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de Riscos e Emergências
Ericka Patrícia Lima de Brito
Alcione Moraes de Melo
Curso Técnico em
Segurança do Trabalho
Legislação Aplicada à Área
de Riscos e Emergências
Ericka Patrícia Lima de Brito
Alcione Moraes de Melo
Curso Técnico em
Segurança do Trabalho
Educação a Distância
Recife
Referências ................................................................................................................................. 56
Nesta disciplina serão abordados conhecimentos importantes para você e para a sociedade,
relacionados à Legislação Aplicada à Área de Riscos e Emergências. Apesar de esta ser uma temática
de ampla gama de informações, iremos abordar conteúdos introdutórios, fundamentais e conceituais
sobre medidas para minimizar os efeitos de uma emergência, onde você, como futuro profissional de
Segurança do Trabalho poderá observar que esta disciplina é essencial dentre as atribuições ao qual
você irá desempenhar no dia a dia.
Em termos práticos, iremos observar como a influência de grandes incêndios nortearam
mudanças importantes nas normas e legislações do País.
Na segunda competência vamos conhecer sobre o plano de emergência e formação da brigada
de incêndio.
Ao final, conheceremos um pouco mais sobre os conceitos e tipos de acidentes do trabalho,
como realizar a comunicação de acidente e benefícios dos trabalhadores e observar a importância da
prevenção para evitar o acidente para todos.
Bons Estudos!
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1.Competência 01 | Legislação Brasileira Específica a Incêndios
Observe que resumindo os três incisos acima, segundo a Portaria 3.275, o técnico de
segurança deverá aplicar medidas de segurança para qualquer alteração no ambiente de trabalho,
ou seja, da fase do projeto à execução da atividade; identificar e inspecionar os sistemas de proteção
contra incêndio, bem como articular e contribuir com outras instituições relacionadas com prevenção
de acidentes, exemplo: o Corpo de Bombeiros Militar.
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Acesse o link abaixo para conhecer as atribuições do técnico de segurança do
trabalho:
https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-3275-1989_180582.html
Nesse contexto, caro estudante, vamos conhecer algumas Leis e Normas que são
imprescindíveis para proteção contra incêndio, como é o caso da NR – 23, que trata sobre a proteção
contra incêndios, o Coscip-PE, que é o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o Estado
de Pernambuco, entre outras referentes ao tema.
No passado não existia legislações específicas no País sobre a temática, após grandes incêndios que
essa realidade foi sendo alterada.
Para saber mais detalhes sobre esse incêndio, conhecido como um dos
maiores do Brasil acesse os link’s:
https://www.youtube.com/watch?v=y12CuYOf5T8
https://www.youtube.com/watch?v=Y60fY5ocz7o
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2. EDIFÍCIO JOELMA
No centro de São Paulo, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar
provocou um grande incêndio, no Edifício Joelma, no dia 1 de fevereiro de 1974. O prédio de 25
andares, utilizado para funcionamento de um banco e salas comerciais, contava com mais de 750
funcionários. O fogo se propagou rapidamente entre os andares, resultando na morte de mais de 187
pessoas e 300 feridos. Algumas pessoas desesperadas se jogaram pelas janelas e sacada, para se
livrarem do fogo e da fumaça. O prédio apresentava problemas de construção, não tinha escada de
emergência, porta corta-fogo, etc.
3. BOATE KISS
O incêndio na Boate Kiss, ocorreu em janeiro de 2013, completou mais de 7 (sete) anos e ainda
está sendo investigado. Essa tragédia ocasionou na morte de 242 jovens, no município de Santa
Maria, que fica a 290km de Porto Alegre, no Rio grande do Sul. Nos laudos periciais falam de uma
sucessão de erros que ocasionou essa tragédia, como o caso da realização de show pirotécnico em
ambiente fechado. O teto da boate era coberto de espuma altamente inflável e tóxico, que facilitou
o alastramento rapidamente do fogo. O local só continha uma única porta para saída das pessoas, no
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momento do incêndio muitos morreram tentando sair da Boate. Além da falta de equipamentos
adequados e funcionários treinados para atuarem em situações emergência
Acesse o link abaixo e veja nesta reportagem mais erros que colaboraram para
tragédia da Boate Kiss
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-
veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html
São inúmeras as causas que contribuíram nesses casos de incêndios relatados, numa análise
simplória percebemos que ambos não foram projetados avaliando a prevenção contra incêndio,
como também faltavam equipamentos de combate ao princípio de incêndio, pessoas treinadas para
atuarem em situações de emergência, locais com rotas de fuga e sinalizações adequadas, além da
falta de legislações específicas ou descumprimento das existentes, entre outras causas.
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Mas afinal de contas, o que esses incêndios interferiram na Legislação brasileira?
