro
objeto.

Caro(a) estudante, para aprender ainda mais sobre corpos estranhos no olho
recomendo que faça a leitura do artigo científico indicado no link abaixo. Tenha
uma boa leitura!
http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/194.pdf

51
Competência 02

2.3.2 No ouvido

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de corpo estranho no


ouvido (MUNIZ, 2019; ESCOLAELECTRA,2010):
• Pingue algumas gotas de óleo mineral no canal auditivo e depois vire a cabeça para
que o objeto possa escorrer para fora;
• Se não der certo, procure a assistência especializada;
• Não tente retirar objetos profundamente introduzidos;
• Não coloque nenhum instrumento no canal auditivo;
• Não bata a cabeça para que o objeto saia, a não ser que seja um inseto vivo;
• Em caso de inseto vivo, acenda uma lanterna em ambiente escuro, bem próximo ao
ouvido.

2.3.3 No nariz

Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de corpo estranho no nariz


(MUNIZ, 2019; ESCOLAELECTRA, 2010):
• Oriente a vítima a assoar o nariz;
• Instrua a vítima a respirar somente pela boca;
• Se o objeto não sair, procure a assistência especializada;
• Não introduza nenhum instrumento nas narinas.

2.3.4 Objetos engolidos

Obstrução de via aérea por corpo estranho


Os sinais clássicos da vítima de engasgo são: Tosse (na tentativa de expelir o corpo
estranho); agitação (sensação de morte); levar as mãos à garganta (a vítima não consegue falar);
dificuldades para respirar; mudança da cor da pele (cianose/arroxeado) (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018).
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de objetos engolidos
(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013):
• Estimular a vítima a tossir com força;

52
Competência 02

• Não tente retirar objetos da garganta;


• Objetos com arestas e pontas gerando dor, oriente procurar o serviço especializado.

Caro(a) estudante, se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar
pode ser um sinal de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que
pode significar que existe asfixia.

Em caso asfixia, deve-se realizar a Manobra de Heimlich!


No momento da execução da manobra de Heimlich, a cabeça da vítima deverá estar mais
baixa que o peito e o tórax inclinado para frente. O prestador de socorro deve fica atrás da vítima e
envolve seus braços ao redor da cintura da mesma em um posicionamento acima do umbigo e abaixo
do limite das costelas. O socorrista deve agarra-se com um dos pulsos e com a outra mão realizar
quatro rápidos puxões para cima (MUNIZ, 2019; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013;
ESCOLAELECTRA, 2010).
Os posicionamentos adequados para realizar manobra de Heimlich podem ser
observados na imagem anexa.

53
Competência 02

Figura 34 - Manobra de Heimlich.


Fonte: https://fisaep.com.br/noticias/manobra-de-heimlich/
Descrição: A imagem mostra um homem com as mãos na altura da garganta e posicionado por trás dele um prestador
de socorro que envolveu a vítima com os braços na altura de sua cintura executando a Manobra de Heimlich.

Caro(a) estudante, você já entendeu como se realiza a Manobra de Heimlich?


Ainda possui alguma dúvida?
Você pode agora acessar a terceira vídeo aula desta segunda semana
(competência 2) e observar detalhadamente como realizá-la.

Chamo atenção para o fato da vítima não melhorar depois da realização da manobra de
Heimlich, o socorrista tem que se manter calmo e ter a consciência de que pode estar diante de uma

54
Competência 02

vítima asfixiada e este quadro poderá evoluir para uma parada respiratória. Sendo assim, e em último
caso, como única alternativa para salvar a vida da vítima, deve-se realizar ventilação artificial (MUNIZ,
2019; UNICAMP, 2013; ESCOLAELECTRA, 2010).

Caro(a) estudante, nunca deve oferecer água ao asfixiado, na esperança de fazê-


lo engolir o corpo estranho.