Após os grandes incêndios todos começaram a ter maior percepção dos riscos e assim
tendo regras de prevenção e proteção mais rigorosas no País. No entanto, o processo para
elaboração, aprovação e fiscalização do cumprimento de Leis no Brasil ainda é lento.
Observe que as primeiras legislações de segurança no Brasil apresentavam como foco a
proteção ao trabalhador, como visto na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, emitida em 1943. A
partir da atualização da CLT em 1977, foi dada ao Ministério do Trabalho a responsabilidade de
complementar as Normas existentes, conforme Art. 200, do capítulo V:
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Dentre as exigências da Lei, temos que os órgãos que realizam a fiscalização das atividades de
engenharia e arquitetura exigem a apresentação de projetos técnicos devidamente aprovados pelo
poder público municipal.
Atenção
A partir dessa Lei ficou exigido que seja ministrado conteúdo relativo à
prevenção e ao combate a incêndio e a desastres, nos cursos de graduação
em Engenharia e Arquitetura, nos cursos de tecnologia e de ensino médio
correlatos.
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1.2.NR-23
De acordo com a NR-23 que trata de Proteção contra incêndios, no item 23.1, fala que:
“Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com
a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis”. Ou Seja, fica obrigatório seguir os requisitos da
NR-23, que são itens fundamentais de proteção contra incêndios, como também o empregador
deverá cumprir os decretos estaduais, considerando a particularidade de cada tipo de
estabelecimento.
Corrobora nesse sentido a Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, de 1977, capítulo V,
sobre segurança e medicina do trabalho, que segundo seu Art. 154, o cumprimento das empresas “de
outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos
sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como
daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho”.
Adicionalmente, o empregador deverá informar para todos os empregados, segundo a
NR-23, os seguintes assuntos:
• A utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
• Os procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; e
• Os dispositivos de alarme existentes.
O ambiente de trabalho deverá ter saídas, em número suficiente, a fim de evitar
dificuldades para o abandono do local, nas situações de emergência. Bem como, essas saídas deverão
ser projetadas de modo a garantir que possam ser utilizada de forma rápida e segura. Por isso, fica
proibido o fechamento de qualquer saída de emergência, durante o período de trabalho. Mas, de
acordo com a NR-23, pode-se utilizar dispositivo de travamento nas saídas de emergência, no
entanto, esse deverá permitir “fácil abertura do interior do estabelecimento”.
Os locais que forem planejados para utilização em caso de emergência precisam indicar a
direção da saída, através de sinalizações que podem ser placas ou sinais luminosos. A Figura abaixo
apresenta alguns modelos de placa utilizadas para sinalizar as rotas de fuga.
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Figura 03: Exemplos de placas de sinalizações de rota de fuga
Fonte: https://setechamas.com.br/portfolio/placa-sinalizacao-rota-de-fuga/
Descrição da imagem: A imagem representa figuras de placas verde, com bonecos andando para direita ou esquerda,
subindo ou descendo escada, conforme direção da seta que representa a saída de emergência. Tem, também, o
desenho de uma placa escrita: SAIDA DE EMERGÊNCIA.
1.3. COSCIP-PE
As edificações, além de cumprir as exigências da NR-23, precisam atender também as
legislações, Decretos, Instruções Técnicas, estabelecidas pelo Estado, como vimos no tópico anterior.
Nesse sentido, cada Estado deve possuir suas próprias Normativas de proteção contra incêndio e/ou
indicar as instruções técnicas que serão adotadas.
Neste contexto, temos o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o Estado de
Pernambuco – Coscip-PE, que tem por finalidade, conforme seu Art. 1º. “estabelecer as condições
mínimas de segurança contra incêndio e pânico em edificações, determinar o seu cumprimento e
fiscalizar sua execução”. No qual, esse Código, tem abrangência para as edificações construídas, em
construção e a que venham ser construídas localizadas na área do Estado de Pernambuco. De acordo
com o Código apenas as residências privativas unifamiliares estão isentas do cumprimento das
exigências estabelecidas, exceto as exceções previstas.
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Conheça na íntegra o Coscip do estado de PE, através do link:
https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684
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Abrigam, grupos de pessoas, com aproveitamento e
ocupação de áreas coletivas, com a ocupação
C Residencial Coletiva
domiciliar de intenção permanente, não inferior a seis
meses. Ex.: conventos, internatos, etc.
Abrigam, em regime residencial ou domiciliar
exclusivamente transitório, grupos de pessoas com
aproveitamento e ocupação de áreas coletivas, por
D Residencial Transitória
tempo não superior a 30 dias, podendo, em casos ter
exceção desse tempo. Ex.: hotéis, motéis, albergues,
etc.
São desenvolvidos processos de trabalho mercantil,
de compra e venda e de oficinas de consertos ou
serviços, como também pequenas lanchonetes, área
E Comercial
inferior a 50 m², sendo o atendimento desenvolvido
exclusivamente no balcão. Ex.: Supermercado,
padaria, oficina, açougues, etc.
São destinadas à condução de negócios e prestação de
serviços pessoais. Ex.: Consultórios médicos,
F Escritório
escritórios, agências de viagens e empregos,
barbearias, etc.
Abrigam ocupações residenciais privativas conjugadas
G Mista
com comerciais ou de escritórios.
Tem natureza de congregar uma população flutuante
ou temporária em um dado momento, provocada por
H Reunião de Público um evento isolado esporádico, transitório ou
descontínuo. Ex.: Teatro, cinema, bares, estádios,
boate, auditório, etc.
São destinadas ao tratamento de pessoas portadoras
I Hospitalar de distúrbios de qualquer natureza, deficiências físicas
ou psíquicas e de patologias clínicas diversas, ou
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cuidados especiais, desde que impliquem
internamentos ou permanência temporária. Ex.:
hospital, asilos, etc.
São aquelas administradas pelos poderes públicos
J Pública
constituídos.
São destinadas ao ensino pedagógico, à formação,
aperfeiçoamento, habilitação e atualização de
profissionais, à educação ou à formação escolar em
K Escolar todos os graus, e, ainda, aquelas destinadas à
formação e modelação muscular e corporal, com
permanência de tempo não inferior a 60 (sessenta)
dias.
São aquelas destinadas às ocupações com processos
L Industrial de industrialização, atividades fabris, e similares.
Serão classificados em conformidade com a TSIB – IRB.
São as edificações destinadas, exclusivamente, a
estacionamento e guarda de veículos automotores,
inclusive embarcações e aeronaves, exploradas ou
M Garagem
não comercialmente, e a garagens coletivas, desde
que instaladas no interior de áreas edificadas ou
construídas.
São aquelas construções em que o risco de ocupação
envolva armazenamento, guarda, depósito ou
N Galpão ou Depósito estoque de materiais. As edificações definidas neste
artigo serão classificadas em função da natureza do
material a ser armazenado.
Produção, manipulação, Serão classificadas em função das seguintes
armazenamento e distribuição ocupações:
O
de derivados de petróleo e/ou destilarias, refinarias e congêneres; parques de
álcool e/ou produtos perigosos tancagem ou tanques isolados; plataformas de
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carregamento; postos de serviços e/ou pontos de
vendas a varejo; armazéns ou depósitos de produtos
acondicionados; instalações e/ou parques de
acondicionamento; instalações que envolvam
recipientes estacionários.
Edificações destinadas a realização de atos litúrgicos
ou religiosos, seitas religiosas, sessões, reuniões e/ou
P Templos Religiosos eventos que envolvam religião, crença ou qualquer
manifestação de fé, independente da forma de
expressão.
São aquelas que, por sua natureza de ocupação ou
condições de existência apresentem processos de
trabalho que envolvam riscos específicos, ou que
Q Especiais
tenham existência efêmera ou temporária quanto à
sua instalação, exigindo proteção especial contra
sinistros. Ex.: Museus, bibliotecas, etc.
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• Natureza das circulações e/ou acessos;
• Natureza específica de sua ocupação, nos casos de indústrias, depósitos, galpões e casas
comerciais, isoladas ou não, e edificações congêneres, entre outros descritos no Coscip.
Dos sistemas portáteis e transportáveis – são os extintores de incêndios que podem ser manual ou
sobre rodas.
• Manual – destinado a combater o princípio de incêndio, com capacidade mínima de uma
Unidade Extintora;
• Sobre rodas – que contém mangueira de no mínimo 5,0 m de comprimento, e provido de
difusor, esguicho ou pistola, apresente-se montado sobre carretas e tenha, no mínimo, as
capacidades previstas do Coscip-PE, em função do agente extintor.
Figura 04: Extintores, com carga de água, portátil manual de 10l e sobre rodas com 75l
Fonte: https://www.bucka.com.br/extintores/
Descrição da imagem: Dois exemplos de extintores de incêndio, com carga de água. O primeiro na versão de 10l e o
segundo sobre rodas, na versão de 75 litros.
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O agente extintor é a substância que é eficaz para a extinção do fogo, exemplo: água, pó
químico e gás carbônico - CO2. Para realizar o dimensionamento de proteção por extintores será
conforme a necessidade de Unidades Extintoras – UE, do ambiente que será protegido.