2.4 Choque elétrico

O Choque elétrico pode ser caracterizado pela passagem de uma corrente elétrica através
do corpo humano, quando este é utilizado como um condutor. Acidentes provocados pelo choque
elétrico, pode não causar nenhuma gravidade para a vítima acidentada, além do susto, porém
também pode causar situações de “hospitalização longa “ou “morte “decorrentes da queimadura
(provocado pela conversão da energia elétrica em energia térmica), traumatismo, parada
cardiorrespiratória, asfixia ou até mesmo a morte (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013; LOURENÇO; SILVA;
FILHO, 2007).
A extensão e gravidade das lesões nos tecidos causadas pelo choque elétrico está
condiciona a intensidade da corrente elétrica (voltagem, amperagem, tipo de corrente elétrica), da
duração do choque e do caminho percorrido pela eletricidade ao longo do corpo (do ponto onde
entra até o ponto onde ela sai, condicionada a resistência elétrica do tecido biológico) e do tempo de
contato (MUNIZ, 2019; MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS, 2016; LOURENÇO; SILVA; FILHO,
2007).

Chamo atenção, de que o pior choque ocorre quando uma corrente elétrica se
inicia por uma mão e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem
grande chance ou probabilidade de afetar o coração e a respiração. Se parte do
circuito elétrico for formado pelo, o dedo polegar e o dedo indicador de uma
mesma mão, ou uma mão e um pé, o risco de uma parada cardiorrespiratória é
menor.

55
Competência 02

Em ambientes de trabalho laboral, as principais causas de acidentes por choque elétrico


pode ser → falta de segurança nas instalações elétricas e equipamentos (fios desencapados, falta de
aterramento elétrico, parte elétrica de um motor em contato com sua carcaça), imprudência,
indisciplina, ignorância e acidente (MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013; LOURENÇO; SILVA; FILHO, 2007).
A Norma Regulamentadora de segurança – NR 10, estabelece a segurança em instalações
e serviços em eletricidade, (TRABALHO.GOV.BR, 2020).
Os sinais e sintomas que a vítima de choque elétrico pode apresentar são → mal estar,
náusea, cãibras, dormência, formigamento, ardência, falta de sensibilidade, pontos luminosos na
visão, dor de cabeça, falta de ar e ritmo cardíaco irregular (MUNIZ, 2019; LOURENÇO; SILVA; FILHO,
2007).
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de choque elétrico
(MUNIZ, 2019; UNICAMP, 2013; LOURENÇO; SILVA; FILHO, 2007):
• A primeira coisa a ser feita é interromper imediatamente o contato da vítima com a
corrente elétrica; desligar o interruptor ou chave elétrica;
• Se não for possível, afastar a vítima do contato do fio ou condutor elétrico, use um
material não condutor bem seco como pedaço de madeira, cabo de vassoura, pano
grosso, luvas de borracha apropriadas para trabalhos com eletricidades, isto é para
altas voltagem, como é possível notar nas imagens a seguir;

Figura 35 - Como retirar a corrente do contato com a vítima.


Fonte:
https://md.uninta.edu.br/geral/primeirossocorros/#/descarga-eletrica
Descrição: A imagem mostra um homem no chão com um fio passando por baixo do braço direito dele e um outro
homem com um pedaço de madeira retirando este fio de cima do primeiro.

56
Competência 02

Figura 36 - Como retirar a corrente elétrica do contato com a vítima.


Fonte: https://vivasaude.digisa.com.br/clinica-geral/cuidados-com-o-choque-eletrico/557/
Descrição: A imagem mostra um homem vítima em contato com corrente elétrica no chão com um fio passando por
cima da mão esquerda dele e uma mulher em cima de uma superfície não condutora (tapete de borracha) e com cabo
de vassoura de madeira na mão retirando este fio.

Atenção, jamais você ou outra pessoa deverá tocar em uma vítima de choque
elétrico, até essa ação só pode ser realizada, depois que se tenha a certeza de
que você ou pessoa não corre o risco de levar um choque.

Eletrocução é a morte provocada pela exposição do corpo a uma dose letal de


energia elétrica.