Observe no quadro abaixo como se constitui uma Unidade Extintora – UE, considerando um aparelho
e o mínimo da capacidade do agente ou substância:
Substância ou Agente Capacidade do extintor
Água ou espuma 10 litros
Gás carbônico 6 kg
Pó químico 4 kg
Atenção
- É exigido no mínimo de duas Unidades Extintoras para cada pavimento,
mezanino, jirau ou risco isolado;
- É aceita a instalação de apenas uma Unidade Extintora, desde que a área a
ser protegida seja igual ou inferior a 50 m²;
- Na instalação, os extintores não devem ter a sua parte superior acima de 1,60
m do piso e não devem ser instalados nas escadas e nas antecâmaras das
escadas a prova de fumaça;
- Devendo ser instalados em locais com menor possibilidade do fogo bloquear
seu acesso; boa visibilidade; protegidos contra intempéries e não fiquem
encobertos ou obstruídos.
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• Distância a ser percorrida para alcançar o extintor.
Nas suas inspeções de segurança, como futuro técnico, deverá verificar se os extintores
encontram-se devidamente sinalizados, com fácil visualização, rápida localização e identificação do
equipamento e de seu agente extintor. O Coscip-PE fala da utilização de discos de sinalização, que
deverão ser formados por um círculo interno, com a cor identificadora do agente extintor
correspondente, a indicação do fone do Corpo de Bombeiros (193) e circunscrito por outro na cor
vermelha, em cores firmes. Esse círculo interno dos discos de sinalização deverá obedecer à seguinte
configuração:
• Círculo interno na cor BRANCA, para identificação dos aparelhos com o agente extintor a base
de água;
• Círculo interno na cor AMARELA, para identificação dos aparelhos com o agente extintor gás
carbônico;
• Círculo interno na cor AZUL, para identificação dos aparelhos com o agente extintor pó
químico.
Obs.: Segundo o Coscip, poderão ser admitidas também setas de sinalização.
Dos sistemas fixos automáticos e sob comando - são formados por sistemas de hidrantes, de
mangueiras semi-rígidas e de chuveiros automáticos.
- Os sistemas de proteção por hidrantes e por carretel com mangotinho são conjuntos
formados por canalizações, reservatórios de água, mangueiras ou mangotinhos, esguichos e
acessórios hidráulicos, destinado exclusivamente para a extinção de incêndios. A instalação da rede
de hidrantes poderá ser interna e/ou externos da edificação.
- Chuveiros automáticos – sprinklers - conjunto formado por canalizações, válvulas,
reservatório d’água, chaves de fluxo, bicos dos chuveiros, e, quando for o caso, sistema de bombas,
destinado à proteção contra incêndio e pânico. Os sprinklers têm por finalidade: proteger áreas de
maior risco; evitar a propagação dos incêndios; garantir um caminhamento seguro às rotas de fuga.
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Figura 05: Hidrante e chuveiro automático
Fonte: https://bombeiros.com.br/hidrante-incendio/
https://www.gcbrazil.com.br/chuveiros-automaticos/
Descrição da imagem: Primeira imagem é um hidrante instalado em abrigo/armário vermelho com mangueira. A
segunda imagem é um chuveiro automático - sprinkler de teto em metal inox circular e bulbo central com líquido
interno na cor vermelha, logo abaixo deste um dispersor.
1.4. ABNT
Caro estudante, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ganhou poder de lei,
em relação às normas de proteção contra incêndios, ao ser citada pela NR-23, ou seja, ficando
obrigatória o seu cumprimento caso não exista decreto estadual específico sobre determinado tema
na área de proteção contra incêndios. Sendo assim, os ambientes de trabalho também precisam estar
em conformidades com as normas técnicas aplicáveis.
Segue algumas NBR’s relacionadas com a prevenção e o combate a incêndios, conforme
apresentado no Quadro abaixo.
Nº da Norma Norma
NBR 9077 Saídas de emergência;
NBR 11742 Portas corta-fogo para saída de emergência
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NBR 13714 Hidrantes ou mangotinhos
NBR 10897 Proteção contra incêndios por chuveiro automático
NBR 12693 Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio
NBR 14276 Programa de brigada de incêndio
NBR 10898 Sistemas de iluminação de emergência
NBR 12692 Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio
NBR 9441 Sistemas de Detecção e Alarme de incêndio
NBR 15219 Plano de emergência
NBR 12962 Extintores de incêndio — Inspeção e manutenção
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2.Competência 02 | Legislação Brasileira Específica a Procedimentos de
Emergências
De maneira geral, esta norma está subdividida em 05 (cinco) principais tópicos, com 06
(seis) anexos, conforme apresentado na Figura 06:
REFERÊNCIAS PLANO DE
ESCOPO DEFINIÇÕES ANEXOS
NORMATIVAS EMERGÊNCIA
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2.1.1. Objetivo
Uma norma técnica para ser elaborada é pautada em requisitos de outras normas, desta
forma, com a NBR 15219:2020, podemos observar que a mesma seguiu determinações abordadas
nas seguintes NBRs:
• ABNT NBR 14023 – Registro de atividades de bombeiros
• ABNT NBR 14096 – Viaturas de combate a incêndios – Requisitos de desempenho, fabricação
e métodos de ensaio
• ABNT NBR 14276 –Brigada de emergência de incêndio – Requisitos e procedimentos
• ABNT NBR 14608 – Bombeiro profissional civil – Requisitos e procedimentos
• ABNT NBR ISO 31000 – Gestão de Riscos - Diretrizes
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• Grupo de apoio permanente: Grupo de pessoas composto por diretos ou terceiros cuja
função na empresa está volta as atividades de segurança, saúde e meio ambiente.
• Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao
patrimônio, com potencial de gerar dano contínuo e que obriga a uma imediata intervenção.
• Planta: Local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um
determinado evento ou ocupação.
• Ponto de encontro de abandono de área: local predeterminado, seguro para encontro
protegido dos efeitos da ocorrência, com base no pior cenário identificado na análise de risco,
sendo o local predeterminado para onde o líder de abandono de área orienta-se e dirige-se,
juntamente com os demais funcionários de sua responsabilidade
• População fixa: Aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos
de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições.
• População flutuante: Aquela que não permanece regularmente na planta, considerando o
número máximo de pessoas previstas em projetos, procedimentos e/ou período de atividade
e ocupação.
• Profissional habilitado: Pessoa previamente qualificada e com registro no conselho de classe
competente
• Risco: A NBR 15219/2020 apresenta quatro conceitos para os diferentes tipos de ricos, a
saber:
•Planta com carga •Planta com carga •Risco com •Planta com carga
de incêndio de incêndio até indícios que de incêndio entre
acima de 1.200 300 MJ/m² requerem açoes 300 e 1.200
MJ/m² imediatas MJ/m².
Figura 07: Classificação dos riscos de acordo com a carga de incêndio conforme NBR15219:2005
Fonte: As autoras
• Descrição da imagem: quatro quadros com cores diferentes. No primeiro quadro – Risco alto: Planta com carga
de incêndio acima de 1.200 MJ/m²; segundo quadro – Risco baixo: Planta com carga de incêndio até 300
MJ/m²; terceiro quadro – Risco iminente: Risco com indícios que requerem ações imediatas
. Quarto e último quadro – Risco médio: Planta com carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m²
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• Rota de fuga: caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, iluminado,
proporcionado por portas, corredores, saguão, passagens externas, balcões, vestíbulos,
escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou
combinações destes, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, a partir de
qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço
seguro (área de refúgio), com garantia de integridade física
• Saída de emergência: Saída acessível, devidamente sinalizada para um local seguro.
• Terceiros: Pessoal integrante de uma empresa prestadora de serviço na planta.
Procedimentos básicos de
atendimento de emergência
Capacitações por meio de programas
REQUISITOS
contínuos
Divulgação do plano de emergência
por meio de comunicação
Procedimentos para a realização de
exercícios simulados
Auditoria do Plano
Figura 08: Principais itens para a elaboração do Plano de Emergência segundo NBR 15219:2020.
Fonte: As autoras
Descrição da Imagem: Quadros descrevendo os 8 requisitos para elaboração do plano de emergência. Os
requisitos são: Elaboração do plano de emergência contra incêndio; Implantação do plano de emergência
contra incêndio; Procedimentos básicos de atendimento de emergência; Capacitações por meio de programas
contínuos; Divulgação do plano de emergência por meio de comunicação; Procedimentos para a realização de
exercícios simulados; Manutenção do plano de emergência contra emergência; Auditoria do plano.
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2.1.5. Elaboração do plano de emergência contra incêndio
O plano de emergência deve ser elaborado formalmente por uma equipe multidisciplinar,
liderado por um ou mais profissionais especializados, levando-se em conta os seguintes aspectos:
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2.1.6. Implantação do plano de emergência contra incêndio
Agora que fixamos quais são os requisitos básicos, vamos conhecer quais as principais
funções de cada um na implantação do plano de emergência contra incêndio.
Ainda nesta fase, uma sequência de parâmetros devem ser seguidos, conforme
apresentado no Quadro a seguir.
29
SEQUÊNCIA PARÂMETROS RESUMO
30
encontro de abandono de área, ali permanecendo até o
estabelecimento final da emergência.
7 ABANDONO DE O abandono de comunidades é de competência dos órgãos
COMUNIDADE públicos, prioritariamente a defesa civil dos municípios,
entretanto, a planta pode participar do planejamento e/ou
execução das ações sob a coordenação dos órgão públicos,
sendo que, em situações de incidentes ou acidentes que
ofereçam riscos e/ou perigos para grupos de pessoas em
áreas públicas e/ou fora da área da planta, deve ser
considerada a necessidade da remoção de pessoas de suas
ocupações (residenciais, comerciais ou industriais), que pode
demandar desde um imóvel, uma rua, um quarteirão ou até
mesmo um ou múltiplos bairros, devendo para essas ações,
ser estabelecido o sistema de comando de incidentes (SCI).