Sugiro que para ampliar os conhecimentos você faça a leitura de um artigo


científico que relata um estudo sobre os efeitos da eletricidade no corpo
humano com enfoque na saúde e segurança do trabalho, para isto acesse o link
abaixo:
http://cache.oalib.com/cache?m=A6246640A1ED00E5CEC2AD7FE2EB1C6B.html

57
Competência 02

Caro(a) estudante, você sabe o que é Intoxicação e lesões provocada por


substâncias químicas? Você lembra ou ouviu falar de alguma pessoa que já teve
tosse, dificuldade respiratória, confusão mental; taquicardia, náuseas, vômitos
durante um abastecimento de um automóvel no posto de gasolina? Você sabia
que a gasolina desprende vapores de benzeno, xileno e tolueno, que são
substâncias químicas extremamente tóxicas, capazes de provocar Intoxicação e
lesões grave na pele, nos olhos e pulmões?

2.5 Intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas

As substâncias químicas podem entrar em contato com a vítima por absorção cutânea
(pela pele), inalação (pelo nariz) e ingestão (pela boca). A lesão provocada por substâncias químicas
em geral, como álcool, acetonas e ésteres e alguns ácidos e as bases (alcalinas), querosene, gasolina
entre outras, que podem ou não reagir com água. A gravidade da lesão vai depender do agente
agressor, da concentração da substância e do tempo de exposição (BVSMS.SAUDE.GOV.BR, 2020;
SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018; UNICAMP, 2013).

São considerados agentes químicos as substâncias, compostos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão. A Norma Regulamentadora de segurança – NR 15, trata
das ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, e estabelece no seu anexo N. º13 agentes químicos a
relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres (que
causa doença) em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho (TRABALHO.GOV.BR, 2020).
Quando uma pessoa acidentalmente entrar em contato com substância química
(independente se Ácidos ou Base (Álcalis):

1. Verifique o tipo de substância química (ácidos ou base (álcalis), entre outras), veja se
ela não reage de forma agressiva com a água, caso não reaja, lave a área afetada
exaustivamente com água corrente;
2. Retire a roupa que teve contato com a substância (se não estiverem aderidos a pele);
3. Peça ajuda;

58
Competência 02

4. Encaminhe a vítima ao Pronto Socorro ou ligar para o SAMU (192) imediatamente.

No caso de ingestão de substâncias desconhecidas, a intoxicação vai depender:


Da substância que está sendo ingerida; do tempo de exposição à substância (quanto maior for o
tempo em que a pessoa ficou exposta aos produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste
produto causar danos à sua saúde); da concentração da substância química (quanto mais
concentrado maior o dano a vítima); da toxidade da substância; da natureza da substância e da
susceptibilidade individual. O efeito no organismo após a exposição à substância química vai desde
irritação na garganta até a morte (BVSMS.SAUDE.GOV.BR, 2020; SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018;
UNICAMP, 2013).
Deve-se suspeitar de uma ingestão de substância química quando a vítima apresentar
sinais como: Salivação; diminuição da pupila (miose); sudorese excessiva; respiração alterada; nível
de consciência alterado e outros.
Observe as condutas gerais de primeiros socorros em situação de intoxicação e lesões
provocada por substâncias químicas:
Não fazer a vítima vomitar; se ela tiver ingerido alguma substância corrosiva haverá dano
durante a ingestão e novamente quando for expelida; levar a vítima ao pronto-socorro ou ligar para
o SAMU (192) imediatamente, leve e mostre a embalagem do produto químico ou a FICHA DE
INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ; manter a vítima deitada, limitando
os movimentos.
OBS: A FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS – FISPQ,
fornece informação sobre diversos aspectos dos produtos químicos, quanto à segurança, saúde,
proteção e meio ambiente. Elas não podem ser consideradas “FISPQ” se não forem elaboradas em
conformidade integral com a Norma Técnica NBR-14.725 da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas, 2005 (ABTLP, 2020). Para cada produto há uma ficha de informação bastante detalhada,
com as seguintes informações: Identificação do produto; medidas de segurança; riscos ao fogo;
propriedades físico-químicas; informações eco toxicológicas; dados gerais (ABTLP, 2020).

59
Competência 02

Sugiro que para ampliar os conhecimentos você faça a leitura de um artigo


científico que relata um estudo sobre os Sintomas relacionados à exposição
ocupacional ao benzeno e hábitos ocupacionais em trabalhadores de postos de
revenda de combustíveis a varejo na região sul de Santa Catarina, para isto
acesse o link abaixo:
http://www.rbmt.org.br/details/56/pt-BR/sintomas-relacionados-a-exposicao-
ocupacional-ao-benzeno-e-habitos-ocupacionais-em-trabalhadores-de-postos-
de-revenda-de-combustiveis-a-varejo-na-regi

Intoxicações por Substâncias Tóxicas cujo o tratamento – NÃO deve envolver ações eméticas.