31
12 CONFINAMENTO DO Confinar o incêndio ao local ou equipamento de origem, ou
INCÊNDIO ao cômodo ou compartimento de origem, ou ao pavimento
de origem, ou à edificação de origem, de modo a evitar a sua
propagação e consequências.
13 CONTROLE DO O controle do incêndio deve ser executado de acordo com o
INCÊNDIO plano de emergência da planta e com o treinamento
específico dado aos integrantes das equipes de emergências,
de acordo com a ABNT NBR 14276, para os brigadistas e,
quando aplicável, de acordo com a ABNT NBR 14608, para os
bombeiros civis.
Quadro 04: Sequência, parâmetros e resumo dos procedimentos básicos na emergência contra incêndio
Fonte: as autoras
32
b) Capacitações por meio de programas contínuos
NÃO SE ESQUEÇA:
d) Exercícios simulados
Devem ser realizados exercícios em cenários simulados para cada hipótese acidental
identificada no plano de emergência da planta. Importante ressaltar que, deverá ser realizado ao
menos um exercício simulado completo a cada 12 meses.
33
na evacuação do local, priorizando a segurança das pessoas, prestação dos primeiros socorros, bem
como no combate ao princípio de incêndio.
Assim, ainda segundo Brentano (2015), como principais funções de uma brigada,
seguindo uma ordem de prioridades, são:
1. Orientar e ajudar na saída com segurança das pessoas que ocupam a edificação;
2. Prestar os primeiros socorros;
3. Combater o foco de fogo para proteger a vida humana e a propriedade;
4. Avisar, receber e orientar o corpo de bombeiros para o acesso ao local do fogo
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Escopo
Referências Normativas
Termos e Definições
Requisitos e Procedimentos
ANEXOS
Figura 11: Principais itens para a elaboração do Plano de Emergência segundo NBR 14.276:2020
Fonte: As autoras
Descrição da Imagem: Quadro descrevendo como é a subdivisão da NBR 14.276, que é: escopo, referências normativas,
termos e definições, requisitos e procedimentos, procedimentos para a brigada de emergência, desempenho de tempo
de resposta, procedimentos para realização atendimento de emergência, procedimentos para a realização de exercícios
simulados, procedimentos para a avaliação anual, etapas para a implantação da brigada de emergência e anexos.
35
2.2.1. Objetivo
2.2.2. Definições
36
2.2.3. Requisitos e Procedimentos
Agora estudante, chegamos num item de grande relevância da norma, que apresenta
significados importantes para que se tenham resultados satisfatórios quando relacionados as ações
da brigada quando do incêndio. Para tanto, a realização de planejamento, monitoramento e análise
crítica são de extrema relevância.
De nada adianta possuir equipamentos apropriados, se não existe uma organização na
equipe. Assim, a Figura 12 apresenta os pontos que iremos nos atentar para entender melhor os itens
que serão fundamentais para o funcionamento adequado da brigada de incêndio.
37
Importante lembrar que:
Vamos fixar?
Plantas de baixo e médio risco e/ou Plantas de alto risco e/ou com
com população fixa acima de 04 população fixa acima de 10 (dez)
(quatro) pessoas pessoas
Figura 13: Quantidade necessária de brigadistas para a formação da primeira equipe para o atendimento no tempo de
resposta para diferentes tipos de plantas
Fonte: As autoras
Descrição da imagem: Figura apresenta a quantidade mínima para plantas de baixo e médio risco e/ou com população
fixa acima de 04 (quatro) pessoas e para plantas de alto risco e/ou com população fixa acima de 10 (dez) pessoas
Para a seleção dos candidatos a brigadistas, os mesmos devem atender aos critérios
relacionados a seguir:
a) Ter mais de 18 anos;
b) Ser alfabetizado;
c) Possuir bom conhecimento das instalações da planta;
d) Participar e ser aprovado no treinamento de brigadista.
38
2.2.3.3. Capacitação da brigada de emergência
39
2.2.3.4. Recursos materiais da brigada de emergência
40
• nos riscos e características da planta, que deve ser desenvolvido formalmente por uma equipe
multidisciplinar, liderada por profissional habilitado.
FIQUE LIGADO:
41
2.3. Exemplos de Normas Regulamentadoras que tratam sobre prevenção para
situações de emergência
As Normas Regulamentadoras apresentam diversos direcionamentos relacionados à
prevenção de acidentes do trabalho nos diversos segmentos. Nesta disciplina já vimos algumas
determinações da NR -23, que trata sobre a proteção contra incêndio. Mas será que em outras
normas esse assunto também é tratado? Como este assunto é tratado? Quais seriam essas normas?