Ácido Fortes Fluidos de lavagem a seco.

Amônia Gasolina.

Benzeno Hipoclorito de sódio (água sanitária)*

Óxido de cálcio (Cal)* Éter de petróleo (nafta)*

Carbonato de Sódio* Óleo de pinho

Fenóis, creolina Querosene

Desinfetantes fenólicos Hidróxido de sódio (soda)*

Detergentes* Barrilha (soda para lavagem)*

Estricnina Tinner e removedor de tintas

Intoxicações por Substâncias Tóxicas cujo o tratamento – ENVOLVER ações eméticas*.

Álcool (etílico, isopropílico, desnaturado (etanol) Álcool (metílico)

Etilenoglicol Boráx

60
Competência 02

Cânfora Formaldeído

Repelentes de insetos

Quadro 01 – Tabela adaptada do Instituto de Química de São Paulo.


Fonte: (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018)

Caro(a) estudante, você sabe o que são Doenças infectocontagiosas? Você


lembra ou ouviu falar de alguma pessoa que já teve dengue? Aproveite este
capítulo para tirar suas dúvidas sobre como agir em relação a prevenção,
transmissão do Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados, entre outras.

2.6 Doenças infectocontagiosas

Toda população de uma forma geral, quaisquer que sejam elas, está sujeito as doenças
infectocontagiosas. Este item do E-book tem o objetivo de ajudar aos trabalhadores da área de
segurança do trabalho a exercerem suas atividades, servidores ou estudante que atuam ou não, a se
informar mais sobre estas.
As doenças infectocontagiosas são aquelas de fácil e rápida transmissão, provocadas por
agentes patogênicos como os organismos, microscópico chamado de micro-organismos (vírus,
bactérias, fungos ou protozoários) ou não, que produz infecção ou doenças infecciosas, como por
exemplo o vírus da gripe. Em algumas ocasiões, para que se produza a doença, é necessário um
agente intermediário, transmissor, vetor ou hospedeiros. No caso da dengue, por exemplo, o agente
transmissor é o mosquito (UNASUS.GOV.BR, 2020; FIOCRUZ.BR, 2020; MÉDICOS SEM FRONTERIAS,
2020).

2.6.1. Dengue, Zica, Chikungunya e Mayaro: doenças febris que te faz se contorcer
(FIOCRUZ.BR, 2020; MÉDICOS SEM FRONTERIAS; 2020).

Dengue

61
Competência 02

• Transmissão: picada do mosquito ou pernilongo Aedes aegypti.


• Proliferação: água parada.
• Sintomas: febre alta (acima de 38ºC); dores musculares intensas; dor ao movimentar
os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.
• Duração: 2 a 7 dias.
• Complicação: dor abdominal; vômitos; sangramentos nas mucosas.
• Prevenção: evitar a proliferação do mosquito.
• Vacina: só na rede privada. É indicada para quem já teve dengue.

Zika
• Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti; sexo sem proteção; mãe para o feto
na gravidez.
• Proliferação: água parada.
• Sintomas: febre baixa; dor de cabeça; dores no corpo e nas juntas; manchas
vermelhas no corpo; olho vermelho.
• Duração: 3 a 7 dias.
• Complicações: encefalite; Síndrome de Guillain-Barré; doenças neurológicas;
microcefalia.
• Prevenção: evitar a proliferação do mosquito.
• Vacina: não tem.

Chikungunya
• Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti.
• Proliferação: água parada.
• Sintomas: febre alta (acima de 38°C); pele e olhos avermelhados; coceira; dores no
corpo e articulações (joelhos e pulsos); dor de cabeça.
• Duração: até 15 dias.
• Complicações: encefalite; Síndrome de Guillain-Barré; complicações neurológicas.
• Prevenção: evitar a proliferação do mosquito.
• Vacina: não tem.

62
Competência 02

Mayaro
• Transmissão: picada do mosquito do gênero ou família Haemagogus janthinomys.
• Proliferação: copa de árvores; mata.
• Sintomas: febre alta (acima de 38ºC); dor de cabeça; dor muscular; dor e inchaço nas
articulações; manchas no corpo.
• Duração: até 15 dias.
• Complicações: encefalite; artrite crônica.
• Prevenção: evitar a proliferação do mosquito; evitar área de mata.
• Vacina: não tem.

Figura 37 – Sintomas das doenças transmitido por mosquitos.


Fonte: https: //www.far.fiocruz.br/2019/06/mayaro-dengue-zika-e-chikungunya-veja-semelhancas-e-diferencas-entre-
os-virus-transmitidos-por-mosquitos/
Descrição: A imagem mostra quatro homens com manchas na cor vermelha relacionados aos sintomas comuns e
laranjas aos sintomas específicos das doenças transmitido por mosquitos.

63
Competência 02

Sugiro que para ampliar os conhecimentos, você faça a leitura sobre Mayaro,
dengue, zika e chikungunya: veja semelhanças e diferenças entre os vírus
transmitidos por mosquitos, para isto acesse o link abaixo:
https://www.far.fiocruz.br/2019/06/mayaro-dengue-zika-e-chikungunya-veja-
semelhancas-e-diferencas-entre-os-virus-transmitidos-por-mosquitos/

2.5.3 Infecções transmitidas pelo sangue

As doenças transmissíveis pelo sangue são caracterizadas pela presença de micro-


organismos (bactérias, fungos, vírus entre outros) que podem estar presentes em seres humanos.
Dessas doenças, duas são significativamente preocupantes: Hepatite B (HBV) e a AIDS (HIV)
(SAUDE.GOV.BR, 2020).

Procedimento:

1. Mantenha os cortes abertos cobertos com bandagem, tecidos ou plásticos evitando


contato com o sangue da vítima;
2. Use luvas de látex descartável para evitar contato direto com o sangue ou fluídos
corporais da vítima;
3. Se não houver disponibilidade de conseguir luvas de látex descartável, pode-se utilizar
sacos plásticos;
4. Você pode realizar a ventilação artificial utilizando às máscaras de Bolso, Ambu e
Ressucitation face Shield. Não existe qualquer evidência de que a AIDS seja transmissível
pela saliva.

Em contato com o sangue:


Caso o socorrista tenha sido exposto ao sangue e fluídos deve:
1. Lavar imediatamente o local com água corrente e sabão, enxaguando vigorosamente
a região;
2. Comunicar o incidente imediatamente à autoridade sanitária de sua região;
3. Procurar atendimento médico especializado.

64
Competência 02

Caro(a) estudante, para aprender ainda mais sobre Infecções transmitidas pelo
sangue, recomendo que faça a leitura do artigo científico indicado no link abaixo.
Tenha uma boa leitura!
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/aids-hiv

2.5.4. Novo Coronavírus - Covid-19, gripes e resfriados

Coronavírus (CID10) é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo
agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/2019 após casos registrados na cidade de Wuhan, na
China. No Brasil (e na América Latina), o primeiro caso da doença foi registrado no dia 26/02/2020,
em um paciente que veio da Itália para São Paulo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou
no dia 11/03/2020 caso de pandemia, devido ao aumento no número de casos de coronavírus e a
disseminação global em todos países (TERRA.COM.BR, 2020).
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, reconheceu no dia 29/04/2020 a covid-19
como doença ocupacional, permitindo que trabalhadores de setores essenciais como os de serviço
especializado hospitalar ou clínica de atendimento de emergência como as Unidades de Pronto
Atendimentos (UPAs), farmácias, supermercados, comércio e da indústria, por exemplo, que forem
contaminados possam ter acesso a benefícios como auxílio-doença, protegidos pelo Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS). Com a decisão os auditores fiscais do trabalho vinculados ao
Ministério da Economia poderão exercer com mais liberdade suas fiscalizações (SENADO.LEG.BR,
2020).
O Coronavírus (CID10) provoca a doença chamada COVID-19. Como nunca tivemos
contato com o vírus antes, não temos imunidade. Ela causa uma infecção pulmonar. Nos casos mais
leves, porém, parece um resfriado comum ou uma gripe leve, mas pode levar à morte por infecção
respiratória grave (SAUDE.GOV.BR, 2020). O diagnóstico de certeza da Covid-19 é feito através da
identificação do vírus em raspados (swabs - cotonetes ou bastonetes) de mucosa nasofaríngea com
o máximo de células da mucosa nasal com um mínimo de secreção, através de uma reação de
polimerase em cadeia. Testes rápidos que detectam a presença de imunoglobulinas (anticorpos) pode