É isso que iremos ver a partir de agora!
a) Norma Regulamentadora 10
A NR 10 dispõe sobre os conhecimentos em instalações e serviços em eletricidade. No item
10.9 que trata sobre a proteção contra incêndio e explosão, determinações importantes para situação
de emergência são abordadas, tais como:
• As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem possuir proteção contra
incêndio e explosão;
• Todos os matérias envolvidos para as instalações elétricas quando em ambientes com
atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação;
• Os processos ou equipamentos em eletricidade estática deverão dispor de proteção específica
e dispositivos de descarga elétrica;
• Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou
explosões, deverão possuir dispositivos de proteção;
• Os serviços em instalações elétricas em áreas classificadas só poderão ser realizados mediante
permissão para o trabalho com liberação formalizada.
b) Norma Regulamentadora 20
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• Projeto das instalações;
• Prontuário da Instalação;
• Plano de manutenção e inspeção das instalações;
• Cursos de capacitação dos trabalhadores;
• Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e
emissões fugitivas
• Plano de respostas a emergências da instalação
• Comunicação de Ocorrências
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3.Competência 03 | Legislação Brasileira Específica a Acidentes do
Trabalho
Em virtude da industrialização, os acidentes do trabalho começaram a surgir de forma
crescente em todos os países. O Brasil no início dos anos 1970 apresentou dados superiores aos
demais países, sendo considerado como o campeão de acidentes do trabalho. O ano de 1975
apresentou números alarmantes, com uma média de 1,5 milhão de acidentes. Segundo a Organização
Internacional do Trabalho - OIT, atualmente o país ainda ocupa a quarta posição do ranking mundial
de acidentes do trabalho, atrás apenas de países como a China, Índia e Indonésia.
Em virtude desses números cada vez mais crescentes, houve a necessidade de uma legislação
que evidenciasse a prevenção desses acidentes. Assim, vamos nesta competência estudar um pouco
mais sobre algumas Legislações Brasileiras Específicas a Acidentes do Trabalho.
Mas afinal de contas, qual a diferença entre o conceito legal e o conceito prevencionista?
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Figura 14: Resumo do conceito de Acidente do Trabalho segundo a NBR 14.280
Fonte: As autoras, adaptado da NBR 14.280
Descrição da imagem: fluxograma em formato de setas coloridas, onde cada seta descreve o conceito prevencionista na
seguinte sequência: ocorrência imprevista e indesejável; instantânea ou não, relecionada com o exercício do trabalho;
e, resulte ou possa resultar lesão pessoal.
Alguns conceitos importantes e amplamente utilizados são destacados nesta NBR, conforme
apresentado no Quadro abaixo.
PARÂMETRO CONCEITO
Acidente de trajeto Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja
interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho
Ato inseguro Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência de acidente
Doença do trabalho Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação imediata
Doença profissional Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica,
constante de relação oficial
Dias perdidos Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal,
excetuados o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho
Dias debitados Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o
cálculo do tempo computado
Horas-homem de Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do
empregador, em determinado período.
exposição ao risco
de acidente
Taxa de frequência Número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco,
em determinado período
de acidentes
Taxa de frequência Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período
de acidentados com
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lesão com
afastamento
Taxa de frequência Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período
de acidentados com
lesão sem
afastamento
Taxa de gravidade: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em
determinado período
Observe que na tabela, foram apresentadas três diferentes taxas. Essas são de extrema
importância para cálculo do indicador de desempenho de cada empresa, assim, não esqueça:
No ano de 1991, foi promulgada a Lei nº 8.213, que dispõe sobre os planos de benefícios
da previdência social e dá outras providências. Assim, temos nesta legislação o conceito legal de
acidente do trabalho, evidenciado através do artigo 19, ou seja, acidente do trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
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A Figura abaixo apresenta os três principais tópicos abordados pela definição de acidente do
trabalho segundo o conceito legal.
A seguir, iremos estudar como a Lei 8.213/1991 está estruturada, bem como os principais
conceitos advindos desta lei.
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• TÍTULO IV: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
O Título III desta lei, apresenta definições importantes relacionadas aos acidentes do trabalho,
que iremos abordar nesta competência. Os principais destaques estão no artigo 19 (anteriormente
estudado), artigo 20 e artigo 21, porém, é importante que você como futuro Técnico de Segurança
do Trabalho se aprofunde no conhecimento desta legislação.
3.2.2 Não é considerado como doença do trabalho (art. 20 inciso 1 da lei .8213)
Segundo a Lei 8.213/1991, não são consideradas como doença do trabalho:
a. A doença degenerativa;
b. A inerente a grupo etário;
c. A que não produza incapacidade laborativa;
d. A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
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Acidente ligado ao trabalho
O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho
I. “O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação”.
NOTE: será considerado como acidente de trabalho, aquele que tenha contribuído diretamente para
morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho, mesmo que o acidente não seja a causa
única. Exemplo: Funcionário levou um corte desempenhando seu trabalho. Foi socorrido e conseguiu
reabilitar o membro cortado. Entretanto, o membro infeccionou e precisou ser amputado.