65
Competência 02

ser indicado para casos com sintomas moderados/graves. O diagnóstico de alta probabilidade da
Covid-19 é realizado, com critérios laboratoriais de imagem (FUNDACENTRO, 2020).

Figura 38: Estrutura microscópica do Novo Coronavírus.


Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-coronavirus-no-
brasil,6e0b2a39a0c54e52c21176079de6d7dc2fu3vyph.html
Descrição: A imagem mostra a estrutura microscópica do Novo Coronavírus.

Atenção para a importância da implementação de medidas básicas de prevenção do


COVID -19, como manter às práticas regulares de limpeza e desinfecção de rotina de superfícies,
equipamentos e outros elementos do ambiente de trabalho, assim com o uso dos EPI’s apropriados
como luvas, óculos de proteção, protetores faciais e equipamentos de proteção respiratória. Os
produtos químicos utilizados durantes às práticas regulares de limpeza e desinfecção de rotina de
superfícies, devem ter informações nos rótulos com indicação que são apropriados para eliminação
e contenção do desenvolvimento de patógenos virais emergentes. Deve-se seguir sempre as
instruções dos fabricantes dos produtos, durante às práticas regulares de limpeza e desinfecção de
rotina de superfícies, por exemplo, concentração, método de aplicação, tempo de contato, EPI’s
apropriados (FUNDACENTRO, 2020).
A seguir os sintomas e as medidas que devemos saber e fazer para se prevenir do
contágio:

Período de incubação do Novo Coronavírus - COVID-19.

66
Competência 02

Período de incubação é o tempo que se leva para os primeiros sintomas aparecerem


desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.
Como o coronavírus é transmitido?

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo
por meio de:
• O Toque por aperto de mão é a principal forma de contágio.
• Gotículas de salivas.
• Espirro.
• Tosse.
• Catarro.
• Objetos ou superfícies contaminadas como celulares, mesas, maçanetas,
brinquedos e teclados de computadores etc.

Quais são os sintomas do coronavírus?


Os sintomas mais comuns são:
• Febre E
• Tosse OU
• Dificuldade para respirar
• Entre outros sintomas gripais
Se aparecerem os sintomas ligue para 136 ou procure um posto de saúde.
Comparativos entre doenças respiratórias

Quadro 02 – Período de incubação do Novo Coronavírus


Fonte: https://coronavirus.saude.gov.br/

A gripe, também conhecida como influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja
principal complicação são as pneumonias (infecções que se instalam nos pulmões, órgãos duplos
localizados um de cada lado da caixa torácica). A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de
38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais
importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se
mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o
desaparecimento da febre (SAUDE.GOV.BR, 2020).
O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também
apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão

67
Competência 02

nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é
de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores
musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia) (SAUDE.GOV.BR, 2020). A influenza humana pode ser
transmitida: de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada
ao falar, espirrar ou tossir; ou de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies
recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear
o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. A transmissão direta inter-humana (ou
seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de
aves e suínos para o homem. O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade)
é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas (SAUDE.GOV.BR, 2020).

Figura 39: A doença que afeta principalmente os pulmões, dificultando a respiração.


Fonte: https://tvjornal.ne10.uol.com.br/por-dentro-com-cardinot/2020/04/08/coronavirus-confira-tecnica-para-
fortalecimento-dos-pulmoes-186672
Descrição: A imagem mostra o tórax de um homem adulto na cor azul e os pulmões na cor vermelha, nestes pulmões se
encontram vírus na cor vermelha da doença que afeta principalmente os pulmões, dificultando a respiração.

68
Competência 02

Figura 40: Comparativos entre doenças respiratórias.


Fonte: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#transmissao
Descrição: A imagem mostra oito homens adultos fazendo os gestos de portadores de sintomas de doenças
respiratórias, nela também contém uma imagem de um vaso sanitário (indica à Diarreia) e um nariz apresentando coriza
ou entupido.

De maneira geral, as principais recomendações e que devem ser seguidas por todos são
(FUNDACENTRO, 2020):

69
Competência 02

• Lave bem as mãos com água e sabão, incluindo dedos, unhas, punho, palma e dorso,
por 20 segundos e seque, preferencialmente, com toalhas de papel descartáveis.
• Na falta de água e sabão, use álcool em gel para higienizar as mãos. O mesmo produto
pode ser utilizado para limpar e objetos pessoais ou de uso coletivo, como celular,
teclado, maçaneta, etc.
• Ao espirrar ou tossir, cubra o nariz e boca com um lenço descartável ou com o
antebraço.
• Evite aglomerações, assim como deslocamentos e viagens, principalmente se estiver
doente.
• Mantenha os ambientes bem ventilados.
• Evite tocar o rosto com as mãos sem lavá-las.
• Para a limpeza doméstica, dê preferência para o uso da água sanitária (em uma
solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar
superfícies.
• Para a higienização das louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes
próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e
roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso
não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a
recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja
possível lavar.

A higienização das mãos é medida simples, pessoal, consciente e indiscutivelmente com


maior eficácia e mais barata na prevenção de infecções por contato direto ou indireto, é realizada
com água e sabão. O uso de preparações alcoólicas sob a forma gel 70% ou líquida com 1-3% de
glicerina) não substituem a lavagem das mãos com sabão. É contraindicado o uso em excesso de
substâncias estritamente alcoólicas (álcool gel e álcool líquido) em qualquer concentração por
promoverem o ressecamento da pele, podendo assim prejudicar sua integridade e favorecer o
aparecimento de portas de entrada para micro-organismos (MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS,
2016).

70
Competência 02

Higienização Anti-séptica das mãos usando sabonete líquido

Figura 41: Higienização Anti-séptica das mãos usando sabonete líquido.


Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: As 11 fotos mostram os passos de higienização Anti-séptica de uma pessoa lavando as mãos em uma pia.

71
Competência 02

Higienização Anti-séptica das mãos usando um associado Anti-séptico

Figura 42: Higienização Anti-séptica das mãos usando um associado Anti-séptico como composição alcoólica (sob a
forma gel 70% ou líquida com 1-3% de glicerina).
Fonte: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-
HOSPITALAR.pdf
Descrição: As 9 fotos mostram os passos de higienização Anti-séptica das mãos usando um associado Anti-séptico como
composição alcoólica (sob a forma gel ou líquida com 1-3% de glicerina).

72
Competência 02

Figura 43: Erros e acertos ao usar a máscara.


Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/23/os-erros-mais-comuns-no-uso-de-mascaras-
para-se-proteger-do-coronavirus-e-como-usar-corretamente.ghtml
Descrição: As 10 imagens mostram uma mulher e um homem demonstrando os erros mais comuns no uso de mascaras
para se protege do coronavírus e como usar corretamente.

73
Competência 02

Caro(a) estudante, pesquisadores demostram como máscara e distanciamento


são importantes para a prevenção do Coronavírus, para isto recomendo que
acesse o link abaixo e faça a leitura do artigo científico e assistam os vídeos
referente a pesquisa.
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/16/pesquisadores-
demonstram-como-mascara-e-distanciamento-sao-importantes-para-a-
prevencao-do-coronavirus.ghtml