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Você sabe a diferença de imprudência, negligencia e imperícia?
Saiba mais acessando o link:
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/saiba-qual-
diferenca-entre-impericia-imprudencia-e-negligencia/
IV. O acidente sofrido pelo funcionário mesmo que fora do local e horário de trabalho:
• Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
• Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
• Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
• No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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3.2.4 Comunicação de acidente do trabalho
No caso de acidente do trabalho, seja típico, trajeto ou doença ocupacional deverá ser emitido
documento de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. A emissão da CAT, é fundamental para
garantir ao trabalhador os seus direitos relacionados aos benefícios previdenciários e trabalhistas.
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Descrição da imagem: Funcionários transportando vítima de acidente do trabalho para atendimento médico na
empresa e já pensando no próximo passo que será a emissão da CAT.
O registro da CAT pode ser realizado on-line ou na agência do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS. O acidentado ou seus dependentes, como também o sindicato da categoria que o
acidentado faça parte deverá receber a cópia dessa comunicação. Portanto, essa comunicação deve
ser emitida em 04 (quatro) vias, sendo:
Ø 1ª via – INSS;
Ø 2ª via – Segurado ou dependente;
Ø 3ª via – Sindicato de classe do trabalhador;
Ø 4ª via – Empresa.
Vimos no tópico anterior que a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT deve ser
realizada à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência (acidente) e, em caso
de morte, de imediato. Porém, você pode estar se perguntando: como saber o dia do acidente de
trabalho quando o tipo do acidente for uma doença ocupacional?
De acordo com o Art. 23 da Lei nº 8.213/91, que trata sobre isso, diz:
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do
trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da
atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
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3.3 Da responsabilidade sobre o acidente de trabalho
A Lei 10.406/02 institui o Código Civil, que dentre seus itens fala da responsabilidade civil,
prevista no artigo 186 diz que: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito”. Sendo assim, ao infringir essa norma será necessário o pagamento de indenização, conforme
comprovação da análise do caso.
Veja que no Código Civil apresenta sobre a obrigação de indenizar no Art. 927:
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
Constatado o acidente do trabalho, observa-se também que existem dois tipos de
responsabilidades.
• Responsabilidade securitária - prevista no Art 86, da Lei 8.213/91, que trata sobre o auxílio-
acidente que: “será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia”. Esse benefício é pago
pela Previdência Social, com os recursos do seguro obrigatório, recolhidos pelo empregador.
Esse benefício é objetivo, sem necessidade de comprovação do dolo ou culpa, por parte do
empregador em relação ao acidente.
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III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Na responsabilidade de natureza contratual percebe-se que é subjetiva, tendo o trabalhador
comprovar o dolo ou culpa por parte do empregador para solicitar o ressarcimento pelos prejuízos causados
pelo acidente de trabalho, no qual independente do recebimento da indenização securitária. Podemos
observar isso, na Constituição Federal de 1988, temos no Art. 7º que “são direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXVIII - seguro contra acidentes de
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa” (BRASIL, 1988).
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Conclusão
Caro estudante,
Encerramos aqui a disciplina de Legislação Aplicada à Área de Riscos e Emergências!
Durante essas três semanas, pudemos nos aprofundar em diversos conteúdos relacionados às
questões de emergências, incêndios, brigada, acidentes de trabalho, entre outros. Certamente, o
conhecimento adquirido ajudará no desenvolvimento das suas atividades como futuro técnico de
segurança do trabalho.
Na competência 1, entendemos a importância de cumprir a legislação de prevenção e
proteção a incêndios, para evitar e diminuir seus efeitos. Seguimos o conteúdo, na competência 2,
conhecendo requisitos de um plano de emergência e como formar a brigada de incêndio.
Na competência 3 aprendemos sobre acidente de trabalho e como realizar a
Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
Esperamos que você tenha aprendido bastante sobre este tema de grande relevância em
âmbito nacional e internacional.
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Referências
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, aprova Consolidação das Leis do Trabalho.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452compilado.htm>. Acesso
em 22 mai. 2020.
BRASIL. Normas Regulamentadoras. NR 23 – Proteção Contra Incêndios. Portaria MTb n.º 3.214, de
08 de junho de 1978. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-23.pdf>. Acesso em: 06 mai.
2020.
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em 13 jun. 2020.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acessado em 12 de jun. 2020.
BRASIL. Lei nº 13.425, de 30 de março de 2017. Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de
prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião
de público; altera as Leis nº s 8.078, de 11 de setembro de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002
– Código Civil; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13425.htm>. Acesso em: 06 mai.
2020.
PERNAMBUCO. Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico - COSCIP. Disponível em: <
https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684>. Acesso em 22 mai. 2020.
56
Minicurrículo do Professor
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