No presente contexto da prevenção da Covid-19 o uso de proteção respiratória em


ambiente laboral de maior exposição ao risco como os de serviço especializado hospitalar, se refere
à utilização de máscaras com adaptação facial de proteção respiratórias descartáveis do tipo
cirúrgicas e respiradores, são às PFF1, PFF2, PFF3 com adaptação facial de proteção indicadas para a
proteção contra agentes biológicos, como vírus e bactérias. O uso de máscaras caseiras é
recomendado para a população geral no controle de transmissão do vírus (FUNDACENTRO, 2020).
Por fim caros(as) estudantes, agora finalizando a segunda e última semana (competência
2) da disciplina de primeiros socorros, espero que tenha gostado! Neste momento você teve a
oportunidade de entrar em contato e absorver conhecimentos que certamente serão muito úteis
tanto na vida profissional como no cotidiano. Agora você já sabe como agir nos casos em que
trabalhadores ou até mesmo familiares sejam acometidos por hemorragia, queimadura, corpo
estranho e asfixia, choque elétrico, intoxicação e lesões provocada por substâncias químicas e
doenças infectocontagiosas (dengue, zica, chikungunya, infecções transmitidas pelo sangue – HIV e
pandemia do (Covid-19 (Novo Coronavírus), gripes e resfriados).
Para terminar segue um resumo de onze medidas de primeiros socorros. Neste resumo é
citado a técnica para caso em que houver necessidade de realizar a manobra de respiração boca a
boca só em familiares ou em casos de afogamento.

ATENÇÃO: É RECOMENDADO SEMPRE ANTES DA REALIZAÇÃO DE RESPIRAÇÃO


BOCA A BOCA, O USO DE UMA BARREIRA DE PROTEÇÃO (MÁSCARA DE
PLÁSTICO), DEVIDO AO RISCO DO CONTATO COM SECREÇÕES DIGESTIVAS
(SALIVAS) E RESPIRATÓRIA (AR) (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA, 2018).

74
Competência 02

Resumo de onze medidas de primeiros socorros.

Figura 44: Resumo de onze medidas de primeiros socorros.


Fonte: https://www.jornaljoca.com.br/primeiros-socorros/
Descrição: A imagem mostra o resumo de onze medias de primeiros socorros, 1ª um braço machucado com
sangramento, 2ª um homem de cor vermelha dentro da água de cor azul, levando um choque de um fio preto, 3ª dois
homens de cor azul e vermelha usando faixas de mobilização, 4ª dois homens da cor vermelha e azul em emergência de
afogamento, 5ª um braço da cor marrom com picadas e uma cobra de cor vermelha, 6ª um homem da cor azul lavando
a mãos queimadas em uma pia, 7ª dois homens da cor azul realizando uma manobra de Heimlich, 8ª temos uma mão
retirando um inseto do outro braço, 9ª um homem da cor vermelha tendo convulsão, 10ª um frasco, 11ª uma face com
alergia a alimentos.

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Conclusão
Como já foi visto em outras disciplinas, os riscos ambientais existem nos mais variados
ambientes de trabalho ou do dia a dia, é de sua obrigação justamente tentar prevenir ou mitigar esses
riscos, como profissional da área de segurança do trabalho.
Mas a tragédia persiste, em que infelizmente, apesar de todos os esforços da equipe, os
acidentes continuarão acontecendo seja por falha de aplicações de medias eficazes de saúde e
segurança do trabalho, por imprudência dos trabalhadores ou por fatalidades.
Sendo assim, você precisa estar sempre preparado para socorrer pessoas que estejam
dentro do ambiente de trabalho ou não, a qual que se encontrem em situações de urgência e
emergência.
Depois de adquirir os conhecimentos teóricos desta disciplina, assistindo aos vídeos aulas
e realizando todas as atividades, você estará apto para prestar os atendimentos iniciais aos
trabalhadores vítimas de diversos agravos.
Não tenha medo!
Mantenha a calma!
Aplique os conhecimentos dos quais você se apropriou a amplie o seu repertório com
mais pesquisas.
Agora, é só colocar em prática os conhecimentos adquiridos e diminuir o sofrimento de
uma vítima, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.

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Minicurrículo do Professor

Eraldo de Jesus Argôlo

• Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.


• Mestre em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
• Graduado em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco –
UNICAP.
• Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Joaquim
Nabuco – FJN.

Fabiana Roberta Alves de Matos Batista

• Pós-Graduação: Ergonomia (Especialização) – Universidade Federal de Pernambuco


– UFPE. Graduação: Pedagogia (Bacharel e Licenciada) – Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE.
• Técnica de Segurança do Trabalho (Nível Médio) – Escola Técnica Federal de
Pernambuco – ETFPE.

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